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Uma nave japonesa retornou na madrugada deste domingo à Terra, transportando amostras de um asteroide. Cientistas esperam que o material, 100 miligramas de partículas, possa ajudar a desvender os mistérios que envolvem a origem da vida e da formação do Universo.

A entrada da pequena cápsula na atmosfera terrestre foi considerada espetacular, traçando um arco durante a noite, que pôde ser registrado por câmeras na Austrália, onde pousou em uma área isolada, após se desprender da nave japonesa Hayabusa-2. Ela entrou na atmosfera por volta das 2h30 do Japão (17h30 GMT), como uma bola de fogo.

"Seis anos depois, enfim retorna à Terra", narrou um funcionário do programa espacial japonês ao vivo, enquanto outros festejavam, emocionados, na sala de controle.

As amostras do asteroide Ryugu (que evolui a cerca de 300 milhões de quilômetros da Terra) foram colhidas durante duas fases cruciais da missão da Hayabusa-2, no ano passado. A nave pôde colher poeira da superfície e, posteriormente, material do interior do Ryugu, capturado a partir do disparo de um projétil.

Os cientistas acreditam que esse material não mudou desde a formação do Universo. Já planetas, como a Terra, e outros corpos celestes sofreram alterações profundas ao longo da História, tanto em sua superfície quanto em seu interior, basicamente através de grandes processos de aquecimento.

"Quando se trata de planetas menores ou asteroides, essas substâncias não se fundiram, portanto acreditamos que, ali dentro, havia substâncias de 4,6 bilhões de anos atrás", explicou o diretor do projeto, Makoto Yoshikawa, antes da chegada da cápsula.

- Amostras serão enviadas ao Japão -

Protegidas da luz do sol e da radiação no interior da cápsula, as amostras serão tratadas e enviadas de avião para o Japão. Metade do material será dividido entre a Jaxa, a Nasa e organizações internacionais, e o restante será conservado para estudos futuros, à medida que a tecnologia de análise avançar.

"Talvez possamos obter substâncias que nos darão indícios sobre o nascimento de um planeta e a origem da vida", indicou Yoshiwaka.

- Missão da Hayabusa-2 continua -

A Hayabusa-2 ainda não encerrou sua missão, que teve início em dezembro de 2014. Após enviar essas amostras, a nave fará uma série de órbitas em torno do Sol durante seis anos, para registrar dados sobre a poeira no espaço interplanetário e observar exoplanetas.

Em julho de 2026, a nave irá se aproximar do asteroide 2001 CC21, que os cientistas esperam que possa ser fotografado "passando a grande velocidade". Em seguida, ela se dirigirá a seu alvo principal: o asteroide esférico de 30 metros de diâmentro 1998 KY26. Quando a nave o alcançar, em julho de 2031, ele estará a cerca de 300 milhões de quilômetros da Terra.

A Hayabusa-2 irá fotografar o asteroide, mas é pouco provável que pouse sobre o mesmo e recolha amostras, uma vez que não irá dispor de combustível suficiente para retornar à Terra.

Se depender do médico britânico Phil Davies, 55 anos, o planeta Marte já tem dono e o proprietário é ele próprio. O cientista inglês é criador de uma projeção a laser capaz de atingir a atmosfera do planeta vermelho a 91 milhões de quilômetros, e pode gerar dióxido de carbono no ar marciano. Segundo os especialistas, a liberação do gás tornaria o planeta habitável.

Em entrevista ao portal de notícias Daily Star, o cientista disse estar em busca do reconhecimento do projeto na Organização das Nações Unidas (ONU) para se declarar "dono de Marte". Segundo ele, a legislação espacial vigente permite que qualquer pessoa que obtenha sucesso em criar uma atmosfera habitável pode reivindicar o título. No entanto, para ingressar na ONU, o médico precisa da chancela de uma nação pertencente ao grupo e, para isso, tenta convencer o governo britânico a dar o suporte necessário para aprovação do pedido.

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Ainda segundo o médico, a reivindicação do título não é apenas para que a superfície de Marte tenha um dono. Na declaração ao portal inglês, o cientista alega que o pedido vai de encontro à política de superpotências, que podem tentar explorar os minérios do espaço sideral com armas nucleares. De acordo com ele, o Tratado do Espaço Sideral é a única lei que impede o uso de material bélico em outras órbitas.

A recente declaração do papa Francisco de apoio à união civil de homossexuais retomou a discussão sobre o espaço da população LGBT também dentro da Igreja Católica. Embora enfrente ainda grande resistência, em que sua conduta sexual e afetiva é majoritariamente vista como pecado, esse grupo tem se organizado em coletivos e ações pastorais e até ganhado apoio de paróquias e lideranças religiosas.

No Brasil, a Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT já integra pelo menos 20 grupos das regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste do País. Há, ainda, outras entidades de nível nacional, como a Diversidade Católica, fundada em 2007.

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Católica "de berço", a psicóloga Marianne Luna, de 25 anos, esteve à frente de iniciativas variadas dentro da igreja desde a adolescência. Por alguns anos, chegou a afastar-se, mas retornou em 2013, "tentando ter uma relação mais saudável com os dogmas" e de desconstrução de alguns tabus, como discussões sobre feminismo e racismo dentro da religião.

Hoje, é uma das coordenadoras do Movimento Pastoral LGBT Marielle Franco, também chamado de Mopa. Fundado em 2018, o grupo realiza atividades na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Itaquera, que integra a diocese de São Miguel Paulista. Embora fique na zona leste, Marianne diz que as ações acolhem pessoas "da cidade inteira", sendo ela mesmo da região sul paulistana.

Os encontros são formativo-religiosos, com acolhimento e discussões, e ocorrem em uma sala da paróquia, com divulgação em murais na igreja e durante a própria missa, embora por vezes haja resistência de alguns frequentadores. Eventualmente, o grupo consegue a participação pontual de algum religioso "Muitos dos jovens que vão até os encontros são de famílias que não sabem (que são LGBT), não têm um lugar pra conversar", comenta.

Embora esse tipo de ação seja realizada por leigos (fiéis não ordenados), a psicóloga conta que grupos como o que ela coordena recebem suporte informal de religiosos. "Não tem muito apoio público (pelo receio de serem repreendidos), mas acontece."

Para ela, a fala recente e posicionamentos anteriores do papa Francisco ajudam na redução da intolerância. "LGBTs dentro da igreja católica sempre existiram, mas foram silenciados por muito tempo. Mas a fala não me dá certeza de que um dia pessoas LGBT poderão se casar na igreja, o que seria o meu sonho", lamenta.

Outro coletivo com proposta semelhante é o Grupo Diversidade, anteriormente conhecido como Pastoral da Diversidade Sexual, de Belo Horizonte, que tem um foco no apoio à população transgênero e travesti que mora no entorno da Paróquia São Francisco das Chagas. "Estávamos inquietos com essa realidade. Algumas vinham na paróquia quando uma morria, queriam a presença do padre", afirma um dos coordenadores do grupo, criado em 2017, o professor Felipe Marcelino, de 30 anos.

Segundo ele, a paróquia tem um número expressivo de frequentadores gays, cuja orientação sexual é conhecida no local. "Toda paróquia tem pessoas LGBTs, gays, lésbicas. As comunidades toleram, mas isso não é discutido", comenta. "Todo mundo na paróquia sabia que eu era gay, mas ninguém dizia, era uma coisa velada. A gente trabalha muito a questão de como inserir o debate da diversidade sexual e de gênero dentro de igreja."

