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O depoimento do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, que deveria ser ouvido nesta quinta-feira, 22, por delegados federais da Operação Lava Jato, foi cancelado por questões técnicas da Polícia Federal. Ele falaria sobre a compra da Refinaria de Pasadena, no Estados Unidos, que teria gerado um prejuízo de US$ 792 milhões à estatal petrolífera. Ainda não há informações se a inquirição será feita na sexta-feira, 23, ou na segunda-feira, 26.

O pedido para falar sobre Pasadena, mais emblemático caso do escândalo de desvios na Petrobras, foi feito pela própria defesa do ex-diretor, logo após ele ser preso no dia 14, ao chegar de viagem de fim de ano para Londres, quando desembarcava no Rio. Seus advogados confirmaram que o assunto do novo depoimento seria a compra da refinaria.

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O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró é ouvido por delegados da Operação lava Jato, na manhã desta quinta-feira (15), na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR).

Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema de desvios bilionários na estatal, Cerveró foi preso na madrugada de quarta-feira, 14, ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio.

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O depoimento começou por volta das 9h. Cerveró foi preso preventivamente, a pedido do Ministério Público Federal, que alegou tentativa de ocultação de patrimônio proveniente dos delitos supostamente cometidos por ele na Petrobras.

O criminalista Edson Ribeiro, que também integra o grupo de advogados que defende Cerveró, disse que o ex-diretor deveria ser inquirido sobre a movimentação financeira envolvendo uma das filhas e a transferência de imóveis no ano passado, também para familiares. "Eu conversei com o delegado e o que vai ser perguntado é justamente sobre a movimentação financeira e a movimentação imobiliária", afirmou Ribeiro.

Beno Brandão, advogado de Cerveró, chegou cedo à PF e acompanha a oitiva. Ainda nesta quinta, a defesa vai entrar com pedido de liberdade no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS).

Ao justificar o pedido de prisão de Cerveró, o Ministério Público Federal sustentou que "não há indicativos" de que o esquema de corrupção da Petrobras "foi estancado". Segundo a Procuradoria, foi determinante para a prisão uma operação bancária feita por ele no dia 16 de dezembro - um dia antes de se tornar réu em ação penal da Lava Jato. "Não houve movimentação financeira. Ia haver uma disponibilização financeira, porque ele ia viajar para a Inglaterra e, como a filha é doente e tem gastos, ele ia deixar disponível (o dinheiro) para qualquer eventualidade. Mas não aconteceu, tendo em vista que se perderia um valor muito grande. Foi tudo legal", afirma o advogado.

Funcionário de carreira da Petrobras desde 1975, Cerveró assumiu a Diretoria Internacional da estatal em 2003 e deixou o cargo em março de 2008, quando foi realocado para a BR Distribuidora. Deixou a subsidiária da companhia petrolífera em março de 2014 após a polêmica sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos presos, afirmaram em depoimentos à Justiça Federal que, no esquema de loteamento político em diretorias da Petrobras para desvio de recursos, a diretoria de Internacional, comandada por Cerveró, era controlada pelo PMDB. Costa e Youssef revelaram que Cerveró - indicado pelo PMDB para o cargo - recebia propina. Do valor de cada contrato superfaturado, segundo os delatores da Lava Jato, 1% era destinado a "comissões".

Terminou na tarde desta sexta-feira o depoimento à força-tarefa que investiga os crimes da Operação Lava Jato da ex-gerente executiva da Petrobras Venina Velosa da Fonseca. O depoimento começou pela manhã e durou algumas horas, se estendendo até a tarde de hoje.

Segundo investigadores da operação, Venina trouxe toda a documentação das denúncias que já vieram à tona, mas o depoimento foi prestado em caráter sigiloso e o teor do mesmo não foi revelado.

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Investigadores da força-tarefa e os advogados de Venina tentaram despistar a imprensa e chegaram a dizer que ela só falaria no ano que vem. Ela chegou a Curitiba ontem à noite, onde passou a noite. Hoje é feriado na capital paranaense e o depoimento foi marcado em um dia sem expediente público, no prédio do Ministério Público Federal. Não estão previstos novos depoimentos da ex-gerente da Petrobras à força-tarefa. Mas, na primeira quinzena de fevereiro, Venina dará seu depoimento para a Justiça Federal.

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Os três suspeitos de envolvimento na morte do promotor de Itaíba, Thiago Farias, serão ouvidos novamente nesta terça-feira (16). José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Marisvaldo Vitor da Silva e José Maria Domingos Cavalcante seguiram do Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, para a Superintendência Regional da Polícia Federal.

