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Máscaras insuficientes, roupas reutilizadas... Por falta de proteção adequada, os médicos de Wuhan, a cidade chinesa epicentro da epidemia, trabalha exposto à infecção por coronavírus.

A morte na sexta-feira (7) passada do médico Li Wenliang, infectado pelo vírus e que foi reprimido por ter sido um dos primeiros a alertar em dezembro sobre a doença, ilustra as difíceis condições dos trabalhadores da área da saúde.

É especialmente a escassez de equipamentos médicos que preocupa. Porque Wuhan, onde o coronavírus apareceu em dezembro, tem o maior número de vítimas: 74% das aproximadamente 1.100 mortes e 43% de todos os pacientes infectados.

"Para economizar as roupas de proteção, os colegas as trocam apenas uma vez a cada quatro, seis e até oito horas", explicou uma médica à AFP.

Ela trabalha em um grande hospital responsável pelo tratamento dos pacientes gravemente enfermos na cidade em quarentena de fato desde 23 de janeiro.

"Durante todo esse período, os colegas não podem comer, beber ou ir ao banheiro", disse ela, preferindo permanecer anônima por medo de possíveis represálias.

Alguns usam fraldas para adultos durante suas longas horas de atendimento, reconheceu a Comissão Nacional da Saúde.

Dos 59.900 uniformes necessários a cada dia, os médicos e enfermeiros de Wuhan têm apenas 18.500, detalhou na terça-feira o vice-prefeito, Hu Yabo.

O mesmo serve para as máscaras N95, que protegem contra o vírus: seriam necessárias 119.000 por dia, eles têm apenas 62.200.

- "Melhor do que nada" -

Uma situação que revolta Xu Yuan, uma chinesa que vive nos Estados Unidos e em contato diário com ex-colegas de classe, que se tornaram médicos ou enfermeiros nos hospitais de Tongji e Xiehe - que recebem pacientes em estado grave.

Alertada "desde o final de dezembro" sobre a gravidade da epidemia, ela diz que gastou 4.600 euros para comprar roupas de proteção e enviá-las para seus amigos.

"Um deles é forçado a usar a mesma cinco dias seguidos. Todos os dias, ele limpa com desinfetante após o uso. Diz que pode não ser mais útil, mas que é melhor que nada", assegura a mulher contactada por telefone pela AFP.

"Ele me enviou um vídeo em que aparece numa ambulância atendendo oito pacientes suspeitos de estarem infectados. Você pode imaginar (...) sem proteção adequada, com oito fontes potenciais de vírus ao seu redor?"

Wuhan conta oficialmente 19.558 pessoas infectadas até agora. Mas um número muito maior procurou atendimento em hospitais.

"Médicos de todas as especialidades são convocados. Em um departamento, recebem 400 pacientes em oito horas", conta a mesma médica de Wuhan, que ainda não está em campo, mas se prepara para ser convocada.

"Muitos colegas estão lidando com pacientes extremamente contagiosos, ou cuja condição degenera e que morrem muito rapidamente", explica ela, ressaltando que seu hospital fornece acompanhamento psicológico para impedir que a "equipe exausta" desmorone.

Alguns cuidadores falam das condições de trabalho nas redes sociais ou mídia. Mas muitos têm medo de se manifestar, porque o Partido Comunista (PCC) vigia e censura qualquer conteúdo que possa alimentar o descontentamento.

Sua obsessão: um vídeo como o que foi transmitido ao vivo por um jornalista chinês há alguns dias. Vemos um homem sair de um sedan preto e recuperar uma caixa de máscaras N95 de um armazém da Cruz Vermelha. Quando questionado, ele se recusa a dizer para quem trabalha.

Graças à placa, o repórter encontrou o dono do veículo: a prefeitura... Clamor dos internautas, que se perguntam por que uma instituição de caridade fornece às autoridades, quando os hospitais enfrentam uma escassez.

- 40 contaminados -

"Mesmo se recebemos mais máscaras, o número de pacientes aumenta ainda mais rapidamente. Sem o N95, devemos usar o N90, menos filtrante, ou máscaras cirúrgicas simples", explica a médica.

"Com mais equipamentos de proteção, poderíamos abrir mais leitos", porque haveria mais médicos mobilizáveis, ressalta.

Sinal do risco para as equipes médicas: 40 foram infectados em um hospital em Wuhan, de acordo com um estudo publicado na sexta-feira na revista médica americana Jama.

"Aqui temos cerca de 17 médicos suspeitos de estarem contaminados", diz sob condição de anonimato um médico de um pequeno hospital do bairro.

Por causa da escassez, os trabalhadores deve, desinfetar as máscaras, ou até usar o equipamento de operários.

"Aqueles entre nós que apresentam febre são colocados em quarentena. Mas não temos pessoal suficiente. Portanto, se após sete dias não tiver mais febre, o hospital o pressionará a voltar ao trabalho".

A indústria não tem dado conta da demanda. A produção nacional de máscaras é de apenas 73% de sua capacidade normal, confessou no domingo à imprensa Chen Da, um alto funcionário da agência nacional de planejamento.

O cinegrafista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Warley Andrade afirmou nesta terça-feira (11) que as pessoas repatriadas de Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus, estão tranquilas e colaborando com os procedimentos da quarentena na Base Aérea de Anápolis, em Goiás.

“Eles entenderam a situação, não há qualquer tipo de discussão sobre isso. Claro que [eles] não estão na zona de conforto, mas estão bem cientes, colaborando muito e agradecendo o trabalho do governo brasileiro nesse retorno ao país”, disse Warley Andrade, que viajou em um dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para registrar o resgate dos brasileiros e suas famílias, e também passa pelo período de quarentena no hotel de trânsito da unidade militar.

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As duas aeronaves partiram de Brasília no dia 5 deste mês e pousaram na cidade goiana no último domingo (9) com 58 pessoas a bordo – 34 que estavam em Wuhan e 24 que participaram da operação de resgate.

Segundo Andrade, por causa do tempo de viagem e da diferença de fuso horário, na segunda-feira (10), a maioria passou o dia descansando nos quartos. Os repatriados também receberam orientação sobre a rotina, as áreas permitidas e os principais cuidados a serem adotados durante os próximos dias.

“A única coisa realmente militar são os horários pontuais da alimentação. Temos total liberdade de circular na área delimitada por eles. Pode sair, dar uma corrida, a internet está liberada. As pessoas já estão interagindo, fazendo amizades, as crianças estão brincando”, disse Warley sobre a rotina na base aérea.

De acordo com o cinegrafista, uma das orientações é evitar a aglomeração. Os repatriados também foram alertados quanto ao uso das máscaras nos espaços comuns e sobre a higienização recorrente das mãos. As refeições são servidas no restaurante, mas consumidas nos quartos para evitar qualquer tipo de contaminação, por saliva, por exemplo.

Todos estão em apartamentos individuais ou, no caso dos que são pais ou mães de crianças menores, ficam no mesmo quarto. O grupo inclui crianças de 2 e 3 anos e de 7 a 12 anos. As visitas estão proibidas.

As equipes de saúde e da vigilância sanitária também fazem o monitoramento clínico diário dos resgatados. Caso haja suspeita de infecção, eles serão isolados e levados para outro setor da base aérea. Se o quadro de saúde se agravar, eles serão transportados, em aeronave preparada, para o Hospital da Forças Armadas, em Brasília.

No dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de coronavírus como emergência em saúde pública de importância internacional. Mais de mil pessoas já morreramna China e 42 mil foram infectadas pelo novo vírus. No Brasil, sete pacientes são monitorados por suspeita de terem sido infectados. Até agora, nenhum caso foi confirmado.

 

Familiares dos repatriados de Wuhan passaram os últimos dias em Anápolis, visitaram a base aérea e acompanharam de perto as movimentações da operação. O acesso aos parentes que retornaram, no entanto, está proibido no período da quarentena.

Depois de uma viagem demais de 36 horas a partir de Wuhan, na China, com parada em Varsóvia, na Polônia, e Fortaleza (CE), os dois aviões brasileiros que trazem os repatriados pousaram às 06h05 deste domingo (9) na Base Aérea de Anápolis.

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A Missão Regresso traz de volta ao País um grupo de 34 brasileiros, entre adultos e crianças, que pediu para deixar a região que se transformou no epicentro de contaminações pelo novo coronavírus. Os repatriados são acompanhados por mais 24 tripulantes, entre equipes de voo, médicos e pessoal de comunicação.

Na ala 2 da base aérea, as 58 pessoas ficarão hospedadas por 18 dias, tempo da quarentena estipulado para confirmar que, de fato, nenhum dos repatriados apresenta qualquer indício de contaminação.

Assim como ocorreu no embarque desses brasileiros na China, eles deverão passar por uma série de exames iniciais ao entrarem na base. Como o avião pousou diretamente no local, não haverá necessidade de deslocamento do grupo pela cidade de Anápolis, município de 360 mil habitantes, localizado a 60 quilômetros de Goiânia (GO) e 140 km de Brasília (DF).

O prédio militar onde as famílias ficarão hospedadas foi completamente adaptado para receber cada um dos repatriados. Os hóspedes já foram determinados para cada quarto. Alguns têm berços, outros receberam poltronas. Todos possuem mesas com alimentos, frigobar e itens de higiene, como álcool gel e máscaras.

Durante a quarentena, o grupo poderá caminhar pela área externa, dentro de uma faixa delimitada. O prédio da ala 2 fica numa parte mais afastada da base, uma área de canto, cercada por vegetação. Toda a base é protegida por muros altos de blocos, encobertos por rolos de arame farpado.

A alimentação diária será trazida para o local, onde cada pessoa poderá se servir e, depois, deixar louças e talheres para que sejam retirados. Estão programadas seis refeições diárias.

Para tornar o período de confinamento mesmo exaustivo, há recursos de entretenimento, com brinquedoteca para as crianças, acesso à internet e videogame. Apresentações de fanfarras da Força Aérea também estão na agenda dos próximos dias.

Expectativa

Do lado de fora do muro da base aérea, familiares vão acompanhar de longe a chegada dos parentes. Nenhum tipo de acesso é permitido ao grupo. Apesar de o critério de embarque de cada brasileiro ser aqueles que não apresentaram nenhum tipo de sintoma do novo coronavírus, como febre alta e dificuldade de respirar, o isolamento tem o objetivo de eliminar qualquer possibilidade de risco.

Em Anápolis, estão familiares como José Neves de Siqueira Júnior, pai de Vitor Siqueira, professor de 28 anos que morava em Wuhan. O pai veio de Belo Horizonte (MG) para acompanhar de perto a movimentação na base, mesmo impossibilidade de ter acesso ao filho. "Ficarei aqui, a 500 metros do meu filho. É bem diferente de estar do outro lado do mundo", diz Siqueira Júnior.

Mesmo a distância, ele pretende ficar na cidade para estar próximo do filho. "Ficarei aqui os 18 dias, minha esposa também está vindo para cá. Vamos acompanhar tudo de perto, até leva-lo para casa."

A morte do médico que alertou para o novo coronavírus sacudiu a opinião pública chinesa e obrigou nesta sexta-feira (7) as autoridades a reagir, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu para a escassez de material contra a epidemia.

O oftalmologista Li Wenliang, de 34 anos, que trabalhava em Wuhan, alertou no fim de dezembro o aparecimento de um vírus nesta cidade.

Foi punido por isso. Sua morte, devido a uma infecção, provocou duros comentários nas redes sociais.

"É um herói que deu o alerta e pagou com a vida", escreveu um de seus colegas de Wuhan na rede social Weibo. A hashtag "pedimos liberdade de expressão" surgiu nas redes e foi censurada.

A amplitude das críticas levou as autoridades a lamentarem publicamente a morte do médico, algo inédito, e anunciar o envio de uma missão a Wuhan "para realizar uma investigação exaustiva sobre temas relacionados com o doutor Li Wenliang propostos pelas massas".

O contágio do novo coronavírus já causou a morte de mais de 630 pessoas e contaminou mais de 31 mil. Cinquenta e seis milhões de cidadãos estão virtualmente retidos em casa.

No resto do mundo foram confirmados 240 casos de contágios em quase 30 países e territórios, dois deles fatais, em Hong Kong e nas Filipinas.

O presidente americano, Donald Trump, conversou por telefone com seu contraparte chinês, Xi Jinping, a quem parabenizou pelo "trabalho muito profissional".

