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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fará um pronunciamento, em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite deste domingo (7). A mensagem, que deve ir ao ar por volta das 20h, vai destacar a declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS), que decretou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em relação à Covid-19. Segundo a assessoria da ministra, a ideia é que ela ressalte que a Covid-19 ainda não acabou e que a vacinação continua fundamental.

Após mais de três anos, a OMS declarou na última sexta-feira (5) que a Covid-19 não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional. De acordo com a entidade, o vírus se classifica agora como um “problema de saúde estabelecido e contínuo”.

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"É uma grande vitória para a sociedade, possível graças à ciência e à vacinação, orientadas para o acesso à saúde. Ao mesmo tempo, o anúncio não significa o fim da circulação do vírus, mas uma mudança de abordagem. Ainda temos que ter cuidados, inclusive nos vacinando contra a Covid-19, o que em muitos países passou a compor o calendário anual, a exemplo da vacinação contra a influenza", escreveu a ministra, nas redes sociais.

Em todo o mundo, a pandemia levou à morte mais de 7 milhões de pessoas, número que pode estar subestimado. Somente no Brasil, o número de vidas perdidas ultrapassou as 700 mil pessoas.

No dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência de saúde pública da Covid-19, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, culpou a esquerda pelas mais de 701 mil vítimas fatais da doença no Brasil. Nessa sexta-feira (5), em entrevista à Revista Oeste, o cardiologista defendeu a postura do governo Bolsonaro ao longo da pandemia. 

Quarto e último ministro da Saúde de Bolsonaro após uma troca constante desde o início da crise sanitária, Queiroga sugeriu que, em pouco mais de um ano e meio à frente da pasta, conseguiu reconstruir o sistema de saúde do Brasil. 

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“Recuperamos o que a esquerda destruiu no passado”, afirmou o ex-ministro. “Fecharam 40 mil leitos de terapia intensiva. Acho que a esquerda é grande culpada pelos óbitos que tivemos no Brasil. Eles destruíram o sistema de saúde, e nós tivemos de recuperá-lo durante a pandemia”, complementou. 

LeiaJá também: Bolsonaro teria tomado três doses de vacina, diz PF

Com a entrada do governo Lula, os novos integrantes da pasta identificaram 38,9 milhões de vacinas contra a Covid-19 fora da validade. Antes mesmo do prejuízo de R$ 2 bilhões, o ex-presidente e membros do primeiro escalão do antigo governo desistimulavam a campanha de imunização. Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid também indicaram atraso na compra das doses imunizantes e indícios de corrupção no processo de aquisição

Queiroga foi categórico e garantiu que “não houve atraso na compra” de insumos para o Brasil. "Temos certeza que trabalhamos para fortalecer o Sistema Único de Saúde, para aumentar sua capacidade de vigilância e melhorar a condição da atenção primária à saúde”, defendeu.

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar, nesta sexta-feira (5), que a covid-19 não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a pandemia ainda não acabou e pediu que as pessoas sigam adotando cuidados contra a doença, especialmente a atualização do esquema vacinal. 

"Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo. E o governo federal irá incentivar a saúde, ciência e pesquisa no nosso país. Irá atuar para preservar vidas", escreveu Lula em uma postagem nas redes sociais.

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Na publicação, o presidente lembrou que o Brasil ultrapassou, desde o início da pandemia, a trágica marca dos 700 mil mortos pela covid-19. Ele também criticou a postura do seu antecessor, Jair Bolsonaro, por ter atrasado a compra de vacinas e estimulado o uso de medicamentos ineficazes contra a doença.

"E acredito que ao menos metade das vidas poderiam ter sido salvas se não tivéssemos um governo negacionista. Vidas perdidas pela negação da ciência. Por um governo que não comprou vacinas logo quando foram ofertadas ao país e incentivou o uso de remédios sem comprovação científica", postou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu nesta sexta-feira (5) o nível máximo de alerta sobre a pandemia de Covid-19, que deixou "pelo menos 20 milhões" de mortos no mundo, ao considerar que a doença está suficientemente controlada.

“Com grande esperança declaro que a Covid-19 já não é mais uma emergência sanitária de alcance internacional”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ele calcula que a pandemia deixou “pelo menos 20 milhões” de mortos, quase três vezes mais do que o balanço oficial de sua organização.

Em 3 de maio, o quadro de indicadores da OMS mostrava pouco menos de sete milhões de mortes registradas oficialmente.