Do interior mineiro, Marcelino sempre participou da igreja e foi até coroinha, mas sofreu na adolescência ao se sentir culpado pela própria sexualidade. "Aos 15 anos, tive minha primeira experiência afetiva, foi muito forte para mim. Lembro dessa confusão, recorri à igreja, chorei muito, ficava arrependido, tinha a sensação de que era impuro. Esse discurso é muito pesado, gera sentimento de culpa."

Para ele, a receptividade a esse tipo de tema é maior hoje em dia. "O que o papa fala é muito coerente pela própria doutrina igreja, que defende o estado laico. Ele não fala de casamento religioso, fala de direito civil", destaca. "É um avanço, uma fala impactante, toca no assunto com tranquilidade, sem tabu. E ele sabe do peso que a palavra dele tem. É importante porque muita gente utiliza o discurso religioso para se justificar como homofóbico."

Casamento religioso ainda é sonho distante

Um dos pontos de mais difícil inserção é o de reconhecimento do casamento. No Brasil, nos últimos anos, padres de diferentes localidades chegaram a ser afastados e punidos por participarem da cerimônias de matrimônio de casais LGBT, mesmo que fora da igreja. Outros foram criticados por setores conservados por abordar o assunto em alguma fala.

Em Goiânia, por exemplo, o padre César Garcia foi afastado após dar uma bênção no casamento dos arquitetos Leo Romano, de 49 anos, e Marcelo Tentro, de 45 anos, de quem era amigo. "Ele estava com uma roupa normal (terno, não batina), falou lindamente palavras de amor, contra o preconceito, foi uma cerimônia super respeitosa e afetiva", recorda Romano. "Foi uma repercussão no Brasil todo. Por uma coisa que deveria ser cotidiana, deu uma tempestade."

Para ele, a declaração do papa é importante. "É um degrau a mais, não deixa de ser uma conquista, tardia", comenta. "Infelizmente, a gente precisa de chancelas para que possam entender e ver que as coisas evoluem, o que era velado deixa de ser."

Outro caso, com resolução mais positiva, foi o do batismo dos três filhos (Alyson, Jéssica e Filipe, então com 16, 14 e 12 anos) do professor universitário Toni Reis, de 56 anos, e do tradutor David Harrad, de 62 anos, realizado em 2017 em Curitiba. "Eles que pediram (para serem batizados). Buscamos quatro igrejas diferentes, mas disseram não. Procurei o arcebispo, que aceitou."

Tempos após a cerimônia, o professor reuniu algumas fotos e mandou para o Vaticano. A resposta veio meses depois, em uma carta do monsenhor Paolo Borgia que trazia uma foto do pontífice. "O papa Francisco lhe deseja felicidades, invocando para a sua família a abundância das graças divinas, a fim de viverem constante a condição de cristãos", dizia um trecho.

Hoje, a carta está enquadrada na sala e emociona Toni, que na infância colocava os vestidos da mãe para brincar de celebrar missa. Anos depois, na adolescência, afastou-se por algum tempo do catolicismo após um religioso local lhe dizer que estava em pecado.

Ele também elogia a recente declaração do líder católico. "O amor cristão deve ser incondicional, não deve semear o ódio, seja contra gays, ciganos, ateus, judeus, agnósticos, veganos, corintianos. Todos fomos feitos à imagem e semelhança de Deus e temos que ter guarida na igreja."

A Nasa anunciou, nesta segunda-feira (26), uma descoberta inédita sobre a presença de água na Lua, agora encontrada na parte do astro que é iluminada pelo sol. A descoberta reafirma a premissa de que a água não está presente apenas nas regiões geladas e escuras da Lua, e que ainda pode estar distribuída por toda a superfície lunar. 

O maior telescópio voador do mundo, que pertence ao Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA), foi utilizado para realizar a captação. Estima-se que o ativo pode ser entregue através de pequenos impactos de meteoritos, ou pode ser resultado da interação de partículas energéticas expelidas pelo sol. 

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O SOFIA detectou moléculas de água (H2O) na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra, localizada no hemisfério sul da Lua. As observações anteriores da superfície lunar detectaram alguma forma de hidrogênio, mas não foram capazes de distinguir entre a água e seu parente químico próximo, a hidroxila (OH).

Segundo o cientista Jim Bridenstine, administrador da agência espacial americana, “ainda não é possível saber se a água é potável e se ela poderá ser usada como um recurso natural, como acontece com a água presente na Terra”.

Em seu site oficial, a agência afirmou que “a nova descoberta contribui com os nossos esforços de aprender mais sobre o satélite da Terra e apoia a exploração espacial”. A Nasa também destacou que descobrir mais sobre a Lua fortalece os programas de exploração lunar a longo prazo, como o Projeto Artemis. Neste programa de voo espacial tripulado, empresas de voo espacial comercial norte-americanas e parceiros internacionais da agência têm o objetivo de pousar a primeira mulher e o próximo homem na Lua em 2024.

Quando vários meteoros entram juntos na atmosfera, em trajetórias paralelas, e parecem vir de um mesmo lugar, a região se chama ponto radiante e a chuva de meteoros recebe o nome da constelação onde está o ponto radiante, informou Agência Brasil.

A Piscis Austrinídeos, na constelação Peixe Austral, está visível até a madrugada do dia 10 de agosto. O melhor momento para observar os meteoros é por volta das 23h.

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As Alfa-Capricornídeas, em Capricórnio, estão ativas até 15 de agosto e têm origem em um cometa. E na constelação de Aquário tem as Delta-Aquarídeas, também originadas em um cometa e que serão visíveis até o dia 23.

Já as Perseidas, que também são provocadas por um cometa, o Swift Tuttle, ocorrem na constelação de Perseu até o dia 24 de agosto. Enquanto as outras tiveram o auge no mês passado, as Perseidas terão seu ponto alto na semana que vem. Devido ao horário, não será possível acompanhar o fenômeno a olho nu no Brasil. Essa chuva de meteoros será bastante intensa no dia 12, das 10h até as 13h.

No domingo (9), quem acordar cedo poderá acompanhar a ocultação de Marte, quando a Lua passa entre a Terra e o planeta vermelho.

Da Sputnik Brasil

A SpaceX realizou nesta terça-feira (4) no Texas um voo de teste de menos de um minuto do protótipo do foguete Starship, com o qual pretende colonizar Marte no futuro.

"Marte está começando a ficar crível", tuitou o fundador da SpaceX, Elon Musk, em uma resposta a uma mensagem de um seguidor.

O protótipo do Starship é, nesta fase de testes, muito rudimentar: um grande cilindro metálico construído no lapso de duas semanas pelas equipes da SpaceX em Boca Chica, na costa do Texas, e menor do que será a futura nave.

Vários protótipos explodiram durante testes realizados em terra, parte de um processo de tentativa e erro.

Segundo imagens transmitidas nesta terça-feira por vários especialistas em temas espaciais, incluindo a @NASASpaceflight, o último protótipo do Starship, o SN5, conseguiu decolar do solo e se manter a uma certa altitude antes de descer, demonstrando um bom controle de trajetória.

"Uma vez que a fumaça se dissipou, ele ficou majestosamente suspenso depois de voar 150 metros! Parabéns, SpaceX", tuitou Thomas Zurbuchen, principal autoridade científica da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA).

Acreditava-se que o protótipo alcançaria uma altitude de 150 metros durante o teste, mas a SpaceX não confirmou os detalhes do ensaio.

