Tópicos | devolução

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou a devolução do passaporte de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, condenado no Mensalão. A decisão acolheu parcialmente um pedido da defesa e considerou que, em razão da extinção da pena de reclusão imposta a Pizzolato, não caberia mais a retenção do documento e a proibição de se ausentar do País.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Em dezembro de 2020, a punibilidade da pena foi extinta, por se enquadrar nos requisitos do indulto assinado em 2017 pelo então presidente Michel Temer.

##RECOMENDA##

Ao analisar o pedido dos advogados de Pizzolato, Barroso ressaltou o dever do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil de pagar integralmente os 530 dias multa que lhe foram impostos na sentença condenatória. "O condenado tem o dever jurídico - e não a faculdade - de pagar integralmente o valor da multa", afirmou.

Um pedido anterior de extinção da punibilidade de Pizzolato havia sido negado exatamente porque não fora comprovado o pagamento da multa ou seu parcelamento. As informações foram divulgadas pelo STF.

Barroso explicou que, embora a multa penal tenha natureza de sanção criminal, com a inscrição em dívida ativa, ela se torna dívida de valor, aplicando-se as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública.

O ministro determinou que as providências de regularização do parcelamento sejam adotadas diretamente nos autos da execução penal que tramita na Vara de Execuções Penais do Distrito Federal e que somente após a sua total quitação a pena pode ser considerada extinta.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a devolução do passaporte do empresário Carlos Wizard. O documento estava retido a pedido da CPI da Covid depois que ele faltou ao primeiro depoimento na comissão parlamentar.

Apontado como integrante do suposto 'gabinete paralelo' de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro na pandemia e já inserido na lista de investigados da comissão de inquérito no Senado Federal, o empresário se apresentou aos parlamentares na quarta-feira, 30, quando desembarcou dos Estados Unidos. Após o interrogatório, Barroso autorizou a liberação do passaporte.

##RECOMENDA##

"Defiro a liminar para determinar a devolução do passaporte do paciente, incumbindo ao Juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Campinas a adoção das providências necessárias. Comunique-se, com urgência, à autoridade impetrada e ao Juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Campinas", escreveu.

Na semana passada, ao suspender a condução coercitiva do empresário, o ministro avisou que decidiria 'oportunamente' sobre a devolução do documento.

Em seu depoimento, Wizard fez uso do habeas corpus que lhe garantiu direito ao silêncio e se recusou a responder a maioria das perguntas feitas pelos parlamentares. O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, sinalizou que vai recorrer do salvo-conduto.

Brasileiros que receberam auxílio emergencial em 2020 e tenham ganhado ainda rendimentos tributáveis acima de R$ 22.847,76 naquele ano terão que devolver os valores recebidos do benefício por ele ou por seus dependentes.

De acordo com a Receita Federal, quem recebeu o auxílio, em qualquer valor, inclusive por dependentes, e também outros rendimentos em valor anual superior a R$ 22.847,76 é obrigado a apresentar a declaração do Imposto de Renda neste ano.

##RECOMENDA##

Ao preencher a declaração, o próprio sistema da Receita Federal gerará uma mensagem informando que foi identificado na declaração rendimentos que ultrapassaram os limites, tendo, assim, que ser devolvido o valor do auxílio emergencial. Será possível gerar no próprio programa uma guia para o pagamento do valor.

Criptomoedas

Outra novidade na declaração de Imposto de Renda de 2021 foi a criação, na ficha de Bens e Direitos, de três campos para informação de criptoativos: Bitcoin, Altcoins e Demais Criptoativos.

A relação entre políticos vai além das articulações. Ao menos é o que demonstrou a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) ao expor, em publicação no Twitter, que a ex-amiga e também parlamentar Carla Zambelli (PSL-SP) pegou roupas emprestadas e não devolveu até hoje. 

Em resposta a um tuíte do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) sobre uma possível imitação de postura em foto, Joice escreveu: "Antes ela camuflava como 'admiração'. Depois que se elegeu com meus votos tirou as garrinhas de fora. É tão cínica que copia até poses de FOTOS e tem a cara de pau de usar roupas MINHAS que emprestei no passado e que ela nunca devolveu. LIXO HUMANO [sic]".

##RECOMENDA##

Em seguida, Joice falou sobre a campanha que surgiu para que Carla assuma o comando da comunicação na Câmara, hoje ocupado por ela. "Carla sonha em ser Joice. Nunca será. Também NÃO SERÁ SECOM", disparou.

Depois, voltando a falar sobre as roupas após ter o comentário compartilhado pela colunista Mônica Bergamo, Joice publicou: "Quer que eu descreva as peças @monicabergamo? São as únicas elegantes que ela usa, inclusive um lindo macacão preto. Já as cafonas são dela mesmo".

Por sua vez, Carla Zambelli não deixou barato e afirmou que o macacão preto havia sido presente da ex-aliada, inclusive postando foto da roupa. 

"Na verdade ela tinha dado de presente. E eu usei no dia que recebi o prêmio por votação popular de melhor deputada do @congressoemfoco, foto abaixo. Mas vou mandar devolver amanhã mesmo, já que voltou a caber nela, deve estar com saudades do macacão, tadinha", ironizou.

