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O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) declarou, nesta sexta-feira (24), que a economia brasileira está crescendo menos do que o resto do planeta. Campos divulga esta opinião, no mesmo dia em que a presidente, e rival política do socialista, Dilma Rousseff (PT) defende o papel do Brasil para a recuperação da economia mundial, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O presidenciável fez o comentário após analisar o índice de geração de empregos, em 2013, e a estimativa para o crescimento do PIB em 2014. 

“A economia brasileira está andando na contramão, crescendo menos que deveria e também abaixo do resto do planeta”, disparou em sua página pessoal no Facebook. Ao acrescentar que “maquiar resultados para tentar mostrar que a economia está boa apenas reduz o interesse de investidores estrangeiros, que ao enxergar uma realidade econômica brasileira totalmente diferente das análises do governo, perdem a confiança de apostar no País”, disse. De acordo com o governador a geração de empregos recuou mais de 18% em 2013 e o PIB em 2014 no Brasil permanecerá em 2,3%, reduzindo 0,1%.

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“Os investimentos no Brasil vão se reduzindo, causando uma geração cada vez menor de empregos e esfriando ainda mais a economia. É um ciclo vicioso e bastante perigoso, que só será rompido no momento em que a situação econômica atual for tratada de forma realista”, cravou o pessebista.

Ao contrário do que Dilma afirmou ao discursar em Davos, pontuando o Brasil como “uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios”, graças às medidas adotadas pelo governo dela para “facilitar ainda mais essa relação”, com as empresas internacionais. Campos alerta que o país pode gerar mais riqueza, no entanto o governo atual não contribui para isso. “O governo só precisa fazer sua parte. Ou seja, resolver os gargalos de infraestrutura, e não atrapalhar quem quer investir”, dispara.

As bolsas europeias fecharam a sessão desta sexta-feira (24), em baixa expressiva, em meio ao cenário de forte aversão ao risco que domina os mercados internacionais. A preocupação dos investidores com as perspectivas dos países emergentes e como elas podem afetar o crescimento global motiva a busca por segurança e prejudica os mercados acionários desde esta quinta-feira, 22. Na Bolsa de Madri, a queda foi ainda mais expressiva, devido ao temor com a volatilidade na América Latina, onde muitas empresas espanholas têm negócios. O índice Stoxx 600 fechou em queda de 2,39%, aos 324,75 pontos. Na semana, a desvalorização foi de 3,3%, marcando a pior performance desde junho.

Uma série de fatores vem pesando sobre o humor dos investidores nesta semana, entre eles a perspectiva de menos estímulos monetários nos países desenvolvidos, os recentes dados mais fracos da China e a onda de vendas de moedas emergentes. Esse cenário deixou o mercado ainda mais tenso para a próxima reunião do Federal Reserve, na semana que vem.

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"A renovada turbulência dos mercados emergentes ocorre em um momento no qual os mercados de risco estão tecnicamente comprados e, portanto, vulneráveis a uma correção", disseram analistas do Danske Bank.

O mercado também repercutiu, em menor grau, o pronunciamento do presidente do Banco Central de Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, em Davos. Segundo ele, a instituição irá atualizar a sua diretriz para a taxa de juros em fevereiro, depois de uma queda mais rápida do que o esperado no desemprego. Carney afirmou que o Comitê de Política Monetária (MPC, em inglês) vai considerar "uma gama de opções" para "evoluir" em sua estratégia de diretriz. Em agosto, a autoridade monetária se comprometeu a somente rever a taxa de juros - que é de 0,5% - quando desemprego no Reino Unido atingir o patamar de 7%. Dados divulgados nesta semana mostraram que o desemprego caiu para 7,1% nos três meses até novembro, trazendo-o para perto da meta do BOE.

A pior performance do dia foi do índice IBEX-35, da Bolsa de Madri, que teve queda de 3,64% e fechou a 9.868,90 pontos. Na semana, a bolsa espanhola também liderou as perdas (-5,70%). O índice foi mais afetado pela volatilidade cambial na América Latina, já que a desvalorização das moedas locais - como vem ocorrendo fortemente na Argentina nos últimos dias - pode ter efeitos sobre os negócios que muitas empresas espanholas têm na região. O Banco Santander perdeu 3,5% e o BBVA recuou 5,1%.

Em Londres, o índice FTSE perdeu 1,62% e encerrou a sessão a 6.663,74 pontos, com desvalorização de 2,42% na semana.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 teve baixa de 2,79% e fechou a 4.161,47 pontos. Na semana, a desvalorização foi de 3,84%. As ações da Sanofi caíram 4,2% após um rebaixamento do Citigroup.

O índice DAX da Bolsa de Frankfurt caiu 2,48% e fechou a 9.392,02 pontos, registrando baixa de 3,60% na semana.

O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, recuou 2,30%, fechando a 19.358,99 pontos, na mínima da sessão. Na semana, o índice recuou 3,02%. Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, fechou com queda de 0,97%, a 6.773,50 pontos, com perdas de 4,79% na semana. Com informações da Dow Jones Newswires

Estabilidade econômica e mercado em expansão. Foi esse o cenário enfatizado pela presidente Dilma Rousseff em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Ela participa pela primeira vez do encontro e tem reuniões agendadas durante o dia com representantes de empresas multinacionais.

Em quase 33 minutos, Dilma fez questão de defender o papel dos países emergentes, inclusive o Brasil, para a recuperação da economia mundial e disse que o desafios dos governos é conciliar o investimento econômico e o desenvolvimento social. "Ainda que as economias desenvolvidas mostrem claros indícios de recuperação, as economias emergentes continuarão a desempenhar um papel estratégico. Estamos falando dos países com as maiores oportunidades de investimento e de ampliação do consumo", defendeu. 

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Diante de uma plateia de empresários, ela ressaltou que o cenário é favorável para o investimento externo. “O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios. Nosso sucesso nos próximos anos estará associado à parceria com os investidores de todo o mundo. O Brasil sempre recebeu bem o investimento externo. Meu governo adotou medidas para facilitar ainda mais essa relação. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade. Como eu disse até aqui o Brasil precisa e quer a parceria com o investimento privado nacional e externo”.

O Fórum Econômico Mundial foi fundado em 1971 por Klaus Schwab, um professor de administração na Suíça. Além das reuniões, produz vários relatórios de pesquisa e engaja seus membros em iniciativas setoriais específicas. Nesta edição, 2,5 mil empresários e políticos de 100 países participam de debates sobre os possíveis impactos para a sociedade, políticos e negócios.

Dilma defendeu o desenvolvimento social como parte essencial para o crescimento econômico. Ao mesmo tempo, os governantes devem estar disponíveis para ouvir os anseios da população. "As manifestações, como as realizadas em junho do ano passado, são parte indissociável de um processo de construção de uma democracia e de mudança social. O meu governo não reprimiu, mas ouviu e compreendeu a voz das ruas. Eles não pediram a vida do passado, não pediram a volta atrás. Pediram, sim, um avanço para um futuro de mais direitos, mas participação e mais conquistas sociais".

A inflação, que tanto causa temor nos investidores, também teve destaque no discurso. "O controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas são requisitos essenciais para assegurar a estabilidade, base sólida para a expansão econômica e para o progresso social", considerou. A presidente lembrou ainda da política de concessões para ampliar os investimentos em infraestrutura e mobilidade e as parcerias com a iniciativa privada para o acesso da população a educação, saneamento e habitação de qualidade.

A presidente também defendeu o desenvolvimento sustentável. "Na Conferência de Copenhagen, nós assumimos a redução voluntária em 36% no mínimo da emissão de gases do efeito estufa. Nós quebramos um tabu: mostramos que é possível produzir de forma sustentável e, ao mesmo tempo, eficiente". Ela também condenou as práticas protecionistas. "É hora de superarmos posturas defensivas e reconhecer o papel do comércio mundial na recuperação das economias".

Os portos de Suape (PE) e de Paranaguá e Antonina (PR) não sofrem com a paralisação de trabalhadores e operam normalmente nesta sexta-feira (24), segundo informações das assessorias de imprensa dos respectivos portos. Em Suape, a administração portuária informou não ter recebido nenhuma informação de funcionários com braços cruzados.

No caso dos portos paranaenses, a assessoria de imprensa informou que a manifestação atinge portos sob administração federal e este não é o caso de Paranaguá e Antonina, pois a autoridade portuária, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), é uma entidade estadual.

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Na Bahia, a paralisação não afeta a operação dos três principais portos do Estado - Salvador, Aratu e Ilhéus - informou a Companhia Docas (Codeba), responsável pela administração dos terminais. De acordo com a estatal, a paralisação abrange apenas funcionários dos setores administrativos dos portos baianos. Os trabalhadores responsáveis pelas operações dos terminais não foram impedidos de entrar nos portos e cumprem as funções normalmente.

A Federação Nacional dos Portuários (FNP) informou que a paralisação desta sexta-feira foi marcada para o período das 7 às 13 horas. Segundo a FNP, a manifestação serve como uma "advertência" ao governo federal para reivindicações a respeito de plano de carreira, regulamentação de atividades da Guarda Portuária e regularização de pagamentos da previdência complementar da categoria. Uma nova paralisação, desta vez de 24 horas, foi programada para o próximo dia 30.

A Federação Nacional dos Portuários (FNP) informou há pouco que trabalhadores de 14 dos 24 portos sob administração pública no País estão com as atividades paralisadas na manhã desta sexta-feira (24). A estimativa é de que ao menos 5,5 mil trabalhadores ficarão sem trabalhar durante seis horas - das 7 às 13 horas. O porto de Santos não aderiu à paralisação.

De acordo com a FNP, estão com as atividades suspensas os portos de Paranaguá (PR); Salvador, Ilhéus e Aratu (Bahia); Rio de Janeiro, Angra, Niterói e Sepetiba (RJ); Maceió (AL); Vitória (ES); Natal (RN); Belém e Vila do Conde (PA); Recife (PE).

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Segundo a FNP, os atos de hoje são uma "advertência" ao governo federal para negociar as reivindicações do trabalhadores. Além da greve parcial de hoje, os portuários estão programando para o próximo dia 30 uma paralisação de 24 horas, que deve contar com mais adesões, incluindo os trabalhadores de Santos.

Os trabalhadores reivindicam um Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), a regulamentação das atividades da Guarda Portuária sem terceirização e que o Portus, previdência complementar da categoria, regularize o pagamento a beneficiários.

Conforme a FNP, em novembro a Secretaria de Portos apresentou uma proposta que permite a contratação de segurança privada para vigilância, mas a federação avalia que isso traria riscos aos portuários.

A Bolsa de São Paulo estendeu nos primeiros negócios do dia as fortes perdas vistas ontem e passou a ser negociada abaixo do patamar dos 48 mil pontos. Às 10h29, o Ibovespa recuava 0,77%, aos 47.947 pontos, na mínima do ano. O futuro do S&P 500 tinha queda de 0,67%. As blue chips registram perdas, com Vale e Petrobras.

O movimento é reflexo da piora da aversão ao risco global iniciada ontem, após dados ruins relativos à economia norte-americana, colocarem em xeque as perspectivas de recuperação da economia mundial em um momento de desaceleração da China. No fim da tarde de ontem, houve um momento de pânico, com fuga de capital de países emergentes como Argentina e Turquia e reflexos nos ativos brasileiros.

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Os mercados iniciaram os negócios nesta sexta-feira (24), mesma forma que terminaram ontem, em franca deterioração. O dólar abriu em alta de 1,33% ante o real, a R$ 2,4320. Ontem, dólar e juros subiram fortemente antes do fechamento nos pregões domésticos, com queda acentuada da Bovespa. O movimento se repete nos primeiros negócios de hoje, mas de forma menos acentuada. Há pouco, o dólar desacelerou para uma alta de 0,83%, a R$ 2,4200, na mínima do dia, seguindo ligeira trégua internacional e após o leilão de swap tradicional.

O humor dos investidores internacionais começou a azedar ontem, quando quatro dos seis indicadores norte-americanos apontaram que o desempenho da economia dos Estados Unidos pode estar abaixo do esperado. Além disso, dados divulgados ao longo da semana na China reforçaram a visão de desaceleração da atividade do país. Sem os dois principais motores do crescimento global, a aversão ao risco voltou a ditar o rumo dos mercados, com fuga de capital das nações emergentes. Foi colocada em xeque, também, a perspectiva de novo corte das compras de ativos por parte do Federal Reserve, na reunião da próxima semana.

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As maiores vítimas da acentuada volatilidade vista ontem foram Turquia e Argentina, que enfrentaram forte desvalorização de suas moedas. As duas economias são as que apresentam as maiores fragilidades, com reservas internacionais escassas e desconfiança política. Mas como todo movimento global, o temor de crise afetou outros países emergentes, como o Brasil. Além disso, o país sul-americano é importante parceiro comercial do Brasil.

O governo da Argentina decidiu afrouxar o cerco ao mercado de câmbio, após uma forte desvalorização da moeda nacional nos últimos dois dias. O Chefe de Gabinete de Ministros, Jorge Capitanich, anunciou, na manhã desta sexta-feira (24), que a partir da próxima segunda-feira (27), as restrições para a compra de divisas para guardar serão eliminadas e a alíquota de 35% para os saques de divisas com cartões no exterior será reduzida para 20%.

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), avançou em 6 das 7 capitais pesquisadas na terceira quadrissemana de janeiro em relação à leitura anterior, divulgou a instituição nesta sexta-feira (24). No geral, o IPC-S passou de 0,85% para 0,93% entre os dois períodos.

Por região, o IPC-S registrou acréscimo nas taxas de variação em Salvador (de 1,11% para 1,12%), Brasília (de 0,36% para 0,46%), Belo Horizonte (de 0,72% para 0,90%), Recife (de 1,03% para 1,06%), Porto Alegre (de 0,67% para 0,75%) e São Paulo (de 0,88% para 1,02%).

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Em contrapartida, o IPC-S teve decréscimo na taxa de variação somente no Rio de Janeiro (de 1,03% para 1,01%).

Senadores querem cobrar da equipe econômica do governo medidas que permitam a redução da inflação e da taxa de juros. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os diretores do Banco Central avisaram que vão continuar aumentando os juros para conter a alta da inflação. No ano passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 5,91%, próximo ao teto da meta do governo de 6,5%. Desde abril do ano passado, o Copom tem elevado a chamada taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano, para conter a disparada dos preços.

O vice-líder do PSDB, senador Alvaro Dias, afirmou que a equipe econômica manipulou números para fechar as contas do ano passado, mas o consumidor já sente no bolso a alta da inflação. “A inflação real é maior do que a inflação oficial divulgada pelo governo atualmente. O Brasil vai viver momentos difíceis. Especialistas vêm afirmando isso. O governo é que tenta iludir”, disse o tucano.

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De acordo com o líder do PDT, Acir Gurgacz, deveria existir outra maneira de controlar a inflação que não fosse o aumento de juros para a população. “Vamos travar esse debate nos primeiros dias de fevereiro para que possamos diminuir esses juros. Não podemos penalizar a população brasileira com juros tão altos”, declarou.

Os contratos futuros de ouro negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam no maior valor nesta quinta-feira (23), desde 19 de novembro, impulsionados por dados fracos da economia dos Estados Unidos e pela perspectiva da Índia em aliviar as restrições à importação do metal precioso. O ouro para fevereiro subiu US$ 23,70 (1,9%) e encerrou o pregão cotado a US$ 1.262,30 a onça-troy. A prata para março avançou US$ 0,17 (1,19%), a US$ 20,01 a onça-troy.

O ouro subiu no início do pregão nos Estados Unidos depois de uma série de indicadores darem sinais de uma desaceleração da maior economia do mundo. Por conta disso, investidores apostam em uma redução no ritmo da compra de títulos pelo Federal Reserve, o que dá fôlego aos ativos de segurança como o ouro.

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A esse cenário, somou-se a notícia de que a líder do Congresso da Índia, Sonia Gandhi, pediu que o governo cortasse o imposto para a compra de ouro pelo país, que hoje é de 10%. Desde 2012, o governo aumentou a tarifa de importação para reduzir o déficit em conta corrente. A Índia costumava ser o maior comprador do metal precioso, que alimenta a indústria de joias no país.

"Esta é uma indicação de que o governo vai aliviar a regra de importação de ouro em breve", afirmou o analista-chefe de mercado da Consultants Insignia, Chintan Karnani, com sede em Nova Délhi. "Se a Índia permitir importações, o ouro e a prata irão subir no curto prazo", disse.

A Bovespa fechou esta quinta-feira (23), no menor patamar desde 7 de agosto do ano passado, com queda de quase 2% em meio à aversão ao risco que se abateu sobre os mercados emergentes depois da divulgação de dados fracos da atividade industrial da China. As fortes perdas das bolsas de Nova York também contribuíram para a fuga dos investidores de ativos considerados arriscados.

No fim da sessão, o Ibovespa caiu 1,99%, para 48.320,64 pontos, na mínima do dia. Na máxima, atingiu 49.598 pontos (+0,61%). No mês de janeiro e no ano, a Bovespa acumula queda de 6,19%. O volume de negócios totalizou R$ 6,805 bilhões.

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A Bovespa tem registrado um início de ano difícil, em meio ao pessimismo com a situação econômica do Brasil. O Ibovespa registra queda de 21,16% em 12 meses. Em artigo enviado nesta quinta para investidores, a gestora Pimco, que tem o maior fundo de bônus do mundo e vem reduzindo sua exposição a papéis brasileiros, disse que o conjunto equivocado de políticas econômicas usadas pelo Brasil para estimular a economia precisa passar por mudanças dramáticas. "O ambiente no País para estrangeiros vem sendo caracterizado por tudo, menos por ordem e progresso", ressalta a empresa.

No fim da manhã, a Bovespa ensaiou uma recuperação conduzida por compras de ocasião principalmente pelos investidores locais, à medida que cresceu a percepção de que a prévia da inflação oficial (IPCA-15) abaixo do piso das estimativas em janeiro abriu espaço para um ritmo menos agressivo de alta dos juros básicos (Selic). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,67% em janeiro, após subir 0,75% em dezembro.

Mas o pessimismo voltou a imperar nos negócios durante à tarde, enquanto as bolsas de Nova York registravam quedas superiores a 1%. A onda de vendas no mercados acionários foi impulsionada pelos números da atividade industrial da China e dos EUA. Segundo o HSBC, o índice de atividade industrial dos gerentes de compras da China caiu para 49,6 na leitura preliminar de janeiro, de 50,5 em dezembro. Já o PMI preliminar de janeiro do setor industrial dos EUA, medido pela Markit, recuou para 53,7, de 55,0 em dezembro.

A aversão ao risco se propagou para os mercados emergentes por conta da Turquia e Argentina. Na Turquia, houve intervenção direta do banco central do país no mercado, vendendo dólares aos bancos, enquanto na Argentina, o banco central deixou o câmbio livre para flutuar. Só para citar um deles, o peso argentino sofreu uma mega desvalorização nos últimos dois dias e ameaça a competitividade do real. O dólar oficial fechou com alta de 12% ante o peso argentino, a 7,96 pesos (compra) e 8,010 pesos(venda), mas, durante o dia, chegou a ser negociado por 8,70 pesos. No mercado paralelo, a cotação ficou em 12,70/12,75. No Brasil, o dólar terminou cotado em R$ 2,4000 (+1,31%), a maior cotação desde 22 de agosto de 2012.

No setor corporativo, as ações da Petrobras, Vale e bancos tiveram fortes quedas. Petrobras PN (-2,34%), Petrobras ON (-2,30%), Vale ON (-2,77%) e Vale PNA (-2,63%). Entre os bancos, Banco do Brasil (-4,23%), Itaú Unibanco PN (-1,98%), Bradesco PN (-2,26%).

O governo argentino afirmou nesta quinta-feira que não induziu a forte desvalorização do peso ocorrida ontem, quando houve queda de 3,41%, a maior dos últimos 12 anos. "Não foi uma desvalorização induzida pelo Estado. Em resumo, para aqueles amantes do livre mercado, a oferta de divisas é a que se expressou ontem no mercado de câmbio", disse Jorge Capitanich, chefe de Gabinete de Ministros. Em entrevista nesta manhã, o ministro destacou que o sistema de câmbio na Argentina é de "flutuação administrada", mas ontem o Banco Central, segundo ele, "não comprou nem vendeu dólares".

A autoridade monetária tem realizado intervenções no mercado desde janeiro de 2002, quando foi decretado o fim da conversibilidade, regime pelo qual um peso valia o mesmo que um dólar, com a economia atrelada à moeda norte-americana. As intervenções oficiais diárias sempre tiveram o objetivo de evitar oscilações bruscas no valor da moeda. Porém, ontem, o BC não operou no mercado, segundo operadores.

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O câmbio oficial subiu 3,41%, para 7,075 pesos (compra) e 7,125 pesos (venda), enquanto a alta do paralelo foi de 2,45%, elevando o valor da moeda a 12,10 (compra) e 12,15 pesos (venda). Operadores relataram que a desvalorização do peso no câmbio oficial foi acelerada nos últimos minutos do fechamento do mercado, com uma perda de 23 centavos, em consequência de uma "verdadeira onda de compras".

Ritmo similar a este só foi registrado em 18 de abril de 2002, quando houve desvalorização de 25 centavos e a moeda foi cotada a 3,15 pesos por unidade. Somente em janeiro, o peso acumulou desvalorização de quase 9%. Desde o início de 2013, as reservas do BC recuaram quase 30% e baixaram US$ 1,156 bilhão, para US$ 29,443 bilhões.

A contração da atividade manufatureira da China apontada pela primeira vez desde julho pela prévia do HSBC de janeiro tira força nesta quinta-feira (23), das moedas ligadas a commodities. Paralelamente, os agentes financeiros estão avaliando as justificativas do Copom apresentadas na ata da reunião da semana passada para elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, a 10,5% ao ano, enquanto o IPCA-15 de janeiro veio abaixo do esperado.

Por volta das 10h15 o dólar à vista no balcão subia 0,34%, a R$ 2,3770. No mercado futuro, o dólar para fevereiro avançava 0,08%, a R$ 2,3820. A queda na atividade industrial na China para o menor nível em seis meses em janeiro provoca uma retração das moedas emergentes em todo o mundo. Por outro lado, alguns operadores consideram que a ata do Copom indica uma nova alta de 0,5 pp na Selic, o que pode oferecer certo suporte o real.

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Na ata do Copom, o Banco Central afirmou que as projeções para o IPCA subiram em 2014 e permanecem acima de 4,5%, tanto no cenário de mercado quanto no de referência. O BC também citou a resistência da inflação ligeiramente acima do esperado e elevou a projeção para o câmbio no cenário de referência, que passou de R$ 2,30 para R$ 2,40.

Apesar disso, a autoridade monetária manteve a expressão "neste momento" ao falar sobre o aumento de 0,5 ponto porcentual adotado na Selic em janeiro, e manteve a projeção para a alta dos preços administrados este ano em 4,5%. Além disso, o documento cita que o aumento dos salários em 2014 deve ser menor do que observado nos últimos anos.

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou há pouco que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,67% em janeiro, após subir 0,75% em dezembro de 2013. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (0,75%).

Os juros futuros abriram em queda nesta quinta-feira (23), após a divulgação da ata do Copom e da inflação pelo IPCA-15 em janeiro abaixo do piso das estimativas dos analistas. O recuo do CDI também estaria influenciando as taxas. Com relação à ata, alguns participantes do mercado avaliaram que o documento reafirma apostas em uma elevação de 0,50 ponto porcentual da Selic no mês que vem. Porém, o documento foi incapaz de criar um consenso até o momento.

Para um experiente gestor, a ata é mais "dovish". "O principal destaque é o parágrafo 21, no qual o BC aponta um cenário mais benigno para a inflação tanto pelo lado da demanda como da oferta agregada", disse. O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, afirmou mais cedo que a ata veio mais firme do que ele esperava, "mas o BC manteve a porta aberta para qualquer decisão".

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Por volta das 10h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 marcava 10,479%, de 10,492% no ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2015 estava em 10,99%, de 11,07% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 apontava 12,40%, de 12,49%. O DI para janeiro de 2021 mostrava 13,06%, de 13,10%.

Na ata do Copom, o Banco Central afirmou que as projeções para o IPCA subiram em 2014 e permanecem acima de 4,5%, tanto no cenário de mercado quanto no de referência. O BC também citou a resistência da inflação ligeiramente acima do esperado e elevou a projeção para o câmbio no cenário de referência, que passou de R$ 2,30 para R$ 2,40. Apesar disso, a autoridade monetária manteve a expressão "neste momento" ao falar sobre o aumento de 0,5 ponto porcentual adotado na Selic em janeiro, e manteve a projeção para a alta dos preços administrados este ano em 4,5%. Além disso, o documento cita que o aumento dos salários em 2014 deve ser menor do que observado nos últimos anos.

Enquanto isso, a taxa CDI, que permaneceu em um nível elevado nos últimos dias, caiu para 10,27% de terça para quarta-feira, o que pode provoca correções nas taxas negociadas na BM&FBovespa.

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou há pouco que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,67% em janeiro, após subir 0,75% em dezembro de 2013. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (0,75%).

O Banco Central vendeu há pouco a oferta integral de 4 mil contratos de swap cambial, totalizando US$ 197,8 milhões. Para o vencimento ofertado de 2 de maio, o BC rejeitou todas as propostas dos participantes do leilão.

Para o vencimento de swap de 1º de setembro de 2014, foram vendidos 4 mil contratos, com taxa nominal de 1,8454 e linear, de 1,822%. O PU mínimo ficou em 98,898800. A taxa de corte foi de 60%. A data de emissão e liquidação da oferta é a sexta-feira (24).

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Esta operação faz parte da nova fase do programa de intervenções diárias no câmbio. Em 2014, haverá leilões de 4 mil contratos de swap de segunda a sexta-feira.

Os leilões de venda de dólares com recompra serão realizados em função das condições de liquidez do mercado de câmbio. A instituição também informou que pode, sempre que julgar necessário, realizar operações adicionais de venda de dólares por meio desses ou outros instrumentos.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,67% em janeiro, após subir 0,75% em dezembro de 2013.

O resultado, divulgado nesta quinta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 0,75% e 0,85%, com mediana de 0,80%. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula alta de 5,63% em 12 meses até janeiro.

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Os contratos futuros de petróleo operam com leve queda, depois de fecharem no nível mais alto deste ano ontem. Os preços são pressionados por mais um indicador fraco sobre a economia da China e por expectativas de um aumento dos estoques nos EUA.

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) HSBC industrial da China caiu para 49,6 no dado preliminar de janeiro, abaixo de 50 - o que indica contração da atividade - e o nível mais baixo em seis meses.

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"O dado ruim divulgado pela China durante a madrugada provavelmente reduziu a esperança de uma demanda robusta. Além disso, o Departamento de Energia dos EUA deve anunciar um crescimento nos estoques hoje, pela primeira vez em oito semanas", comentaram analistas do Commerzbank.

Analistas da JBC Energy destacaram que o prêmio, ou a diferença entre o preço dos contratos negociados na ICE e na Nymex, fechou ontem no patamar mais baixo em um mês. A diferença diminuiu ainda mais hoje e está em torno de US$ 11,34 por barril.

O anúncio feito ontem pela TransCanada de que começou a transportar petróleo da costa do Golfo do México para refinarias do sul dos EUA através da parte sul do sistema de oleodutos Keystone "é o elemento final para desfazer o gargalo de Cushing", escreveram os analistas da JBC em nota a clientes. Dificuldades no transporte de petróleo nos EUA vinham tendo efeito negativo sobre os preços da commodity, mas a abertura da parte sul do tão esperado oleoduto deverá facilitar os fluxos pelo país.

Às 9h (de Brasília), o brent para março caía 0,14% na ICE, para US$ 108,12 por barril, e o contrato para março negociado na Nymex recuava 0,06%, para US$ 96,67 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Netflix anunciou nesta quarta-feira (22), que teve lucro líquido de US$ 48 milhões, ou US$ 0,79 por ação, no quarto trimestre do ano passado comparado com o lucro de US$ 8 milhões, ou US$ 0,13 por ação, no mesmo período de 2012. A empresa reportou receita de US$ 1,18 bilhão no trimestre, de US$ 945 milhões em igual período de 2012.

Analistas consultados pela Thomson Reuters previam lucro de US$ 0,66 por ação e receita de US$ 1,17 bilhão. A Netflix informou que adicionou 2,3 milhões de novos usuários nos EUA e terminou o quarto trimestre do ano passado com um total de 33,4 milhões de usuários domésticos.

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A empresa afirmou que pretende adicionar 2,25 milhões de novos usuário nos EUA e outros 1,6 milhão em outros mercados até o final do primeiro trimestre deste ano. A empresa também anunciou lucro de US$ 0,78 por ação no primeiro trimestre de 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.

O conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Alessandro Octaviani disse, nesta quarta-feira (22), que as provas obtidas pelo órgão antitruste demonstram que o cartel no mercado brasileiro de cimento e concreto existiu durante décadas. "Existem provas que datam de 1987. As provas são abundantes. O cartel de cimento e concreto subjugou a sociedade brasileira durante décadas", afirmou, durante leitura de seu relatório.

Segundo Octaviani, devido ao porte das empresas envolvidas no conluio, a margem de 20% de aumento dos preços - verificada mundialmente em casos de cartel - seria subestimada para o caso. O grupo cartelista teria um superfaturamento de mais de R$ 1,4 bilhão no faturamento apenas em 2005. "O montante seria superior a R$ 14 bilhões em uma década, ou R$ 28 bilhões em duas décadas", acrescentou Octaviani.

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O relator comparou os ganhos advindos da prática de cartel a outros casos famosos de corrupção como a "Máfia dos Fiscais de São Paulo" (R$ 18 milhões), o escândalo dos "Sanguessugas" (R$ 140 milhões), o "Mensalão" (R$ 170 milhões) e a Máfia do ISS (R$ 500 milhões). "Os membros do conluio devem ser punidos e os efeitos do cartel eliminados", arrematou.

Para Octaviani, o cartel do cimento gerou danos sociais e econômicos imensuráveis, com impactos no orçamento das famílias e no acesso da população à moradia e ao saneamento básico. "O superfaturamento do cimento e do concreto no País causou prejuízos de mais de R$ 2 bilhões ao programa Minha Casa Minha Vida, suficientes para construção de mais 50 mil moradias. Além disso, em dez anos, o cartel tomou o equivalente a R$ 2 bilhões dos brasileiros que fizeram obras em suas casas. Trata-se de um atentado à economia popular", completou.

Após a leitura o relatório, o processo será julgado pelo plenário do Cade. Além da Associação Brasileira de Cimentos Portland, da Associação Brasileira das Empresas de Concretagem e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, estão entre os acusados a InterCement Brasil (antiga Camargo Corrêa Cimentos), a Cimpor do Brasil, a Cia de Cimento Itambé, a Cimentos Liz (antiga Soeicom), a Holcim Brasi, a Itabira Agro Industrial, a Lafarge Brasil e a Votorantim Cimentos.

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