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Depois de passar por maus bocados, Pedro Scooby e Cintia Dicker parecem estar finalmente aproveitando bons momentos ao lado da filha recém-nascida, Aurora. A pequena estava internada desde que nasceu, em 26 de dezembro de 2022, e precisou passar por algumas cirurgias. Agora, nesta terça-feira, dia 10, o surfista celebrou a alta hospitalar da criança.

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"Chegou o grande dia! Nossa princesa guerreira Aurora está em casa. Sem palavras para agradecer toda a equipe da Qualicorp, nunca na vida vamos esquecer o que vocês fizeram por nós. Aos médicos: Dr Jofre, Gilmar que a operou, Flavia nossa anestesista e fotógrafa (que deixou tudo mais leve na hora do parto), Vivi, nossa obstetra que acompanhou tudo desde o começo e toda a equipe da Perinatal Laranjeiras! Nossa gratidão eterna a vocês", escreveu.

E continuou:

"Aos meus amigos e familiares que fizeram de tudo para tornar esse momento o mais leve possível. E claro, todas as orações e boas energias enviadas nesse momento por todos, que foi muito difícil, mas conseguimos ser fortes e seguir em frente. Bem vinda Aurora!"

O casal ainda mostrou pela primeira vez o rostinho de Aurora, que apareceu toda sorridente.

Quase metade dos municípios brasileiros registrou, na semana passada, alta incidência de Covid-19, segundo análise divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em dados do Ministério da Saúde. De acordo com o instituto, 2.552 cidades (de um total de 5.297 que enviaram os dados) tiveram mais de 100 casos da doença por 100 mil habitantes, o que caracteriza a alta incidência. "Nesses municípios, vivem 47% da população brasileira, e seus moradores estão expostos a elevados níveis de transmissão viral", destacou o Todos pela Saúde.

Outro levantamento, este feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado na quinta-feira (22), mostrou que há tendência de aumento de hospitalizações por Covid-19 no País. De acordo com especialistas, as duas análises acendem o alerta para aumento da transmissão durante as festas de fim de ano e possível sobrecarga dos serviços de saúde em janeiro.

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A análise do ITpS mostra que 21 das 27 unidades da federação apresentam alta incidência - somente São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí estão fora desse grupo. As maiores taxas foram registradas no Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal, todos com registros superiores a 300 casos por 100 mil habitantes na última semana.

O instituto também analisa dados de redes de laboratórios, que mostram que as taxas de positividades dos exames seguem altas - acima de 30% desde o início de novembro. Para o imunologista Jorge Kalil, diretor-presidente do ITpS, as pessoas devem manter cuidados durantes as celebrações de fim de ano, embora o cenário epidemiológico atual seja menos ameaçador do que o dos dois primeiros anos da pandemia.

"A situação não é tão confortável assim. A doença está presente e o vírus continua circulando. A grande preocupação é com as pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal com as quatro doses. Elas devem buscar a vacina o mais rápido possível. São essas pessoas que estão ficando mais graves quando infectadas", afirma o especialista.

Ele relembra que, no ano passado, as festas de fim de ano foram disseminadoras da variante Ômicron no País, causando milhões de novos casos. "Como temos mais pessoas vacinadas e com doses de reforço, uma nova onda pode não ser tão avassaladora, mas a covid-19 ainda pode matar", afirma.

A análise do instituto mostra ainda que a sublinhagem BQ.1 da variante Ômicron já é predominante do País. A alta transmissão viral favorece o surgimento de novas mutações e variantes que podem ter maior escape à vacina, dizem os especialistas.

Internações

O levantamento da Fiocruz, que monitora semanalmente as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mostra crescimento das hospitalizações na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas). De acordo com os pesquisadores, "a desaceleração na curva nacional pode ser atribuída à queda recente nos casos de SRAG nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo".

Vinte das 27 unidades da federação apresentam crescimento moderado de SRAG na tendência de longo prazo: todas das regiões Sul e Centro-Oeste, toda a região Nordeste, com exceção da Paraíba, além de Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rondônia e Tocantins.

Entre as capitais, 14 das 27 apresentam alta de hospitalizações no mesmo período: Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Goiânia, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, São Luís e Teresina.

Dicas para reduzir risco de contaminação nas festas de fim de ano

- Complete o esquema vacinal contra a covid com as duas doses regulares e as doses de reforço indicadas para a sua faixa etária

- Se for reunir a família para as festas de fim de ano, escolha um local amplo e bem ventilado. Se o tempo permitir, faça a comemoração ao ar livre, como em quintais ou terraços

- Se possível, evite beijar e abraçar sem máscara muitas pessoas diferentes, em especial se for do grupo de maior risco, como idosos e pessoas com comorbidades

- Se fizer parte dos grupos de maior risco, considere usar máscara durante as celebrações ou manter distanciamento físico dos demais participantes enquanto estiver sem a peça, como nos momentos em que for comer ou beber

- Isole-se e não participe de celebrações se estiver com sintomas respiratórios

- Faça um autoteste antes da celebração e, se testar positivo, fique em casa

O número de casos de catapora, nome popular da varicela, aumentou em 65% na cidade de São Paulo em 2022, comparado com dados de 2021. Ao todo, foram 213 quadros confirmados de infecção pelo vírus varicela-zóster, que causa a doença, e 56 surtos (quando há aumento repentino de casos) até outubro. Em 2021, São Paulo teve 129 casos de catapora. Os dados são de um levantamento da Prefeitura.

Marcio Nehab, infectologista pediátrico do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), aponta a baixa cobertura vacinal contra varicela como o principal motivo para o aumento da doença. Hoje, a vacina tetraviral, que protege contra a doença, está com cobertura inferior a 50% da população-alvo nacional, de acordo com análise do Observa Infância (Fiocruz/Unifase). Por isso, neste momento, o médico avalia que "é essencial que as pessoas atualizem a carteirinha de vacinação dos filhos o quanto antes e afastem as crianças das escolas, caso elas apresentem sintomas".

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No Brasil, os mais atingidos pela doença são crianças e não vacinados. Isso porque, ao pegar a doença uma vez - o que geralmente acontece na infância, já que o vírus é altamente contagioso e circula com facilidade em creches e escolas -, a pessoa se torna imune. "Existe a chance de pegar catapora duas vezes, mas, principalmente para pessoas vacinadas, é muito pequena e a pessoa provavelmente terá poucas lesões", explica o infectologista.

A tetraviral (SCR-V) está disponível no Programa Nacional de Imunização (PNI) e protege contra catapora, caxumba, sarampo e rubéola. Ela deve ser aplicada em duas doses: uma aos 15 meses de idade e outra aos 4 anos. Segundo a Fiocruz, responsável pela produção nacional do imunizante, a primeira dose da vacina já garante proteção de 85% contra a catapora e, com a segunda, a proteção é de 97%. Assim, caso ocorra a infecção pelo vírus, os sintomas tendem a ser mais leves e não evoluir para quadros graves que demandem hospitalização. Além da tetraviral, existe ainda uma vacina de bloqueio que pode ser tomada por pessoas que tiveram contato recente com pessoas infectadas, ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS).

SINTOMAS

Os sintomas mais comuns da catapora são o aparecimento de manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo, coceira, febre baixa a moderada com duração média de quatro dias, mal-estar, cansaço, dor de cabeça e perda de apetite. Geralmente, eles começam entre 10 e 21 dias após o contágio.

Segundo o médico, o diagnóstico correto da doença é essencial. "A pessoa deve procurar um posto de saúde ou hospital particular", diz. Geralmente, o diagnóstico da doença é feito após um exame clínico. No entanto, como a catapora tem os mesmos sintomas que a Mpox (novo nome para a MonkeyPox), em alguns casos é preciso fazer um teste sorológico para confirmar a doença e receber indicações corretas de tratamento.

Em geral, não há um tratamento específico para catapora. Os infectologistas recomendam ter cuidado com a higiene da pele, lavando-a regularmente com água e sabão. Além disso, é importante cortar bem as unhas e não coçar lesões, pois aumenta o risco de infecções secundárias por bactérias.

Caso o paciente tenha febre, o uso de ácido acetilsalicílico deve ser evitado, pois pode gerar complicações. Em quadros graves da doença, o uso de um medicamento chamado aciclovir pode ser indicado, mas isso depende de avaliação médica. Também é importante isolar o paciente por sete dias a partir do aparecimento das lesões de pele, para evitar a transmissão.