Em 2019, um protótipo anterior, o Starhopper, menor, voo 150 metros sobre o nível do mar e voltou à Terra.

A nave Starship imaginada por Elon Musk terá 120 metros de altura e deverá poder possar verticalmente em Marte.

"Iremos à Lua, teremos uma base em Marte, enviaremos pessoas a Marte e criaremos vida multiplanetária", declarou Musk no domingo, após receber os dois astronautas da NASA que voltaram da Estação Espacial Internacional a bordo da cápsula Crew Dragon Endeavour, desenvolvida pela SpaceX.

Os Estados Unidos acusaram a Rússia nesta quinta-feira (23) de testar uma arma que poderia ser usada para destruir satélites no espaço e se mostraram preocupados com uma ameaça considerada "real, séria e crescente".

A Força Especial americana "tem provas" de que Moscou "realizou um teste não destrutivo com uma arma antissatélite do espaço" em 15 de julho, informou em um comunicado.

"O teste da semana passada é um novo exemplo de que as ameaças contra as instalações espaciais dos Estados Unidos e seus aliados são reais, sérias e crescentes", acrescentou a Força Espacial.

"É inaceitável", tuitou o negociador americano para o desarmamento, Marshall Billingslea, que afirmou que abordará este "grave problema" na próxima semana, em Viena, durante conversas para substituir o tratado bilateral New Start sobre a limitação do número de ogivas nucleares nos Estados Unidos e na Rússia.

Após essas acusações, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse nesta sexta que a Rússia apoia "a desmilitarização total do espaço".

De acordo com o Comando Espacial dos Estados Unidos, a Rússia colocou um objeto em órbita a partir do satélite Cosmos 2543 que, segundo informações da mídia estatal russa, foi implantado por outro satélite, o Cosmos 2542, lançado em 25 de novembro de 2019 pelo Exército russo.

O Ministério da Defesa afirmou que o satélite pretende "monitorar o estado dos satélites russos", mas o jornal estatal "Rossiyskaya Gazeta" disse que tem a capacidade de "obter informações dos satélites de terceiros".

O sistema usado na prova da semana passada é o mesmo sobre o qual a Força Espacial americana alertou há meses, quando a Rússia se aproximou de um satélite do governo americano, declarou o general Jay Raymond, que dirige esta ramificação das Forças Armadas.

"Trata-se de uma nova prova dos esforços constantes da Rússia para desenvolver e testar sistemas do espaço, de acordo com a doutrina militar do Kremlin, que quer recorrer a armas que mantenham as instalações nos Estados Unidos e seus aliados sob ameaça", acrescentou Raymond, citado no comunicado.

É o exemplo mais recente de satélites russos que realizam missões "inconsistentes com a missão declarada", acrescentou.

"Este caso destaca a defesa hipócrita da Rússia sobre o controle de armas no espaço", disse o subsecretário de Estado americano para o Controle de Armas, Christopher Ford.

O conflito entre Washington e Moscou ocorre logo após a China lançar, na quinta-feira, um veículo que explorará a superfície de Marte. A missão coincide com outra semelhante dos EUA, um sinal de que as potências estão levando sua rivalidade para o espaço.

A Rússia anunciou nesta quinta-feira (25) que planeja realizar uma caminhada espacial de turistas para 2023, como parte de um contrato com a empresa americana Space Adventures.

A empresa russa Energia e a Space Adventures assinaram um contrato para enviar dois turistas a bordo de uma espaçonave Soyuz, "para uma breve missão" em 2023 na estação espacial internacional (ISS), de acordo com um comunicado de imprensa da Energia.

"Durante a missão, um dos dois viajantes fará uma caminhada espacial com um cosmonauta profissional russo", diz o comunicado de imprensa.

Esse anúncio foi feito poucos dias após a Nasa assinar um acordo com a Virgin Galactic, do bilionário Richard Branson, para desenvolver o turismo espacial.

Também acontecerá após a primeira missão bem-sucedida da cápsula Crew Dragon, fabricada pela empresa SpaceX do bilionário Elon Musk, que transportou em maio astronautas à ISS, encerrando quase uma década de monópolio russo no transporte de humanos ao espaço.

Em seu site na internet, Space Adventures já está fazendo propaganda de uma "experiência rara e empolgante", apresentando a futura caminhada espacial acessível apenas através do programa russo.

Esse grupo americano, junto com a empresa Energia e a agência espacial russa, enviou oito turistas à ISS entre 2001 e 2009.

O dia 27 de maio de 2020 deve marcar o início de uma nova era espacial com o envio por parte da empresa SpaceX de dois astronautas da Nasa ao espaço, uma capacidade que durante décadas simbolizou o poder de alguns países e da qual os Estados Unidos permaneceram privados nos últimos nove anos.

Se o tempo permitir, às 16h33 (17h33 de Brasília), da plataforma de lançamento 39A do Centro Espacial Kennedy, de onde decolaram Neil Armstrong e seus companheiros da missão Apollo 11, um foguete SpaceX com a nova cápsula Crew Dragon acoplada decolará rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).

Bob Behnken e Doug Hurley, os dois homens escolhidos pela Nasa para a missão de demonstração, permaneceram em quarentena durante duas semanas.

Fundada em 2002 por Elon Musk, um empresário obcecado com Marte e com a determinação de mudar as regras do jogo da indústria aeroespacial, a Space Exploration Technologies Corp. conquistou a confiança da maior agência espacial do mundo.

A SpaceX se tornou em 2012 a primeira empresa privada a acoplar uma cápsula de carga à ISS. Dois anos depois, a Nasa pediu que a empresa adaptasse a cápsula Crew Dragon para poder transportar astronautas.

"A SpaceX não estaria aqui sem a Nasa", disse Musk no ano passado, após um teste geral da viagem à ISS sem tripulação.

A agência espacial pagou mais de 3 bilhões de dólares à SpaceX para projetar, construir, testar e operar sua cápsula e fazer seis viagens espaciais de ida e volta.

O desenvolvimento enfrentou atrasos, explosões, problemas de paraquedas, mas a SpaceX venceu a gigante Boeing, que também recebeu um pagamento da Nasa para construir uma cápsula, a Starliner, que ainda não está pronta.

O investimento, decidido durante as presidências de George W. Bush (envio de carga) e Barack Obama (envio de astronautas), é considerado frutífero em comparação com as dezenas de bilhões de dólares gastos nos sistemas anteriores desenvolvidos pela Nasa.

"Alguns afirmaram que é inviável, ou imprudente, trabalhar com o setor privado desta maneira. Não concordo", disse Obama em 2010.

A decisão do ex-presidente enfrentou a hostilidade do Congresso e da Nasa.

Dez anos depois, outro presidente, Donald Trump, comparecerá ao Centro Kennedy para o lançamento. O republicano tenta reafirmar o domínio americano do espaço e ordenou o retorno à Lua em 2024.

Se a NASA conseguir confiar ao setor privado as missões mais próximas da Terra, dentro da "órbita baixa", isto permitiria destinar orçamento para as missões mais distantes.

"Imaginamos um futuro, no qual a órbita baixa da Terra estará completamente privatizada, onde a Nasa será apenas um cliente entre outros", disse Jim Bridenstine, administrador da agência.

Em caso contrário, "nunca iremos à Lua, nem a Marte".