Veja:

[@#video#@]

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, determinou que os mais de R$ 14 milhões devolvidos pelo ex-secretário de Saúde fluminense Sérgio Côrtes no âmbito de seu acordo de colaboração espontânea sejam divididos igualmente entre União e Estado. O ex-secretário é investigado na Operação Lava Jato por suspeita de participação em desvios de verbas da pasta durante a gestão de Sérgio Cabral (2007-2014).

A decisão de Bretas, tomada no último dia 16, atende a um pedido apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU), que pleiteou metade do montante sob alegação de que a União também foi vítima dos crimes supostamente praticados pelo ex-secretário uma vez que os desvios teriam se estendido ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), vinculado do Ministério da Saúde.

##RECOMENDA##

A sugestão de rateio dos recursos na proporção de 50% para cada ente federativo lesado partiu do próprio Estado do Rio. O acordo levou em conta a dificuldade de distinguir, com exatidão, os prejuízos sofridos pelo erário estadual e federal.

"Quanto à proporção da divisão dos valores devidos aos entes interessados, como bem pontuou o Estado do Rio de Janeiro, não há como individuar, com absoluta exatidão, qual parcela do montante recuperado diz respeito aos prejuízos sofridos por este ou pela União, de forma que a maneira mais equânime e célere de solucionar a questão é a divisão igualitária", diz um trecho do despacho.

Com isso, Bretas determinou a transferência de R$ 7.146.835,94 ao Tesouro Nacional e o mesmo valor aos cofres do Estado do Rio de Janeiro. Na decisão, observou que as quantias devolvidas espontaneamente por Sérgio Côrtes não necessitam de trânsito em julgado de eventual sentença condenatória para a devida destinação. O magistrado destacou ainda que os valores depositados em contas judiciais são remunerados pela Taxa Referencial (TR), que tem se mantido em zero desde setembro de 2017, "o que causa erosão dos recursos pelos efeitos da inflação, importando em prejuízo aos cofres públicos, na medida em que acarreta desvalorização quando da sua restituição".

Para o advogado da União João Paulo Lawall, o retorno do dinheiro aos cofres públicos minimiza os danos causados ao contribuinte pela corrupção. "Essa decisão permite que os cofres da União sejam ressarcidos por conta de ato de corrupção praticado por um ex-agente público. Isso garante a efetividade da punição no Direito Penal e também há que os contribuintes que trabalham para a formação do erário federal sejam, de maneira direta ou indireta, ressarcidos. Além de garantir a efetividade da punição, deixa certo para os agentes públicos que os atos de corrupção vão ser efetivamente punidos tanto na esfera criminal quanto no ressarcimento ao erário", avalia.

Ousado está de volta ao Pantanal. A onça-pintada resgatada em setembro com queimaduras de segundo grau nas quatro patas foi devolvida à natureza na manhã desta terça-feira (20) após 39 dias longe da região para tratamento. A soltura ocorreu na mesma margem do Rio Corixo Negro, em Poconé, em Mato Grosso, uma das áreas atingidas pelo fogo, onde a reportagem do Estadão encontrou o felino, debilitado.

O animal de cerca de dois anos passou uma temporada no NEX, uma ONG especializada no tratamento de onças, em Corumbá de Goiás, a 80 km de Brasília. A viagem de 1,2 mil quilômetros de volta ao Pantanal foi toda feita numa van climatizada de vidros escuros. Durou 21 horas. Diferentemente do resgate, dessa vez não houve apoio de helicóptero da Marinha.

##RECOMENDA##

Ousado, nome dado por ribeirinhos ao exemplar da espécie, um macho, foi encontrado às margens de um rio do Mato Grosso, em 11 de setembro. Todo o processo de resgate, desde antes da chegada de veterinários e voluntários, foi documentado.

A operação para levar Ousado de Goiás foi discreta. Uma equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), chegou na cidade goiana nas primeiras horas da manhã de segunda-feira com recomendações expressas para que não houvesse publicidade das ações nas próximas horas.

Apesar de o NEX dar ampla transparência ao passo a passo do tratamento da onça nas redes sociais, o Cenap não permitiu nenhuma informação sobre a reinserção do felino à natureza. A justificativa do órgão era a de que a soltura deveria mobilizar uma quantidade mínima de pessoas para que Ousado não ficasse estressado e para que os riscos do procedimento fossem reduzidos. Na semana passada, auxiliares do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ensaiaram uma agenda oficial para que ambos participassem da soltura da onça. O compromisso, porém, acabou cancelado.

Ao final da longa viagem pelas estradas, a onça chegou à localidade de Porto Jofre, em Poconé, na extremidade final da Rodovia Transpantaneira, a cerca de 250 km de Cuiabá. Dentro de uma caixa metálica, a onça foi transferida para um barco que subiu os rios até a exata localização do resgate, nas proximidades do Parque Estadual Encontro das Águas, uma das áreas de maior incidência de onças, quase todo devastado pelo fogo que atingiu o Pantanal.

A estrutura metálica com o felino foi depositada na terra e um sistema de roldana foi montado em uma árvore para que os técnicos pudessem abrir a porta da caixa puxando um cabo de aço, sem ficarem expostos ao animal.

