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Ministros das Relações Exteriores árabes exigiram neste domingo (10) que os Estados Unidos revertam a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Para eles, a decisão é "grave" e gera o entendimento de que Washington violou o direito internacional.

Os ministros também pediram ao Conselho de Segurança da ONU que condenasse a decisão de Trump. Se os Estados Unidos vetarem essa resolução, os árabes buscarão uma solução semelhante na Assembleia Geral da ONU, disse o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad Al-Maliki, em uma coletiva de imprensa no Cairo.

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A resolução de duas páginas, formulada durante a reunião de emergência que começou no sábado, não incluiu ações punitivas contra os Estados Unidos, como pedir um boicote a produtos americanos ou suspender laços com Washington.

"Tomamos uma decisão política que não pretende refletir (o que está acontecendo nas ruas). O trabalho político é um trabalho responsável", disse o chefe da Liga Árabe, Ahmed Aboul-Gheit.

Os ministros devem se encontrar novamente dentro de um mês e mantiveram a possibilidade de uma cúpula árabe de emergência ser realizada na Jordânia, para discutir sobre Jerusalém.

Israel laçou ataques aéreos na manhã deste sábado em posições do Hamas, em resposta ao ataque a mísseis feita da Faixa de Gaza, em meio ao acirramento das tensões entre palestinos e forças israelenses após a Casa Branca alterar seu entendimento sobre Jerusalém.

Os ataques tiveram como alvo dois locais de produção de armas, um depósito de armamentos e um complexo militar, afirmou o exército israelense. Um palestino morreu e outros 15 ficaram feridos, dizem autoridades em Gaza, conforme a agência estatal de notícias da Autoridade Palestina.

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Israel disse que o ataque aconteceu em resposta a mísseis lançados contra comunidades israelenses próximas à Faixa de Gaza. Um dos projéteis teria explodido na cidade israelense de Sderot na sexta-feira à noite, danificando diversos veículos, relatou a mídia israelense.

O movimento árabe que controla a Faixa de Gaza, o Hamas, não reivindicou a autoria dos ataques a míssil contra Israel. Um pequeno número de grupos jihadistas em Gaza se declarou responsável pelos mísseis.

Os conflitos são decorrentes da decisão do presidente norte-americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, no início da semana. Fonte: Dow Jones Newswires.

Nas últimas décadas a Amazônia vem se destacando não somente pelo desmatamento, mas também pelo número de conflitos rurais registrados. Tendo como objetivo dar visibilidade aos conflitos rurais da região foi lançado na última sexta-feira (24), no auditório Fabrício Ramos Couto (CEAF), o livro “Atlas de Conflitos na Amazônia”, desenvolvido e produzido pelo Núcleo de Questões Agrárias e Fundiárias (NAF) e Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O Atlas faz um mapeamento dos conflitos em toda a região amazônica, trazendo informações relevantes para que a Promotorias de Justiça Agrária possa atuar. O livro também faz um levantamento de número de famílias que estão envolvidas nos conflitos, identidades das comunidades afetadas e os municípios onde eles estão localizados, entre outras informações. “O Atlas foi desenvolvido para dar evidência aos conflitos que existem na Amazônia. Não apenas aos conflitos que aconteceram durante este ano, mas aos conflitos que estão ativos há muitos anos e não foram solucionados”, explicou o coordenador regional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Gilson Rego.

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O coordenador disse que o Atlas trabalha com informações e dados baseados nos registros de todas as Comissões Pastorais da Terra que se encontram presentes em toda a Amazônia Legal. “A gente não trabalhou com marco temporal de data para os conflitos. Os únicos dados que são temporais são os assassinatos de 2015, 2016 e 2017”, explicou.

O Atlas é mais um meio de trocar informações com Ministério Público, que apoia o projeto e realiza frequentemente encontros com os movimentos sociais de diversas regiões para conhecimento sobre os conflitos existentes. Durante o evento foi realizada uma apresentação lúdica em homenagem às vitimas de conflitos rurais.

A Comissão Pastoral da Terra tem como objetivo realizar lançamentos em todos os Estados da Amazônia Legal, e em breve vai disponibilizar o Atlas em versão digital.

Por Ariela Motizuki.

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Nesta semana, o programa Globalizando fala sobre a crise da Catalunha, região autônoma que luta pela independência da Espanha. E tem como convidado o professor Diego Pereira Santos, graduado e licenciado em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA), mestre em História Social da Amazônia também pela UFPA e doutorando na Universitat de Barcelona. Atualmente, é professor e coordenador do curso de História da Universidade da Amazônia (Unama).

Acompanhe esse e outros temas no programa Globalizando, na Rádio Unama FM 105.5, produzido pelos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia (Unama). Clique no ícone abaixo para ouvir o Globalizando.