A chuva caiu com força nos últimos dias na Flórida, e as previsões apontam 40% de possibilidade de chuvas nesta quarta-feira no Cabo Canaveral. Em caso de tempestades, o voo será adiado para sábado.

A Crew Dragon é uma cápsula como a Apollo, mas do século XXI. As telas sensíveis ao toque substituíram os botões e joysticks. O interior é dominado pelo branco com uma iluminação mais sutil, sem qualquer relação com os ônibus espaciais que foram usados entre 1981 e 2011.

A princípio, o ceticismo era grande. Mas a SpaceX de Elon Musk desafiou as expectativas e, na quarta-feira (27), espera fazer história transportando dois astronautas da NASA ao espaço, no primeiro voo tripulado partindo de solo americano em nove anos.

O presidente Donald Trump estará entre os espectadores no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para assistir ao lançamento, que recebeu autorização apesar dos meses de confinamento devido à pandemia de coronavírus.

Em razão das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o público em geral foi convidado a acompanhar a transmissão ao vivo do lançamento da Crew Dragon por um foguete Falcon 9 rumo a Estação Espacial Internacional (ISS).

Destinado a desenvolver naves espaciais privadas para transportar astronautas americanos ao espaço, o programa de tripulação comercial da NASA começou sob o governo de Barack Obama.

Seu sucessor o vê como símbolo de sua estratégia para reafirmar o domínio americano do espaço, tanto militar, com a criação da Força Espacial, quanto civil.

Trump ordenou que a NASA retorne à Lua em 2024, um cronograma difícil de cumprir, mas que deu impulso à famosa agência espacial.

Nos 22 anos desde o lançamento dos primeiros componentes da ISS, apenas naves espaciais desenvolvidas pela NASA e pela agência espacial russa levaram equipes para essa estação.

A NASA utilizou o famoso programa de ônibus espaciais: naves espaciais enormes e extremamente complexas que levaram dezenas de astronautas ao espaço por três décadas.

Seu custo impressionante - US$ 200 bilhões para 135 voos - e dois acidentes fatais acabaram por encerrar o programa. O último ônibus espacial, Atlantis, viajou em 21 de julho de 2011.

Depois, os astronautas da NASA tiveram de aprender russo e viajar para a ISS no foguete russo Soyuz, que decolou do Cazaquistão, em uma parceria que sobreviveu às tensões políticas entre Washington e Moscou.

Os Estados Unidos pretendiam, no entanto, que este fosse um acordo temporário.

A NASA confiou a duas empresas privadas, a gigante da aviação Boeing e a SpaceX, a tarefa de projetar e construir cápsulas que substituiriam os ônibus espaciais.

Nove anos depois, a SpaceX, fundada por Musk, o empresário sul-africano que também criou o PayPal e a Tesla, está pronta para o lançamento.

- "Uma história de sucesso" -

Às 16h33 (17h33 de Brasília) de quarta-feira, um foguete SpaceX Falcon 9 decolará da plataforma de lançamento 39A com a cápsula Crew Dragon no topo.

A NASA concedeu à SpaceX mais de US$ 3 bilhões em contratos desde 2011 para construir a espaçonave.

A cápsula será tripulada por Robert Behnken, de 49 anos, e Douglas Hurley, de 53, ambos com uma longa história de viagens espaciais: Hurley pilotou o Atlantis em sua última viagem. Cerca de 19 horas depois, vão atracar na ISS, onde dois russos e um americano esperam por eles.

A previsão do tempo permanece desfavorável, com uma probabilidade de 60% de condições adversas, segundo os meteorologistas de Cabo Canaveral. A próxima janela de lançamento é sábado, 30 de maio.

A operação levou cinco anos a mais do que o planejado, mas, mesmo com os atrasos, a SpaceX derrotou a Boeing. O voo de teste da Boeing de seu Starliner fracassou, devido a sérios problemas de software, e terá de ser refeito.

"Tem sido uma história de sucesso", disse à AFP Scott Hubbard, ex-diretor do Centro Ames da NASA no Vale do Silício, que agora leciona em Stanford.

"Houve um grande ceticismo", lembrou Hubbard, que conheceu Musk antes da criação da SpaceX e também preside um painel consultivo de segurança da SpaceX.

"Os líderes da Lockheed, da Boeing, me disseram em uma conferência que os caras da SpaceX não sabiam o que estavam fazendo", contou à AFP.

A SpaceX finalmente chegou ao topo com seu foguete Falcon 9. Desde 2012, a empresa reabastece a ISS para a NASA, graças à versão de carga da cápsula Dragon.

A missão tripulada, chamada Demo-2, é de fundamental importância para Washington por duas razões. A primeira é quebrar a dependência da NASA em relação à Rússia. E a segunda é catalisar um mercado privado de "órbita terrestre baixa", aberta a turistas e empresas.

"Prevemos um dia, no futuro, que teremos uma dúzia de estações espaciais na órbita terrestre baixa. Todas operadas pela indústria comercial", disse o diretor da NASA, Jim Bridenstine.

Musk mira mais alto: está construindo um enorme foguete, o Starship, para circunavegar a Lua, ou até viajar para Marte e, finalmente, tornar a humanidade uma "espécie que habite vários planetas".

A NASA está monitorando o asteroide 2020 FM6, que passará a uma velocidade de 61 mil km/h, a 5,3 milhões de quilômetros da Terra. Outros três asteroides também se aproximarão nesta segunda (27) de nosso planeta.

Com tamanho estimado entre 100 m e 250 m de diâmetro, a aproximação do asteroide se dará às 4h45 de amanhã (27).

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O asteroide passará próximo da Terra enquanto nosso planeta se posiciona entre Vênus e Marte, como visto em publicação da NASA.

O corpo celeste entrou para a classificação de asteroides Apolo, uma das mais perigosas categorias de asteroides.

Contudo, nenhuma colisão é esperada pelos astrônomos entre a rocha espacial e a Terra.

Embora a distância mínima entre nosso planeta e o corpo celeste seja de cerca de 5,3 milhões de quilômetros, tal cifra é considerada pequena pelos astrônomos tendo em consideração as dimensões espaciais.

Segundo de quatro asteroides

O 2020 FM6 será o segundo asteroide a se aproximar do planeta amanhã.

O primeiro é o 2019 GF1, que deverá ter sua aproximação mínima às 0h55.

Depois da passagem do 2020 FM6, virá o 2020 HC5, o qual também entrou na categoria de asteroides Apolo.

O 2020 HC5 tem um tamanho estimado entre 11 m e 25 m, e sua aproximação se dará às 8h59.

Em seguida virá o 2020 HS1, que passará pelas 21h21 do mesmo dia.

Da Sputnik Brasil

Dois cosmonautas russos e um astronauta norte-americano decolaram nesta quinta-feira (9) para a Estação Espacial Internacional (ISS), deixando para trás um planeta que luta contra a pandemia de coronavírus.

O americano Chris Cassidy, da Nasa, e os russos Anatoli Ivanichin e Ivan Vagner, da Roskosmos, decolaram às 08H05 GMT (05h05 no horário de Brasília) do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão. O voo deve durar seis horas.

"O Soyuz MS-16 foi colocado em órbita com sucesso", anunciou no Twitter a agência espacial russa Roskosmos.

Pouco antes da decolagem, a tripulação disse que "se sentia bem", de acordo com a televisão da Nasa, a agência espacial norte-americana, que transmitiu o lançamento ao vivo.

A missão de seis meses a bordo da ISS continua apesar da COVID-19, mas vários rituais foram cancelados para limitar o risco de propagação da doença.

Parentes e jornalistas não estiveram presente na quarta-feira (8) na tradicional conferência de imprensa antes da partida, realizada por videoconferência.

"Em vez de conversar com as câmeras, neste momento estaríamos conversando com as pessoas", comentou Cassidy, referindo-se às conversas que ocorrem nessas conferências de imprensa, sob outras circunstâncias.

O astronauta de 50 anos, que partiu pela terceira vez ao espaço, reconheceu que a tripulação foi "afetada" por essa falta de contato humano.

"Mas entendemos que o mundo inteiro também é afetado pela mesma crise", acrescentou.

Como em cada missão, os três homens e seus respectivos trajes espaciais foram colocados em quarentena, que desta vez começou mais cedo para impedir que contraíssem o vírus antes da decolagem.

Em 12 de março, a tripulação ficou confinada no centro de treinamento da Cidade das Estrelas, perto de Moscou, e não realizou a visita habitual ao túmulo do primeiro homem no espaço, o lendário russo Yuri Gagarin.

Naquele momento, Moscou, o principal foco da pandemia na Rússia, começava a contabilizar os primeiros casos de coronavírus.

O lançamento desta quinta-feira foi o primeiro a bordo de um foguete Soyuz-2.1a, já que a agência espacial russa abandonou no ano passado os Soyuz-FGs, mais antigos.

Esse novo modelo, usado para lançamentos não tripulados desde 2004, possui um sistema digital de controles e não analógico, como os foguetes anteriores.

Os três homens encontrarão na ISS o cosmonauta russo Oleg Skripotchka e os astronautas norte-americanos Andrew Morgan e Jessica Meir, que retornarão à Terra em 17 de abril.

- Conselhos de confinamento -

A ISS acomoda seis pessoas por vez e tem um volume habitável de 388 metros cúbicos, mais do que uma casa de seis quartos, de acordo com a Nasa.

Essas condições podem parecer invejáveis para mais de um terço dos terráqueos, que atualmente passam por rigorosas medidas de confinamento para controlar a propagação da COVID-19.

Isso não impede que os residentes da Estação Espacial Internacional sintam solidão ou desejem estar em casa.

Nas últimas semanas, vários deles, alguns ainda a bordo da ISS, compartilharam seus conselhos para um bom confinamento.

Em um artigo para o New York Times, Scott Kelly, da Nasa, declarou que o que mais sentia falta durante sua missão de quase um ano no espaço era a natureza: "o verde, o cheiro de terra fresca e a sensação quente do sol no meu rosto".

Ele recomendou que aqueles que podem tomem ar e estimou que não há nada errado em passar mais tempo na frente das telas durante o confinamento.

Durante seu tempo a bordo da ISS, entre 2015 e 2016, por exemplo, o astronauta admitiu ter assistido duas vezes a popular série Game of Thrones e filmes à noite com seus colegas.

O cosmonauta Serguei Riazanski, que completou duas missões espaciais, tornou-se o rosto de um desafio esportivo de 10 semanas apoiado pela Roskosmos.

Os participantes devem transmitir vídeos de si mesmos se exercitando em casa, como um astronauta em uma missão.

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A entrada das mulheres na política é um processo muito recente, de meados do século XX, segundo a professora Brenda de Castro, mestra em Ciência Política. “A gente demorou muito tempo para adquirir direitos básicos, de liberdade individual no contexto civil e o próprio direito de participação e envolvimento político. A nossa geração ainda vive um processo recente da garantia e da certeza desses direitos. É um processo que tem crescido no mundo, mas de forma desigual, pois alguns países têm mais participação, envolvimento político e direitos civis do que outros”, explicou.

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No Brasil, de acordo com a professora, existe um aumento gradativo da participação da mulher na política, seja em cargos representativos diretos, seja no processo de envolvimento por movimentos sociais e outras esferas. Porém, na visão dela, ainda está muito longe do desejado ou até mesmo do recomendado por instituições internacionais e pela nossa legislação. “Atualmente, na Câmara dos Deputados, apenas 15% são mulheres, enquanto a legislação incentiva a cota de 35% nos partidos. Isso mostra que muito precisa ser feito e que a representatividade é mais do que apenas mulheres estarem fisicamente presentes em espaços políticos que sempre foram vistos como espaços que elas não deveriam ocupar”, informou a professora.

Para Luciana Leal, 39, pré-candidata a vereadora, a participaçaõ feminina na política tem que avançar. “A política é vista hoje como algo sujo. Precisamos ir contra esse pensamento, no qual os homens têm que tomar decisões e fazem leis para mulheres. Está na hora de nós fazermos nossas próprias leis”, disse a pré-candidata.

Ainda de acordo com Luciana, infelizmente a classe feminina é muito desunida. As mulheres, observa, são criadas em um sistema que as ensina a competir entre si.

 “A política sempre foi muito atrelada, na tradição ocidental europeia, a um espaço masculino. É interessante perceber que existe uma questão cultural que desincentiva a participação das mulheres, com ideias de que, por exemplo, as mulheres são mais emotivas, são irracionais e não conseguem lidar com questões do poder, e que homens seriam mais aptos, biologicamente, para desempenhar essa função”, afirmou Brenda. Segundo ela, é possível perceber também o quanto as mulheres são atacadas pela aparência nesse meio, além de serem colocadas como desestabilizadas.

Segundo a professora Brenda, algumas movimentações nos últimos anos têm feito a mulher perceber a necessidade de ocupar espaços políticos, entendendo seu papel como cidadã e entendendo que tem que haver envolvimento. Brenda acredita que daqui a algumas gerações, apesar de todos os empecilhos, a sociedade continuará nesse ritmo, no sentido de defender e alcançar direitos, e também de participar de discussões, pautar demandas e identificar novas soluções.

Sexismo e preconceito

As maiores dificuldades que as mulheres enfrentam na política são o sexismo e o preconceito moral. Segundo Pamela Massoud, 33 anos, 1ª suplente de vereadora em Belém, as mulheres acabam entrando na política vistas como laranjas, apenas para ocupar cargos. “Temos outro problema também. Quando a mulher ocupa um espaço de liderança na política, no Legislativo ou Executivo, as pessoas não acatam de primeira as decisões que elas tomam”, explicou a suplente.

Estrella Cristina, 29, líder nacional da Juventude do Partido Cidadania, começou a fazer política para se posicionar como voz de mulheres que ainda não conseguiram falar do que querem, do que passam e do que sentem. “Acredito que a mulher tem o poder de transformar as coisas e a vida das pessoas. As mulheres têm muito a contribuir com a sociedade. Estou na politica para incentivar outras mulheres a serem pessoas políticas, para que essa transformação aconteça”, declarou. A líder encoraja dando seu próprio exemplo de superação, para que as mulheres saibam que elas também podem estar no mesmo lugar que Estrella, sendo vistas, ouvidas e lutando por direitos.

A cientista política Brenda de Castro conclui que, nos últimos anos, é perceptível um engajamento cada vez maior de mulheres jovens na política. “É interessante porque traz renovação. Temos uma classe política muito masculina, muito branca e muito mais velha. Trazer novos pontos de vistas, novas soluções e novos desafios é fundamental para que os representantes políticos simbolizem a diversidade da sociedade”, declarou.          

Por Ana Luiza Imbelloni e Quezia Dias.