Ousado colocou apenas a pata direita na terra firme e permaneceu imóvel por exatos 15 segundos, observando o entorno. Constatado o reencontro com seu habitat, correu e, com um impulso, venceu o barranco para se reencontrar com a vegetação pantaneira. O animal ganhou um colar, que servirá para monitorá-lo por GPS. Técnicos do Cenap dizem que um estudo atestou as condições das imediações do parque para que o animal fosse reintroduzido com segurança. A readaptação de Ousado à natureza alimenta a esperança de pantaneiros na resiliência do Pantanal.

O regresso da onça ao Pantanal tem forte carga simbólica. Incêndios destroem o bioma há meses e sobram críticas à falta de providências adotadas pelas autoridades, especialmente federais.

A diversidade da fauna local e a preservação do bioma são fundamentais à atividade econômica da região, que atrai turistas de todo o mundo interessados na observação de animais livres.

Até aqui, a saga de Ousado é feliz. Amanaci, outra onça resgatada do Pantanal com queimaduras, ainda em tratamento em Corumbá de Goiás, não fará o mesmo caminho de volta. A fêmea teve queimaduras de terceiro grau nas patas e, apesar do moderno tratamento com células-tronco, ficou com o movimento das garras comprometido. Ela não tem mais condições de viver livre, segundo veterinários que a acompanham.

[@#video#@]

Um casal foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por devolver uma criança após a adoção. Eles devem pagar R$ 150 mil por danos morais ao garoto, hoje com 11 anos. As informações são da BBC Brasil.

A ação foi movida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), alegando que a desistência da adoção, após criança passar um ano e nove meses com a família, gerou danos psicológicos.

##RECOMENDA##

O casal disse à Justiça que a convivência ficou insustentável, pois o garoto era rebelde e tinha comportamento "agressivo, desafiador e temerário." Na primeira instância, o casal foi condenado a pagar R$ 150 mil ao garoto. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça. A família pretende recorrer da decisão. 

O pai adotivo é policial militar, enquanto a companheira é médica. Eles foram incluídos no Cadastro Nacional de Adoção em maio de 2013. Em 2015, a criança, na época com seis anos, começou a convivência na casa da família adotiva. No mesmo ano, a Justiça concedeu a guarda do menino ao casal ao entender que haviam sido criados laços afetivos. Em junho de 2016, o processo de adoção foi oficialmente concretizado.

Um ano depois, em junho de 2017, o policial e a médica decidiram devolver o menino. Segundo os autos do processo, o casal argumentou que o menor "chegou à casa com pânico de chuva, dormia mal, com hábitos pouco educados, sem fazer seu asseio pessoal, além de ser descuidado com seus objetos pessoais, desinteressado nas tarefas escolares, com dificuldade para aceitar regras, bem como com hábito de mentir para conseguir seus objetivos e evitar punições." 

O menino foi levado por uma guardiã, pessoa considerada apta pela Justiça para cuidar dele. Ele tem recebido acompanhamento psicológico. 

O MPSP acusa o casal de tratar de forma diferente o filho adotivo do filho biológico. O primeiro perdeu atividades extracurriculares, como futebol, tênis e natação sob o argumento de que apresentava maus comportamentos. Ele também foi transferido de uma escola bilíngue para uma municipal no meio do ano letivo. O filho biológico permaneceu na escola particular.

Segundo os autos, os pais viajaram para a Disney com o filho biológico, enquanto o adotivo ficou com a cuidadora no Brasil. A defesa disse que foi uma repreensão pela rebeldia do menino. Caso a decisão seja mantida, o jovem terá direito à indenização ao completar 18 anos.

O cachorro que havia sido resgatado no Palácio do Planalto em 18 de junho e adotado pela família Bolsonaro no dia seguinte já tinha dono e será devolvido. Augusto Bolsonaro, como foi chamado, chegou a ganhar uma conta no Instagram que tem mais de 5 mil seguidores.

O animal é da raça pastor-maremano e tem um ano. Na descrição da sua conta no Instagram, é dito que Michelle Bolsonaro é sua mãe e que as filhas dela, Letícia e Laura, suas irmãs. 

##RECOMENDA##

O animal estava com coleira quando foi resgatado nos fundos do palácio. Ele passou um dia em um lar temporário. Foram feitos anúncios nas redes sociais procurando os donos, mas sem sucesso.

"Meu amor, vamos sentir saudades de tudo com você", escreveu Michelle Bolsonaro na última foto do cachorro. As publicações foram inundadas por comentários de internautas pedindo que o animal fosse devolvido

O Congresso oficializou a devolução da medida provisória que permitia o governo nomear reitores de universidades federais durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão, tomada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi publicada em edição extra do Diário do Congresso Nacional.

Na prática, a devolução anula os efeitos da medida provisória.

##RECOMENDA##

O governo ainda pode recorrer da decisão, atitude considerada improvável por articuladores do Planalto.

Ao justificar o ato, Davi Alcolumbre considerou a medida assinada pelo presidente Jair Bolsonaro como inconstitucional.

Alcolumbre não citou um erro formal da MP, mas o mérito, mandando um recado político ao governo.