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Cercados na cidade de Raqqa, norte da Síria, os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) obrigam os civis a segui-los para servirem de escudo humano.

Famílias inteiras se encontram apinhadas nos apartamentos onde os membros do EI se entrincheiraram. E, quando os combatentes saem para pegar água, os civis devem acompanhá-los para protegê-los.

Diante da ofensiva da aliança curdo-árabe das Forças Democráticas Sírias (FDS), os "jihadistas" estão encurralados em seus últimos redutos em Raqqa, visados diariamente pelos ataques aéreos da coalizão internacional liderada por Washington.

Em duas ocasiões, Oum Alaa e sua família foram forçados a acompanhar os extremistas, conta esta mãe enlutada, algumas horas após fugir a pé de Raqqa.

"Várias semanas atrás, um combatente iraquiano (do EI) entrou em nossa casa e nos disse que estávamos em uma zona militar", lembra, sentada em frente a uma mesquita de Hawi al-Hawa, na periferia ocidental de Raqqa. Com seu marido, filho e neto de dois anos, Oum Alaa foi deslocada para um prédio vizinho. A família foi impedida de deixar o local, apesar das súplicas.

Três dias depois, todos foram levados para um prédio no distrito devastado de Al-Badou, onde há outras famílias. "Fomos usados como escudo humano. Nos prenderam para se protegerem", relata seu marido, Abu Alaa.

Como todos os civis entrevistados pela AFP, ele não quis dar seu sobrenome, temendo represálias contra parentes ainda presos pelos extremistas.

'Nunca mais voltou'

Enquanto as FDS recuperavam gradualmente 90% de Raqqa, graças aos bombardeios da coalizão, dezenas de milhares de civis conseguiram fugir dos combates. Em seus últimos esconderijos, os extremistas se mantêm entrincheirados em prédios residenciais onde ainda há civis, afirma Mohannad.

"Eles tentaram se instalar no porão, ou no primeiro andar, dos nossos edifícios para se protegerem dos ataques aéreos", conta esta mãe, que conseguiu fugir de Al-Badu com seus quatro filhos.

À medida que os combatentes do EI se mudavam para casas abandonadas, Mohannad estendia roupas na varanda dos apartamentos vazios em seu prédio para que os "jihadistas" acreditassem que ainda havia pessoas. Mas ela e seus filhos foram forçados pelos extremistas a se mudarem quatro vezes. E quando chegaram no bairro de Al-Badu não havia nada para comer.

Quando os civis são autorizados a buscar água, são mantidos por longas horas no poço, lembra Oum Mohammad. "Os combatentes pegam água primeiro, e os civis precisam esperar sua vez por horas para protegê-los contra ataques aéreos", diz ela. Seu filho mais velho, Mohammed, de 19 anos, deixou a casa ao amanhecer e por vezes de ausentava por seis horas para obter água.

"Poucos dias atrás, ele saiu e nunca mais voltou. Soubemos que houve um ataque aéreo, e eu não encontrei nem mesmo suas sandálias", lamenta Oum Mohammad.

'Atrasar as operações'

Na terça-feira passada (3), um ataque da coalizão matou 18 civis que estavam recolhendo água em Raqqa, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

No final de setembro, a coalizão internacional antiextremista reconheceu a morte de 735 civis em suas incursões na Síria e no Iraque desde 2014. Mas, de acordo com o OSDH, centenas de pessoas foram mortas apenas em Raqqa desde junho.

Oum Alaa perdeu seu filho em um ataque aéreo. O farmacêutico morreu enquanto ajudava civis feridos. "Para matar um único combatentes do EI, dez civis são mortos", lamenta, com a voz trêmula. Muitos civis podem estar sendo mantidos como reféns do EI, principalmente em um hospital do centro de Raqqa, de acordo com o porta-voz da coalizão, o coronel americano Ryan Dillon.

"A coalizão é extremamente cuidadosa em seus preparativos e em suas operações para garantir que nenhum dano seja infligido a civis inocentes", disse ele à AFP.

Mas essas precauções "não são suficientes", lamenta a diretora do programa da Human Rights Watch sobre Terrorismo e Contraterrorismo, Nadim Houry.

"Os civis poderiam ser salvos. Isso poderia significar atrasar as operações, avançar mais devagar, tomar mais precauções, talvez não usar uma bomba maciça contra um atirador", ressalta.

Pelo menos 3.000 pessoas, entre elas 955 civis, morreram no conflito da Síria em setembro, o mês mais letal de 2017 - anunciou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) neste domingo (1º).