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De acordo com a PF, responsável por conduzir as investigações, o objetivo é esclarecer alguns pontos dos depoimentos que ainda se encontram divergentes. Caso seja necessário, também serão realizadas acareações entre os três suspeitos. Por fim, os detidos poderão passar por perícias complementares com o Scanner 3D, para subsidiar as investigações que estão em andamento.

Os suspeitos chegaram à sede da PF por volta das 9h40. Antes de entrar no prédio, somente José Maria Pedro falou com a imprensa, afirmando que daria entrevista após prestar depoimento.

Do lado de fora, o filho do fazendeiro, Leandro Ubirajara, disse não estar surpreso com a nova ouvida. “Meu único questionamento é encontrar nexo que ligue os três à morte do promotor. Principalmente José Maria Cavalcante. Só porque painho passou no terreno dele para votar no segundo turno estão suspeitando dele”.

Os suspeitos 

José Maria Pedro Rosendo é apontado pela Polícia Civil de Pernambuco como o mandante da morte do promotor. Ele estava foragido desde o início das investigações, mas se entregou à Polícia Federal no dia 28 de outubro. O fazendeiro se diz inocente.

José Marisvaldo Vitor da Silva, conhecia como Passarinho, teria ligação com o fazendeiro José Maria Pedro. A participação dele no crime não foi divulgada. O suspeito também se entregou no dia 28 de outubro.

José Maria Domingos Cavalcante foi o último detido pela PF, no dia 3 de dezembro. O agricultor é suspeito de estar dentro de um dos veículos utilizados no dia da execução do promotor. Ele também teria dado abrigo ao fazendeiro, apontado como mandante do crime.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ouvido pela Polícia Federal na condição de testemunha em um dos inquéritos complementares do mensalão. O depoimento foi prestado na última terça-feira, 9, quando esteve na capital federal, na sede da PF, confirmou a assessoria de imprensa do Instituto Lula.

Desde fevereiro, a PF tentava ouvir Lula no inquérito que investiga a suspeita de repasses ilegais da Portugal Telecom ao PT. Ele não é alvo da investigação em andamento. Como ex-presidente, o petista teve prerrogativa de negociar a data em que seria ouvido. O depoimento da última terça-feira foi noticiado pela revista Época. No dia 3, ele recebeu a carta precatória assinada pelo delegado federal Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho, chefe da área de repressão a crimes financeiros e desvios de recursos públicos em São Paulo, e se comprometeu a comparecer na PF na última terça-feira.

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Em setembro, antes das eleições, Lula disse que não tinha recebido convite para depor à PF, mas que estava "tranquilo". Para ele, havia conotação política na divulgação do caso. "Certamente, o objetivo de quem manda vocês fazerem a pergunta para mim é eleitoral. O que não é o comportamento da Polícia Federal", afirmou. "Quando você quer fazer uma investigação séria, você não se preocupa com o período eleitoral. Não tem data, não tem limite, não tem eleição. Eu estou tranquilo."

A investigação foi aberta a pedido do Ministério Público Federal com base em denúncia do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza. Em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República em 2012, Valério acusou o petista de intermediar pagamento de R$ 7 milhões da telefônica ao PT. O objetivo seria pagar dívidas de campanha. O conteúdo do depoimento foi revelado pelo Estado em 11 de dezembro daquele ano.

O sócio e diretor da Sanko-Sider Produtos Siderúrgicos, Márcio Bonilho, deu explicações nesta quinta-feira (27) aos parlamentares que compõem a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras sobre seu relacionamento com o doleiro Alberto Youssef, acusado de operar um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. Durante a oitiva, o executivo informou que conheceu Youssef há quatro anos e pagou quase R$ 38 milhões em comissões pela intermediação de negócios da Sanko com outras empresas, inclusive empreiteiras. Ele negou irregularidades nos pagamentos e disse que as comissões variavam de 3% a 15%.

"Pretendia expandir os negócios e me interessei pelos serviços (de Youssef). Ele era conhecido por ter um tráfego bom junto às construtoras", justificou. Ele também admitiu ter conhecido o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, dois anos após o executivo ter deixado a diretoria de Abastecimento da petrolífera.

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"Tive um único contrato com a Costa Global Consultoria, que durou quatro meses. Eu estabeleci um contrato de representação com ele, para que apresentasse empresas do exterior e ampliasse o leque de oferta de produtos no Brasil (...) Durou apenas quatro meses. Ele prospectaria empresas. Mas passaram os quatro meses e não teve negócio nenhum", disse. 

Com exceção do deputado Afonso Florence (PT-BA) e do senador Gim (PTB-DF), só participaram da audiência oposicionistas. O deputado Izalci (PSDB-DF) disse que vai apresentar requerimento pedindo uma acareação entre Bonilho e Alberto Youssef.

A próxima reunião da CPI Mista está marcada para a próxima terça-feira (2 de dezembro), para acareação entre os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró. Antes, poderão ser analisados requerimentos.

*Com informações da Agência Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras ouviu hoje (26) a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Ela foi convidada para falar sobre a segurança nas plataformas de extração de petróleo, e disse que a ANP adota uma política rígida de prevenção de acidentes, após o desastre com a Plataforma P-36.

“Em 2001, os senhores lembram, nós tivemos um evento extremamente chocante, que foi o afundamento da plataforma P-36, no Campo de Roncador. Foi um acidente terrível que matou mais de uma dezena de trabalhadores. Logo no ano seguinte, nós tivemos o adernamento da P-34. Os dois acidentes levaram a ANP a aprimorar a sua regulação, explicou Chambriard.

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Ela evitou comentar sobre a pertinência dos inúmeros aumentos de preço feitos no contrato de construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, que é um dos focos de investigação da CPMI.  Ela disse que não acompanhou a questão de perto, porque a ANP é informada sobre o custo final da refinaria após o fim do projeto.

A oposição considerou o depoimento da diretora da ANP uma manobra da base governista para ganhar tempo. A CPMI deve ser encerrada até 22 de dezembro e o líder do DEM na Câmara, deputado Ônix Lorenzzoni (RS), ressaltou que o depoimento dela terá pouca influência no relatório final.

“Seria fantástico ouvir, na finalização de uma CPMI que cumprisse com o seu papel investigatório, as contribuições que a doutora Magda tem a dar. Acho que seria ótimo. Mas, neste momento, desculpe, é de indignação, porque alguém aqui, que está aqui, quer investigar. E é a negação da investigação o depoimento da doutora Magda”, disse.

Lorenzzoni voltou a pedir a saída da presidenta da Petrobras, Graça Foster. Ele acusa Foster de ter mentido à CPMI, quando disse que não teve conhecimento de irregularidades nos contratos da petroleira. O deputado disse ter apresentado hoje uma queixa-crime contra ela no Ministério Público por falso testemunho.

“Hoje de manhã, entreguei ao Dr. Marcus Marcelos Goulart, Procurador-chefe da Procuradoria da República do Distrito Federal. [A queixa-crime] está protocolada sob o número 41.602, de 2014. A Presidente da Petrobras pode muitas coisas, [mas] não pode mentir”, disse.

A CPMI deveria ter ouvido hoje o ex-gerente-geral das obras da Refinaria Abreu e Lima, Glauco Colepicolo, mas ele apresentou atestado médico, alegando estar hipertenso.

A delegada Celi Carlota, da 1ª Delegacia da Mulher (DDM), indiciou, na terça-feira (18) um homem acusado de estuprar uma estudante da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em 2011. O caso foi denunciado publicamente na Assembleia Legislativa, na semana passada, e motivou novas denúncias e a proibição temporária de festas no câmpus.

O suspeito continua em liberdade. De acordo com a Secretaria da Segurança, faltam dois depoimentos para encerrar o inquérito e remetê-lo à Justiça.

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Na época do crime, o acusado era funcionário terceirizado da USP e participava da festa Carecas no Bosque, organizada pelo Centro Acadêmico Oswaldo Cruz da FMUSP. A vítima dormia em um local chamado "cafofo". Segundo testemunhas, o rapaz ofereceu dinheiro para os seguranças da festa para que pudesse entrar no "quarto". Como havia bebido, a estudante não viu a cena. Ela acordou em um hospital, levada por colegas, e foi avisada por um amigo de que poderia ter sofrido um abuso.

Uma das testemunhas, que também se apresentou como amigo da vítima, relatou que a tinha deixado dormindo e, quando voltou, horas depois, viu o homem no "cafofo" com a calça abaixada - foi quando o agrediu e o expulsou da barraca. A denúncia na Delegacia da Mulher foi feita no dia seguinte.

O episódio veio à tona novamente quando a estudante, que preferiu não ter o nome divulgado, denunciou pessoalmente o caso em audiência pública na Assembleia Legislativa, na semana passada. Além dela, outra aluna relatou ter sido estuprada, em 2013, em outra festa da FMUSP, a Cervejada do Sexto Ano. A universidade afirma que uma sindicância apura o caso.

Outros alunos ainda contaram episódios de racismo, homofobia e machismo nas confraternizações da FMUSP, principalmente em trotes. A advogada de defesa do rapaz, Nereide de Oliveira, não foi encontrada pela reportagem até as 23 horas de quarta-feira (19).

Álcool

Ontem, o presidente da comissão da FMUSP que investiga casos de violência na unidade, Milton de Arruda Martins, foi ouvido pelo Ministério Público. O órgão investiga pelo menos oito casos de abuso sexual na faculdade. De acordo com Martins, foram apresentadas à promotora Paula Figueiredo, dos Direitos Humanos, medidas estudadas pela faculdade para coibir atos de violência. Entre elas, está maior controle sobre as festas e sobre a venda de bebida alcoólica nos eventos da unidade.