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Neste domingo (8) é comemorado o Dia Internacional da Mulher e será disputado, pela sétima rodada do Campeonato Paraense, o clássico entre Remo e Paysandu, o Re x Pa. A data marca a luta das mulheres pela conquista do seu espaço e liberdade para frequentar diversos locais sozinhas, inclusive estádios de futebol, como torcedoras ou profissionais.

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Predominantemente masculino e preconceituoso, o futebol surgiu marcado pelo machismo. No dia 14 de abril de 1941, o Decreto-Lei 3199/ art.54 determinava que as mulheres eram proibidas de praticar diversos esportes. Somente no início dos anos 2000 elas começaram a frequentar, mais assiduamente, as partidas de futebol.

Profissionalmente, a situação também só vem se modificando há pouco tempo. A radialista esportiva Paula Marrocos destacou a importância da participação da mulher no esporte. "Eu hoje tenho muito orgulho do espaço que eu conquistei, de ser uma inspiração para outras meninas, de dar essa representatividade. Pois a mulher pode estar realmente onde ela quiser, e que isso não vire um clichê e seja em si um fato na nossa sociedade", disse.

Paula ressaltou o aumento da visibilidade da figura feminina no futebol. "Hoje em dia a gente já consegue ver mais mulheres no esporte, por isso me sinto representada quando eu vejo uma apresentadora, uma comentarista, uma repórter, participando de uma transmissão comentando a respeito de um jogo e falando em programas esportivos", assinalou.

A radialista falou sobre os comentários machistas que ouviu após a narração da final do Campeonato Feminino de Futebol 2019. "Logo após eu realizar a narração, junto com a Karen Sena e a Lauany Challiê, recebi muitos comentários na internet a respeito desse evento, dizendo que nós não tínhamos capacidade, que estávamos ali só pra atender uma cota. Foi a primeira transmissão totalmente feminina pela rádio no Norte e Nordeste do país. Foi um momento muito importante para a gente. Eu tive a oportunidade de estrear como narradora de futebol. Tive muitos pontos positivos e alguns negativos", avaliou.

Apesar do machismo, Paula Marrocos continua lutando por um lugar para a mulher no esporte. “Que nós não sejamos cotas, mas que sejamos de fato tratadas como profissionais, e que esse espaço seja nosso não porque a gente tá chegando para ocupar, mas porque ele está ali para ser ocupado por pessoas competentes", destacou.

Para a radialista, levantar a bandeira da defesa das mulheres é fundamental para mudar a realidade. "Tenho certeza também que tenho muito apoio de minhas colegas de trabalho, de outras empresas, como a Mari Malato e a Tayná Martinez da CBN (Rádio CBN Amazônia). São pessoas que eu admiro e viraram referências para mim", disse.

Paula também aponta a importância de ter que se firmar nesse meio. "A resposta para todo esse machismo dentro do esporte é você ter conteúdo e lutar para conseguir mostrar para as pessoas que você está ali porque de fato você entende, porque você conhece", afirmou.

Bianca Mesquita, jogadora da equipe feminina do Clube do Remo, ressaltou quais foram as maiores dificuldades enfrentadas ao entrar no mundo do futebol no Estado. "O futebol feminino aqui no Pará não é muito valorizado. As barreiras são grandes por sermos mulheres, com o machismo e o preconceito, então é muito difícil. Não temos grandes oportunidades como os homens têm. É muito complicado você receber uma proposta de um clube grande para fora, ter um contrato assim como em um time masculino. Sem falar que não temos ajuda de nada, nem patrocínio ou qualquer outra coisa. Estamos no clube por amor", contou a jogadora.

Aline Costa, técnica da equipe feminina do Paysandu Sport Club, reclamou da falta de auxílio para as mulheres do futebol feminino paraense. "Nossa maior dificuldade é a falta de estrutura e apoio com as nossas atletas", afirmou. "Um grande exemplo desse descaso pode ser observado no campeonato de futebol feminino de 2019, no qual a atleta bicolor Dan fraturou a sua clavícula no estádio e teve que ser levada para o hospital por um carro de aplicativo, devido à falta de auxílio médico na partida. No dia também não houve presença de policiamento."

Arbitragem

Outra figura importante no Pará é a nova bandeirinha do quadro da FIFA, Bárbara Loiola. Ela contou que no esporte paraense há inúmeras dificuldades, principalmente a baixa visibilidade. "Dificuldades temos em todos os lugares, não só aqui como em outros Estados. Claro que há mais visibilidade no Rio de Janeiro e São Paulo devido aos jogos e aos times de lá. Mas eu acredito que um excelente trabalho dentro do campo vai fazer você ser vista", observou.

A torcedora remista Caroline Gomes, secretária da torcida Barra Brava Camisa 33 e atuante na diretoria da banda do clube, revelou suas dificuldades sendo uma mulher na torcida. "O primeiro impasse que eu tive foi dentro de casa, pelo fato de não deixarem eu ir para os jogos por eu ser mulher. Depois que aceitaram que eu iria, começou a questão da roupa. Queriam que eu sempre fosse com roupas maiores, nada muito curto, nem apertado. E quando você vai sozinha de ônibus, ao entrar você já se vê rodeada de aproximadamente uns 30 homens, e nenhum tem o mínimo do respeito, de que qualquer comentário pode te fazer sentir mal e oprimida. Ao chegar no estádio continua a mesma coisa. Escutamos muitas piadinhas e muitos comentários machistas", destacou.

Na opinião de Caroline, as pessoas precisam entender que o esporte não é majoritariamente masculino. "É um espaço de visibilidade para todos, e todas as mulheres devem ter a total liberdade de ir para onde quiserem, para o jogo que quiserem e com a roupa que quiserem, pois já passou mais do que da hora de nós começarmos a andar livremente sem ter que se sentir oprimida em qualquer maneira", afirmou.

A torcedora bicolor Williane Coelho, colunista desportiva no blog nacional MEC (Mulheres em Campo), falou sobre o que significa para ela ser uma mulher dentro do esporte. "Eu sinto, além da realização pessoal, uma responsabilidade, por ocupar um lugar de fala que não é só meu. O que eu falo tem peso para as mulheres em geral", disse.

"Falar que se sente representada seria diminuir o tamanho do machismo no futebol, porque você colocar três ou quatro mulheres em um programa esportivo não é representatividade, é você tentar sanar um problema da sociedade. Ainda existe um caminho longo para trazer as mulheres dentro do campo", disse Williane, ao ser questionada sobre a representatividade feminina no futebol.

Mesmo com todo preconceito e a falta de reconhecimento, as mulheres continuam lutando por igualdade na sociedade. Neste domingo não será diferente. Centenas de torcedoras de Clube do Remo e Paysandu Sport Club estarão no estádio do Mangueirão, às 16 horas, seja para torcer ou trabalhar. Elas vão acompanhar o clássico de número 753. Os clubes estão programando homenagens para as mulheres.

Reportagem de Beatriz Reis, Karoline Lima, Sabrina Avelar e Yasmin Seraphico.

 

 

 

 

Uma equipe de cientistas norte-americana encontrou um jovem planeta com 10 vezes a massa de Júpiter, o mais jovem dos que se encontram "perto" de nosso Sistema Solar.

Foi encontrado um planeta "bebê" com tamanho que supera 10 vezes a massa de Júpiter, relata uma equipe de astrônomos do Instituto de Tecnologia de Rochester (RIT, na sigla em inglês), EUA, no site da instituição.

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Segundo a informação publicada na quarta-feira (7) na revista Research Notes of the American Astronomical Society, o 2MASS 1155-7919 b é "um planeta jovem, talvez ainda em meio à sua formação". A estrela à volta da qual ele orbita também é jovem, apenas com cinco milhões de anos, mil vezes menos que a idade do Sol.

A uma distância de 330 anos-luz do Sistema Solar, é o planeta mais próximo da Terra de idade semelhante.

"Embora muitos outros planetas tenham sido descobertos através da missão Kepler e outras missões como ela, quase todos são planetas 'antigos'. Este também é apenas o quarto ou quinto exemplo de um planeta gigante tão longe da sua estrela 'mãe', e os teóricos estão se esforçando para explicar como se formaram ou acabaram lá", explicou Annie Dickson-Vandervelde, professora assistente do RIT e autora principal do trabalho, elaborado em conjunto com Emily Wilson e Joel Kastner.

Os autores do estudo ficaram surpreendidos com a longa órbita do planeta à volta da estrela, que é de 600 vezes a distância entre a Terra e o Sol. Os cientistas esperam que as imagens e a espectroscopia de acompanhamento ajudem a entender como os planetas massivos podem acabar em órbitas tão longas.

Da Sputnik Brasil

A astronauta americana Christina Koch retornou à Terra nesta quinta-feira (6) depois de passar quase um ano a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), o que significa o recorde feminino de permanência no espaço.

A cápsula Soyuz com Christina Koch, da Nasa, e seus colegas a bordo (o astronauta italiano Luca Parmitano, da Agência Espacial Europeia, e o cosmonauta russo Alexander Skvortsov) pousou nesta quinta-feira no Cazaquistão, Ásia Central, às 9h12 GMT (6h12 de Brasília), após um voo de três horas e meia.

"A aterrissagem aconteceu como estava previsto e a tripulação está bem", anunciou o diretor da Agência Espacial Russa (Roskosmos), Dmitri Rogozin, no Twitter. "Estou emocionada e feliz", disse Koch, sorridente, depois de ser retirada da cápsula.

Parmitano fez um gesto com a mão para mostrar que estava bem, enquanto Skvortsov comeu uma maçã logo depois da aterrissagem, de acordo com um vídeo divulgado pela Roskosmos.

Christina Koch, de 41 anos, permaneceu a bordo da ISS por 328 dias, um novo recorde, superando a marca anterior da também americana Peggy Whitson. Em 28 de dezembro de 2019, Koch completou 289 dias no espaço, enquanto a marca de sua compatriota era de 288 dias.

Esta engenheira americana já havia entrado para a história com a primeira caminhada espacial 100% feminina, em outubro de 2019, ao lado da compatriota Jessica Meir, uma bióloga marinha.

Em uma entrevista na terça-feira, dois dias antes do retorno à Terra, Christina Koch contou ao canal NBC que aquilo de que mais sentirá falta é da "microgravidade".

"É muito divertido estar em um lugar onde você pode pular do chão ao teto quando deseja", declarou, sorrindo.

- 'Espaço para as mulheres' -

Apesar de ter superado o recorde, Christina Koch afirmou que Peggy Whitson, de 59, e com três missões espaciais no currículo, continua sendo sua "heroína" e "mentora".

Ela sonha em "inspirar a futura geração de exploradores".

Christina Koch retornou à Terra pouco depois da exibição, no Super Bowl, de um novo anúncio publicitário da marca de cosméticos Olay que se passa no espaço.

Protagonizado pela astronauta da Nasa Nicole Stott, o anúncio pede para "abrir espaço para as mulheres" e se propõe a ajudar a empresa a arrecadar 500.000 dólares para a organização sem fins lucrativos Women Who Code, que estimula as jovens a estudarem tecnologia e ciência.

A primeira mulher a viajar ao espaço foi a cosmonauta soviética Valentina Tereshkova. Seu voo em 1963 continua sendo a única missão espacial realizada por uma mulher de maneira solitária.

Desde o início dos lançamentos rumo à ISS, a Rússia enviou apenas homens ao espaço, com exceção de Elena Serova em 2014.

As duas cosmonautas são atualmente deputadas na Duma (Câmara Baixa do Parlamento russo), onde representam o partido governista Rússia Unida.

- E os homens? -

Ao contrário de Christina Koch, cuja estada na ISS foi prolongada em relação ao prazo inicial previsto, Luca Parmitano e Alexander Skvortsov concluem missões de seis meses.

Na terça-feira, Parmitano passou o comando da ISS ao cosmonauta Oleg Skrípochka, da Roskomos.

O astronauta italiano de 43 anos publicou com frequência fotos da Terra feitas a partir da ISS, que mostravam os incêndios florestais na Austrália e nos Alpes, eventos que ele descreveu como "uma coluna vertebral que nunca se inclina com o tempo".

Quatro cosmonautas passaram um ano, ou um pouco mais, no espaço durante apenas uma missão. O recorde absoluto de 437 dias pertence a Valeri Poliakov.

Entre os astronautas da Nasa, o recorde é de Scott Kelly, com 340 dias seguidos na ISS, antes de retornar à Terra em 2016.

Chegando a sua quarta edição, o Cine Jacaré realiza uma programação ampliada durante o próximo domingo (15). O cineclube projeta filmes para crianças e adultos, e promove discotecagem, além de uma feirinha criativa com venda de roupas, brinquedos e jogos educativos, discos, produtos sustentáveis, artesanatos e comidas. O evento acontece, a partir das 15h, no jardim da casa-ateliê do artista plástico Jacaré, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife. A entrada custa R$ 5,00.

O Cine Jacaré é um cineclube que promove a exibição e debates em torno de filmes que não conseguiram  espaço no circuito comercial e nos principais festivais de cinema. Nesta edição, a curadora Caroline Oliveira selecionou dois filmes de realizadoras mulheres.

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Na sessão infantil, o Cine Jacarezinho, às 17h, será exibida a premiada animação "Dia Estrelado", da alagoana Nara Normande. Na animação em stop motion, um menino e sua família lutam pela sobrevivência, em um lugar inóspito.

Em seguida, a sessão para o público adulto apresenta o filme "A mulher que amou o vento", da mineira Ana Moravi. Na ficção, uma mulher vive solitária no alto de uma montanha, onde se envolve intimamente com o vento. Após a exibição, a diretora Ana Moravi conversa com o público sobre o filme.

Antes dos filmes, a partir das 15h, a casa-ateliê abre as portas com discotecagem de vinil e feirinha criativa, com venda de artesanatos afetivos de Hamsa Dasa; as La Ursas do Pequeno Ateliê; roupas indianas de Anna Kurowicka e do Ficando Mara Bazar; discos de vinil da Vitrola Records, brinquedos e jogos educativos de Arte de brincar com madeira; Camisas Autorais, com telas de artistas plásticos pernambucanos, produzidas por Wando (o Mago das Camisas); produtos sustentáveis da Ecoe Sustentabilidade; Tabacaria Splinter Smoke; comidinhas da Cozinha de Ana da Mata e outros..

Serviço

Cine Jacaré

Domingo(15) | 15h

Casa-ateliê do jacaré (Rua Hamilton Ribeiro, 211, Campo Grande)

R$ 5,00

Informações: (81) 99465 9799

Em alusão ao Dia da Consciência Negra, o Espaço Cultural Nossa Biblioteca está realizando diversas atividades, entre elas rodas de conversas, jogos teatrais adaptados para treinamento corporal do teatro negro, jogo de tabuleiro humano, que ajudará a exemplificar de forma didática a história da escravidão no Brasil, exercícios teatrais e outros. A temática do evento é toda voltada para o universo cultural africano, origens, religiosidade e costumes.

A programação começou no dia 4 e vai até o dia 23 deste mês, no espaço cultural localizado na avenida 25 de Junho, no bairro do Guamá, em Belém.

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Victor Ramos, um dos colaboradores do Espaço Cultural, falou um pouco sobre a importância do evento. “Não é chegar e dizer o que eles têm que fazer ou como têm que agir. A gente cria um encantamento nos jovens. Tentamos passar como a diversidade é bonita, para que eles comecem a se valorizar. A maioria dos alunos são negros e já sofreram ou sofrem com o preconceito. E a gente tem essa responsabilidade social de conversar com eles e dizer que não são eles que estão errados, e sim as pessoas que os desrespeitam e agem com preconceito”, explicou o colaborador.

O mês da consciência negra contará também com apresentação narrativa de origem afro-indígena e danças folclóricas de origem africana, cuja a ideia é o resgate a ancestralidade. As apresentações ocorrerão no dia 23 de novembro em uma atividade denominada “Rua de leitura”.

Um dos participantes, o aluno Geisel Damasceno está há sete anos no espaço cultural. “Para mim está sendo incrível participar dessa programação, me sinto de alguma forma importante. É bom trabalhar para aumentar a autoestima e a representatividade das crianças e jovens dos bairros periféricos, que são a maioria negros”, destacou o aluno.

O público presente e os moradores das proximidades também poderão interagir com os alunos, que farão um programa fictício para entrevistá-los e saber o que as pessoas conhecem e entendem a respeito do dia da consciência negra. Uma data que simboliza uma história de luta e resistência.

Serviço

Evento: Mês da Consciência Negra.

Data: 4 a 23 de novembro. Horário: Durante todo o dia.

Local: Espaço Cultural Nossa Biblioteca.

Endereço: Avenida 25 de junho, nº214, Guamá.

Contato: (91) 3249-5270. Redes sociais: @ecnossabilioteca.

Da Ascom Nossa Biblioteca.

 

 

Três personagens e um mergulho na complexidade da mente humana. Risos, curiosidade e perplexidade com a envolvente história de um triângulo amoroso. É o que vai sentir o público ao prestigiar o espetáculo “Cordélia Brasil”, encenado pelo Coletivo Casa de Shakespeare.

A peça, do dramaturgo paulista Antônio Bivar, será apresentada entre os dias 22 de novembro e 1º de dezembro, sempre às 19 horas, no mais novo espaço de apresentações teatrais de Belém: o Teatro de Apartamento, que fica na Soares Carneiro, nº 826, no bairro do Umarizal. Os ingressos custam R$ 20,00. Comprados antecipadamente, serão vendidos pela metade do preço. Podem ser adquiridos na Loja Gata Pintada, na Escola Incena ou direto com o elenco.

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“‘Cordélia Brasil’ é um recorte histórico de uma geração da década de 60. Traz algumas questões que se intensificaram como o protagonismo da mulher e sua função como chefe de família. Outro aspecto que ganhou muitas nuances nesses anos foi o papel da sexualidade na vida das pessoas e que é curioso a forma como era abordado na época”, destaca a diretora Karine Jansen.

O processo levou aproximadamente seis meses para ser concebido, entre estudo do texto, ensaios e preparação. O desejo de Karine é que o público se divirta com a história do trio, composto por Cordélia Brasil, Leônidas e Rico, encenados respectivamente por Demi Araújo, Renan Coelho e Murilo Olegário.

Para a atriz Demi Araújo, o maior desafio foi trabalhar a inconstância da personagem. "Ela muda de humor muito fácil. Uma hora está gritando com o Leônidas e, de repente, fica pensativa e sonhadora. A cena mais difícil do espetáculo, sem dúvida, é a última. Nela, Cordélia fica cansada, alegre, reflexiva, furiosa e orgulhosa. É muito sentimento pra lidar”, observa.

Para o ator Renan Coelho, o personagem Leônidas está um tanto que perdido. “Comecei criando ele através da pesquisa sobre esse ‘estar perdido’. Iniciei pela sua sexualidade, depois fui para o jeito como Leônidas trata a Cordélia e o Rico. No meio dessa pesquisa sobre o ‘estar perdido’, acabei me deparando com coisas maravilhosas. Uma delas é a sensação de liberdade. Estando perdido eu posso ir para qualquer caminho que está tudo bem, afinal, estou perdido mesmo”, analisa.

Já para o ator Murilo Olegário, o Rico - um jovem de 16 anos e de família inglesa - está se descobrindo sexualmente e vivendo com os hormônios à flor da pele. “Ele é um garoto independente e curioso, que quer aproveitar a vida intensamente, assim, sonhando em viajar pelo mundo, buscando sua identidade. Rico busca respostas sobre suas descobertas sexuais e do seu modo de vida, posto por sua família. Ao longo da trama, Rico começa a se identificar com Leônidas. Vai perceber várias semelhanças", diz.

Com o objetivo de desafiar o próprio grupo, promovendo trabalhos distintos dos já realizados em produções cujos membros participaram quando estavam em outros coletivos, nasceu a Casa de Shakespeare. Seu primeiro trabalho foi em 2017, com o espetáculo “Falando sobre flores”.

Os projetos do coletivo revelam camadas profundas de pesquisa. Siga o grupo nas redes sociais: Instaram: @casa.deshakespeare

Serviço

Espetáculo Teatral “Cordélia Brasil”.

Quando? 22, 23, 24 , 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro.

Onde? Teatro de Apartamento (rua Soares Carneiro, 826 (altos), esquina da Curuçá, bairro Umarizal).

Que horas? Às 19h.

Ingressos: R$ 20,00.

Antecipados: R$ 10,00 Pontos de vendas: Escola Incena (Tv. Rui Barbosa, 1520) e Loja Gata Pintada (Pátio Belém).

Classificação: 12 anos.

Informações: (91) 98141.1452 / 98171.1105

Ficha Técnica

Direção: Karine Jansen.

Atores: Demi Araújo, Murilo Olegário e Renan Coelho.

Sonoplastia: Jairo dos Anjos.

Iluminação: Luciana Porto.

Criação de Conteúdo pra web: Everton Pereira.

Dramaturgia: Antônio Bivar.

Assessoria de imprensa: Senhorita Matos.

Da assessoria do evento.

Quem nunca sonhou em ser astronauta e dormir próximo às estrelas? Para ao menos matar a curiosidade dos que permanecem no planeta Terra, a NASA abriu as portas da Orion - transporte responsável pelas próximas viagens do homem à lua - e revelou as instalações onde os tripulantes vão descansar por anos.

O quarto futurista segue a compactação dos transportes espaciais e, no lugar de camas acolchoadas foram instalados sacos de dormir, pendurados como redes. Para garantir horas de sono a cerca de 240.000 milhas da Terra, o cômodo teve as janelas cobertas por cortinas, que podem ser abertas para fotografar algum astro. De olho na funcionalidade, compartimentos para apoiar computadores também compõem o quarto.

A primeira viagem da Orion está marcada para o próximo ano. Contudo, só em 2022, a 'nave' será devidamente tripulada, orbitando um satélite. Após dois anos de exploração, a expectativa é que os passageiros retornem em 2024.

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