Os especialistas ouvidos pelo diretor-geral consideraram "que é o momento de passar para uma gestão a longo prazo da pandemia de Covid-19", apesar das incertezas que subsistem sobre a evolução do vírus.

O nível máximo de alerta da organização foi declarado em 30 de janeiro de 2020, poucas semanas após a detecção na China dos primeiros casos da doença viral respiratória contra a qual não havia tratamento específico na época.

O boletim semanal Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela uma tendência de queda dos casos de Covid-19 entre os registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De outro lado, o levantamento chama atenção para as infecções pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) entre crianças. Além disso, aponta aumento das ocorrências de influenza A e B em diversos estados.

A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

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Os dados atualizados apontam que - nas últimas quatro semanas epidemiológicas - a covid-19 estava relacionada a 29,5% dos casos de SRAG com resultado positivo para alguma infecção viral. Já o VSR representou 48,6%. Quando se observa apenas os quadros de SRAG que evoluíram a óbito, 65,8% estão associados à covid-19. 

O VSR é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos. Ele é responsável por aproximadamente 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias em crianças até 2 anos de idade. Nessa faixa etária, cerca de 10% a 15% dos casos demandam internação hospitalar. Em adultos cardiopatas ou com problemas crônicos no pulmão, o VSR também pode gerar quadros que necessitam mais cuidados.

De acordo com o boletim, 17 das 27 unidades da federação registram sinal de crescimento de ocorrências de SRAG na tendência de longo prazo. Em sete delas, o avanço dos casos se relaciona fundamentalmente com a infecção de VSR entre o público infantil: Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe. 

Pesquisadores da Fiocruz explicam que, embora não exista imunizante para esse vírus, infecções podem ser evitadas levando as crianças para tomar as vacinas contra a gripe e contra a covid-19. Isso porque, elas terão menos risco de desenvolverem problemas respiratórios, evitando a ida aos hospitais, onde ficariam mais expostas ao VSR.

Entre a população adulta, o levantamento da Fiocruz aponta que a covid-19 se mantém predominante nos registros de SRAG associados à alguma infeção viral. No entanto, seu impacto vem se reduzindo, ao mesmo tempo em que surgem casos de influenza A e influenza B.

O Boletim Infogripe leva em conta as notificações de SRAG registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. A nova edição, disponibilizada na íntegra no portal da Fiocruz, se baseia em dados referentes à semana entre 16 e 22 de abril.

Ao todo, o Brasil já registrou em 2023 um total de 19.250 casos de SRAG com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Destes, 4,2% são referentes à influenza A; 4% à influenza B; 37% ao VSR; e 44% à covid-19. Outros 4.926 ocorrências estão em fase de análise.

Na manhã desta quarta-feira (3), a Polícia Federal cumpre mandados contra um grupo apontado por inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministérios da Saúde. Uma busca e apreensão teria sido realizada na nova casa de Jair Bolsonaro, em Brasília. A operação também resultou na prisão do braço direito do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid, e de dois assessores especiais. 

As ações foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a atuação das "milícias digitais". Ao todo, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

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Certificados falsos 

A Polícia Federal aponta que as inserções falsas, ocorridas entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, serviram para alterar a condição de imunizado. O objetivo, conforme a investigação, seria sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19. 

Os certificados de vacinação de Jair Bolsonaro, da filha Laura, de 12 anos, e do ex-assessor Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele teriam sido falsificados no esquema. 

"Tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19", detalhou a PF em nota. 

Cumprimento dos mandados de prisão

Além do tenente-coronel Mauro Cid, também teriam sido presos os ex-integrantes da segurança presidencial Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, e o secretário municipal de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha. 

Os crimes investigados são de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

O Comitê de Emergência para a Covid-19 se reunirá no próximo dia 4 de maio para sua 15ª sessão que definirá, entre outras coisas, se a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve manter a pandemia de Covid-19 ainda como uma Emergência Sanitária Pública de Interesse Internacional (Pheic).

O grupo, que foi convocado pelo diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, teve sua primeira reunião em 22 e 23 de janeiro de 2020, logo após os primeiros casos serem notificados formalmente pela China. No dia 30 do mesmo mês, o Comitê informou o diretor de que o novo coronavírus Sars-CoV-2 era uma Pheic.

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Os especialistas, desde então, encontram-se a cada três meses para analisar as orientações para a crise sanitária.

Da Ansa Brasil

A Casa Branca anunciou nesta segunda-feira (1º) que em 11 de maio encerrará a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de vacina contra a Covid-19 para viajantes e funcionários do governo dos Estados Unidos.

"Hoje anunciamos que o governo acabará com a exigência de vacina contra a Covid-19 para funcionários federais, contratados e viajantes aéreos até o final de 11 de maio, mesmo dia em que termina a emergência de saúde pública da Covid-19", informou o governo em comunicado.

Mais de um milhão de pessoas morreram de Covid-19 nos Estados Unidos. No entanto, a Casa Branca disse que a pandemia praticamente foi contida, levando o governo a suspender as restrições que estavam em vigor enquanto a doença se espalhava por comunidades inteiras e forçava a paralisia econômica.

"Desde janeiro de 2021, as mortes por Covid-19 caíram 95% e as hospitalizações caíram perto de 91%. Globalmente, as mortes relacionadas à covid estão em seus níveis mais baixos desde o início da pandemia", acrescentou o comunicado.

De acordo com a Casa Branca, "os requisitos da vacina reforçaram a vacinação em todo o país e nossa extensa campanha de vacinação salvou milhões de vidas".

Embora a exigência de vacinação para estrangeiros a bordo de voos com destino aos Estados Unidos fosse uma prática comum em muitos países, a vacinação obrigatória para funcionários do governo às vezes provocava forte reação política em casa.

Além de acabar com as regras de vacinação, o presidente Joe Biden anunciou em abril que estava declarando oficialmente o fim da emergência nacional de saúde que por mais de três anos sustentou uma série de ações extraordinárias do governo.

A Administração de Fernando de Noronha, através da Superintendência de Saúde, deu início à vacinação com os imunizantes bivalentes contra a Covid-19. A dose de reforço vale para todas as pessoas acima de 18 anos, como recomenda o Ministério da Saúde. 

Ainda de acordo com o Ministério, para receber a bivalente a pessoa precisa ter tomado a última dose com, no mínimo, quatro meses. Além disso, tem que ter recebido, ao menos, duas doses da Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer, ou qualquer vacina como dose de reforço.

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Em Noronha, a imunização está sendo realizada na Unidade de Saúde Dois Irmãos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h30. Não é necessário agendamento prévio, mas é preciso levar documento de identificação, como RG, CPF ou cartão de vacina físico ou digital.

A vacina bivalente é da fabricante Pfizer, capaz de proteger, de forma mais eficaz, contra a variante Ômicron do coronavírus, em circulação no Brasil desde 2021.

Para Isabel Sobral, superintendente de Saúde do distrito, a ampliação da vacinação bivalente é uma forma importante de proteger a população. “Mesmo com a pandemia controlada, é necessário o cuidado das pessoas com a própria saúde e a saúde do próximo. Portanto, não podemos descuidar e ficar com o esquema vacinal em atraso. Por isso peço que as pessoas se dirijam até a unidade de saúde para receberem a dose da vacina bivalente atualizada contra as variantes, incluindo as subvariantes da ômicron”, reforça Isabel Sobral.

Campanha de testagem de sífilis 

A Administração de Fernando de Noronha também iniciou a campanha de testagem rápida de sífilis para maiores de 18 anos, na Unidade de Saúde da Família (USF). A ação é gratuita e acontece das 8h às 12h e das 13h às 17h. Não é necessário agendamento e o resultado sai entre 15 e 20 minutos. O interessado precisa apenas ir ao local portando documento de identificação.

*Da assessoria

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (24) a ampliação da campanha de vacinação contra covid-19 com a dose de reforço bivalente para toda população acima de 18 anos de idade. Cerca de 97 milhões de brasileiros poderão ser vacinados.

Pode tomar a dose bivalente quem recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) no esquema primário ou reforço. A dose mais recente deve ter sido tomada há quatro meses. Quem está com dose em atraso, pode procurar também as unidades de saúde.

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O ministério ressalta que as vacinas têm segurança comprovada, são eficazes e evitam complicações decorrentes da Covid-19. A ampliação, segundo a pasta, tem "o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país".

A campanha de imunização com a vacina bivalente foi iniciada em fevereiro, voltada para idosos de 60 anos ou mais, pessoas que vivem em instituições de longa permanência, pessoas imunocomprometidas, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, gestantes e puérperas, profissionais de saúde, pessoas com deficiência permanente, presos e adolescentes em medidas socioeducativas e funcionários de penitenciárias. 

