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O ministro do exterior da Síria, Walid al-Moallem, alertou neste sábado que tropas terrestres estrangeiras que entrarem em seu país "voltarão para casa em caixões de madeira". O comentário foi feito após a Arábia Saudita dizer, nesta semana, que estaria disposta a enviar tropas como parte da campanha militar liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico. O grupo controla extensas áreas da Síria e do Iraque.

"Qualquer intervenção terrestre na Síria sem o consentimento do governo seria considerada uma agressão que seria combatida por todos os cidadãos sírios", afirmou, em coletiva de imprensa. "Eu lamento dizer que eles vão voltar para casa em caixões de madeira".

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Os comentários de Al-Moallem fecham uma semana em que se viu o colapso dos esforços liderados pela ONU para iniciar negociações de paz entre o governo sírio e uma delegação da oposição, em Genebra. As negociações não deram certo em grande medida por causa das ofensivas do governo sírio nos arredores de Aleppo. As ofensivas, que têm por objetivo cercar os redutos rebeldes na cidade, foram apoiadas por intensos ataques aéreos russos e levaram milhares de residentes locais a fugir em direção à fronteira turca.

Para Al-Moallem, os avanços do governo sinalizam que a guerra na Síria está chegando ao fim. "Eu posso dizer, pelas conquistas das nossas forças armadas, que estamos no caminho certo para acabar com o conflito", disse. "Nossas conquistas no campo de batalha indicam que nos estamos em direção ao fim da crise."

Representantes da oposição disseram que não se pode esperar para negociar em Genebra num momento em que o governo sírio e seus aliados aumentam os ataques aos redutos rebeldes. Al-Moallem, por sua vez, alegou que a oposição não quer negociar seriamente. "Eles não vêm para dialogar, eles não têm tais ordens". Segundo o ministro, o governo sírio está pronto para conversar, mas sem precondições.

Fonte: Associated Press

A manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público coletivo de São Paulo foi dispersada pela Polícia Militar (PM) por volta das 19h30 desta terça-feira (12), mesmo antes de começar a se deslocar em passeata. Desde as 17h, os manifestantes se concentravam na Praça do Ciclista, localizada na Avenida Paulista. Eles pretendiam seguir até o Largo da Batata, na zona oeste, passando pelas avenidas Rebouças e Faria Lima. No entanto, o policiamento autorizou a manifestação a ser feita apenas em direção ao centro, passando pela Rua da Consolação até a Praça da República. De acordo com o comando da PM, não haveria negociação com os manifestantes para alteração do percurso definido pela corporação.

Por volta das 19h30, parte dos manifestantes tentou driblar o forte policiamento para seguir em direção ao Largo da Batata, correndo no sentido da Avenida Rebouças, momento em que a polícia começou a disparar bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral, e a bater com cassetetes nos manifestantes.

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A polícia passou a disparar também contra a multidão que permanecia na Praça do Ciclista, o que gerou correria. Os ativistas ficaram encurralados, tendo de um lado policiais da Tropa de Choque disparando bombas e, de outro, um cordão de policiais que impedia a saída dos manifestantes da praça. A polícia chegou a atirar uma bomba na sacada de um apartamento na Avenida Paulista.

Assim como aconteceu na última manifestação, sexta-feira passada (8), após a ação da polícia, parte dos manifestantes passou a atirar objetos nos policiais, a destruir lixeiras e incendiar objetos na rua.

A ação da polícia de tentar definir o percurso que a manifestação deveria seguir não é comum nas manifestações do Movimento Passe Livre (MPL). Geralmente, os manifestantes fazem uma assembleia e definem o caminho a ser percorrido pela passeata. O percurso então é informado aos policiais, que passam a seguir os manifestantes na caminhada. No entanto, na manifestação de hoje, a polícia definiu uma única opção para que os ativistas fizessem o protesto: pela rua da Consolação, com destino à Praça da República.

O professor Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo (USP), que estava na manifestação e estuda os protestos de rua em São Paulo nos últimos anos, disse que esse tipo de ação da polícia foi usado em meados de 2014. “A polícia definir o caminho da manifestação ocorria nos protestos contra a organização da Copa do Mundo no Brasil”, lembrou Ortellado. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública, não informou o número de pessoas detidas e feridas durante a ação.

A violência aumenta cada vez mais na cidade de Anapu, município do Estado do Pará localizado a 678,4 quilômetros da capital Belém, às margens da rodovia Transamazônica, onde grileiros e posseiros disputam a posse de terras públicas. Entre os meses de julho e outubro, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), há registro de que sete pessoas foram executadas por assassinos com carapuças ou capacetes de viseiras escuras. Todas as mortes aconteceram na área urbana de Anapu.

A CPT enviou uma carta ao Ministério Público Federal (MPF) relacionando os atuais assassinatos com os responsáveis pela morte da missionária Dorothy Stang. Seis dos crimes assassinatos ocorreram no contexto de um conflito no Lote 83, uma das áreas conflituosas mais tensas da região. 

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O assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang ocorreu há dez anos, em 12 de fevereiro de 2015. Dorothy foi assassinada com três tiros na zona rural do município de Anapu, onde defendia a implantação de projetos de desenvolvimento sustentável na região. Quatro envolvidos no crime foram julgados e condenados. O episódio chamou a atenção do mundo inteiro para os conflitos de terra na Amazônia.

Segundo a CPT, são as seguintes as vítimas recentes do conflito agrário em Anapu:

No dia 5 de julho, Edinaldo Alves Moreira, conhecido por Lourinho. Logo depois de chegar em Anapu, vindo do Lote 83, foi para uma festa. Em 5 minutos uma pessoa chegou em uma moto e o matou.

Em 11 de agosto, Jesusmar Batista de Farias, que fora ameaçado, logo depois de chegar do lote 83, onde visitara cinco irmãos e um sobrinho, foi assassinado em sua oficina de motos. A família inteira, aterrorizada, sumiu de Anapu após o enterro.

No dia 21 de agosto, um senhor conhecido como “Choque”, ocupante do lote 83, deixou a área e foi para Marabá. Na mesma noite foi assassinado em Marabá.

Na passagem de 22 para 23 de agosto, na Vilinha dó Surubim – Grotão, Cosmo Pereira de Castro foi assassinado pelo pai de Derby Antônio Rosa em um bar onde conversava sobre as ocupações. Dizia que apoiava as ocupações e os ocupantes, pois a terra é federal e pública.  

Em 27 de outubro, José Nunes da Cruz Silva (Zé da Lapada) foi assassinado por dois homens que chegaram em uma moto e atiraram nele. Como só acertaram sua perna, deram uma volta e dispararam o resto das balas em seu corpo. Zé da Lapada era uma das principais lideranças da ocupação.

No dia 31 de outubro, Claudio Bezerra da Costa (Ivanzinho) foi assassinado por dois homens que chegaram numa moto na terra que ocupava, área conhecida como Fazenda de João Jorge.  Ele era um dos apoiadores da ocupação do lote 83.

Na carta também é mencionada uma lista de marcados para morrer, que possui mais de trinta nomes de moradores para serem executados. Os casos de homicídio aconteceram na área urbana do município de Anapu. Para a CPT, a tática de matar na cidade é uma tentativa de disfarçar a motivação agrária dos crimes. Além dos assassinatos, outras formas de violência têm acontecido, como roubo de casas, expulsão de famílias, disparos de armas de fogo e destruição de pontes.

As áreas públicas que deveriam ser destinada para fins de reforma agrária são ocupadas por fazendeiros. Os termos do Contrato de Alienação de Terras Públicas (CATPs), documento dado às pessoas que adquiriram um lote às margens da Transamazônica, interessadas em explorar madeira florestal ou atuar no ramo da agropecuária, não são cumpridos e muitos lotes são encontrados em completo abandono. As denúncias da CPT serão investigadas pelo Ministério Público Federal em um inquérito civil que correrá na Procuradoria da República, em Altamira, sudoeste paraense.

Com informações do Ministério Público Federal do Pará e Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O grupo Estado Islâmico (EI) está cometendo genocídio contra a comunidade yazidi no Iraque, afirmou nessa quinta-feira (12) um estudo do Museu do Holocausto de Washington, que recompila denúncias sobre estupros, torturas e assassinatos.

Os yazidis, que não são árabes nem muçulamnos, são uma minoria de língua curda, que habita principalmente na região de Sinjar, no norte do Iraque, e são considerados pelos jihadistas como hereges politeístas.

Em 2014, os jihadistas fizeram um avanço no norte do Iraque, durante o qual milhares de yazidis foram sequestrados e massacrados. "O genocídio é cometido contra a população yazidi, especialmente um grande número de mulheres e crianças sequestradas e escravizadas por seus captores", afirmou Cameron Hudson, diretor do Centro de Prevenção do Genocídio Simon-Skjodt, que conduziu a investigação.

O estudo, que foi realizado durante duas semanas em setembro, na província iraquiana de Nínive (norte), fala de relatos terríveis de sobreviventes, que tiveram de abandonar parentes doentes ou idosos para fugir do EI, especialmente "os mais pobres, que não tinham carro e que fugiram a pé".

O documento é revelado num momento em que as tropas curdas apoiadas por assessores militares americanos realizam uma ofensiva para recuperar a cidade de Sinjar, situada numa zona estratégica para as comunicações dos redutos jihadistas no Iraque e na Síria.

O Taleban anunciou, nesta terça-feira (13), que irá se retirar de Kunduz, cidade no norte do Afeganistão tomada pelos insurgentes há cerca de duas semanas. O porta-voz do movimento, Zabihullah Mujahid, disse à imprensa que a recuada tem objetivo de evitar novas mortes de civis. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 60 cidadãos já foram mortos no conflito e outros 800 ficaram feridos.

O grupo invadiu Kunduz no último dia 28 e tomou controle da cidade principalmente nas regiões periféricas. A maior parte dos insurgentes escondia-se em uma fortaleza no distrito de Chahar Dara, no entorno da província.

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Mesmo com a declaração de saída do grupo extremista, o líder político de Kunduz, Hamdullah Danishi, afirmou que as buscas locais por membros do Taleban não cessaram. O governo suspeita que ainda existam remanescentes nos distritos próximos da cidade.

No entanto, o chefe da polícia local, General Mohammad Qasim Jungulbagh, tranquilizou: "A cidade está sob total controle das forças de segurança afegãs."

De acordo com Danishi, os moradores de Kunduz estão voltando a sair de suas casas e lojas e mercados da cidade tornaram a abrir as portas. Sultan Mohammad, que vive na província, conta que a eletricidade já foi restaurada, mas lembra que os problemas de abastecimento de água continuam.

Ameaças à mídia

Na última segunda-feira (12), o grupo fundamentalista passou a considerar como potenciais alvos as redes televisivas afegãs Tolo e 1TV, pela cobertura do conflito em Kunduz.

A União Afegã de Jornalistas afirmou, nesta terça-feira (13), que articulará um amplo boicote midiático ao Taleban caso o movimento persista em ameaçar funcionários e proprietários das emissoras.

O membro da associação Fahim Dashti disse que qualquer dano causado aos jornalistas será visto pelas empresas como "crime de guerra". Fonte: Associated Press.

A Arábia Saudita disse ter acolhido cerca de 2,5 milhões de sírios desde o início do conflito. Esta foi a primeira resposta oficial diante de alegações de que os Estados do Golfo devem fazer mais para resolver a situação dos refugiados sírios.

Segundo a agência oficial de imprensa saudita, um funcionário não identificado do Ministério das Relações Exteriores disse na sexta-feira que o reino não considera os acolhidos como refugiados e não os abriga em campos "de modo a garantir a dignidade e segurança".

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Eles são livres para se mover ao redor do país e várias pessoas que optaram por permanecer têm recebido o estatuto de residência, afirmou a agência, ao ressaltar que a Arábia Saudita tem oferecido acesso ao trabalho, escolas e assistência médica gratuita. Não foram dados detalhes sobre quantos sírios permanecem no país. Fonte: Associated Press.

Um dia após explosões de carros-bomba que mataram o líder religioso sírio Wahid Balous e ao menos outras 25 pessoas, a província de Sweida, no sul da Síria, foi palco de uma onda de violência contra o governo do país. A região, até então, havia ficado à margem da guerra civil que assola o país.

Wahid Balous era da seita minoritária drusa e grande crítico do presidente Bashar Assad. Antes de morrer, Balous havia convocado os jovens drusos da província a se negarem a servir nas forças militares sírias. Ele também criticava os combatentes do grupo Estado Islâmico, que se apoderaram de um terço do território sírio e vêm alimentando a guerra civil que já matou mais de 250 mil pessoas e deixou 1 milhão de feridos.