O presidente do Congresso apontou dispositivos da Constituição que garantem "gestão democrática do ensino público e autonomia administrativa às universidades".

Além da constitucionalidade, uma MP não pode ser reedita se outra norma com o mesmo temor perdeu efeitos no mesmo ano. Foi o caso da MP 914/2020, que mudava as regras de nomeação dos reitores. O texto perdeu a eficácia no último dia 2 por não ter sido votado no Congresso.

Desde 1988, só três MPs haviam sido devolvidas pelo Legislativo, nos governos José Sarney, Lula e Dilma Rousseff.

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM), anunciou, nesta sexta-feira (12), que assinou o termo de devolução da Medida Provisória 979 editada pelo presidente Jair Bolsonaro na última quarta-feira (10). A MP permitia que o Ministério da Educação (MEC) indicasse reitores temporários para universidades e institutos federais que seus líderes estivessem no fim do mandato.

"Acabo de assinar o expediente de devolução da MP 979, que trata da designação de reitores, por violação aos princípios constitucionais da autonomia e da gestão democrática das universidades", escreveu o democrata.

##RECOMENDA##

"Cabe a mim, como Presidente do Congresso Nacional, não deixar tramitar proposições que violem a Constituição Federal. O Parlamento permanece vigilante na defesa das instituições e no avanço da ciência", acrescentou. 

A MP que garantia o poder de nomeação ao ministro Abraham Weintraub foi bastante questionada por parlamentares, que acionaram também o Supremo Tribunal Federal alegando inconstitucionalidade do texto. O MEC chegou a negar a acusação.

Essa é a quarta vez desde 1988 que o presidente do Congresso devolve uma MP para o Executivo sem a análise de deputados e senadores.

A prática já ocorreu nos governos Dilma Rousseff (MP 669/2015), Luiz Inácio Lula da Silva (MP 446/2008) e José Sarney (MP 33/1989).

No governo Bolsonaro, não houve devolução, mas o Congresso anulou os efeitos do trecho de uma MP que transferia a demarcação de terras indígenas para o Ministério da Agricultura. Isso porque Bolsonaro assinou a mudança após a transferência ter sido rejeitada pelo Congresso em outra medida provisória no mesmo ano, o que é proibido pela Constituição.

*Com a Agência Estado

Deputados ligados às Frentes Parlamentares em Defesa da Valorização das Universidades e dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia vão pedir aos presidentes da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a devolução imediata da Medida Provisória (MP) 979/2020, publicada na noite dessa terça-feira (9) pelo Governo Federal. Os parlamentares alegam que o texto, que permite a nomeação de reitores indicados pelo Ministério da Educação (MEC) durante a pandemia do coronavírus, é inconstitucional. 

Segundo os deputados, a primeira inconstitucionalidade é o fato da nova MP ser uma reedição da medida provisória 914, que perdeu a validade no último dia 2. A segunda, na avaliação deles, é por ferir o artigo 207 da Constituição Federal, que trata sobre a autonomia das universidades. 

##RECOMENDA##

“Esse é mais um duro ataque à educação brasileira O texto é um total rompimento do princípio da autonomia das universidades e institutos federais”, critica o deputado federal Danilo Cabral (PSB), um dos coordenadores da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades. 

De acordo com o grupo, a MP poderá atingir 15 universidade e quatro institutos federais de ensino, que têm dirigentes com mandatos que vencem neste ano. As universidades escolhem seus reitores através da consulta à comunidade acadêmica para a formação de uma lista tríplice. Já para os institutos federais os reitores são eleitos de forma direta, prevista em lei federal. 

“As Universidades e Institutos são produtores do conhecimento. Não podem ser tutelados. A autonomia é um princípio que está na Constituição Federal”, disse a deputada Margarida Salomão (PT-MG), também coordenadora da Frente Parlamentar, que já foi reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Danilo Cabral também lembrou que, no ano passado, o Governo Federal promoveu uma intervenção na nomeação de pelo menos seis reitores. “Precisamos ressaltar que há possibilidade de fazer a escolha dos reitores mesmo durante a pandemia”, afirma Danilo Cabral. Ele cita o exemplo da  Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), cujo Conselho Universitário aprovou, em maio, a realização da eleição remotamente, através do Sistema Helios Voting. O software, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia Massachusetts (Estados Unidos), já foi utilizado no Brasil nas eleições de reitor na Universidade de São Paulo. O mandato do atual reitor da instituição termina em outubro. 

O texto da MP 979 foi discutido na manhã desta quarta-feira (10) em reunião dos parlamentares com as entidades ligadas à educação, como Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológico) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). No encontro virtual, também ficou decidido que será impetrada uma ação judicial no Supremo Tribunal Federal para sustar os efeitos do texto imediatamente.

Depois de receber o valor de R$ 1.200 do auxílio emergencial, o dobro do que deveria ganhar, a diarista Jailma Alves dos Santos, 33 anos, está tentando devolver os R$ 600 a mais que não deveria ter sido depositado. A mulher recebeu como se fosse chefe de família, o que não é - já que é casada com um homem que também já tem a sua renda mensal.

