Em sua campanha eleitoral para à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL), intensificou as estratégias políticas para ganhar o apoio do eleitorado feminino. No entanto, o chefe do executivo possui um extenso histórico de falas e atitudes polêmicas sobre as mulheres. A lista é composta por falas e ações agressivas contra as jornalistas, trechos polêmicos envolvendo estupro, entre outros.
Maria do Rosário
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Uma das falas de Bolsonaro que mais causou repercussão, foi quando ainda era deputado federal pelo Rio de Janeiro, em 2003, e que afirmou que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia.
O caso aconteceu durante entrevista ao portal à Rede TV, quando Maria do Rosário afirmou que, “O senhor promove a violência". Em seguida, o presidente rebate "Eu sou estuprador agora? Jamais iria estuprar você, porque você não merece". Além disso, ele a empurrou e xingou de "vagabunda".
Anos depois, em 2014 o candidato repetiu as ofensas contra a deputada, na câmara. No local Maria havia elogiado o trabalho da Comissão Nacional da Verdade. Mas quando chegou a vez do político falar, ao ver que ela deixava o plenário, ele a insultou:
“Não sai não, dona Maria Rosário, fica aí. Fica aí, Maria Rosário, fica. Há poucos dias você me chamou de estuprador, no Salão verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui para ouvir”.
Posteriormente, em 2019 a Justiça condenou Bolsonaro a pagar indenização de R$10 mil por danos morais a deputada.
Fraquejada
Um ano antes das eleições de 2018, durante uma palestra feita na sede do Clube Hebraica no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse ao se referir ao gênero dos filhos: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, aí no quinto eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”.
Na época, seus filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos) e Eduardo Bolsonaro (PL), afirmaram em suas redes sociais que a fala do pai não passou de uma brincadeira. Segundo o deputado federal de São Paulo, "Quando ele [Jair Bolsonaro] brinca, o pessoal do politicamente cai nele”.
Turismo Sexual
Após assumir a presidência do Brasil, em 2019, Bolsonaro gerou polêmica ao se mostrar contrário à vinda de turistas do público LGBTQI+ para o Brasil, mas se mostrou favorável ao turismo sexual com mulheres. “Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”, afirmou.
Na época, a fala foi considerada homofóbica e machista, o que fez vários estados brasileiros lançaram campanhas contra a exploração sexual.
Discriminação Salarial
Desde sua campanha eleitoral de 2018, o parlamentar mostrou-se contra às leis na direção da equidade de gênero no mercado de trabalho. Em 2021, durante uma live ele afirmou que se sancionasse o projeto de lei que aumenta a multa trabalhista para empregadores que pagam salários diferentes para homens e mulheres que exercem a mesma função, poderia tornar "quase impossível" a entrada de mulheres no mercado de trabalho .
“Qual a consequência disso vetado ou sancionado? Vetado, vou ser massacrado. Sancionado, você acha que as mulheres vão ter mais facilidade de arranjar emprego ou não no mercado de trabalho. Vamos ver se eu sancionar como vai ser o mercado de trabalho para a mulher no futuro. É difícil para todo mundo, para a mulher é um pouco mais difícil. (Vamos ver) Se o emprego vai ser quase impossível ou não”, disse o presidente.
Ataque às jornalistas
Durante seu mandato, o presidente se mostrou agressivo nas falas contra as jornalistas. Um dos episódios que mais causou repercussão, foi quando o chefe do executivo usou de ironia para responder às denúncias feitas pela jornalista Patrícia Campos Mello, sobre possíveis irregularidades na sua campanha eleitoral.
Ele disse que a profissional “queria dar o furo”. “Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo”, disse a apoiadores no cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada.
Durante o período da pandemia de Covid-19, em 2021 a repórter Laurene Santos da TV Vanguarda, perguntou ao presidente o motivo dele está sem máscara no local, tendo em vista que era uma exigência do estado de São Paulo. Após o questionamento, Bolsonaro não respondeu a pergunta e mandou ela calar a boca.
Dias depois, a repórter da Rádio CBN, Victoria Abel, perguntou a Bolsonaro sobre o atraso das vacinas contra a Covid-19. No momento, ele falou para a profissional “voltar para a faculdade, para o ensino médio, depois para o jardim de infância e aí nascer de novo”.
Além disso, a jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, também já foi chamada de "quadrúpede" pelo chefe do Executivo.