A governadora Raquel Lyra (PSDB) se reuniu, nesta segunda-feira (10), com os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, para debater as medidas tomadas acerca das chuvas que aconteceram a zona da Mata Sul no estado, ocorridas nos dias 7 e 8 desse mês.
Estiveram presentes também representantes de Secretarias Estaduais, Defesa Civil, Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), entre outros órgãos.
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Em 48 horas, 15 municípios foram atingidos por uma média de 80mm de chuvas, volume que corresponde a 40% do previsto para o mês de julho. Segundo a Apac, 13 cidades foram as mais afetadas pelos níveis de chuva:
Xexéu (98mm), Palmares (94mm), Catende (84mm), Joaquim Nabuco (83mm), São Benedito do sul (81mm), Barreiros (77mm), São José da Coroa Grande (76mm), Belém de Maria (73mm), Jaqueira (71mm), Quipapá (68mm), Cortês (67mm), Rio Formoso (59mm) e Primavera (55mm). Água Preta e Maraial também foram incluídas na lista.
Os 15 municípios somam um total de 266 mil moradores, e uma média de 52% dessa população é considerada abaixo da linha da pobreza. As chuvas se distribuíram por toda a bacia hidrográfica dos Rios Uma e Sirinhaém.
Ministro Waldez Góes (esquerda), governadora Raquel Lyra e ministro Wellington Dias, em coletiva. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá
Na manhã desta segunda-feira, a governadora sobrevoou a região para averiguar a situação atual dos municípios. “A gente tem recebido cestas básicas do ministério [de Assistência Social], também uma ação de apoio financeiro aos municípios que foi dobrado pelo Governo do Estado pra permitir a assistência mais rápida à população atingida, e as nossas máquinas, equipamentos pra permitir reconstruir pontes, estradas e daí o apoio na elaboração de todos os relatórios do município do estado pra encaminharmos ao Governo Federal junto com eles podemos fazer esse trabalho de reconstrução”, declarou Raquel Lyra.
A gestora estadual afirmou que a situação de emergência, declarada por 60 dias, será republicada para que dure o total de 180 dias, “para que haja o apoio não só nessas ajudas humanitárias, que são de cestas básicas, colchões, insumos, para a população colocar nas suas casas, mas também para permitir as obras de reconstrução e isso demora mais um tempo”, complementou.
O ministro Wellington Dias afirmou que o governo federal está lidando com a situação de forma emergencial. “Estamos prontos para este momento emergencial. Aqui que a gente faz uma liberação dos decretos mais rápida, para que se tenha a condição desse atendimento de alimentação, ter um medicamento, as necessidades básicas para quem não pôde ter um planejamento para sair da sua casa”, declarou.
O ministro Waldez Góes afirmou que o apoio do governo federal é fundamental para o restabelecimento das obras de infraestrutura que deverão ser realizadas nos próximos meses. “Nós já nos comprometemos, em retomarmos a questão das duas barragens que já tinha contrato estabelecido e obviamente que agora no novo plano de investimento para o Brasil, contempla toda essa questão de infraestrutura hídrica, de melhoria também das situações de água, de barragens, de bacias, de fontes, uma série de questões relacionadas à água, então essas são prioridades daqui de Pernambuco”, informou.
Ministro Waldez Góes (esquerda), governadora Raquel Lyra e ministro Wellington Dias, em coletiva. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá