Tópicos | Ciro Nogueira

O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), se encontrou rapidamente com Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência pelo PSDB, nesta quarta-feira, 25, em Brasília para acertar as arestas do apoio do partido à chapa tucana.

Questionado ao final do encontro sobre se o PP poderia indicar um nome para disputar como vice na composição, Nogueira respondeu apenas "Josué", em referência ao empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar.

##RECOMENDA##

Antes da reunião, Nogueira disse que a indicação para o cargo de vice ainda está em aberto e que a tendência é anunciar o apoio oficial do bloco nesta quinta-feira, 26, ainda sem um nome para o posto.

Gomes é o nome dos sonhos do Centrão, grupo formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, para o cargo mas o empresário enfrenta resistências da sua família, principalmente da sua mãe, Mariza, devido à longa relação da família com o PT. Nesta quarta, 24, integrantes do grupo chegaram a dar como certa sua desistência.

A esperança de que Gomes reveja sua posição, no entanto, cresceu nesta quinta com a publicação de um artigo do empresário no jornal Folha de S. Paulo em que ele declarou apoio a Alckmin.

Tucanos e dirigentes partidários que se encontraram com Alckmin nesta quarta revelaram que o presidenciável ficou contente e animado com o tom do artigo. "O texto é muito interessante. Alckmin ficou satisfeito com ele sim", afirmou o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).

O candidato ao Senado por Goiás e um dos coordenadores de campanha de Alckmin, Marconi Perillo, contou que o tucano chegou a ler o texto em voz alta durante conversas que está tendo com diversos políticos nesta quarta.

Sobre um possível plano B para o caso de Josué realmente desistir do convite, Ciro Nogueira afirmou que, neste caso, a situação ainda está completamente em aberto.

Mais cedo, o presidente do PRB, Marcos Pereira, também disse ter esperanças de que Josué volte atrás em sua posição e integre a chapa tucana mas, se isso não acontecer, o DEM não poderá ficar com a vaga.

A sinalização de Pereira mostra que a indicação do deputado e ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM-PE), tida hoje como a mais provável neste cenário, pode enfrentar rejeição dentro do bloco. Isso porque o partido já negociou a reeleição de Rodrigo Maia (RJ) como presidente da Câmara.

Com a popularização das redes sociais é comum ver o compartilhamento de imagens registradas em acidentes e expondo vítimas fatais ou não. A prática baseou um projeto do senador Ciro Nogueira (PP-PI) de tornar crime a divulgação na internet de imagens de pessoas feridas após os acidentes, mas que não chegaram a óbito. 

A proposta está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O texto altera o artigo 140 do Código Penal ao estabelecer detenção de um a três anos, além de multa, pena similar ao crime de vilipêndio de cadáver.

##RECOMENDA##

Ciro Nogueira argumenta que expor e divulgar na internet imagens de pessoas mortas é considerado crime, mas que há uma lacuna nos casos de exposição de feridos.

“Apesar da indiscutível ofensa à imagem e à privacidade, o legislador, até agora, não criminalizou essa deplorável conduta, assim como também não tipificou a divulgação de imagem de pessoa em situação vexatória. Tais práticas têm repercussão, somente, na esfera cível, se o ofendido promover ação indenizatória. Ocorre que a sanção pecuniária não tem sido eficaz para reprimir a prática dessas condutas”, afirma o senador na proposta.

Aliado de Ciro Nogueira (PP), acusado de obstrução de justiça, o prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) afirmou que o presidente do Partido Progressista é vítima de preconceito por ser nordestino.

"Quem conhece o cenário político nacional sabe que um nordestino para chegar a ser um dos grandes participantes da nacional, um grande líder, vai está sujeito a pancadas e críticas, armadilhas e até processo de vingança que podem por ventura acontecer. O Ciro é um grande político nacional", afirmou ele, segundo o CidadeVerde.com.

##RECOMENDA##

O tucano ainda fez questão de lembrar a promessa do aliado, caso alguma prova seja apresentada contra ele. "Ciro já disse de forma bastante clara que se mostrem alguma prova que ele renunciaria. Ele tem muita tranquilidade com relação  a isso. Seus amigos sabem disso. Sabem da sua postura firme com relação a esse momento", disse.

A Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 200 mil na residência do presidente nacional do Partido Progressista (PP), o senador Ciro Nogueira. A informação sobre apreensão de valores foi confirmada pelo advogado do senador, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Nogueira teve o gabinete no Senado Federal e a residência em Teresina (PI) alvos de busca e apreensão da PF nesta terça-feira, 24.

A Procuradoria-Geral da República suspeita que o senador e o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), o Dudu da Fonte, tentaram comprar o silêncio de um ex-assessor que tem colaborado com as investigações da Lava Jato que miram a suposta participação dos dois em uma organização criminosa. O deputado também foi alvo de busca.

##RECOMENDA##

De acordo com Kakay, o fato da PF ter encontrado valores na residência do senador é "facilmente justificada, pois o Senador tem em seu IR (imposto de renda) valores em moeda regularmente declarados."

"Ademais, dentro dos cofres localizados na residência, cujas senhas foram voluntariamente fornecidas pelo casal, também tinham pertences e valores particulares de sua esposa, que é deputada federal", disse Kakay que avisou que irá solicitar a devolução dos valores.

Segundo a PGR, tentativa de obstrução da investigação inclui o pagamento de despesas pessoais, ameaças e até proposta para a mudança do teor de depoimento que incriminaria os alvos da operação de hoje. O objetivo das medidas cautelares cumpridas na manhã de hoje, diz o MPF, é reunir mais provas de que houve atuação para compra de silêncio.

Além das buscas, a PF cumpriu um mandado de prisão contra o ex-deputado Márcio Junqueira, que seria ligado ao senador. Além dos gabinetes ocupados pelos parlamentares no Congresso Nacional e dos respectivos apartamentos funcionais, em Brasília, foram realizadas buscas em endereços residenciais na capital federal, em Teresina (PI), Recife (PE) e Boa Vista (RR).

Inquérito

A operação de hoje tem relação com um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal em setembro passado, no âmbito da Lava Jato, para apurar repasses a políticos do Partido Progressista - do qual Nogueira é presidente.

Depois de um desmembramento no inquérito na semana passada, o que segue sendo investigado no inquérito é o repasse de R$ 1,6 milhão aos deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Arthur Lira (PP-AL), Eduardo da Fonte (PP-PE) e ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), em 2011, por meio de um contrato fictício com a empresa KFC Hidrossemeadura, pertencente a Leonardo Meirelles e o grupo Queiroz Galvão.

Defesa

A defesa do Senador Ciro Nogueira deseja esclarecer que a busca e apreensão efetuada na residência e no gabinete do Senador, embora a defesa entenda que foi absolutamente desnecessária, ocorreu rigorosamente dentro da legalidade, em cumprimento a ordem emanada de Ministro do Supremo. Na residência não houve documento apreendido e a apreensão de montante em espécie é facilmente justificada, pois o Senador tem em seu IR valores em moeda regularmente declarados. Ademais, dentro dos cofres localizados na residência, cujas senhas foram voluntariamente fornecidas pelo casal, também tinham pertences e valores particulares de sua esposa, que é deputada federal. Os poucos documentos apreendidos no gabinete do Senador não causam nenhuma preocupação. A afirmação de que o Senador, de alguma maneira, pudesse ter feito qualquer movimento a ser equivocadamente entendido como tentativa de obstrução é, nas palavras do Senador, completamente fora da realidade. Sequer en passant o Senador praticou qualquer ato que pudesse ser interpretado como tentativa de embaraço. A defesa reitera que o Senador Ciro continua à disposição do Poder Judiciário para todo e qualquer esclarecimento, como sempre esteve.

Depois de mais de seis horas de busca, os agentes da Polícia Federal (PF) deixaram, por volta das 13h, os gabinetes do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que é o presidente nacional do partido. Ambos são investigados pela Operação Lava Jato e suspeitos de obstruir o trabalho da Justiça. Os policiais chegaram cedo ao Congresso Nacional para cumprir mandado de busca e apreensão de material.

A demora na busca ocorreu porque os agentes copiaram todo o conteúdo dos computadores dos gabinetes, em vez de levar os equipamentos, como costuma ser feito em outras buscas. A operação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Segundo a PGR, a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (24).

##RECOMENDA##

Além das diligências em Brasília, a PF fez buscas em endereços no Recife, em Teresina e em Boa Vista, com o objetivo de colher provas sobre uma suposta tentativa de obstrução da Justiça por parte dos investigados, informou, em nota, a procuradoria.

Ainda de acordo com a PGR, o inquérito no qual foram autorizadas as diligências foi instaurado para apurar a suspeita de que os investigados tentaram comprar o silêncio de um ex-assessor parlamentar. A nota da PGR não cita nomes, mas faz referência direta às buscas realizadas hoje no Congresso Nacional.

Além da investigação sobre obstrução de Justiça, os parlamentares Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte são alvo, juntos, de um inquérito derivado da Lava Jato sobre a existência daquilo que seria uma organização criminosa no âmbito do PP, envolvendo ainda outros políticos do partido.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), que defende Ciro Nogueira, disse que ainda busca detalhes sobre o mandado e que o senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário para esclarecer os fatos. O deputado Eduardo da Fonte também disse que está à disposição da Justiça.

Ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot comemorou, nesta terça-feira (24), o fato da Lava Jato seguir sendo executada. A postura de Janot sobre a operação foi exposta no Twitter ao comentar o cumprimento de mandados judiciais contra o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), em Brasília. 

“Que assim seja: Lava Jato continua seu inexorável caminho”, observou Janot. A nova ação da Polícia Federal (PF) também fez com que o ex-procurador-geral da República alertasse a população sobre eleger novamente os políticos corruptos. “E em ano de eleições vamos nos lembrar dos corruptos que querem ser reeleitos e dar a eles um rotundo NÃO [sic]”, completou. 

##RECOMENDA##

A PF cumpre mandados de busca e apreensão nos gabinetes e nos apartamentos funcionais dos parlamentares. A ação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação, que ocorre em conjunto com a Procuradoria Geral da República (PGR), diz respeito a tentativa de obstrução de Justiça.

O combate às fake news é um dos principais focos da Justiça Eleitoral na disputa deste ano, mas o país ainda não tem uma legislação que tipifique a ação como crime e preveja punições para a prática. Diante da possibilidade das notícias falsas serem um ingrediente a mais no debate eleitoral, deputados e senadores vêm apresentando projetos de lei que preveem a aplicação de multas de até R$ 2 milhões e prisão variando de 2 meses a 8 anos.

Ao menos oito propostas tipificam a veiculação e difusão das fake news como atos criminosos, entretanto, elas ainda estão no início da tramitação, sem previsão de quando irão à votação nos plenários das Casas, mesmo já estando a pouco mais de seis meses das eleições.

##RECOMENDA##

Na Câmara, sete projetos variando apenas as punições seguem nesta linha. A pena mais alta é prevista pelo deputado Francisco Floriano (DEM-RJ). Na matéria ele diz que a punição para quem divulgar fatos sobre partidos e candidatos “capazes de exercer influência perante o eleitorado” sabendo que são falsos é entre 2 e 6 anos de prisão, mais multa. Já quem produzir a fake news e divulgá-la nas redes sociais terá uma punição mais severa, entre 4 e 8 anos de prisão, além da multa.

Floriano apresentou também uma segunda proposta que visa a atualização da Lei de Segurança Nacional, que define crimes contra a ordem política e social, incluindo “o incitamento através das redes sociais”.

Outro projeto, do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), altera o Código Eleitoral garantindo a aplicação de multas que variam de R$ 30 mil a R$ 2 milhões a partir da gravidade e das consequências que a divulgação de notícias falsas, quer seja nas propagandas eleitorais por candidatos ou nas redes sociais, gerem.

Já no Senado, Ciro Nogueira (PP-PI) quer incluir no Código Penal um artigo tornando crime a prática de divulgar notícia falsa “que possa distorcer, alterar ou corromper a verdade sobre informações relacionadas à saúde, à segurança pública, à economia nacional, ao processo eleitoral ou que afetem interesse público relevante”. A matéria segue o mesmo sentido da proposta do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS) que tramita na Câmara.

O senador progressista propõe uma pena inicial de 6 meses a 2 anos, mas a punição aumenta para até 3 anos se o agente usar “a internet ou de outro meio que facilite a divulgação da notícia”.

Desafio

A circulação das notícias falsas, visando prejudicar candidatos adversários, influenciaram as eleições de 2016 nos Estados Unidos (EUA) e estudos feitos de BBC mostram que no Brasil a prática já é adotada desde 2010. Segundo uma reportagem do site de notícias, em 2014 uma empresa com base no Rio de Janeiro teria remunerado cerca de 40 funcionários para criar e alimentar perfis falsos nas redes sociais.

Apesar das investidas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em parceria com a Polícia Federal para reprimir as ações, um estudo recente realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) constatou que notícias falsas têm 70% mais chances de ser compartilhadas nas redes sociais, o que torna ainda mais difícil o trabalho das instituições.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de novo inquérito contra o presidente do Partido Progressista (PP), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-ministro Edinho Silva (PT), além dos executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

As acusações giram em torno do suposto recebimento de vantagens indevidas pelo PP para apoiar a reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014 e não agir contra a ex-presidente no processo de impeachment instaurado no Congresso Nacional.

##RECOMENDA##

O pedido de instauração de inquérito, feito em dezembro, é baseado na colaboração premiada feita pela JBS em maio, que, segundo a PGR, revelam o pagamento de vantagens ilícitas a Ciro Nogueira em duas situações.

Em uma delas, Edinho Silva, hoje prefeito de Araraquara (SP), é citado como encarregado pelo PT de tratar com a J&F dos pagamentos de propina durante a campanha eleitoral de 2014, para apoio da reeleição de Dilma. No caso do PP, o valor "pelo apoio" teria sido repassado a Ciro, estipulado inicialmente em R$ 20 milhões. "Contudo, ao final, a empresa acabou pagando R$ 42 milhões", cita a PGR.

Ricardo Saud, na delação, afirma que os representantes do partido sabiam que se tratava de propina do caixa do PT.

Na segunda situação relatada pelos delatores, Joesley afirmou que se encontrou com Ciro e pediu a ele que adiasse uma reunião partidária que provavelmente decidiria pelo desembarque do PP do Governo em 2016 - o que acabou acontecendo em abril, mas com atraso.

Para atender o pedido, o presidente do PP teria combinado receber de Joesley o valor de R$ 8 milhões, pago em março de 2017.

"As condutas noticiadas acima, dentro do contexto de pagamento de vantagens indevidas a membro do Congresso Nacional em razão de suas funções, em especial para não agir em relação ao processo de impeachment de Dilma Rousseff, apontam, pelo menos, para o crime de corrupção passiva qualificada, assim normativamente descrito", cita trecho do pedido feita pela PGR, que aponta também a possibilidade de cometimento de crime de lavagem de dinheiro.

Ciro Nogueira é investigado em cinco inquéritos no Supremo. Edinho Silva e Ciro foram procurados pela reportagem, que até o momento não recebeu resposta.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que, com o fim do financiamento de campanhas por empresas, a disputa municipal será marcada por recursos não contabilizados. "Não tenho nenhuma dúvida de que esta será a eleição do caixa dois", disse Ciro Nogueira, para quem haverá um aumento nas demandas da Justiça Eleitoral.

Para o senador, foi um "erro gravíssimo" acabar com o financiamento das empresas e que o Ministério Público ou mesmo as campanhas não terão condições de fiscalizar os candidatos em 5.570 municípios brasileiros. "Acabamos com o financiamento e não criamos um sistema público. Não tem como você usar o fundo partidário para bancar todas as campanhas", avaliou.

##RECOMENDA##

O PP foi o partido com o maior número de parlamentares envolvidos na Operação Lava Jato. Ainda assim, Ciro Nogueira disse que sempre se tentou criminalizar a doação de campanha no País, mas, em sua avaliação, o que deveria ser feito é reduzir a influência do caixa dois nas campanhas.

O tesoureiro do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE), concorda com a opinião de Ciro de que haverá um aumento nos casos de campanhas com recursos não contabilizados e tampouco se estruturou um financiamento público. Ele lembrou que, embora tenha havido um aumento nos recursos do fundo partidário - em 2015 essa verba subiu de R$ 289 milhões para R$ 868 milhões -, esse repasse nunca serviu para bancar tradicionalmente campanhas eleitorais.

"Não tem como fazer campanha que não seja franciscana agora", disse Eunício, para quem a decisão do Supremo Tribunal Federal de setembro do ano passado que declarou inconstitucional a doação de pessoas jurídicas a empresas e partidos vai privilegiar, ao contrário do que se pretendia, candidatos que podem bancar sozinho suas campanhas. "Os pobres como vão se financiar? Estamos igualando a eleição? Ao contrário, estamos desigualando", completou ele, para quem escândalos como o da Operação Lava Jato inibem a contribuição eleitoral de pessoas físicas.

O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), aposta numa campanha com menos recursos, uso de rede sociais para compensar a falta do financiamento de empresas. Ele disse que qualquer sinal de "explicitação de riqueza" terá de ter atenção do Ministério Público ou do candidato adversário. "Espero que os órgãos de fiscalização exerçam o seu papel para que haja lisura no processo eleitoral", disse.

O tesoureiro do PT, Márcio Macedo, disse que o fim da contribuição de empresas levará os partidos a buscarem campanhas mais "criativas". Ele destacou ainda que o PT, que tem previsto em seu Estatuto o dízimo dos seus filiados, terá melhores condições que outras legendas na disputa municipal. Para o secretário de Organização petista, Florisvaldo Souza, a Operação Lava Jato não levará à diminuição da participação popular nas campanhas. "Não vai. Ela vai inibir qualquer operação que se tente fazer com pessoas jurídicas", considerou.

De acordo com levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, entre repasses do Fundo Partidário e renúncias fiscais para bancar a propaganda no rádio e na TV, os mais de 30 partidos políticos brasileiros custaram aos cofres públicos cerca de R$ 9,4 bilhões nos últimos dez anos. Além da propaganda eleitoral e partidária na TV, esses recursos custearam aluguéis de sedes, viagens de dirigentes, compra de equipamentos e pagamento de pessoal de todas as legendas.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), informou nesta quarta-feira, 4, que o partido indicará o nome do ex-ministro Gilberto Occhi para ocupar a presidência da Caixa Econômica Federal, num futuro governo Temer, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada no processo de impeachment.

"Já batemos o martelo. Será o Occhi", afirmou Nogueira à reportagem. Funcionário de carreia da Caixa, Occhi ocupou o Ministério da Integração Nacional e o das Cidades no governo Dilma.

##RECOMENDA##

Além da presidência da Caixa, num eventual novo governo, o PP ficará com o comando dos ministérios da Saúde e da Agricultura. A decisão foi comunicada pelo vice-presidente Michel Temer em encontro realizado nesta terça-feira, 3, com Ciro Nogueira em Brasília.