GRAVIDADE

Natalie Del-Vecchio, infectologista pediátrica e coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do IFF/Fiocruz, alerta para a importância de evitar infecções e não subestimar a doença. "Antigamente, muitas pessoas incentivavam que as crianças pegassem catapora, para não sofrerem com a doença quando adultas. Mas assim como outras enfermidades, a catapora pode evoluir para formas graves e até levar à morte, mesmo em crianças saudáveis", diz a médica.

Em alguns casos, é possível que a catapora leve a infecções secundárias graves, o que pode causar quadros de encefalite, por exemplo, que é uma doença inflamatória do sistema nervoso central que pode levar à morte. "Mesmo que a criança não tenha sido vacinada na idade indicada e que a vacina esteja atrasada, os pais podem e devem levá-la ao posto de saúde."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante da nova alta de casos de Covid-19, o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo decidiram nesta quinta-feira (24) retomar a obrigatoriedade de máscaras em ônibus, metrôs e trens a partir do próximo sábado (26). A medida foi tomada por recomendação do comitê de especialistas que assessora o Executivo paulista na tomada de decisões sobre a pandemia.

"Nas últimas semanas o Estado de São Paulo tem apresentado aumento expressivo na transmissão do Sars-Cov-2, que se reflete principalmente nos indicadores de internações por Covid-19 em leitos de enfermaria e UTI, que nos últimos 14 dias mostram crescimento de 156% e 97,5%, respectivamente, chegando a uma média diária de mais de 400 novas internações", diz a nota do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, pasta chefiada pelo infectologista David UIP.

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O governo estadual diz recomendar que a medida seja adotada em todos os municípios. Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a obrigatoriedade do uso da proteção facial em aviões e aeroportos.

Desde o início do mês, o País observa uma alta de casos alavancada por subvariantes da Ômicron, a BQ.1 e a BE.9, que aparentam ter perfil mais transmissível. Em boletim divulgado na quarta (23) a Fiocruz alertou que 15 Estados brasileiros enfrentam recrudescimento de infecções. São Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba observam o crescimento com maior intensidade.

A elevação no número de infecções se deu em todas regiões do País e dados de exames laboratoriais por idade mostram predominância principalmente na população adulta, acima de 60 anos, conforme o boletim da fundação.

Atendimentos a casos suspeitos de covid-19 aumentaram em oito em cada dez hospitais privados de São Paulo nos últimos dias, mas a maioria dos pacientes não precisou ser internada, segundo levantamento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp). Entre os hospitais, a maioria (39%) relatou alta de 21% a 30% nos atendimentos a pacientes com esse perfil.

Frente ao aumento de casos, profissionais da saúde já orientavam a retomada do uso de máscara em locais fechados e/ou com aglomeração, principalmente àqueles mais vulneráveis à doença, como idosos, imunossuprimidos e quem está com a vacinação incompleta. Algumas universidades do Estado voltaram a recomendar o uso da proteção facial ainda na primeira quinzena do mês. A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, voltaram a obrigar o uso de máscara em ambientes fechados, incluindo as salas de aulas.

Atualizar o esquema vacinal também era pedido dos especialistas. Os baixos níveis de vacinação de reforço preocupam, visto que, com o tempo, a imunidade cai e a pessoa fica menos protegida contra hospitalização e morte pela doença. Só o Estado de São Paulo acumulava 9 milhões de faltosos só para a terceira dose no início de novembro.

No dia 11, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, antecipou, em entrevista à Rádio Eldorado, que o uso de máscara em locais fechados poderia voltar a ser obrigatório no Estado, se o boletim epidemiológico demonstrasse que as internações, especialmente nas UTIs, estão aumentando progressivamente. "Nós estamos monitorando a situação e se ela se tornar mais grave, podemos voltar a decretar a obrigatoriedade das máscaras", falou.

Moradores da cidade de Primavera, na Mata Sul de Pernambuco, receberam a prefeita da cidade, Dayse Juliana (PSB), com homenagens. A pessebista estava internada desde o dia 13 de novembro, quando sofreu um acidente com seu marido João Paulo, em Paulo Afonso, Bahia. 

João não resistiu e morreu. Juliana precisou passar por um procedimento cirúrgico no braço esquerdo por conta de uma fratura sofrida. Após apresentar melhoras no quadro clínico, a prefeita recebeu alta médica na segunda-feira (21).

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Ao chegar em sua casa nesta terça-feira (22), ela foi recepcionada por dezenas de munícipes que levaram cartazes em sua homenagem. Juliana falou para os populares que perdeu o amor de sua vida, mas que precisava continuar em frente pelos seus filhos e pela cidade. 

"Sei que perdi o grande amor da minha vida, mas Deus permitiu que eu sobrevivesse para continuar minha batalha. eu quero agradecer as orações, as rezas de cada um. Não está sendo fácil, mas quando olho para trás vejo meu filho, minha família, e sei que tenho que continuar de pé", disse.

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Pernambuco contabilizou, nas últimas 24 horas, 2.011 novos casos de Covid-19. O dado foi divulgado pelo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) desta quinta-feira (17).

Entre os confirmados hoje, 26 (1,3%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.985 (98,7%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 1.072.540 casos confirmados da doença, sendo 60.053 graves e 1.012.487 leves.

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Também estão sendo contabilizados três óbitos, ocorridos entre os dias 25 de maio e 12 de novembro deste ano. Com isso, o Estado totaliza 22.434 mortes pela Covid-19.

Nessa quarta-feira (16), a SES informou que o Estado está com 74% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ocupadas por pacientes com Covid.

A Black Friday 2022 está cada vez mais próxima. Marcada para ocorrer oficialmente em 25 de novembro, ela tende a gerar algumas incertezas em algumas pessoas, além de medo por conta de alguns golpes. Para ajudar a fazer suas compras em segurança, confira algumas dicas para evitar os principais golpes durante as ofertas e promoções dos comércios. 

Phishing Scam – Um dos golpes mais executados nos grandes períodos de vendas. Nele, o criminoso tenta enviar um conteúdo que seja atrativo para o cliente por e-mail ou link encurtado e obter ilegalmente dados para realizar compras sem autorização, incluindo número de identidade, senhas bancárias ou o número do cartão de crédito. Por conta disso, vale ficar atento em promoções que parecem falsas na Black Friday 2022, pois a oferta pode ser um risco.  

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Golpes do WhatsApp – Com o avanço da tecnologia, tem se tornado comum ver ofertas variadas de compra chegando pelo WhatsApp. Porém, algumas dessas tentativas podem ter como único intuito induzir você a um golpe. Os produtos oferecidos pelo WhatsApp devem ser analisados detalhadamente, pois os links podem levar a um phishing scam. Veja a lista de lojas seguras que o Procon indica para fazer um planejamento de compra.  

Golpes do Pix – Golpes que envolvem Pix estão se tornando cada vez mais comuns. Por isso, é bom ficar atento a compras seguras feitas por meio de redes sociais, pois existe a chance de ser abordado por um golpista. O indicado é realizar esse meio de pagamento apenas em sites de lojas grandes. Pagamentos com descontos exagerados via Pix podem ser uma cilada. Pesquise também sobre a reputação da loja e confira o link.  

Produtos falsos – Sempre há o risco de acabar levando algo falso para casa no lugar de um original. Então, desconfie de promoções milagrosas. Tome cuidado com produtos com valores muito abaixo de mercado, já que itens falsos podem ser vendidos como autênticos. Vale a pena fazer uma investigação em caso de loja pouco conhecida e consultar novamente o Proncon.  

Sites falsos – Fique de olho em sites falsos que geralmente surgem nesses períodos. Promoções falsas também podem levá-lo a uma loja que não existe realmente, e muitas vezes, altera alguma informação no endereço que pode passar despercebida pelo usuário. Para conseguir escapar dessas ações, confira se a página apresenta o endereço iniciado com HTTPS (o protocolo de segurança da navegação web). Confira também os dados presentes no boleto, como a validação do nome ou CNPJ, para garantir que as informações são da loja certa. 

O número de casos de Covid-19 tem crescido ao redor do mundo, como previam as autoridades sanitárias internacionais. Na última segunda-feira (7), a China registrou o maior número de infecções dos últimos seis meses. Nos Estados Unidos, as hospitalizações relacionadas ao coronavírus estão aumentando em vários Estados há semanas e, no Brasil, a taxa de positividade dos testes de Covid-19 também cresceu, apesar de a maioria dos casos serem leves até o momento.

O aumento está relacionado ao aparecimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB, que podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais, conforme mostraram estudos iniciais.

