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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou nesta quinta-feira, 24, que, com a devolução imediata de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro Nacional, a dívida bruta da União cairá na mesma proporção ainda este ano. A operação foi aprovada na quarta-feira, 23, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e o banco de fomento anunciou que o repasse ocorrerá em uma só parcela, ao invés das três previstas originalmente.

"Os recursos do BNDES serão utilizados integralmente para o pagamento da dívida pública", enfatizou o ministro.

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Além disso, com a devolução antecipada desses recursos, destacou Meirelles, o Tesouro terá uma economia superior a R$ 30 bilhões com relação as custos implícitos dos empréstimos. De acordo com o BNDES, esse efeito será de R$ 37,3 bilhões.

Após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a operação, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quarta-feira, 23, que devolverá R$ 100 bilhões emprestados pela União de 2009 a 2014 de uma só vez. Em nota conjunta com o Tesouro Nacional, o banco de fomento informou ainda que a devolução imediata reduzirá a dívida bruta da União em R$ 137,3 bilhões, considerando os custos implícitos dos empréstimos.

A ideia inicial da medida, uma das primeiras a ser anunciada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao assumir o cargo, era fazer a devolução em três parcelas anuais, até 2018. "A decisão do BNDES de antecipar a devolução das parcelas de 2017 e 2018 foi tomada considerando sua estimativa do fluxo de desembolsos líquidos para os próximos dois anos", diz uma nota divulgada pela instituição de fomento.

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Na terça-feira, o BNDES anunciou que desembolsou R$ 68,969 bilhões de janeiro a outubro, queda nominal de 35% em relação a igual período de 2015. Além da queda na demanda por crédito para investimentos, o BNDES informou que a devolução dos R$ 100 bilhões de uma só vez "não afetará a estrutura patrimonial" do banco e atende plenamente "às regras prudenciais bancárias".

A nota do BNDES informa ainda que, conforme cálculos da Secretaria do Tesouro Nacional, "o impacto positivo da medida será equivalente a 2,2% do PIB (Produto Interno Bruto)".

"Além do abatimento da dívida bruta na razão de um para um, a antecipação do pagamento de R$ 100 bilhões representa uma redução dos custos com subsídios implícitos de aproximadamente R$ 37,3 bilhões a valor presente nos próximos 35 anos", diz a nota do BNDES. Por isso, nos cálculos do Tesouro, a redução total na Dívida Bruta do Governo Geral (DGBB) será de R$ 137,3 bilhões.

A nota do BNDES traz um comentário da secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi: "A iniciativa é importante e se alinha a outras medidas da equipe econômica para a reversão da trajetória do endividamento público no Brasil e a retomada da confiança".

No texto, a presidente do banco de fomento, Maria Silvia Bastos Marques, reafirma que não faltarão recursos para crédito no futuro: "Caso o ritmo de retomada da economia seja maior do que o previsto e, portanto, haja crescimento da demanda de recursos além do esperado, o banco poderá utilizar os mercados financeiro e de capitais e também estimular parcerias com o setor privado".

O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou que todo o dinheiro que o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró devolver aos cofres públicos será integralmente repassado à empresa. A quantia é de cerca de R$ 17 milhões.

Inicialmente, o acordo de delação premiada de Cerveró, firmado com a Procuradoria-Geral da República, previa que 80% do dinheiro fosse destinado à Petrobras e 20%, à União. Teori disse, porém, que, considerando os prejuízos causados à empresa em virtude do esquema de corrupção investigado pela Lava Jato, não há "justificativa legal" para limitar a 80% o valor da reparação à Petrobras.

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Na decisão tomada na quinta-feira passada, o ministro argumenta que, pelo fato de a Petrobrás ser uma empresa de economia mista, ou seja, que tem tanto capital privado quanto público, eventuais prejuízos sofridos por ela "afetariam apenas indiretamente a União, na condição de acionista majoritária da Sociedade de Economia Mista". "Como a Petrobrás é o sujeito passivo dos crimes em tese perpetrados por Nestor Cuñat Cerveró e pela suposta organização criminosa que integrava, o produto do crime repatriado deve ser direcionado à sociedade de economia mista lesada."

Montante. Cerveró - que cumpre pena em prisão domiciliar e foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro - deverá devolver à Petrobras R$ 11.425.000, mais 1 milhão de libras esterlinas mantidos em contas no Reino Unido e US$ 495.794 depositados em uma conta nas Bahamas. O montante totaliza cerca de R$ 16 milhões, conforme valores convertidos pela taxa de câmbio do Banco Central.

Até o fechamento desta reportagem, a Petrobras não havia se manifestado sobre a decisão do ministro do Supremo.

Em junho, Teori tomou decisão semelhante em relação ao acordo firmado com o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. O ministro determinou que os R$ 79 milhões que foram repatriados fossem destinados à Petrobrás.