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Hoje, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã Bretanha, e outros grupos de ativistas informaram que grupos destruíram a estátua do já falecido presidente sírio Hafez Al-Assad, em Sweida, e cercaram agências de segurança do governo, responsabilizando-o pela morte do clérigo. O Observatório disse ainda que o número de mortos no atentado subiu para 37, incluindo seis oficiais de defesa do país que morreram durante os confrontes de hoje com rebeldes. Até o momento, nenhuma organização reivindicou a autoria dos atentados.

Um comandante da polícia da província disse que a "calma e a segurança" prevaleciam em Sweida e negou que houvesse instabilidade no local. Contudo, alguns seguidores de Balous afirmaram em um comunicado que expulsarão as forças de segurança da região.

Em outro comunicado, líderes drusos da localidade exortaram os partidários da seita a manterem a calma diante do recuperação do irmão de Balous, que também ficou gravemente ferido em um dos ataques. Dos 23 milhões de habitantes da Síria contabilizados antes do início da guerra, 5% pertencia à seita drusa, uma ramificação do xiismo do século X. Esta fração está dividida entre partidários e opositores de Assad. Fonte: Associated Press.

O grande mufti da Arábia Saudita, o xeque Abdulaziz bin Abdullah al Sheikh, autoridade máxima religiosa do país, denunciou nesta quarta-feira (2) que o filme iraniano "Maomé" é contrário ao Islã. "É um filme pagão e uma obra hostil ao Islã", afirmou o mufti em uma declaração publicada pelo jornal Al Hayat.

Segundo o líder religioso, exibir o filme, segundo a sharia (a lei islâmica) é algo ilícito. "É uma distorção do Islã", sentenciou o mufit, um dos religiosos mais importantes do Islã sunita, que proíbe qualquer representação do profeta Maomé.

Por sua parte, a Liga Mundial Islâmica, com sede em Meca, criticou o filme, denunciando o fato de "representar o profeta Maomé". Em um comunicado, o secretário-geral Abdullah al-Turki pediu aos dirigentes iranianos que "suspendam a exibição do filme, uma violação de nossas obrigações em relação ao profeta". Ele também pediu que todos os muçulmanos boicotem a obra.

No início do ano, o grande imã da Universidade de Al Azar, do Cairo, Ahmed al Tayeb, uma das principais autoridades do Islã sunita, já havia se oposto a qualquer representação do profeta que, segundo ele, "diminui seu status espiritual". No entanto, no filme em questão, o rosto de Maomé jamais é visto, e sim apenas sua silhueta.

Leitura equivocada

O filme "Maomé", que narra os primeiros anos da vida do profeta e se converteu no filme mais caro da indústria cinematográfica iraniana, estreou nos cinemas do Irã na semana passada, com um enorme interesse por parte do público.

Dirigido por Majid Majidi, o filme de 171 minutos contou com um orçamento de 40 milhões de euros, em parte financiado pelo Estado iraniano, e levou mais de sete anos para chegar às telas. A estreia da superprodução estava prevista para quarta-feira, mas acabou adiada em um dia por motivos técnicos, segundo o produtor e distribuidor do filme, Mohammad Reza Saberi.

Majid Majidi, um dos cineastas mais renomados do Irã, conta em sua mais recente produção a infância do profeta para tentar acabar com a "imagem violenta" do islã, segundo afirmou em uma entrevista à AFP antes da estreia do filme.

As filmagens aconteceram em uma reprodução da cidade de Meca ao sul de Teerã. O experiente ator e cineasta, de 56 anos, que já dirigiu filmes premiados no exterior ("Baran", "Filhos do Paraíso"), afirma que a escolha do tema é bem clara. "Nos últimos anos, uma leitura equivocada do Islã no mundo ocidental originou uma imagem violenta deste que não tem nenhuma relação com sua verdadeira natureza", disse.

Para Majid, esta "leitura equivocada" se deve a "grupos terroristas como o Estado Islâmico, que não tem vínculos com o islã, de cujo nome se apropriaram e que desejam passar uma imagem aterrorizante no mundo desta religião". "Como artista muçulmano, meu objetivo era criar uma visão (do Islã) que mude a que existe no Ocidente, que se resume geralmente a um terrorismo islâmico vinculado à violência", afirmou o cineasta. "O Islã é diálogo, bondade e paz", complementa.

Majid tenta ser otimista a respeito da polêmica e possível violência que seu filme pode provocar no mundo muçulmano, no qual a representação do profeta Maomé está proibida. "Países como a Arábia Saudita terão problemas com este filme, mas muitos outros países muçulmanos o pediam", disse.

Majidi considera que seu filme deve "unir" e não dividir os muçulmanos sunitas e xiitas, que travam batalhas violentas em vários países da região, como Iraque, Iêmen ou Síria. Antes do lançamento, o filme foi exibido a líderes religiosos das duas confissões no Irã e na Turquia, que o avaliaram "positivamente", segundo o diretor.

O cineasta deseja que "Maomé" represente o primeiro filme de uma trilogia, pois "não é possível mudar a imagem ruim do islã com apenas um filme". A segunda e a terceira parte não têm data para o início das filmagens e estas produções não serão necessariamente dirigidas por Majid, que convida todos os cineastas muçulmanos a seguir o seu caminho.

Confira o trailer da produção:

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Rebeldes do Sudão do Sul pediram a companhias petrolíferas que operam no estado do Alto Nilo para fechar suas operações, uma vez que os confrontos com tropas do governo aumentaram, o que pode levar toda a produção de petróleo do país a um impasse.

O porta-voz dos rebeldes, James Gatdet Dak, disse nesta terça-feira que os combatentes estão a 10 quilômetros dos campos de petróleo de Paloch e pediu às empresas que evacuem os funcionários, além de encerrar as atividades.

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No entanto, o ministro da Informação, Michael Makuei, indeferiu o pedido, alegando que os confrontos não estão tão próximos das instalações petrolíferas. "Não há motivo para alarme, vamos colocar a situação sob controle em breve", disse o ministro.

O porta-voz dos rebeldes afirmou que o grupo capturou a região de Tangrial Bil, onde fica uma refinaria de petróleo, durante os confrontos de hoje e, agora, estão se dirigindo aos campos de petróleo a partir de duas frentes. "Nós decidimos tomar o controle dos campos de petróleo e negar (a tentativa do presidente) Salva Kiir de usar as receitas petrolíferas para perpetuar a guerra".

Alto Nilo é o único Estado produtor remanescente, depois de os conflitos terem forçado as companhias a suspenderem a atividade no Estado vizinho de Unity, em dezembro de 2014. O conflito eclodiu pela primeira vez em Dezembro de 2013. Fonte: Dow Jones Newswires.

Cerca de 7.000 civis foram mortos e mais de 1.000 pessoas desapareceram desde que teve início o conflito na Ucrânia, em abril do ano passado, disse o presidente ucraniano, Petro Poroshenko.

Os confrontos envolvem as forças do governo e separatistas apoiados pela Rússia. Segundo Poroshenko, 1.657 militares morreram em combate. Moscou nega o fornecimento de equipamentos aos rebeldes, mas admite apoio diplomático.

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Poroshenko diz que o envolvimento russo na guerra forçou a Ucrânia a se aliar ainda mais ao Ocidente. "Dada que a ameaça russa é de longo prazo, e considerando que a

postura agressiva da Rússia representa uma grande ameaça para a segurança nacional, a estratégia é alcançar a plena compatibilidade nos segmentos de segurança e defesa da Ucrânia e da Otan",comentou. Fonte: Associated Press

Um jornalista ucraniano, conhecido por sua visão pró-Rússia, foi morto a tiros nesta quinta-feira (16) em plena luz do dia em Kiev, informou a polícia local, um dia depois de um parlamentar também alinhado à Moscou ter sido encontrado morto.

Oles Buzyna, de 45 anos, que trabalhou como editor-chefe de um jornal até o fim de março, foi morto por dois homens mascarados que atiraram nele de dentro de um carro, diz um comunicado do Ministério do Interior da Ucrânia.

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Buzyna, que concorreu a uma vaga no Parlamento da Ucrânia em 2012, era amplamente percebido mais como um ativista que como um jornalista. Ele passou uma temporada de três meses como editor-chefe do jornal Segodnya, uma publicação pró-Rússia pertencente a um dos homens mais ricos do país, antes de pedir demissão em março citando pressões de censura.

O assassinato de Buzyna ocorreu um dia depois da morte de Oleh Kalashnikov, um parlamentar do partido do ex-presidente Viktor Yanukovich. O deputado foi encontrado morto em sua casa, em Kiev, com uma ferida de bala. A polícia não disse imediatamente se ele foi assassinado ou se suicidou.

Em seu comício anual, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, descreveu a morte de Buzyna como um assassinato político e acusou o governo ucraniano de relutar em investigar as mortes de oponentes políticos.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, relacionou as duas mortes e culpou "os inimigos que tentam denegrir a liberdade política do povo ucraniano". Fonte: Associated Press.

O cessar-fogo na Ucrânia "parece estar sendo respeitado, mas permanece frágil", declarou nesta quarta-feira Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Em conversa com jornalistas, Stoltenberg disse que claramente houve alguma retirada de armamentos pesados da zona de conflito no leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Rússia combateram forças ucranianas durante a maior parte do ano passado. Houve uma redução no conflito após o acordo de cessar-fogo assinado em 12 de fevereiro.

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Porém, Stoltenberg levantou temores a respeito dos obstáculos no caminho dos monitores do cessar-fogo e questões importantes sobre para onde os armamentos estão sendo levados.

"A chave para respeitar o cessar-fogo e garantir que os armamentos pesados são realmente transferidos, segundo o acordo de Minsk, é que o monitoramento do cessar-fogo melhore", disse ele. Para o secretário-geral da Otan é "vital" que os monitores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa tenham liberdade de movimento e garantias de segurança para que realizem seu trabalho.

Perguntado se teme que os separatistas ou seus apoiadores russos transferiram parte de seus armamentos pesados para lugares onde possam ser usados num futuro confronto, Stoltenberg declarou que "a resposta curta é sim".

É por isso que é importante "obter informações completas sobre onde os armamentos estão agora, seus números e para onde foram movidos", disse ele.

Stoltenberg disse que a aliança ainda vê uma clara evidência de que a Rússia está oferecendo "forte apoio" aos separatistas, o que inclui envio de equipamentos, forças e treinamento. "A Rússia inda está no leste ucraniano", afirmou.

A Rússia vem negando consistentemente que tenha forças no leste ucraniano e que apoie diretamente os rebeldes.

O general da Força Aérea norte-americana Philip Breedlove, comandante supremo aliado na Europa, disse que a Otan não tem informações claras sobre a presença russa no leste ucraniano neste momento.

Segundo ele, a fronteira continua "muito aberta...e o movimento de avanço e retrocesso não é observado nem controlado". Ele disse que forças russas e separatistas tornaram-se muito melhores em esconder seus movimentos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Apesar do cessar-fogo entre o governo da Ucrânia e os separatistas estar supostamente em vigor há cinco dias, os rebeldes atiraram mais de 50 vezes em posições ucranianas nas últimas 24 horas e a Rússia está enviando mais tanques para a Ucrânia, informou um porta-voz do Exército ucraniano nesta sexta-feira (20).

A notícia veio um dia após os separatistas conquistarem o entroncamento ferroviário de Debaltseve e levanta dúvidas se o cessar-fogo, que pretendia instaurar a paz no leste da Ucrânia e movimentou o alto escalão diplomático europeu, serviu apenas para que os rebeldes redobrassem seus esforços para conquistar mais território.

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O vilarejo de Kurakhovo, que fica a oeste de Donetsk, reduto dos rebeldes, foi bombardeado e o vilarejo de Berdyansk, perto da cidade portuária de Mariupol, foi atingido durante a noite por morteiros, disse o tenente-coronel Anatoliy Stelmakh nesta sexta-feira. Ele ainda disse que a Rússia continua fornecendo equipamento militar para a Ucrânia, incluindo dez tanques trazidos para Novoazovsk, perto de Mariupol.

A preocupação tem aumentado com o fato de que os rebeldes ainda estão tentando conquistar Mariupol, cidade sob domínio do governo que fica entre a Rússia e a península da Crimeia, território anexado pelos russos em março de 2014. Se os separatistas tomarem a cidade, uma faixa de terra se formará entre os dois países, que até então não tem ligação territorial.

Na quinta-feira, os rebeldes comemoraram a vitória sobre as Forças ucranianas em Debaltseve, entroncamento que agora liga as cidades sob domínio dos separatistas. Eles percorreram as ruas repletas de destroços da cidade, rindo, se abraçando e posando para fotos.

Segundo os ucranianos, 13 soldados foram mortos e 157 feridos durante os confrontos, além de outros 90 levados como prisioneiros e 82 desaparecidos. Os soldados ucranianos que conseguiram sair vivos de Debaltseve na quinta-feira, descreveram as semanas de bombardeios seguidas de uma retirada caótica e apressada. "No começo da noite, eles atiravam na gente só para que não pudéssemos dormir. Eles faziam isso todas as noites. Pela manhã eles nos atacavam. Eles fizeram isso por três semanas sem parar", disseram. Fonte: Associated Press.

O Parlamento ucraniano adotou nesta terça-feira uma resolução classificando a Rússia de "Estado agressor" e de "organizações terroristas" as repúblicas separatistas pró-russas do leste do país, chamando os ocidentais a reforçar suas sanções contra Moscou.

Um total de 271 deputados, de um mínimo requerido de 226, votaram a favor desta decisão, que insta o Ocidente a considerar como "organizações terroristas" as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e de Lugansk.

A votação ocorreu durante uma sessão extraordinária do Parlamento, convocada após uma nova escalada da violência e da intensificação dos combates no leste, onde um bombardeio matou no sábado 30 civis na cidade portuária de Mariupol.

De acordo com a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o ataque foi lançado a partir de áreas controladas pelos rebeldes.

Neste contexto, os deputados ucranianos pediram a introdução de "novas sanções" contra Moscou para "parar a agressão russa" e acabar com a "ocupação ilegal da Crimeia", a península ucraniana anexada pela Rússia em março.

O bloco de oposição pró-russo propôs aos deputados que pedissem à ONU o envio de forças de paz para o leste rebelde, uma ideia rejeitada pela coalizão pró-ocidental no poder.

Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de apoiar militarmente os separatistas, enviando tropas regulares no leste da Ucrânia. Moscou nega qualquer envolvimento nesse conflito que já deixou mais de 5.000 mortos em nove meses.

Moscou, 27/12/2014 - A imprensa estatal da Síria disse que o governo do presidente Bashar al-Assad está preparado para participar de negociações de paz que devem ser promovidas pela Rússia no próximo mês. Segundo uma fonte de Ministério de Relações Exteriores, o governo "está preparado para participar de reuniões preparatórios, de consultoria em Moscou, que devem atender às aspirações dos sírios de encontrar uma saída para a crise".

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse nesta quinta-feira que esperava realizar negociações de paz após 20 de janeiro de 2015 entre o governo Assad e representantes da oposição. A Síria vive seu quarto ano de guerra civil, que já deixou mais de 200 mil mortos e desalojou um terço da população do país. O conflito também abriu espaço para o surgimento do grupo terrorista Estado Islâmico, que agora domina boa parte do território da Síria e do vizinho Iraque.

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A Rússia é o principal aliado de Assad e não está claro se algum dos grupos de oposição vai concordar em participar das negociações de paz em Moscou. Segundo o governo sírio informou na imprensa estatal neste sábado, os encontros na capital russa serviriam apenas para preparar o caminho para reuniões a serem realizadas na própria Síria. "Essas reuniões visam um acordo sobre a realização de uma conferência de diálogo entre os próprios sírios, sem nenhuma intervenção externa", disse a fonte do Ministério de Relações Exteriores.

Os principais grupos de oposição da Síria apoiados pelo Ocidente têm dito que qualquer negociação de paz precisa incluir a formação de um governo de transição com poderes plenos, uma exigência rejeitada por Assad. Fonte: Associated Press.

A sede de uma ONG de defesa dos direitos humanos, conhecida por criticar o líder checheno Ramzan Kadyrov, foi incendiada na noite de sábado em Grozny - anunciou o representante da organização Igor Kaliapine.

O escritório do Grupo Mobile, braço checheno do Comitê contra a Tortura, foi incendiado sem deixar feridos, informou Kaliapine em sua página no Facebook.

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O ataque ocorreu após recentes declarações de Kaliapine denunciando um apelo do líder checheno para banir as famílias de rebeldes islamitas, além de incentivar a destruição de suas casas - uma semana depois que confrontos entre forças de ordem e insurgentes deixaram 25 mortos.

Segundo a ONG Memorial, pelo menos oito casas foram queimadas na Chechênia desde a declaração de Ramzan Kadyrov, quatro delas propriedade de pessoas próximas aos rebeldes islamitas mortos.

Neste sábado, em Grozny, um ato "contra o terrorismo" reuniu, segundo o ministério checheno do Interior, 50.000 pessoas.

Alguns manifestantes levavam cartazes hostis ao Grupo Mobile, dizendo "Kaliapine, fora" e "Kadyrov, nos proteja de militantes de direitos humanos pagos em dólares".

Uma coalizão de grupos da sociedade civil no leste do Congo informou que ao menos 34 civis foram mortos por um grupo rebelde nesse sábado (6). Este foi o último de uma série de ataques que têm ocorrido na área.

A coalizão da província de Kivu disse neste domingo (7) que membros das forças rebeldes atacaram três aldeias nas cercanias da cidade de Beni. Os grupos informaram que mais de 250 pessoas foram mortas em ataques nos arredores de Beni, nos últimos dois meses.

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A nova chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, pediu que os palestinos na Faixa de Gaza comecem a trabalhar na reconstrução do território. Em sua primeira visita à Gaza, Federica Mogherini também afirmou que as negociações de paz entre Israel e a Autoridade Palestina devem ser retomadas. O território foi severamente danificado durante o conflito que durou 50 dias entre Israel e militantes de Gaza sob o comando do Hamas.

Segundo estimativas feitas pelos palestinos, serão necessários US$ 6 bilhões para reparar os estragos. A reconstrução tem sido lenta porque o auxílio não chegou ao território e também porque os grupos palestinos rivais, Hamas e Fatah, disputam o controle de Gaza.

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"Temos que fazer algo urgentemente. Não temos tempo a perder", disse Federica em coletiva de imprensa. Ela também apontou que caso as medidas criadas no acordo de cessar-fogo, os conflitos devem continuar.

O Hamas, considerado um grupo terrorista pela Organização das Nações Unidas (ONU), ainda tem controle sobre grande parte da Faixa de Gaza apesar do acordo de reconciliação com o partido do presidente Mahmoud Abbas. Fonte: Associated Press.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, viajou neste sábado à capital da Líbia para mostrar seu apoio ao processo de reconciliação no país. A ONU pede que os grupos rivais na Líbia resolvam o conflito mortal que gerou uma cisão profunda no país africano e criou dois parlamentos e dois governos.

Em sessão transmitida pela televisão e da qual Ban Ki-Moon participou, junto com políticos da oposição e diplomatas europeus, o representante especial da ONU para a Líbia, Bernardino Leon, disse que a capital "será pelas próximas horas de novo a capital da Líbia unida". Também participaram do encontro o líder do Parlamento eleito e um representante do antigo Parlamento rebelde.

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Esta foi a segunda visita da Ban Ki-Moon ao país desde a derrubada do ditador Muamar Kadafi, em 2011. No mês passado as Nações Unidas deram início a um diálogo para servirem de mediadoras entre os grupos combatentes da Líbia.

O país enfrentou um surto de violência na metade do ano quando milícias da cidade de Misrata e grupos islâmico aliados invadiram a capital Tripoli em apoio ao governo apontado pelo Parlamento antigo da Líbia. Enquanto isso, o novo Parlamento eleito e o governo apoiado pelos seculares, expulsos da capital, têm se reunido no leste do país. Fonte: Associated Press.

O presidente da Síria, Bashar Assad, fez uma rara aparição pública neste sábado, participando de orações em uma mesquita da capital do país, Damasco, marcando o início do importante feriado muçulmano de Eid al-Adha, enquanto uma ofensiva do Estado Islâmico perto da fronteira com a Turquia se intensificava.

A televisão estatal síria exibiu imagens de Assad orando na mesquita al-Numan Bin Bashir, junto com funcionários do governo e o grão-mufti do país, Ahmad Badreddine Hassoun. Muçulmanos pelo mundo iniciaram a celebração do feriado de três dias neste sábado.

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Assad vinha fazendo raras aparições públicas em meio à guerra civil no país, que já matou mais de 190 mil pessoas, segundo cálculos de ativistas. A última vez que ele apareceu em público foi em julho, quando participou de orações durante o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã, mês considerado sagrado pelos muçulmanos.

No norte do país, intensos combates continuaram nos arredores da cidade de Kobani. Combatentes do Estado Islâmico estão tentando capturar a cidade para abrir uma ligação direta entre suas posições em Alepo e o reduto de Raqqa, no leste do país.

Kobani e arredores estão sob ataque desde meados de setembro, com militantes capturando dezenas de aldeias curdas próximas. Após os ataques, que obrigaram cerca de 160 mil sírios a fugir, milícias curdas lutam para repelir o avanço dos militantes nos arredores da cidade, também conhecida como Ayn Arab. Fonte: Associated Press.

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