Até o dia 20 deste mês, mais de 10 milhões de pessoas já tinham tomado o reforço bivalente, sendo 8,1 milhões idosos, conforme dados divulgados pelo ministério.

Há pouco mais de três anos a pandemia da Covid-19 teve início no mundo, e muita coisa mudou na vida de milhares de pessoas. Além das mudanças sociais que vieram com a crise sanitária, diversos relatos mostraram, com o passar do tempo, que quem contraiu a doença ficou com sequelas persistentes, e até mesmo permanentes - consequência que ficou conhecida como Covid longa.

Foi o que aconteceu com Renata Ferreira*, assistente social que mora no Recife. Ela contraiu a doença logo no início da pandemia, em março de 2020. “Desde então percebo que fiquei bem esquecida. Não tenho um diagnóstico fechado sobre isso”, relatou ao LeiaJá. 

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“Quando fui ao médico depois, eles ainda não sabiam exatamente nem tratar a Covid, e nem quais eram as sequelas pós Covid. Mas procurei um neurologista. Ele achava que era esquecimento 'corriqueiro', por mais que eu dissesse que não era, o conhecimento pós-covid era muito pouco”, ela conta.

Ainda no início da pandemia, pouco se sabia sobre a doença e as possíveis sequelas. Como Renata teve Covid ainda nos primeiros meses, não existiam estudos comprovando o que estava sendo apresentado pelos pacientes. “Depois, alguns estudos foram divulgados, e ficou comprovado a confusão mental, esquecimento, queda de cabelo, fadiga”, explica a assistente social.

Muitas pessoas recorreram a profissionais das mais diversas áreas para entender o que poderia ser feito para reverter o quadro. Renata sofre até hoje com lapsos de esquecimento, característica que acarreta uma boa parcela dos pacientes. “O neuro que eu fui me indicou a fazer sudoku, jogar jogo da memória e assistir filmes que eu não gostava, para ativar o outro lado cérebro, com isso melhorei bastante. Mas, não fiquei 100%. 3 anos depois e sinto que minha memória não é a mesma antes da Covid. Sei distinguir o que é corriqueiro, do que não é”, relata.

Cuidados permanentes

Para lidar com as sequelas da Covid-19, médicos recomendam atividades parecidas com as que foram passadas para Renata. Segundo o professor Eduardo Jorge, são diversos os sintomas apresentados pelos pacientes. “A doença tem se revelado uma caixa de surpresas e muitas pessoas apresentam manifestações da COVID longa, como astenia, prejuízo cognitivo, ansiedade, etc.”, explicou o médico pediatra.

O doutor, que representa em Pernambuco a Sociedade Brasileira de Imunizações, recomenda procurar os centros especializados em tratamento pós-Covid. “Os ambulatórios de seguimento pós Covid estão sendo essenciais para este olhar de sequelas das doenças, e precisam urgentemente ser ampliados neste momento que a pandemia foi controlada mas deixou um quantitativo significativo de pessoas que precisam de fisioterapia, acompanhamento psicológico, entre outros”, declarou.

No Recife, um hospital de rede privada possui um ambulatório com essa finalidade, funcionando desde maio do ano passado. Uma equipe de pneumologia atende pacientes com sequelas da Covid. O LeiaJá procurou saber com a Secretaria Estadual de Saúde se existe algum local desse seguimento na rede pública, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

Riscos ainda existem

Graças às campanhas de vacinação, os números de contaminação da Covid-19 estão bem menores, mas Eduardo Jorge alerta que os riscos ainda existem, e não são tão pequenos assim. “Os riscos de se contaminar pelo vírus da Covid-19 permanecem os mesmos, pois contraímos Covid -19 por meio de contato com pessoas infectadas. O coronavírus ainda circula entre nós. O que mudou, graças especialmente às vacinas,  foi a diminuição de formas graves da doença, e de óbitos. A doença ainda pode ser grave em pessoas idosas e/ou com comorbidades”, alerta o especialista.

“Temos que manter a vacinação contra a Covid-19 atualizada, para evitarmos as formas graves da doença. Outras medidas: evitar contato com pessoas com sintomas respiratórios, evitar aglomerações em ambientes fechados , especialmente e higiene das mãos.  Pessoas de risco para evolução grave da doença devem  ainda ser mais rigorosas nas medidas de proteção e seguir as recomendações de reforços das vacinas indicadas para os grupos específicos”, finaliza o médico.

Em nota, a "Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informa que a assistência aos pacientes com sequelas de covid é direcionada conforme a especialidade envolvida, a depender do tipo da sequela. Por exemplo, a rede estadual de saúde dispõe de neurologistas, que atendem às pessoas com sequelas neurológicas por Covid-19, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e no Hospital da Restauração (HR). São oferecidos, ainda, serviços de pneumologia aos pacientes com sequela causada pelo novo coronavírus, no Hospital Otávio de Freitas (HOF).  Por fim, a SES-PE reforça que mantém a assistência necessária aos pacientes com diferentes sequelas de Covid-19".

*O nome foi alterado a pedido da entrevistada para preservar sua identidade.

Médicos e especialistas afirmam que vacinas contra o câncer e demais doenças poderão começar a ser desenvolvidas a partir de 2030. Segundo Paul Burton, diretor médico da farmacêutica Moderna, o desenvolvimento de vacinas foi acelerado graças ao sucesso que muitas empresas tiveram com a vacina contra Covid-19 nos últimos anos. Estudos mostram ainda que o avanço de cerca de 15 anos de trabalho foi feito nos últimos 12 a 18 meses.

De acordo com Burton, o desenvolvimento dos imunizantes pode ser feito em cerca de cinco anos. “Teremos essa vacina e ela será altamente eficaz e salvará muitas centenas de milhares, senão milhões de vidas. Acho que seremos capazes de oferecer vacinas personalizadas contra o câncer contra vários tipos diferentes de tumores para pessoas em todo o mundo”, declarou ao portal The Guardian.

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O médico explica que a criação dessas vacinas será feita com o uso da tecnologia baseada em m-RNA, que foi largamente estudado para o desenvolvimento das vacinas contra Covid-19. “Acho que teremos terapias baseadas em m-RNA para doenças raras que antes não eram medicamentosas e acho que daqui a 10 anos estaremos nos aproximando de um mundo onde você realmente pode identificar a causa genética de uma doença e, com relativa simplicidade, alterar e reparar, usando a tecnologia baseada em m-RNA”, afirmou Burton.

No entanto, a preocupação mais recorrente entre os especialistas é o fato de que, para continuar o desenvolvimento nas pesquisas, será preciso grande aporte de investimento financeiro. Sem o capital suficiente, todas as pesquisas realizadas nos últimos três anos teria sido um desperdício, alertam o médicos.

Um estudo mostrou que a contaminação de mulheres pela Covid-19 durante a gestação pode ter causado problemas no desenvolvimento cerebral dos bebês. A pesquisa foi feita por cientistas da Universidade de Miami, nos Estados Unidos.

Dois casos apontados como evidência de transmissão do coronavírus através da placenta foram estudados pelos pesquisadores. O relato é o primeiro a comprovar os riscos do contágio ainda durante a gestação. 

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Os bebês não positivaram para a Sars-CoV-2, mas tinham altos níveis de anticorpos do patógeno. O vírus foi encontrado na placenta das duas participantes. Ainda que seja raro, os bebês sofreram graves consequências no desenvolvimento cerebral desde que nasceram. Ambos tiveram as primeiras convulsões no primeiro dia de vida e nos meses seguintes desenvolveram microcefalia.

Um dos bebês morreu pouco tempo depois de completar um ano de vida e a outra criança passa periodicamente por internações ocasionadas pelas suas condições neurológicas.

O bebê que morreu passou por uma autópsia, que revelou a presença do vírus da Covid-19 em seu cérebro, mesmo um ano depois do seu nascimento. Os médicos que lideraram o estudo afirmaram que a presença indetectável em exames regulares foi a principal causa da morte da criança.

De acordo com o estudo, as mães foram contaminadas pelo vírus ainda nas primeiras ondas, em meados de 2020, e ainda não haviam sido vacinadas. Uma das mães teve o quadro leve, enquanto a outra ficou tão doente que os médicos adiaram o parto para as 32 semanas de gestação. A pesquisa não revelou qual delas foi a mãe que o bebê faleceu.

Por não se referir a pacientes que ficaram doentes antes da disponibilidade de vacina, o estudo não determina se as mães que se contaminaram depois de serem imunizadas poderiam enfrentar consequências semelhantes.

Os cientistas que participaram do estudo recomendaram que todas as mães gestantes que foram contaminadas com o vírus procurem um pediatra para examinar o feto e o bebê, bem como observar possíveis atrasos no desenvolvimento dos pequenos.

Pernambuco faz nova recomendação para o uso de máscaras nas unidades de saúde: mantém a obrigatoriedade na assistência e flexibiliza em áreas administrativas   A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) publica nota técnica, nesta quarta-feira (5) recomendando o uso de máscaras faciais em serviços de saúde no estado de Pernambuco e a manutenção da higiene das mãos.

Diante do período de sazonalidade das doenças respiratórias, que acontece entre os meses de março e julho, onde se costuma registrar um aumento da circulação de vírus respiratórios, como vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus, influenza e adenovírus, entre outros, a SES-PE orienta o uso de máscaras em serviços de saúde como uma medida de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de covid-19.

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O documento recomenda a obrigatoriedade do uso de máscaras, para pacientes, acompanhantes e trabalhadores da saúde, para acesso e durante a permanência dentro dos serviços/setores/unidades de saúde que realizam ações de triagem e/ou  prestem quaisquer tipos de assistência nos ambulatórios, enfermarias, urgência/emergência, unidades de terapia intensiva, com destaque para serviços que atendem pacientes imunossuprimidos de qualquer natureza.

A Secretaria destaca que além da exigência do uso de máscaras, os serviços devem manter e fortalecer o rigor na orientação para pacientes, acompanhantes e trabalhadores da saúde sobre a higiene das mãos com água e sabonete líquido e ou com preparação alcoólica 70%, bem como demais práticas de etiqueta respiratória.

Ficam liberados da obrigatoriedade do uso de máscaras, os trabalhadores da saúde que atuam em áreas administrativas das unidades de saúde, sem contato com áreas assistenciais e demais pessoas que circulam nesses locais.

Por fim, a SES-PE reforça que a vigência dessa orientação será avaliada semanalmente, podendo ser alterada, a qualquer momento, de acordo com o cenário epidemiológico loco-regional vigente para os supracitados vírus respiratórios, e o dinâmico processo de análise de situação de saúde realizado pela equipe da SES, com apoio de especialistas sobre o tema.

*Da assessoria 

O Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta terça-feira (4), aponta que aumentou muito em 15 estados o número de crianças internadas por vírus respiratório.

O crescimento de internações de adultos por covid-19, segundo o boletim, é observado em 10 estados e atinge com risco muito maior àqueles que estão em atraso com o calendário de vacinação ou que sequer foram imunizados com a primeira dose da vacina.

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A análise consta dos dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e refere-se à Semana Epidemiológica (SE) 12, de 19 a 25 de março.  O estudo aponta que em oito estados - Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio e Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo – e no Distrito Federal constata-se o crescimento de covid-19 em todas as faixas etárias. Já no Amapá, Espirito Santo, Maranhão, Sergipe e no Tocantins, o aumento é de internações por vírus respiratório, e está concentrado basicamente nas crianças.

O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda que se a criança estiver com sintoma de infecção respiratória, o ideal é não mandá-la para a escola ou creche. “Dessa forma podemos tentar frear a disseminação do vírus respiratório em crianças”, alerta.  Até hoje, o país registra um percentual muito elevado de crianças que não foram vacinadas contra a covid-19.

O pesquisador lembra aos pais ou responsáveis que por mais que a covid-19 atinja com maior intensidade os adultos, os pequenos não vacinados também correm um risco importante de contrair a doença.

“A melhor forma de proteção é tomar a vacina e usar boas máscaras, especialmente quem está com sinal de infecção respiratória ou quem vive com alguém que faz pate do grupo de risco”, esclareceu Gomes.  Casos Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 46,2% para Sars-Cov-2 (covid-19); 3,3% para Influenza A; 3,7% para Influenza B e 36,2% para vírus respiratório.

Entre os óbitos, a presença do vírus foi de 82,7% para covid-19; 4,6% para Influenza A; 3,6% para Influenza B e 6,1% para vírus respiratório.

Pessoas com comorbidades foram incluídas nos grupos considerados prioritários para receber a vacina bivalente contra a Covid-19. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (31) pelo Ministério da Saúde. De acordo com a nota técnica, a inclusão foi feita por conta da disponibilidade de doses do imunizante e tem como base orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A lista de comorbidades inclui:

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- diabetes mellitus

- pneumopatias crônicas graves

- hipertensão arterial resistente

- hipertensão arterial estágio 3

- hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo

- insuficiência cardíaca

- cor-pulmonal e hipertensão pulmonar

- cardiopatia hipertensiva

- síndromes coronarianas

- valvopatias

- miocardiopatias e pericardiopatias

- doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas

- arritmias cardíacas

- cardiopatia congênita no adulto

- próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados

- doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares

- doença renal crônica

- hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves

- obesidade mórbida

- síndrome de Down e outras síndromes genéticas

- doença hepática crônica

Qualquer pessoa com idade entre 12 e 59 anos que tenha alguma das condições listadas e que já tenha tomado os dois reforços contra a covid-19 pode receber a bivalente. Não é necessário comprovar a comorbidade.

“Ressalta-se que, para este grupo, não haverá exigência quanto à comprovação da situação de comorbidade, sendo suficiente para a vacinação a comorbidade autodeclarada”, informa nota do Ministério da Saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que os adultos com boa saúde não precisam de uma dose adicional da vacina contra a Covid-19, além da vacinação primária e de um primeiro reforço, pois os benefícios são mínimos.

Para este grupo de pessoas com menos de 60 anos de risco médio, assim como crianças e adolescentes de seis meses a 17 anos com comorbidades, não há risco de receber doses adicionais, mas os "benefícios para a saúde são reduzidos", afirmaram os especialistas em vacinas da OMS.

O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) da OMS divulgou as recomendações atualizadas após sua reunião esta semana em Genebra.

As novas recomendações do SAGE refletem o impacto da variante ômicron e do elevado nível de imunização registrado entre a população mundial devido às infecções e graças à vacinação, afirmou a OMS.

O SAGE propôs três novas categorias prioritárias para a vacinação contra a covid, com base no risco de desenvolver uma forma grave da doença ou de morte: alto, médio e baixo.

Ao mesmo tempo, idosos, adultos com outras patologias, imunossuprimidos, grávidas e profissionais de saúde da linha da frente são aconselhados a receber uma dose de reforço após a vacinação inicial e o primeiro reforço.

O SAGE recomenda um intervalo de seis a 12 meses entre os reforços dependendo das comorbidades.

O Brasil alcançou, nesta terça-feira (28), a marca de 700.000 mortes por Covid-19, três anos após o registro do primeiro caso da doença no país, o segundo com mais óbitos no mundo durante a pandemia, informou o ministério da Saúde.

O número "compreende todas as trajetórias interrompidas e famílias enlutadas. Milhares dessas pessoas poderiam ter histórias diferentes com uma ação simples: a vacinação", destacou a pasta em um comunicado.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior número de falecimentos na América Latina e o segundo no mundo (em números absolutos, nos dois casos), atrás dos Estados Unidos, que acumulou 1,1 milhão de vítimas.

A covid matou um total de 6,8 milhões de pessoas no mundo, de acordo com o último registro da OMS, em 21 de março de 2023.

Mais de 85% da população brasileira tomou ao menos uma dose da vacina anti-covid desde o início da campanha de vacinação em janeiro de 2021. Já foram aplicadas, aproximadamente, 510 milhões de doses de imunizantes, de acordo com dados do ministério da Saúde.

A pandemia começou no Brasil no final de fevereiro de 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), um negacionista que comparou o covid a "uma gripezinha", se negou a usar máscara e se opôs à vacinação.

O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros opositores a Bolsonaro defenderam a vacinação no combate ao vírus, que desacelerou a multiplicação dos casos e evitou milhões de mortes.

Lula chegou a chamar o então presidente de "genocida" devido à sua gestão na pandemia.

"A vacina que hoje está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde do Brasil poderia ter mudado a vida das famílias que perderam pessoas queridas durante a pandemia", indicou o ministério na nota.

O Brasil disponibilizou recentemente vacinas bivalentes contra as diferentes variantes da doença.

Uma mulher processou a empresa de teleatendimento que trabalhava pedindo o ressarcimento pelas despesas que ela teve com internet durante o período em que trabalhou de home office na pandemia da Covid-19. A Justiça do Trabalho de Minas Gerais condenou a empresa a ressarcir a ex-empregada pelas despesas, por decisão do juiz André Barbieri Aidar, da 38ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. 

A empresa sustentou, na defesa, que a empregada foi selecionada para trabalhar na modalidade remota depois de responder a um questionário e informado que tinha condições de trabalhar nessa forma e que possuía equipamentos necessários para isso. A empregadora também afirmou que não havia prometido auxílio com internet, energia ou equipamentos para a colaboradora e que apenas os empregados que recebiam sim às perguntas dos questionários eram selecionados para trabalhar na modalidade remota, como no caso da trabalhadora que apresentou a ação. 