"Mais de 70% das vítimas civis morreram em ataques aéreos do regime, ou da Rússia, ou nos bombardeios da coalizão internacional" liderada pelos Estados Unidos, disse à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Seis torcedores do Esporte Clube Bahia foram indiciados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por tentativa de homicídio. César Bloise Barbosa, Daniel Cruz Alves Júnior, Danilo Barbosa Souza, Edílson da Silva Venâncio, Thiago Rabelo Oliveira e Diego Santos Novaes são membros da torcida organizada Bamor e suspeitos de atirar em ônibus com torcedores do Vitória; uma pessoa ficou ferida.

O ataque aconteceu horas antes do jogo entre Fluminense e Vitória, no último domingo (10), no Barradão, em Salvador. Um homem, que estava usando a camiseta Torcida Uniformizada Imbatíveis (TUI), foi baleado no braço. Após o atentado, policiais militares do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (Bepe) foram acionados e, ao chegarem ao local, obtiveram relatos de que a agressão teria partido de membros do Bamor.

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Após denúncia, policiais seguiram para a sede da torcida, no bairro dos Barris, onde encontraram os suspeitos. No imóvel, ainda apreenderam um revólver calibre 38, que teria sido usado para efetuar os disparos. Os acusados e o presidente da Bamor, Luciano da Silva Venâncio, foram levados para audiencia de custódia na segunda-feira (11). O presidente foi ouvido e liberado ainda ontem.

Os seis torcedores, o projétil retirado do braço da vítima e a arma foram encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para realizar perícia, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). De acordo com a delegada responsável, Patrícia Brito, o objetivo é esclarecer quem foi o autor dos disparos, e confirmar se a arma apreendida foi usada na ação. A delegacia aguarda a conclusão dos laudos.

Em visita a Colômbia, o papa Francisco levou emoção e muitos fiéis às ruas. Neste seu terceiro e último dia de viagem, neste sábado (09), o pontífice encontrou vítimas do conflito armado no país na Nunciatura de Bogotá.

Durante o momento, regado a muitas lágrimas de emoção, o Papa declarou: "Há muitos que não ainda não conseguem perdoar, mas hoje recebemos uma lição de teologia. Deus perdoa, apenas deixe o fazer".

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Confira todos os detalhes deste encontro no vídeo a seguir:

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O Papa Francisco exigiu nesta sexta-feira "verdade" e "justiça" para as milhões de vítimas do longo e sangrento conflito colombiano.

"Resulta indispensável também assumir a verdade (...). A verdade é uma companheira inseparável da justiça e da misericórdia. Juntas são essenciais para se construir a paz", disse o Papa em um emotivo encontro com vítimas e algozes arrependidos na cidade de Villavicencio.

O conflito na Colômbia deixou cerca de 7,5 milhões de mortos, feridos e deslocados, e envolveu guerrilheiros, paramilitares, agentes do estado e narcotraficantes.

Francisco liderou em um parque de Villavicencio um colorido e emotivo ato que reuniu milhares de pessoas.

Sobre um enorme palco, o Papa visivelmente emocionado ouviu testemunhos de vítimas e combatentes sob a imagem do Cristo de Bojayá, mutilada durante o massacre de 79 civis que protegiam uma igreja de combates entre as Farc e paramilitares.

Entre as vítimas ouvidas por Francisco estava Pastora Mira García, que perdeu o marido e seus dois filhos em diferentes fatos de violência.

"Agora coloco esta dor e o sofrimento das milhares de vítimas da Colômbia aos pés do Jesus Crucificado, para que (...) seja transformado em benção e em capacidade de perdão para romper o ciclo de violência das últimas cinco décadas", disse o Papa à Pastora.

Francisco também ouviu os testemunhos de Juan Carlos Murcia, que em seus 12 anos nas Farc perdeu a mão esquerda ao manipular explosivos, e de Deisy Sánchez, recrutada pelas Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), o principal grupo paramilitar do país, dissolvido em 2006.

A questão da verdade e da justiça é uma das mais espinhosas do pós-conflito. O acordo com as Farc prevê que os responsáveis por crimes atrozes, incluindo agentes do Estado, evitem a prisão mediante a confissão de seus crimes, reparação das vítimas e promessa de nunca mais praticar a violência.

O pacto é rejeitado por amplos setores, que o consideram indulgente com os rebeldes comunista.

A escalada de tensões entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos começa a expor diferenças na condução da resolução do conflito. Declarações de dirigentes e representantes de países mostram um posicionamento pro-diplomacia e outro mais severo com mais pressões e sanções.

Entre os que defendem a pressão, os aliados Coreia do Sul, Estados Unidos e o Japão. Perante a Organização das Nações Unidas (ONU), a representante dos EUA, embaixadora Nikki Haley, pediu novas sanções e disse que a paciência dos Estados Unidos não é “ilimitada”, ao mencionar que o país não descarta uma ameaça militar.