"Nossa proposta inicial não é a proibição (do álcool), mas uma política de redução de danos. Por exemplo: negociar que em festas só seja possível o consumo de bebidas de baixo teor alcoólico, que seja proibido o 'open bar', que as bebidas sejam vendidas, que haja líquidos não alcoólicos à vontade e alimentos", diz.

"A proibição total significa fazer com que festas sejam feitas fora do câmpus. Essa pode ser uma solução que resolve o problema do diretor, mas não resolve o problema da sociedade", defende ele. As medidas serão avaliadas pela diretoria.

Dez casos

Ele afirma que, somando casos de abuso sexual, racismo, homofobia e outros tipos de violência, são pelo menos dez casos de violações de direitos humanos que chegaram ao conhecimento da comissão. Questionado sobre uma possível omissão da FMUSP, Martins admitiu que houve falha. "Acho que nossa instituição deve se sentir responsável, sim, porque se aconteceram abusos na nossa instituição não devíamos ter permitido isso. Podíamos não saber, mas isso não é desculpa, temos de assumir nossa responsabilidade."

A Promotoria informou, em nota, que terá reunião na segunda-feira (24) com a Procuradoria da USP e com a diretoria da FMUSP para análise das propostas formuladas pela faculdade. Professor da FMUSP, Martins assumiu a presidência da comissão após a saída do também docente Paulo Saldiva, que deixou a função ao saber dos abusos denunciados na Alesp. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A primeira testemunha no caso dos canibais de Garanhuns foi escutada, na manhã desta quinta-feira (13), durante o Júri Popular realizado no Fórum de Olinda. O psiquiatra Lamartine Holanda, médico que avaliou as condições psiquiátricas dos três réus – Jorge Beltrão, Isabel Torreão e Bruna Cristina Silva –, afirmou que durante as entrevistas o trio admitiu a prática dos crimes pelos quais estão sendo julgados.

Holanda também revelou que nenhum dos envolvidos apresenta distúrbios neurológicos. “Esquizofrenia é um rótulo. E este rótulo não cabe ao Jorge, nem às outras. Conversei bastante com os três e pude observar que não há distúrbio. Sabiam o que estavam fazendo, planejaram os atos, sabiam as consequências. Jorge, por exemplo, quando foi acusado de um homicídio anos atrás em Olinda, em nenhum momento foi alegada insanidade mental”, asseverou Lamartine Holanda. Pela análise do psiquiatra, há um caráter de vitimização de Bruna e Isabel, como se ausentassem da culpa e tentassem pôr a responsabilidade exclusivamente a Jorge.

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Sobre Isabel Cristina - que não parou de chorar desde que adentrou ao Fórum – o médico explicou que a réu está num quadro de ansiedade. “Podemos até usar, talvez indevidamente, a palavra imatura. É alguém que sabe o que está fazendo e busca pedir desculpar, além de passar culpas para outro”. 

De acordo com a juíza Maria Segunda Gomes, há uma possibilidade de o julgamento ser continuado nesta sexta (14). "Daremos uma pausa no horário do almoço. A perspectiva é concluir ainda hoje, mas caso seja necessário daremos continuidade amanhã", garantiu.

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O Ministério Público Federal vetou o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em duas sindicâncias internas da estatal petrolífera sobre as obras da Refinaria Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Em parecer à Justiça Federal, o MPF manifestou-se pelo indeferimento, "por ora", do pedido da Petrobras sob o argumento de que as perguntas versam, em parte, sobre atos ilícitos confessados por Costa em regime de delação premiada "cujo sigilo ainda interessa às investigações". A decisão final sobre a solicitação da estatal cabe ao juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná.

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"Nessa toada, para que não ocorram intervenções prematuras, e eventualmente prejudiciais, às diligências em curso, o Ministério Público Federal manifesta-se pelo indeferimento, por ora, do pedido de oitiva de Paulo Roberto Costa", argumentam os procuradores da República Antônio Carlos Welter e Roberson Henrique Pozzobon.

A decisão sobre o depoimento de Costa será dada pelo juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato.

A Petrobras pretendia questionar Costa inclusive sobre a participação do ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, do ex-diretor de Serviços Renato Duque e do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró no esquema de desvios e corrupção que, segundo ele, envolvem a Abreu e Lima, em Pernambuco.

A empresa salientou que o relato de Costa poderia ser feito por escrito e sob sigilo.

Relembre:

Petrobras questiona delator e põe na berlinda diretores nomeados por Lula

A Petrobras enviou 23 perguntas ao ex-diretor de Abastecimento, 19 delas no âmbito de uma sindicância relativa às obras da Abreu e Lima e quatro em outro procedimento, sobre o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Todos os ex-diretores citados nas perguntas chegaram aos cargos no governo Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e padrinho político da presidente. Gabrielli, substituído por Graça Foster, e Duque deixaram os postos na gestão Dilma. Cerveró deixou o cargo ainda com Lula. Costa, que ficou na diretoria de Abastecimento entre 2004 e 2012 - também deixou a estatal no governo Dilma -, fez delação premiada e revelou que ao menos 32 parlamentares receberam propinas.

Chegou na manhã desta sexta-feira (31) no Recife o segundo suspeito de envolvimento no assassinato do promotor Thiago Faria. José Marisvaldo Vitor da Silva, vulgo “Passarinho” de 42 anos, estava foragido, tendo sido encontrado na última quarta-feira (29), no município de Senhor do Bonfim-BA, em uma operação conjunta da Polícia Civil daquele estado e da Polícia Federal.

A investigação do caso ainda está sob segredo de justiça e qual seria a participação do suspeito no caso ainda não foi divulgada. É sabido, entretanto, que Marisvaldo tinha fortes vínculos com o fazendeiro Zé Maria, que é apontado como mandante do crime e que se entregou à Polícia Federal na última terça-feira (28). Também não foram divulgadas informações de como Marisvaldo chegou à Bahia nem de como foi encontrado.

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Ao chegar à Superintendência da Polícia Federal, no centro do Recife, ele foi ouvido pelo Delegado Alexandre Alves e em seguida encaminhado para o Centro de Triagem e Observação Professor Everardo Luna (Cotel), onde ficará à disposição da Justiça.

Entenda o caso  

14 de outubro de 2013 - Assassinado por quatro tiros de espingarda calibre 12 enquanto trafegava na PE-300, entre os municípios de Águas Belas e Itaíba, o promotor Thiago Faria de Godoy Magalhães, de 36 anos, estava acompanhado de sua noiva, a advogada Mysheva Freire, e de um tio da moça no momento do crime. O carro do promotor teria sido seguido por um outro veículo e, depois do primeiro disparo, teria sido bloqueado. Mysheva e o tio saíram com alguns arranhões e foram medicados em um hospital de Itaíba.  

15 de outubro de 2013 – Apontado como o autor do crime, o agricultor Edinacy Cruz Ubirajara apresentou-se na Delegacia de Águas Belas, no Agreste, permanecendo em detenção durante três dias e liberado por falta de provas. 

16 de outubro de 2013 – A Polícia chega até o nome de José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como o mandante do crime. De acordo com as investigações, a disputa por terras no distrito de Fazenda Nova, em Águas Belas, era motivo de conflito entre as famílias de Thiago e Mysheva e teria motivado o crime. 

28 de janeiro de 2014 – Foragido, José Maria envia um vídeo para a imprensa acusando a noiva do promotor como mandante do assassinato. No dia seguinte, o advogado de Mysheva apontou o agricultor como o responsável pelos disparos. 

6 de março de 2014 – Membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) solicitam a federalização das investigações do caso, por acharem que a Polícia Civil não estava fazendo um bom trabalho. 

6 de junho de 2014 – O STJ negou a federalização do caso e afastou os promotores que solicitaram a demanda. 

13 de agosto de 2014 – Após dez meses do crime, o STJ decide entregar as investigações à Polícia Federal.  

10 de outubro de 2014 – Polícia Federal informa ter entrado oficialmente na investigação do caso.

28 de outubro de 2014 - O suspeito de ser o mandante do crime, o fazendeiro Zé Maria, se entrega, segundo ele, "para ajudar nas investigações da Polícia Federal".

29 de outubro de 2014 - A Polícia Federal prendeu, na Bahia, o suspeito José Marisvaldo.

A avó materna do menino Bernardo Uglione Boldrini, Jussara Uglione, de 73 anos, descreveu o pai do garoto, o médico Leandro Boldrini como "uma pessoa fria e calculista" que seria capaz de planejar um crime, durante depoimento à Justiça, no Foro de Santa Maria, nesta quinta-feira (30). Também afirmou acreditar que a filha, Odilaine, mãe do garoto, não se matou, conforme concluíram a Polícia e o Ministério Público. Confirmou, ainda, ter ouvido de uma babá que o neto foi vítima de uma tentativa de asfixia, pela madrasta, Graciele Ugulini. E revelou ter sido agredida por Boldrini, com um chute no tornozelo, em uma das três viagens que fez a Três Passos para ver o neto.

Jussara foi a 25ª e última testemunha de acusação a depor no processo movido pelo Justiça contra o médico Leandro Boldrini, pai, a enfermeira Graciele Ugulini, madrasta, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, presos desde abril, e o motorista Evandro Wirganovicz, preso desde maio, acusados de planejamento, execução ou participação no assassinato de Bernardo. O corpo foi encontrado em um matagal de Frederico Westphalen, a 80 quilômetros da casa da família, que fica em Três Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul.

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Leandro e Evandro alegam inocência. Graciele admite que o garoto morreu quando estava com ela, mas diz que por ingestão excessiva de medicamentos. Edelvânia contou que esteve com a madrasta e o garoto, mas sem participar do "evento morte".

Antes de ser casado com Graciele, Boldrini havia sido casado com Odilaine, mãe do garoto, que se suicidou dentro da clínica do médico em fevereiro de 2010. Por não concordar com a conclusão da polícia, a família pediu reabertura da investigação. A Justiça ainda não se pronunciou. Das 47 testemunhas arroladas pela defesa, 24 prestarão depoimento em Três Passos, nos dias 26 e 27 de novembro. As outras 23 serão ouvidas em outras localidades, em datas a serem marcadas.

Em seu último evento de campanha na reta final deste segundo turno, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse que o PT tem um descompromisso com a democracia e com a liberdade de expressão, ao criticar as pichações e manifestações feitas por simpatizantes da campanha da petista Dilma Rousseff no prédio da Abril, após a revista Veja divulgar matéria de capa dizendo que a presidente da República e o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva sabiam dos escândalos da Petrobrás.

Em entrevista coletiva na manhã deste sábado (25) no Solar dos Neves, em São João Del Rei, que foi residência de seu avô Tancredo Neves, Aécio disse: "Nós assistimos ontem e hoje a um atentado contra a democracia, contra a liberdade de expressão, o que já é uma marca extremamente preocupante dos nossos adversários". O tucano acrescentou: "Ao tentar invadir, depredar a fachada de um importante veículo de comunicação, manifestantes não atingem aquele veículo, mas o que temos de mais valioso, que é a liberdade de expressão no Brasil, a liberdade de imprensa. A democracia vive disso, de manifestações, e as contrárias devem ser respeitadas."

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Nas críticas a este episódio, o presidenciável tucano disse que o alvo foi errado porque o que a revista e outros veículos de comunicação fazem é, na verdade, comunicar. "Ao tentar proibir a veiculação dessa revista, há uma demonstração clara do Partido dos Trabalhadores de um descompromisso com a democracia e a liberdade de expressão. É um atentado que deve receber o repúdio de todos os brasileiros da forma mais veemente possível", disse, complementando que a melhor forma de se fazer isso é no domingo, 26, nas urnas, "para valorizar a democracia e apontar um novo caminho para o Brasil".

Aécio reiterou ainda que seu programa de governo fala de valores, onde o principal bem é respeito às liberdades coletivas e individuais, especialmente à liberdade de manifestação, de imprensa. "No meu governo ela será assegurada e não será ameaçada constantemente como vem sendo por este governo e que culmina agora com este ato de vandalismo inaceitável."

Como faz em todas as suas campanhas eleitorais, Aécio inicia e termina suas caminhadas na cidade mineira de São João Del Rei, berço de seu avô Tancredo Neves. Ele chegou à cidade acompanhado da mulher Letícia e dos filhos gêmeos, acenou da sacada para um grupo de pessoas que se acotovelavam em frente à casa de seus avós para vê-lo, concedeu entrevista coletiva e encerrou suas atividades visitando o túmulo de Tancredo Neves, no cemitério ao lado da Igreja São Francisco de Assis.

Após essa visita, ele disse que irá para sua residência em Belo Horizonte, esperar ao lado da família - sua filha mais velha também está chegando à cidade - o dia da votação do segundo turno, neste domingo (26).

O advogado Sérgio Glauco da Silva Rolim de Moura disse acreditar que o médico Leandro Boldrini tem envolvimento no assassinato do filho, o menino Bernardo Boldrini, e que houve um complô inicial para que a culpa recaísse somente sobre Graciele Ugulini, mulher do cirurgião e madrasta da vítima

Moura deu a declaração em depoimento prestado à Justiça em Santo Ângelo, no noroeste do Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (24). O advogado, que é padrasto de Graciele, foi arrolado como testemunha pelo Ministério Público. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Estado.

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O crime ocorreu em abril. Depois de localizar o corpo do menino de 11 anos em um buraco, em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros da casa da família, que fica em Três Passos, a polícia concluiu que Bernardo foi assassinado e prendeu Leandro, Graciele e a assistente social Edelvânia Wirganovicz em abril e o motorista Evandro Wirganovicz em maio. Eles respondem pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Leandro e Evandro alegam inocência. Graciele atribui a morte do garoto à ingestão acidental de calmantes em excesso. Edelvânia sustenta que não participou do "evento morte".

A fase de depoimentos arrolados pela acusação chega ao fim no dia 30, quando a avó materna de Bernardo, Jussara Uglione, será ouvida em Santa Maria. Depois, a partir de 26 de novembro, a Justiça tomará os depoimentos das 47 testemunhas da defesa. Não há data prevista para o julgamento do caso.

Na abertura do trabalho desta tarde de quarta-feira, 22, o presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que o depoimento do doleiro Alberto Youssef ao colegiado será realizado na próxima quarta-feira, 29, após o segundo turno eleitoral. Vital também informou aos presentes da ausência do atual diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, que prestaria depoimento esta tarde.

Vital leu aos presentes ofício da Petrobras recebido na manhã de segunda-feira, 20. A estatal encaminhou um ofício para a comissão em que afirmava que Cosenza não poderia comparecer. O gerente setorial de Relacionamento com o Poder Legislativo da Petrobras, Carlos Henrique Lopes Sampaio, informa que Cosenza "está impossibilitado" de comparecer à reunião das 14h30 por ter tido uma "intercorrência clínica" no início da noite de ontem.

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Segundo o gerente da Petrobras, a intercorrência levou Cosenza a ser medicado e ficar afastado das suas atividades pelos próximos dois dias. A estatal informa que Cosenza se coloca à disposição para remarcar o depoimento para uma outra oportunidade. A reunião desta tarde é a última antes do segundo turno das eleições.

Na documentação remetida à CPI mista, a estatal anexou ainda o atestado médico assinado pelo médico José Eduardo Couto de Castro. No atestado, o médico não descreve o que o diretor da Petrobras teve. Cita apenas que o paciente teve "intercorrências clínicas" que determinaram o afastamento dele por 48 horas. Vital disse que ele teve uma "hipertensão arterial primária".

Na justificação do requerimento, o líder do PPS da Câmara, Rubens Bueno (PR), menciona uma reportagem da revista Época de maio deste ano na qual cita que o ex-diretor Paulo Roberto Costa, mesmo após deixar o cargo, em abril de 2012, continuou a manter relações com a estatal por intermédio do seu sucessor. A reportagem menciona que Costa e Consenza "despachavam sobre assuntos discutidos na cúpula da estatal".

No momento, os parlamentares da oposição criticam a ausência de Cosenza. "Vamos chegar ao dia da eleição da forma como o PT queria, impedindo o avanço das investigações e clareza a respeito das graves denúncias envolvendo a Petrobras", afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE). O líder do PSDB da Câmara, Antonio Imbassahy, disse que Cosenza era o "homem da mais estreita" confiança de Paulo Roberto Costa. "Esse senhor (Cosenza) manteve inalteradas as decisões tomadas anteriormente", completou.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, apresentou atestado médico à CPI Mista para justificar sua ausência na reunião agendada para hoje, às 14h30. No entanto, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo, manteve a reunirão, que ocorrerá no plenário 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado. Ainda não foi marcada nova data para o depoimento.

Consenza substituiu Paulo Roberto Costa, que saiu da Petrobras em abril de 2012. Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), por suspeitas de superfaturamento e lavagem de dinheiro na estatal. Após acordo de delação premiada, o ex-diretor passou a cumprir pena domiciliar.

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No requerimento de convocação, o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) cita reportagens divulgadas pela imprensa para justificar o depoimento de Cosenza. Segundo uma delas, Costa teria continuado o esquema de corrupção na Petrobras por intermédio do atual diretor.

*Com informações da Agência Câmara


O presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou nesta quarta-feira que não descarta marcar o depoimento do doleiro Alberto Youssef para a próxima quarta-feira (22), às vésperas do segundo turno das eleições. A oposição cobrou ontem de Vital do Rêgo a presença do doleiro no mesmo dia em que a CPI vai ouvir o atual diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza.

O colegiado já havia aprovado um requerimento de convocação de Youssef e, pelo regimento do Congresso, cabe ao presidente da CPI marcar o dia do depoimento. Vital tinha sinalizado na terça-feira ser contrário a levar Youssef no momento à CPI. O senador argumentou que a presença do doleiro poderia ser improdutiva porque ele está participando, no momento, de um acordo de delação premiada. Ele citou o exemplo do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, outro que fez um acordo de delação premiada, que no mês passado ficou calado durante depoimento aos parlamentares da CPI. Hoje, contudo, Vital disse que levar o doleiro, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), à CPI está na ordem das "prioridades" dele. Ele disse que pode marcar o depoimento do doleiro para quarta-feira (22) ou na semana subsequente (29), mas é preciso conversar e discutir a logística com a PF, encarregada de escoltar Youssef a Brasília. O presidente da CPI, entretanto, sinalizou que a tendência é marcar o depoimento para o dia 29. "Acredito que, depois do segundo turno, na volta dos trabalhos, seja o mais provável. Depressa. Espero que ele venha para falar como falou na Justiça", afirmou.

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Na semana passada, Youssef e Paulo Roberto Costa prestaram depoimentos públicos à Justiça Federal do Paraná acusando, entre outras pessoas, o tesoureiro do PT, João Vaccari, de ser o responsável por cobrar propinas de empreiteiras sob contratos da estatal. Em nota, Vaccari negou as acusações.

Partidos que apoiam a candidatura do tucano Aécio Neves querem explorar, na CPI, as recentes declarações de ambos. Aliado da presidente Dilma Rousseff, a quem tem ajudado na campanha no seu Estado, a Paraíba, Vital resiste a acatar as sugestões da oposição com o argumento de que a CPI não pode ficar "contaminada" pelo ambiente eleitoral.

Causaram muita preocupação no Planalto e no comando da campanha de Dilma Rousseff os depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal. Em conversas reservadas, integrantes da equipe da presidente disseram ter certeza de que os áudios dos depoimentos serão um "prato cheio" para o candidato do PSDB, Aécio Neves, usar na propaganda da TV.

Os petistas mostraram apreensão com o impacto das denúncias, principalmente porque agora se ouve a voz do delator, e acreditam que as acusações podem ter potencial tão explosivo como o mensalão. Dilma estava em Aracaju quando soube dos vídeos e baixou a lei do silêncio. Na tarde dessa quinta-feira (9), nenhum coordenador da campanha nem ministros falaram sobre as denúncias de corrupção.

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O presidente do PT, Rui Falcão, e o tesoureiro do partido, João Vaccari, divulgaram notas repudiando com veemência as declarações de Costa. A candidata do PT à reeleição foi aconselhada a reagir "à altura", partindo para o confronto público com Aécio, que já chama o escândalo de "petrolão", termo usado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A campanha do tucano, por sua vez, decidiu não abordar as novas denúncias na noite de ontem, no primeiro programa de TV do 2.º turno, mas vai incluir o tema nas próximas propagandas de dez minutos e nos comerciais diários, a partir de hoje.

Dilma vai responder aos ataques no primeiro debate com Aécio, na próxima terça-feira (14), na TV Bandeirantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com quase 45 minutos de atraso, a CPI mista da Petrobras abriu na manhã desta quarta-feira, 8, a sessão para ouvir o depoimento de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef. Meire já relatou, segundo a revista Veja, que o doleiro, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, circulava com "malas e malas de dinheiro" em esquema de lavagem de dinheiro que teria como destino políticos do PT, PMDB e do PP.

O pedido da comissão para ouvi-la foi aprovado no dia 17 de setembro. Na mesma ocasião, o colegiado também havia aprovado requerimento para ter acesso à cópia dos depoimentos de Meire Poza à Justiça Federal do Paraná.

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Nos bastidores, Meire tem dito que vai contar o que sabe sobre o envolvimento de políticos com Youssef. Logo após o primeiro turno das eleições, a sala da CPI está lotada de parlamentares, assessores políticos e jornalistas.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) chegou a questionar o vice-presidente da CPI, senador Gim Argello (PTB-DF), sobre o atraso e cobrou a abertura dos trabalhos - marcada originalmente para começar às 10h15.

Segundo ele, para se ouvir uma depoente, é preciso apenas da presença do presidente e do relator da CPI e mais um parlamentar - exigência cumprida. Foi aí que Gim abriu a sessão, justificando que o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), teve dificuldades para vir da Paraíba para Brasília.

A viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos (PSB) gravou um vídeo endossando a candidatura de Marina Silva (PSB) à presidência da República. No esquete, a ex-primeira dama fala sobre a afinidade entre a ambientalista e o líder socialista, falecido há quase dois meses. "Eles se completavam", afirma Renata. No material, que circula nas redes sociais, a militante do PSB também pontua que se sente "representada por Marina, como Eduardo se sentia". 

“Marina vai ser um passo adiante. Pela história de vida dela, de tudo que ela viveu. Eu tenho certeza que ela vai ser capaz de garantir e até avançar nas conquistas sociais que o Brasil teve.  Eu acho que o Brasil precisa dessa mudança. O Brasil construiu e avançou até aqui, mas acho que a gente precisa dar um salto, precisa dar uma mexida”, observou a viúva. 

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Assim como o depoimento gravado para o postulante a governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), às imagens foram feitas no último dia 20. Um vídeo, com outras declarações, deverá ser usado para as inserções na televisão durante a próxima semana. 

Confira o vídeo:

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