"Eu entendi que eles pegaram os dados que eu tinha no Cadastro Único, mesmo desatualizado há dois anos. Tá faltando informação minha, do meu esposo. Não tem documentação dele, só da minha filha", aponta Jailma.

##RECOMENDA##

A mulher confirma que na época fez o cadastro no CADÚNICO para receber o Bolsa Família, mas nunca recebeu o benefício. Agora, contemplada com o valor de R$ 1.200, a diarista quer corrigir o erro que não cometeu para ter a sua consciência tranquila. "Quero ficar tranquila de que estou fazendo o certo", salientou em entrevista ao RJ1.

Luciano Medeiros de Castro, que é o superintendente regional da Caixa, disse - também em entrevista ao programa - que esse tipo de erro é difícil de acontecer. Além disso, ele confirmou que o processo de devolução é competência do Ministério da Cidadania e que Jailma precisa procurar uma agência da Caixa para saber mais informações.

 

A pedido do Ministério Público Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco reprovou, nesta quarta-feira, 27, as contas de Maria de Lourdes Paixão Santos, candidata a deputada federal pelo PSL nas eleições de 2018, e determinou que ela devolva R$ 380 mil ao fundo partidário. O valor tem relação com os recursos públicos cuja utilização, segundo a Procuradoria, "não foi devidamente comprovada".

O TRE de Pernambuco reprovou as contas da candidata. Segundo a Procuradoria Eleitoral, Lourdes Paixão foi a candidata do PSL que mais recebeu recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha no Estado - R$ 400 mil.

##RECOMENDA##

Ela foi também a segunda candidata do partido a receber o maior volume de verbas, atrás de Luciano Bivar, presidente da legenda e único candidato eleito, que recebeu R$ 1,8 milhão.

Lourdes Paixão conquistou, no entanto, apenas 274 votos.

No parecer ao TRE, a Procuradoria Eleitoral registra que há "fortes indícios" de que a candidatura de Lourdes teria sido "fictícia".

O documento indica que 97% dos recursos recebidos pela candidata, ou R$ 380,3 mil, foram destinados ao pagamento de uma só empresa, pelo suposto fornecimento de serviços gráficos.

Na avaliação do Ministério Público Eleitoral, os serviços teriam sido contratados "de forma simulada, com o objetivo de desviar recursos públicos de campanha".

A Procuradoria diz ainda que há indícios de que a única sócia da empresa seria uma "laranja".

De acordo com a prestação de contas, o valor seria referente à produção de 10,9 milhões de peças gráficas, incluindo nove milhões de santinhos e 1,5 milhão de adesivos tipo "praguinha", no dia 3 de outubro de 2018.

O entendimento da Procuradoria, no entanto, é o de que não seria "lógico, nem plausível" que as 10 milhões de peças gráficas tenham sido "totalmente distribuídos por apenas quatro militantes em menos de uma semana antes das eleições".

O Ministério Público indicou também que não havia prova de que os adesivos e santinhos tenham sido, de fato, impressos e distribuídos.

Lourdes Paixão alegou que o material não foi distribuído apenas pela militância, pelos militantes pagos, mas também "pelos apoiadores e eleitores do partido" que, segundo ela, "se aglomeravam diariamente, especialmente no Comitê Central da Campanha, em busca de material gráfico".

"Não se mostra lógico, contudo, que diante da alegada adesão maciça de apoiadores e eleitores à sua campanha, suficiente para distribuição de mais de dez milhões de materiais gráficos diversos, em curtíssimo espaço de tempo (sem qualquer comprovação a esse respeito nos autos), a candidata tenha obtido uma inexpressiva votação, absolutamente menor se comparada a outros candidatos menos aquinhoados com recursos públicos destinados ao seu partido", considerou a Procuradoria Eleitoral.

Defesas

A reportagem tenta contato com o PSL em Pernambuco e com Lourdes Paixão. O espaço está aberto para manifestação.

Maria de Lourdes Paixão Santos, candidata a deputada federal em Pernambuco pelo Partido Social Liberal (PSL) nas eleições de 2018, terá que devolver R$ 380 mil em recursos públicos do Fundo Partidário, cuja utilização não foi devidamente comprovada. O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) reprovou as contas da candidata, a pedido do Ministério Público Eleitoral em Pernambuco.

Lourdes Paixão foi a candidata do PSL que mais recebeu recursos do FEFC no estado (R$ 400 mil) e a segunda candidata do partido a receber o maior volume de verbas, atrás apenas de Luciano Bivar, presidente da legenda e único candidato eleito, que recebeu R$ 1,8 milhão. Apesar do alto valor destinado a sua candidatura, ela obteve apenas 274 votos.

##RECOMENDA##

Ao impugnar as contas de Lourdes Paixão, O Ministério Público Eleitoral relatou que 97% dos recursos recebidos por Lourdes Paixão (R$ 380.300,00) foram destinados ao pagamento a uma empresa individual, pelo suposto fornecimento de serviços gráficos. A despesa apontada na prestação de contas referia-se à confecção de diversas peças gráficas, incluindo nove milhões de santinhos e 1,5 milhão de adesivos tipo “praguinha”, no dia 3 de outubro de 2018.

LeiaJá também

--> Luciano Bivar é alvo de operação que apura laranjas do PSL

--> MPF quer investigar candidatura laranja do PSL em PE

--> Candidatura laranja: suspeita depõe na Polícia Federal

Na prestação de contas, foi apresentada nota fiscal para comprovar realização das despesas. Entretanto, o Ministério Público questionou a veracidade do documento, argumentando que seria impossível confeccionar e distribuir todo esse material a quatro dias da eleição. Além disso, não houve nenhuma prova de que os adesivos e santinhos tenham sido, de fato, impressos e distribuídos.

Lourdes Paixão alegou que o material foi espalhado não apenas pela militância paga (composta por quatro pessoas), mas também pelos apoiadores e eleitores do partido que, segundo ela, compareciam diariamente ao comitê central da campanha, no bairro do Pina, no Recife, em busca de material gráfico. Para o Ministério Público, porém, a suposta colaboração de um volume de pessoas capaz de distribuir nove milhões de santinhos em quatro dias é incompatível com a votação obtida pela candidata. Além disso, o serviço de panfletagem prestado espontaneamente por essas pessoas deveria constar na prestação de contas como doação recebida estimável em dinheiro, o que não ocorreu.

O Ministério Público Eleitoral aponta ainda que há fortes indícios de que a candidatura de Lourdes Paixão foi meramente fictícia, apesar de regularmente registrada na Justiça Eleitoral. Segundo o MP, a contratação dos serviços gráficos ocorreu de forma simulada, com o objetivo de desviar recursos públicos de campanha.

*Da Procuradoria Regional da República

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse ao jornal O Estado de S. Paulo/Broadcast que estuda devolver a medida provisória do programa Verde Amarelo, que tem como intuito incentivar a contratação de jovens de 18 a 29 anos.

As empresas que fizerem a adesão ao programa vão ter uma redução de até 34% nos impostos que pagam sobre a folha de salários, desde que ampliem o número de funcionários.

##RECOMENDA##

Na terça-feira (26), Alcolumbre recebeu parlamentares e centrais sindicais que pediram a devolução da medida. As entidades classificam a MP como inconstitucional. Uma decisão deve ser tomada na semana que vem.

Como presidente do Congresso, Alcolumbre pode deixar de pautar uma medida provisória, ou parte do texto, se considerar que o governo reeditou uma norma rejeitada pelos parlamentares no mesmo ano ou se avaliar algum ponto como incompatível com a Constituição, as lei e os regimentos internos da Câmara e do Senado. "Não sei. Vou estudar", afirmou Alcolumbre quando questionado se vai devolver a MP.

O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), ligado a sindicatos, manifestou expectativa de que Alcolumbre rejeite metade da medida provisória e encaminhe para deliberação apenas alguns trechos da MP.

Metade

"Pelo que entendemos, ele vai devolver metade do texto. Aí, destrói a medida", afirmou Paulinho da Força. Segundo Paulinho, um dos itens a serem devolvidos é a taxação do seguro-desemprego como fonte para bancar o novo programa.

Hoje, quem recebe o seguro-desemprego não é taxado. O benefício é assegurado pela Constituição de 1988 com o objetivo de fornecer suporte financeiro ao trabalhador formal demitido sem justa causa enquanto busca recolocação no mercado. É pago por um período que varia de três a cinco meses, de forma alternada ou contínua.

O governo espera arrecadar entre R$ 11 bilhões e R$ 12 bilhões com a taxação do seguro-desemprego em cinco anos, mais do que suficiente para bancar o regime Verde Amarelo, com custo estimado em R$ 10 bilhões no mesmo período.

Já que vai ter de contribuir com o INSS sobre o valor do seguro-desemprego, esse tempo em que recebe o benefício passará a contar para o cálculo na aposentadoria. A cobrança do imposto sobre o seguro-desemprego passa a valer daqui a três meses.

Trabalho aos domingos

Outro ponto que enfrenta resistência e também pode ser devolvido é o retorno do trabalho aos domingos, que já tinha sido incluído sem sucesso na MP da Liberdade Econômica. A MP permite que todos os trabalhadores sejam convocados para trabalhar aos domingos e feriados. Leis que vetavam convocação de 70 categorias, como professores e funcionários de call centers, foram revogadas. Para comércio e serviços, está garantida folga em um domingo a cada quatro fins de semana. Para a indústria, está garantida a folga apenas em um domingo a cada sete.

A MP regulamenta ainda o trabalho aos sábados nos bancos. O texto estabelece que a jornada diária de seis horas de trabalho vale apenas para os bancários que trabalham nos caixas em atendimento ao público. Para os demais trabalhadores das instituições financeiras, a jornada ordinária é de oito horas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A família do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem tentado impulsionar de toda forma a candidatura do governo brasileiro para integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Um dos sinais disso é um projeto de lei que foi apresentado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) prevendo a criação do “Dia da OCDE” no país. 

O texto chegou à Câmara dos Deputados no dia 1º de outubro, mas foi devolvido pela Mesa Diretora ao parlamentar. Ou seja, a matéria foi descartada e não vai entrar em processo de tramitação. A devolução, de acordo com informações do site da Casa, aconteceu porque o projeto feriu um dos artigos da Lei nº 12.345/2010, que estabelece critérios para a criação de datas comemorativas no país. 