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Ao decidir o caso, o juiz considerou que o empregador deve ressarcir os gastos de internet, mas não com a compra de computador. Isso porque a trabalhadora comprovou que teve que arcar com despesas de serviços de conexão à internet, os quais eram indispensáveis à execução das atividades.

“A assunção pela empregada de gastos com internet, para a realização de suas atividades em favor do empregador, como no caso dos autos, fere o princípio da alteridade”, registrou o magistrado, explicando que esse princípio vigora no Direito do Trabalho e implica que o empregador responde com os riscos e custos da atividade econômica, conforme prevê o artigo 2º da CLT.

Entretanto, o pedido de ressarcimento pela compra do computador foi rejeitado. O recibo apresentado pela trabalhadora indicou que o equipamento foi adquirido em data anterior ao início do trabalho em home office e antes mesmo da decretação da pandemia no país. Para o magistrado, ficou evidente que a aquisição do computador não teve relação com o trabalho.

A condenação ficou restrita à indenização pelas despesas com internet, no valor médio de R$ 50,00 mensais, no período de 1º/4/2020 até o encerramento do contrato de trabalho. A decisão mencionou, ainda, os princípios da razoabilidade e proporcionalidade ao fixar a reparação.

A sentença foi confirmada em segundo grau. No acórdão, foi ressaltado que o artigo 75-D da CLT, com a redação dada pela Lei 13.4672/2017, estabelece que "as disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito".

Para os julgadores da Oitava Turma do TRT-MG, o fato de a despesa com a contratação de plano de internet compatível com o trabalho não ter sido assumida contratualmente e formalmente pela empresa, como apurado no processo, não é capaz de afastar a condenação. 

No caso, o que se levou em conta foi que a empregadora se beneficiou do plano de internet contratado pela trabalhadora porque imprescindível à realização do trabalho remoto. A decisão ressaltou que é obrigação do empregador arcar com os riscos do empreendimento, os quais não podem ser transferidos aos empregados.

O processo ainda cabe recurso de revista.

A nova edição do boletim semanal Infogripe, divulgado nesta segunda-feira (27) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela um avanço do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país. Análises laboratoriais indicam a covid-19 como a principal causa do crescimento das ocorrências entre adultos e idosos em sete estados: Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. 

O levantamento da Fiocruz traz uma análise das últimas três semanas (curto prazo) e das últimas seis semanas (longo prazo). Os pesquisadores observaram um cenário de estabilidade em curto prazo na maior parte do país.

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No entanto, na tendência de longo prazo, 18 unidades federativas apresentaram sinal de crescimento de casos: Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

Levando em conta os dados nacionais, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos de SRAG com diagnóstico positivo para infecção viral foi de 3% para influenza A; 3,3% para influenza B; 32,1% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 48,6% para o coronavírus causador da covid-19. Considerando apenas as ocorrências que resultaram em morte, 83,3% estiveram relacionadas com a covid-19.

Os registros associados ao coronavírus envolvem principalmente adultos e idosos. Mas o boletim também chama atenção para o crescimento no mês passado de casos de SRAG em crianças e adolescentes em decorrência de infecção por outros vírus. Embora alguns estados já registrem estabilização ou queda entre os adolescentes, ainda há uma cenário de aumento de ocorrências entre crianças pequenas sobretudo nas regiões Sudeste e Sul do país.

Na Bahia, em Minas Gerais, no Paraná, em Santa Catarina e, em menor escala, em São Paulo, observa-se uma alta nos casos positivos para rinovírus na faixa etária até 11 anos. Também é possível constatar em alguns estados o aumento de ocorrências envolvendo crianças pequenas associadas ao VSR.

Os pesquisadores lembram que os pais devem levar os filhos aos postos de saúde durante a campanha de imunização contra a covid-19 iniciada no dia 27 de fevereiro e também para receberem a vacina contra o vírus da gripe (influenza A e B), o que contribui para a prevenção de quadros graves de dificuldade respiratória.

Ao todo, já foram registrados no país 27.528 casos de SRAG em 2023, dos quais pelo menos 9.676 (35,1%) estão ligados a alguma infecção viral. Outros 3.180 (11,6%) ainda estão sendo analisados.

O boletim Infogripe leva em conta as notificações registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. A nova edição, disponibilizada na íntegra no portal da Fiocruz, se baseia em dados inseridos até o dia 13 de março.

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