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Hoje (5), o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, disse que o mundo está diante de uma grande ameaça, e que se a Coreia do Norte prevalecer, outros países também vão começar a adquirir armas nucleares.

“Não podemos deixar que se crie um precedente. Por isso, precisamos urgentemente aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte, para tentar negociar depois a fim de desarmar o país”, disse em Berlim, Alemanha.

Até agora, a pressão do Conselho de Segurança das Nações Unidas não fez com que o líder norte-coreano Kim Jong Un retrocedesse. Ao contrário, este ano ele realizou 14 testes de lançamento de mísseis balísticos e há uma semana um deles invadiu o espaço aéreo do Japão antes de cair no mar.

E com a suposta bomba de hidrogênio testada no domingo (3), a Coréia do Norte teria experimentado pela sexta vez uma bomba nuclear, em 11 anos.

Mais ameaças

Com o pedido de mais sanções na ONU, o governo norte-coreano voltou a fazer ameaças. Hoje, o embaixador do país na representação das Nações Unidas em Genebra, Han Tae Song, disse que o teste com a suposta bomba de hidrogênio no domingo foi bem sucedido, mas “foi só uma amostra”.

“As medidas recentes do meu país são um pacote de presente endereçado aos Estados Unidos por causa das provocações imprudentes e tentativas inúteis de exercer pressão sobre a Coreia do Norte”, afirmou Han Tae durante um encontro sobre desarmamento.

O chanceler da França, Jean-Yves Le Drian, disse, em Paris, que os países integrantes do Conselho de Segurança acreditam que a Coreia do Norte ainda não consiga lançar um míssil que alcance a Europa e os Estados Unidos. “Mas eles já podem atingir os vizinhos, o Japão, a China...”, afirmou.

Ele disse, entretanto, que a Coreia do Norte poderia conseguir lançar uma bomba nuclear para atingir a Europa em poucos meses. O ministro frisou que, embora a França tenha votado a favor das sanções contra a Coreia do Norte há um mês, é preciso encontrar um caminho para as negociações.

Já o presidente da Rússia Vladmir Putin também afirmou, em um artigo publicado no site do Kremilin, que pressionar “Pyongang é um erro!”. Ele defendeu o diálogo para a resolução do conflito.

Assim, a Rússia se aproxima do posicionamento da China, que reiteradas vezes defendeu a negociação pela via diplomática como a única via possível para a resolver o problema.

O porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse que para solucionar o conflito “a força militar nunca é uma opção e que as sanções por si só não oferecem uma saída”.

Ele afirmou que a China defende que sejam retomadas as negociações e espera que todas as partes evitem uma escalada da tensão.

Pior que Irã

O alerta sobre a real ameaça representada pela Coreia do Norte foi lançada segunda-feira (4) pelo diretor da Agência Internacional de Energia Atômica Nuclear, Yokiya Amano.

Ele afirmou que o país representa uma ameaça global e disse que a Coreia se comporta de maneira diferente e mais “difícil” que o Irã, por exemplo.

“A situação na Coreia do Norte é muito pior [do que no Irã]...Nós pensamos que esta é uma ameaça global. No passado, muitas pessoas acreditavam que essa era uma ameaça regional no noroeste do Pacífico ou nordeste da Ásia, mas é claro que agora é uma ameaça global”, disse o diretor da agência. Amano comparou os dois países e argumentou porque o problema da Coreia é pior.

“Eles se retiraram do Tratado de Não Proliferação de armas nucleares, expulsaram todos os inspetores da agência do país, estão desenvolvendo armas nucleares, mantêm testes de lançamento de mísseis e ameaçaram países”, explicou.

A seguir, ponderou que o país fez tudo isso apesar da existência de resoluções do Conselho de Segurança.  “Tudo o que estão fazendo é contra as regras. Isso deve ser corrigido, mas sem mudar a abordagem, talvez seja difícil”, finalizou.

A parceria entre Polícia Federal e Ministério Público Federal na Operação Lava Jato, em Curitiba, entrou no seu momento mais crítico. O esvaziamento da equipe policial que iniciou as apurações do caso de corrupção na Petrobras e os desentendimentos sobre acordos de delação premiada afastaram os dois principais polos do grupo de investigação, que reúne PF, MPF e Receita Federal.

Desde o início do ano, reuniões entre delegados e procuradores para discutir a investigação, que eram feitas com frequência - ora semanais, ora quinzenais -, não ocorrem mais. O fim do grupo de trabalho da Lava Jato na PF, anunciado em julho, e a chegada de um novo delegado para coordenar os trabalhos também agravaram os desentendimentos de policiais com a Procuradoria. Para representantes do MPF, o problema piorou com a redução do número de delegados dedicados à operação (de nove para quatro).

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A origem do desentendimento, no entanto, está na queda de braço entre as duas corporações sobre quem tem competência para firmar acordos de delação. Esta disputa colocou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no alvo da PF, que foi excluída das negociações com a Odebrecht por ordem de Janot. A empreiteira firmou a maior delação da Lava Jato - 78 colaboradores.

Opositores ao acordo com a Odebrecht, delegados da PF afirmaram que as provas encontradas no Setor de Operações Estruturadas - o "departamento da propina" da empresa - eram suficientes para se chegar aos crimes praticados pelos executivos da empreiteira.

O procurador-geral da República é autor de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal que busca impedir que a polícia faça acordos de delação sozinha com investigados.

"Infelizmente, o atual PGR passou a adotar uma postura de tentar reduzir a capacidade da polícia, que detém o poder de investigação assegurado pela Constituição, para se autoafirmar como ‘investigador’", afirma o delegado Márcio Adriano Anselmo, que iniciou as investigações da Lava Jato em Curitiba, em 2013.

‘Instrumento’

Ao tratar do assunto, o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, é incisivo: "A colaboração premiada é um instrumento de investigação. E, sendo um instrumento de investigação, é para ser aplicado pela Polícia Federal", diz, durante evento na Escola de Direito da FMU, em São Paulo, na sexta-feira.

O Supremo se prepara para pôr em pauta a Ação Direta de Inconstitucionalidade 5508, na qual o procurador-geral da República questiona dispositivos da Lei 12.850/2013, que atribui a delegados de polícia o poder de realizar acordos de delação. Na quarta-feira, o ministro Marco Aurélio Mello, relator da ADI na Corte, pediu informações a Daiello sobre o procedimento adotado na PF para formalização de acordos de colaboração.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti, afirma que o Ministério Público não "está fazendo nenhum ataque à polícia. Essa é uma falsa polêmica." diz Robalinho.

Em nota, a Procuradoria Geral da República informou que "conforme a Constituição, o Ministério Público é o titular da persecução criminal". "A Polícia não pode negociar acordos de colaboração premiada porque não é nem pode ser parte em ação penal." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Neste sábado (29) e domingo (30), o Teatro Hermilo Borba Filho recebe a última apresentação do espetáculo 'Luzir é Negro'. O trabalho que traz o Marconi Bispo como autor, conta os dilemas do racismo e como o preconceito afeta a vida social. A peça tem como diretor Rodrigo Dourado e o espetáculo faz parte do projeto 'Teatro de Fronteiras'. 

O espetáculo apresenta elemento simbólico, como as memórias familiares de Marconi; as memórias da sua trajetória no teatro; suas memórias como filho-de-santo/praticante do candomblé, as memórias cravadas em textos teatrais sobre o negro e o debate público sobre as questões raciais contemporâneas. 

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O trabalho traz um resultado de dramaturgia que transita entre passado e presente muito recente, público e privado, ficção e realidade. 

Serviço

Luzir é Negro!

Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife)

Sextas e Sábados às 19h30

Domingos às 17h

R$ 30,00 (Inteira) / R$ 20,00 (Lote Promocional) / R$ 15,00 (Meia-Entrada)

(81) 3355-3320 / (81) 3355-3321

Os corpos dos dez agricultores mortos na última quarta-feira (24) em confronto com a polícia na Fazenda Santa Lúcia, em Pau D´Arco, no sudeste do Pará, foram velados no ginásio da escola municipal Otávio Batista Arantes, em Redenção, na manhã desta sexta-feira (26). Oito vítimas foram enterradas no cemitério municipal Parque da Paz, naquela cidade. Os corpos de outras duas pessoas seguiram para a cidade de Pau D´Arco, onde serão enterrados. O enterro teve a presença de representantes dos Direitos Humanos.

O promotor de Justiça de Redenção, Erick Fernandes, esteve na fazenda Santa Lúcia, juntamente com os procuradores da República Deborah Duprat e Igor Spindola. Representantes de movimentos sociais e da Comissão Nacional dos Direitos Humanos também estiveram no local. O objetivo da visita foi acompanhar o trabalho de peritos que buscavam cápsulas de bala, marcas de sangue e outras informações que podem contribuir para a elaboração do inquérito policial.

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Antes da visita, o Ministério Publico do Pará (MPPA) reuniu familiares das dez pessoas mortas na operação policial. O encontro foi iniciado na Promotoria de Justiça de Redenção e foi concluído na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no município. Os promotores de Justiça Jane Cleide Silva e Alfredo Amorim, que são lotados em outros municípios mas estão reforçando a atuação da instituição neste caso, também participaram da reunião.

As famílias pediram rigor nas investigações. Foram identificadas as seguintes vítimas: Hércules Santos Oliveira, Ronaldo Pereira de Souza, Antônio Pereira Milhomem, Bruno Henrique Pereira Gomes, Regivaldo Pereira da Silva, Wedson Pereira da Silva, Nelson Souza Milhomem, Clebson Pereira Milhomem, Oseir Rodrigues da Silva, Jane Julia de Oliveira. O MPPA vai aguardar o resultado da perícia para instruir os devidos procedimentos. 

As mortes dos agricultores ocorreram nesta quarta-feira (24) durante uma operação da polícia militar que cumpriam 16 mandados de busca e apreensão na fazenda Santa Lúcia, distante 50 km de Redenção, sudeste paraense. Dez pessoas morreram na operação. Não houve policiais feridos.

Equipes da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará também estiveram na área da fazenda Santa Lúcia. O objetivo é garantir maior imparcialidade e rigor nas investigações. “A Polícia Militar, a Polícia Civil e o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves estão aqui para garantir a lisura e a imparcialidade nas investigações. Tanto quanto a sociedade, o sistema de segurança do Pará deseja que este caso seja resolvido com absoluta transparência”, afirmou o coronel Leão Braga, segundo a Agência Pará.

A operação buscava cumprir 14 mandados judiciais, mas com a resistência e reação do grupo, segundo relatos policiais, dez pessoas acabaram mortas durante o tiroteio. Antes da diligência até a área da fazenda, os responsáveis pela operação se reuniram com o subcomandante da Polícia Militar, coronel Leão Braga; o delegado da Divisão de Operações Especiais, Aurélio Paiva; dois peritos do CPC Renato Chaves; e três agentes de inteligência do Comando de Missões Especiais. Pouco depois, o grupo também se reuniu com o procurador geral do Ministério Público do Estado (MPE), Gilberto Valente, que foi até Redenção e já anunciou que vai determinar a abertura de inquérito para apurar se houve excessos na operação, que também é objeto de inquéritos da própria PM e da Polícia Civil.

A incursão preliminar dos peritos revelou a existência de dois acampamentos: um ponto de apoio para subsistência, onde estavam guardadas dezenas de cestas básicas, e um ponto de convivência, onde os invasores se reuniam e dormiam. Os peritos encontraram neste local cápsulas deflagradas de projéteis calibre 380, que coincidem com o calibre de algumas armas apreendidas com os posseiros. As marcas de bala na vegetação também indicam que pode ter ocorrido um tiroteio na área. Os técnicos voltarão nesta sexta-feira, 26, ao local.

As armas apreendidas durante a operação policial na Fazenda Santa Lúcia, município de Pau d’Arco, na quarta-feira, 24, já estão à disposição do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Belém. São 11 armas: espingardas, cartucheiras, um fuzil e uma pistola Glock, estas duas de uso restrito das forças policiais. As armas e coletes dos policiais civis e militares que participaram da operação na fazenda já foram apresentados e também serão encaminhados para perícia.

Com informações da assessoria do MPPA e da Agência Pará.

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O Vaticano confirmou nesta quinta-feira (25) que o novo presidente sul-coreano, o católico Moon Jae-in, enviou uma carta ao papa Francisco há dois dias. Apesar da Santa Sé não revelar o conteúdo da carta, aumentam as suspeitas de que o pontífice possa mediar a crise entre a Coreia do Sul e sua vizinha do norte.

A imprensa de Seul já comenta que Moon teria pedido ajuda a Francisco para tentar uma reconciliação na península coreana, dividida desde a guerra de 1950. Enquanto Seul fora apoiada por seus aliados norte-americanos e britânicos, Pyongyang recebeu suporte da União Soviética no conflito. Os dois países permanecem adversário ideológicos e a tensão na região é constante.

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De acordo com a vice-diretora da Sala de Imprensa do Vaticano, Paloma Ovejero, a carta foi entregue ao Papa através do presidente da Conferência Episcopal da Coreia do Sul, o arcebispo Hygin Kim Hee-jong.

Moon Jae-in tomou posse na Presidência da Coreia do Sul em 10 de maio, em eleições antecipadas após o impeachment da ex-mandatária Park Geun-hye.

A guerra do Iêmen deixou milhares de mortos e uma destruição em grande escala. Agora o conflito ameaça também acabar com uma rara coleção de múmias que os arqueólogos tentam desesperadamente preservar.

O museu da Universidade de Sana, a capital iemenita, abriga esta pequena coleção que data de 400 a.C. e representa uma civilização pouco conhecida da "Arábia Feliz", antiga denominação do Iêmen. O museu recebe há décadas visitantes em busca dos restos embalsamados de homens e mulheres de mais de dois milênios atrás, alguns com dentes ou mechas de cabelo ainda intactos.

Mas com os cortes de eletricidade e o bloqueio quase total dos portos controlados pelos rebeldes huthis, o futuro destas múmias está nas mãos dos beligerantes. Um grupo de arqueólogos se esforça para conversar as 12 múmias, descobertas durante escavações nos anos 1980 e 1990.

Estes restos humanos são afetados pelo calor, a umidade e a escassez de produtos de conservação, segundo os especialistas. "Estas múmias são testemunhas tangíveis da história de uma nação (...) e estão afetadas pela guerra", lamenta Abdel Rahman Jarala, responsável pelo departamento de Arqueologia da Universidade de Sana.

"Necessitam um entorno controlado e cuidados regulares, incluindo uma desinfecção a cada seis meses. Algumas começaram a se desintegrar porque não podemos assegurar (o fornecimento de) eletricidade e produtos químicos de preservação, e lutamos contra o mau cheiro", disse à AFP.

"Estamos preocupados tanto com a conservação das múmias como com a saúde dos que as manipulam", acrescentou.

Patrimônio em perigo

Da cidade antiga de Palmira, na Síria, ao centro histórico de Sana, muitos tesouros arqueológicos e museus do Oriente Médio estão ameaçados por conflitos que não parecem estar em vias de solução.

O centro histórico de Sana, inscrito desde 1986 na lista de Patrimônio da Humanidade da Unesco, é considerado em perigo devido ao conflito iemenita, que começou em 2015. Neste conflito, os rebeldes huthis pró-iranianos vindos do norte, que se apoderaram de Sana em 2014, enfrentam o governo do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiado por uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita.

Sana é habitada há 2.500 anos e tem uma importância particular para o patrimônio islâmico, com mais de 100 mesquitas antigas e cerca de 600 casas anteriores ao século XI. A cidade antiga é conhecida por suas casas de vários andares construídos com tijolos e pedras basálticas e com janelas ricamente decoradas.

Em 2015, um dos bairros do centro histórico sofreu o que foi descrito como um ataque aéreo da coalizão árabe. Cinco pessoas morreram e várias casas medievais de adobe e um forte otomano foram destruídos.

As destruições geralmente são acompanhadas de saques. As autoridades suíças confiscaram no ano passado peças arqueológicas procedentes do Iêmen, assim como da Síria e da Líbia, outros dois países em conflito. Os arqueólogos iemenitas fizeram um apelo aos partidos políticos e às organizações internacionais para que ajudem na conservação das múmias, que podem sofrer ainda mais com a chegada do verão.

Fahmi al Ariqi, especialista em restauração na Universidade de Sana, está preocupado. "Precisamos de especialistas para salvar as 12 múmias que estão aqui e as outras 12 que estão no Museu Nacional de Sana", declarou. E, embora seus apelos ainda não tenha surtido efeito, os arqueólogos iemenitas se mantém confiantes.

"Nossa cultura e nossa história nunca desaparecerão", assegura Jarala. "O Iêmen transborda sítios arqueológicos e ainda restam muitas múmias por descobrir".

A Rússia, a Turquia e o Irã, países garantidores do cessar-fogo na Síria, aprovaram nesta quinta-feira (4) a criação de quatro "zonas de segurança" onde serão proibidos "todos os tipos de hostilidades" entre rebeldes e as tropas do regime de Bashar al Assad.

A medida faz parte de um memorando assinado em Astana, capital do Cazaquistão, e prevê áreas de segurança dotadas de postos de controle e de observação nas fronteiras de "zonas de baixa tensão", uma dupla barreira para evitar confrontos entre as partes envolvidas no conflito e permitir a movimentação de civis desarmados e o acesso de ajudas humanitárias.

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A localização exata desses "amortecedores" será definida até 4 de junho, mas eles devem ficar perto de Idlib, Latakia, Homs e Aleppo, os principais palcos da guerra na Síria. No entanto, os confrontos devem ser interrompidos já no próximo sábado (6).

"É um passo importante", comemorou o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura. O acordo terá um prazo inicial de seis meses, mas, caso funcione, pode se tornar permanente. Contudo, a delegação da oposição a Assad já disse que se recusa a apoiar qualquer memorando que preveja a divisão da "integridade territorial" do país e criticou o papel do Irã como mediador. 

Membros das forças de segurança israelenses mataram nesta terça-feira um jovem judeu que se dirigia a eles com uma faca nas mãos, em um posto de controle perto de Jerusalém, informou a polícia.

"Membros dos serviços de segurança em Hizma viram um homem correndo em sua direção com um objeto na mão", explicou o comunicado policial, em referência ao controle policial entre Jerusalém e a Cisjordânia ocupada. "Consideraram que era um risco imediato para sua vida e abriram fogo", acrescentou o texto.

O criminoso era um jovem de 20 anos, israelense de Jerusalém, acrescentou a polícia. O jovem morreu na hora. A polícia divulgou posteriormente uma foto da faca que supostamente tinha em suas mãos. Hizma é um ponto de passagem chave para palestinos e israelenses que querem entrar ou sair de Jerusalém.

É o primeiro ataque deste tipo protagonizado por um israelense contra as forças de seu próprio país desde o início da atual onda de violência nos territórios ocupados e Israel, em outubro de 2015.

Um Boeing 777 da empresa British Airways fez uma escala imprevista no arquipélago das Açores para o desembarque de um casal britânico que exigia ser ascendido à classe executiva e começou uma discussão com a tripulação, anunciaram as autoridades portuguesas.

"O piloto decidiu aterrissar em Lajes, na ilha de Terceira, devido a diferenças entre o pessoal a bordo e um casal que exigia passar da classe econômica para a classe executiva", disse à AFP um porta-voz da aviação portuguesa.

Segundo o porta-voz, o casal filmou tudo com um telefone celular.

"O casal britânico permanecerá na ilha de Terceira, onde será interrogado pela polícia", informou, acrescentando que o procedimento não foi um pouso de emergência na base aérea, mas uma decisão baseada em "motivos de segurança".

A aeronave, que saiu de Londres, seguiu seu trajeto para Kingston, capital da Jamaica.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, alertou nessa sexta-feira (14) que a Líbia pode voltar ao conflito geral, citando a situação de segurança volátil em Trípoli e os combates no leste do país, rico em petróleo.

O chefe da ONU expressou alarme em um relatório do Conselho de Segurança sobre a escalada miliar e o impasse político em curso no país.

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Guterres disse que o Estado Islâmico não controla mais territórios na Líbia, mas seus operadores foram avistados no país conduzindo ataques em diferentes áreas. Ele também disse que a comunidade internacional continua sendo alvo.

A Líbia mergulhou no caos na sequência de um levante em 2011 que derrubou e matou o ditador Moammar Gadafi e permaneceu divida entre os rivais parlamentares e governistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Universidade da Amazônia (Unama) está realizando cursos de “Justiça Restaurativa” e “Formação de Facilitadores em Círculos de Resolução de Conflito” em parceria com o Ministério Público do Estado do Pará. A programação começou na última quinta-feira (16), no campus Alcindo Cacela, e se estende até o dia 12 de maio. Os cursos mobilizam promotores de justiça, técnicos do Ministério Público, professores da Unama, estagiários envolvidos no Núcleo de Práticas Restaurativas (NUPRE) e técnicos de organizações que compõem a rede serviços do território NUPRE.

Para a professora do curso de Serviço Social da Unama Maria Lucia Dias, os cursos também são importantes para propagar a cultura de paz. “Nessa parceria que a Unama fez com o Ministério Público houve a possibilidade de criar internamente um Núcleo de Prática Restaurativa. Também existe uma atuação preventiva, com alunos de Psicologia e de Serviço Social. A gente leva a construção da cultura de paz, através de círculos, que é a metodologia da justiça restaurativa”, conta.

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A justiça restaurativa brasileira apresenta um modelo diferente de fazer justiça. “O modelo tradicional é baseado na aplicação de uma pena ou castigo, que se dá muito pelo encarceramento. A nossa experiência brasileira mostra que esse método não está dando conta de resolver situações de violência”, afirma a assistente social Jandira Silva.

Com base em técnicas, a justiça restaurativa propõe o acompanhamento dos casos a partir do pressuposto de que quando uma pessoa comete um crime, contravenção ou uma ofensa, ela não está ferindo só um código jurídico, está infringindo uma relação de convivência e sociabilidade. “Hoje as pessoas pagam o período da pena que foi aplicada, e quando elas voltam para sociedade não retornam com qualquer tipo de responsabilidade, porque não passaram por um processo de autorreflexão da sua conduta. Então a justiça restaurativa tenta trazer essa outra forma de aplicar a justiça”, conta Jandira Silva. “Vamos conversar e trocar experiências, durante esses dois meses. Principalmente dialogar sobre os casos”, diz a estagiária de Psicologia Ingrid Nassar, sobre a importância da didática e a troca de experiências com outros profissionais.

Confira a programação completa:

1ª fase - Curso sobre Justiça Restaurativa - 16, 23 e 30 de março, 6 e 20 de abril.

2ª fase - Formação de Facilitadores em Círculos de Resolução de Conflito - 27 e 28 de abril, 4, 5, 11 e 12 de maio.

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