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Anitta usou o seu Instagram para falar sobre a ação policial do último domingo (1º), realizada em um baile funk na comunidade de Paraisópolis (SP), que resultou na morte de nove jovens. Em tom sério, a cantora afirmou que ela poderia ter sido uma dessas vítimas já que, anos atrás, costumava cantar em "bailes de favela". 

Relembrando o início da carreira, Anitta comentou que tanto ela, quanto sua família, poderiam ter sido vítimas de uma ação como essa. "A única coisa que consigo pensar é que, se fosse alguns anos atrás, poderia ter sido eu, minha mãe e meu irmão uma dessas pessoas. Uma das coisas que a gente mais fazia quando eu estava começando a cantar era cantar em baile de favela. Sem palavras", disse. 

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Ela também criticou a forma como a polícia realizou a ação e afirmou que, se tratasse de um outro tipo de evento, não seria empregada tamanha violência. "O fato de ser uma festa com presença de drogas ilícitas e criminosos não justifica o fato de você sair entrando e atirando. E se tivessem entrado num super festival respeitado? Vários festivais respeitados têm droga, um monte de gente roubando. E aí, sai entrando atirando? Não sai, né, porque é diferente. É complicado o preconceito". 

No entanto, a cantora fez questão de manifestar sua admiração pela profissão de policial e falou sobre a dificuldade de acesso à cultura que os moradores das comunidades têm. "Admiro e dou valor à profissão de policial. Tenho amigos policiais. Mas acho que isso é uma coisa do governo, sabe, de como fazem a gente encarar as coisas. Se a letra é o que é, se as pessoas não têm condição de curtir entretenimento em outros lugares, é porque eles não têm acesso a outras coisas, gente". 

 

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, afirmou nesta terça-feira (3) que ainda não é possível apontar irregularidades na ação da Polícia Militar (PM) em um baile funk em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, que terminou com a morte de nove jovens. Segundo Smanio, a ação policial será investigada em um inquérito aberto nesta segunda-feira (2) pelo Ministério Público do estado e que será comandado pela promotora de Justiça Soraia Bicudo Simões, do I Tribunal do Júri.

“Vamos avaliar os protocolos, avaliar as condutas, para que se possa propor o melhor caminho para que a violência não tenha escalada. Vamos apurar o que houve, mas, sobretudo, [evitar] que isso se repita e vamos procurar caminhos de não violência para que as pessoas que queiram possam se divertir, para que a comunidade possa ser respeitada, mas também para que as pessoas do entorno também possam ser respeitadas e que as questões da criminalidade possam ser investigadas. A ideia é fazer uma mediação para encontrar a melhor solução”, disse o procurador-geral.

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As nove vítimas teriam morrido “pisoteadas” após uma operação policial durante um baile funk. A PM informou que os policiais se dirigiram ao local do baile atrás de dois fugitivos que estavam em uma motocicleta. Moradores da comunidade negam essa versão e dizem que a operação parecia premeditada e que seria uma vingança à morte de um policial ocorrida no mesmo local, um mês antes.

Um vídeo gravado por moradores e divulgado à imprensa mostra policiais encurralando dezenas de pessoas em uma viela e batendo nelas com cassetetes.

Muito questionado por jornalistas sobre a ação policial em Paraisópolis e também sobre os vídeos que circularam mostrando violência policial em abordagens que teriam ocorrido lá no mesmo dia do baile funk, Smanio preferiu não fazer críticas à PM. "Morte significa que não foi bem feita [a ação]", disse, apenas. “Qualquer afirmação antes de uma investigação, antes de conhecermos os fatos e as circunstâncias todas, é uma afirmação precipitada.”

Em entrevista à imprensa, Samanio disse que recebeu ontem, em audiência, um grupo de deputados, acompanhado por moradores da comunidade e integrantes de movimentos sociais, que pediram celeridade nas investigações. “Acertamos por realizar um fórum para que essa questão do baile funk e da atuação policial possa ser tratada de uma maneira global, com todos os interessados, e para que possamos encontrar soluções para essa questão que já causou vítimas.”

Investigações

Todos os policiais envolvidos na ocorrência foram afastados das ruas ontem pelo comando da Polícia Militar, mas continuam exercento atividades administrativas na corporação.

Além da investigação no Ministério Público, a ação policial em Paraisópolis e as mortes ocorridas lá durante o baile funk são alvo de mais duas apurações: uma na Corregedoria da Polícia e outra no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Uma informação que também deve ser investigada é a de que um bombeiro cancelou uma chamada ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante a ação policial, alegando que a polícia já tinha socorrido os feridos. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou que encaminhou uma ambulância ao local após o registro de solicitação na central na madrugada de domingo (1º), mas que a solicitação foi cancelada. “A chamada foi classificada como alta prioridade, porém, houve cancelamento do pedido por parte do Comando do Corpo de Bombeiros (Cobom).”

Quatro documentos obtidos pela Agência Brasil – quatro declarações de óbito – revelam que as vítimas morreram por asfixia mecânica. Essa, no entanto, é a descrição que consta na declaração de óbito das quatro vítimas, sem considerar os laudos do Instituto Médico-Legal, que ainda estão sob análise e não foram divulgados.

ONGs

A Human Rights Watch, organização internacional não governamental que atua com direitos humanos, lamentou as nove mortes em Paraisópolis e os 12 feridos na ação ocorrida no dia 1º de dezembro. A ONG exige que o Ministério Público exerça o controle externo sobre o trabalho da polícia.