Na ocasião, Teori também não atendeu a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que defendia a divisão do montante entre a empresa e a União. O ministro considerou que a estatal estava "na condição de vítima". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Emprestado pelo Santa Cruz ao América-RN, para a disputa da Série C 2016, o volante Dedé foi desligado do clube, nesta quinta-feira (29), e será devolvido ao Tricolor. De acordo com a diretoria do Mecão, a ‘liberação’ do jogador se deve a sua ausência indevida no treino da quarta-feira (28). Diante da situação, a agremiação divulgou nota oficial explicando que o meio-campista viajou para Santa Catarina sem autorização prévia da direção e da comissão técnica, o que gerou a decisão de mandá-lo de volta à Cobra Coral. 

Confira nota na íntegra:

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“O América Futebol Clube vem explicar o motivo que levou ao desligamento do volante Dedé, recém-contratado pelo Alvirrubro para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C.

O atleta se apresentou ao clube no último sábado (25), treinou no domingo (26), segunda (27) e na terça (28) realizou exames cardiológicos. Ontem (30) foi esperado para os trabalhos mas não apareceu, informando logo depois, por mensagem via Whatsapp, que havia viajado para uma audiência no estado de Santa Catarina.

Diante do exposto e buscando profissionais que estejam determinados a alcançar os objetivos do clube, o Departamento de Futebol optou por não mais contar com seus serviços, devolvendo-o para o clube de origem, o Santa Cruz-PE.

A diretoria já busca por um novo jogador para suprir este desligamento, bem como, a contratação de mais um zagueiro, tendo em vista a falta de previsão para os retornos de João Paulo (entregue ao Departamento Médico) e Gustavo (aguarda contraprova do exame que acusou doping).

A direção.”

Ao firmar acordo de delação na Lava Jato, o ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, se comprometeu a devolver R$ 75 milhões aos cofres públicos. Além disso, o delator abriu mão de quantias no exterior que venham a ser localizadas em nome dele ao longo das investigações e deverá indicar à Justiça todos os bens que servirão de garantia de pagamento da multa imposta.

Do valor total da multa, 80% irá para a União e o restante, 20% da quantia, deverá ser destinado a Petrobras para reparo de danos causados pela participação de Machado no esquema de corrupção. A primeira parcela, que soma R$ 10 milhões, deverá ser paga já no final deste mês, quando se completam 30 dias desde a data de homologação da colaboração pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Além disso, Machado deverá cumprir dois anos e três meses de prisão em sua casa em Fortaleza, no Ceará, e poderá se ausentar por até seis horas em somente seis datas já estabelecidas pelo Ministério Público. Depois disso, ele cumprirá pena em regime semiaberto por nove meses, período em que prestará serviços à comunidade.

Durante o regime fechado, em caso de emergência médica, o delator deverá informar imediatamente à Justiça a necessidade de saída. Além de médicos e advogados, Machado está proibido de receber visita de pessoas diferentes de uma lista em que constam cerca de 30 nomes de parentes e familiares.

A delação de Machado foi homologada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, no dia 24 de maio. Com a homologação, a delação passa a ter valor jurídico e novos inquéritos poderão ser abertos para investigar políticos e pessoas sem foro privilegiado.

Pivô da queda de dois ministros do presidente em exercício Michel Temer - Romero Jucá (PMDB-RR), do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência -, Machado entregou aos investigadores da Lava Jato detalhes sobre a cúpula do PMDB no esquema, envolvendo pela primeira vez o próprio Temer no escândalo.

O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró deixará a prisão no próximo dia 24 de junho, mas terá que devolver aos cofres públicos mais de R$ 18 milhões por conta da sua participação no esquema de corrupção da estatal, revelado pela Operação Lava Jato.

Os valores serão devolvidos para a estatal e a para União. Além da quantidade em dinheiro, ele também terá que repassar à Petrobras 10.266 ações da empresa. Se não cumprir o combinado, ele poderá perder imóveis, terrenos e uma fazenda que ele tem em cidades como Rio, Petrópolis e Teresópolis.

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Ao deixar a cadeia nas próximas semanas, ele terá que cumprir prisão domiciliar, não podendo se ausentar da sua casa pelo prazo de um ano e seis meses.

Os termos do acordo de delação premiada foram negociados com a Procuradoria-Geral da República e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no fim do ano passado. Nesta quarta-feira, 2, o documento foi tornado público.

O acordo foi fechado depois de vir à tona o esquema do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) para tentar comprar o silêncio de Cerveró e evitar que o ex-diretor fizesse a delação.

Ex-diretor da área internacional da Petrobras, ele está preso desde janeiro de 2015. Em sua delação, ele afirma que a presidente afastada Dilma Rousseff mentiu sobre a compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos e que ele "supõe" que soubesse que políticos do PT recebiam propina.

Ele também implica políticos do PMDB, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que teria lhe chamado em seu gabinete para reclamar da "falta de propina".

Cerveró também afirma que entre as supostas irregularidades que presenciou na Petrobras durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) está a contratação de uma empresa ligada ao filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso.

Cerca de 600 pessoas que trabalharam na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado estão sendo cobradas e terão de devolver parte do pagamento que receberam. O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e Promoção de Eventos (Cebraspe), contratado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) para a correção da redação e remuneração dos corretores, disse que esses pagamentos foram computados mais de uma vez de forma equivocada.

Os colaboradores (corretores, supervisores e coordenadores), que participaram de capacitação em setembro e trabalharam nas correções até dezembro, receberam os pagamentos em fevereiro. Mas, no início de março, muitos receberam e-mails em que eram cobrados a devolver parte do valor. Em alguns casos, o Cebraspe pediu a devolução de até R$ 6,2 mil para um colaborador.

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Uma das corretoras, que não se identificou por ter assinado cláusula de sigilo, disse que trabalha há 15 anos no Enem e nunca teve problemas desse tipo com o pagamento. "Quase todos os anos eles atrasam, o que já é uma falta de respeito. Agora, nos pagar errado e depois cobrar é muito pior. Eles não nos dão um demonstrativo de pagamento, então não sabemos se realmente o valor veio errado."

Ela foi cobrada a devolver R$ 600 e disse que já havia gastado quase todo o dinheiro. "Sou professora aposentada da rede pública, não recebo muito. Então contava com esse dinheiro para pagar algumas despesas, como o dentista, por exemplo." Com receio de contestar a devolução do pagamento e não ser chamada para a edição da prova deste ano, ela devolveu o dinheiro.

Outra corretora da prova, que também não se identificou por causa da cláusula de sigilo, terá de devolver quase R$ 800. "Corrigi 2,5 mil redações no ano passado. Eu não sei se realmente recebi o que devia porque eles não nos mandam demonstrativos ou extratos do pagamento."

Pontual

O Cebraspe disse que o pedido de devolução dos pagamentos equivocados foi uma "situação pontual tendo em vista a complexidade do processamento e operação de pagamentos por meio de ordem bancária de mais de 15 mil pessoas que atuaram em diferentes funções no processo de correção".

Questionado, o Cebraspe não informou qual foi o valor total pago a mais de forma equivocada aos colaboradores. Também não comentou a reclamação dos colaboradores sobre a falta de transparência e a ausência de demonstrativo de pagamento.

Em nota, o Inep informou que o pagamento aos corretores é de responsabilidade do Cebraspe e que repassou R$ 348 milhões para que o centro pudesse realizar as atribuições para as quais foi contratado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em processo de enxugamento da estrutura administrativa, a Petrobras conta com a devolução de prédios alugados nos últimos dez anos para reduzir custos. Dois imóveis no centro do Rio já foram entregues e a empresa planeja sair de outros em Macaé, no norte fluminense, na Bahia e no Espírito Santo - onde novas sedes foram construídas e são alvos de investigação da Operação Lava Jato.

O processo de reestruturação começou em agosto, com a demissão de funcionários terceirizados. Agora, a estatal negocia a saída do edifício Ventura, no centro do Rio, a poucos metros de sede, na avenida República do Chile. O prédio pertence ao fundo BR Properties.

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As mudanças no Rio começaram em 2015, com a transferência da diretoria para a Torre Senado, enquanto o prédio principal passa por reformas. Segundo a empresa, a transferência permitiu a rescisão de contratos de outros cinco imóveis. Em janeiro, foi rescindido acordo com o BTG relativos aos edifícios Torre Almirante e Castelo, os dois no centro.

Em Macaé, trabalhadores relatam a devolução de escritórios em três endereços (Santa Mônica, Petro Office e Família Lamego). A cidade foi uma das mais afetadas pelo corte de terceirizados. A mudança deve ser iniciada até maio, segundo funcionários da região.

Na Bahia, parte das atividades da área financeira foi transferida para a Torre Pituba no final de janeiro. Ainda assim, os contratos antigos de aluguel continuam vigentes. A previsão é que a mudança seja concluída até o final do ano. Até lá, a estatal seguirá pagando aluguéis duplicados. A nova torre foi concluída em outubro e pertence ao fundo de pensão Petros, sendo alugada à estatal em contrato de 30 anos.

A obra foi tocada pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, investigadas na Lava Jato. Em sua delação, Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal, disse que parte dos recursos da obra teria sido desviada, em 2006, para a campanha do ex-governador e hoje ministro da Casa Civil Jaques Wagner. O ministro nega.

Sob investigação

Situação semelhante ocorre em Vitória, no Espírito Santo, que também passa por reorganização para receber funcionários de outras unidades. A construção de sede própria, entre 2006 e 2011, custou mais de R$ 580 milhões e foi executada por um consórcio com Odebrecht e Camargo Correa. A obra é investigada pelo Ministério Público Federal.

A opção por ampliar a presença da Petrobrás foi feita pelo ex-presidente José Sérgio Gabrielli com o argumento de expandir sua atuação em cidades estratégicas. A escolha por levar a área financeira para Salvador é citada por funcionários como uma opção política, para fortalecer sua base de apoio entre os sindicatos da categoria.

A decisão foi revista pela sucessora, Graça Foster. Ao deixar o cargo, Gabrielli chegou a ser sondado para concorrer à sucessão de Wagner no governo da Bahia. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Um carro foi furtado em São Carlos, em São Paulo, nesta segunda-feira, 14, e devolvido meia hora depois. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois ladrões levam o carro e depois voltam e estacionam o veículo no mesmo lugar. O dono do carro somente soube do crime porque deu falta de uma caixa de ferramentas que estava em seu interior.

Os ladrões chegaram por volta da meia-noite e meia e não tiveram dificuldade para abrir a porta. Um sentou no banco do motorista e outro deu um empurrão para o veículo pegar, vindo os dois a saírem em seguida.

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Depois as câmeras da rua mostra eles retornando, parando o veículo no mesmo lugar e saindo com a maleta. O proprietário disse que nela havia ainda alguns equipamentos que ele usa em seu trabalho, como técnico em monitoramento de segurança. O prejuízo é de R$ 5 mil e a polícia procura os autores do crime.

Após descobrir que o filho de 17 anos havia roubado uma professora, o técnico em enfermagem Alcides Rodrigues dos Santos, de 61 anos, decidiu procurar a delegacia e devolver o dinheiro, em Presidente Prudente, interior de São Paulo. Ele achou R$ 1,275 mil na mochila do filho e pressionou o rapaz, que acabou confessando ter assaltado a professora Virlene de Andrade Teixeira, de 51 anos, nesta segunda-feira, 31, após ela sacar R$ 1,5 mil em um caixa eletrônico.

Segundo o delegado assistente da Delegacia Seccional, Antenor Pavarina, o pai foi com o filho, que é estudante e não trabalha, à delegacia, e o rapaz foi apreendido. Lá, Santos encontrou a professora e devolveu o dinheiro.

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O estudante gastou R$ 225 do valor roubado para comprar maconha e comida. A Vara da Infância e da Juventude analisa o caso. O menor pode ser enviado novamente para a Fundação Casa, de Irapuru, de onde saiu há dois meses.

A Sete Brasil, empresa criada para gerenciar a contratação de plataformas para exploração do pré-sal pela Petrobras, está pedindo na Justiça que ex-executivos da empresa devolvam as propinas que teriam recebido dos estaleiros contratados para a construção de 28 sondas. A acusação foi feita por Pedro Barusco, em acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato.

O próprio Barusco, que foi diretor da Sete Brasil, Eduardo Musa, também ex-diretor, e João Carlos Ferraz, ex-presidente da empresa, teriam participado do esquema que envolveu um total de US$ 224 milhões. A empresa pede ainda que os três devolvam mais de R$ 30 milhões que receberam em bônus pelas suas atividades na companhia.

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Os processos judiciais contra os três ex-executivos correm na Justiça do Rio e a empresa diz que não vai comentar o assunto porque está em "segredo de Justiça". O pedido de segredo foi feito em função dos contratos de bônus assinados com os ex-executivos e que previam cláusulas confidenciais.

De acordo com os processos, Ferraz, Barusco e Musa receberam quatro tipos de bônus da Sete. Segundo alguns acionistas ouvidos pelo Estado, o mais polêmico deles foi o bônus de sucesso, que era o mais polpudo e deveria ser pago depois que a empresa já tivesse feito o lançamento de ações no mercado de capitais. Mas a empresa, na época, resolveu pagar mesmo sem o lançamento de ações.

Ainda segundo os processos judiciais, os acionistas da empresa consideraram que os três tinham feito bom trabalho e mereciam os bônus. Mas, diante agora das acusações de envolvimentos dos três em supostos subornos nos contratos com os estaleiros, entendem que foram enganados e pedem de volta os pagamentos.

Um dos reforços do argumento foi dado pelo ex-presidente da Sete que, ao ser questionado, em um passo anterior ao do início do processo judicial, sobre o pagamento das propinas, confessou ao conselho de acionistas que recebeu quase US$ 2 milhões em propinas. Segundo alguns advogados, isso teria sido feito para tentar um acordo com a empresa e os acionistas.

A empresa tem entre seus principais acionistas os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco, os fundos de pensão da Caixa e da Petrobrás e a própria Petrobrás. São ainda acionistas os fundos de pensão do Banco do Brasil, da Vale, o FI-FGTS e alguns investidores independentes como Lakeshore, LuceVenture e EIG.

Polêmica

A história em torno dos bônus de Ferraz foi controversa desde o começo da empresa. Segundo conta um acionista, Ferraz foi indicado por meio de uma lista tríplice feita pela Petrobrás para a presidência da Sete e, na negociação de salário, teria pedido um bônus de fundador de cerca de R$ 20 milhões.