##RECOMENDA##

O artigo quarto da legislação mencionada observa que para a criação de uma nova data comemorativa é necessário que o projeto de lei seja subsidiado por consultas e/ou audiências públicas. O que não é o caso da proposta de Eduardo para a criação do Dia em alusão ao chamado “clube dos países ricos”. 

Ao justificar sua proposta, o filho do presidente faz referência ao pedido formalizado em 2017 para o ingresso do Brasil na OCDE e ressalta que tal oportunidade possibilitará que o país e a organização “trabalhem juntos com o intuito de ampliar a eficiência e a transparência das políticas públicas”. 

“Quando for aceito, o Brasil passará a ter voz e voto, influenciando, sobremaneira, nos debates globais e no estabelecimento e revisão de padrões da organização. Como símbolo da conjugação de esforços entre os Poderes Executivo e Legislativo para a acessão do Brasil àquela organização internacional, propomos o Dia da OCDE no Brasil”, argumenta. 

O projeto previa que a data seria celebrada em 1º de outubro. No despacho de devolução da proposta, a Câmara dos Deputados também ressalta que Eduardo Bolsonaro poderia recorrer da decisão no prazo de cinco sessões plenárias após a última terça-feira (8), quando o texto foi publicado em Diário Oficial.

Coincidentemente ou não, nessa quinta-feira (10) a entrada do Brasil na OCDE foi destaque no noticiário nacional. Isto porque, os Estados Unidos priorizou dar apoio ao ingresso da Argentina e da Romênia no “clube dos países ricos”. O Brasil não foi mencionado no documento entregue à instituição pelo governo americano, o que fez surgir a afirmação de que o presidente Donald Trump não havia cumprido a promessa de endossar o ingresso brasileiro. 

Com a repercussão, que colocava em xeque a afinidade criada entre Trump e Jair Bolsonaro, o chefe do Executivo americano negou que teria recuado e reforçou o apoio que já havia declarado publicamente em março, quando Bolsonaro visitou  Washington. 

O presidente brasileiro, por sua vez, chegou a declarar que o momento do Brasil na OCDE chegaria na hora certa. 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá encaminhar ao Tesouro Nacional até o fim do ano no máximo cerca de R$ 3,2 bilhões do lucro de 2019, em pagamentos antecipados. A estimativa é do presidente do Conselho de Administração do banco, Carlos Thadeu de Freitas, que citou o excesso de exposição à Petrobras como um limitador dos repasses.

Segundo Freitas, os valores antecipados poderão ser maiores, caso o BNDES acelere, ainda neste mês, as vendas das ações da petroleira, reduzindo a participação detida na estatal.

##RECOMENDA##

O valor estimado para as antecipações até o fim do ano já inclui o pagamento de R$ 1,8 bilhão em juros sobre capital próprio (JCP) referente ao lucro do primeiro semestre, aprovado há duas semanas. O BNDES antecipou esse valor após anunciar lucro líquido de R$ 13,8 bilhões na primeira metade do ano, concentrado no primeiro trimestre.

A antecipação dos repasses do lucro faz parte do esforço do Tesouro Nacional para conseguir receitas extras para fechar as contas públicas deste ano sem mudar a meta fiscal. O Ministério da Economia quer R$ 13 bilhões em dividendos de estatais como receita extra e contava com R$ 9 bilhões do BNDES, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) no mês passado.

"Se tiver rapidez em vender ações da Petrobras em setembro, o BNDES poderá pagar mais", afirmou Freitas, estimando que o valor de antecipações poderia chegar a R$ 8 bilhões este ano, caso a participação na petroleira seja reduzida.

Para o presidente do Conselho do banco, a forma mais rápida de fazer essa redução é vender ações na mesa de operações, no dia a dia do mercado, como o BNDES tradicionalmente faz. É importante fazer isso já este mês para que as vendas sejam registradas no resultado do terceiro trimestre, disse ele.

A fatia do BNDES na petroleira (13,9% do capital total) encerrou o segundo trimestre avaliada em R$ 51,582 bilhões, pouco menos da metade da carteira total do banco, avaliada em R$ 105,465 bilhões.

No primeiro trimestre do ano, o BNDES vendeu R$ 3,6 bilhões em ações da Petrobras, mas, no segundo trimestre, não vendeu nada.

Pelas regras do Banco Central, as instituições financeiras não podem ter exposição - indicador que inclui tanto as dívidas quanto eventuais participações acionárias - a um único cliente superior a 25% do patrimônio de referência. Indicador usado para medir o índice de Basileia, o patrimônio de referência do BNDES fechou o segundo trimestre em R$ 185,125 bilhões. Ou seja, a exposição do BNDES a um único cliente não poderia passar de R$ 46,281 bilhões. No caso da Petrobras, apenas a participação acionária já está acima desse valor.

O BNDES está acima do limite de exposição à Petrobras há anos. Nos governos do PT, o BC editou uma série de decretos abrindo exceções ao BNDES na hora de cumprir essa norma. Desde 2015, essas exceções passaram a prever metas de redução do excesso de exposição, o que vem sendo feito, tanto porque o BNDES tem vendido ações da petroleira quanto porque a estatal tem antecipado o pagamento de dívidas ao banco.