“Desta forma, [o Ministério Público] deve garantir uma investigação rápida, completa e independente sobre qualquer abuso e uso excessivo da força nesse caso, bem como sobre os ferimentos e as mortes. O Ministério Público do Estado de São Paulo deve também iniciar sua própria investigação independente sobre a motivação, o planejamento e a execução da operação da polícia militar em Paraisópolis”, diz nota da ONG.

A Conectas também prestou solidariedade às vítimas e parentes e cobra uma apuração rígida do caso. Para a Conectas, a ação foi “negligente” e evidencia “o padrão de atuação dos órgãos de segurança pública com a vida de pessoas pobres e negras em áreas periféricas, fazendo, inclusive, uso de armas de fogo e armamentos menos letais num evento com mais de 5 mil pessoas, causando pânico generalizado em uma das maiores comunidades de 'São Paulo.

A organização não governamental também cobra uma “postura contundente do Ministério Público na apuração de crimes”.

Defensoria

A Defensoria Pública de São Paulo colocou-se à disposição dos parentes dos jovens mortos na ação policial para atendimento individualizado e reservado, em domicílio, e está organizando, para os próximos dias, um plantão na própria comunidade.

Depois disso, a Defensoria Pública vai analisar as medidas cabíveis, incluindo eventuais pedidos de indenização e de atendimento psicológico, sem prejuízo do acompanhamento das investigações e apurações já em curso sobre o grave episódio.

Condepe

O advogado Ariel de Castro Alves, membro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), órgão ligado à Secretaria Estadual de Justiça de São Paulo, também fez críticas à ação policial em Paraisópolis. “Os vídeos demonstram não só uma ação desastrosa, mas criminosa dos policiais envolvidos na ocorrência em Paraisópolis. Os vídeos mostram torturas, abusos de autoridade, agressões e que os jovens foram encurralados pelos policiais. Demonstram que os PMs são os principais responsáveis pela tragédia."

Na noite desta terça-feira, o Condepe promoverá um encontro para discutir o que os conselheiros chamam de Massacre de Paraisópolis. Segundo o Condepe, nesse encontro serão discutidas medidas urgentes para acompanhar a apuração das mortes e assegurar proteção dos direitos de outras vítimas e familiares.

Ontem, o governador de São Paulo, João Doria, disse que não pretende reduzir o número de operações policiais, nem modificar os moldes em que funcionam atualmente. Já o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Marcelo Salles, disse que a ação policial no baile funk foi uma reação à agressão sofrida pelos policiais.

 

Estado e município de São Paulo têm leis para regulamentar os chamados bailes funk ou pancadões. Em 2017, o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou uma lei para controlar a realização dos bailes funk. Desde janeiro, a Polícia Militar realizou 7.597 Operações Pancadão em mais de 14 mil pontos. Para eventos com mais de 250 pessoas, segundo a administração municipal, é preciso ter autorização da Prefeitura.

A lei sancionada por Alckmin ficou conhecida com "Lei dos Pancadões". Ela restringe o ruído causados por aparelhos de som instalados em veículos estacionados em vias públicas. Os limites de emissão de ruídos sonoros têm como parâmetro a Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que não exige utilização de aparelhos de medição, bastando a constatação da existência de som que perturbe a vizinhança.

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Conforme a lei, se dono do veículo se recusar a abaixar o som, a autoridade responsável pela fiscalização pode apreender provisoriamente o aparelho de som ou o veículo. Desde janeiro, essas operações mobilizaram 95.706 policiais e 37.445 viaturas. No total, 222.525 pessoas foram abordadas, resultando em 1.275 prisões e mais de 1,7 quilo de tonelada de drogas apreendidas.

Já frequentadores de bailes funk ouvidos pela reportagem afirmam que essas festas são as opções de lazer e que nascem de modo espontâneo nas comunidades. Além disso, afirmam que a polícia só apareceria para repressão - e que nunca souberam das exigências da Prefeitura (como a obrigatoriedade de comunicar sobre eventos com mais de 250 pessoas).

Outra defesa comum dos participantes de bailes é de que eles aconteceriam, prioritariamente, em ruas comerciais, com bares e restaurantes, e que, portanto, não seriam um incômodo aos vizinhos.

Haddad vetou lei

Em 2014, o então prefeito Fernando Haddad (PT) vetou na íntegra o Projeto de Lei 02/2013, que proibia a utilização de vias públicas para realização de bailes funk e de qualquer outro evento musical não autorizado pela Prefeitura. Na ocasião, a alegação foi que a legislação já atendia essa demanda.

Segundo a Secretaria Municipal das Subprefeituras, no caso de eventos com até 250 pessoas, é preciso pedir autorização da subprefeitura mais próxima com 30 dias de antecedência, conforme o Decreto 49.968/08. Não são permitidas apresentações a menos de 5 metros de pontos de ônibus e táxis, orelhões, e similares, entradas e saídas das estações de trens, metrô e rodoviárias e de portões de acesso a estabelecimentos de ensino; em frente a guias rebaixadas, portões de acesso a edificações e repartições públicas, em frente a residências, farmácias e em frente a hotéis.

Além disso, conforme a pasta, apresentações artísticas que envolvam algum tipo de emissão sonora não devem ocorrer a menos de 50 metros de hospitais, casas de saúde, prontos-socorros e ambulatórios públicos ou particulares.

Para eventos com mais de 250 pessoas, é necessária autorização da Prefeitura. Para tanto, o pedido deve ser feito por um responsável técnico habilitado, além do responsável pelo evento - ambos responsáveis pela veracidade das informações apresentadas à Prefeitura.

Para autorização do evento, o interessado deve apresentar ao município, por exemplo, laudos que certifiquem atendimento às normas de segurança, atestado do Corpo de Bombeiros, acessibilidade, brigada de incêndio, entre diversos outros documentos.

No caso de ocupação de área pública, incluindo vias públicas ou calçadas, deverá ser pedido também na subprefeitura do local do evento o Termo de Permissão de Uso (TPU), além da anuência da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Alvo da ação da Polícia Militar que terminou com nove mortos e 12 feridos, o Baile da Dz7 é o pancadão mais famoso de Paraisópolis. Há quase uma década, o baile funk reúne, em média, entre 3 mil e 5 mil pessoas em fins de semana e é considerado por muitos moradores como a principal alternativa de lazer da favela. Hoje, a maior parte do público vem de outros bairros da capital ou da Grande São Paulo e a festa até recebe caravanas de fora do Estado.

Não raro, o pancadão começa na quinta-feira e só termina no domingo. Sábado é considerado o pico do evento. No Baile da Dz7, uma série de bares abre as portas durante a madrugada e carros ou paredões de som tocam funk nas alturas. Também há alto consumo de bebidas alcoólicas e de drogas, segundo relatam os moradores.

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Embora não tenha autorização legal ou estrutura adequada, a região chega a realizar festas com 30 mil pessoas. A multidão toma principalmente a Rua Ernest Renan, para onde também vai a maioria dos vendedores ambulantes, mas o fluxo se espalha ainda por outras ruas e vielas do entorno.

"Das pessoas que participam do baile funk, 80% não são moradores de Paraisópolis", afirma o líder comunitário Gilson Rodrigues. "Muitos jovens vêm do Morumbi, que é vizinho daqui, ou de outras áreas da cidade. Vários frequentadores vêm de municípios próximos e há excursões de outros Estados."

Esse era o caso de algumas vítimas da tragédia no baile funk. O jovem Denys Henrique Quirino da Silva, de 16 anos, por exemplo, morava no Limão, bairro do outro lado da cidade, na zona norte. "Ele saiu para trabalhar e não voltou", diz a mãe, Maria Cristina Portugal.

Moradores negam a versão oficial da PM de que uma moto teria entrado atirando no baile e afirmam que os frequentadores, na verdade, foram encurralados pelos policiais. Para Rodrigues, as vítimas que não eram de Paraisópolis sofreram ainda mais na correria. "Eles não sabiam que essa viela tem uma escada", afirma, apontando para o beco onde a maioria dos corpos foi encontrada. "Acabaram caindo e sendo pisoteados, como se fossem uma 'rampa'."

"Os bailes funk acontecem por ausência de outras oportunidades ou alternativas de lazer", afirma Rodrigues. "Eu gostaria que tivesse estrutura e segurança. O baile já é uma realidade há muitos anos e não vai acabar, então tem de estruturar."

O morador Rogério Ferreira, de 29 anos, defende o pancadão. "É o único lazer que nós temos. Não consigo pagar o ingresso de uma balada fora daqui", diz. "É claro que tem problema de barulho ou xixi na rua. Mas querem acabar com o problema sem dar solução."

Prevenção

Em entrevista à Rádio Eldorado, o porta-voz da PM, tenente-coronel Emerson Massera, disse, nesta segunda-feira, que ainda "não é possível apontar que houve uma falha dos policiais". "O baile funk acontece há anos na comunidade de Paraisópolis, sem estrutura adequada. É preciso focar em providências para oferecer local mais adequado para a realização", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os jovens que morreram pisoteados no baile funk em Paraisópolis tinham entre 14 e 23 anos e parte deles saiu de outros bairros da cidade ou da Grande São Paulo para participar da festa. O fato de não conhecerem Paraisópolis pode ter dificultado a fuga, segundo moradores.

A vítima mais jovem é Gustavo Cruz Xavier, de 14 anos, conhecido como "Risadinha. "Ria de tudo, não ficava mal. Era muito feliz", conta o tio, o ascensorista Roberto de Oliveira, de 44 anos. Oliveira diz que o adolescente perdeu o pai há oito anos e os bailes eram sua diversão. "Ele só tinha tamanho, era um menino bom."

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O operador de telemarketing Bruno Gabriel dos Santos tinha feito 22 anos na sexta. Morador de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, saiu de casa dizendo que ia comemorar com amigos. Na saída, pediu para a mãe fechar o portão "bem fechado" e avisou que não dormiria em casa. "Saiu com uma sacolinha na mão. Tinha acabado de fazer aniversário e disse que ia dormir na casa de um amigo, que eles iam comemorar por ali ou comer uma pizza. Nunca nem soube que ele tinha ido nesse baile. Somos de Mogi. O que o Bruno foi fazer nesse lugar?", indagou a irmã adotiva do jovem, a professora Vanini Cristiane Siqueira, de 39 anos.

A notícia da morte chegou no domingo, por volta da hora do almoço. "Chegaram quatro amiguinhos perguntando por ele. Aí, eles começaram a chorar e mostraram um vídeo com o meu irmão caído com o corpo para cima, com o rostinho para cima. Parece que não deu para ele se defender." Os colegas contaram que houve correria e as pessoas levaram garrafadas.

