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O secretário de Governo e Participação Social do Recife, Aldemar Santos, denunciou ter sofrido racismo na entrada do evento da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em João Pessoa, na Paraíba, na sexta (2). Mesmo após se apresentar como gestor da pasta, ele recebeu dois crachás errados e foi questionado se era segurança. 

Ainda no cadastramento para participar do evento, Dema, como é conhecido, apresentou os documentos e recebeu a credencial de empresário de Jaboatão dos Guararapes. "Parecia ser apenas um erro de cadastramento ou coisa parecida. Expliquei que eu nem era eresário e que eu estava ali como Secretário de Governo de Recife", relatou nas redes sociais. 

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Em seguida, o crachá errado foi trocado por um de subsecretário de Jaboatão. O gestor novamente sinalizou o erro e foi ignorado pela recepcionista. "Já tendo se passado mais de 30 minutos e com todas as outras pessoas tendo seus cadastramentos corretos, eu, por mais uma vez, expliquei que estava havendo um engano e que eu era e sou secretário de Recife, desta feita com mais ênfase e já com algum aborrecimento", continuou.  

Após a espera, o secretário contou que a profissional que o atendeu buscou orientação com um superior e retornou questionando se ela era segurança. "Agora, já com bastante indignação, perguntei a ela o que a faria crer que eu seria Segurança. Perguntei qual o motivo que a faria acreditar que, após mais de meia hora eu me apresentando como secretário do Recife, eu estaria mentindo e me 'passando por secretário' sem ser. Foi quando eu falei, usando um português claro, em alto e bom som, que o fato que a autorizava a achar que eu era segurança me fazendo passar por secretário era a minha cor negra", rebateu.  

Na postagem, Dema criticou a cultura invalidação dos negros pela sociedade e afirmou que seria registrado um boletim de ocorrência. A reportagem buscou o secretário, mas foi informada que ele não se pronunciaria sobre o caso. 

"Não me insurjo, aqui, com o fato de ser confundido com um segurança, que em nada me desabona, mas sim contra o fato das pessoas não acreditarem na possibilidade de um negro está em algum lugar ou condição que elas (as pessoas) acham que é possível", apontou o gestor. 

FNP lamentou o ocorrido

Após a repercussão, no mesmo dia, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) considerou que a postura da atendente foi racista e pediu desculpas a Aldemar. Em nota, a instituição informou que a empresa de recepcionistas foi desligada e os prestadores dispensados antes do fim do evento. 

"Tão logo soubemos do ocorrido, que tem nosso total repúdio, tanto da diretoria quanto do corpo técnico da FNP, desligamos a empresa de recepcionistas contratadas para apoiar a realização do evento, o que não afasta nossa responsabilidade. 

Por não compactuar com nenhum tipo de discriminação, os prestadores de serviço foram dispensados antes mesmo do final das atividades. 

A FNP lamenta que, considerando sua histórica atuação, e dentro de um evento que prima pelo debate democrático de alto nível, com respeito a todas as formas de diversidade, uma situação de racismo tenha ocorrido. 

A FNP se compromete de rever os procedimentos para contratação de prestadores de serviço, assim como já tem com o corpo funcional”, comunicou em um trecho da nota. 

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) se reúne nesta quarta-feira (23), às 17h, com representantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), informou na terça-feira (22), a equipe de transição.

Abaixo, a lista das lideranças que se encontram com Alckmin:

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- Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju (PDT-SE).

- Duarte Nogueira, prefeito de Ribeirão Preto (PSDB-SP).

- Ulisses Maia, prefeito de Maringá (PSD-PR).

- Edinho Silva, prefeito de Araraquara (PT-SP).

- Dário Saadi, prefeito de Campinas (Republicanos-SP).

- Margarida Salomão, prefeita de Juiz de Fora (PT-MG).

- Adriane Lopes, prefeita de Campo Grande (Patriota-MS).

- Edilson Moura, prefeito em exercício de Belém (PT-PA).

- Gilberto Perre, secretário executivo da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

- Jeconias Júnior, coordenador de articulação política da FNP.

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) afirmou, nesta terça-feira (1º), que o Estado Democrático de Direito precisa ser respeitado e fez um apelo para que o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições do último domingo (30), reconheça o resultado das urnas, que consagrou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em nota divulgada para orientar os prefeitos a desobstruírem vias interditadas por manifestantes bolsonaristas, a entidade destaca que a Organização das Nações Unidas (ONU) e mais 80 chefes de Estado já cumprimentaram o presidente eleito.

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"Além disso, prefeitas e prefeitos apelam pelo reconhecimento da legitimidade do resultado das urnas por parte do presidente Jair Bolsonaro. A Organização das Nações Unidas e mais de 80 chefes de Estado já cumprimentaram o presidente eleito. O Estado Democrático de Direito precisa ser respeitado", diz a nota da FNP, que é presidida pelo prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira (PDT).

Governantes municipais representam a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em Glasgow, na Convenção do Clima (COP-26), que começou domingo passado e prossegue até o dia 12. O presidente Jair Bolsonaro desistiu de participar do evento na Escócia, mas 11 governadores se dividem para estar em todos os dias das reuniões, assim como os sete prefeitos.

O chefe do executivo da capital baiana, Bruno Reis, afirmou nas redes sociais que "representar Salvador nos painéis de debate e apresentar os avanços que estamos desenvolvendo para a redução da emissão de gases é muito importante para a valorização da nossa cidade". A participação de Reis se encerra hoje.

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Nos próximos dias é a vez de Tião Bocalom representar o Acre e a FNP em Glasgow. Entre os dias 3 e 6 de novembro, o prefeito do Recife João Campos participará do evento, enquanto Axel Grael, de Niterói, representará o município e a FNP entre os dias 6 e 12 de novembro. Cícero Lucena, de João Pessoa, estará presente de 10 a 12, além de Axel Grael, de Niterói, e Isabella de Roldão, vice-prefeita de Recife. A edição de 2019 foi uma das mais marcantes, quando prefeitas e prefeitos buscaram dialogar com o presidente Bolsonaro sobre as queimadas alarmantes na Floresta Amazônica.

O Observatório Social da Petrobras (OSP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) vão vender botijão de gás de cozinha a R$ 60, na próxima quinta-feira, 2, em bairros periféricos das cidades paulistas de São José dos Campos, Santos e São Sebastião e das capitais de Belém (PA) e do Rio de Janeiro (RJ).

O movimento faz parte da campanha "Petrobras para os brasileiros", que luta contra a política da estatal de manter os preços dos seus produtos no Brasil alinhados com o preço de importação (PPI).

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A ação foi batizada de "Dia Nacional do Gás a Preço Justo" e terá cadastramento prévio nas regiões para a retirada do voucher, que dará direito ao botijão de gás a R$ 60.

Ao todo serão vendidas 1.050 unidades ao preço mais baixo.

"O gás de cozinha poderia custar mais barato, o equivalente à metade do valor praticado hoje em várias regiões do País", afirma a FNP em nota.

Em alguns municípios do Mato Grosso, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o botijão já é vendido a R$ 130.

O custo de R$ 60 é considerado um preço justo ao consumidor final, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps). "Esse número é fruto da análise da estrutura de custos da Petrobras, eliminando o PPI (paridade com a importação), modelo que as gestões da estatal utilizam desde 2016 para definir os valores dos combustíveis em suas refinarias", explicou a FNP.

De acordo com a entidade sindical, apesar de cerca de 80% dos derivados do petróleo serem produzidos no Brasil, o PPI segue o mercado internacional, e com isso o consumidor brasileiro paga valor de importação em um produto nacional.

"Com a ação do preço justo do gás, queremos ajudar famílias necessitadas e dialogar com a população sobre o PPI. Ao contrário do discurso presidencial, não são os impostos estaduais os principais responsáveis pelos preços abusivos cobrados hoje no Brasil", disse em nota o secretário geral da FNP, Adaedson Costa.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou a retirada dos impostos federais do custo do botijão de gás para baratear o produto - cerca de 2% do valor total para o consumidor -, e acusou os Estados de não fazerem o mesmo em relação ao ICMS, que pesa 14,9% no preço, segundo dados da Petrobras. O governo quer fixar o valor do imposto para que não oscile de acordo com a alta do petróleo.

Em meio à crise entre os Poderes protagonizada pelo presidente Jair Bolsonaro, a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) divulgou nota, nesta segunda-feira (30), em defesa do estado democrático de direito e da "convivência harmônica" entre Legislativo, Executivo e Judiciário. "Clamamos por respeito à democracia, às instituições e à população brasileira", diz o documento, intitulado "Carta Aberta ao Brasil". "Com tamanha gama de desafios a serem enfrentados pelo nosso País, não há tempo e nem espaço para desvios e desagregações", acrescenta o texto.

A carta da FNP vem ao mesmo tempo em que existe uma articulação, já avançada, entre empresários de diferentes setores por um manifesto também em defesa da convivência harmoniosa entre os Poderes. Banco do Brasil e Caixa, dois bancos públicos ligados ao governo federal, contudo, devem deixar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) pela adesão da entidade ao movimento.

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De acordo com a carta da FNP, provocações e atitudes desrespeitosas geram conflitos e inseguranças jurídica e social no Brasil, comprometendo o desenvolvimento de políticas públicas. "O País e o povo brasileiro merecem respeito, paz e prosperidade", afirma o texto, destacando os desafios trazidos pela pandemia de Covid-19.

Retomada econômica

A frente de prefeitos defende um plano de retomada econômica que traga de volta a capacidade produtiva da economia e contenha a inflação. "Um cenário preocupante, que exige medidas emergenciais e a responsabilidade dos governantes, em todas as esferas", avalia a entidade. "Defendemos, portanto, a construção de pontes para o efetivo diálogo federativo para a pactuação e coordenação das políticas públicas".

Jair Bolsonaro tem adotado uma postura de confronto com outros Poderes, em especial com o Judiciário, e ampliou a ofensiva sobre o Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), articula uma reunião entre o chefe do Executivo e o presidente da Corte, Luiz Fux, para amenizar as tensões, ampliadas desde que o Palácio do Planalto enviou ao Senado um pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. A peça, no entanto, já foi arquivada por Pacheco.

Representantes de trabalhadores do setor público pediram à Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (18), o arquivamento da reforma administrativa prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, do Executivo. Eles participaram de audiência pública na comissão especial da Casa que analisa a matéria.

Entenda a proposta de reforma administrativa do governo

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A PEC modifica diversos dispositivos constitucionais sobre a contratação, a remuneração e o desligamento de servidores e empregados públicos da União, de estados, do Distrito Federal e de municípios. As principais alterações são o fim da estabilidade no emprego para novos contratados, exceto os de carreiras definidas como típicas de Estado, e a substituição do atual estágio probatório por uma avaliação de desempenho ainda na fase final do concurso público.

Representando o Conselho Nacional de Saúde – instância colegiada do Ministério da Saúde que reúne usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) –, a conselheira Francisca da Silva disse que o CNS aprovou no começo deste mês um documento recomendando o arquivamento da PEC pela comissão especial.

Segundo ela, a PEC 32/21 propõe um “radical e profundo desmonte" do Estado brasileiro. "Sua aprovação representa uma quebra de contrato de direito constitucional, o desmonte das políticas atuais, com redução do acesso a serviços públicos, que certamente terão a qualidade comprometida”, disse.

Impessoalidade

Francisca da Silva criticou, por exemplo, o novo modelo de contratação que prevê o contrato de experiência como fase final do concurso público, em substituição ao estágio probatório. "É uma espécie de adicional de seleção que rompe com a impessoalidade. O trabalhador poderá não ser efetivado caso exista interesse na contratação de algum apadrinhado político que esteja atrás na classificação”, observou.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo Filho, rebateu a ideia do governo federal de que a PEC vai conter o excesso de gastos públicos e tornar o Estado mais eficiente. Para ele, a economia deve servir às pessoas e não o contrário.

“Por que 11 brasileiros se tornaram bilionários durante a pandemia? Precisamos descentralizar e não concentrar recursos nas mãos de poucos. Precisamos fazer com que a economia atue para as pessoas”, defendeu Araújo Filho. Segundo ele, a PEC 32/21 deve ser rejeitada por restringir os direitos da população e de servidores públicos e por transformar o Estado brasileiro “em um grade balcão de negócios”.

O debate sobre o impacto da reforma administrativa nos serviços públicos de saúde e educação foi proposto pelos deputados Rogério Correia (PT-MG), Alice Portugal (PCdoB-BA) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

Novo substitutivo

Correia disse que a reunião trouxe elementos para que o relator da PEC, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), modifique a proposta ou recomende sua rejeição. “Os salários maiores estão fora da reforma. A reforma vai cortar de quem ganha menos”, disse Correia. O texto da PEC não atinge magistrados, militares nem integrantes do Ministério Público e do Poder Legislativo. Maia já anunciou que apresentará um novo substitutivo na próxima semana.

A deputada Alice Portugal, por sua vez, destacou que nesta quarta-feira ocorrem diversos atos em todo o País contra a aprovação da PEC 32/20, um deles em frente à Câmara dos Deputados. As manifestações fazem parte do Dia Nacional de Protestos e Paralisações contra a PEC 32/20.

"Hoje acontecem manifestações de grande porte de servidores públicos e das centrais sindicais em todo o País. Esse movimento é uma alento, porque o texto não reforma o Estado, ele prejudica os servidores e os serviços de segurança, saúde e da segurança publica em todos os níveis”, disse a deputada.

A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, ex-deputada federal, considera a PEC um retrocesso. "Ao trabalhar para desconstruir o serviço público nacional, estamos adotando uma posição lesiva ao futuro do País”, disse. Ela considera que é preciso atualizar o serviço público, incorporando inovações tecnológicas, mas entende que a PEC do governo, ao contrário, busca "atacar o papel do Estado".

Por outro lado, o secretário-geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Miguel Coelho, defendeu a flexibilização das formas de contratação no serviço público e liberdade para os gestores remunerarem seus trabalhadores públicos conforme o serviço prestado.

“No serviço a gente fica um pouco engessado para fazer algumas correções remuneratórias e relacionadas ao contrato de trabalho”, disse. Coelho, no entanto, disse que a Frente defende uma reforma que não viole direitos dos atuais trabalhadores.

Saiba mais sobre a tramitação de propostas de emenda à Constituição

Da Agência Câmara de Notícias

 

 

O prefeito do Recife João Campos tomou posse como vice-presidente de relações institucionais do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar) - instituído pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com o objetivo de promover a aquisição dos imunizantes pelos municípios brasileiros para combater a Covid-19. A cerimônia de posse da diretoria e do conselho fiscal foi realizada de forma online. Na função, o prefeito do Recife será o responsável pela articulação do Consórcio com outras instituições e entidades públicas e privadas. Na cerimônia de posse, o gestor municipal informou ainda que vai disponibilizar o programa do Conecta Recife para outros municípios que queiram organizar os seus processos de vacinação de forma digital, evitando filas e aglomerações.

Depois de saudar os membros do Consórcio e fazer os agradecimentos, o prefeito do Recife colocou a cidade à disposição para colaborar com o trabalho do grupo: “não vamos medir esforços nesta luta intensa e veloz, que deve ser, por aquisição de vacinas. No Recife, fizemos contatos com mais de dez laboratórios mundo a fora, vamos passar isso para a presidência para ajudar neste caminho. Nós estamos doando à FNP e à Unidos pela Vacina o nosso programa, que foi desenvolvido dentro da Prefeitura, para fazer todo o gerenciamento da vacinação no Recife. Aqui todo o cadastro e o agendamento são 100% digital. Um programa desenvolvido com a nossa equipe, e a gente vai doar de maneira gratuita para qualquer município que queira utilizar a plataforma para ajudar na gestão de estoque, da tomada de decisão. Ajuda muito na tomada de decisão em relação a abertura de novos grupos”.

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A Vice-Presidente Jurídica e de Relações Institucionais para América Latina da Natura &Co Ana Costa também participou da cerimônia. O grupo doou R$ 4 milhões para o Consórcio Conectar para a compra de insumos hospitalares e de vacinas. “Quando uma empresa tem uma licença para operar é como se ela recebesse um mandato, ela tem uma missão forte e tem que prestar contas do interesse coletivo e social, ver como ajudar a população. A iniciativa privada tem esse dever de articular política pública, de atuar em conjunto com vários entes da Federação. Estamos nesse movimento para o bem maior”, disse ela.

No início deste mês de março, o prefeito informou que a gestão municipal da capital pernambucana vai solicitar pelo menos 200 mil doses de vacinas por meio do grupo. Com isso, a Prefeitura do Recife deve acelerar a imunização daqueles que já estão sendo atendidos e também incluir os trabalhadores da educação nesta primeira fase do Plano Recife Vacina.

No último dia 22 de março, João Campos participou da 1ª Assembleia Geral do Consórcio Nacional que contou com a presença de representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS); do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes; do ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto e de autoridades estaduais e municipais. No encontro, os prefeitos aprovaram o estatuto do consórcio.

A FNP é formada por 412 municípios com mais de 80 mil habitantes, correspondendo a 61% da população do Brasil e 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ao todo, mais de 2 mil municípios fazem parte do grupo que busca a aquisição de vacinas junto aos laboratórios de todo o mundo para reforçar o Plano Nacional de Imunização (PNI).

*Da assessoria 

O defensor público-geral federal, Daniel Macedo, acionou nesta segunda-feira (29) o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar centralizar o fornecimento e evitar a falta de oxigênio medicinal no país, devido à alta demanda provocada pela pandemia da covid-19.

Na ação, o chefe da Defensoria Pública da União (DPU) cita levantamento da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), junto a 2,5 mil prefeituras, segundo o qual ao menos 78 municípios se encontram na iminência de ficar sem oxigênio. A situação é mais preocupante em estados do Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Rondônia.

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Macedo argumenta que há uma “explosão de demandas judiciais” pelo país, em que estados e municípios pedem à Justiça que obrigue empresas a entregarem determinadas quantidades do insumo hospitalar.

Ele pede que o Supremo crie uma sala de situação para concentrar as demandas e impedir que liminares (decisões provisórias) determinem a entrega do produto sem considerar a situação da distribuição nacional.

O defensor argumenta ainda que há hoje um conflito entre entes da federação, que disputam um insumo escasso e de difícil logística de distribuição, e que por isso cabe ao STF a competência de concentrar a política pública de gestão e distribuição de oxigênio medicinal no Brasil.

Segundo a DPU, devem participar da sala de situação representantes da União, de estados e municípios e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Reunião

Na peça, o defensor público-geral cita ainda informações oriundas de uma reunião que o Ministério Público Federal (MPF) realizou na semana passada com representantes do Ministério da Saúde e da empresa White Martins, uma das principais produtoras de oxigênio hospitalar no país, para discutir o risco de desabastecimento em território nacional.

Nessa reunião, a empresa reclamou de estar sendo alvo de decisões judiciais que não consideram questões complexas de logística. A pasta da Saúde, por sua vez, disse que está tomando medidas para evitar o desabastecimento, incluindo tratativas para aumento de produção de cilindros e para a instalação de concentradores de oxigênio em diferentes localidades.

Em uma outra ação já aberta sobre o assunto no Supremo, o ministério informou que ainda não existem informações centralizadas a respeito do estoque e abastecimento do consumo de oxigênio no Brasil, e que a Anvisa está a cargo de coletar tais dados numa base central.

 

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), com apoio da organização global de saúde pública Vital Strategies se uniram para lançar a segunda fase da campanha Cidades Contra Covid-19. O objetivo é apoiar prefeitos e gestores da saúde na divulgação de informações sobre a importância da vacinação e necessidade da manutenção de medidas de prevenção, inclusive entre pessoas já vacinadas.

“Hoje enfrentamos problemas tão desafiadores quanto no início da pandemia. Temos alertado com muita insistência a escassez e falta de doses e a ausência de um cronograma de prazos e metas de imunização. Além disso, precisamos combater o medo de vacinas por parte da população e a desinformação. Unimos forças com o Conass e Conasems nessa campanha para mobilizar e oferecer subsídios aos gestores da área de saúde de todo o país para que incentivem a população a se vacinar e manter os cuidados de prevenção nesse momento tão importante”, afirma Jonas Donizette, presidente da FNP.

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A primeira fase da campanha nacional de utilidade pública, lançada em agosto do ano passado, foi a primeira iniciativa no país a propor uma comunicação com os municípios para unificar a linguagem no combate à pandemia. A iniciativa foi criada em resposta à falta de coordenação federal no controle da doença. Nessa segunda etapa da campanha, a parceria com o Conass e Conasems vai aumentar a abrangência do projeto, ao mobilizar secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o Brasil para acessar e utilizar os materiais de comunicação da plataforma. Novos materiais serão adicionados periodicamente à plataforma, acompanhando as necessidades do processo de vacinação e outros programas de controle da COVID-19.

O presidente do Conass, Carlos Lula, ressaltou a importância da iniciativa. “A campanha tem como principal objetivo garantir a divulgação de informações claras e precisas sobre a segurança da vacina e a importância da manutenção das medidas de prevenção, como uso de máscaras. Ficará a critério dos gestores a adoção do material, mas estamos convictos de que ele será de grande utilidade”.

Segundo o presidente do Conasems, Wilames Freire, a comunicação eficiente, direta e acessível é necessária nesse momento de início da vacinação contra a COVID-19. "Unimos forças com grandes entidades parceiras para que a capilaridade da campanha aumente ainda mais. O objetivo é chegar ao conhecimento de toda a população brasileira, em cada um dos 5570 municípios do país".

A plataforma Cidades Contra Covid-19 disponibiliza materiais de comunicação baseados em evidências e recomendações científicas de organizações líderes de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um novo recurso que pode ser útil para gestores públicos da área de saúde é um guia sobre o processo de comunicação sobre a vacinação. Os materiais podem ser baixados diretamente da plataforma, em diversos formatos, incluindo filmes de TV, spots de rádio, flyers, release e peças de redes sociais.

“No atual contexto da pandemia, vimos a necessidade de atualizar a plataforma com informações e materiais sobre a convivência segura com o coronavírus e sobre a segurança durante o período de vacinação. Além, é claro, de reforçar a importância das medidas de prevenção, como uso de máscaras, distanciamento social e higiene das mãos. Quem já tomou a vacina também deve continuar a se prevenir”, finaliza Pedro de Paula, Diretor Executivo da Vital Strategies no Brasil.

Sobre a Frente Nacional de Prefeitos

Fundada em 1989, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) é a única entidade municipalista nacional dirigida exclusivamente por prefeitas e prefeitos em exercício dos seus mandatos. Suprapartidária, tem como foco de atuação os 412 municípios com mais de 80 mil habitantes. Esse recorte abrange 100% das capitais, 61% dos habitantes e 74% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Sobre o Conass

Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, que se pauta pelos princípios que regem o direito público e que congrega os Secretários de Estado da Saúde e seus substitutos legais, enquanto gestores oficiais das Secretarias de Estado da Saúde (SES) dos estados e Distrito Federal. Os principais objetivos do Conass são fortalecer as secretarias estaduais de saúde, torná-las mais participativas na reconstrução do setor saúde e representá-las politicamente.

Sobre o Conasems

Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) nasceu a partir do movimento social em prol da saúde pública e se legitimou como uma força política, que assumiu a missão de agregar e de representar as 5570 secretarias municipais de saúde do país. Desde 1988, promove e consolida um novo modelo de gestão pública de saúde baseado em conceitos como descentralização e municipalização.

Sobre a Vital Strategies

Vital Strategies é uma organização global de saúde que acredita que todas as pessoas devem ser protegidas por um forte sistema de saúde pública. Trabalha com governos e a sociedade civil em 73 países, incluindo o Brasil, para projetar e implementar estratégias baseadas em evidências que abordam seus problemas de saúde pública mais prementes. O objetivo é ver os governos adotarem intervenções promissoras em escala o mais rápido possível. Para saber mais, visite www.vitalstrategies.org.

*Da assessoria 

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) vai liderar a criação de um consórcio público com a finalidade de comprar vacinas contra Covid-19. A decisão foi anunciada através do Twitter, na última terça (23), após o Supremo Tribunal Federal (STF) conceder permissão para que Estados e municípios comecem a importar e distribuir imunizantes contra a Covid. 

A decisão do STF foi anunciada após um julgamento virtual, realizado na última terça (23). Por maioria dos votos, ficou estabelecido que Estados e municípios podem fazer aquisição de vacinas registradas por órgãos reguladores estrangeiros previstos em lei caso a Anvisa não tenha avaliado um pedido apresentado pelo Brasil em até 72 horas. 

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Em seguida, a FNP anunciou a criação do consórcio. No Twitter, a frente explicou a iniciativa. “Diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)  vamos liderar a constituição de um consórcio público com finalidade especifica para aquisição de vacinas contra a COVID-19. A iniciativa não tem o propósito de se sobrepor às negociações em vigor com o governo federal. Serão exclusivamente para a aquisição de imunizantes que não estejam no escopo do Ministério da Saúde”.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu, hoje (19), a uma comissão da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que o governo distribuirá mais de 4,7 milhões de doses da vacina contra a covid-19 até o começo de março.

Ao conversar, por vídeochamada, com o presidente da entidade, o ex-prefeito de Campinas, Jonas Donizette, e outros nove prefeitos, o ministro afirmou que, a partir do próximo dia 24, o ministério começará a distribuir às secretarias estaduais de saúde cerca de 2,7 milhões de doses da vacina CoronaVac, produzidas no Brasil pelo Instituto Butantan, e outros dois milhões de doses da AstraZeneca que o governo está importando da Índia.   

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Segundo o ministro, todo o novo lote será usado para vacinar apenas pessoas dos grupos prioritários que ainda não receberam a primeira dose do imunizante. A medida visa acelerar o processo de vacinação no país.

“Neste novo momento da campanha, a vacina do Butantan será aplicada em dose única, com o objetivo de ampliar a vacinação e atender ainda mais brasileiros. Com isso, entramos em março com a expectativa de vacinar novos grupos”, disse o ministro à comissão da FNP.

Logo após o término da conversa, o presidente da frente disse a jornalistas que o ministro sugeriu aos prefeitos que receberem ofertas para adquirir eles próprios suas vacinas, que encaminhem os representantes dos laboratórios farmacêuticos ao ministério.

“Há um problema acontecendo. Muitas cidades e estados [estão] dizendo: “Ah! A gente compra por aqui”. O ministro foi muito enfático: quem tem vacina para vender pode mandá-las para o ministério que a pasta compra”, comentou Donizette, acrescentando que compete ao governo federal centralizar a aquisição de vacinas.

“Há municípios que, às vezes, querem fazer a compra, mas nós temos o Programa Nacional de Imunização. Logo, se existe disponibilidade de vacina à venda, todas devem ir para o programa nacional, embora eu ache que também pudéssemos contar com a iniciativa privada, que pode comprar e doar os imunizantes para o programa nacional [coordenado pelo ministério]”, acrescentou Donizette.

A expectativa ministerial é receber outras 39 milhões de doses de vacinas ao longo do próximo mês: 21 milhões do Instituto Butantan e 18 milhões da AstraZeneca, sejam das produzidas pela Fiocruz, sejam importadas. 

Educação

Em nota divulgada logo após o término da reunião, o Ministério da Saúde afirma que estuda incluir novos grupos entre os já considerados prioritários (idosos, profissionais de saúde, indígenas que vivem em territórios tradicionais e portadores de necessidades especiais que vivem em instituições, dentre outros grupos que deverão ser vacinados gradualmente, conforme a disponibilidade do imunizante). A pasta afirma que a expectativa é incluir novos grupos a partir de março.

Já segundo Donizette, o ministro teria sinalizado positivamente a uma das principais reivindicações da FNP: a antecipação da vacinação dos profissionais de educação de todo o país

"O ministro aceitou nossa sugestão de priorizar o pessoal da educação, e disse que quer colocá-los dentro do mês de março. Os prefeitos perguntaram se podem assumir este compromisso [publicamente], falar que vão vacinar os professores em março, e ele pediu mais alguns dias para poder confirmar [a notícia], mas também disse que a intenção é esta: trazer a vacinação dos professores para março", acrescentou Donizette.

Questionado sobre a possibilidade de os profissionais de educação começarem a ser vacinados no próximo mês, o ministério informou que o assunto está em análise e depende de uma série de fatores que precisam ser coordenados como o cronograma de recebimento das vacinas.

No último dia 12, a Frente Nacional de Prefeitos já tinha enviado ao Ministério da Saúde um ofício destacando a importância de que professores e demais trabalhadores de estabelecimentos de ensino sejam imunizados, sob risco de, com a retomada das aulas presenciais em várias partes do país, a categoria se tornar vetor de disseminação da covid-19.

Hospitais

O ministro da Saúde também garantiu aos prefeitos que o ministério pagará às prefeituras pela utilização, de janeiro a março, de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com a covid-19. “Foi garantido o pagamento integral de todos os leitos habilitados de janeiro e fevereiro”, explicou Donizette, atribuindo ao ministro a informação de que o dinheiro só não foi liberado por questões legais.

“Segundo o ministro, a lei orçamentária ainda não foi aberta, mas há uma expectativa de que, a qualquer momento, o ministério receba um crédito adicional para poder pagar por estes leitos às prefeituras”, afirmou o presidente da FNP.

Além de Donizette, participam da conversa com o ministro da Saúde e com secretários do ministério os prefeitos David Almeida (Manaus); Edvaldo Nogueira (Aracaju); Edmilson Rodrigues (Belém); Rafael Greca (Curitiba); Sebastião Melo (Porto Alegre); Emanuel Pinheiro (Cuiabá); Bruno Reis (Salvador); Eduardo Paes (Rio de Janeiro) e Duarte Nogueira (Ribeirão Preto).

 

Menos de um mês após o início da vacinação, as capitais começam a suspender campanhas por falta de estoque. Rio, Salvador e Cuiabá já anunciaram que não vão mais aplicar a primeira dose do imunizante até novas remessas. Em Curitiba, a prefeitura admite só ter volume suficiente para esta semana. A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) cobrou do governo federal um cronograma de entrega de doses.

Na segunda-feira (15), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM) informou que, sem vacina suficiente, o Rio iria interromper o programa por pelo menos uma semana. Segundo o governo municipal, as doses que ainda estão disponíveis foram reservadas para a segunda aplicação. A Secretaria Municipal de Saúde diz ter recebido cerca de 375 mil doses e vacinado 249,8 mil pessoas - número já superior à quantidade disponível, considerando a segunda dose.

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"A expectativa é de que as doses provenientes do Instituto Butantan sejam entregues no dia 23", disse o governo federal, em nota. "O retorno esperado (da campanha) é na próxima semana, mas a data exata ainda será confirmada."

Em Salvador, o prefeito Bruno Reis (DEM) usou o Twitter para anunciar a paralisação nesta terça, 16. A capital manterá a aplicação das segundas doses para trabalhadores de saúde, até nova remessa. "Estão asseguradas desde a primeira distribuição."

Situação semelhante vive Cuiabá. Ontem, a capital de Mato Grosso tinha apenas 400 doses disponíveis para a primeira aplicação. A gestão Emanuel Pinheiro (MDB) manteve só o cronograma da segunda dose. O governo de Cuiabá alega ter recebido 30,8 mil doses e imunizado 23,2 mil pessoas.

Em Curitiba, a gestão Rafael Greca (DEM) afirma só ter 12,4 mil doses disponíveis para a primeira dose. O estoque seria suficiente para atender o cronograma de vacinação até sexta-feira.

Com 73% do público-alvo ainda sem ter recebido dose, Florianópolis afirma dispor de apenas 1.390 vacinas. Para se ter ideia, essa quantidade representa metade das doses aplicadas só no dia 11. Por sua vez, o governo de Santa Catarina diz que o Estado não recebe novos lotes desde o dia 7. "Nesse momento o estoque disponível destina-se à segunda dose", afirma.

Em outras capitais, o estoque também caminha para o fim. Maceió, por exemplo, diz já ter aplicado 20,7 mil das 22,7 doses recebidas - ou 91%. Por sua vez, Porto Alegre diz ter 11 mil imunizantes em estoque, mas ainda falta 27% do público-alvo, ou mais de 33 mil na 1.ª dose.

Já São Paulo não informa o estoque disponível, apenas o número de vacinados: 394,4 mil receberam a primeira dose do imunizante até anteontem.

Outras cidades pelo País registram, conforme fontes locais, estoques esgotados ou próximos do fim. É o caso do Rio Grande do Sul (Cachoerinha, Guaíba), e de Mato Grosso (Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças).

Em São José dos Campos (SP), foi suspensa a vacinação antecipada para quem tem mais de 80 anos. A prefeitura cobrou celeridade do Estado que, por sua vez, criticou o município por não oferecer dados para dimensionar as remessas.

Pressão e compras federais

A FNP divulgou texto em que afirma que "os sucessivos equívocos do governo federal" estão diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o País. O presidente da entidade, o prefeito Jonas Donizette, afirma que os prefeitos fizeram a sua parte. "Houve eficiência na aplicação da vacina, ou seja, aquilo que os prefeitos e as cidades se propuseram a fazer foi feito e bem feito e num ritmo bem acelerado. Agora, o problema da escassez quem tem de resolver é o Ministério da Saúde."

A FNP cobra do Ministério da Saúde um cronograma com prazos e metas estipulados para a vacinação de cada grupo: por faixa etária, doentes crônicos, categorias de profissionais. Cronograma publicado no site do Ministério da Saúde ontem indica que foram entregues à pasta 10,7 milhões de vacinas contra a covid até o momento. Dessas, são 8,7 milhões da Coronavac, do Instituto Butantan/Sinovac, e 2 milhões da Universidade de Oxford/AstraZeneca. Por sua vez, o consórcio de veículos de imprensa informa que 5,2 milhões, ou 2,5% da população, já receberam a primeira dose. Esse contingente, em tese, seria suficiente para praticamente esgotar a quantidade de vacinas disponível, uma vez que é necessária a dose complementar.

Para a Coronavac, o intervalo para administração do reforço deve ser entre duas e quatro semanas. Já a segunda dose de Oxford pode ser aplicada até três meses depois da primeira.

Cobrado sobre o assunto, o ministério prevê receber mais 9,3 milhões de Coronavac e 4 milhões da vacina de Oxford ainda este mês. A data exata, no entanto, não é informada. Já em março, a pasta diz que vai receber mais 18,1 milhões de doses do Butantan e 23,3 milhões de Oxford - sendo 2,65 milhões via Consórcio Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Pressionada, a pasta também formalizou ontem a compra de mais 54 milhões de doses da Coronavac. Segundo o ministério, nesta semana há, ainda, previsão de fechar contrato para compra de 10 milhões de doses da Sputnik V, da Rússia, e 10 milhões da Covaxin, da Índia.

Perguntas & Respostas - País precisa de mais acordos

1.O Brasil possui neste momento vacina para aplicar em toda a população?

Não. Os acordos firmados até agora pelo Ministério da Saúde preveem a entrega de 354,5 milhões de doses (212 milhões da Fiocruz/Oxford, 100 milhões do Instituto Butantan e 42,5 milhões da Covax Facility), o que atenderia 177 milhões de pessoas, levando em consideração duas doses para a imunização. No entanto, essa entrega deve ser escalonada ao longo do ano (veja tabela abaixo). A previsão do ministério é que A metade da população seja vacinada até junho e a totalidade da população seja imunizada até o fim do ano, o que implicaria novos acordos para aquisição de mais vacinas.

2.A vacinação está lenta?

Mais de 5,2 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 até ontem. Especialistas têm apontado que o ritmo atual não supre a necessidade de imunização para deter a pandemia, já que com uma média de 200 mil doses aplicadas por dia (dado do início de fevereiro) seriam necessários quatro anos para vacinar toda a população. Campanhas anteriores, como a da gripe, já mostraram que a capacidade de vacinação simultânea do País é maior que a atual. Um fator a ser levado em consideração é a escassez no fornecimento das vacinas, o que pode obrigar cidades a interromper a aplicação das doses.

3.Com a chegada de mais vacinas, uma pessoa poderá receber doses de fabricantes diferentes?

Não. O recomendado é que as duas doses sejam do mesmo tipo de vacina, o que garante segurança e eficácia da imunização.

4.Quando o cronograma será ampliado?

Ainda é incerto. Em São Paulo, o cronograma atual prevê início da aplicação para idosos acima de 80 anos, o que ocorrerá em 1.º de março. A data pode variar conforme o planejamento de cada Estado e cidade.

 

OS IMUNIZANTES COM OS QUAIS O PAÍS CONTA

Consórcio Covax Facility

Entrega de 42,5 milhões de doses:

Março: 2,65 milhões de doses da AstraZeneca

até Junho: 7,95 milhões de doses da AstraZeneca

***A expectativa é DE que o Brasil receba ainda aproximadamente mais 32 milhões de vacinas contra Covid-19 produzidas por laboratórios de sua escolha até o fim deste ano.

Butantan - Coronavac/Sinovac

Entrega das 100 milhões de doses:

Janeiro: 8,7 milhões - entregues

Fevereiro: 9,3 milhões

Março: 18,1 milhões

Abril: 15,93 milhões

Maio: 6,03 milhões

Junho: 6,03 milhões

Julho: 13,55 milhões

Agosto:13,55 milhões

Setembro: 8,8 milhões

Fiocruz - Oxford/AstraZeneca

Entrega de 222,4 milhões de doses:

Janeiro: 2 milhões - já entregues

Fevereiro: 4 milhões

Março: 20,7 milhões

Abril: 27,3 milhões

Maio: 28,6 milhões

Junho: 28,6 milhões

Julho: 1,2 milhões

****Segundo a Saúde, com a incorporação da tecnologia da produção do insumo, a Fiocruz deverá produzir e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.

União Química - Sputnik V/Instituto Gamaleya

Entrega de 10 milhões de doses (importadas da Rússia) - Previsão de assinatura de contrato esta semana.

Março: 800 mil entregues 15 dias após a assinatura do contrato

Abril: 2 milhões entregues 45 dias após a assinatura do contrato

Maio: 7,6 milhões entregues 60 dias após a assinatura do contrato.

*****A expectativa é que, a partir da incorporação da tecnologia da produção dos insumos necessários para o imunizante, a União Química passe a produzir mais 8 milhões de doses por mês.

Precisa Medicamentos - Covaxin/BHARAT BIOTECH

Entrega de 20 milhões de doses da Índia - Previsão de assinar contrato esta semana.

Março: 8 milhões - 4 milhões + 4 milhões de doses entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato

Abril: 8 milhões - 4 milhões + 4 milhões de doses entre 45 e 60 dias após o contrato

Maio: 4 milhões entregues 70 dias após o contrato.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) se posicionou nesta terça-feira, 16, por meio de nota oficial, sobre a escassez e falta de vacinas no País - cidades como Rio, Salvador, Cuiabá, Aracaju e Florianópolis relatam ter parado ou reduzido o ritmo da vacinação.

No documento, a entidade afirma que os sucessivos equívocos do governo federal na coordenação do enfrentamento à covid-19 e na condução do Plano Nacional de Imunizações estão diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o País.

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O presidente da entidade, o prefeito Jonas Donizette, afirma que os prefeitos fizeram a sua parte: "Houve eficiência na aplicação da vacina, ou seja, aquilo que os prefeitos e as cidades se propuseram a fazer, foi feito e bem feito e num ritmo bem acelerado. Agora, o problema da escassez quem tem de resolver é o Ministério da Saúde".

A FNP cobra do Ministério da Saúde um cronograma com prazos e metas estipulados para a vacinação de cada grupo: por faixa etária, doentes crônicos, categorias de profissionais. "O Brasil não soube lidar com a pandemia, não restam dúvidas, mas, prefeitas e prefeitos, que sempre solicitaram e incentivaram a organização nacional, agora exigem respostas" afirma a FNP.

Em janeiro, a FNP solicitou, durante reunião entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e mais de 130 governantes das médias e grandes cidades do País, encontros para o acompanhamento das imunizações no País. Na ocasião, ficou acordado que a cada dez dias o ministro se reuniria com a comissão de prefeitos. Desde então, passados mais de 30 dias, nenhum agendamento foi feito.

O documento ainda cita insatisfações com as prioridades do governo, como pautas de costumes ou regramento sobre aquisição de armas e munições e que "isso é um desrespeito com a história dos mais de 239 mil mortos e uma grave desconsideração com a população. Prefeitas e prefeitos reafirmam que a prioridade do país precisa ser, de forma inequívoca, a vacinação em massa".

As prefeituras das maiores cidades do País lançam, nesta segunda-feira (3), peças publicitárias de uma campanha nacional de utilidade pública contra o coronavírus. É uma ação que ocorre sem participação do Ministério da Saúde e que foi criada diante da constatação de falta de coordenação do órgão para elaborar uma comunicação integrada para prevenir a doença.

A iniciativa é da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que negociou com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorização especial para veicular comunicação sobre a doença em jornais, sites, rádios e na TV durante toda a pandemia. Neste ano, por causa das eleições municipais, as Prefeituras ficam proibidas de fazer propaganda a partir de agosto.

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O material publicitário foi elaborado a partir de pesquisas que apontaram quais mensagens obtinham melhor resposta da população e destaca o distanciamento social, o uso de máscaras e a limpeza das mãos. As mensagens ressaltam, ainda, a necessidade de proteção à família dentro de casa. Cada prefeitura vai adaptar o conteúdo já produzido e adicionar o logotipo da cidade, e arcar com os custos de distribuição das mensagens.

Segundo o presidente da FNP, Jonas Donizette (PSB), prefeito de Campinas (SP), a falta de uma comunicação unificada sobre a prevenção da doença atrapalhou as cidades. "Percebemos que o Brasil teve um problema de comunicação na área da covid. Havia as orientações corretas, mas algumas autoridades destoaram disso. Os prefeitos falavam uma coisa, o governador, e teve esse confronto, especificamente com a figura do presidente (Jair Bolsonaro, sem partido). Isso causou uma desinformação para a população", afirmou.

"Na verdade, se você lembrar, quase teve a aprovação de uma campanha que foi aquela 'O Brasil não pode parar', que era oposta a essa de que as pessoas devem ter cuidado", disse o prefeito de Campinas.

A campanha que ele cita teve a veiculação proibida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, em ação proposta pela Rede Sustentabilidade. Ela chegou a se veiculada em canais oficiais do governo, mas foi retirada do ar antes da decisão com o argumento de que era uma campanha "experimental".

A ação da FNP teve todo o material produzido pela ONG Vital Strategies, que tem atuação na área da saúde e está presente em 70 países. Os recursos que custearam o desenvolvimento das peças foram doados pela fundação Bloomberg. A Frente já havia firmado parceria com a ONG para outras ações voltadas à saúde pública, mas, diante da pandemia, os parceiros fizeram acordo para abordar o coronavírus.

O diretor executivo da Vital Strategies no Brasil, Pedro de Paula, afirma que as peças usaram como base outras campanhas com resultado comprovado para chamar o cidadão a adotar uma ação específica. A medida, no caso, é ficar atento.

"Como todas as melhores referências para pandemias dizem, precisamos de uma resposta coordenada, uníssona, clara, empática e transparente para ter mudança de comportamento em uma situação sem precedentes como essa", afirmou. "Quando a mensagem envolve a família, você tem um engajamento maior e um potencial de mudança de comportamento maior."

A ONG tinha expertise em elaborar campanhas para combater o tabagismo e a obesidade. Paula destaca a diferença de mensagens desses tipos de males para o enfrentamento à pandemia. "A chamada para ação nesse tipo de caso (Covid-19) é muito menos uma mudança drástica de comportamento dos indivíduos e mais uma atenção para as reais fontes de informação. Você tem um problema muito sério de desinformação e de informações conflitantes nesse cenário de covid mundo afora, não só no Brasil. E o que a gente faz é engajar o cidadão a partir dessa mensagem que toca na família para ele se motivar."

Como são peças pensadas para serem distribuídas em todo o País, o material da FNP tem detalhes para destacar as características de cada de região. "Uma imagem de uma família caminhando na Avenida Paulista tem pouco apelo para uma pessoa que está no Mercado dos Peixes de Fortaleza", afirmou Paula. O material fica disponível em um site (cidadescontracovid19.org) para que cada prefeitura faça o download, insira o logotipo da própria cidade e divulgue a campanha.

A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde negou que tenha faltado uma campanha nacional de prevenção ao coronavírus. O ministério informou que o governo federal fez uma campanha publicitária, que está dentro do site do ministério. Ainda segundo a pasta, a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite, com atribuições que Estados e municípios devem adotar.

A forma de distribuição de R$ 13,8 bilhões em recursos da União para Estados e municípios combaterem o coronavírus tem sido alvo de questionamentos de órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e organizações como a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Os critérios de distribuição e a destinação dos recursos são apontados como principais pontos de controvérsia. Juristas ouvidos pelo Estadão divergem quanto à clareza da Portaria 1.666, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro no início do mês.

A distribuição é questionada por prefeitos. "Os recursos disponibilizados pela União são insuficientes", disse o secretário executivo da FNP, Gilberto Perre. "Os critérios utilizados para distribuição não estão claros e os prefeitos pediram esclarecimentos a respeito da partilha. Chama a atenção o fato de que as cidades que mais concentram casos e respondem pelos atendimentos mais onerosos tenham recebido valores per capita bastante inferiores à média nacional, na Portaria 1.666. Por exemplo, as cidades acima de 1 milhão receberam R$ 34,61 per capita e as cidades até 10 mil receberam R$ 89,94."

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O TCU deu 15 dias para que a Saúde mostre a "lógica de financiamento" dos fundos estaduais e municipais, e como definiu a estratégia de compras durante a pandemia, apresentando documentos sobre logística e distribuição de insumos.

A Portaria 1.666 prevê que os recursos serão destinados ao "custeio das ações e serviços de saúde para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da Covid-19, podendo abranger a atenção primária e especializada, a vigilância em saúde, a assistência farmacêutica, a aquisição de suprimentos, insumos e produtos hospitalares, o custeio do procedimento de tratamento de infecção pelo novo coronavírus".

"Tais gastos podem ser confundidos ou misturados por conveniência às demais verbas orçamentárias previstas em orçamento público (Lei Orçamentária Anual)", disse a advogada constitucionalista Vera Chemin, mestre em Direito Público Administrativo pela FGV. "As expressões 'atenção primária' e 'atenção especializada' têm uma abrangência aberta e vaga. Tudo pode acontecer no dia a dia sem um efetivo controle da execução dos gastos, podendo, sem sombra de dúvida, serem direcionados para outras rubricas de caráter supérfluo e com pretensões eleitoreiras, uma vez que estamos próximos de uma eleição municipal."

Já para a ex-juíza federal Cecilia Mello e para o especialista em Direito Administrativo Marcus Vinicius Macedo Pessanha, a portaria é clara. "Embora possa aparentar certa generalidade, que em tese daria margem a eventual uso indevido desses valores por entes da Federação, há uma finalidade expressa e específica para o uso desses valores, o enfrentamento da pandemia", afirmou Cecília.

Segundo Pessanha, "não há qualquer brecha para destinação dos recursos a quaisquer outras atividades que não sejam as de combate à pandemia". "Todas a contratações que venham a ser realizadas com estes recursos e não estejam vinculadas ao combate ao novo coronavírus, na verdade, configuram utilização irregular e gestão temerária do erário, ensejando aplicação de sanções aos gestores públicos responsáveis."

Ao Estadão, o senador Major Olimpio (PSL-SP) acusou o governo de propor a parlamentares que indicassem onde parte do dinheiro da Portaria 1.666 seria alocada. "O parlamentar distribuiu o dinheiro para as bases dele. Ele não combinou com o vírus. Onde era necessário pôr o recurso? Onde está morrendo gente. Se era o dinheiro para o enfrentamento da Covid-19 não seriam os infectologistas, os médicos que deveriam definir onde o dinheiro é mais necessário? Em vez disso, é a planilha do senador que vale."

Ele afirmou que o dinheiro foi distribuído pelo governo federal para pelo menos 50 senadores e 200 deputados a fim de garantir a construção de uma base de apoio. "Me ofereceram R$ 30 milhões. Dinheiro da Covid-19." Segundo Olimpio, a oferta foi feita por um representante do governo e cada colega recebeu R$ 30 milhões em emendas.

Estratégia

Em relatório emitido na semana passada, o TCU diz que o Ministério da Saúde gastou só cerca de 30% do dinheiro prometido para enfrentar a Covid-19 de março a junho. A equipe técnica do órgão não conseguiu identificar a estratégia de compras, logística, distribuição de insumos, além de desconhecer "critérios para transferência de recursos" da pasta.

O Ministério da Saúde afirmou que, entre os critérios para a distribuição dos R$ 13,8 bilhões liberados para municípios, estão o tamanho da população (priorizando municípios com menos habitantes) e a média de recursos transferidos para atenção hospitalar e atenção básica em 2019. Para os Estados, segundo a pasta, também foi considerado o número de leitos de UTI, a taxa de incidência de Covid-19 por 100 mil habitantes e a infraestrutura e capacidade logística para recebimento de ventiladores.

Além do TCU, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para apurar "possíveis insuficiência e lentidão da execução orçamentária" e "omissão no socorro financeiro aos Estados e municípios" pelo Ministério da Saúde.

A greve dos petroleiros, convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) no último sábado, ganhou novas adesões nesta terça-feira, 4. Após a realização de assembleias com funcionários da Petrobras, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) decidiu acompanhar o movimento. O primeiro a aderir foi o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), associado à FNP.

Com a união das duas federações, o movimento pode ganhar extensão nacional, já que as duas entidades dividem a representação dos empregados no conjunto das unidades da estatal.

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Ao longo desta terça-feira, outros sindicatos ligados à FNP realizam assembleia para avaliar a adesão à greve. "A aprovação do indicativo, por ampla maioria, reforça o quadro nacional da greve petroleira, que entra em seu quarto dia, nesta terça-feira (4), em diversas bases do país. Trata-se de uma mobilização contra uma série de ataques sofridos pela categoria desde que Roberto Castello Branco, nomeado por Bolsonaro, passou a presidir a empresa", informa a federação em seu site.

Enquanto as assembleias acontecem, os sindicalistas visitam pontos de operação da Petrobras para tentar convencer funcionários da estatal da importância da greve. "O Sindicato intensificará as mobilizações em todas as unidades da companhia em sua base, dialogando com a categoria sobre a deflagração da greve e traçando as melhores estratégias para garantir uma mobilização forte", afirma a entidade.

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) afirmou, em nota divulgada nesta quinta-feira, 31, repudiar com veemência a manifestação do deputado Eduardo Bolsonaro, líder do PSL na Câmara, sobre a possibilidade da edição de um 'novo AI-5' (Ato Institucional nº 5) no Brasil.

"A ação mais dura do longo período de ditadura militar fechou o Congresso Nacional, assembleias estaduais e representou um 'salvo conduto' para que o Estado assassinasse aqueles que discordavam do regime militar. Instituiu a censura prévia das artes e da imprensa. Também permitiu ao governo federal, sob pretexto de 'segurança nacional', destituir sumariamente juízes e intervir em estados e municípios, cassando mandatos de governadores e prefeitos", diz o presidente da FNP, Jonas Donizette, prefeito de Campinas (SP).

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Na avaliação da entidade, flertar com o AI-5 é inaceitável e um afronta à democracia. "É crime previsto na Lei de Segurança Nacional. É lamentável e muito preocupante que um parlamentar cogite reeditar o pior período da história do Brasil republicano. Propor tamanho retrocesso é uma afronta à Constituição."

Na nota, é destacado ainda que defender o Estado Democrático de Direito é dever de todos os brasileiros, especialmente por aqueles eleitos pelo voto direto. "Por isso, é indispensável que a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, a Casa do povo, tome urgentemente as providências cabíveis e necessárias para defender a democracia brasileira."

Os funcionários da Petrobras decidiram entrar em greve a partir da zero hora deste sábado (25). Eles afirmam que a empresa propôs reposição de apenas 70% da inflação no período e um reajuste superior a 17% na contribuição da assistência médica dos petroleiros. A decisão foi tomada em assembleia pelos dois sindicatos que representam a categoria: Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Em nota, os sindicatos informaram que “a gestão da Petrobras retirou diversas cláusulas do ACT, acabando com direitos e garantias conquistados pela categoria ao longo das últimas décadas”. Segundo as entidades, a direção da Petrobras foi informada no último dia 18 da decisão pela greve das assembleias realizadas em todo o país. E também de um prazo até o dia 22 para que as negociações fossem retomadas, com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho. “As assembleias foram uma consulta sobre a proposta do TST dentro do processo de mediação nacional bilateral, ou seja, entre os trabalhadores (FNP e FUP) e a Petrobrás, sendo o resultado do somatório nacional amplamente favorável aos indicativos das federações”, diz a nota.

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Petrobras diz que vai manter a produção

O diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, Eberaldo Neto, disse que a empresa já recebeu a notificação da maioria dos sindicatos para a greve de amanhã. "A gente sempre trabalha pelo melhor, mas tem que estar preparado para o pior. Recebemos a notificação da maioria dos sindicatos marcando greve a partir de amanhã, que pode ocorrer ou não. Fica a critério do sindicato iniciar o movimento ou não. A gente continua trabalhando para que a greve não aconteça. Caso ocorra, a gente está preparado, em termos de contingência, para manter a produção o mais próximo possível do normal e evitar impactos na nossa produção e impacto na sociedade como um todo. É prematuro a gente dizer agora. A gente continua trabalhando para que a greve não ocorra”, disse.

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, recebeu, nesta quinta-feira (12), a diretoria-executiva da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Sobre a reforma da Previdência nos municípios, Alcolumbre informou aos dirigentes que a votação da proposta de Emenda à Constituição (PEC) 133/2019, a PEC Paralela, pode ocorrer até o final de outubro.

A PEC paralela está em análise no Plenário e prevê a inclusão dos estados e municípios nas novas regras previdenciárias. O presidente do Senado afirmou que a proposta vai facilitar a adesão dos municípios à reforma.

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O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, também disse acreditar que a construção do texto da PEC, como foi realizada no Senado, ajudará a gestão municipal. O prefeito de Campinas (SP) destacou ainda a importância da reforma tributária (PEC 110/2019), que está em fase de discussão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A proposta que altera as regras fiscais tem como primeiro signatário o presidente do Senado, e foi apresentada com o apoio de 67 senadores, mais de 80% da composição da Casa.

“O povo brasileiro quer saber de desenvolvimento do país. Então nós trouxemos o apoio dos prefeitos à condução de Davi Alcolumbre e sua posição equilibrada em priorizar temas que atendem à população”, afirmou Donizette.

Participaram da reunião os prefeitos Clécio Luis (Macapá-AP), Edvaldo Nogueira (Aracaju-SE), Arthur Virgílio (Manaus-AM), Duarte Nogueira (Ribeirão Preto-SP), Izaias Santana (Jacareí-SP) e Cesar Silvestri (Guarapuava-PR).

* Da Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado

 

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