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Enfermeiros vinculados ao Hospital da Restauração, a maior unidade de saúde pública da capital Pernambucana, bloquearam a avenida Agamenon Magalhães e provocaram um intenso engarrafamento no Recife. A justificativa para o ato foi o atraso de três meses no pagamento de um bônus, que segundo os manifestantes, teria sido pago somente aos médicos.
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Apesar do barulho e do congestionamento, menos de 50 pessoas participaram do movimento. O número de soldados enviados para liberar a via - Recife está com reforço federal nas ruas - foi maior do que o de manifestantes. "Todos aqui são estatutários, concursados. Estamos sem luz, sem água e a previsão é que nos paguem só dia 6. É uma falta de respeito do governo de Pernambuco", reclamou Nilson Ramos, técnico de enfermagem há 30 anos.
Os atrasados reclamados pelos enfermeiros se referem à um bônus, denominado "Produtividade", que é pago pelo ministério da saúde aos estados, que repassam aos trabalhadores. "O governo alega que não recebeu o repasse, mas como pode ser os médicos já receberam", questionou Cristina Vasconcelos, enfermeira do Restauração há mais de 20 anos.
Depois de negociar o fechamento das vias durante 15 minutos em cada um dos sentidos, os enfermeiros voltaram ao Hospital para formar uma comissão e ir até a direção da unidade para cobrar os pagamentos.
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Em nota ao Portal LeiaJá, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) explica que o “repasse aos hospitais estaduais para pagamento da produtividade é feito com verba do Sistema Único de Saúde (SUS), enviado pelo Ministério da Saúde”. Diante disso, o documento aponta para a expectativa que o “órgão federal efetue o repasse ainda esta semana. Tão logo seja efetuado, a SES dará início aos procedimentos para repasse aos profissionais”.
Além disso, a Secretaria esclarece que “É importante deixar claro que o pagamento não está atrasado. Esse pagamento é realizado, normalmente, 60 dias após o período trabalhado, já que é necessário realizar o processamento dos dados para efetuar o repasse. Os médicos também se encaixam no mesmo processo e o pagamento é feito juntamente aos enfermeiros”.
Com informações de Brenda Alcântara