Segundo o presidente do PP, os nomes para as duas pastas ainda não foram definidos. Inicialmente, foi cogitado para assumir a Saúde o nome do cirurgião paulista Raul Cutait. Integrantes da bancada do PP da Câmara defendem, porém, a indicação de um deputado do partido. "Ainda não foi definido. Posso levar um deputado para a Agricultura e um notável na Saúde ou vice-versa", disse Nogueira.

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), confirmou nesta quarta-feira, 4, que desistiu de indicar o cirurgião paulista Raul Cutait para o cargo de ministro da Saúde em um eventual governo Michel Temer. O dirigente garantiu que, mesmo sem o nome de Cutait, a indicação para o comando da Pasta continuará sendo do partido.

Como adiantou na noite dessa terça-feira o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Ciro desistiu de indicar Cutait, após pressão da bancada do PP na câmara. Deputados temiam não conseguir indicar seus aliados para os segundo, terceiro e quarto escalões do Ministério da Saúde, se Cutait se tornasse ministro. O médico tinha exigido que todas as nomeações para esses cargos passassem por ele.

##RECOMENDA##

"O Raul foi convidado por mim, é um grande amigo, vai continuar meu amigo. só que fez a exigência de ter total controle do ministério nas indicações, não ter nenhuma indicação do partido", afirmou o presidente do PP nesta quarta-feira ao Broadcast Político. "E hoje não tem como você construir nenhuma indicação partidária sem o partido participar das indicações", emendou.

Ciro Nogueira disse que já comunicou sua decisão ao cirurgião paulista. "Já agradeci e tudo, mas não vai ser ele o ministro", disse. O presidente do PP descartou que Temer venha a indicar Cutait como sua cota pessoal, mesmo sem o aval do PP. "Isso é impossível de acontecer. Eu te garanto que a indicação vai ser do Partido Progressista, e não vai ser o Cutait", afirmou.

A bancada do PP na Câmara tenta emplacar um deputado no cargo. O nome mais falado entre os parlamentares é o do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que é advogado e foi relator do Orçamento da União de 2016. A bancada chegou a ameaçar não dar votos para Temer na Casa, caso não pudesse indicar aliados para outros cargos no ministério da Saúde.

Ciro comunicou sua decisão a Temer em reunião ontem a noite, na Vice-Presidência. Em rápida entrevista na saída, o presidente do PP informou apenas que ainda não definiu quem o partido indicará para a Saúde e confirmou que a sigla deverá indicar representantes também para o comando da Agricultura e Caixa Econômica Federal.

O vice-presidente da República, Michel Temer, teve uma conversa secreta com o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), na sexta-feira passada, dia 8, em São Paulo.

Ao contrário do que costuma fazer quando está na capital paulista, Temer não recebeu Ciro em seu escritório. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo apurou, os dois estiveram juntos a convite de um amigo comum que pediu para não ser identificado.

##RECOMENDA##

O encontro entre Temer e Ciro ocorreu dois dias depois de o presidente do PP anunciar que seu partido decidiu permanecer na base do governo. Atualmente a legenda comanda o ministério da Integração Nacional.

Negação.

Por meio de mensagem de voz enviada à reportagem, Ciro Nogueira negou ter se encontrado com Temer. "Isso não tem a menor veracidade. Nem me lembro a última vez que estive com ele. Acho que era articulador político do governo", afirmou o senador.

A reportagem checou a informação com duas fontes que reafirmaram o encontro realizado em São Paulo.

Nos bastidores, porém, a conversa é outra. Ciro sinalizou que pode levar o partido a apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff se "fatos novos" surgirem até o fim da semana.

Pressão

O senador Ciro Nogueira tem sido pressionado pela bancada do PP. Até agora, apenas nove dos 48 deputados do partido afirmam que votarão contra o impeachment, segundo enquete do jornal O Estado de S. Paulo. Vinte e cinco dizem que preferem a saída de Dilma do cargo - há oito indecisos e cinco não quiseram responder. No fim de semana, nove dos 24 diretórios da sigla anunciaram que vão defender voto contra a presidente.

O advogado do senador Ciro Nogueira (PP-PI), Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, classificou de "desnecessária" a ação de busca e apreensão na casa do senador feita na manhã desta terça-feira, 14, em Brasília.

De acordo com Kakay, o senador tem colaborado com as investigações e já apresentou dados bancários, fiscais e telefônicos a investigadores. "Acho ruim que uma medida que era para ser exceção deixe de ser exceção nesses atos de investigação", disse Kakay.

##RECOMENDA##

A casa do senador, que é presidente do PP, foi alvo de busca e apreensão conduzida pela PF na manhã desta terça-feira no âmbito da Operação Politéia. Foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão em sete Estados.

As ações foram solicitadas pela Procuradoria Geral da República e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados são referentes a políticos que são alvo de inquéritos na Corte.