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A vacina bivalente da Pfizer pode ser uma alternativa na hora de reforçar a imunização contra a variante BQ.1, apontam médicos.

"A BQ.1 tem um escape de reposta imune maior e nós já temos dados dela sobre anticorpo neutralizante, que está relacionado à proteção contra infecção. Dessa forma, fica claro que a vacina bivalente garante um maior nível de anticorpo neutralizante e, portanto, uma maior proteção para a BQ.1", explica Julio Croda, medico infectologista da Fiocruz e professor da UFMS.

A variante já chegou ao Brasil, mas o imunizante não. A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um pedido de uso emergencial do imunizante em setembro deste ano, mas ainda não deu uma resposta. Procurada, ela disse que "os processos estão em fase final de análise pela área técnica, para posteriormente serem encaminhados à Diretoria da Agência para deliberação, considerando que se trata de autorização de uso emergencial. Não há ainda data fixada de decisão".

Em nota, a Pfizer disse que ainda está investigando a efetividade da vacina bivalente em relação à nova subvariante BQ.1 e espera ter dados concretos em breve.

O imunizante já está disponível na Europa, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile, entre outros países.

Europa

A nova onda começou na Europa em meados de setembro. Em 12 de outubro, foi publicada uma declaração conjunta pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC) e por representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente dizendo que a "pandemia de Covid-19 não acabou" e relatando que o número de casos vinham aumentado significativamente nos países da União Europeia.

"Embora não estejamos onde estávamos há 1 ano, é claro que a pandemia de covid-19 ainda não acabou. (...) Diante disso, reafirmamos a necessidade de proteger a saúde das pessoas, principalmente as mais vulneráveis, utilizando todas as ferramentas disponíveis, inclusive a vacinação. As medidas de preparação precisam continuar na Região Europeia da OMS - não devemos baixar a guarda", diz o texto.

Na Alemanha, o pico de casos foi em 12 de outubro, quando foram registrados mais de 142 mil novos casos - maior número desde abril.

Na França, foram 109 mil novos casos em 10 de outubro, maior pico desde julho. Na Inglaterra, a alta mais marcante foi em 13 de outubro, com 59 mil novos casos. Desde julho o Reino Unido não registrava números tão altos. Os dados são da JHU CSSE Covid-19 Data.

Segundo os especialistas da OMS e da ECDC, a situação se torna mais grave com a chegada do outono no hemisfério norte, o que traz consigo um aumento na transmissão da influenza, a gripe. Como os sintomas da Covid-19 e da gripe são similares, a tendência é que as pessoas subestimem seu quadro clínico.

Sem a realização de testes para confirmar diagnósticos, o quadro pode se agravar por falta de tratamento adequado e as autoridades acabam perdendo o controle de monitoramento das doenças.

Apesar do cenário, a Europa não retomou medidas restritivas para tentar conter o vírus, como testagens em massa e lockdown.

Estados Unidos

As hospitalizações relacionadas ao coronavírus estão aumentando em vários Estados dos Estados Unidos nas últimas semanas, diz Albert Ko, médico e pesquisador da Universidade de Saúde Pública de Yale em entrevista ao The New York Times.

Entre os mais afetados, estão Arizona, Indiana, Illinois, Nevada, Nebraska, Oklahoma, Dakota do Sul e Wisconsin. Apesar disso, o país não enfrenta um pico substancial em número total de novos casos, apontam os números do JHU CSSE Covid-19 Data.

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a subvariante BA.5, que alimentou o surto de covid-19 no país no verão, ainda causa pouco menos da metade das infecções nos EUA. Porém, as subvariantes BQ.1 e BQ.1.1 estão crescendo rapidamente e espera-se que elas superem a BA.5 em breve.

Na última sexta-feira, 4, a BQ.1 foi responsável por 14% das infecções por Covid-19 nos Estados Unidos, enquanto BQ.1.1 foi responsável por 13,1%. Outra variante, chamada BA.4.6, também ganhou terreno desde agosto e atualmente, é responsável por 9,6% dos casos. Os dados são do CDC.

Ásia

O continente Asiático, assim como os Estados Unidos, está vivendo seu maior pico dos últimos meses agora. No Japão, foram 66,3 mil novos casos no domingo, 6, um patamar que o país não atingia desde o final de setembro.

A China registrou, na segunda-feira, o maior número de infecções por Covid-19 em seis meses. Foram contabilizados 5,6 mil novos casos da doença, quase metade deles na província de Guangdong, um centro manufatureiro com grandes portos comerciais no sul do país.

Em Cingapura e na Índia, foram descobertos os primeiros casos da subvariante XBB, chamada por alguns pesquisadores de "variante pesadelo" por conta da sua taxa de transmissibilidade e sua alta resistência às vacinas.

Segundo relatório da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), a XBB foi, na semana de 3 a 9 de outubro de 2022, responsável por 54% dos casos de covid-19 em Cingapura. Ela ultrapassou a subvariante BA.5, que vinha sendo a mais prevalente por lá até a semana anterior.

América do Sul

Na América do Sul, o Brasil é o primeiro a sentir os impactos da nova onda. No Chile, o número de casos deCovid-19 dobrou na última semana, mas continua baixo. O país passou de 3,7 mil novos casos em 3 de novembro para 7,7 mil em 7 de novembro.

Na Argentina, Bolívia, Colômbia e demais países, os números da Covid-19 continuam baixos, aponta o JHU CSSE Covid-19 Data. Porém, os dados podem estar subnotificados pela falta de acesso à testes de diagnósticos em algumas regiões.

África

Pelos dados, os países do continente africano aparentam ainda não terem sentido a nova onda da Covid-19. No entanto, assim como na América do Sul, os dados podem estar subnotificados.

Erasmo Carlos recebeu alta hospitalar e fez questão de comemorar a notícia nas redes sociais. Vale lembrar que o cantor foi alvo de rumores de morte no último domingo, dia 30. Mas, apesar de tudo, está mais que bem e em casa com a companheira Fernanda Passos.

Na legenda da publicação, ele brincou:

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"Bem simbólico… depois de me matarem no dia 30, ressuscitei no Dia de Finados e tive alta do hospital! Obrigado a Deus, a todos que cuidaram de mim, rezaram por mim e se torceram pela minha recuperação… Essa foto com a Fernanda traduz como estamos felizes."

Erasmo foi internado com um quadro de síndrome edemigênica e foi submetido à exames complementares e ajuste terapêutico.

Nas redes sociais, Fernanda se declarou:

"Erasmo é uma grande potência, arrebata sem esforços. Ilumina, diverte, engrandece. Gigante em tamanho e com a alma mais gentil que já conheci. Meu amor, um país inteiro morre de amores por você há décadas, muito me espanta quando alguém ousa questionar que você tenha o meu amor. Te confesso que saber que meu amor e minha presença são fundamentais para você me envaidece, não poderia ser diferente... eu que sempre fui tão invisível pude ser vista por você? O que será que você viu aqui? Sou testemunha da sua força, sou dependente da sua força, você é o meu norte. Tenho andando desnorteada, mas acho que me inspiro um pouco em você fortaleza. Logo eu... Você sempre esteve comigo, sutilmente... a sutil firmeza de se fazer presente, independente da situação. Nesses muitos anos, desde que te conheci, me vi acolhida com leveza, sem alarde, coisa que só vi na sua imensa delicadeza. Eu estou onde você quiser que eu esteja, inclusive dentro de você. Te amo tudo!"

A proporção de pistolas e fuzis apreendidos pelas polícias do Rio e de São Paulo tem crescido nos cinco últimos anos, mostra nota técnica do Instituto Sou da Paz, divulgada ontem. Os dados reunidos pela entidade indicam uma tendência de modernização das armas nas mãos do crime acelerada pelas flexibilizações recentes no acesso a armamentos.

Nas apreensões feitas pela polícia do Rio, a proporção de pistolas subiu de 41,7% para 54,2% entre janeiro de 2017 e agosto deste ano. Já em São Paulo, essa taxa subiu de 26,1% para 34,2% no mesmo intervalo. No Rio, a proporção de fuzis nas apreensões subiu de 6% para 7% no período. Já em São Paulo, a presença de fuzis nas apreensões subiu de 1,2% para 1,8%.

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Os dados foram obtidos junto aos órgãos policiais dos dois Estados e processados pelo instituto. A maior quantidade de fuzis apreendidos no Rio aconteceu durante 2019: foram 714 armas. Em São Paulo, o recorde foi em 2020, quando foram apreendidas 269 armas deste tipo. Juntos, os dois Estados respondem por 17% das apreensões de armas no país e são os locais de origens de facções criminosas com expressão nacional, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).

FACILITAÇÃO

Ao mesmo tempo em que aumentaram as apreensões de pistolas e fuzis, caiu proporcionalmente a apreensão de revólveres e garruchas, armas menos potentes, de um tiro só por vez. No Estado de São Paulo, a queda foi de 44,4% para 40%, e no Rio, de 39,2% para 28%.

Conforme o Instituto, desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro, foram publicadas mais de 40 medidas para facilitação de compra, porte, ampliação de tipos de armas, calibres e acessórios disponíveis para civis, assim como aumento dos limites quantitativos de armas e munições que podem ser compradas. "Na prática, o crime está substituindo armas mais antigas e de calibre mais baixo por armas mais novas e mais potentes. Não só em termos de diâmetro de calibre e energia de expulsão do projétil, mas também com relação à capacidade de munição, facilidade de recarregamento e disparos mais ágeis", afirma o Sou da Paz.

De acordo com a diretora executiva do Sou da Paz, Carolina Ricardo, os dados mostram uma mudança de padrão nas apreensões, com a participação maior das armas de alto calibre, que têm um potencial de violência muito maior. "A gente vem alertando desde 2019 que o cidadão poder comprar uma arma tão ou mais potente que a da polícia é muito arriscado porque se fragiliza a capacidade das próprias polícias", disse.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo destacou os dados de apreensão de armas e disse desenvolver ações específicas contra o crime organizado. A Polícia Militar do Rio foi procurada, mas não respondeu, assim como o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Exército.

 

Armas são ameaças mais potentes contra policiais, diz coronel

Para o coronel da reserva da PM paulista José Vicente da Silva Filho, especialista em segurança pública, para se ter certeza da correlação entre a flexibilização e o aumento de armas mais potentes nas mãos do crime é necessário verificar de onde vieram essas armas. "Se são armas adquiridas recentemente, dos CACs, etc, ainda não temos essa informação. Por ora é apenas uma correlação de dados, mas é um indicador importante para se fazer uma investigação dos detalhes, quando essas armas foram adquiridas, em que condições foram desviadas para o crime, se por furto ou roubo, ou perda."

Conforme o especialista, era esperado que a maior facilidade para obtenção de armas pelos civis poderia facilitar o acesso de criminosos aos armamentos. "Era evidente que ia acontecer, mas isso merece uma pesquisa não só de institutos como o Sou da Paz, como das próprias secretarias de Segurança Pública dos dois Estados. Esse é um ponto importante, porque essas armas constituem inclusive um potencial maior de ameaça aos policiais nos possíveis confrontos que possam ocorrer", afirmou.

A nota técnica do Instituto Sou da Paz destaca a ampliação em quatro vezes da potência das armas liberadas para civis, em maio de 2019. "Calibres que antes eram de uso exclusivo da polícia, ou até mesmo armas de potência maior que as usadas pelas forças de segurança foram liberadas para o cidadão comum", diz a nota. Para adquirir até seis dessas armas, segundo o Sou da Paz, não é necessário ser CAC (caçador, atirador e colecionador), bastando apenas ter obtido o registro com a Polícia Federal.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e decidiu, nesta sexta-feira (21), que a licença-maternidade, que conta com 120 de afastamento da mulher do ambiente de trabalho, deve começar após alta hospitalar da mãe ou do bebê. A decisão também aponta que o tempo da licença, assim como o salário maternidade, deve ser prorrogado quando o tempo de internação exceder duas semana, como está previsto no Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O ministro Edson Fachin, relator do processo, pontuou que a medida será aplicada para suprir uma omissão legislativa. “O período de convivência fora do ambiente hospitalar entre mães e recém-nascidos acaba por ser reduzido de modo irrazoável e conflitante com o direito social de proteção à maternidade e à infância”, disse.

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Além dele, os ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski também votaram a favor da decisão. A votação continua nesta sexta. 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, reiterou nesta terça-feira que assédio eleitoral é crime e, como tal, será combatido civilmente e penalmente.

"O combate à desinformação é completado pelo combate ao assédio eleitoral para que o eleitor possa com sua consciência escolher o melhor candidato", afirmou o ministro.

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O ministro se reuniu com os procuradores gerais do Ministério Público Eleitoral (MPE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) para alinhar um combate mais efetivo à prática. Na reunião, foi decidido que a comissão de combate à desinformação do TSE participará, por meio de inteligência e troca de informações, junto com os ministérios públicos para coibir o assédio eleitoral, principalmente nas redes sociais.

Moraes disse que se reunirá com federações do comércio e da indústria para tratar do tema. "Temos que banir esse absurdo que é o assédio eleitoral", ressaltou.

O número de denúncias explodiu no segundo turno das eleições e dobrou na última semana, chegando a 447 em mais de 400 empresas. Em 2018, foram 218 denúncias em 98 empresas.

O Sistema Alerta Rio, da prefeitura do Rio de Janeiro, prevê para esta quarta-feira (12), feriado de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças, céu parcialmente nublado a nublado, sem previsão de chuva e com temperatura em elevação. De acordo com a previsão do tempo, a temperatura terá máxima de 33º Celsius (ºC) e a mínima ficará em torno de 19º C. 

Do feriado até o fim de semana a temperatura ficará em elevação, com mar calmo e praias do Rio liberadas para o banho de mar.

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Para os próximos dias, a previsão também é de céu parcialmente nublado, temperatura máxima alta e ausência de chuva na capital. Para a quinta-feira, a máxima ficará em 35º C e a mínima em torno dos 18º C.

Na sexta-feira, a máxima ficará em 34º C e no sábado, a máxima chegará aos 32º C, com mínima de 18º C, prevista para a madrugada.

Primavera

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) diz que a primavera deste ano, iniciada no dia 22 do mês passado, não está sendo tão agradável. O Rio de Janeiro foi atingido por muita chuva e o céu claro com sol, que o carioca adora, passou longe. Os fins de semana foram nublados, com chuva e quase o sol não apareceu. O período foi marcado pela chegada de frentes frias.

O fenômeno La Niña foi o responsável pelo registro de temperaturas abaixo da média na superfície que fica perto da Linha do Equador. Esse acontecimento afeta o clima em quase toda a região da América do Sul. No Brasil, entre os efeitos mais comuns estão o aumento da precipitação e da vazão dos rios na Região Norte, e o aumento do frio na Região Sul.

Pertencente a um grupo de vírus que causa doenças respiratórias, como resfriados comuns, bronquite, pneumonia e até problemas intestinais, o adenovírus pode desencadear um quadro de gripe associado a conjuntivite em crianças. Elas apresentam sinais de resfriado e, posteriormente, secreção nos olhos. Os sintomas podem durar 14 dias.

Hospitais e médicos de São Paulo relatam aumento de casos com esses sintomas nas últimas semanas. Segundo a Rede D'Or São Luiz, nos últimos seis meses foi observado um crescimento importante da incidência de quadros virais nas crianças.

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Na unidade Anália Franco, o adenovírus predominou por dois meses, sendo comum na faixa etária de 2 a 6 anos, em média. Atualmente, houve também crescimento dos quadros relacionados à influenza (gripe comum), com alteração da faixa etária, em geral acima de 8 anos.

"Do total de atendimentos no pronto-socorro relacionados a síndromes gripais, em torno de 50% estavam relacionados com o adenovírus nos últimos dois meses. Os casos começaram a cair um pouco, mas ainda não temos estimativa. Há dez dias, começaram a subir também os casos de influenza, devendo permanecer em alta nas próximas duas a três semanas. Ainda vamos estimar qual o impacto deste outro atendimento", afirma Thiago Gara Caetano, coordenador da Pediatria do Hospital São Luiz. A alta de infecções, segundo ele, não resultou em crescimento de internações.

No caso de influenza, os pacientes apresentam febre alta em períodos de 24 horas a 48 horas e sintomas respiratórios. Já no caso de adenovírus, os sintomas são respiratórios e/ou gastrointestinais. "Ainda no caso de adenovírus, as crianças também produzem muita secreção que, às vezes, sai pelo olho. Isso traz reação inflamatória ali. Uma conjuntivite secundária à produção de catarro", esclarece Caetano.