"Estão trabalhando muito e acredito que estão fazendo um trabalho muito profissional", disse o presidente a jornalistas na Casa Branca.

Xi garantiu a Trump que a China era "totalmente capaz" de derrotar esta nova epidemia e pediu a Washington, que nega a entrada em seu território de estrangeiros que passam pela China, a reagir "de forma razoável", segundo veículos de comunicação chineses.

Os Estados Unidos "estão preparados para gastar até 100 milhões de dólares de fundos existentes para ajudar a China e outros países afetados", declarou o secretário de Estado, Mike Pompeo.

- Alerta sanitário no Chile -

Milhares de turistas a bordo de três cruzeiros estão bloqueados na Ásia pela detecção do vírus a bordo de seus navios. Em um deles, atracado em Yokohama (sudoeste de Tóquio), um argentino testou positivo - o primeiro caso confirmado de um latino-americano diagnosticado com o novo coronavírus.

O Chile decretou alerta sanitário em todo o país, embora até o momento a infecção não tenha aparecido na América Latina.

Enquanto a hipótese de que o vírus teria surgido em um morcego parecia se confirmar, cientistas chineses anunciaram nesta sexta-feira que o pangolim, um mamífero ameaçado de extinção, seria o "hospedeiro intermediário", que transmitiu o vírus aos humanos.

Um alto funcionário provincial admitiu nesta quinta que o pessoal médico não dava conta do trabalho e carecia de equipamento para se proteger do vírus.

- Cruzeiros bloqueados -

Essa falta de material poderia ter um alcance global, advertiu nesta sexta-feira o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. O mundo enfrenta "uma escassez crônica de equipamentos de proteção pessoal" contra o vírus, alertou.

Muitos países aumentaram as restrições à entrada de pessoas procedentes da China e não recomendam viagens ao país.

Milhares de turistas e tripulantes estão confinados em cruzeiros na Ásia.

No Japão, o "Diamond Princess" permanece em quarentena após a confirmação de 61 casos a bordo, incluindo um argentino, o primeiro caso de latino-americano diagnosticado com a doença. Quase 3.700 pessoas estão retidas em seus quartos.

Em Hong Kong, 3.600 pessoas enfrentam a mesma situação no cruzeiro "World Dream", depois que três pessoas que foram passageiros do navio apresentaram resultado positivo para o coronavírus.

De acordo com as autoridades japonesas, outro cruzeiro, o "Westerdam", segue em direção ao país com pelo menos um caso confirmado a bordo.

- Paralisação continua -

Nas últimas 24 horas, a China continental registrou 73 mortes, incluindo 69 em Hubei. As autoridades contabilizaram 3.143 novos casos de contágio.

A taxa de mortalidade do novo coronavírus, de aproximadamente 2%, ainda é considerada muito inferior que a da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que matou 774 pessoas em todo o mundo entre 2002 e 2003.

A economia chinesa pode ser afetada por um longo tempo, pois em muitas províncias a maioria das empresas e fábricas não devem retomar as atividades antes de 10 de fevereiro, na melhor das hipóteses.

A montadora japonesa Toyota anunciou um novo adiamento, até 16 de fevereiro, da retomada da produção em suas fábricas na China.

As aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) com as 34 pessoas resgatadas de Wuhan, na China, chegam por volta da meia-noite desse sábado (8) na Base Aérea de Anápolis (GO), onde as pessoas passarão por uma quarentena de 18 dias. A cidade chinesa é o epicentro do surto de coronavírus.

A informação foi confirmada nesta sexta-feira (7) pelo brigadeiro Marcelo Damasceno, responsável pela Operação Regresso, em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no Ministério da Defesa, em Brasília.

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“Ao levar informação clara para o Brasil e, em especial, para o pessoal de Anápolis, que não existe qualquer risco para terceiros aqui no Brasil. É uma operação muito bem preparada e planejada”, disse Bolsonaro

Os ministros da Defesa, Fernando Azevedo, e da Saúde, Henrique Mandetta, também participaram do briefing antes de seguir para Anápolis, onde visitarão as instalações que receberão os brasileiros e suas famílias.

Os dois aviões partiram de Ürumqi, última escala na China, pouco depois das 10h (horário de Brasília), com previsão de chegada em Wuhan às 13h30 (de Brasília). Às 17h30, partem da cidade chinesa. Antes de embarcar, as pessoas serão submetidas a exames médicos prévios. Quem apresentar sintomas compatíveis com o coronavírus não poderá viajar.

Além dos 34 resgatados, brasileiros e suas famílias, mais seis estrangeiros – quatro poloneses, um indiano e um chinês - embarcarão no voo da FAB. De acordo com o brigadeiro, foi um gesto de solidariedade ao governo da Polônia que não tinha como buscar seus cidadãos.

Ao deixarem Brasília, na quarta-feira (5), as aeronaves brasileiras fizeram escala em Fortaleza (CE), Las Palmas (Espanha), Varsóvia (Polônia) e Ürumqi (China), até o destino final em Wuhan. A viagem de volta prevê escalas nos mesmos locais. Os estrangeiros desembarcarão em Varsóvia.

Entre os 34 resgatados estão duas crianças de 2 e 3 anos. Além deles, 24 pessoas da equipe de resgate também passarão pela quarentena: 12 pessoas da equipe médica da FAB, dois médicos do Ministério da Saúde, duas pessoas da equipe de imprensa – entre elas, um cinegrafista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – e oito tripulantes.

Instalações

O hotel da Base Aérea de Anápolis foi isolado e preparado para receber as 58 pessoas para os dias de quarentena. Eles ficarão em quartos individuais, terão seis refeições diárias, televisão e internet disponíveis e espaço de lazer e entretenimento.

Os cidadãos confinados terão tratamento gratuito e o direito de serem informados permanentemente sobre seu estado de saúde. Eles serão monitorados e, em caso de suspeita de infecção, serão isolados e levados para outro setor da base aérea. Caso o quadro de saúde se agrave, eles serão transportados, em aeronave preparada, para o Hospital da Forças Armadas, em Brasília.

No dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de coronavírus como emergência em saúde pública de importância internacional. Mais de 630 pessoas já morreram na China e 30 mil foram infectadas pelo novo vírus. No Brasil, nove pacientes são monitorados por suspeita de terem sido infectados. Até agora, nenhum caso foi confirmado.

O Ministério da Defesa informou nesta quinta-feira (6) que os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) destacadas para repatriar os brasileiros que estão em Wuhan, China, epicentro do surto do novo coronavírus, já estão em Varsóvia, na Polônia, onde estava prevista uma das escalas.

As duas aeronaves VC-2 aguardam a alocação de um horário para pouso do controle aéreo chinês. De acordo com o ministério, a espera é devido ao alto fluxo de tráfego aéreo no país e das missões internacionais de repatriação, que estão saindo e chegando da região afetada.

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A previsão é que as aeronaves brasileiras cheguem na China no final da sexta-feira (7). Já a chegada ao Brasil deve acontecer no sábado (8).

Os aviões da FAB partiram ontem (5) de Brasília para buscar ao menos 34 pessoas (brasileiros e parentes) que requisitaram resgate ao governo. A previsão é que as aeronaves levem 62 horas no processo de ida e volta, sendo 47 horas de voo.

Antes de chegar à cidade destino, as aeronaves fizeram escala em Fortaleza (CE), Las Palmas (Espanha) e Varsóvia (Polônia). Também está prevista uma escala em Ürümqi, já na China. No retorno, as aeronaves passarão pelas mesmas cidades.

Quarentena

Para agilizar o processo de repatriação dos brasileiros, o governo enviou, na terça-feira (4), um projeto de lei (PL) ao Congresso estabelecendo regras e medidas para controle, no território brasileiro, da epidemia do coronavírus. A matéria já passou pela Câmara e nesta quarta-feira também foi aprovada no Senado.

Ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que até amanhã o projeto será sancionado, antes que os aviões da FAB retornem ao país.

O projeto aprovado prevê, entre outros pontos, o isolamento para portadores do vírus ou quarentena para os que tiverem suspeitas de contaminação. Os cidadãos isolados terão tratamento gratuito e o direito de serem informados permanentemente sobre seu estado de saúde. O projeto prevê ainda o fechamento de fronteiras, portos e aeroportos para entrada e saída do país e a autorização excepcional e temporária da entrada de produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária ,caso sejam necessários.

Assim que chegarem em território brasileiro, todos os integrantes das aeronaves passarão por uma quarentena de 18 dias na Base Aérea de Anápolis (GO), incluindo os tripulantes.

No dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de coronavírus como emergência em saúde pública de importância internacional. Mais de 550 pessoas já morreram na China e 28 mil foram infectadas pelo novo vírus. No Brasil, 11 pacientes são monitorados por suspeita de terem sido infectados, até agora nenhum caso foi confirmado.

Já estão a caminho de Wuhan, na China, as duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) que trarão, de volta ao Brasil, as 34 pessoas (brasileiros e parentes) que se encontram na cidade epicentro do surto de coronavírus. As aeronaves VC-2 – uma delas destinada ao transporte presidencial – deixaram o solo brasileiro por volta das 12h22.

"As pessoas que vão embarcar na China estão sadias e sem evidência da doença. Na chegada ao Brasil, serão feitos exames para identificar quaisquer problemas", disse o responsável pela missão, brigadeiro Damasceno.

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Cada avião sai do Brasil com 18 tripulantes. Desses, sete são da área de saúde (seis médicos militares e um ligado ao Ministério da Saúde). 

Antes de chegar à cidade destino, as aeronaves farão escala em Fortaleza (CE), Las Palmas (Espanha), Varsóvia (Polônia) e Ürümqi (já na China). No retorno, as aeronaves passarão pelas mesmas cidades.

A previsão é de que as aeronaves levem 62 horas no processo de ida e volta, sendo 47 horas de voo. Com isso, a chegada na China está prevista para o final do dia 6 (horário de Brasília). A chegada ao Brasil está prevista para sábado, dia 8.

Quando chegarem ao Brasil, todos os resgatados, bem como a tripulação de militares e o cinegrafista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que estão a bordo, passarão por uma quarentena de 18 dias na cidade de Anápolis (GO), seguindo protocolos e instruções oficiais visando a segurança de todos envolvidos. Os cidadãos isolados terão tratamento gratuito e o direito de serem informados permanentemente sobre seu estado de saúde.

Emergência global

No dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de coronavírus como emergência em saúde pública de importância internacional. Quase 500 pessoas já morreram na China e 20 mil foram infectadas pelo novo vírus. No Brasil, 13 pacientes são monitorados por suspeita de terem sido infectados, até agora nenhum caso foi confirmado.

Os cidadãos brasileiros que estão em Wuhan, na China, serão repatriados em duas aeronaves reservas da Presidência da República e ficarão em quarentena por 18 dias, na Base Aérea de Anápolis (GO). A informação foi dada nesta terça-feira (4) pelos ministros Fernando Azevedo (Defesa) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), em coletiva de imprensa para explicar como será feito o resgate.

A operação começará na quarta-feira (5), com a partida das equipes para a China, e terminará no próximo sábado (8), com a chegada das aeronaves diretamente na unidade militar onde os repatriados ficarão internados. Wuhan é o epicentro do surto mundial do coronavírus.

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"O presidente Jair Bolsonaro concordou em ceder as suas duas aeronaves VC-2, aeronaves reservas, [modelo] Embraer-190, com capacidade para 30 passageiros cada uma. Foi um gesto do presidente abrir mão das aeronaves", afirmou Fernando Azevedo. Segundo ele, a decisão de usar os aviões da Presidência da República foi tomada pelo próprio presidente para evitar a burocracia de uma licitação para fretamento de um voo e também por causa da precariedade da atual frota da Força Aérea Brasileira (FAB). As aeronaves cedidas dão apoio às viagens presidenciais, mas não são as utilizadas pelo presidente, que normalmente viaja em um avião maior, modelo Airbus.

"Os dois VC-2 decolam amanhã (5), às 12h, da Base Aérea de Brasília, com previsão de chegada em Wuhan, na China na madrugada de sexta-feira, dia 7. O tempo que vão permanecer na China nós não sabemos, tem os procedimentos das autoridades chinesas e os nossos protocolos de saúde, e com previsão de chegada na madrugada de sábado, dia 8", acrescentou Azevedo. As duas aeronaves farão um total de quatro paradas técnicas de reabastecimento. Segundo o ministro da Defesa, após a partida em Brasília, as escalas serão feitas em Fortaleza, Las Palmas (Espanha), Varsóvia (Polônia) e Ürumqi (China), até o destino final em Wuhan (China).