Mas, depois, ficaram definidos quatro bônus, entre eles o bônus de sucesso, vinculado ao lançamento de ações. Ao fim do mandato de três anos de Ferraz, no início do ano passado, a Petrobrás não apoiou a recondução do executivo e enviou ao conselho uma nova lista tríplice. Entre os nomes estava Luis Eduardo Carneiro, agora presidente da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, reconheceu, na manhã desta sexta-feira, 31, que os valores desviados pela corrupção podem superar os R$ 6 bilhões registrados em seu balanço financeiro de 2014. Segundo ele, a companhia tentará reaver "integralmente" os valores. O executivo apresentou novas medidas de controle interno e reforçou que faz avaliações periódicas dos valores de seus ativos.

Bendine reconheceu que os valores referentes à corrupção podem crescer, mas indicou que, caso haja comprovação de mais perdas, elas devem ser consideradas dentro do montante total de R$ 50,8 bilhões baixados do balanço de 2014. Nesse balanço, a Petrobras reconheceu a perda de R$ 6,194 bilhões por causa de gastos relacionados à corrupção, feitos de 2004 a 2012, e R$ 44,636 bilhões foram registrados como perdas após revisão no valor dos ativos, devido à má gestão e mudanças nas condições de mercado. Somadas, as perdas contribuíram para o prejuízo de R$ 21,587 bilhões em 2014, o primeiro resultado negativo anual desde 1991.

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"Não foram só R$ 6 bilhões. Os testes de imparidade incluíram sobrepreço e más práticas que somaram mais de R$ 50 bilhões", afirmou, em referência ao balanço. Ele indicou que as empreiteiras envolvidas no esquema poderão ser recontratadas, desde que estejam adequadas às normas de governança. "Empreiteiras serão submetidas à nova política de conformidade como qualquer um dos 13 mil fornecedores", indicou.

"Não podemos deixar de aprender em momentos de crise. Corrupção é prática individual, o que cabe às empresas é criar um mecanismo que impeça que a má-fé de um único indivíduo possa causar danos à sua reputação. Buscaremos sem descanso a reparação integral dos recursos", afirmou o executivo. "Estamos recebendo de volta recursos que pertencem aos nossos acionistas e a toda sociedade", completou.

Braskem

Bendine não reconheceu as perdas de R$ 6 bilhões em contratos com a petroquímica Braskem, do grupo Odebrecht, para fornecimento de nafta. Segundo ele, foram identificados "equívocos" no contrato, mas ainda não há nenhuma confirmação de valores.

Na apresentação de novas medidas de governança, o executivo indicou que as ações são uma "resposta à manobras feitas por quem participou de crimes contra a Petrobras". "Reduzimos de fato a capacidade individual de tomar decisões de nossos indivíduos. Estamos assegurando que todos os mecanismos internos de denuncia, apuração e investigação sejam independentes e protegidos de qualquer tipo de ingerência", salientou.

O executivo citou como exemplo a redução de sua própria alçada de decisões dentro da companhia, uma medida que teria tomado logo que assumiu a presidência da empresa, em fevereiro, em substituição à Graça Foster. "Esse é um exercício que toda companhia deve implantar. Decisões colegiadas são mais transparentes", afirmou.

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira, 31, que limitará as decisões individuais em todos os níveis da companhia, como parte de um conjunto de iniciativas para aumentar seu controle interno. Dessa forma, a estatal passará a tomar decisões colegiadas.

Além disso, uma consultoria externa ficará responsável por receber denúncias de irregularidades, a auditoria interna participará de todas as reuniões de diretoria e a punição a empregados com desvio de conduta ficará mais rigorosa.

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"Todos os projetos elaborados e aprovados dentro da companhia agora também têm de ser submetidos à avaliação de uma matriz que leva em conta os possíveis riscos, inclusive do ponto de vista de controle e transparência", diz a Petrobras, em nota.

No texto, divulgado durante cerimônia de devolução de recursos recuperados pelo Ministério Público Federal (MPF), a Petrobras informou que contratará uma ouvidoria externa independente especializada em denúncias internas de indícios de irregularidades.

"O canal estará disponível 24 horas por dia, em diversos idiomas, e também será aberto para público externo, recebendo também denúncias anônimas. Esse formato já é adotado pelas maiores empresas de petróleo com boas práticas de governança", diz a nota.

A Petrobras anunciou também uma reformulação no funcionamento das Comissões Internas de Apuração, "criadas sempre que é necessário averiguar indícios de irregularidades praticados por empregados". Agora, todas as comissões que apuram possíveis casos de fraude e corrupção são compostas por representantes das áreas de Segurança Empresarial, Auditoria, Jurídico e Conformidade. A estatal destacou ainda que "sempre que apontam possíveis crimes, os relatórios das comissões são enviados ao Ministério Público e aos órgãos policiais".