"Ele foi o único que correu para o lado errado. Os outros conseguiram se salvar. Agora, a gente quer justiça e saber o que realmente aconteceu. Por que eles não puderam se defender? Por que foram pegos tão de surpresa?", indaga. Vanini acredita que o irmão foi agredido. "Tudo indica que ele foi pego na cabeça ou foi atingido de frente. Era um menino calmo, quieto, não era de responder a ninguém."

Lazer

Mateus dos Santos Costa, de 23 anos, era de Maracás, na Bahia, e tinha se mudado para São Paulo havia cinco anos em busca de oportunidades. Morava em Carapicuíba, na Grande São Paulo, e trabalhava vendendo produtos de limpeza de porta em porta. A cunhada do jovem, a empregada doméstica Silvia Ferreira, de 48 anos, diz que ele morava sozinho e não era frequentador assíduo do baile. "Era raro ele vir para cá (Paraisópolis). Em Carapicuíba, não tem nada. Aqui, tem tudo. Meu filho também gosta do DZ7 (baile funk que ocorria no sábado), é um divertimento", disse ela, na delegacia do bairro.

A família não aprovava a presença dos jovens no baile. "A gente cansava de avisar para ele não ir para lá. Eu falo para meu filho, mas é maior de idade. Quando a gente fala para eles não irem, eles já foram", diz.

Segundo a cunhada, Costa era um jovem trabalhador. "A ação da polícia foi uma imprudência. Não tem como entrar desse jeito em um lugar cheio de jovens." Ela também questionou a morte por pisoteamento. "O atestado de óbito diz agente contundente. O que isso significa? Alguma coisa acertou ele. Isso não vai ficar impune." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Polícia Militar afastou nesta segunda-feira (2) seis PMs envolvidos na ação que terminou com a morte de nove jovens em um baile funk de Paraisópolis, zona sul de São Paulo no fim de semana. Os agentes foram transferidos para funções administrativas. Em entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), lamentou as mortes no domingo (1°), mas buscou destacar que o plano de policiamento do Estado "não mudará" por causa dessa ação.

Os seis agentes tirados das ruas são Rodrigo Cardoso da Silva, de 31 anos; Antonio Marcos Cruz da Silva, de 45; Vinícius José Nahool Lima, de 35; Thiago Roger de Lima Martins de Oliveira, de 37; Renan Cesar Angelo, de 31 e João Paulo Vecchi Alves Batista, de 36. Eles foram os primeiros agentes a entrar na favela durante a ação. O Estado não conseguiu localizar a defesa dos Pms.

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Conforme a versão oficial, seis PMs participaram inicialmente da perseguição a uma dupla de suspeitos, que terminou no tumulto dentro do baile funk. Depois, segundo o registro oficial, eles pediram apoio da Força Tática. Ao todo, 38 policiais participaram da ação.

O comandante-geral da PM, coronel Marcelo Salles, disse preferir evitar a expressão "afastamento". "Os policiais (envolvidos no caso) não estão afastados. Eles estão preservados", afirmou Salles. "Temos de concluir o inquérito. Não haverá açodamento de condenados anteriormente antes do devido processo legal. Eles estão preservados e continuarão nas unidades, em serviços administrativos, no mesmo horário deles, fazendo outras coisas", afirmou, ao citar que, em eventos em que há mortes, os policiais passam por acompanhamento médico e psicológico.

Já o governador Doria negou culpar a polícia. "A letalidade não foi provocada pela Polícia Militar, e sim por bandidos que invadiram a área onde estava acontecendo o baile funk. É preciso cuidado para não inverter o processo", disse Doria. "Não houve ação da polícia em relação a invadir a área onde o baile funk estava ocorrendo. Tanto é fato que o baile funk continuou", afirmou o governador. "(O baile) não deveria sequer ter ocorrido, porque é ilegal. Fere a legislação municipal", completou.

Doria disse ainda que os protocolos estabelecidos para a atuação da PM no Estado não sofrerão alterações, "o que não nos desobriga de reavaliar e rever pontos específicos de ação, onde falhas possam ter acontecido e, neste caso, corrigir as falhas para que elas não voltem a se suceder".

"As ações na comunidade de Paraisópolis, como em outras comunidades do Estado de São Paulo, seja pela desobediência à Lei do Silêncio, seja pela busca e apreensão de drogas, de fruto de roubo de automóveis e motocicletas, ou de outros bens, vão continuar na capital, na região metropolitana e no Estado de São Paulo. A existência de um fato não estabelece que circunstancialmente, com as alterações que devem ser feitas, não inibirão as ações de que devem ser feitas", ressaltou o governador.

Doria chamou o caso de "incidente triste" e disse transmitir aos familiares dos nove jovens mortos sua "solidariedade".

"Os procedimentos, a atitude e o comportamento da Polícia Militar, ou seja, o programa de Segurança Pública no Estado de São Paulo não muda. Não vai mudar", disse Doria, falando pausadamente a última frase de forma a enfatizar cada palavra. "O governador está sendo muito claro: não vai mudar", enfatizou mais. "Procedimentos de ação operacionais podem ser revistos. Aliás, devem ser revistos constantemente, para serem aperfeiçoados e melhorados, evitando erros."

