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O ex-presidente Jair Bolsonaro se vacinou contra a Covid-19. É o que afirma o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, após a queda do decreto do sigilo de 100 anos sobre o cartão de vacinação do ex-presidente.

De acordo com o ministro, o registro da vacina é do dia 19 de julho de 2021, em São Paulo. Vinícius Carvalho ainda pontuou que a Controladoria-Geral da União investiga se o cartão de Bolsonaro foi adulterado em relação à dose contra a Covid-19.

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Polêmica

O anúncio da vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que passou toda a pandemia da Covid-19 incentivando a população a fazer uso da hidroxicloroquina e pondo em questão a vacina contra a doença que matou mais de 700 mil pessoas no Brasil, deixou parte da classe política revoltada.

A deputada Federal pelo PT, Erika Kokay fez críticas ao ex-presidente pelas suas redes sociais, ao publicar um vídeo em que Bolsonaro afirmando que não iria tomar a vacina quando a Anvisa liberou a imunização no Brasil. “A notícia de que Bolsonaro tomou vacina enquanto estimulava toda a população se vacinar é gravíssima. E se confirmada, reafirma seu requinte de crueldade genocida e sua condição de fake news ambulante!”, exclamou a deputada.

A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann também faloou sobre o assunto em suas redes. Na postagem em que compartilha um vídeo da CNN, ela diz que a "farsa caiu". "A FARSA CAIU! Enquanto dizia pro povo aglomerar, não se vacinar e tomar cloroquina, o genocida se vacinou e se protegeu. Quem confirma é o Ministro da CGU", legendou.

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Um pedido de Autorização de Uso Emergencial para a versão da vacina bivalente contra a covid-19, desenvolvida pelo laboratório farmacêutico Moderna e comercializada pela Adium, foi apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta sexta-feira (17).

Segundo a Anvisa, a vacina bivalente contém uma mistura de cepas do vírus SARS-Cov-2 e promete conferir maior proteção à variante Ômicron, quando comparada com vacinas monovalentes. Por sua transmissibilidade, observa a agência, a variante Ômicron causa preocupação às autoridades sanitárias do país.

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A Adium havia apresentado o pedido de registro da vacina, em janeiro. "Este pedido se encontra em análise pela equipe técnica da Anvisa. Porém, a empresa decidiu protocolar a Autorização de Uso Emergencial, paralelamente ao pedido do registro, de acordo com a manifestação favorável do Ministério da Saúde, conforme previsto no parágrafo único do Art. 1º da Resolução (RDC) 688, de 13 de maio de 2022", explicou a agência, em nota.

Uso Emergencial

Uma vez recebido o pedido de Autorização de Uso Emergencial, a Anvisa tem 30 dias para concluir sua avaliação. Esse prazo é interrompido sempre que for necessário solicitar à empresa a complementação de informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, de eficácia e de segurança apresentados.

Na semana em que o Brasil conseguiu atingir 24h sem novos casos de Covid-19 desde 2020, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) comemorou a suspensão do passaporte vacinal em São Paulo. O filho do ex-presidente parabenizou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas redes sociais.

O projeto de lei que proíbe a exigência do comprovante de vacinação para a Covid-19 em estabelecimentos públicos ou privados foi sancionado nessa quarta-feira (15). A assinatura de Tarcísio foi dada com o veto de sete dos nove artigos propostos pelos deputados estaduais.

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Ainda assim, Eduardo observou o "resultado prático" da medida para enfraquecer os esforços do poder público em estimular a imunização. Embora o governador tenha vetado o trecho que pedia autonomia para que as famílias decidissem sobre a vacinação de menores de idade mesmo com recomendação das autoridades sanitárias, o parlamentar indicou que a criança não precisa ter tomado as doses para frequentar a escola.

"Seu filho, vacinado ou não, poderá frequentar a escola pública ou privada. O resultado prático é que os pais decidem isto", publicou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) obrigou a Guiné Equatorial, localizada da África Central, a declarar alerta sanitário após confirmar o surto do vírus Marbug. Da mesma família do Ebola, a média de mortalidade da doença é de 50% dos contaminados. A depender da variante, o índice pode disparar para 88% dos casos. 

O ministro da Saúde do país, Ondo'o Ayekaba, classificou o surto como uma "situação epidemiológica atípica", confirmada em amostras enviadas para laboratórios no Senegal. Ele também informou que nove mortes foram contabilizadas entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, a princípio nos distritos Nsok Nsomo. Outros 16 casos estão sob suspeita e 21 pessoas foram isoladas após contato com os mortos. Segundo a DW, 4.325 pessoas estão em quarentena domiciliar. 

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"O vírus de Marburg é altamente contagioso. Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pode chegar rapidamente para salvar vidas e parar o vírus o mais rapidamente possível", avaliou a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti. 

Entres os sintomas estão: febre, fraqueza, vômitos e diarreia com sangue. O vírus é transmitido entre morcegos e primatas e, em seguida, para humanos. O contágio entre humanos no contato de fluídos corporais ou com superfícies e materiais usados por pessoas infectadas. Ainda não há vacinas e medicamentos para o Marburg. Assim como foi com a Covid-19, o tratamento inicial consiste em aliviar os sintomas. 

Origem europeia

Apesar da relação com a África, o vírus foi descoberto na Alemanha, em 1967, na cidade que deu seu nome. Ele causou surtos em laboratórios de Marbug e Belgrado, na atual Sérvia.  

 Na época, sete pessoas morreram durante as pesquisas. Em 2004, a doença resultou na morte de 90% dos 252 infectados em Angola. No ano passado, ela foi responsável por dois óbitos em Gana. Outros países do continente como Guiné-Conacri, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda também tiveram histórico com a Marbug. 

Dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgados no início da noite de domingo (12), mostram que pela primeira vez, em 24 horas, o Brasil não registra mortes causadas pela Covid-19.

Segundo o Conass, no período de 24 horas foram registrados 298 novos casos de Covid-19. A média móvel dos últimos 7 dias foi de 45 óbitos e 9.126 novos casos diários da doença.

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Desde o início da pandemia, em março de 2020, foram registrados 36.932.830 casos da doença, com 697.674 óbitos. As taxas de incidência e de mortalidade, referentes a casa 100 mil habitantes, são de 17.575 casos de covid-19 e 332 óbitos.

Vacinação

No início do mês, o Ministério da Saúde divulgou o cronograma para 2023 do Programa Nacional de Vacinação, inclusive da Covid-19. As ações começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço bivalentes contra a doença na população com maior risco de desenvolver formas graves da Covid-19, como idosos acima de 60 anos de idade e pessoas com deficiência.

Também está previsto para abril intensificar a campanha de vacinação contra a influenza, antes da chegada do inverno, quando as temperaturas mais baixas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias. Já em maio, deve ocorrer uma ação de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo nas escolas.

As etapas, de acordo com o ministério, foram organizadas de acordo com os estoques de doses existentes, as novas encomendas realizadas pela pasta e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes de vacinas.

Uma única injeção de um novo tratamento antiviral contra a Covid-19, em fase de testes clínicos, reduziu pela metade o risco de internação, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.

Mesmo após a doença ter saído das capas dos jornais, o desenvolvimento de novas opções de tratamento continua sendo crucial, principalmente contra novas variantes, assinalou Jeffrey Glenn, professor de imunologia da Universidade de Stanford e coautor do estudo, publicado na revista "NEJM".

Cerca de 500 pessoas ainda morrem diariamente por causa da doença nos Estados Unidos. O tratamento usa interferons, proteínas-chave na resposta imunológica liberadas na presença de um vírus e que aderem aos receptores de determinadas células, desencadeando "um mecanismo de defesa antiviral inato" (diferente dos anticorpos), explicou Glenn.

Existem várias classes de interferons, entre eles os chamados lambdas. A particularidade dos mesmos é que eles aderem principalmente às células dos pulmões, precisamente onde a covid faz estragos.

O tratamento consiste em uma injeção de uma versão sintética dos interferons lambda nos sete dias após o surgimento dos primeiros sintomas de covid, o que foi testado em um ensaio clínico com mais de 1.900 adultos que tinham a doença, entre junho de 2021 e fevereiro de 2022, no Brasil e Canadá, com 85% dos pacientes já vacinados.

Entre as 931 pessoas que receberam o tratamento, 25 foram hospitalizadas, contra 57 dos 1.018 pacientes que receberam um placebo, o que representa uma diferença de 51%, segundo o estudo. Os resultados são ainda melhores quando se isolam os pacientes não vacinados.

"É espetacular", declarou Glenn, fundador da empresa Eiger Biopharmaceuticals, que desenvolveu o tratamento e da qual é acionista.

O tratamento, de injeção única, oferece uma vantagem prática em relação ao antiviral Paxlovid, da Pfizer, que requer dezenas de comprimidos a serem tomados ao longo de cinco dias, argumentou o cientista.

Certos tratamentos, como os anticorpos monoclonais, assim como vacinas, aos poucos perderam sua eficácia frente às novas variantes. Mas, graças ao fato de os interferons interagirem com as células, o tratamento não será afetado pela evolução do vírus.

Segundo a Eiger Biopharmaceuticals, que havia divulgado previamente esses resultados à imprensa, a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) não respondeu a um pedido de autorização de emergência. Mas Glenn está otimista: "Tenho esperança de que este estudo ajude a motivar os reguladores, aqui e em todo o mundo, a encontrar uma forma de levar o tratamento aos pacientes o quanto antes."

Na madrugada desta segunda-feira (6), morreu, aos seis anos, Francisco Bombini, o Super Chico. Depois de nascer com síndrome de Down, ele chamou a atenção por resistir a outras complicações e superar dois diagnósticos de Covid-19.

A família informou que o menino foi vítima de uma parada cardíaca e teve a morte confirmada em Bauru, no Interior de São Paulo. Nascido prematuro, Chico ficou seis meses no hospital após o nascimento e passou por sete cirurgias - uma delas ainda no útero - para reverter quadros cardíacos, problemas renais e de hipotireoidismo.

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O menino ficou conhecido depois de vencer o coronavírus duas vezes. Na primeira, ele ficou 18 dias internado, sendo 13 nas UTI. Com mais de 272 mil seguidores nas redes sociais, o perfil usado para compartilhar a rotina do pequeno foi usado para prestar homenagens. 

"Tenho certo pra mim que todos temos uma missão nessa vida e a do Chico foi a de plantar sementes de amor no coração das pessoas!", escreveu a mãe Daniela Guedes.

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Recife anunciou a retomada da vacinação contra a Covid-19 para bebês a partir dos seis meses e crianças até os 11 anos. As doses voltam a ser distribuídas nos 16 locais de imunização da cidade a partir deste sábado (4), mediante agendamento no aplicativo ou no site do Conecta Recife.

Após as aplicações serem suspensas em dezembro por falta de doses enviadas pelo Ministério da Saúde, a Prefeitura informou que 13.860 doses de Pfizer Baby foram entregues para atender bebês de seis meses e crianças até os dois anos.

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Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, 1.612 meninos e meninas com essa idade estão aptos a receber a segunda dose do imunizante. É importante frisar que não há necessidade de intervalo entre as doses das vacinas do calendário de rotina e o imunizante da Covid-19.

Outras 48.116 bebês crianças na mesma faixa ainda não começaram o ciclo de proteção de três doses. As duas primeiras têm intervalo de 21 dias (3 semanas), seguidas pela terceira que deve ser administrada pelo menos dois meses (8 semanas) após a segunda dose.

O público infantil de três a quatro anos também vai receber a Pfizer Baby. A Prefeitura explicou que o Ministério da Saúde adotou uma nova recomendação e indicou que a terceira dose com o imunizante, mesmo que a criança já tenha iniciado o esquema com a Coronavac. Esse reforço será feito em um intervalo de quatro meses após a segunda dose da Coronavac. Até agora, 3.202 crianças nessa faixa etária podem receber esta terceira dose. 

A imunização de crianças de cinco a 11 anos também foi suspensa em janeiro por falta de vacinas. O município informou que recebeu 45.380 doses da Pfizer Pediátrica para atender as 39.264 crianças que ainda faltam receber a primeira dose do imunizante. Outras 27.643 já podem tomar a segunda dose e 37.980 a terceira.

As aplicações são feitas em 16 unidades de referência para vacinação espalhadas em shoppings e centros de saúde do Recife. O endereço e os horários de funcionamento de cada local podem ser vistos no site.

O Ministério da Saúde divulgou esta semana o cronograma para 2023 do Programa Nacional de Vacinação. As ações começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço bivalentes contra a covid-19 na população com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.

Também está previsto para abril intensificar a campanha de vacinação contra a influenza, antes da chegada do inverno, quando as temperaturas mais baixas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias. Já em maio, deve ocorrer uma ação de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo nas escolas.

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As etapas, de acordo com o ministério, foram organizadas de acordo com os estoques de doses existentes, as novas encomendas realizadas pela pasta e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes de vacinas.

O cronograma foi pactuado com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e pode ser alterado caso o cenário de entregas seja modificado ou tão logo novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Confira as cinco etapas do cronograma:

Etapa 1 - fevereiro

Vacinação contra covid-19 (reforço com a vacina bivalente)

Público-alvo: Pessoas com maior risco de formas graves de covid-19; pessoas com mais de 60 anos; gestantes e puérperas; pacientes imunocomprometidos; pessoas com deficiência; pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP); povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas; trabalhadores da saúde.

Etapa 2 - março

Intensificação da vacinação contra covid-19

Público alvo: Toda a população com mais de 12 anos.

Etapa 3 – março

Intensificação da vacinação contra covid-19 entre crianças e adolescentes

Público alvo: Crianças de 6 meses a adolescentes de 17 anos.

Etapa 4 – abril

Vacinação contra Influenza

Público-alvo: Pessoas com mais de 60 anos; adolescentes em medidas socioeducativas; caminhoneiros; crianças de 6 meses a 4 anos; Forças Armadas; forças de segurança e salvamento; gestantes e puérperas; pessoas com deficiência; pessoas com comorbidades; população privada de liberdade; povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas; professores; profissionais de transporte coletivo; profissionais portuários; profissionais do Sistema de Privação de Liberdade; trabalhadores da saúde.

Etapa 5 - maio

Multivacinação contra poliomielite e sarampo nas escolas.

Baixa cobertura

O ministério destacou que o Brasil, apesar de ser considerado um país pioneiro em campanhas de vacinação, vem apresentando retrocessos nesse campo desde 2016. Praticamente todas as coberturas vacinais, segundo a pasta, estão abaixo da meta.

“Diante do cenário de baixas coberturas vacinais, desabastecimento, risco de epidemias de poliomielite e sarampo, além da queda de confiança nas vacinas, o Ministério da Saúde realizou, ao longo do mês de janeiro, uma série de reuniões envolvendo outros ministérios.”

“É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas.”

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu manter o nível máximo de alerta para a pandemia de Covid-19, exatamente três anos depois de declarar a doença como uma emergência de saúde pública internacional.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, seguiu as recomendações do comitê de emergência da Covid-19, formado por especialistas que se reuniram na sexta-feira, afirma um comunicado.

O comitê declarou a epidemia de Covid-19 como uma emergência de saúde pública de importância internacional em 30 de janeiro de 2020, em um momento em que havia apenas 100 casos fora da China e nenhuma morte registrada.

Na sexta-feira, a OMS registrou no total mais de 752 milhões de infectados e quase 7 milhões de mortes, segundo dados oficiais, que a própria organização admite estarem muito aquém da realidade.

"Ao entrarmos no quarto ano da pandemia, não há dúvida de que estamos em uma situação muito melhor agora do que há um ano, quando a onda ômicron estava no auge", disse Tedros na abertura da reunião de seu Comitê Executivo, reunido em Genebra.

Mas reiterou imediatamente: "Desde o início de dezembro, as mortes semanais relatadas aumentaram. Nas últimas oito semanas, mais de 170.000 pessoas morreram de covid-19".

- "Não subestimem" o vírus -

"Minha mensagem é clara: Não subestimem esse vírus, ele nos surpreendeu e continuará nos surpreendendo e matando, a menos que façamos mais para fornecer assistência médica a quem precisa e combater a desinformação em escala global", disse na semana passada.

Na semana de 16 a 22 de janeiro, metade das 40.000 mortes contabilizadas oficialmente ocorreram na China, que recentemente abandonou sua política de "covid zero", uma das mais rígidas do mundo, diante do descontentamento popular.

O Comitê avalia que "a pandemia de Covid-19 provavelmente está em fase de transição".

O diretor da OMS lamentou que pouquíssimas pessoas estejam vacinadas contra o vírus, seja por falta de vacinas ou por desconfiança, apesar de vários estudos comprovarem seus efeitos positivos.

"Não podemos controlar o vírus da Covid-19, mas podemos fazer mais para lidar com as vulnerabilidades das populações e dos sistemas de saúde", disse Tedros nesta segunda-feira.

O mundo continua "perigosamente despreparado" para a próxima pandemia, alertou a Cruz Vermelha em um relatório sobre as lições da Covid-19, publicado nesta segunda-feira.

"A próxima pandemia pode ser iminente e, se a experiência da Covid-19 não acelerar os preparativos, o que vai acelerar?", questionou Jagan Chapagain, secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

"A preparação global para a pandemia de Covid-19 foi inadequada e ainda estamos sofrendo as consequências. Não haverá desculpa" se não nos prepararmos, acrescentou.

O governo japonês vai suspender a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e rebaixar a classificação da Covid-19 – anunciou o primeiro-ministro Fumio Kishida, nesta sexta-feira (27).

As mudanças, que entram em vigor no início de maio, vão rebaixar a classificação da doença à mesma da gripe. Atualmente, ela está no mesmo nível da tuberculose e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).

"Em relação ao uso de máscaras, tanto em locais fechados quanto abertos, a decisão dependerá de cada pessoa", disse Kishida em uma reunião do governo.

"Tomaremos outras decisões sobre 'a vida com o coronavírus' e vamos voltar gradualmente à normalidade", acrescentou.

No Japão, onde o uso de máscaras ainda é indicado em locais públicos, mesmo antes da pandemia, muitas pessoas já usavam a proteção quando acometidos por um resfriado, ou para se protegerem dos vírus no inverno.

Segundo pesquisas, a maioria da população manterá o hábito por motivos de saúde pública.

Com a mudança na classificação da doença, é esperado que pessoas com covid-19 e as que tiveram contato com o vírus não precisem mais ficar isoladas.

Na Coreia do Sul, o uso de máscaras também deixará de ser obrigatório, a partir da próxima segunda-feira (30). Já a China abandonou sua rigorosa política de "covid zero" no mês passado.

Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (26), a previsão de iniciar o reforço bivalente de imunização contra a Covid-19 no fim de fevereiro. A perspectiva foi apresentada durante a primeira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2023, realizada em Brasília (DF), na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).

A expectativa da Pasta é que, a partir de 27 de fevereiro, pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, recebam o reforço bivalente.

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Confira como será a divisão: 

Fase 1: pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;

Fase 2: pessoas entre 60 e 69 anos;

Fase 3: gestantes e puérperas; e Fase 4: profissionais de saúde.

As informações foram apresentadas pelo diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis (SVSA/MS), Éder Gatti. "Fechamos o ano de 2022 com baixa cobertura vacinal em quase todas as imunizações. Também encontramos um baixo estoque de vacinas. Por isso, temos o risco real de desabastecimento de imunizantes importantes para o nosso calendário, como a BCG, Hepatite B e tríplice viral, por exemplo", alertou.

Com o cenário, Éder pontuou o risco da reintrodução de casos de poliomielite em território nacional. "Os nossos passos serão de reforço ao compromisso com a ciência, o fortalecimento da atenção primária e ações complementares, como a vacinação nas escolas", adiantou.

Diálogo permanente

Durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou o diálogo interfederativo entre União, estados e municípios, e destacou a importância do trabalho conjunto na tomada de decisões.  "Este é um momento histórico (de retomada de diálogo). A nossa política deve ser de cuidado e construção coletiva. Pensar em saúde não pode ser uma visão de gasto social, mas um componente essencial da cidadania", afirmou Nísia. 

A titular da pasta acrescentou outras pautas de destaque, como a recuperação do Programa Farmácia Popular, a retomada de novas bases do Programa Mais Médicos e a redução de filas no Sistema Único de Saúde. 

A cerimônia contou com a presença de representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). 

Wilames Bezerra, presidente do Conasems, declarou que enxerga “o Sistema Único de Saúde do Brasil como um grande patrimônio da nação, que deu respostas à população nos momentos mais precisos, como no combate à pandemia de Covid-19".  Na avaliação de Cipriano Maia, presidente do Conass, o momento de diálogo entre os entes interfederativos requer comemoração.

"Desde a mudança de governo, estamos prenunciando que viveremos tempos diferentes, com diálogo permanente na construção do SUS. Isso, não podemos esquecer, é realizado em tripartite", defendeu. 

Política pública

Representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Socorro Gross, considerou que a reunião é o momento de dar transparência às decisões de saúde. "Um SUS mais resiliente, construído de forma social, não é uma utopia, mas o que as pessoas precisam e podem ter. Nós, da Opas, unimos forças com o Ministério da Saúde para construir este SUS", garantiu. 

*Do Ministério da Saúde

O número de mortes diárias por Covid-19 na China caiu quase 80% desde o início do mês, um sinal de que o forte surto de infecções no país começou a abrandar, disseram as autoridades.

Na segunda-feira (23) foram registradas 896 mortes atribuídas à Covid-19 nos hospitais, 79% menos do que em 4 de janeiro, informou na quarta-feira (25) o Centro de Controle de Doenças (CCE) da China.

O CCE informou na semana passada que quase 13 mil pessoas foram infectadas com a covid-19 entre 13 e 19 de janeiro, abaixo das 60 mil infectadas pelo vírus um mês antes.

Anúncios recentes de governos locais e da imprensa indicam que a onda de casos pode ter começado a diminuir desde que atingiu seu pico em dezembro e início de janeiro, quando hospitais e crematórios ficaram saturados.

O país mais populoso do mundo enfrentou uma onda de infecções depois que Pequim encerrou sua política de covid zero em dezembro.

Acredita-se que os números de Pequim representem apenas uma fração da magnitude do contágio, devido aos critérios restritos usados para definir quando uma morte se deve à Covid-19.

Os casos graves em hospitais também caíram para 36.000 na segunda-feira, 72% a menos que o pico de 128.000 em 5 de janeiro, informou o CCE.

O anúncio foi feito durante o Ano Novo Lunar, o maior feriado da China, um período de extensas viagens pelo país que as autoridades alertaram que poderia levar a uma nova explosão de infecções.

Até terça-feira, cerca de 664 milhões de viagens foram feitas em todo o país por ocasião do feriado, informou a televisão estatal CCTV.

Em um cenário de variantes e crescimento de casos de Covid-19, apesar de menos severos, o Ministério da Saúde estagnou a segunda dose de reforço em pessoas com mais de 40 anos. Com um público majoritariamente jovem e ainda fora da cobertura da 4ª dose, as prévias de Carnaval já atraem multidões e são ambientes de fácil transmissão do vírus.  

Uma das grandes discussões sobre a Covid-19 foi a situação em que o Brasil estaria se tivesse suspendido o Carnaval em 2020. Naquela ocasião, nenhum diagnóstico havia sido confirmado no país, mas, agora, depois da experiência vivida nesses três anos de pandemia, a imunização mostrou ter sido determinante para que os blocos e agremiações pudessem voltar com a festa popular.

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Nessa segunda (23), o país registrou 12.860 novos casos e 67 óbitos causados pela doença. No geral, mais de 696 mil vidas foram perdidas pelas complicações pela Covid-19.

Sem expectativa para ampliar o plano da segunda dose de reforço para pessoas com menos de 40 anos - faixa etária dominante nas festas de Carnaval - o Ministério da Saúde informou que seu corpo técnico acompanha diariamente o cenário epidemiológico e entende que ainda não há necessidade de alterar o esquema atual.

Em nota enviada à reportagem, a pasta ressaltou que atende às evidências científicas e que distribuiu mais de 595 milhões de vacinas de forma proporcional e igualitária para todo o Brasil. 

"Atualmente, a segunda dose de reforço da vacina Covid-19 é indicada para pessoas a partir de 40 anos. A Câmara Técnica Assessora em Imunizações mantém as discussões referentes às alterações e ampliações do esquema vacinal para novos grupos, de acordo com as evidências científicas e o cenário epidemiológico, que são acompanhados diariamente”, comunicou.

No meio da crise sanitária da pandemia da Covid-19, a então ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves pediu que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) rejeitasse leitos de UTI e produtos de limpeza a indígenas, em nota técnica enviada ao Planalto no dia 6 de julho de 2020. Damares justificou o pedido com a explicação de que os povos não foram “diretamente consultados pelo Congresso Nacional”. 

A nota foi assinada pelo secretário adjunto da Igualdade Racial Ezequiel Roque, e solicitava que Bolsonaro retirasse da lei de proteção aos indígenas a obrigação da União, estados e municípios fornecerem itens como água potável, materiais de limpeza, higiene e desinfecção, leitos de UTI, ventiladores pulmonares e materiais informativos sobre a Covid-19. Segundo a coluna de Guilherme Amado, do O Globo, à época, Bolsonaro concordou com o pedido. 

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“Mesmo cientes da situação de excepcionalidade vivida pelo País e da celeridade em aprovar projetos de lei que beneficiem e projetam os povos tradicionais, os povos indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais não foram diretamente consultados pelo Congresso Nacional”, endossou Damares no documento. 

No dia da publicação dos vetos presidenciais, em 8 de junho, o ministro Luís Roberto Barroso mandou o governo adotar medidas para evitar mortes de indígenas pela doença. A decisão de Barroso foi referendada um mês depois pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), e o Congresso Nacional derrubou os vetos de Bolsonaro com as solicitações de Damares. 

 

"Não temos mais medo!", disseram nesta segunda-feira (23) os habitantes de Wuhan, que recuperaram uma vida completamente normal, três anos após o início de um rígido e traumatizante confinamento para lutar contra a Covid-19.

Cidade industrial de 11 milhões de habitantes situada no centro-leste da China, Wuhan sofre com o surto de um vírus desconhecido desde o final de 2019, o qual causou pneumonia em um número crescente de seus habitantes.

Em 23 de janeiro de 2020, as autoridades de Wuhan decidiram confinar a cidade, um mês e meio antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerar o vírus uma pandemia global que deixou milhões de mortos em todo o mundo.

Três anos depois, a vida voltou ao normal na maioria dos países, incluindo a China, cujo governo anunciou, no início de dezembro, o fim da maioria de suas restrições sanitárias.

Nesta segunda-feira, praticamente não havia sinais da cidade fantasma em que Wuhan se transformou a partir de janeiro de 2020.

Apesar do vento gelado, seus habitantes aproveitavam o feriado do Ano Novo Chinês para fazer compras nos mercados, ou passear às margens do rio Yangtze. Alguns idosos se alongavam, enquanto outros cidadãos de Wuhan soltavam pipas.

Muitos deles também visitam o Templo Guiyuan, um dos prédios mais conhecidos da cidade e aberto, pela primeira vez nos últimos três anos, para o feriado prolongado.

- "Vida normal" -

"O novo ano que começa agora será, sem dúvida, o melhor. Não temos mais medo do vírus!", disse o agente de manutenção Yan Dongju à AFP.

Um pouco mais adiante, um jovem entregador de refeições concorda com ele.

"Todo o mundo voltou a ter uma vida normal. Ficam com a família, com os amigos, sai para se divertir, ou viajar. Voltam a sorrir", comentou Liang Feicheng.

“Não estamos mais preocupados e inquietos como antes”, diz o entregador, de óculos e máscara para se proteger do frio gelado.

Anunciado no meio da noite e aplicado poucas horas depois, o confinamento de janeiro de 2020 pegou de surpresa os habitantes desta metrópole chinesa.

Aeroportos e estações de trem, bem como conexões rodoviárias, foram fechados. Wuhan ficou isolada do mundo por 76 dias, com seus habitantes trancados em suas casas e hospitais sobrecarregados com a chegada dos doentes.

Agora, o caos de três anos atrás é coisa do passado.

- 'A Casa da Esperança' -

Em frente a uma loja, onde a AFP fotografou um cadáver caído na calçada, foi aberta uma escola, cujo nome parece ser um aceno para a superação desse período crítico: "A Casa da Esperança".

Suspeito de ser o epicentro da epidemia, o mercado de frutos do mar de Huanan fechou em 2020. Grandes barreiras azuis continuam protegendo o local, diante do qual há uma viatura policial, segundo a AFP.

Apesar do retorno dos habitantes de Wuhan à normalidade, assim como do restante da China, isso não significa que o coronavírus tenha desaparecido do gigante asiático.

Cerca de 80% da população da China contraiu a Covid-19 desde o fim das restrições sanitárias no início de dezembro passado, segundo o epidemiologista Wu Zunyu, uma referência no país da luta contra o vírus.

Neste fim de semana, a China informou a ocorrência pelo menos 13 mil novos óbitos "relacionados com a Covid-19" entre 13 e 19 de janeiro. Este número, que se refere apenas às pessoas falecidas nos hospitais, soma-se aos 60 mil mortos registrados desde dezembro e já anunciados pelas autoridades.

A China registrou quase 13.000 mortes relacionadas com a covid em hospitais, entre 13 e 19 de janeiro, depois de uma autoridade de alto escalão da Saúde afirmar que a grande maioria da população já havia contraído o vírus.

Há uma semana, o governo chinês informou que quase 60.000 pessoas morreram de covid em hospitais, até 12 de janeiro.

Ontem, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China anunciou que 681 pacientes hospitalizados morreram de insuficiência respiratória por coronavírus, e outros 11.977, de outras doenças combinadas com o vírus.

Esses dados não incluem pessoas que morreram em casa.

A Airfinity, uma consultoria independente, estimou que a taxa diária de mortalidade na China atingirá o pico de 36.000 durante o Ano Novo Lunar neste fim de semana.

A empresa também estimou que mais de 600.000 pessoas morreram da doença desde que a China abandonou sua política de "covid zero" em dezembro.

A China já superou o pico de casos, segundo os registros de internações em clínicas, pronto-socorros e unidades de terapia intensiva, disse Guo Yanhong, funcionário de alto escalão da Comissão Nacional de Saúde, na quinta-feira.

- Baixa probabilidade de segunda onda -

Dezenas de milhões de pessoas viajaram neste fim de semana para se reunirem com suas famílias e celebrar o feriado mais importante do calendário chinês, neste domingo, aumentando os temores de um agravamento do surto epidêmico.

As autoridades de transporte chinesas projetam que, entre este mês e fevereiro, serão feitas mais de dois bilhões de viagens, um dos maiores movimentos de pessoas do mundo.

Na quarta-feira, o presidente Xi Jinping manifestou sua preocupação com a propagação do vírus nas áreas rurais da China, que têm menos recursos de saúde.

Em postagem na rede social Weibo neste sábado, o diretor de Epidemiologia do CDC, Wu Zunyou, afirmou, porém, que o país não vai sofrer uma segunda onda de contágios nos próximos dois a três meses, depois que milhões de pessoas viajarem das grandes cidades para suas cidades natais.

Segundo ele, cerca de 80% da população já foi infectada.

"Embora o grande número de pessoas viajando durante o Festival da Primavera possa promover uma propagação da epidemia até certo ponto (...) a atual onda epidêmica já infectou cerca de 80% da população", disse Zunyou.

"No curto prazo, por exemplo, nos próximos dois a três meses a possibilidade de (...) uma segunda onda da epidemia no país é muito baixa", completou.

No sábado à noite, moradores de Wuhan, a metrópole do centro do país onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez. no final de 2019, comemoraram a chegada do Ano do Coelho com fogos de artifício, flores e oferendas aos mortos pelo vírus.

O Ministério da Saúde recebe nesta sexta-feira (20) um lote com 7,2 milhões de doses de vacina pediátrica e baby da Pfizer contra a covid-19. As vacinas, que são o primeiro lote de um total de 7,7 milhões, são parte de um aditivo fechado entre o ministério e o laboratório que prevê a entrega de 50 milhões de doses dessa vacina para ser aplicada em crianças entre 6 meses e 11 anos de idade. Segundo o ministério, amanhã (21), pela madrugada, está prevista a entrega de um novo lote, contendo mais 550 mil doses. 

Os lotes dessa vacina estão sendo entregues no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo.

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Desse total que está sendo entregue entre hoje e amanhã, 4,5 milhões de doses são da vacina chamada Baby e serão destinadas para crianças de seis meses a 4 anos de idade. As demais 3,2 milhões de doses são de vacina pediátrica e serão destinadas ao público entre 5 e 11 anos.

A Pfizer informou que as 42,3 milhões de doses restantes desse contrato serão entregues ao Brasil até o final do primeiro semestre deste ano, embora haja uma tentativa de que essa entrega seja antecipada.

“A Pfizer segue envidando seus melhores esforços para entregar o maior volume de doses possível ainda no primeiro trimestre, de forma a atender a necessidade do país”, disse a empresa.

Segundo o ministério, as vacinas passarão por análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e depois serão distribuídas para todos os estados e o Distrito Federal. A vacinação de crianças contra a covid-19 é fundamental para proteger esse público contra as formas graves da doença, além de evitar mortes. O ministério ressalta que os imunizantes são seguros e já foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Bivalente

A Pfizer informou ainda que, além das vacinas pediátricas e Baby, mais 19,4 milhões de vacina bivalente devem ser entregues ainda neste mês de janeiro ao governo brasileiro. Desse total, 9,2 milhões já foram entregues. O restante deve chegar ao Brasil até o dia 30 de janeiro. A vacina bivalente é aplicada em pessoas com idade acima dos 12 anos e protege contra a cepa original do coronavírus e também contra algumas subvariantes da Ômicron.

Crianças com idades de três e quatro anos poderão voltar a se vacinar contra a Covid-19 no Recife, a partir desta sexta-feira (20), para a aplicação da quarta dose. A forma de confirmação é o agendamento pelo site do Conecta Recife (conecta.recife.pe.gov.br), que estará aberto a partir das 18h desta quinta-feira (19). A vacinação para este grupo estava suspensa desde novembro, após os envios do Governo Federal serem interrompidos. 

De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau), a cidade recebeu 5,5 mil doses de Coronavac. Atualmente, a fila de espera de crianças com idades de três e quatro anos é superior ao número dos envios: 6.441. A gestão municipal afirma que chegou a enviar ofícios para o Ministério da Saúde cobrando o envio de novas remessas de Coronavac para a capital pernambucana.  

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O esquema vacinal das crianças deste grupo é feito em duas doses, com intervalo de 28 dias, e segue a mesma dose utilizada nos adultos. Crianças imunossuprimidas também devem tomar o imunizante. Não há necessidade de intervalo entre as doses das vacinas do calendário de rotina e o imunizante da Covid-19. 

Vacinação 30+ 

Em contato com a Sesau, o LeiaJá procurou saber quando haverá retomada da vacinação do grupo com 30 anos ou mais, para a aplicação da quarta dose, considerando a proximidade do Carnaval e das aglomerações nas festas de rua. A secretaria respondeu que o município aguarda ordem do Ministério da Saúde e que não há previsão para a vacinação desse grupo. 

Novos pontos de vacinação 

A vacinação de três e quatro anos será concentrada nos seguintes centros: shoppings Recife, em Boa Viagem; RioMar, no Pina; Boa Vista, na área central da cidade; e Tacaruna, em Santo Amaro. Além do Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, em Casa Forte; Policlínica Clementino Fraga, no Vasco da Gama; Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena; e Centro de Saúde Sebastião Ivo Rabelo, no Ibura. Os horários de funcionamento de cada um podem ser conferidos neste link: https://bit.ly/3tVdGkk.

Milhões de chineses viajaram para suas cidades natais nesta quinta-feira (19) para celebrar o feriado prolongado do Ano Novo Lunar com a família, uma situação que "preocupa" o presidente Xi Jinping pelo potencial de propagação da Covid-19 nas áreas rurais.

A previsão do governo é de mais de dois bilhões de viagens em um período de 40 dias entre janeiro e fevereiro na China, em um dos maiores deslocamentos em massa de pessoas do mundo.

A chegada às áreas rurais de dezenas de milhões de habitantes, onde o coronavírus se espalhou amplamente, pode levar a um aumento do número de casos de covid-19 nessas localidades, com poucas infraestruturas de saúde.

Nesta quinta-feira, as principais estações de trem em Pequim e Xangai estavam lotadas.

- "Nova fase" -

O presidente Xi Jinping manifestou sua preocupação com o impacto da doença nas áreas rurais neste feriado prolongado.

"Xi disse que está especialmente preocupado com as áreas rurais e a população rural, depois que o país fez ajustes em suas medidas de resposta à covid-19", disse a agência de notícias estatal Xinhua sobre os telefonemas feitos pelo governante às autoridades locais.

O presidente "insistiu nos esforços para melhorar os cuidados médicos para os mais vulneráveis ao vírus nas áreas rurais", acrescentou a Xinhua, citando as conversas de Xi em uma série de videoconferências, na quarta-feira (18), com profissionais de saúde, pacientes com covid-19 e trabalhadores.

"A prevenção e o controle da epidemia entraram em uma nova fase e ainda estamos em um período que requer grandes esforços (...) para suprir as lacunas nas áreas rurais", afirmou.

Em dezembro, Pequim levantou a estratégia draconiana de "covid zero" imposta pelas autoridades. Essa política desacelerou a economia do gigante asiático e desencadeou grandes manifestações.

Ontem, em meio à situação atual, Xi avaliou que adotar essa política foi uma "boa escolha". Desde a supressão dessas medidas, o país registrou um aumento impressionante de casos. Inúmeros relatos e informações circulam nas redes sociais sobre essa disparada.

Nesse contexto, a agência chinesa reguladora do ciberespaço anunciou na quarta-feira que reforçará sua vigilância contra "informações falsas" no período de festas para evitar o aumento dos "pensamentos negativos" on-line.

O órgão pediu que se evite "boatos" e "(falsos) testemunhos de doentes", criados, segundo ele, para chocar os internautas. Afirmou, ainda, que esta campanha pretende remover os conteúdos que "induzirem o público ao erro".

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