INFECÇÃO

O adenovírus é um dos vírus causadores dessas doenças respiratórias, especialmente em crianças, apesar de ser um vírus que pode acometer pessoas de qualquer idade. "As infecções mais comuns por adenovírus são os quadros de vias aéreas superiores acompanhados de manifestações gastrointestinais - diarreia e vômito - e de conjuntivite", diz Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

"Embora nem sempre seja muito fácil diferenciar um quadro do outro, alguns sintomas são sugestivos de se tratar de um vírus ou de outro. Mas, claro, a confirmação mesmo deve ser feita por meio de testes virais que detectam exatamente qual é o vírus envolvido", acrescenta o pediatra infectologista.

Apesar de o inverno ser o período de maior circulação de vírus respiratórios, de maneira geral não há, no caso do adenovírus, uma característica tão marcante de sazonalidade. "Ainda temos visto para todos os vírus um acúmulo de suscetíveis casos em três anos, pois as crianças praticamente não foram expostas a nenhum vírus. Temos visto surto de influenza fora de época, tivemos casos de vírus sincicial muito acima da média e com o adenovírus não é diferente", avalia Kfouri.

"Os adenovírus têm protagonismo entre crianças pré-escolares e também menores de dois anos", acrescenta Daniella Bomfim, diretora técnica e infectologista pediátrica do Hospital infantil Sabará, que também confirmou o aumento pela procura por PS pediátricos nos últimos 15 dias.

De acordo com o Sabará, em setembro deste ano foram realizados 174 exames de painel viral, dos quais 44 deram positivo. No mesmo mês do ano passado, foram 49 exames, sendo 2 detectados. No ano, a maioria dos casos detectados foram entre crianças de 1 a 5 anos. Por ser um vírus muito específico, o indicador de adenovírus não é realizado em pacientes durante atendimento em pronto-socorro, mas refletem as crianças internadas.

Ainda de acordo com o Hospital infantil Sabará, em crianças geralmente o adenovírus causa infecções no trato respiratório e no trato intestinal. "A maioria das infecções por adenovírus é leve, com poucos sintomas. No entanto, cada criança pode experimentar sintomas de forma diferente. Infecções respiratórias (os sintomas podem se desenvolver de 2 a 14 dias após a exposição) e infecções do trato intestinal (sintomas podem se desenvolver entre 3 e 10 dias após a exposição)", orienta.

CONJUNTIVITE

Conforme Márcia Keiko Uyeno Tabuse, presidente do Departamento de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), a conjuntivite por adenovírus é autolimitada, ou seja, o sistema imunológico elimina o vírus, entre 7 a 10 dias. "Mas, em alguns casos, pode se arrastar por mais tempo, evoluindo com a formação de membrana e infiltrados corneanos", diz.

Embora não tenha dados precisos, Márcia afirma que no pronto-socorro do Hospital São Paulo, ligado à Unifesp, também houve aumento de atendimentos nos últimos meses. "A conjuntivite é mais comum nas crianças que brincam juntas, compartilham brinquedos, colocam as mãozinhas nos olhos sem lavar, e se contaminam facilmente. O quadro de conjuntivite pode vir acompanhado do quadro gripal, com febre, muita secreção ao acordar, olhos vermelhos e gânglio pré-auricular", continua.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo afirma que as referências estaduais para atendimento pediátrico são os hospitais Darcy Vargas e Cândido Fontoura. Nos últimos 30 dias, ambos registraram um aumento devido à sazonalidade em cerca de 20% nos atendimentos de pronto-socorro. Os principais diagnósticos são de casos gripais, envolvendo basicamente, febre, tosse, coriza, dor de garganta e chiado no peito.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora ainda não exista estatística padronizada, o número de ações na Justiça com alegação de gordofobia vem crescendo nos tribunais brasileiros. A aversão a pessoas gordas se manifesta em vários ambientes: do trabalho à internet. E o aumento das discussões sobre o problema nas redes sociais tem feito com que mais pessoas se mobilizem para buscar reparação.

Só no Estado de São Paulo, foram quatro sentenças este ano em pedidos de indenização por dano moral apresentados por pessoas que se sentiram ofendidas por referências ao seu peso, segundo levantamento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). No ano passado, foram três decisões e, em 2020, apenas duas. Dessas nove ações, sete foram julgadas procedentes, reconhecendo o direito das vítimas à indenização.

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De acordo com juristas, a busca de reparação por danos morais por gordofobia é um fenômeno recente, tanto que ainda não há jurisprudência com esse termo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Até agora são mais comuns os casos de assédio moral no ambiente de trabalho, tratados como questões trabalhistas.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) registrou aumento do número de ações de pessoas contra empresas por causa da gordofobia. Até a quarta-feira, 17, havia 1.414 processos tramitando na Corte, dos quais 328 deram entrada nos últimos dois anos.

A advogada Mariana Vieira de Oliveira, da Comissão de Direitos Sociais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Espírito Santo e ativista contra a gordofobia, afirma que advogados e juízes vêm tratando a questão como "preconceito" ou "discriminação".

"Quando a gente faz a pesquisa pela palavra gordofobia, aparecem poucos casos, porque os juízes não usam esse termo, mas a gente acompanha os processos e sabe que estão aumentando. Isso tem a ver com o boom dos direitos sociais e do feminismo, pois as mulheres estão à frente dessa tomada de consciência", disse.

A gordofobia é definida como "repúdio ou aversão preconceituosa a pessoas gordas, que ocorre nas esferas afetiva, social e profissional", segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Embora o termo seja um neologismo (palavra nova), o preconceito existe há muito tempo. Diariamente, pessoas obesas saem de casa e sabem que vão encontrar pela frente desafios no transporte público, escritórios, restaurantes e outros ambientes que não estão preparados para recebê-las. Sabem também que vão ser alvo de piadas, julgamentos e ouvir de muita gente que precisam emagrecer.

Foi o que aconteceu com a bacharel em Direito e ativista Rhayane Souza. Ela foi vítima de bullying na escola - foi criado até um grupo de WhatsApp para comentários sobre seu aspecto físico. Rhayane foi colega da advogada Mariana na faculdade de Direito e as duas se juntaram para combater a gordofobia, criando o movimento Gorda na Lei para compartilhar informações sobre os direitos da pessoa gorda.

"Sempre fui gordinha, não me recordo de não ter um corpo gordinho em toda minha vida. Sofri bullying inclusive na faculdade", conta. "Em 2014, eu estava bem depressiva, autoestima bem balançada e meu pai viu que ia ter um concurso para eleger a gordinha mais bonita do Estado. Fui mais com a intenção de autoestima e fiquei em terceiro lugar."

Foi quando Rhayane teve contato com o body positive, movimento pela aceitação do próprio corpo, e surgiu o interesse de descobrir por que a mulher com corpo gordo era tão estigmatizada. "Quando entendi o que era gordofobia, entendi grande parte do que tinha acontecido na minha vida e me questionei sobre a ideia de ter uma espécie de proteção, que a gente não poderia ser desrespeitada por conta do peso. Aí surgiu a ideia do Gorda na Lei, convidei a Mariana, que já era advogada feminista e da luta por direitos sociais, e começamos a falar de gordofobia, a mostrar os direitos dessas pessoas."

Grande parte do preconceito, ela afirma, vem do entendimento de que ser gorda não é ser saudável. "Isso não tem nada a ver, como não tem a ver dizer que é legal ser gordo. Não é legal, porque a pessoa gorda é negligenciada ao longo da vida, na rua, na vida social e principalmente no trabalho."

Médica foi condenada a pagar R$ 10 mil

Em um dos casos de São Paulo, julgado no dia 20 de maio na 2ª Vara do Fórum Regional de Santo Amaro, a técnica de enfermagem D. procurou a Justiça depois de ser ofendida moralmente por uma médica na unidade de saúde em que ambas trabalhavam. A vítima relatou que, por várias vezes, a médica impediu que ela usasse uma cadeira da área de atendimento, pois poderia "quebrá-la". "Você é muito gorda, vai quebrar a cadeira de minha amiga. Já não disse para você pegar outra cadeira mais forte?", afirmou a médica, segundo a sentença.

Em outra ocasião, ao ver a atendente sentada, ela afirmou: "coitadinha da cadeira". Na defesa, a médica alegou que teve apenas cuidado e não intenção de ofender, mas a juíza Andrea Ayres Trigo entendeu que houve gordofobia e ela foi condenada a pagar R$ 10 mil à vítima. "E nem se fale que a ré apenas exerceu o seu direito de liberdade de expressão, visto que a liberdade de expressão se limita ao atingir a honra e a imagem da pessoa, devendo, assim, ser reconhecido o ato culposo da requerida, bem como o abalo moral sofrido pela requerente. Ressalte-se, ainda, que as ofensas ocorreram em ambiente de trabalho da autora, o que lhe gera mais angústia por ser local frequentado cotidianamente, passando a ser um ambiente hostil, por conta das atitudes da parte ré", escreveu a juíza.

Direito sobre o próprio corpo

Apesar de o Brasil não ter uma lei específica para punir quem pratica a gordofobia, a Constituição brasileira prevê que ninguém pode sofrer discriminação por nenhuma característica ou atributo pessoal. O trabalhador que sofre qualquer tipo de preconceito no ambiente corporativo pode ter direito à indenização por assédio moral. "As primeiras ações judiciais foram na esfera trabalhista, pois isso acontece muito no ambiente de trabalho, como aquela cobrança de que a pessoa precisa emagrecer porque está muito lenta, muito preguiçosa. A partir daí houve a percepção de que aquilo pode ser um crime e que a pessoa pode ser punida por injúria e, também, de que é algo indenizável", disse Mariana.

Para a advogada, graças ao ativismo, as pessoas estão passando a ter consciência do direito sobre o próprio corpo e de que as demais pessoas devem respeitar. O desafio, segundo ela, ainda é fazer as leis de inclusão serem cumpridas. "Os espaços públicos ou comerciais não estão preparados para receber bem esse corpo. A maca de um hospital é dimensionada para no máximo 110 quilos. Quando a pessoa gorda precisa de uma máquina de ressonância, como ela faz para entrar naquela abertura estreita?"

Com a universalização das redes sociais, segundo Mariana, a gordofobia ganhou uma nova dimensão. Em outubro de 2021, a bailarina e influenciadora Thais Carla venceu um processo judicial que moveu contra um humorista após sofrer gordofobia, abrindo caminho para outras ações semelhantes. As ofensas aconteceram e viralizaram em redes sociais. O caso foi julgado pela 8ª Vara Cível do Juizado Especial de Salvador e o humorista foi condenado a pagar R$ 5 mil por danos morais. "Entrei com a ação para inspirar, mesmo, muitas outras pessoas. Ninguém pode nos ofender livremente e achar que está tudo bem. Fiz isso não só por mim, mas por todas as pessoas gordas que sofrem ataques", disse ela.

Decisão de juiz cita impacto na saúde mental

Em Franca, interior de São Paulo, o ex-vereador e jornalista José Corrêa Neves Júnior entrou com ação contra o engenheiro Ivom Rodrigues Pereira Júnior alegando ter sido ofendido por ele ao ser chamado pejorativamente de "gordo" e "gordão" em publicação em rede social que teve dezenas de visualizações, comentários e compartilhamentos. O juiz Humberto Rocha condenou o engenheiro a pagar indenização de R$ 20 mil a título de danos morais. A sentença, de 29 de abril deste ano, incluiu outras acusações que o juiz considerou caluniosas contra o ex-vereador.

Na decisão, o juiz lembrou que o preconceito contra a obesidade compromete a saúde, dificulta o acesso de pessoas acima do peso ao mercado de trabalho e a tratamentos adequados, afeta suas relações sociais e, também, a saúde mental. "Os dados são de um periódico científico publicado em 2020 pela Nature Medicine, e assinado por mais de 100 instituições de todo o mundo, incluindo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), que divulgou a informação em seu site", disse o juiz.

Ele acrescentou que, segundo artigo publicado pela SBCBM, estudos apontam que crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade, vítimas de bullying, são significativamente mais propensos a sofrer com ansiedade, baixa autoestima, estresse, isolamento, compulsão alimentar e depressão se comparados com adolescentes magros.

Ainda segundo o magistrado, os textos publicados pelo engenheiro na rede social utilizando-se das expressões "gordo" e "gordão", tiveram o sentido de agredir o autor em sua esfera psíquica, tanto que ele usou caixa alta para escrita, dando destaque à ofensa ao jornalista, demonstrando sua vontade de ofender. "Enfim, os transtornos e sofrimentos experimentados pelo autor repercutiram diretamente em seu direito da personalidade, afetando sua dignidade e autoestima, donde surge para o requerido o dever de indenizar os danos morais suportados", escreveu.

Ao Estadão, Neves Júnior disse que em seu trabalho de comunicador está acostumado com as críticas, mas o engenheiro extrapolou, partindo para ataques pessoais. "Ele podia me criticar à vontade, mas defendeu dar porrada em mim, pegar o 'gordão' e bater. Usou muitos termos gordofóbicos, como se ser gordo fosse um ato de vontade." O jornalista lembrou que o episódio começou quando ele defendia pelos meios de comunicação as medidas de controle da pandemia de covid-19. "Ele nem entrou no mérito dessa questão, foi logo me agredindo verbalmente. As ofensas vieram sem nenhum contexto com o assunto."

Para Neves Júnior, não há compreensão da sociedade com as pessoas gordas. "No mundo em que o padrão é de uma pessoa que mede 1,70 m e pesa de 60 a 70 quilos, quem está fora desse padrão sofre. Quando essa pessoa se esforça para caber em uma cadeira, dão risadas. É tudo difícil, comprar roupa numa loja normal, sentar em algum lugar, é tudo olhar de reprovação."

Embora tenha perdido peso nos últimos anos, o jornalista afirma que nunca teve vergonha de ser gordo. "Não preciso me envergonhar do meu peso. Casei, tenho filhos, estou bem, mas vou processar quando me sentir ofendido. Ninguém é menos apto, menos decente e menos inteligente por ser gordo. Todo mundo tem de ser respeitado e ponto final." Procurado pela reportagem, Pereira Junior não deu retorno. No processo, seu defensor negou a intenção de ofender o jornalista. A ação ainda não transitou em julgado, sendo, portanto, passível de recurso.

Estigma cultural

Autora do livro Lute Como Uma Gorda: Gordofobia, Resistências e Ativismos, resultado de sua tese de doutorado na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), a pesquisadora Malu Jimenez considera a gordofobia um estigma estrutural e cultural que é transmitido em diversos espaços e contextos da sociedade contemporânea. "O prejulgamento acontece com a desvalorização, a humilhação, a inferiorização, ofensas e até restrições aos corpos gordos e a pessoas gordas de modo geral", explicou.

A pesquisadora destacou que comportamentos gordofóbicos são atitudes que reforçam o preconceito, estereótipos que acabam culminando em situações degradantes e constrangedoras que marginalizam a pessoa gorda e a excluem socialmente. "Esses comportamentos acontecem na família, na escola, no trabalho, na mídia, nos consultórios, no hospital, na balada, em qualquer lugar da sociedade", disse.

Ela lembra que 57% da população no Brasil está acima do peso, segundo dados de 2021 do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas. "É um grande erro acreditar que um corpo gordo não pode ser um corpo saudável. Isso só mostra o quanto a gordofobia está internalizada nas pessoas, seja quando acreditam que um corpo gordo não pode ser saudável ou quando acreditam que um corpo magro é saudável. Nem sempre é assim, inclusive, temos de questionar o que significa ser saudável em uma sociedade doente", afirma a pesquisadora.

Para o advogado criminalista Matheus Herren Falivene, em algumas situações, chamar uma pessoa de gorda pode configurar crime. "Apesar de a gordofobia não configurar o crime de racismo por falta de disposição legal, eventuais condutas gordofóbicas podem configurar o crime de injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal", explicou.

Para a configuração do crime, afirma, é necessário demonstrar o dolo, a intenção do autor em ofender a vítima. "Quando restar configurado o crime ou até mesmo em outras situações em que, ainda que não tenha ocorrido o crime, a pessoa tenha tido sua honra ou sua imagem atingidas, será possível a reparação civil, por meio de uma ação de indenização por danos morais", disse.

O jurista observou que houve aumento na demanda para propor essas ações. "Isso se deve a mais informação a respeito do tema e, também, porque só recentemente a gordofobia passou a ser considerada um tema relevante. Antes, na maioria das vezes, essas ações nem eram propostas ou, se eram, eram julgadas improcedentes sob a alegação de que haveria 'animus jocandi', que é vontade de fazer uma piada, brincar, e não de ofender."

O advogado e professor de direito penal Yuri Carneiro Coelho explica que há um movimento para tipificar como crime a gordofobia, como houve com a homofobia, o racismo, a violência doméstica. "Há até um movimento para que se torne qualificado um crime de homicídio contra uma pessoa em razão da fobia por ela ser gorda", diz. O advogado aponta, no entanto, que a criminalização da gordofobia deve ser o último recurso.

"Penso que, em um primeiro plano, podem ser criadas imposições ao poder público, para que faça campanhas contra esse tipo de ação e atue efetivamente conscientizando as pessoas de que elas não devem ser discriminadas por sua condição de estar acima do peso. Em um momento posterior, se isso não adiantar, aí sim, se justificaria a criminalização da gordofobia", acrescentou.

Uma pesquisa da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e da Sociedade Brasileira de Metabologia e Endocrinologia (SBEM) realizada entre os dias de 11 e 21 de fevereiro deste ano ouviu 3.621 pessoas, entre 18 e 82 anos de idade, acima do peso, sendo 75,4% com diagnóstico nutricional de obesidade (89% mulheres). Um total de 85,3% dos participantes relatou ter sofrido constrangimento por causa do seu peso. Quanto maior o grau de obesidade, mais comuns os relatos: quase 100% das pessoas com grau III de obesidade disseram ter sido vítimas.

Proteção legal

Reportagem publicada no The New York Times na edição de 27 de fevereiro deste ano, sob o título "Brasil, terra da tanga, abraça seu eu mais pesado", coloca o País na vanguarda mundial em cuidar da proteção legal de pessoas acima do peso. O jornal apontou leis municipais aprovadas em cidades como Recife, onde foi criado o "Dia Municipal de Luta contra a Gordofobia" em setembro de 2021.

A lei criada no Recife assegura às pessoas gordas carteiras escolares adequadas aos seus biotipos corporais nas instituições de ensino básico e superior da cidade, seja de instituições públicas ou privadas, além garantir o ensino livre de discriminação ou práticas gordofóbicas.

Dois projetos de lei do senador Romário de Souza Faria (PL-RJ), em tramitação no Senado, abordam perspectivas de acessibilidade da população gorda. O PL nº 3461/2020 visa a proibir a cobrança adicional para pessoas obesas em transportes - algumas companhias aéreas cobram um adicional de 20% do valor da viagem de pessoas obesas - e em eventos culturais.

Já o PL nº 3526/2020 obriga hospitais e clínicas a disponibilizarem equipamento médico adequado para pessoas obesas. Hoje não há nenhuma regulamentação nesse sentido, o que inviabiliza o atendimento de muitos pacientes, segundo Mariana.

Conforme a advogada, embora o Brasil ainda não tenha leis específicas contra a gordofobia, como nos casos de homofobia e feminicídio, os juízes têm utilizado leis de combate ao preconceito, ao crime de injúria e até o estatuto de proteção à pessoa com deficiência, no que tange à mobilidade, para a proteção da pessoa gorda.

A taxa de pobreza nas regiões metropolitanas do Brasil subiu de 16%, em 2014, para 23,7%, em 2021. Em termos absolutos, isso significa que houve um aumento de 12,5 milhões de pessoas pobres para 19,8 milhões. Em relação à extrema pobreza, a taxa evoluiu de 2,7% para 6,3% no período pesquisado, o que representou aumento de 2,1 milhões para 5,2 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza - aquelas que vivem com R$ 160 mensais ou menos - nas grandes cidades brasileiras.

Os dados constam na 9ª edição do “Boletim Desigualdade nas Metrópoles”, elaborado em conjunto pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), divulgado hoje (8).

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A base para a sondagem é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD Contínua) versão anual, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta versão permite ver todas as formas de rendimento do domicílio, a partir das quais foi calculada a renda domiciliar per capita (por membro da família), informou à Agência Brasil o economista Marcelo Ribeiro, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR-UFRJ e um dos coordenadores do estudo e membro do Observatório das Metrópoles.

Poder de compra

Foram analisadas as 22 principais áreas metropolitanas do país, de acordo com as definições do IBGE. Todos os dados estão deflacionados para o ano de 2021, de acordo com o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA). O estudo trabalhou com a linha de pobreza definida pelo Banco Mundial (Bird) para países de renda média alta, caso do Brasil.

“O Banco Mundial se baseia na paridade de poder de compra (PPC) para estabelecer uma medida comparável entre os diversos países e estabelece um valor que corresponde a essa PPC”, informou Ribeiro.

Os pesquisadores transformaram isso na moeda nacional brasileira, o real. Com base na paridade de poder de compra (PPC), a linha de pobreza correspondia a US$ 5,50 por dia, enquanto a PPC para a extrema pobreza era de US$ 1,90. Em valores de 2021, em reais, a linha de pobreza alcança cerca de R$ 465 por mês per capita; a linha de extrema pobreza é de aproximadamente R$ 160 per capita mensais.

Pandemia

As regiões metropolitanas concentram quase 40% da população brasileira - mais de 80 milhões de pessoas. Tais regiões são estratégicas do ponto de vista econômico, político e social, mas também concentram desafios e problemas que afligem a sociedade brasileira, destacaram os autores do boletim. Em relação às desigualdades e à pobreza, em especial, o cenário que se vê nos últimos anos é de grave crise social, aprofundada pelos efeitos da pandemia da covid-19.

De acordo com o boletim, na região metropolitana de São Paulo - a maior e mais importante do ponto de vista econômico do país - o número de extremamente pobres cresceu de 381 mil para 1,027 milhão de pessoas entre 2014 e 2021. Na situação de pobreza, o número é bem maior, tendo evoluído de 1,986 milhão, em 2014, para 3,922 milhões, em 2021. No mesmo período, nas regiões metropolitanas de Salvador e do Rio de Janeiro, por exemplo, o número de extremamente pobres pulou de 103 mil para 483 mil, e de 336 mil para 926 mil, respectivamente.

Segundo Andre Salata, professor da PUCRS e um dos coordenadores do estudo, os efeitos da pandemia da covid-19 agravaram uma situação que já vinha piorando há alguns anos. “A pandemia age, então, sobre um patamar de vulnerabilidade que já estava muito elevado mesmo para os nossos padrões.”

Salata explicou que isso ocorreu com a renda dos mais pobres. No ano de 2014, os 40% mais pobres das regiões metropolitanas brasileiras tinham renda média de R$ 515. Cinco anos depois, em 2019, essa cifra caiu para R$ 470. Já no contexto da pandemia, em 2021, a renda média havia chegado a R$ 396. 

A análise de cada região metropolitana separadamente mostra padrão semelhante. Entre 2014 e 2021, a renda dos mais pobres cai de R$ 535 para R$ 404, no Rio de Janeiro; de R$ 354 para R$ 246, no Recife; e de R$ 714 para R$ 581, em Curitiba.

Desemprego e inflação

Marcelo Ribeiro acrescentou que o país já estava com uma trajetória de aumento da pobreza desde 2015. Quando chegou o ano de 2020, em plena pandemia de covid-19, a política expansionista de renda fez com que a taxa de pobreza diminuísse, “pelo valor da transferência de renda que passou a ser feito do auxílio emergencial”. Mas, a partir de 2021, o nível de pobreza aumentou. 

Como efeito da pandemia, não somente as desigualdades aumentaram, como a média de rendimentos caiu e atingiu os menores valores da série histórica. O rendimento médio no conjunto das regiões metropolitanas, em 2019, era de R$ 1.935; em 2020, ele caiu para R$ 1.830; e, em 2021, chegou a R$ 1.698. No Distrito Federal, a renda média caiu de R$ 2.784 para R$ 2.476 no período. Na região metropolitana de Recife, a queda foi de R$ 1.593 para R$ 1.079 e, em Porto Alegre, foi de R$ 2.218 para R$ 1.947.

O estudo mostra ainda que os efeitos da pandemia da covid-19 sobre os indicadores de pobreza e desigualdades se fizeram sentir a partir de 2021, quando aumentaram de forma abrupta. Entre o final de 2020 e o início de 2021, a taxa de pobreza evoluiu rapidamente de 19% para 24,7%, enquanto a extrema pobreza subiu de 4,1% para 6,7%.

Tendência

Apesar de observar, nos últimos meses, uma redução da taxa de desemprego no país, embora ainda permaneça em patamares elevados, o professor do IPPUR-UFRJ afirmou que se essa queda do desemprego se mantiver, isso teria um efeito positivo para contribuir na reversão desse processo. Observou, porém, que há uma permanência da taxa de inflação em patamares elevados, o que reduz o poder de compra da população. “Só o fato dela ter acesso à renda, com aumento do emprego, não é suficiente se a inflação continuar elevada. As pessoas vão ter acesso à renda, mas com poder de compra muito reduzido, o que faz com que elas continuem nesta situação.”

Anitta passou por um procedimento cirúrgico na última quarta-feira, dia 20, para tratar um caso de endometriose. A cantora apareceu nas redes sociais para falar sobre o pré-operatório, mas até o momento não deu mais atualizações sobre seu estado de saúde.

Em contrapartida, o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde Girl From Rio está internada, divulgou um bolétim médico. Segundo o jornal Extra, o texto dizia:

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"O procedimento, minimamente invasivo, durou cerca de quatro horas, sem nenhuma intercorrência. A cantora apresenta bom estado clínico e permanecerá internada no Vila Nova Star, onde deu entrada na última segunda-feira (18). Até o momento não há previsão de alta."

Anitta está sob a supervisão da doutora Ludhmila Hajjar, mesma profissional que a diagnosticou.

Relatório divulgado nesta segunda-feira (18), aponta que o desmatamento no Brasil cresceu 20,1% em 2021, atingindo 16,5 mil km² em todos os biomas. Em três anos, o Brasil perdeu uma área verde próxima à do Estado do Rio de Janeiro. Na Amazônia, a estimativa é de que sejam derrubadas 18 árvores por segundo. E apenas 27% das áreas desmatadas são alvo de alguma fiscalização.

Os dados são do Relatório Anual de Desmatamento no Brasil, do MapBiomas, iniciativa do Observatório do Clima realizada por uma rede de universidades, ONGs e empresas de tecnologia. "Indicam que há um problema crônico e se agravando em todas as regiões do Brasil", diz Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas.

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Segundo o estudo, 77% da área total desmatada ficava em um imóvel registrado no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural. "Em ao menos três quartos dos desmatamentos, é possível encontrar um dono ou responsável", diz. Para ele, é preciso fortalecer ações, como embargar terras com desmate ilegal (o que dificulta o acesso a financiamento), impedir regularização fundiária em áreas com desmate irregular e banir produtos de origem irregular do mercado.

Em dados brutos, a Amazônia é o bioma com maior território afetado: 59% do total. Depois vêm Cerrado (cerca de 30%), Caatinga (7%), Mata Atlântica (1,8%), Pantanal (1,7%) e Pampa (0,1%). Proporcionalmente, tiveram maior alta em um ano a Caatinga (89%) e o Pampa (92%), mas os resultados sobre o primeiro bioma derivam também de melhora na captação de dados.

A agropecuária é o principal vetor de pressão (96,6%) para o desmate. Também há perdas ligadas a garimpo, mineração, expansão urbana e usinas de energias solar e eólica.

Os eventos de maior porte, em mais de 100 hectares (um km²), cresceram 37,8% em um ano. A fins de comparação, o Parque do Ibirapuera tem 1,6 km². "Quando se torna maior, é sinal que a impunidade está perdurando, porque a área maior é mais fácil de detectar e fazer uma ação", diz Azevedo.

Houve desmate irregular em 2,1% das propriedades rurais (134.318 mil). "Os outros 98% não desmatam irregularmente, mas sofrem consequências do mercado, chuva, aumento de preços da energia (causados pelo dano ambiental)", aponta.

Do total desmatado, 5,3% estavam em áreas protegidas, 3,6% em unidades de conservação e 1,7% em terras indígenas. A Área de Proteção Ambiental do Triunfo do Xingu e a Floresta Nacional do Jamanxim, ambas no Pará, são as mais atingidas. Das terras indígenas, 40,5% tiveram ao menos um registro de desmate.

SEM PUNIÇÃO

O estudo diz ainda que a maioria dos casos não tem fiscalização e punição: embargos e autuações federais só em 10,5% da área desmatada, entre 2019 e 2021. A gestão Jair Bolsonaro é alvo de críticas no Brasil e no exterior por enfraquecer órgãos de fiscalização ambiental. Procurado ontem, o Ministério do Meio Ambiente não comentou até 19h30.

Os números são mais positivos se somados ao crescimento de ações em parte dos Estados e Ministérios Públicos, chegando a 27,1% da área desmatada. "Se tem algo de positivo em relatório tão dramático é que ampliaram as ações em Estados, seja porque foram mais transparentes, com mais informações disponíveis, seja por efetivamente começarem a aplicar mais em ações de fiscalização", destaca Azevedo.

Fabiana Justus deu o maior susto em seus fãs, amigos e familiares depois de ter que ser internada por conta de uma meningite viral, em Miami. Após o susto, a bonitona de 35 anos de idade anunciou na noite da última quarta-feira (29) que estava recebendo alta médica.

Caso você não saiba, a influenciadora decidiu tirar um tempo de férias nos Estados Unidos e acabou recebendo esse imenso susto. E em seu Instagram com uma carinha bem melhor, Fabiana Justus desabafou sobre a saída do hospital.

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"Saindo do hospital! Obrigada mesmo por todas as mensagens! Vocês são incríveis! Vai ser impossível responder todas, mas tô tentando ler aos poucos. Obrigada mesmo. Essa energia faz toda a diferença", disse.

Apoio

Além de Fabiana Justus, Ana Paula Siebert a atual esposa de Roberto Justus - pai de Fabiana, está passeando com Vicky - filha do casal, e com as netinhas, Sienna e Chiara, pela Flórida enquanto a mamãe estava afastada e internada.

"Eu quero saber uma coisa: o que vocês podem fazer com a vovó Paula que vocês não podem fazer com a mamãe", brincou Sieber com as meninas em um vídeo nas redes sociais.

O número de Caçadores, Atiradores Esportivos e Colecionadores de armas de fogo (CAC) no Brasil é dez vezes maior atualmente na comparação com cinco anos atrás. Os dados são do Exército Brasileiro e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que considerou as informações até 1º de junho deste ano.

O levantamento, feito com base no número de Certificados de Registro (CR) de CACs no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), mostra que 673.818 pessoas possuem CR ativo atualmente. Este total é 1067% maior em comparação com os 63.137 registros contabilizados em 2017.

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O crescimento da categoria vem se desenhando desde 2005. Naquele ano, 13.378 tinham o registro de CAC no Sigma. Uma década depois, em 2015, o número de CRs ultrapassou a linha dos 42 mil. Em 2020, passados cinco anos, o grupo já acumulava 286,9 mil cadastros no Brasil.

No ano seguinte, em 2021, a quantidade de caçadores, atiradores e colecionadores subiu para 515,2 mil (crescimento aproximado de 80%), segundo o Exército Brasileiro e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública - 30,7% a menos que os 637,8 mil registrados até a metade deste ano.

Um efeito do crescimento deste grupo é o aquecimento do mercado nacional de venda de cartuchos de munição. Em 2021, os atiradores desportivos e caçadores compraram 37% mais munições em relação ao ano anterior (36,2 milhões contra 26,4 milhões de cartuchos), e 76% mais em comparação com 2017 (20,5 milhões de cartuchos).

A aquisição por parte de entidades de tiro desportivo foi ainda mais expressiva. Foram 7,2 milhões de cartuchos comprados em 2021, o que representa 140% a mais que o ano anterior (3 milhões, aproximadamente), e 247% em comparação com cinco anos atrás (pouco mais de 2 milhões).

O crescimento do acesso a armas de fogo ocorre no contexto de decisões tomadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que tem no tema uma das suas principais bandeiras. Desde o primeiro ano do seu governo, Bolsonaro buscou facilitar acesso e procedimentos a armamentos tanto na Polícia Federal quanto no Exército.

País tem quase 1,5 milhão de armas ativas registradas na Polícia Federal

Dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam também que o Brasil tem, precisamente, 1.490.323 de armas ativas registradas na Polícia Federal (PF). Os números são referentes ao ano de 2021 e mostram um aumento de 20% em relação a 2020, que acumulava 1,23 milhão de dispositivos ativos cadastrados no sistema.

O levantamento também aponta que somente duas Unidades da Federação, Amazonas (50,1%) e São Paulo (44,5%), tiveram aumento do número de registro de armas inferior a 80% em relação a 2017. Todos os demais 24 estados e o Distrito Federal (DF) chegaram a quase dobrar, ou mais do que duplicar, a quantidade de armas ativas ao longo dos últimos cinco anos.

Com um crescimento de 583.1%, o DF é a unidade que, proporcionalmente, mais se armou neste período, segundo os dados. Em número absolutos, a quantidade de armas de fogo ativas registradas no Sinarm referente à unidade federativa saltou de 35.693, em 2017, para 243.806 em 2021 .

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