PM havia planejando operação na favela horas antes das mortes

O comandante-geral da PM, coronel Marcelo Salles, afirmou que a Polícia Militar havia montado uma operação especial para coibir o baile funk que ocorreu em Paraisópolis na noite de sábado. Segundo o policial, havia oito festas diferentes dentro da favela naquela noite, com cinco mil pessoas. Entretanto, a operação teria sido abortada dado o volume de cidadãos aglomerados nas vielas do bairro.

"Nós iríamos ocupar? Iríamos. Só que, às 20 horas, foi feita uma análise de risco e não dava. Já estava tudo tomado naquela localização. Ingressar ali seria um erro. (Seria um erro) Dispersar ali. Tanto que esse evento ocorreu às 4 horas da manhã", afirmou o coronel.

Salles afirmou que a opção então foi de reforçar o policiamento no entorno do baile, sob o argumento de que criminosos se aproveitam da festa, e da multidão, para se refugiar na massa de pessoas após a prática de crimes. "A experiência diz, e eu já fui comandante da zona oeste e sei disso, que há crimes adjacentes. Carros são roubados e levados para dentro do pancadão", disse.

"O gatilho iniciador do problema foi os criminosos atirando na polícia", concluiu o coronel, mesmo admitindo que as investigações sobre o caso ainda não são conclusivas.

Na versão apresentada pelo coronel, duas pessoas, que ocupavam uma motocicleta Yamaha XT 660 R, teriam passado por três policiais militares que também eram ocupantes de motos, e atirado contra os policiais. Os PMs teriam então perseguido essa dupla por cerca de 400 metros, até chegar no ponto onde havia o baile. Ali, a massa teria reagido com hostilidade à presença dos policiais, que ainda assim não reagiram a novos tiros de armas de fogo, e teriam pedido auxílio.

Primeiramente, um outro policial também de moto teria chegado para socorrer os três policiais. Depois, duas equipes da Força Tática, uma divisão da PM que tem escopetas e granadas de gás, também entraram na favela. Mais PMs foram chegando até totalizarem 38 agentes na favela.

O coronel disse que eventuais mudanças nos procedimentos da ação, especialmente no caso de criminosos usarem pessoas como escudos, como ele argumenta que ocorreu, só serão analisadas depois do término das investigações. Salles não deu prazos para o fim das ações.

Salles disse que as imagens compartilhadas nas redes sociais estão sob análise. Ele destacou uma das gravações, em que uma pessoa sentada é agredida com tapas na cara por um policial, poderia não ter relação com a ação. "Não há som de música, você consegue ouvir cães latindo", citou. "Apesar (de serem atos) gravíssimos e que serão apurados com uma lupa, porque não compactuamos com erro."

O secretário estadual da Segurança Pública, João Campos, se negou a responder se já havia identificado os agentes mostrados nos vídeos que foram compartilhados após a ação. No lugar disso, preferiu destacar a "disciplina" da PM paulista. "É uma instituição admirável", disse o secretário.

Um baile funk em Paraisópolis, em São Paulo, foi interrompido de forma trágica. Após um conflito de bandidos contra policiais, nove pessoas acabaram morrendo pisoteadas durante o tumulto. No Twitter, o governador João Doria se pronunciou sobre o assunto, mas as palavras não agradaram o cantor Marcelo D2.

O músico não titubeou ao chamar Doria de assassino assim que a mensagem foi publicada pelo político na rede social. "Lamento profundamente as mortes ocorridas no baile funk em Paraisópolis nesta noite. Determinei ao Secretário de Segurança Pública, General Campos, apuração rigorosa dos fatos para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio", escreveu o governador.

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Marcelo D2 rebateu a postagem de João Doria com um print de uma reportagem da Folha de São Paulo. A matéria trouxe a seguinte fala de Doria: "A partir de janeiro, a polícia vai atirar para matar". Em seguida, usuários do microblog repercutiram a declaração de D2. "Falou o financiador do tráfico", detonou um dos internautas. "Doria é ainda pior que Bostonaro (sic)", comentou outra pessoa.

Após nove mortes em uma ação da Polícia Militar na comunidade de Paraisópolis, o governador de São Paulo, João Doria, comunicou que não pretende reduzir as operações policiais nem modificar os moldes em que funcionam atualmente.

"Os procedimentos, a atitude e o comportamento da Polícia Militar, ou seja, o programa de segurança pública do governo do estado de São Paulo não vai mudar", afirmou.

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"Procedimentos de ação, operacionais, podem ser revistos. Aliás, devem ser revistos, evidentemente, para serem aperfeiçoados, melhorados, evitando que tanto os cidadãos como criminosos e os próprios policiais possam ter a circunstância adequada, protegermos quem devemos proteger, preservar quem devemos preservar e prender quem merece ser preso", acrescentou o governador.

Polícia Militar

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Marcelo Salles, disse que os agentes que chegaram primeiro ao baile funk foram agredidos. "Os três primeiros policiais que chegaram foram agredidos com pedras, com garrafas e contidos. É isso que precisa ficar conhecido. Por conta da ação, houve uma reação. Foi isso que houve".

Algumas pessoas envolvidas na ação policial alegam que os militares atiraram em direção ao público do evento, com armas de cano longo, de calibre 12, e que portavam granadas. O coronel Salles nega essa versão. Ele disse que embora parte dos depoimentos ainda deva ser colhida, avalia já constatar "inconsistência" nos relatos. "Vamos ouvir todos que foram encaminhados ao inquérito, mas, de plano, já se nota uma inconsistência", afirmou.

A PM sustenta que suspeitos foram abordados pelos policiais que faziam patrulhamento e abriram fogo. Na sequência, os agentes teriam perseguido o grupo até o baile funk. Nesse momento, ocorreu o tumulto, que resultou na morte de nove pessoas, que morreram pisoteadas. Uma das vítimas tinha 14 anos. Ao todo, 5 mil pessoas estavam no local.

 

O deputado federal Marco Feliciano (Pode-SP) defendeu que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), acabe com os bailes funks que acontecem nas comunidades paulistas, como o que foi realizado na madrugada do último domingo (1º) em Paraisópolis, onde nove jovens morreram pisoteados após um tumulto que teria sido gerado por uma perseguição policial.

--> Bolsonaro diz que lamenta mortes em baile funk

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Em publicação no Twitter, Feliciano não comentou sobre as mortes, mas disse que os "moradores honestos" dessas localidades "não aguentam mais" o que chamou de "bandalheira" dos bailes funks.

“Moradores honestos da periferia de São Paulo NÃO AGUENTAM MAIS [sic] a bandalheira em bailes funk. Recebi denúncias de tráfico de drogas, prática de atos obscenos, prostituição e até pedofilia”, argumentou Feliciano. 

“O prefeito Bruno Covas tem que acabar com isso! Proporei audiência pública sobre o tema”, emendou o deputado. 

Na madrugada desse domingo, segundo informou agentes do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), acontecia uma operação na região de Paraisópolis quando dois homens, em uma motocicleta, dispararam contra os policiais. A moto teria fugido em direção ao local onde acontecia o baile, ainda atirando, o que gerou o tumulto e a perseguição por parte dos policiais. Cerca de 5 mil pessoas estavam no baile. A PM disse ainda que foi recebida com pedradas e garrafadas no local. 

Pessoas que estavam no baile e ficaram feridas, além de familiares contestam a versão da polícia. 

O presidente Jair Bolsonaro falou, nesta segunda-feira (2), sobre as nove mortes durante ação policial, na madrugada deste domingo (1º), em baile funk, na comunidade de Paraisópolis, na zona Sul de São Paulo. 

Em parada rápida no Palácio do Planalto para cumprimentar um grupo de eleitores, o presidente disse: "Eu lamento a morte de inocentes". Bolsonaro, no entanto, não falou sobre a operação da Polícia Militar. 

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Cerca de 5 mil pessoas estavam no baile quando a PM realizava uma ação de perseguição a homens armados que fugiam com motocicletas. No tumulto, jovens que saiam da festa foram encurralados em vielas estreitas da favela. Nove deles morreram pisoteados. 

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), também comentou sobre o ocorrido por meio do Twitter, no qual ela afirma ter determinado que a Secretaria de Segurança Pública faça uma rigorosa apuração do caso. 

"Lamento profundamente as mortes ocorridas no baile funk em Paraisópolis nesta noite. Determinei ao Secretário de Segurança Pública, General Campos, apuração rigorosa dos fatos para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio", disse.

<p>Nesta segunda-feira (02), o cientista político Adriano Oliveira fala sobre o ocorrido na comunidade de Paraisópolis(SP), na madrugada de domingo (01), que vitimou cerca de nove pessoas. De acordo com o cientista político, em um país subdesenvolvido como o Brasil, este tipo de acontecimento serve de recado, mostrando a maneira pela qual as pessoas enxergam as periferias brasileiras, entre eles políticos e, principalmente, o poder público e a polícia.</p><p>Através de pesquisa, Adriano Oliveira ressalta que teve a oportunidade de conversar com jovens que residem em periferias e os mesmos relataram que se sentem discriminados em diversos lugares por onde passem. Para Adriano, este olhar preconceituoso por parte da sociedade e das instituições está relacionado ao fato da periferia ser um lugar onde os pobres e excluídos residem. Logo, toda expressão cultural que nasce nestes lugares também é descriminada.</p><p>O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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Após a morte de nove pessoas na madrugada deste domingo (1º) em um baile funk na favela Paraisópolis, zona sul de São Paulo, o tenente-coronel Emerson Massera, porta -voz da Polícia Militar, afirmou que policiais usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio em reação ao ataque inicial de bandidos que atiraram contra as viaturas e seguiram em direção ao local onde ocorria o evento, também conhecido como ‘pancadão’. A PM informou que cerca de 5 mil pessoas participavam do baile. As declarações foram dadas em uma entrevista coletiva no início da tarde.

“As ações só se deram porque os policiais foram atacados”, afirmou o porta-voz da PM. Ele explicou que uma moto com dois indivíduos em atitude suspeita passou por um ponto de estacionamento de patrulhas da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), do 16º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) que realizavam a Operação Pancadão na região. Segundo ele, os policiais estavam ali para garantir a segurança das pessoas. Massera acrescentou que, ao serem abordados, os suspeitos não pararam e dispararam contra os policiais.

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Os agentes perseguiram os bandidos até o baile funk, quando ocorreu o tumulto. “Na tentativa de abordagem, esses ocupantes da moto fugiram e dispararam contra os policiais. Esse acompanhamento se deu por cerca de 300 metros, quando acabou terminando no pancadão. Os criminosos utilizaram as pessoas que estavam frequentando o baile como uma espécie de escudo humano para impedir a perseguição policial”, detalhou Massera.

Segundo ele, no momento em que os policiais chegaram próximo ao pancadão, em seis motocicletas da Rotam, as pessoas foram na direção dos policiais, “arremessando pedras, garrafas e aí a atuação da polícia acabou sendo uma ação de proteção aos policiais”. Ele disse ainda que os criminosos se misturaram à multidão, “inclusive efetuando disparos de arma de fogo contra os policiais. Nós recolhemos no local pelo menos uma munição de calibre 380 e uma de 9mm que supomos que estavam com esses bandidos”, acrescentou.

Segundo Massera, na dispersão, algumas pessoas teriam tropeçado. Nove pessoas morreram por ferimentos após terem sido pisoteadas. “Por conta dessa correria que se deu com a chegada dos policiais, em acompanhamento aos criminosos, nove pessoas ficaram feridas gravemente e vieram a falecer. Até o momento a informação é que morreram pisoteadas, não há nenhuma com perfuração de arma de fogo ou algum outro tipo de lesão”, disse o agente.

Das nove pessoas mortas, quatro foram identificadas, sendo uma delas um adolescente de 14 anos. Entre as vítimas, que ainda não tiveram seus nomes revelados, estão oito homens e uma mulher.

Quanto aos suspeitos, a Polícia Militar informou que, com a dispersão, não conseguiu perseguir os suspeitos e que, por enquanto, ninguém foi preso.

Apuração

Segundo a PM, o caso agora segue para apuração na Polícia Civil e também será feito o Inquérito Policial Militar para apurar se houve alguma falha no procedimento. O porta-voz reiterou que os policiais usaram apenas balas de borracha ao ser questionado sobre relatos de vítimas e moradores que usaram as redes sociais para informar que viram policiais atirando com armas de fogo.

“A informação que temos até o momento é que nenhum policial efetuou disparo de arma de fogo, de qualquer forma, preventivamente, nós apreendemos dos policiais envolvidos nessa ocorrência [as armas utilizadas] para verificar se houve algum disparo. Isso é praxe, medida que é feita em toda investigação policial”, explicou.

A PM ressaltou que a atuação da polícia não foi em relação ao baile funk. “Nós temos como consenso que a atuação da polícia nesses casos tem que ser uma ocupação preventiva de buscar ocupar antes. Esse baile já estava instalado, nossa estimativa é que de pelo menos 5 mil pessoas participavam deste pancadão. A atuação da polícia militar ocorria no entorno, então os fatos só se deram em razão da agressão que os policiais sofreram fora do pancadão”, finalizou.

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Oito pessoas morreram após uma perseguição policial com troca de tiros durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, na madrugada deste domingo (1º). Há ainda, pelo menos, outras duas pessoas feridas. Dado foi informado pela Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com informações do G1, o 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) informou que agentes de segurança realizavam a Operação Pancadão na região quando dois homens, em uma motocicleta, dispararam contra os policiais. 

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A moto teria fugido em direção ao local onde acontecia o baile, ainda atirando, o que gerou o tumulto e a perseguição por parte dos policiais. Cerca de 5 mil pessoas estavam no baile. A PM disse que foi recebida com pedradas e garrafadas no local.

Um vídeo que circula nas redes sociais, gravado durante um baile funk no Rio de Janeiro, exibe ameaças ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). Com frases de baixo calão, um cantor do ritmo dedica a letra a Bolsonaro e, nas imagens, é possível ver a plateia respondendo a incitação com veemência. Público também aparece portando armas como fuzis e pistolas.

Além de criticar e engrossar o tom contra o presidente, o cantor também cita facções criminosas fluminenses como o Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigos dos Amigos (ADA).

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O vídeo foi compartilhado pelos filhos de Bolsonaro no Twitter. Deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) questiona na publicação: “O que fariam determinados políticos se recebessem ameaças reais como esta?”. Segundo o parlamentar, “desagradar esse tipo de gente nos faz ter certeza que estamos no caminho certo, ainda mais podendo contar com vocês nesta guerra, seja ela armada ou cultural”.

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Já o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (PSL), aproveitou o vídeo para reforçar as críticas que tem feito à imprensa. “Estas ameaças de bandidos serão amplamente divulgadas pela mídia ou precisa ser prostituta do PT?”, indagou.

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Esta não é a primeira vez que Bolsonaro é ameaçado por homens armados e os vídeos repercutem na internet. Um deles, inclusive, foi preso pela Polícia Civil de Pernambuco por tráfico de drogas e porte de armas em dezembro.

O vídeo em que Edson Gomes Melo faz a ameaça foi compartilhado no microblog do próprio presidente, que chegou a dizer na época:  “O brasileiro sofre diariamente com ameaças às claras em todos os Estados do Brasil. Cabe ao Executivo, Judiciário em conjunto com parlamentares, agirem em prol da defesa do cidadão de bem, criando dispositivos para retaguarda jurídica dos Agentes de Segurança Pública”.

A polícia investiga três mortes durante o chamado "Baile do Vermelhão", no bairro dos Pimentas, em Guarulhos, Grande São Paulo, na madrugada do último sábado, 17.

Imagens gravadas por celulares, que circulam em redes sociais, mostram várias pessoas correndo em uma rua para fugir da polícia. Segundo testemunhas, a confusão teve início quando Polícia Militar (PM) jogou bombas e spray de pimenta na população.

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Várias pessoas foram pisoteadas, entre elas Marcelo do Nascimento Maria, de 34 anos, Micaela Maria de Lima Lira, de 27 anos, e Ricardo Pereira da Silva de 21 anos, que foram socorridos ao hospital mas não resistiram aos ferimentos.

A PM também instaurou inquérito policial militar para apurar todas as circunstâncias dos fatos e verificar se há conexão entre as mortes e uma tentativa de abordagem, em que os suspeitos fugiram em direção à festa.

O caso foi registrado como morte suspeita e é investigado pelo 8ºDP de Guarulhos.

A Prefeitura de Guarulhos efetuou a operação “Paz Social”, para evitar a execução do baile funk do Jardim Vermelhão, na região dos Pimentas. A ação ocorreu por meio da Secretaria para Assuntos de Segurança Pública (SASP), que promoveu a parceria entre a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal.

Segundo a Prefeitura, as corporações tiveram sucesso nos procedimentos aplicados e serão realizados acompanhamentos para que o baile funk não volte a acontecer na região.

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De acordo com a Secretaria para Assuntos de Segurança Pública, o baile funk atrapalha o sossego e o bem-estar da população. Por isso, é dever da administração pública tomar medidas que combatam o problema.

“É claro que ficamos contentes quando fazemos uma operação dessas, pois evitamos que mais de 2 mil pessoas incomodem e impeçam o ir e vir e o descanso dos moradores, além do consumo de drogas e prostituição. Por meio de uma ação como esta conseguimos inibir tudo isso, garantindo à população um final de semana tranquilo”, afirmou o secretário da pasta, Gilvan Passos.

Sete pessoas foram baleadas na tarde deste domingo (12) nas proximidades de um baile funk na cidade de Osasco, localizada na região metropolitana de São Paulo. Todas as vítimas foram hospitalizadas, mas nenhuma corre risco de morte, segundo informou a polícia.

As autoridades afirmaram não saber ainda o motivo do crime, mas testemunhas ouvidas comentaram que os disparos teriam começado após uma discussão entre dois homens. Os nomes das vítimas não foram divulgados pela polícia para não atrapalhar as investigações.

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Duas pessoas morreram e cerca de 30 ficaram feridas em um tiroteio em um baile funk que ocorria em um bar em Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, na madrugada deste domingo, 22 de outubro. A informação foi confirmada pela Brigada Militar do município.

Os mortos ainda não foram identificados. Onze pessoas foram encaminhadas para o Hospital Dom João Becker, em Gravataí, de acordo com funcionários do local.

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Outros feridos foram levados para hospitais da vizinha Cachoeirinha e os em situação mais grave para Porto Alegre, segundo a Brigada Militar. Os encaminhamentos foram feitos pelo Samu.

Um vídeo circulou pelas redes sociais e mostrou correria e tiros na área de estacionamento do Shopping Recife, na Zona Sul do Recife. De acordo com a assessoria do estabelecimento, o caso aconteceu após o fechamento do mall, no último domingo (3) e a correria se deu por conta de uma confusão ocorrida do lado de fora. As pessoas entraram no local para buscarem abrigo.

“Eu estava esperando um Uber, por volta das 22h, estava em uma das saídas do Shopping quando, do nada, começou a gritaria e correria, o povo gritando: é tiro, é bala, arrastão... todo mundo correu pra dentro do shopping. Graças a Deus tinha dois seguranças bem próximos da porta e deixaram todo mundo entrar”, contou ao LeiaJá uma radialista que não quis se identificar. Ela ainda relatou que “as pessoas vinham correndo das paradas de ônibus e foi lá no shopping que eles encontraram abrigo”. Outra moradora das imediações contou que viu “um grupo muito grande indo em direção ao shopping, umas 50 pessoas. Eles estavam gritando e correndo”. 

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Conforme detalhou em nota, o Shopping Recife “esclarece que um grupo de jovens correu em direção ao mall para se abrigar, após uma confusão iniciada na área externa do empreendimento”. A assessoria explicou que “A Polícia Militar interveio e a equipe de segurança do shopping tomou as medidas necessárias para garantir o bem-estar dos seus clientes. A partir de agora, a condução do caso será realizada pelos órgãos competentes”. 

A Polícia Militar informou detalhes da confusão e detalhou ter havido uma briga entre um grupo que estava saindo de um baile funk perto do Shopping e pessoas da Comunidade Entra Apulso. Já conforme informações da PM, as pessoas tentaram se abrigar no estabelecimento, mas  foram impedidas pelos seguranças. As equipes da Polícia Militar ainda foram acionadas, mas quando chegaram a confusão já havia terminado e as pessoas não estavam mais no local. 

Assista ao vídeo da confusão:

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Um motoboy morreu após ser baleado em um baile funk, na região do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, na madrugada de sábado, 30. Vitor Santos Figueiredo, de 25 anos, chegou a ser encaminhado para o Pronto-Socorro do Hospital do Campo Limpo, mas não resistiu aos ferimentos.

Três rapazes ficaram feridos e estão internados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), eles ainda não foram ouvidos pela polícia por causa da gravidade dos ferimentos.

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O pai da vítima, um motorista de 51 anos, relatou aos policiais civis que soube por uma rede social que o filho estava no 'pancadão' da Rua João Dias de Vergara quando "homens encapuzados chegaram atirando".

Os sobreviventes são um adolescente de 16 anos, que foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campo Limpo, um jovem de 20 anos, levado ao Hospital de Taboão da Serra, e um homem de 22, atendido no Hospital do Campo Limpo.

O caso foi registrado como homicídio tentado e consumado no 89º Distrito Policial (DP), onde deverá ser investigado.

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