Por causa do excesso de exposição, o BNDES acaba obrigado a limitar os repasses do lucro, já que o pagamento de dividendos reduz o patrimônio e, portanto, o limite de exposição a um único cliente. Segundo Freitas, o Conselho de Administração já "saiu na frente" ao autorizar a distribuição trimestral de dividendos, fazendo ajustes na política prevista em estatuto.

O motorista Rafael Carneiro de Araújo, do aplicativo do Sindicato dos Taxistas do Ceará (Sinditaxi), devolveu US$ 18 mil, o equivalente a R$ 72 mil, esquecidos por passageiros no táxi que ele dirigia em Fortaleza. Carneiro informou ao Sinditaxi que os clientes embarcaram em seu carro no Aeroporto Internacional Pinto Martins e seguiram para um hotel na Praia de Iracema.

Araújo foi alertado por outra passageira, em uma corrida posterior, que tinha uma bolsa no banco de trás.

##RECOMENDA##

"Eram três passageiros. Eles achavam que eu não falava inglês e, na conversa durante a corrida, eles falaram que estavam com a quantia de US$ 18 mil, que iam fazer investimento em Fortaleza", afirmou o taxista.

Araújo relatou que ficou com medo ao saber que estava transportando tanto dinheiro.

"Fiquei preocupado, mas fiz meu trabalho. Fiquei calado e os deixei no local", disse.

Ao reconhecer a bolsa, o taxista voltou para o hotel na Praia de Iracema, onde foi informado pela recepção que o trio tinha voltado ao aeroporto. O motorista, então, dirigiu-se ao aeroporto e devolveu a bolsa com o dinheiro aos seus donos.

Recompensa

Os turistas agradeceram e ofereceram uma recompensa de R$ 50, mas Araújo não aceitou.

"Só quem sabia do dinheiro era eu. Entreguei a mochila ao devido dono. Eles quiseram me dar R$ 50. Insistiram para aceitar e pediram meu cartão. Eu não aceitei, e eles jogaram o dinheiro no meu táxi", disse o motorista.

Após a ação, Rafael Carneiro foi homenageado no Sinditaxi.

"Teve gente que me disse: 'Tu é muito besta. Dava ao todo R$ 72 mil. Eu tinha era fugido do Estado'. Eu sou homem de Deus e faço coisas corretas, tenho uma loja de informática, tenho família e tenho vida", declarou o taxista.

O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná celebra nesta, quinta-feira, 25, mais uma devolução de recursos para a Petrobras, recuperados pela Operação Lava Jato. Desta vez serão R$ 424,9 milhões. A devolução de parte do montante total, R$ 111 milhões, foi autorizada pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal.

Em cinco anos de Lava Jato, mais de R$ 3 bilhões já foram devolvidos à Petrobras. No primeiro semestre deste ano, o Ministério Público Federal recuperou mais de R$ 1,5 bilhão e apresentou 14 denúncias, número superior a 2018 e o mesmo verificado em 2017.

##RECOMENDA##

A cerimônia será realizada na Justiça Federal em Curitiba. Participam do evento procuradores do Ministério Público Federal, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco; o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário; o advogado-geral da União substituto Renato de Lima França; o superintendente da Polícia Federal no Paraná, Luciano Flores de Lima; e o chefe do Escritório de Pesquisa e Investigação na 9ª Região Fiscal, Edson Shinya Susuki.

A Justiça Federal no Rio homologou, a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato, a imediata devolução de R$ 270 milhões (US$ 82,3 milhões) pelo empresário Dan Wolf Messer, réu por evasão de divisas em esquema montado pela família Messer. O acordo de delação fechado com familiares de Dario Messer, o 'doleiro dos doleiros' - foragido - envolve ainda a devolução do equivalente a cerca de R$ 100 milhões em dinheiro, imóveis e obras de arte, além de renúncia a bens e direitos decorrentes de herança do patriarca da família.

Ao todo, informou a Procuradoria no Rio, somam-se os valores devolvidos de R$ 370 milhões.

##RECOMENDA##

"A repatriação dos valores mantidos em contas em Bahamas, Mônaco e Nova York vem avançando e cerca de R$ 240 milhões já estão à disposição da Justiça para serem revertidos aos cofres públicos", destaca a força-tarefa.

Os recursos foram repatriados no âmbito do acordo de colaboração de Dan Wolf Messer, homologado pela Justiça. O filho de Dario Messer é, desde 2015, o único beneficiário direto de um fundo aberto com aporte do avô Mordko Messer, pioneiro da família no mercado de câmbio ilegal.

Os valores em instituições financeiras no exterior tinham sido depositados em 2004 e nunca foram declarados às autoridades brasileiras. Além de recursos, o colaborador forneceu documentos como provas de corroboração dos crimes, que incluem extratos das contas estrangeiras.

Como parte do acordo, o Ministério Público Federal pediu à Justiça que o processo ao qual Dan Messer responderia por evasão de divisas fique suspenso durante dois anos.

A suspensão está condicionada ao cumprimento de sete horas semanais de serviços à comunidade.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando