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O esporte, de modo geral, tem como princípio o desenvolvimento físico e da saúde. Serve também para a aquisição de valores necessários para a conexão social, além de ter papel educativo.

Seja em atividades individuais ou coletivas, quem nunca desafiou um amigo em alguma modalidade esportiva? O esporte tem como característica a competitividade. No entanto, não há como negar a construção de amizades, igualmente. 

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Para o professor e gestor esportivo Ignácio Neto, os benefícios obtidos na prática do esporte são evidentes. “Resulta em diversos benefícios físicos e mentais como: melhoria no ânimo, disposição, há a liberação de hormônios importantes para o equilíbrio do organismo como a adrenalina, endorfina, dopamina etc., ajuda na parte estética e principalmente no aumento da longevidade e qualidade de vida”, comenta.

Os fatores psicológicos também são primordiais. Carmen Tereza da Silva Xavier, psicóloga e profissional de Educação Física, diz que o esporte pode ser usado não apenas como ferramenta social, mas também como instrumento de aprendizado de regras de convívio e respeito. “Para as crianças, a oportunidade de viver o esporte possibilita o aprendizado de saber perder e desenvolver a resiliência. Já para os adultos os benefícios psicológicos estão mais ligados à diminuição do nível de estresse e controle da ansiedade”, observa.

A psicóloga destaca que o esporte é uma ferramenta terapêutica e que auxilia no tratamento de indivíduos que sofrem de transtorno de ansiedade e depressão, por exemplo. Porém, para isso, segundo ela, devem acontecer de forma regular, com a frequência, a duração e a intensidade controladas por profissionais de Educação Física.  

As competições fortalecem os vínculos. Com a jogadora de futebol Gislane Queiroz, a [@#galeria#@]

Lora Capanema, não foi diferente. Ao longo de nove anos de vida esportiva, surgiram várias histórias de amizades. Entre elas, destaca a também jogadora e amiga Geize Lira, que a ajudou no convívio com as companheiras, sendo fundamental para sua formação como atleta nos aspectos do respeito, fair-play, estudo, determinação, persistência e compromisso.

Lora aponta ainda os benefícios no campo físico, o de manter o corpo sempre em forma e com bom condicionamento. No mental, a prática esportiva trabalha o cognitivo, a concentração, o autocontrole e a autocrítica, assim como a interação com outras pessoas, seja do time ou de fora, e com as torcidas.

Um grande círculo de amizades foi construído por Sílvio Veras, nos mais de dez anos como atleta do handebol, desde o infantil até o adulto. No Pará, a modalidade é amadora, geralmente vinculada a escolas e universidades com bolsas de estudo, e proporcionou a Silvio, além de treinamento e saúde mental, muito convívio social por meio das competições e viagens.

Personal Trainer, Silvio Veras diz que alguns companheiros de esporte, de tão próximos, tornaram-se padrinhos uns dos outros e as famílias combinam confraternizações até hoje. Ele afirma que os valores aprendidos no esporte são utilizados na vida e na profissão.

Os laços de amizade de Elina Fádell vêm em dose dupla. “Conheci as minhas duas melhores amigas no esporte. Iniciamos nas corridas de aventuras, trilhas de mountain bike, desde 2003. Atualmente, estamos no Triathlon”, relembra. Além disso, Elina conta que passou a compreender melhor a necessidade de buscar políticas de educação e cidadania.

Ela acrescenta que por meio do esporte aprendeu a ser paciente, resiliente e mais humana. No viés social, passou a valorizar e respeitar o espaço do próximo, bem como o autoconhecimento, a disciplina e a coragem.

Amador ou profissional, para os atletas, o mundo esportivo pode construir grandes histórias, com laços de amizades para a vida.

Por Dinei Souza.

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A partir desta segunda-feira (30), Pernambuco inicia uma nova fase do Plano de Convivência com a Covid-19. De acordo com o Governo do Estado, as alterações são possíveis em decorrência de um quadro epidemiológico estável, além dos menores números da doença desde as primeiras contaminações, no ano passado.

Entre as principais flexibilizações, está a ampliação de público em eventos corporativos para 500 pessoas ou 80% da capacidade local, o que for menor. O setor esportivo segue a mesma lógica, mas com números diferentes: os eventos poderão receber até 300 pessoas ou 50% da capacidade, com exceção dos jogos de futebol profissional.

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Para o setor cultural, o novo decreto torna possível um público de até 1,2 mil pessoas em shows, ou até 50% da capacidade do local. As ocasiões servirão como uma espécie de ‘teste” para os novos protocolos, seguindo as recomendações do selo Passe Seguro PE. A realização dos eventos depende da aprovação do Governo do Estado.

Em coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (25), a secretária-executiva de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Vilaça, ressaltou a importância da vacinação para o avanço das regras no contexto da emergência sanitária. “Todas as medidas de flexibilização estimulam as pessoas a se vacinarem. Só assim conseguiremos continuar flexibilizando novas atividades”, disse.

Até a última sexta-feira (28), 55,94% da população pernambucana havia recebido a primeira dose do imunizante contra o novo coronavírus. Outros 25,3% receberam as duas doses ou a vacina de dose única. 

O Governo de Pernambuco anunciou, durante coletiva nesta sexta-feira (02), a liberação de eventos sociais a partir da próxima segunda-feira (5). Enquadram-se como eventos sociais aniversários, batizados, casamentos e formaturas.

Na macrorregião 1, que contempla o Grande Recife, Mata Norte e Sul e parte do Agreste, esses eventos poderão ser realizados das 8h às 23h durante a semana, e das 8h às 22h nos finais de semana. Já nas macrorregiões 2, 3 e 4, essas celebrações serão permitidas das 8h às 22h ao longo da semana, e entre 8h e 21h aos sábados e domingos. O número máximo permitido em todas as macrorregiões será de 50 pessoas ou 30% da capacidade local, prevalecendo o que for menor.

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Os eventos corporativos, como conferências, congressos e seminários, também vão ter a capacidade flexibilizada. O estado dobrará o limite de participantes, permitindo a presença de até 100 pessoas. “Na macro 1, vão funcionar das 8h às 22h, tanto durante a semana quanto aos sábados e domingos. Antes, podiam acontecer até às 21h nos finais de semana. Já nas macros 2, 3 e 4, os eventos vão poder ocorrer das 8h às 22h na semana, e das 8h às 21h nos finais de semana”, detalhou o secretário estadual de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.

Especialmente para ocasiões como colação de grau, aula da saudade e culto ecumênico, que já estavam permitidos, as novas regras seguem os mesmos horários dos eventos sociais, de acordo com cada macrorregião, e a capacidade permitida nos eventos corporativos. Nesse caso, alimentos e bebidas continuam proibidos. As apresentações e shows com música ao vivo, em qualquer tipo evento, também seguem suspensos.

Segundo Novaes, na Macrorregião I os bares e restaurantes terão funcionamento permitido até as 23h nos dias de semana e 22h nos fins de semana. Já nas Macros 2, 3 e 4, poderão funcionar até 22h durante a semana e até 21h aos sábados e domingos. 

A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ana Paula Vilaça, também anunciou a ampliação no horário de funcionamento de outras atividades. "Com as novas regras, os clubes sociais terão permissão para funcionar uma hora a mais na Macrorregião 1, das 5h às 23h na semana, e das 5h às 22h nos finais de semana. No restante do Estado, esses estabelecimentos estarão liberados das 5h às 22h na semana, e das 5h às 21h nos finais de semana", explicou. Seguem proibidos nos clubes, o uso de saunas e as apresentações de músicos ao vivo.

Na macro 1, cinemas, teatros e circos que podiam funcionar das 10h às 22h na semana, e das 10h às 21h aos sábados e domingos, agora vão poder abrir às 9h e seguir até 23h durante a semana, e das 9h às 22h nos finais de semana. Já nas macros 2, 3 e 4, vão poder funcionar das 9h às 22h na semana, e das 9h às 21h nos finais de semana. O número de pessoas permitido nesses locais, em todas as macrorregiões, passará de 100 para 200, ou 50% da capacidade do local, o que for menor.

Os museus e demais equipamentos culturais também terão a carga horária ampliada. Na Macrorregião 1, vão funcionar das 9h às 22h na semana e nos finais de semana. Antes, a regra de funcionamento era das 10h às 22h na semana, e das 10h às 21h aos sábados e domingos. Já nas Macrorregiões 2, 3 e 4, estarão abertos das 9h às 22h na semana, e das 9h às 21h nos finais de semana. Continua valendo a regra de distanciamento social, com um visitante a cada 20 metros quadrados nas áreas expositivas internas e um visitante a cada 10 metros quadrados nas áreas expositivas externas.

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Trabalho remoto, aulas on-line, mais tempo em casa com a família. A pandemia do novo coronavírus provocou uma nova dinâmica na vida das famílias brasileiras no último ano. 

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Os protocolos sanitários para conter a disseminação da covid-19 determinam que as pessoas mantenham isolamento domiciliar e social. Por isso, uma parte dos brasileiros passou a ficar mais tempo em casa com a família.

A psicóloga Gabriela Araújo conta que os vínculos familiares aumentaram durante o período de isolamento, já que as pessoas passaram a ficar muito mais tempo em casa. “É realmente visível que os vínculos dentro de algumas famílias aumentaram durante esse período, visto que antes do isolamento muitas pessoas passavam mais tempo fora de casa, com seus afazeres, e se encontravam apenas pela parte da manhã ou da noite. Com o home office e isolamento social, os momentos de interação e conexão se tornaram mais frequentes, possibilitando o fortalecimento do vínculo”, assinala.

Com o isolamento social, a relação de Brenda Cristina da Silva, 35, com os filhos Ágatha Cristina da Silva, 10, e Yuri Gabriel da Silva, 12, se tornou mais forte devido à convivência. A ajudante de cozinha conta que passar muito tempo em casa deixava as crianças estressadas e ansiosas e percebeu a necessidade de criar um momento de distração. “Passamos a ficar mais tempo juntos. Nos divertimos juntos; temos um momento cinema, para ver filmes e comer pipoca”, diz.

Brenda fala que passou a prestar mais atenção nas emoções dos filhos e a respeitar esses sentimentos. “Foi importante perceber essas emoções porque eles estão passando por uma fase de transição, da infância para a adolescência. Então, é comum que haja mudanças constantes no humor deles e reprimir não iria fazer bem a eles”, relata.

Além da relação de mãe e filho, ela diz que as crianças passaram a conviver melhor e que foi uma coisa boa. “Espero que no pós-pandemia possamos nos fortalecer mais e mais, que possamos sempre estar tirando um tempo para valorizar a família e se fazendo presente um na vida do outro”, afirma.

Mudanças significativas

A professora do ensino infantil Mônica Campos, 30, fala que, por imaginar que não demoraria tanto para a vida voltar ao normal, o início da pandemia foi mais tranquilo. “Encaramos como férias inicialmente e saímos totalmente da rotina. Mas à medida que o tempo foi passando e o home office entrou em nossas rotinas tudo mudou.  Tivemos que tentar retornar à rotina para dar conta de tudo, o que acarretou um maior estresse, mesmo a relação familiar estando mais fortalecida com tanto tempo passando juntos”, relata Mônica.

A relação de Mônica com o filho Théo Protázio, 2, teve mudanças significativas. “Ele já estava bem habituado a ficar longe no período em que eu estava fora trabalhando. Ele tinha iniciado a escola no início de 2020 e tinha sido bem tranquilo, mas depois desse tempo em casa senti que ele ficou me solicitando muito mais. Ele aprendeu muitas coisas e já era bem independente, mas ainda assim solicita o tempo todo minha presença, mesmo que seja só para estar junto”, relata.

Mônica conta que, sem a escola, criou atividades diversas para preencher o dia dele, para brincarem juntos, considerando que normalmente, por conta do trabalho, era raro terem esses momentos. “Começamos a procurar horários alternativos em espaços públicos - horários e dias para fugir das aglomerações - para que ele corra e ande de bicicleta. Investi também em materiais de pintura e livros para os dias de chuva ou em que não conseguíamos fazer uma brincadeira externa”, continua.

A professora diz ainda que pretende continuar com o hábito de sair para pegar um ar. “A rotina cansativa era a desculpa que eu tinha para não sair de casa. E depois de tanto tempo sem poder sair de casa, percebi o quanto isso é importante. Ver ele se sentindo livre para brincar e correr nas praças, nos parques, isso tudo só me faz querer que essa pandemia acabe logo”, relata.

O filho de Mônica está prestes a completar 3 anos e já consegue expor muitos dos seus sentimentos, como a raiva e a frustração. “Converso muito com meu esposo, para ajudarmos ele a entender o que está sentindo. Sempre que ele fica frustrado por alguma coisa que não pode fazer eu tento intervir, nomeando o que eu acho que ele está sentindo e buscando uma alternativa para desviar o foco. Na maioria das vezes dá certo. Senti que mesmo pequeno ele já fala sobre estar triste ou feliz e percebo o quanto a educação emocional tem que vir de quando pensamos que eles ainda nem entendem, e que precisamos acolher sempre”, comenta.

Além da relação com o filho, Mônica teve a oportunidade de entender alguns comportamentos de sua própria mãe neste período em que passaram grande parte do isolamento juntas, o que contribuiu para aumentar a cumplicidade entre elas.  “A tarefa de ser mãe e cuidar do lar é exaustiva e muitas vezes solitária. Meus pais tiveram covid-19 e precisaram de internação. Na volta deles para casa, bem debilitados, o papel se inverteu e eles tornaram-se meus filhos. Eles preocupados por estarem dando trabalho e eu extremamente agradecida por tê-los aqui comigo com vida. Sempre dei um valor imenso para minha mãe, acho que fui uma boa filha, mas com toda essa experiência pude entender muito mais os sentimentos dela, suas alegrias e frustrações, o quanto ela é minha fortaleza e o quanto ela se doou e ainda se doa pela família”, finaliza.

Acolhimento é a base

A psicóloga Gabriela Araújo dá algumas dicas para mães com filhos pequenos para auxiliar no dia a dia durante o isolamento. “O principal é lembrar que crianças também são pessoas, por menor que sejam. Pessoas com sentimentos como frustrações, conquistas, raiva e outros. Também está sendo difícil para eles, então o acolhimento mútuo é uma base para o bom relacionamento com as crianças nesse momento. Além disso, existem práticas como auxiliá-los no contato com colegas, mesmo via internet; contar com uma rede de apoio e atividades que sejam prazerosas para a relação”.

Gabriela conta ainda que esse fortalecimento nas relações surgido na pandemia tem impactos diferentes nas relações entre mães com filhos pequenos e mães com filhos adultos. A psicóloga diz que, com filhos pequenos, existe uma relação de codependência e que o isolamento reforçou isso. Com filhos adultos, Gabriela diz que a convivência mostra a necessidade do próprio espaço.

“Com a fase adulta, esse desejo já é algo que acontece naturalmente, mas foi potencializado nesse momento por alguns motivos, como a necessidade de espaço adequado para o home office. Além disso, a convivência mais intensa faz com que alguns incômodos - de ambas as partes - se tornem mais evidentes. Diante disso, o diálogo empático e acolhedor é sempre primordial”, complementa Gabriela.

Gabriela conta que é possível manter e fortalecer esse vínculo que foi potencializado na pandemia, desde que permaneça sendo construído com respeito e afeto por ambos os lados. “As nossas relações familiares também são construídas ao longo dos anos, assim como amizades e relações amorosas. Portanto, também precisam ter cuidado, respeito e empatia como pilares”, finaliza a psicóloga.

André é professor pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Com a pandemia, dá aulas remotamente e passa a maior parte do tempo em casa com a mãe Aracilda Santos, 69, e a irmã Raquell Santos, 38. O professor relata que a mãe é uma mulher ativa e comunicativa, mas não pode sair de casa nem reunir a família e amigos nas festas.

O professor fala que mudanças ocorreram no dia a dia da família e que a dinâmica familiar teve que se fortalecer durante a pandemia. “A grande maioria das conversas acaba girando em torno de nós três, que moramos juntos. De certa forma, é uma mudança benéfica, claro, poder ter mais tempo em casa com a família, mas da mesma forma a gente sabe que tem momentos em que é bom ver e falar com outras pessoas”, conta André.

André fala que também existe um lado negativo nas mudanças. “Você perde muito da sua liberdade de locomoção. Minha mãe reclama muito de ter que ficar esses longos períodos em casa, afinal, já temos mais de um ano de pandemia. E acredito que ninguém seja tão autossuficiente que não precise estar em contato com mais pessoas”, relata.

Aracilda frequentava sessões de terapia convencionais. No isolamento, o filho a apresentou outros métodos terapêuticos para ajudar a aliviar o estresse causado pela pandemia: terapia integrativa, como o Reiki, e o uso de ervas terapêuticas.

O filho de Aracilda acredita que as experiências positivas do isolamento social devem permanecer no pós-pandemia. “Temos que aprender a tirar lições das adversidades. E o período de isolamento social não pode ser encarado como um monstro, então eu acredito que as experiências positivas que envolvem uma melhor sociabilidade entre as pessoas da casa devem permanecer mesmo depois da pandemia”, afirma André.

O isolamento também fortaleceu a relação entre Maria José Jaste, 57, e seu filho Lucas Jaste, 25. Os dois passaram a conversar mais, dividiram a gestão da casa e as contas do dia a dia. “Durante a pandemia, para organizar questões como contas, tivemos que conversar mais, o que acabou nos tornando mais próximos”, diz Lucas.

Antes da pandemia a família costumava passar pouco tempo em casa, devido a trabalho e faculdade. O isolamento acabou promovendo um convívio com o qual a família não estava acostumada. “No início houve um pequeno estresse, pois não estávamos acostumados a passar tanto tempo juntos, mesmo morando na mesma casa, mas agora sinto que estamos mais parceiros”, relata o estudante.

Essa proximidade também os ajudou a resgatar alguns hábitos antigos. “Sempre fomos próximos, então voltamos a conversar contando com a maturidade de entender o lado de cada um”, comenta o filho de Maria José.

Para Lucas, a tendência é que essa proximidade com a mãe, gerada pelo convívio assíduo no isolamento, permaneça e se fortaleça no pós-pandemia. “Mesmo com a rotina voltando ao ‘normal’ estamos seguindo com as conversas, para que a organização e a proximidade continuem fluentes”, afirma.

Por Ana Vitória da Gama e Isadora Simas.

 

O Governo de Pernambuco confirmou nesta quarta-feira (7), por meio de uma coletiva online, que as cidades do Grande Recife, Zona da Mata e parte do Agreste entrarão na 10ª etapa do Plano de Convivência. Sendo assim, já a partir da próxima segunda-feira (12), os parques de diversões, temáticos e similares estarão autorizados a retornar suas atividades.

Além disso, o setor de eventos, sejam eles corporativos, sociais e culturais, terão a ampliação permitida, podendo funcionar com até 50% da capacidade, ou no máximo 300 pessoas.

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No dia 12 de outubro, o setor de comércio poderá receber um cliente para cada cinco metros quadrados, o que aumenta a capacidade de consumidores nas lojas. O horário de funcionamento do comércio também está sendo ampliado, podendo funcionar até a meia-noite.

A partir desta sexta-feira (9), os clubes sociais e as atividades esportivas para todas as idades, inclusive nos campos de futebol society e similares, poderão funcionar normalmente. 

Interior de Pernambuco

As GERES 9 e 10, com as cidades sede em Ouricuri e Afogados da Ingazeira vão avançar para a etapa nove do Plano de Convivência, podendo ampliar o horário de funcionamento dos serviços de alimentação para até meia-noite, além de ter 70% de sua capacidade permitida.

Também será permitido a volta dos eventos sociais e culturais para até 100 pessoas, ou 30% da sua capacidade, se igualando assim com as demais GERES que vão permanecer na mesma etapa durante a próxima semana.

"O sucesso dos avanços das etapas está muito muito vinculado ao comportamento dos estabelecimentos e das pessoas. Obedecer os protocolos gerais e específicos nos eixos de distanciamento social, higiene, monitoramento e comunicação é o que tem permitido a gente fazer avanços sem que os números da pandemia voltem a crescer no estado", justifica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach.

O administrador de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha, anunciou nesta quarta-feira (23), em coletiva online realizada pelo Governo de Pernambuco, que o turismo em Fernando de Noronha será totalmente liberado. Essa é a segunda etapa da reabertura da ilha, já tendo a primeira acontecido no início de setembro, com a liberação de todos os turistas que já tiveram a Covid-19.

Agora, todos os turistas, incluindo aqueles que não tiveram o novo coronavírus, poderão desfrutar de Fernando de Noronha. "Essa abertura só vai ocorrer devido a extrema responsabilidade e seriedade com que o Governo de Pernambuco tratou a pandemia em todo o estado, e principalmente na ilha, onde não se detecta mais contaminação comunitária desde maio", avalia Guilherme Rocha. 

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Essa segunda etapa de liberação ocorrerá a partir do dia 10 de outubro. Para isso, o turista precisará de um exame da Covid-19 antes de embarcar para a ilha, e apresentar o seu resultado negativo ao desembarcar em Noronha. 

Também será exigido que o turista ative o aplicativo Daycovid, que permite o rastreamento em caso de um futuro resultado positivo da Covid-19. No dia da saída do turista, será exigido que ele faça um novo teste do novo coronavírus, que será feito no próprio aeroporto. O administrador da ilha garante que, no caso de positividade, isso não impede que o turista saia de Noronha, mas irá colaborar para o controle da circulação do vírus.

Com a quarentena, as atividades estão reduzidas e limitadas as possibilidades dentro do lar. Para quem está passando por esse momento a dois, a resistência ao tédio e ao ócio podem ser ainda mais desafiadores. Portanto, o LeiaJá foi atrás de dicas para os casais que não possuem filhos e estão enfrentando a quarentena juntos.

Segundo a psicóloga Ana Caroline Boian, unir-se ainda mais com o parceiro é fundamental para enfrentar esse momento. "Estarem alinhados quanto a forma que estão encarando a pandemia e o que irão fazer para enfrentar esse momento são formas dos casais se unirem ainda mais. Quanto mais próximos sentimentalmente estiverem um do outro, mais estável será a relação dentro da quarentena", orienta.

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Confira algumas dicas da psicóloga para encarar o isolamento a dois com criatividade:

1 – Considerem ainda mais as vontades de ambos

Em um período de tensão, as emoções podem ficar um pouco confusas, o que pode pré-dispor situações de desentendimento. Portanto, é importante que o casal busque atividades que sejam prazerosas para ambos, como jogos e filmes.

2 – Mantenha a atividade sexual

"O carinho e a vida sexual são um dos pontos mais importantes para que os casais se mantenham unidos", diz Ana. É importante demonstrar de inúmeras formas que a relação do casal não se baseia apenas no medo atual.

3 – Evite falar sobre a pandemia durante o tempo que estiverem juntos

Compartilhar informações é extremamente importante, mas o casal pode determinar o tempo que será concedido a cada atividade, e a atual situação do mundo não é um dos melhores temas para se puxar uma conversa.

4 – Descubram coisas novas sobre o outro

É o momendo de deixar o individualismo e lado e investir nos gosto do parceiro. "Agora, assistimos séries que eu gosto e que o Yago nunca viu, assim como filmes que ele ama e que eu nunca tinha visto antes", comenta Fernanda Faustino, 22 anos.

5 – Pratiquem algo que não seja da rotina

Dançar, cantar, cozinhar juntos ou realizar os fetiches do casal no sexo são algumas dicas para deixar a quarentena mais leve. Este é o momento propício para os parceiros sugerirem coisas novas um ao outro, e a criatividade não possui limite.

Luana Piovani criticou novamente as atitudes de Pedro Scooby como pai. Os dois se separaram no começo de 2019 e possuem três filhos juntos, Dom, Liz e Bem. As crianças moram com a mãe em Portugal e, em entrevista à influencer Tarsila Cimino, a apresentadora criticou as atitudes que o surfista tem tido em relação à paternidade e ainda revelou que fará uma mudança na forma como lida com essas situações.

A atriz relembrou do seu processo de divórcio e disse que após anos casada ela decidiu se separar, deu uma segunda chance ao ex-marido e eles ficaram juntos por mais dois anos. Entretanto, a relação voltou a piorar e os dois se divorciaram pouco tempo depois de terem se mudado para Portugal. Piovani contou que também é filha de pais separados e reforçou uma frase que costumava ouvir da mãe: "Você só vai conhecer o homem com que se casou depois que se separa".

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A apresentadora também disse se sentir desgastada e se viu colocando muito empenho para que Scooby possa conviver com os filhos, mas não enxerga a mesma vontade vindo da parte dele. Ela lembra do aniversário dos pequenos, quando realizou uma festa em Fernando de Noronha para que o atleta pudesse comparecer.

"Isso já acabou! Eu entendi que não adianta a gente desejar pelo outro, o outro tem que desejar também. Eu já entendi que não tenho que fazer aniversário em Fernando de Noronha, porque ele que tem que desejar passar o aniversário com as crianças", disse.

A personalidade contou que não gostaria que os filhos vivessem em uma situação igual a que ela viveu quando era criança, com os pais separados se odiando e sem qualquer convívio. Para Luana, o ideal seria que o namorado de Cintia Dicker visse a casa dela como uma extensão da dele e os dois tivessem uma relação amigável e com respeito, porém mesmo com os esforços da loira isso não foi possível e agora o surfista não frequenta mais na casa da ex-esposa.

"Eu tentei até o último lugar, mas estou sempre cortando na minha carne. A gente se sacrifica pelos filhos, eu tento manter o mais cordial possível, mesmo com o meu balde mais do que virado de todas as pisadas na bola. Eu tento levar, mas chega uma hora que não dá mais", observou.

A apresentadora garante que chegou no limite e não se esforçará mais para criar situações nas quais Scooby esteja com os filhos. Um exemplo disso é o Natal, será a primeira vez que as crianças comemorarão a data sem a figura do pai e ela disse que não faz mais questão de que o ex de Anitta esteja com o restante da família, afinal de contas nem ele mesmo se esforça para que isso aconteça.

No final, Piovani lamenta: "Os meus filhos vão viver uma cosia que eu não vivi. Faz falta o pai, eu sempre tive para quem dar a meia no dia dos pais e os meus filhos não vão ter".

Acidente

Além da conturbada vida pessoal, Pedro Scooby também passou por um grande sufoco em sua carreira recentemente. O surfista estava treinando em Nazaré, em Portugal, e sofreu um acidente que disse ter sido o pior de sua vida.

Em entrevista a um programa do SBT, o atleta contou que nenhuma empresa aceita fazer seguro de vida para ele, por conta dos riscos aos quais o pai das três crianças é exposto constantemente. "Não há seguro para mim. Outra pessoa já tentou pedir em meu nome, e negaram. Já tentei com mais de dez empresas", contou.

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Conhecidos por serem os melhores amigos do homem, os animais de estimação trazem alegria para os lares, proporcionando companhia, afeto, companheirismo e até benefícios à saúde de seus donos. Porém, os amados pets precisam de um cuidado especial.

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De acordo com pesquisas do IBOPE Inteligência, 76% dos entrevistados que têm ou tiveram animais de estimação não adaptaram os seus lares para receber os bichinhos. Essa e outras ações podem ser prejudiciais, como explica a médica veterinária Aryane Melo. "Existem diversos tipos de cuidados que os donos devem ter com seus animais, desde um ambiente adequado para que o animal permaneça confortavelmente livre de calor, chuva, umidade, com acesso a água e comida, até cuidados com a higiene e a nutrição do animal", esclarece.

A veterinária Aryane Melo conta que pequenas práticas cotidianas, como oferecer ossos e restos de alimentos, podem gerar riscos à saúde dos pets. "Os ossos naturais, principalmente os de aves (frango, galinha, pato), são os que mais oferecem riscos, pois são osso que formam lascas quando quebrados e essas lascas podem causar acidentes como lesões na boca, ou até mesmo uma perfuração de esôfago e/ou intestinos", ressaltou.

Miriam Santos, 50 anos, é dona do Tufy, um poodle de 5 anos. Além de um animal de estimação, ela conta que ele é o seu filho de quatro patas e não mede esforços quando o assunto é o cuidado com seu bichinho. "O Tufynho é mais que especial, é um presente de Deus na minha vida. Nunca gosto de deixar meu filho sozinho, procuro sempre saber sobre o que faz mau a ele, pois é como fosse uma criancinha que não sabe o que está ingerindo", relata.

Além dos cuidados em casa, Tufy  tem um médico particular. As vacinas, os remédios contra verminose e carrapatos e a higiene com a pele também fazem parte da rotina. "Isso é o mínimo que posso fazer, já que o amo tanto, é uma relação de amor, respeito e um cuidado muito especial", declarou Miriam.

Por Rebeca Costa.

Boa parte dos brasileiros trabalham entre 30 e 44 horas semanais. Com tanto tempo fora de casa, é importante que as empresas ofereçam aos seus funcionários espaços para que possam ter momentos de distração, relaxamento e para que interajam uns com os outros, durante os intervalos previstos na rotina. No entanto é preciso se ater a algumas regras de convivência, para que todos que utilizem o local possam aproveitá-lo da maneira que desejam. 

Para a gestora Janicelli Carvalho, o objetivo das empresas ao criar esses locais é mostrar que os profissionais são parte importante daquele negócio, que há uma preocupação com o bem estar de todos. “O colaborador pode naquele determinado intervalo pode recarregar as energias necessárias para retornar ao seu trabalho mais produtivo”, diz.

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Vale também utilizar o bom senso e a educação para evitar que quem procurou um momento para desopilar, acabe se chateando e tendo um estresse ainda maior do que se não tivesse a sua pausa.

O Especialista em Recursos Humanos Jessé Barbosa de Araújo traz algumas dicas que possibilitam uma convivência saudável e respeitosa dentro dos áreas comuns no ambiente de trabalho. Confira:

Fale baixo

As pessoas tendem a falar alto em espaços comuns, mas em um ambiente barulhento fica difícil relaxar no momento de pausa nas atividades; além disso, as pessoas podem ficar incomodas por estarem tentando se concentrar em uma leitura, tirar um cochilo ou simplesmente se concentrar em uma conversas com seus colegas.

Use fone de ouvido

O espaço é para ser usado por todos. A música alta pode atrapalhar quem não quer ouvir seu estilo musical, nem se interessa pelo vídeo que você assiste. Como dito anteriormente, algumas pessoas podem querer utilizar o lugar para dormir.

Atenção à limpeza

Jogue seu lixo na lixeira. Sujou uma mesa, limpe. Afinal, outros colaboradores podem utilizar os equipamentos assim que você sair.

Não ‘alugue’ os espaços comuns

Quem nunca sonhou em sentar naquele sofá da área de descanso e simplesmente tem uma pessoa sentada há horas por lá? Mas, infelizmente muitos colaboradores utilizam os espaços e acabam perdendo a noção do tempo, acabam passando da hora do intervalo, se distraem e acabam impedindo que outra pessoa usufrua do ambiente.

Fumódromo

Não fume fora do ambiente próprio para isto. Se a empresa não possui este local, é respeitoso com quem não fuma procurar uma área externa para fumar. A fumaça do cigarro pode incomodar quem não gosta e causar problemas entre as pessoas.

 

Em apenas dois dias de confinamento, um dos brothers já vem causando bastante desconforto entre os confinados. O problema costuma surgir durante a noite, quando Rodrigo ronca muito e acaba atrapalhando o sono dos colegas. O tema já virou assunto constante dentro da casa.

Após os primeiros comentários, nesta quinta (17), o brother se justificou: "Eu não queria roncar e estou roncando. Mas eu acho que a gente pode, muito bem, de uma maneira respeitosa e harmônica, tratar as questões do outro que fogem da questão do jogo".

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Porém, alguns brothers e sisters estão incomodados demais. Isabella já decretou: "Não tem como dormir no meu quarto, tem que dormir no chão, no outro quarto. Só não dá pra ficar acordado", mas, consciente, ponderou: "Ninguém faz isso de propósito". Diego, também anda preocupado com o problema e desabafou "A casa inteira está sofrendo com isso".

Imagine se você fosse criança em um mundo sem tecnologia, computadores, tablets e celulares. Seria uma vida monótona ou daria para se divertir? Pois agora, em pleno século 21, muitos pais estão se organizando para tirar os filhos da dependência dos jogos eletrônicos. Assim, esperam promover uma integração maior entre os integrantes da família.

A professora Luciana Aparecida de Moraes Corrêa é um exemplo da mudança pela qual passam muitos pais da atualidade. Cansada de ver os filhos Pedro, de 12 anos, e Manuela, de oito, assistindo a vídeos no YouTube ou jogando online, decidiu investir em jogos de tabuleiro. "Lembro que, nas férias, eu e meu primo brincávamos muito com jogos que ele tinha e isso me traz uma ótima lembrança da infância e sei que isso ajuda em muitos aspectos. Agora que a Manu e o Pedro estão em uma idade legal para jogar, estou investindo nisso", conta.

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Muitas versões de jogos de tabuleiro dos anos 1980 foram "repaginadas" e é possível encontrar facilmente no comércio. "Eles já tinham o Banco Imobiliário. Aí, comprei o Detetive, em uma versão pocket, e tem um jogo que chama Certo ou Errado, que são afirmações que você responde se estão certas ou erradas. São coisas que você às vezes não ouviu falar e acaba aprendendo. Trabalha a leitura e o conhecimento", avalia.

Luciana quer ser mais participativa no período de folga das crianças. "Nessas férias, não quero deixar as crianças à toa, ou só com TV. A gente vai brincar! Quero poder brincar com eles mais nessas férias!", planeja.

Além dos jogos de tabuleiro, que são uma bela opção para integrar todo mundo da família, as brincadeiras offline ao ar livre também são alternativa, como avalia a professora de Educação Infantil do Colégio Marista São Luís Samanta Sivers: "Você sabia que há pesquisas que apontam que presidiários passam mais tempo ao ar livre do que mais da metade das crianças? Diante dessa desconcertante afirmação, é provável que elenquemos a falta de segurança e a preferência dos pequenos pela tecnologia como possíveis fatores que afetariam a realidade da atual infância".

Alguns pais estão resgatando brincadeiras que marcaram suas gerações, como soltar bolinhas de sabão no parque, brincar de "polícia e ladrão", "esconde-esconde", "pega-pega" e até carrinho de rolimã. As crianças de hoje, que praticamente nasceram sabendo mexer nos dispositivos móveis, por vezes não têm o repertório criativo que os adultos possuem.

"A criança é um ser do presente, ela vive no aqui e agora, mediante as interações que faz com o espaço em que está e com as pessoas que estão ao seu redor", ressalta Samanta Sivers.

Como brincar com os filhos nas férias?

A professora de Educação Infantil do Colégio Marista São Luís aconselha: "Não se aflija caso não tenha um extenso repertório brincante. Lembre-se das suas brincadeiras de infância. Quem nunca brincou de 'elefante colorido', 'siga o mestre', 'estátua' e 'passa anel'? Corra, vire cambalhotas, salte com a criança! Pule corda, elástico, obstáculos, amarelinha, solte bolhas de sabão, pipa ou o que for. Conecte-se com a textura da terra, da areia, da água. Interaja com os elementos da natureza que os rodeiam".

Portanto, aproveite as férias para se aproximar mais dos seus filhos. E que esse gesto seja repetido por todo o ano.

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Maria Thereza Antunes descobriu aos 32 anos que estava grávida do terceiro filho; o primeiro homem. A gestação foi uma surpresa. Mas ocorreu de forma tranquila e sem nenhuma intercorrência. Guilherme só foi um pouco apressado e chegou quase um mês antes do previsto, no dia 7 de julho.

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Na maternidade, a família esperava ansiosa para conhecer o garoto. Guilherme nasceu saudável, mas era um pouco diferente das outras crianças. Era mais mole, quieto, pouco chorava e tinha os olhos mais puxados. As características chamaram a atenção dos pais, um casal de médicos, que mesmo assim preferiram acreditar que estava tudo certo.

“Eu sabia que havia algo com o meu filho, mas não queira aceitar. As pessoas chegavam na minha casa e rapidamente iam embora. Quando o meu sogro dizia que ia nos visitar, eu saía de casa, para que ele não visse o meu filho. Até aceitar eu passei pela fase da culpa, da negação e até da depressão”, relembra Maria Thereza.

Guilherme chegou em uma época onde pouco se sabia sobre a Síndrome de Down. Os livros sobre a alteração genética eram limitados e difíceis para ter acesso. “Diziam que ele iria morrer cedo e coisas desse tipo. Era assustadora a falta de informação”. Só no dia 15 de setembro, dois meses após o nascimento de Guilherme, foi que Maria Thereza encarou de fato a realidade.

“O pediatra que acompanhava Guilherme chamou primeiro o meu marido para conversar e explicar a situação. Eles achavam que eu não sabia de nada. Mas eu sabia, só não queria aceitar. Foi então que o médico sugeriu que fizéssemos o cariograma, exame que detecta a síndrome, e foi confirmado. Essa é a data que eu considero o verdadeiro nascimento do meu filho”, relata.

Com o auxílio de tratamento, iniciado em São Paulo, já que no Recife era difícil encontrar esse tipo de acompanhamento na época, o garoto começou a se desenvolver como qualquer outra criança, só que alguns aspectos um pouco mais tarde. Guilherme andou aos dois anos e três meses; também aprendeu a falar. Frequentou escola, natação e adora praia. Hoje aos 32 anos vive a fase da adolescência e das descobertas. É carinhoso. Beija a mãe a todo momento.

O recomeço

Entender a situação do filho e a falta de informação sobre a Síndrome de Down despertou em Maria Thereza o desejo de ajudar outras famílias a encarar a realidade de forma mais tranquila e esclarecida. Em fevereiro de 1986 ela fundou a Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down (Aspad).

O espaço funciona na Rua Professor Barreto Campelo, bairro da Torre, Zona Norte do Recife. Na terça-feira são oferecidas aulas de dança. Na quarta e quinta-feira os alunos participam de aulas de reforço. Também há espaço para as mães, que contam com oficinas e outras atividades dentro da Aspad.

“No inicio eu notava que de 200 famílias associadas, apenas dez eram formadas por pais e mães. Na maioria o homem abandonava a casa por não conseguir encarar a situação do filho com Síndrome de Down. Isso começou a mudar, a partir do momento que as pessoas começaram a se informar”.

A esteticista Luiza da Silva, de 73 anos, foi buscar auxílio na Aspad. Ela é mãe de Leonardo, de 35 anos. Um garoto quieto, mas com um olhar encantador. Léo, como é chamado pelos amigos, frequentou escola, aprendeu a ler e hoje participa das atividades da associação. Fez malhação e atualmente pratica outros exercícios físicos.

“Passamos por uma fase muito difícil. Quando Léo nasceu, o ginecologista disse que era culpa exclusiva minha. Me senti arrasada. Eu urrava na maternidade, só fazia chorar. Foi então que uma outra médica veio e conversou com a minha família, e explicou toda a situação. Disse que ele era apenas uma criança especial”.  

Leonardo andou aos três anos, mas com nove meses já sabia falar. Luiza fez de tudo para cuidar da inclusão do filho. “Ele estudou em colégio regular, mas eu enfrentava muita dificuldade dentro do colégio, além de pagar mais caro por ele ter a sídrome. Mas faço tudo que posso pelo meu filho”. 

As causas

A Síndrome de Down, também conhecida como trissomia do cromossomo 21, é um distúrbio genético que ocorre quando existe um cromossomo extra no par 21. “É um acidente genético natural e universal, em qualquer idade, raça ou classe social”, explica Maria Thereza. De acordo com a médica, as causas ainda não foram comprovadas. 

O diagnóstico concreto da síndrome só é feito após o nascimento, através do exame do cariótipo. Antes disso, um ultrassom morfológico fetal pode apontar o distúrbio, mas sem total comprovação.

Um dos principais tratamentos para crianças com Síndrome de Down é a estimulação desde muito cedo. “Existem pontos importantes para a evolução dessas pessoas. A estimulação precoce, a credibilidade, oportunidade e você acreditar nelas. Elas são muito sensíveis e percebem quando são valorizadas”, alerta Maria Thereza.

Conviver com a síndrome é mais do que possível. “Aqui no Recife temos exemplos de pessoas que conseguiram estudar e se formar. Temos Humberto Suassuna formado em educação física, Amanda Morais uma pedagoga com pós-graduação e Bruno Ribeiro formado em turismo”. 

Confira no vídeo uma ação especial realizada esta semana pela ONG Novo Rumo:

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A atriz e cantora mexicana Gaby Spanic, conhecida por atuar em novelas  como A Usurpadora, estará no Brasil em maio para o lançamento de seu novo trabalho. Gaby apresentará seu primeiro álbum En Carne Viva. 

As cidades que receberão a artista serão o Rio de Janeiro, em 16 de maio e São Paulo, em 17 de maio. No vento, os fãs terão uma tarde com a cantora e juntos ouvirão trechos das novas músicas podendo interagir e comentar sobre as canções. O valor do ingresso para a convicência é de R$ 500, à venda através do site Mundo Enterntainment. 

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Ruas de Recife e Olinda serão tomadas neste domingo (17) por ciclistas que vão participar da segunda edição do Pedala PE. A ideia do passeio é chamar a atenção para a necessidade de dividir os espaços no trânsito de forma pacífica.

O evento, que no ano passado reuniu cerca de três mil pessoas, tem concentração marcada a partir das 8h, no Marco Zero, no Recife, e segue até Olinda, homenageando as duas cidades que completaram ano na última terça-feira (12). 

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Antes da largada, o governador Eduardo Campos vai anunciar a licitação para contratação da empresa que irá explorar o serviço aluguel de bicicletas nas cidades do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. O gestor também assina a ordem de serviço para início da elaboração do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife, que vai nortear as políticas públicas de infraestrutura cicloviária para os próximos 10 anos. 

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