Partido com maior número de envolvidos na Operação Lava Jato, o PP decidiu na manhã desta terça-feira, 14, reconduzir o senador Ciro Nogueira (PI) à presidência nacional da legenda. Nogueira é um dos 30 progressistas investigados por suposto esquema de arrecadação de propinas oriundas de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras. Ao todo, são investigados três de seus cinco senadores (60%), 18 dos 40 deputados do partido (45%), oito ex-deputados e o vice-governador da Bahia, João Leão. O partido aprovou ainda o afastamento das funções partidárias de quem for condenado por participação no esquema.

"A resposta que tenho que dar é trabalhar. Estou confiante nas palavras do próprio procurador (procurador-geral da República, Rodrigo Janot) de que vai pagar quem for culpado, e do ministro Teori (Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal), de que quem é investigado não é culpado", afirmou Nogueira, que precisou aprovar uma alteração no estatuto do partido para permitir sua reeleição.

##RECOMENDA##

A recondução de Nogueira foi alvo de críticas de progressistas como Paulo Maluf (SP), que em entrevista ao Estadão em março disse que o presidente reeleito havia perdido "condições morais" para conduzir o partido.

Progressistas do Sul ensaiaram lançar a candidatura da senadora Ana Amélia (RS), que não tem envolvimento na Lava Jato, à presidência do partido, mas calcularam que teriam apenas cerca de dez votos. Para marcar posição, apresentaram moção pedindo o afastamento das funções partidárias de quem venha a ser denunciado por envolvimento no esquema de corrupção. Ao final, foi aprovada proposta do deputado Ricardo Barros (PR), que determina o afastamento apenas em caso de condenação.

"Estamos com nossa imagem sofrendo um enorme desgaste. Precisamos buscar juntos reconstruir essa imagem. Precisamos fazer a nossa parte, dar uma resposta à sociedade, àqueles que vão às ruas combater a corrupção e pedir ética na política", afirmou o presidente do PP-RS, Celso Bernardi, autor da primeira proposta, que foi descartada. "Esta proposta é, antes de tudo, um reforço para preservar o patrimônio da instituição partidária". O ex-deputado disse que o PP está envolvido em todos os últimos grandes esquemas de corrupção, citando Mensalão, Lava Jato e Zelotes. "O partido não pode ter compromisso com erros individuais, nem ser guardião com desvios de conduta e mal feitos", afirmou.

A proposta inicial contou com apoio do deputado Esperidião Amin (SC). "Nossos companheiros não são protagonistas neste caso. Nosso partido é vítima. Vítima de um mecanismo que alcançou nosso partido. Esconder isso é como imitar avestruz que esconde sua cabeça esperando que ninguém vai percebê-lo", afirmou. "Não estou querendo agradar. Estou querendo mostrar que há um caminho de dignidade mesmo na turbulência", afirmou Amin.

Investigado na Lava Jato, o deputado e ex-ministro Aguinaldo Ribeiro (PB) foi contrário à proposta. "Se um deputado não serve para exercer cargo no partido, também não serve para estar no Congresso Nacional representando o povo", afirmou. "Não vamos fazer proselitismo político para fazer injustiça com quem quer que seja", disse.

O envolvimento do PP com o esquema de corrupção dominou os discursos durante a manhã. "Talvez estejamos atravessando o momento mais difícil do nosso partido", afirmou o deputado investigado Eduardo da Fonte (PE), líder da bancada do partido na Câmara. Famoso ao dizer que estava "cagando e andando na cabeça desses cornos" ao repercutir a inclusão de seu nome na lista de investigados, o vice-governador da Bahia, João Leão, disse confiar em seus pares. "Não vamos querer esconder absolutamente nada. Temos certeza que a maioria absoluta deste partido olha as pessoas no olho e diz 'eu sou progressista, eu sou do Partido Progressista'. Tenho confiança em todos os senhores", afirmou.

Alguns progressistas declararam apoio a Ciro Nogueira. "Esta crise paira não só sobre nosso partido. Essa crise é nacional", afirmou o deputado Waldir Maranhão (MA), 1º Vice-Presidente da Câmara dos Deputados. Segundo Maranhão, apesar dos "desencontros e desencantos", "mais do que juntos, estamos unidos". "Reintegra-se o meu integral apoio à sua presidência", disse Francisco Dornelles, presidente do PP-RJ que comandava o partido em 2010, ano em que, segundo as delações premiadas, foram recebidas doações ilegais.

Propostas

Durante a reunião, os progressistas também aprovaram a defesa de temas como redução da maioridade penal, redução carga tributária, fim das coligações proporcionais, aumento da pena para crimes de corrupção, garantia do direito dos trabalhadores, medidas para volta do crescimento econômico, pacto federativo e fim de reeleição para cargos do Executivo.