A companhia também aumentará o rigor na punição a funcionários. Para isso, foi criado o Comitê de Correição, vinculado à Diretoria de Governança, Risco e Conformidade. Segundo a nota divulgada pela Petrobras, o papel desse colegiado é "assegurar que as punições aplicadas contra os empregados dentro da companhia sejam adequadas à gravidade das irregularidades". O comitê terá a prerrogativa de punir gestores que deixem de apurar ou punir seus subordinados.

Ainda entre as iniciativas para melhorar o controle interno, a Petrobras anunciou a criação de dois novos comitês (Estratégico e Financeiro), em adição aos três que já existiam (Auditoria; Segurança, Meio Ambiente e Saúde; e Remuneração e Sucessão). O objetivo é assessorar o conselho de administração na apreciação de pautas, aprofundando a análise de todos os temas que lhe são submetidos. Além disso, a Auditoria Interna passará a participar de todas as reuniões da Diretoria Executiva, "o que contribui na elaboração dos planos de auditoria desde o início da aprovação dos projetos".

O deputado federal e vereador do Recife licenciado, Raul Jungmann (PPS), afirmou nesta terça-feira (31), em entrevista ao Portal LeiaJá, que já devolveu a remuneração extra que ele recebeu da Câmara dos Vereadores referente ao mês de fevereiro. De acordo com informações divulgadas por um jornal local, o parlamentar, além de manter dois mandatos eletivos, recebeu por um mês de trabalho, sem estar no exercício do legislativo municipal. 

“É um erro na Câmara, não tenho nada haver com isso. Até já devolvi o que eles me pagaram a mais. Se a Câmara erra no seu cálculo e me paga mais, não tenho culpa”, rebateu Jungmann.  “A Câmara paga no dia 10 e a minha licença saiu no dia 14, o problema todo foi esse. Sabe aquela música de entrei de gaiato no navio? Pronto fui eu”, ironizou acrescentando. 

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De acordo com a publicação, o parlamentar apesar de ter trabalhado apenas até o dia 14 de fevereiro, quando tomou posse na vaga deixada por Sebastião Oliveira (PR) na Câmara Federal, recebeu de forma integral o salário do mês, um total bruto de R$ R$ 15.031,76. As informações são constatadas pelo Diário Oficial e o Portal de Transparência da Casa José Mariano. Inclusive, segundo o periódico, a vereadora Vera Lopes (PPS) que assumiu a vaga deixada por Jungmann, no dia 20 de fevereiro, ainda não recebeu nenhuma remuneração pelos trabalhos legislativos.

Segundo Jugmann, o montante de R$ 5.366,14 foi devolvido aos cofres públicos. “Estava falando agora pouco com Augusto Carreira sobre isso e, inclusive, pedi a ele uma declaração assegurando que eu não ganho mais nada da Câmara e de que já devolvi o dinheiro”, informou o deputado a nossa reportagem. "Sobre Vera, quem deve resolver isso é a administração da Câmara", completou.

Cobranças a Geraldo - Em 2013 um fato semelhante ocorreu no Recife. Jungmann entrou com uma Ação Civil Pública, com liminar para suspender o duplo salário do prefeito Geraldo Julio (PSB) por ser concursado do Tribunal de Contas e chefe do executivo ao mesmo tempo. 

Confira a declaração enviada pelo primeiro-secretário da Casa, vereador Augusto Carreras confirmando a devolução do valor:

 

O ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), condenado pelo julgamento do mensalão, efetuou o pagamento dos R$ 531 mil restantes do total que lhe foi imposto junto à condenação pelos crimes de peculato e corrupção passiva no julgamento do escândalo do mensalão.

Em dezembro, o ex-deputado havia pago R$ 5 mil aos cofres públicos, quando pediu progressão do regime, mas teve pedido negado até que pagasse o valor total que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) entenderam que foram desviados, R$ 536 mil.

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Com o pagamento total do valor, Cunha deverá ter o benefício de progressão para o regime aberto. Isso depende agora de uma autorização de Barroso, o que deve acontecer após parecer do Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, para quem o despacho foi encaminhado esta semana.

Cunha é o único condenado do núcleo político do mensalão que não teve progressão do regime semiaberto para o aberto. Já foram autorizados a mudar de regime o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado José Genoino (PT), o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), Bispo Rodrigues e Pedro Corrêa (PP-PE) e o ex-tesoureiro do extinto PL Jacinto Lamas.

O Brasil devolveu na segunda-feira, 26, 200 megawatts de energia para a Argentina. A exportação se deu a pedido da Cammesa, operadora do setor elétrico no país vizinho. Entre as 15h05 e 17h14, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) chegou a enviar 205 megawatts (MW) para a Argentina no horário de pico.

A transmissão foi feita por meio da rede de Garabi, instalada na fronteira entre os dois países, no município de Garruchos (RS). A última vez que o Brasil enviou energia para a Argentina ocorreu no dia 27 de setembro do ano passado. Naquela ocasião, a exportação de "energia emergencial" foi feita por meio da conversora de frequência Uruguaiana, com devolução da energia mesmo dia.

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Dessa vez, em termos de consumo médio, a entrega de energia brasileira para os argentinos ficou em 17 MW médios. É pouco, se comparado ao que o Brasil tem demandado da Argentina.

Na terça-feira, 20, um dia após sofrer o apagão que deixou sem luz dez Estados e o Distrito Federal, o Brasil pediu entre 500 MW e 1.000 MW diários. A mesma quantidade de energia foi requisitada no dia seguinte. As compras de 2 mil MWh foram realizadas na modalidade "emergencial", ou seja, para suprir a demanda que não conseguiu ser atendida pela geração nacional. A última vez em que houve compra de energia do exterior foi em dezembro de 2010. Os dados do ONS apontam que o Brasil deve hoje 9 MWh aos argentinos, considerado-se apenas a carga importada via Garabi.

Em 2014, foram devolvidos pela segunda vez por falta de fundos 2,04% dos cheques compensados em todo o país, índice levemente superior ao registrado em 2013 (2%). De acordo com a empresa de consultoria Serasa Experian, foi o maior percentual registrado desde 2009. Naquele ano, a inadimplência com cheques atingiu 2,15% em razão dos reflexos da crise financeira internacional. No ano passado, foram devolvidos ao todo 15.410.236 cheques e compensados 755.819.648.

Segundo os economistas da Serasa, o aumento da inflação e das taxas de juros no ano passado, combinado com a estagnação da atividade econômica, foi o fator que mais impulsionou a inadimplência com cheques no ano passado.

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O estado de São Paulo, na contramão da situação nacional, registrou o menor percentual (1,20%) de cheques devolvidos pela segunda vez por falta de fundos dos últimos 5 anos. Já Roraima liderou o ranking nacional, com 11,14% de devoluções.

Por região, de acordo com o levantamento, o Norte liderou a lista, com 4,66% de cheques devolvidos e o Sudeste foi a que apresentou o menor percentual, apenas 1,45%.

Sem acordo com o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, a base governista do prefeito Fernando Haddad (PT) não conseguiu aprovar na noite desta quinta-feira, 11, após mais de sete horas de discussão, o projeto de lei que autoriza a devolução de cerca de R$ 170 milhões para 454 mil proprietários de imóveis em São Paulo. A menos de dez dias do fim do ano legislativo, o governo fracassou pela segunda vez na semana na tentativa de votar a proposta.

Com a nova regra proposta por Haddad, os proprietários que pagaram IPTU maior ao longo deste ano, antes de a Justiça liberar o reajuste desejado pela Prefeitura, vão receber descontos no tributo em 2015. Mas, para entrar em vigor, a proposta precisa passar por duas votações no plenário da Câmara até o dia 20. O projeto emperrou após o PT não aceitar emenda do vereador José Police Neto, líder do PSD, que previa descontos do IPTU para micro e pequenos empresários a partir de 2015. A base governista também reclama que o prefeito precisa definir qual será o prazo para a devolução do dinheiro aos contribuintes.

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O texto que estava em análise na noite desta quinta não definia os prazos para a devolução do dinheiro. Isso será feito durante a regulamentação do projeto, prevista para o início de 2015, segundo Haddad.

De acordo com Paulo Fiorilo (PT), da Comissão de Finanças, a devolução deverá ser parcelada em cinco vezes. Mas, na segunda votação do projeto, na próxima semana, um parágrafo que garante a devolução imediata para quem comprove baixa renda deverá ser incluído no texto final da proposta, segundo o parlamentar petista. "Pelo Código Nacional de Tributos, o governo teria até cinco anos para fazer essa devolução. Mas vamos negociar prazos menores com o governo", declarou Fiorilo.

O projeto foi duramente criticado pelos vereadores de oposição. "No ano que vem, quando você for comprar um quilo de arroz e estiver mais caro, vai ser por causa do IPTU", criticou o vereador de oposição Gilson Barreto (PSDB), que tem como principal reduto eleitoral o comércio formal da zona leste.

Entre os 454 mil proprietários de imóveis que vão receber dinheiro de volta, caso o projeto seja aprovado, 130 mil contribuintes serão isentos do tributo a partir de fevereiro de 2014, quando começam a chegar os carnês nas casas dos paulistanos.

Reajustes

A nova regra do IPTU que entra em vigor no ano que vem isenta ainda 3,1 milhões de imóveis de baixo padrão, avaliados em até R$ 160 mil, e de aposentados que ganham até três salários mínimos. Por outro lado, O imposto para imóveis comerciais será reajustado em 35% e os residenciais em até 20%. A cobrança será reajustada em até 10% para 133 mil pessoas. Para 240 mil contribuintes, o que representa 34% do total de donos de imóveis na capital paulista, a elevação vai chegar a 15%.

Os vereadores petistas e da base governista defenderam, sem sucesso, a aprovação da proposta. Eles argumentam que o governo pode ter cerca de R$ 800 milhões adicionais para investimentos em 2015 com a aplicação do aumento.

Terrenos

Os vereadores aprovaram nesta quinta-feira, em segunda discussão, a autorização para a Prefeitura receber dez imóveis do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) avaliados em R$ 106,5 milhões. Outros três terrenos do órgão do governo federal também foram incluídos de última hora na proposta.

O pagamento do órgão do governo federal faz parte de uma dívida com o município. Os prédios serão reformados e transformados em habitação popular por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) entre a Prefeitura e o governo estadual.

Geraldo Alckmin (PSDB) e Haddad pretendem usar esses terrenos para dar início à produção de até 20 mil unidades habitacionais na região central da cidade. O governo municipal apoiará o projeto com cerca de R$ 400 milhões, dos quais R$ 300 milhões são de um fundo municipal que recebe recursos de contrapartida da Sabesp, concessionária do abastecimento da capital paulista.

O Deutsche Bank depositou na quarta-feira, 10, R$ 52 milhões, o equivalente a US$ 20 milhões (câmbio fechado em R$ 2,60), em contas da Prefeitura de São Paulo, do governo do Estado, do Fundo de Interesses Difusos e do Fórum da Fazenda Pública por ter movimentado valores ilícitos da família do ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996) em sua agência no paraíso fiscal da Ilha de Jersey. Os depósitos são resultado de um acordo firmado pelo Ministério Público do Estado e a prefeitura da capital com o banco alemão em 24 de fevereiro de 2014.

Foram depositados R$ 46,8 milhões na conta da prefeitura; R$ 3,9 milhões em favor da Fazenda do Estado; R$ 780,4 mil para o Fundo de Interesses Difusos; e R$ 522 mil para pagamento de perícia em ações civis movidas contra Maluf no Fórum da Fazenda.

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O acordo foi homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público, em voto do conselheiro Mario Sarrubbo, e pela juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública.

Segundo a Promotoria, o dinheiro que transitou pelas contas da família Maluf no Deutsche Bank de Jersey foi desviado de obras públicas emblemáticas na gestão do ex-prefeito, como o Túnel Ayrton Senna e a Avenida Água Espraiada.

Com os R$ 52 milhões depositados pela instituição financeira alemã, o total efetivamente recuperado pelo Tesouro paulistano chega a R$ 78,3 milhões (US$ 30 milhões). Restam R$ 60 milhões (US$ 23 milhões), que, de acordo com a sentença da Justiça de Jersey, dependem da conversão das ações da empresa Eucatex - controlada pelos Maluf - em moeda corrente.

"O Ministério Público está avançando não apenas no combate à corrupção, mas também na recuperação de ativos desviados dos cofres públicos", afirmam os promotores de Justiça Silvio Antonio Marques e José Carlos Blat, que integram os quadros da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social, braço do Ministério Público que investiga improbidade e corrupção.

O banco alemão não é acusado de ter participado dos desvios de dinheiro público, mas poderia sofrer ação civil por ter recebido recursos de origem criminosa de empresas offshore da família Maluf. A instituição se propôs a pagar 20 vezes o que ganhou com as operações da família Maluf em Jersey - ou seja, o banco ganhou U$S 1 milhão e agora depositou U$S 20 milhões de indenização. O ex-prefeito nega ter dinheiro no exterior. Sua assessoria destaca que ele "não é citado no processo da Ilha de Jersey". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A BV Financeira, do Banco Votorantim, terá que devolver em até 15 dias cerca de R$ 30 milhões a clientes por causa de tarifas de abertura de cadastro que foram cobradas de forma indevida. A devolução foi determinada por um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado nesta terça-feira (2), com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça.

A cobrança das tarifas foi considerada indevida porque os consumidores já eram clientes da instituição financeira. A proibição da cobrança de tarifas de abertura de cadastro foi definida na Resolução CMN nº 3.919/10. A BV Financeira terá que devolver os valores cobrados a partir de 1º de março de 2011, quando entrou em vigor a norma do Conselho Monetário Nacional (CMN), informou o ministério em nota.

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Também em nota enviada por e-mail, a BV Financeira destaca que a cobrança desse tipo de tarifa é legal, conforme foi reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas reconhece que "havia divergência sobre a incidência em determinadas operações, realizadas a partir de março de 2011". "A assinatura do TAC tem como objetivo evitar discussão prolongada na Justiça, em benefício do consumidor", conclui a instituição financeira na nota.

O acordo com o órgão do Ministério da Justiça prevê ainda o aporte de R$ 7,2 milhões em projetos de atendimento ao consumidor e educação para o consumo, que serão executados pelas organizações sem fins lucrativos filiadas ao Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor (FNECDC).

O ministério diz que o TAC "beneficiará milhares de consumidores em todo o País", mas não estima o número exato de clientes da BV Financeira que terão direito à devolução. A própria instituição entrará em contato com os clientes para restituir o valor, corrigido pela inflação.

O acordo é resultado de um processo administrativo do DPDC, originado em abril de 2014, a partir de informações recebidas do Banco Central (BC), informou o ministério.

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