A lista preliminar do Ministério das Relações Exteriores (MRE) inclui um total de 29 pessoas, sendo 24 brasileiros e 5 chineses, que são cônjuges ou pais dos cidadãos resgatados. No grupo estão também 7 crianças. Outras pessoas que requisitarem à embaixada brasileira em Pequim poderão ser incluídas nos voos, segundo o ministro Ernesto Araújo. "Se houver mais algumas pessoas que mudem de ideia e queiram voltar, serão contempladas, evidentemente. (...) É essencial que os brasileiros que desejam retornar fiquem em contato permanente com nossa embaixada em Pequim", afirmou.

Quarentena

Antes de embarcar, as pessoas a serem resgatadas serão submetidas a exames médicos prévios. Quem apresentar sintomas compatíveis com o coronavírus não poderá viajar. Além disso, deverão assinar um termo de compromisso para se submeterem à quarentena no Brasil. Os procedimentos de saúde serão realizados por uma equipe de seis profissionais de saúde do Instituto de Medicina Aeroespacial da FAB e um médica especializada do Ministério da Saúde, que estarão nos voos de resgate.

Na Ala 2 - Base Aérea de Anápolis, todos os repatriados, além da tripulação e da equipe médica responsáveis pelo resgate, deverão se submeter à quarentena de 18 dias. A unidade militar, que pertence à FAB, possui dois hotéis, que serão utilizados durante o período de observação. Ela foi vistoriada por equipes do governo na tarde de hoje.     

"Aqueles que não tem sintomas ficarão numa área branca. Qualquer problema temos ainda condição de passar para uma área amarela, todos em apartamentos individuais e, caso necessário, passar para uma área vermelha, [que é a] evacuação aeromédica para o Hospital das Forças Armadas, em Brasília", explicou o ministro Fernando Azevedo.

Emergência

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro encaminhou, ao Congresso Nacional, o projeto de lei que define as medidas sanitárias para enfrentamento do coronavírus e as regras para a repatriação e quarentena no Brasil dos cidadãos brasileiros que estão na China. Na mesma publicação, o Ministério da Saúde elevou o nível de alerta em saúde no caso do coronavírus de perigo iminente para emergência em saúde pública.

Projeto de lei

Em coletiva à imprensa na tarde de hoje, o secretário-executivo do Ministério da Saúde João Gabbardo dos Reis disse que o governo tem “alternativas” para medidas sanitárias contra o coronavírus caso o Congresso demore a aprovar o projeto de lei para prevenção, eventual enfrentamento da doença, repatriação e quarentena de cidadãos.

“Não vamos fazer pressão sobre o Legislativo”, disse ao assinalar que o PL vai ganhar prioridade conforme os comandos da Câmara dos Deputados e do Senado.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira governo dispõe arcabouço legal de normas de vigilância e até do Código Penal que regra o trabalho de prevenção e combate a epidemias e garante ao Estado instrumentos coercitivos de cumprimento de decisões sanitárias.

Reunião com secretários

Na próxima quinta-feira (6), o Ministério da Saúde promove reunião com os secretários de saúde dos estados e das capitais, além da representação do conjunto dos 5.570 municípios brasileiros, para discutir o Coronários.

Vão ser tratados planos de contingência, funcionamento de hospitais referência, logística para os exames em laboratório, licitação para contratação de leitos para eventuais atendimentos e rateio de custos.

 

O embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, disse nesta terça-feira (4) que seu país facilitará a retirada dos brasileiros que estão em Wuhan, a região mais afetada pelo coronavírus. Ele se encontrou nesta terça-feira, em Brasília, com os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e da Agricultura, Tereza Cristina.

Wanming informou que seu país respeitará a decisão do governo brasileiro de trazer de volta os brasileiros que se encontram na região, e que Brasil e China têm mantido canais de comunicação. Segundo o embaixador, "um mecanismo de troca de informações já foi estabelecido”.

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“Vamos prestar nosso apoio aos brasileiros que moram na China, facilitar, prestar as ajuda dos trâmites na cidade de Wuhan”, disse Wanming ao ressaltar que a China tem feito “todos os esforços” para combater o coronavírus.

Agronegócio

O embaixador Wanming acrescentou que, no âmbito do agronegócio, as parcerias comerciais entre Brasil e China não serão prejudicadas por causa da doença. “Temos toda confiança de que as relações comerciais do agronegócio não serão prejudicadas, uma vez que o Brasil prometeu não impor qualquer restrição a nosso comércio. Espero que nossa relação de agronegócio esteja a cada dia mais consolidada”.

Segundo ele, o governo chinês se comprometeu a tomar medidas rigorosas para conter a propagação do coronavírus, tanto internamente como para outros países, “com base no espírito de responsabilidade”.

“O governo chinês se dedica a manter essa relação de longo prazo e estável com o governo brasileiro. Os produtos agrícolas são bem-vindos. Não acredito que a relação sino-brasileira será prejudicada (pelo surto)”, completou.

 

Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o governo pode buscar brasileiros que estão em Wuhan, na China, e isso independe de legislação. 

Confira o vídeo:

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*Da Agência Senado

 

Um avião com 56 italianos de Wuhan, cidade chinesa que é epicentro da epidemia do novo coronavírus (2019-nCoV), aterrissou na manhã desta segunda-feira (3) no aeroporto militar de Pratica di Mare, na província de Roma.

O grupo passa por exames médicos ainda no aeroporto e será transferido a um centro esportivo do Exército na capital italiana, onde ficará em isolamento durante duas semanas, período máximo de incubação do coronavírus.

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Aqueles que apresentarem sintomas do 2019-nCoV, como febre, tosse e dificuldades respiratórias, serão internados no Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital referência no país em doenças contagiosas.

Os 56 italianos viajaram em um Boeing 767 da Aeronáutica Militar, acompanhados de médicos, enfermeiros e do vice-ministro da Saúde Pierpaolo Silieri. Segundo o chefe da unidade de crise do Ministério das Relações Exteriores, Stefano Verrecchia, até o momento "todos estão bem".

Ao todo, cerca de 80 italianos vivem em Wuhan, mas alguns quiseram permanecer com suas famílias na China. Um deles apresentou febre antes de embarcar e ficou na cidade. Até o momento, a epidemia já matou 362 pessoas, todas elas no país asiático, e contaminou cerca de 17,5 mil. 

Da Ansa

A Itália repatriou neste domingo (2) um grupo de 67 cidadãos do país que vivem na cidade de Wuhan, na China, considerada epicentro do surto do novo coronavírus. De acordo com fontes do governo, menos de uma dúzia de italianos preferiu permanecer em Wuhan. 

O grupo foi transportado de ônibus até o aeroporto internacional da cidade, onde embarcaram em um avião da Unidade de Crise do Ministério das Relações Exteriores de Roma. A previsão é que a aeronave chegue nesta segunda-feira (3), às 8h15 locais, na capital italiana, em um aeroporto militar. Em seguida, os italianos serão mantidos em quarentena por duas semanas em uma área militar.

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"Gostaria de agradecer a colaboração e a sensibilidade mostrada pelas autoridades chinesas ao facilitar a evacuação por via aérea de nossos cidadãos residentes em Wuhan", disse o presidente italiano, Sergio Mattarella, em uma mensagem enviada ao líder chinês, Xi Jinping.

Cidadãos americanos, japoneses, francês, ingleses e alemães também já deixaram Wuhan. O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, anunciou que pessoas de 29 nacionalidades foram evacuadas com o apoio da França.

"Há muitos europeus e 29 nacionalidades diversas, incluindo franceses. Assumimos o nosso papel de responsabilidade, compartilhamento e solidariedade com os europeus. A maior parte deles voltará a seus países de origem imediatamente após chegar à França", explicou.

O novo coronavírus já matou 304 pessoas e infectou 14,3 mil na China. Neste domingo (2), as Filipinas confirmaram que um cidadão chinês de 44 anos morreu em Manila. Trata-se do primeiro falecimento em consequência do coronavírus fora da China.

Da Ansa

O presidente Jair Bolsonaro listou nesta sexta-feira (31) ao menos dois entraves para trazer os brasileiros que estão na região de Wuhan, na China - epicentro da contaminação pelo coronavírus - para o Brasil. Segundo ele, é preciso solucionar questões financeiras para o envio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) ao país asiático, além da falta de uma "lei de quarentena" no Brasil para manter os brasileiros que forem repatriados por um tempo de monitoramento.

"Temos alguns nacionais, que estão na região de Wuhan, que querem vir para cá, e têm pedido o nosso apoio. Obviamente, o apoio custa dinheiro, meios, e o Brasil vai ter que se esforçar para conseguir. Começa pela própria Força Aérea. Ao longo dos últimos 30 anos, arrebentaram com o material das Forças Armadas, incluindo aeronaves", disse Bolsonaro a jornalistas na entrada do Palácio do Alvorada. Segundo ele, um voo para a china custaria cerca de US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,1 milhões).

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O outro ponto, de acordo com o presidente, é a ausência de normas sobre quarentena no Brasil. "Nós não temos uma lei de quarentena. Ao trazer os brasileiros para cá, e a nossa ideia, obviamente, é colocar em local para quarentena, mas aí qualquer decisão judicial tira de lá, e daí seria uma irresponsabilidade retirar pessoas que vêm da China pra cá", acrescentou. O presidente se reuniu durante a tarde com com os ministros Henrique Mandetta (Saúde), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fernando Azevedo (Defesa) para discutir o assunto.

Segundo o ministro Ernesto Araújo, há também um entrave diplomático para trazer os brasileiros da região de Wuhan, que está em quarentena decretada pelo governo chinês. "A região da China que está mais sujeita [ao vírus], está fechada para qualquer pessoa sair. É preciso negociar com o governo chinês primeiro, para que deixe sair os brasileiros, mas não é uma coisa óbvia e imediata também", afirmou. Nos últimos dias, diversos países, como Austrália, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Espanha, Alemanha, França, Índia e Japão iniciaram trâmites ou já retiraram seus cidadãos da China, por causa do surto do coronavírus.

Ainda de acordo com o presidente Jair Bolsonaro, é preciso o envolvimento do Poder Judiciário e do Congresso Nacional na eventual decisão de enviar uma aeronave da FAB para repatriar os brasileiros na China. Segundo ele, por exemplo, a autorização de recurso extra teria que ser aprovada pelo Parlamento. "Então, é uma coisa que tem que ser pensada, conversada antecipadamente com o chefe do Poder Judiciário, conversado com o Parlamento também", disse.

Economia

Sobre os impactos do surto de coronavírus na economia, o presidente admitiu que a exportações brasileiras devem mesmo ser afetadas, já que a China, principal parceiro comercial do país, deve ter o crescimento econômico reduzido esse ano, em decorrência dessa crise de saúde.

"Nossas exportações podem ser afetadas na ordem de 3%, afinal de contas, a China é o nosso maior mercado exportador. Está todo mundo envolvido e preocupado em dar uma pronta resposta para a população", afirmou.

 

A jogadora de futebol Millene Fernandes pediu ao governo brasileiro que a ajude a deixar a cidade chinesa de Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus, onde está em quarentena em seu apartamento há 12 dias.

"Hoje a preocupação é muito grande, não saímos de casa há vários dias devido a nossa segurança. É claro que hoje pretendemos deixar a China, pensando na nossa saúde, e esperamos que o governo brasileiro possa nos ajudar", disse a jovem de 25 anos em um vídeo enviado nesta sexta-feira à AFP pelo seu assessor de imprensa.

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A atacante deixou o Corinthians no final do ano para jogar pelo Wuhan Xinjiyuan, time da cidade chinesa. Depois de chegar no país em 16 de janeiro, ela está confinada em casa desde o dia 20.

"Quero jogar no futebol chinês, mas não sabemos quais serão os próximos passos, o campeonato foi adiado e não sabemos quando ele começará", disse.

O clube de Wuhan a autorizou a sair, por empréstimo, para outra equipe até que a situação melhore, afirmou.

"O clube tem me dado todo apoio e mostrou sua preocupação, mas infelizmente não há muito que eles possam fazer", acrescentou a jogadora.

O aeroporto de Wuhan está fechado desde 23 de janeiro e a evacuação de estrangeiros é muito complexa, devido ao medo de que o vírus se espalhe para outros países.

Centenas de cidadãos estrangeiros, especialmente europeus, foram repatriados com o apoio das autoridades de seus respectivos países.

Segundo a imprensa, existem cerca de 70 cidadãos brasileiros registrados em Wuhan, embora muitos deles tenham partido antes da cidade ser declarada em quarentena.

Lista dos países que anunciaram casos de contágio de um novo coronavírus, da mesma família da Sars, desde o seu surgimento, em dezembro, em Wuhan, centro da China.

Fora da China, Macau e Hong Kong foram confirmados quase 100 casos de contaminação.

- China

São 213 mortos e mais de 10 mil casos confirmados em todo o país, segundo o balanço oficial desta sexta (31 de janeiro).

Quase todas as vítimas se encontram na província de Hubei (centro), cuja capital é Wuhan.

Macau, um popular centro de apostas entre turistas do continente, confirmou sete casos.

Em Hong Kong, dez pessoas são portadoras da doença. Sabe-se que várias delas estiveram em Wuhan.

Foi reportado um caso na região do Tibete.

- Japão

As autoridades sanitárias do Japão confirmaram 14 casos, incluindo os dois primeiros no país de transmissão de humano para humano.

- Malásia

Oito casos confirmados, todos chineses, que estão hospitalizados. O quadro do pacientes é estável.

- Singapura

Dez casos confirmados. Todos os pacientes chegaram de Wuhan.

- Coreia do Sul

Onze casos confirmados.

- Taiwan

Taiwan confirmou oito casos.

- Tailândia

A Tailândia anunciou 14 infecções. Todos são chineses, exceto por uma tailandesa de 73 anos que passou por Wuhan.

- Vietnã

Cinco casos confirmados.

- Nepal

Um homem contaminado, que já se recuperou e recebeu alta.

- Camboja

O ministério da Saúde do Camboja informou na segunda-feira o primeiro caso.

- Sri Lanka

O primeiro caso na ilha foi confirmado em 27 de janeiro: uma turista chinesa de 43 anos que chegou da província de Hubei.

- Austrália

Nove casos confirmados.

- Filipinas

As Filipinas reportaram seu primeiro caso do vírus na quinta-feira, uma mulher de 38 anos que chegou de Wuhan e não apresenta mais sintomas.

- Estados Unidos

Seis casos confirmados.

- Canadá

O Canadá confirmou dois casos, dois homens que viajaram para Wuhan. Haveria um terceiro caso a confirmar.

- França

A França tem seis casos confirmados.

- Alemanha

Cinco casos, todos na Baviera e funcionários da mesma empresa.

- Finlândia

Primeiro caso confirmado na quarta-feira, um turista chinês procedente de Wuhan.

- Itália

O primeiro-ministro anunciou na noite de quinta os dois primeiros casos: dois turistas chineses que chegaram há alguns dias.

- Emirados Árabes Unidos

Quatro casos confirmados na quarta-feira, todos membros de uma família chinesa de Wuhan.

Um avião fretado pelo Reino Unido decolou nesta sexta-feira (31) de Wuhan, epicentro na China do novo coronavírus, com 110 cidadãos britânicos e de outras nacionalidades, com destino a Grã-Bretanha e depois Espanha.

O avião civil decolou de Wuhan (centro da China) às 9H45 locais (22H45 de Brasília, quinta-feira), com 83 britânicos e 27 cidadãos de outras nacionalidades, de acordo com o Foreign Office.

A aeronave deve pousar na base militar de Brize Norton, no centro da Inglaterra, nesta sexta-feira e depois prosseguirá para a Espanha.

A epidemia do novo coronavírus deixou 213 mortos e milhares de infectados, a grande maioria em Wuhan e sua região.

A Inter de Milão e o presidente do clube, Steven Zhang, doaram 300 mil máscaras médicas a Wuhan, na China, para auxiliar a população e as autoridades que combatem a epidemia do novo coronavírus.

O clube italiano anunciou a doação nesta sexta-feira (31) através de um comunicado. Está previsto para que as máscaras cheguem em Wuhan, cidade epicentro da epidemia que já matou pelo menos 213 pessoas, já na próxima semana.

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"O suprimento chegará à cidade chinesa na próxima semana. O Grupo Suning presta apoio aos resgates desde o início da emergência, com serviços de remessa gratuita e doações de produtos importados do exterior para hospitais e instituições locais. O clube envia seus melhores desejos para a cidade de Wuhan e para toda a China: estamos com vocês, sejam fortes", escreveu a Internazionale.

Zhang Kangyang, mais conhecido como Steven Zhang, tem 29 anos e é herdeiro do grupo chinês Suning. O executivo substituiu no cargo da presidência da Internazionale o empresário Erick Thohir.

Zhang nasceu na cidade de Nanjing, na província de Jiangsu, que já registrou 168 casos confirmados de pessoas infectadas pelo coronavírus.

Da Ansa

O corpo de um homem morto permaneceu por várias horas em uma calçada de Wuhan, a cidade chinesa epicentro da epidemia do novo coronavírus, antes de ser levado pelos serviços de emergência.

O homem, com idade por volta de 60 anos, usava uma máscara de proteção. Ele foi encontrado deitado, com o rosto virado para cima e os braços estendidos ao longo do corpo. Ainda não é possível estabelecer uma relação entre sua morte e o novo coronavírus que já provocou 213 vítimas fatais na China, a grande maioria em Wuhan e sua região.

A quarentena imposta em Wuhan na semana passada e a proibição de tráfego de carros esvaziaram as ruas, o que explica o relativo anonimato da pessoa encontrada morta. Um correspondente da AFP viu o corpo na manhã de quinta-feira (30) diante de uma loja de móveis. Policiais e membros do serviço de emergência, com trajes de proteção, chegaram pouco em seguida.

O homem morreu a poucos metros do hospital número 6 de Wuhan, um dos principais centros médicos reservados ao tratamento de pessoas afetadas pelo vírus. A polícia e as autoridade de saúde locais, procuradas pela AFP, não apresentaram respostas sobre as condições da morte.

Depois de examinar os corpos, os médicos colocaram um lençol azul sobre o corpo. Policiais visivelmente nervosos cercaram o corpo com caixas de papelão para impedir a visão até a chegada dos legistas.

Após o exame, os agentes retiraram os trajes de proteção e receberam um produto desinfectante. "É terrível", disse uma moradora, ao relatar que os médicos, muito ocupados, não conseguiram atender a vítima de forma imediata. "Muitas pessoas morreram nos últimos dias", afirmou.

A mulher, muito afetada, impediu que um homem se aproximasse do corpo, alegando que a causa do óbito poderia ser o novo coronavírus.

Um homem que fumava perto do local foi obrigado pela polícia a apagar o cigarro e a colocar uma máscara, como é obrigatório na cidade há vários dias. Ele obedeceu de maneira imediata.

As autoridades chinesas adotaram medidas drásticas para conter a propagação do vírus. O governo comunista determinou o isolamento de mais de 50 milhões de pessoas em Wuhan e na província de Hubei (centro).

O governo está construindo dois novos hospitais que, em tese, devem ser inaugurados na próxima semana para absorver o fluxo de pacientes. No período de pouco mais de duas horas no local do incidente, o correspondente da AFP viu pelo menos 15 ambulâncias nas ruas, em resposta a pedidos de socorro.

Depois de permanecer na calçada por mais de duas horas, o corpo foi levado em uma maca até um veículo especial. Em seguida, os policiais e a equipe médica iniciaram a limpeza do local em que o cadáver foi encontrado.

Três dos 206 cidadãos japoneses que foram retirados na quarta-feira (29) da cidade chinesa de Wuhan estão infectados com o novo coronavírus que surgiu nesta cidade da região central da China, anunciou o ministro da Saúde do Japão.

Os resultados positivos são adicionados aos demais oito casos já registrados previamente. As autoridades ainda não concluíram os exames de 210 japoneses que foram retirados da China nesta quinta-feira (30).

"Uma das três pessoas que apresentou resultado positivo já desenvolveu os sintomas, mas as outras duas não", disse o ministro Katsunobu Kato em uma reunião com parlamentares. O primeiro-ministro Shinzo Abe afirmou que as três pessoas contaminadas receberão tratamento em um hospital de Tóquio que foi especialmente preparado.

Dos 11 casos registrados no Japão, dois deles são de pessoas que foram contaminadas no território japonês: um motorista que transportou turistas de Wuhan e a guia japonesa que os acompanhava. "Com a contaminação de pessoa para pessoa no Japão, entramos em uma nova fase", admitiu o ministro Kato.

Em dois voos especiais, o Japão retirou 416 cidadãos da cidade de Wuhan e da província de Hubei. O governo planeja um terceiro voo. De acordo com o canal de TV NHK, 14 pessoas do segundo voo também foram hospitalizadas, mas até o momento não há confirmação de que são casos positivos.

Por uma questão legal, o Japão não pode manter em quarentena pessoas com exames que apresentam resultados negativos, mas o governo pode elevar o nível de ameaça para conseguir aplicar medidas excepcionais.

De acordo com o ministro da Saúde, duas pessoas que foram retiradas de Wuhan se negaram a passar por exames quando chegaram a Tóquio.

"Explicamos que os exames poderiam ajudá-las, mas estas pessoas não estão convencidas. Não temos os fundamentos jurídicos para forçá-los a aceitar os exames", disse.

O governo dos Estados Unidos determinou um período mínimo de isolamento de 72 horas para as pessoas que saíram de Wuhan. A França planeja um isolamento de 14 dias.

O surto de coronavírus já provocou 132 mortes na China, onde o número de infectados chega a 5.974, com mais de mil pessoas em estado grave. A província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, é considerada o epicentro da contaminação. Ao menos 15 países em quatro continentes já confirmaram casos importados da doença.

No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou dois novos casos suspeitos do coronavírus, sendo um em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e outro em Curitiba, no Paraná. Sem uma medicação específica, o médico infectologista do Hapvida em João Pessoa, Paraíba, Fernando Chagas, faz um alerta para evitar a contaminação pelo vírus que pode ter chegado ao país.

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Segundo o médico, o melhor caminho para evitar a contaminação pelo vírus é lavar as mãos sempre. “O grande segredo é ensinar a população a se prevenir, para se a doença chegar aqui a gente possa reduzir ao máximo a quantidade de casos e mortes causados pelo coronavírus. E a lavagem das mãos tem um impacto muito grande na diminuição do risco de transmitir essa doença”, destaca.

Fernando Chagas explica que a transmissão do vírus se dá por vias aéreas, por meio de gotículas. “Como essas gotículas são pesadas, ao tossir ou espirrar elas podem atingir até um metro e meio de distância. Mesmo assim, o vírus fica sobre as superfícies e pode gerar a contaminação de quem tocar nesses lugares”, diz.

O médico alerta ainda para o fato de não se saber sobre a capacidade de contágio do coronavírus. “O Sarampo, por exemplo, tem uma capacidade de contágio muito alta, mais que o H1N1, chegando até 20 vezes mais. O que nos tranquiliza é que temos vacinas contra esse vírus. No caso do coronavírus, ainda não temos essa informação. E ainda em relação à letalidade, que é a capacidade de gerar a morte, não sabemos o seu alcance”, observa.

O infectologista destaca que os sintomas do coronavírus se parecem muito com os de uma gripe comum - febre, tosse, falta de ar e, em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia, síndrome respiratória aguda grave ou insuficiência renal. O infectologista também destacou para o período de incubação da doença que também pode contagiar.

“O primeiro período a gente chama de incubação que é longo e pode demorar até 15 dias. Nesse estágio, a pessoa pode transmitir o vírus mesmo sem saber que está com ele. Depois disso, começam alguns sintomas que parece com uma gripe comum como tosse, espirro, coriza, dor no corpo, dor muscular, febre intensa”, afirma o infectologista.

O Tratamento

Não existe um remédio disponível para combater o coronavírus de Wuhan. O tratamento recomendado é o de suporte dos sintomas da doença. O médico diz ainda que os médicos e cientistas já conheciam o coronavírus por ser presente em animais como morcegos e algumas aves, revelando já tinham sido registrados algumas epidemias pequenas em 2002, inclusive no Brasil.

Da assessoria

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