O ex-ministro Mário Negromonte e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) eram os responsáveis por fazer a distribuição interna no Partido Progressista (PP) dos valores oriundos de propina no esquema de corrupção que envolvia os contratos da Petrobras, segundo depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. De acordo com o delator, quem recebia os valores inicialmente era o ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010. Depois, Negromonte assumiu a função e, por último, Ciro Nogueira - atual presidente do partido. Os depoimentos do ex-diretor da Petrobras tiveram a quebra de sigilo determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda de acordo com Costa, a operacionalização dos repasses era feita, inicialmente, pelo doleiro Alberto Youssef. Quando Ciro Nogueira assumiu a liderança do partido, contudo, os parlamentares do PP reclamaram de atrasos nos repasses dos valores feitos por Youssef e disseram que não havia mais confiança no doleiro. A função de Youssef, a partir daí, passou a ser feita por Henry Hoyer.

##RECOMENDA##

Quando o atual deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) assumiu uma cadeira no Ministério das Cidades, segundo Costa, os repasses ao PP se mantiveram "constantes". Segundo o ex-diretor da Petrobras, provavelmente os nomes que compunham "a facção dominante do partido" recebiam mais recursos do que os demais parlamentares do PP envolvidos.

Nacionalmente à frente do Partido Progressista (PP), o senador pelo Estado do Piauí, Ciro Nogueira, é um dos nomes listados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigação na Operação Lava Jato da Petrobras. Supostamente envolvido no esquema, o político que é um dos 32 nomes da sigla apontados pela justiça analisou a situação como calúnia.

Por meio de rede social, Nogueira agradeceu possíveis apoios recebidos e chegou a comentar em renúncia de cargo. “Venho agradecer a todas as pessoas que acreditaram em mim diante de tantas calúnias divulgadas nos dias que antecederam a publicação da lista da operação lava jato. Contestei com veemência as acusações a meu respeito feitas por um réu confesso, e disse que até renunciaria ao meu mandato porque tratavam-se de afirmações absurdas e sem fundamento”, opinou.

##RECOMENDA##

O parlamentar chegou a criticar a imprensa e em especial a Revista Época que na sua visão “não teve o cuidado de apurar devidamente os fatos e distorceu o assunto”, acrescentando ter ciência apenas “da doação de campanha de 2010, e quanto a isso posso assegurar que não compactuo com qualquer ilegalidade”.

Por fim, Ciro Nogueira ainda defende o ex-líder do PP e demonstra confiança nas apurações da justiça. “Também quero dizer que acredito na ética com a qual o senador Francisco Dornelles, que presidia o PP, conduziu a captação de doações de campanha. Dornelles sempre demonstrou seriedade e respeito ao bem público. Por último, confio no trabalho da justiça para que a verdade prevaleça”, protegeu. 

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou na terça-feira, 3, pelo Twitter, que renunciará ao cargo, caso surja ‘qualquer prova objetiva’ que manche sua atitude como homem público. Durante as investigações da Operação Lava Jato, o nome do parlamentar foi ligado ao do doleiro Alberto Youssef e ao do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, ambos delatores do esquema de corrupção e propina na Petrobrás.

"Assumo mais uma vez este compromisso porque tenho consciência plena de meus atos e sei que as acusações não tem nenhuma base na realidade", disse o senador no Twitter. "Desde o início, agora e até o final desta circunstância política, mantive, mantenho e manterei uma única posição: jamais tive qualquer relação imprópria com qualquer dos acusados da operação Lava Jato."

##RECOMENDA##

Nogueira é presidente nacional do PP. O partido, com PT e PMDB são suspeitos de lotear diretorias da Petrobrás para arrecadar entre 1% e 3% de propina em grandes contratos, mediante fraudes em licitações e conluio de agentes públicos com empreiteiras organizadas em cartel. O esquema instalado na estatal foi desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato.

Em setembro de 2014, ele havia dado declaração semelhante. Na ocasião, ele também disse que renunciaria caso ficasse comprovada qualquer vinculação entre ele e Youssef.

O doleiro pagou passagens de assessores de Nogueira e do senador Cícero Lucena (PSDB-PB) de Brasília a São Paulo. Os assessores Mauro Conde Soares, que trabalhava com Ciro Nogueira desde o início de seu mandato, e Luiz Paulo Gonçalves de Oliveira, que assessora Lucena há oito anos, saíram de Brasília no dia 4 de janeiro de 2012, desembarcaram em Congonhas e retornaram a Brasília na mesma data. O boleto foi faturado pela Arbor Contábil, empresa da contadora do doleiro, Meire Poza.

Nogueira e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) participaram de uma reunião com Paulo Roberto Costa, em 2013, em que o deputado federal Simão Sessim (PP-RJ) pediu a "valiosa ajuda" do ex-diretor da Petrobrás para indicar uma locadora de veículos de um amigo para "grandes empresas". Em e-mail encontrado nos computadores da Costa Global, empresa aberta pelo ex-diretor da estatal e alvo central da Operação Lava Jato, o deputado Sessim cita o encontro com os demais parlamentares.

"Caro amigo Dr. Paulo Roberto. Por ocasião da visita que lhe fiz em seu escritório acompanhado do Deputado Dudu da Fonte e do Senador Ciro Nogueira, cometi a ousadia de pedir sua valiosa ajuda para a Empresa NIL Locações Ltda., que pertence a um grande amigo", informa o parlamentar em e-mail para Costa datado de 7 de abril de 2013.

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), considerou nesta quarta-feira, 27, que a eleição presidencial será "duríssima". A avaliação foi feita um dia depois da divulgação da mais recente pesquisa Ibope, que mostrou a candidata Marina Silva (PSB) vencendo no segundo turno, numa provável disputa com a presidente Dilma Rousseff (PT).

"Vai ser duríssima essa eleição. Não tem como negar. (O trabalho da campanha) Será muito em cima da rejeição da presidente. A presidente tem que reduzir esse índice de rejeição", falou o dirigente em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Segundo o Ibope, Dilma tem 36% de rejeição, o dobro de Aécio Neves (PSDB). Marina tem 10%.

##RECOMENDA##

Ciro Nogueira participa na noite de hoje de uma reunião de coordenação no Palácio do Alvorada, quando a cúpula da campanha discutirá o cenário atual. Apesar de avaliar que a eleição ficou mais difícil, o presidente do PP ressalta que ainda há indefinição no cenário. O maior prejudicado até o momento, na visão do dirigente, é Aécio Neves.

"Tem muito tempo ainda. Ela (Marina Silva) vai virar foco e as pessoas vão passar a conhecê-la mais. Até aqui, ela era candidata da zona sul, da garotada. Agora vamos ver como ela vai se postar quando tiver que demonstrar como vai gerir o País", afirmou.

O dirigente também considerou que a saída de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no início do mês, permite uma maior consolidação de votos pró-Dilma no Nordeste.

"Vai facilitar, porque ela (Marina Silva) é totalmente desconhecida lá (no Nordeste). Não tem força lá", ressaltou.

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, confirmou nesta segunda-feira (30) ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que foi comunicado que o diretório estadual da legenda apoiará a candidatura de Paulo Skaf (PMDB) ao governo paulista. Segundo Nogueira, foi o próprio presidente estadual do partido, deputado Paulo Maluf, quem avisou sobre a mudança.

O presidente não soube dizer, porém, qual será o posto ocupado pelo PP na chapa peemedebista. "Não conversamos sobre isso, até porque eu sou contra (aliança com o PMDB)", disse Nogueira.

##RECOMENDA##

O apoio do PP paulista a Skaf é uma reviravolta na relação entre a legenda e o candidato Alexandre Padilha (PT). O presidente estadual da legenda, deputado Paulo Maluf, chegou a declarar publicamente o apoio a Padilha em um encontro entre dirigentes das duas siglas, no dia 30 de maio.

Na ocasião, Maluf chegou a dizer que repetiria com Padilha a foto da campanha de 2012, com o então candidato à prefeitura, Fernando Haddad, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No mesmo evento, Padilha disse que a relação do PP com o PT em São Paulo era sólida.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), manifestou "surpresa" com a revelação de que o doleiro Alberto Yousseff intermediou doações ao partido. Ele ressaltou que não comandava a legenda na época das doações, mas afirmou que o PP está à disposição para prestar quaisquer informações que forem requeridas pelos órgãos que investigam o caso.

"É uma surpresa. É uma figura que eu não conheço. O que posso dizer é que o partido está disposto a prestar todo o auxílio a todas as instituições que tratam do caso. Não vou fazer prejulgamentos", disse o senador. "Temos interesse em esclarecer tudo porque isso pode prejudicar a imagem do partido. Caso tenha ocorrido algum desvio, isso tem de ser apurado", complementou.

##RECOMENDA##

Presidente do PP da Bahia, o deputado Mário Negromonte negou que tenha havido atuação de Yousseff na captação de recursos para o partido "Não existe intermediação através do Alberto Yousseff. A intermediação foi com a empresa. Sou pernambucano e conheço muita gente da Queiroz Galvão", afirmou.

O deputado Nelson Meurer (PP-PR) afirmou que a doação foi recebida após um pedido feito por ele ao diretório nacional do partido. "Eu fiz a solicitação ao partido. Até me ligaram para dizer que a Queiroz Galvão só faria a doação de forma legal e eu respondi dizendo que era justamente o que eu queria. Foi tudo pelo partido", disse o deputado ao jornal O Estado de S.Paulo.

O presidente em exercício do PMDB, Valdir Raupp (RO), não retornou as ligações, assim como o senador Francisco Dornelles (RJ), presidente do PP em 2010. Os deputados Aline Corrêa, Roberto Teixeira e Roberto Brito não foram localizados. Pedro Henry e Pedro Corrêa estão presos. Seus advogados foram procurados, mas não foram localizados.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando