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Com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de se filiar ao PL, integrantes do partido condicionam a permanência na legenda a uma autonomia para manter alianças regionais. Em Estados do Nordeste, o partido tem acordos fechados para compor com governadores de oposição ao governo, inclusive do PT. No Norte, como é o caso do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), também há desconforto.

O deputado federal Fabio Abreu (PL-PI) disse ao Estadão que "com certeza" sai da sigla se ele não tiver autonomia para apoiar o grupo do governador Wellington Dias (PT-PI), que pretende lançar a candidatura do seu secretário de Fazenda, Rafael Fonteles (PT), para ser seu sucessor.

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Abreu, que é ex-secretário de Segurança Pública de Dias, declarou que o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, firmou um compromisso de manter o arranjo feito no Piauí. "A autonomia já está bem clara na conversa que tive com presidente do partido, continuar na aliança com o governador do Piauí que é do PT", disse o deputado. "(A permanência no partido) poderá mudar se nós do PL no Piauí não tivermos nossa autonomia."

Após Costa Neto e Bolsonaro confirmarem a filiação, planejada para acontecer no próximo dia 22, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), também expôs sua insatisfação, mas evitou dizer se vai se desfiliar. "Todos sabem que não é uma situação cômoda para mim e, no momento oportuno, irei me pronunciar", afirmou ele, que, mesmo com seu partido integrando a base aliada do Palácio do Planalto, tem feito duras críticas ao governo.

Ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Ramos declarou que aguarda a filiação de Bolsonaro acontecer formalmente para decidir qual rumo irá tomar.

Antes de definir a entrada no PL, Bolsonaro também negociava para se filiar ao Progressistas, do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Em meio a indefinição, o vice-presidente da Câmara chegou a afirmar que torcia para o outro partido conseguir filiar Bolsonaro. Apesar de ser uma legenda um pouco maior e com mais capilaridade que o PL, o partido de Ciro tem mais ligações com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que o PL, com alianças com petistas na Bahia e em Pernambuco

Em Alagoas, o PL compõe o governo estadual com o ex-deputado Maurício Quintella, que é secretário de Infraestrutura de Renan Filho (MDB-AL). O governador é filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente do Senado e relator da CPI da Covid. Renan elaborou parecer recomendando o indiciamento de Bolsonaro por crimes cometidos durante a pandemia e, mais de uma vez, classificou o presidente como "genocida".

O adjetivo também é usado pelo político do PL de Alagoas. No dia 10 de agosto, quando houve um desfile de blindados na Esplanada dos Ministérios no dia da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, Quintella pediu "fora, Bolsonaro" e o chamou de genocida.

Agora colega de partido do presidente, no dia 29 de maio, durante protestos que pediam o impeachment de Bolsonaro, Quintella postou uma foto vestindo uma camisa estampada de "Fora Bolsonaro".

Desde novembro de 2019, Bolsonaro está sem partido. Após ter brigado com o comando do PSL, ele tentou fundar o Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu as assinaturas necessárias para formalizar a sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tentou, então, entrar em vários outros partidos, como Republicanos, PRTB e Patriota, mas enfrentou uma série de obstáculos porque sempre apresentava a exigência de ter influência sobre os diretórios e as verbas das legendas.

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na noite desta segunda-feira (8), em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, sua filiação ao PL para disputar as eleições de 2022. "Talvez saia essa semana", disse o chefe do Executivo após ser questionado por um simpatizante sobre a data de entrada no novo partido.

Como mostrou o Broadcast Político, Bolsonaro fechou a ida para o PL em um acerto que, até o momento, reserva ao PP o direito de indicar o candidato a vice na chapa para disputar a reeleição. A data favorita para a cúpula do PL para o ato de filiação de Bolsonaro é 22 de novembro, em uma alusão ao número do partido na urna, como mostrou a reportagem.

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Sigla do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o PP era a legenda favorita para abrigar Bolsonaro, mas acabou perdendo para o PL por duas razões. Primeiro, a dificuldade do Progressistas em conter a disposição de diretórios regionais em apoiar o PT em alguns Estados, o que incomodava o presidente. Depois, a possibilidade de o PL entrar no arco de alianças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve disputar o Palácio do Planalto pelo PT, caso fosse preterido.

No entanto, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que se reuniu hoje com Bolsonaro, sinalizou com a possibilidade de a legenda liberar os diretórios estaduais. "O Brasil é muito grande, temos muitas diferenças regionais e, claro, vivemos um pluripartidarismo. As eleições não serão verticalizadas, isso permite que facilite arranjos nos estados, porque temos que pensar em eleição no segundo turno", disse o parlamentar, na saída do Planalto.

O presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo e decidiu disputar a reeleição pelo PL, em 2022. A filiação ao Partido Liberal ocorrerá ainda neste mês e representa sua nona mudança de sigla desde que ingressou na política, em 1988. Bolsonaro preferiu o PL ao Progressistas (PP), com quem vinha negociando, por avaliar que terá ali mais autonomia para influenciar nas decisões da Executiva e nos diretórios regionais do que teria em outra legenda.

Presidente nacional e "dono" do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto confirmou ter conversado nesta segunda-feira, 8, com Bolsonaro, que avisou já ter comunicado sua decisão ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. "Ele disse para mim que falou com o Ciro hoje. E que o Ciro entendeu. Então, vamos tocar para frente o assunto e ver quando vamos fazer essa filiação", afirmou Costa Neto ao Estadão. Ciro é o presidente do Progressistas, mas se licenciou da função, e também da cadeira de senador, quando foi nomeado para a Casa Civil, no fim de julho. Mesmo assim, é ele quem conduz as negociações mais importantes do partido.

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"Hoje, o presidente me informou que conversou com o Ciro e que falou com os outros partidos. Porque ele tem de se entender com todos. E nós temos de nos entender para que todos sejam atendidos. Porque política é isso", destacou Costa Neto, um dos personagens centrais do escândalo do mensalão, em 2005.

Mais cedo, o próprio Bolsonaro afirmara à CNN que estava "99% fechado" com o PL e que se reuniria com a cúpula do partido na próxima quarta-feira, a fim de acertar os detalhes da filiação. "A chance de dar errado é quase zero", disse Bolsonaro à CNN.

Se não houver imprevistos, a ideia é fazer a cerimônia de filiação de Bolsonaro no dia 22, justamente por ser este o número do PL e também o ano da eleição.

Na negociação para entrar no PL, Bolsonaro tem se preocupado em amarrar um acerto político pelo qual os partidos mais próximos de seu governo, como o Progressistas e o Republicanos, também integrem a aliança para a campanha da reeleição. Na disputa de 2018, o então candidato do PSL se referia a essas legendas como "velha política".

Agora, no entanto, o partido de Ciro Nogueira poderá ter o vice na chapa encabeçada por Bolsonaro. Mas o nome deverá ser indicado de comum acordo com o presidente.

Desde novembro de 2019 Bolsonaro está sem partido. Após ter brigado com o comando do PSL, ele tentou fundar o Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu as assinaturas necessárias para formalizar a sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tentou, então, entrar em vários outros partidos, como Republicanos, PRTB e Patriota, mas enfrentou uma série de obstáculos porque sempre apresentava a exigência de mandar no partido, inclusive no caixa.

Havia uma preocupação do núcleo bolsonarista com o fato de o Progressistas ter muito mais alianças regionais com adversários do governo e também mais "caciques". Principal partido do Centrão, o Progressistas também abriga o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), mas diretórios do partido no Nordeste - como os da Bahia e de Pernambuco - pretendem apoiar candidatos do PT aos governos estaduais e devem fechar acordo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje lidera as pesquisas de intenção de voto para a sucessão de Bolsonaro.

Além disso, em São Paulo o Progressistas é alinhado com o governador João Doria e planeja aderir à campanha do vice-governador Rodrigo Garcia ao Palácio dos Bandeirantes. No PL, a instância de poder é centralizada em Costa Neto. Assim, o partido tem menos resistências à entrada de Bolsonaro em seus quadros.

A cúpula do Progressistas queria filiar o presidente. A estratégia fazia parte do projeto de expansão política para formar a maior bancada de parlamentares do Congresso, ampliando a legenda no Sudeste e no Sul. Mesmo sem Bolsonaro, porém, tudo indica que o partido deve ficar com a vaga de vice na chapa, embora alguns aliados de Bolsonaro temam a opção de dar a vaga a um político. O caso do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, quando o próprio Centrão - que a apoiava - avalizou a entrada de Michel Temer - é sempre lembrado. Há uma corrente bolsonarista que defende um nome "de fora" para vice ou alguém indicado pelo próprio presidente. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, é um dos citados. Nesse caso, Tarcísio poderia se filiar ao Progressistas, embora haja uma articulação para que ele entre no PL e seja candidato ao governo de São Paulo.

OS PARTIDOS DE BOLSONARO:

PDC (1989-1993)

PP (1993)

PPR (1993-1995)

PPB (1995-2003)

PTB (2003-2005)

PFL (2005)

PP (2005-2016)

PSC (2016-2018)

PSL (2018-2019)

 

O PESO DO PL:

43 deputados federais

4 senadores

1 governador (Cláudio Castro, do Rio de Janeiro)

345 prefeitos

46 deputados estaduais

3467 vereadores

Fundo Eleitoral: R$ 117,6 milhões em 2020

Fundo Partidário: R$ 45,7 milhões 2020 oitavo lugar

Cortejado publicamente por Progressistas e PL, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (1º), que o Republicanos também está na bolsa de apostas para se tornar seu novo partido.

"Tem três partidos que me querem, fico muito feliz. São três namoradas, vamos assim dizer. Duas vão ficar chateadas. O PRB antigo nome do Republicanos, o PL, e o PP, e cada dia um tá na frente na bolsa de apostas", afirmou Bolsonaro a jornalistas após receber título honorário na cidade italiana de Anguillara Veneta. "Agora, iria para o PL, ontem, iria para o PP", acrescentou o chefe do Executivo, em tom de indecisão.

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Muitos parlamentares da base aliada do governo são filiados ao Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, do pastor Edir Macedo.

Como mostrou a mais recente edição do Broadcast Político Report na sexta-feira, Bolsonaro se reuniu em seu gabinete com o presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, na quinta-feira.

O presidente reconheceu, mais uma vez, que está atrasado para definir sua nova legenda. Falta menos de um ano para as eleições de 2022. "Eu tenho que ter um partido. Não pode ficar pra última hora essa questão aí", declarou. "Quem sabe essa semana mesmo saí, eu tenho que ver com as outras duas namoradas, não podem ficar muito chateadas comigo. Eu vou casar e vai ser com uma só", disse, em uma nova promessa de data para o anúncio.

Pelas contas de Bolsonaro, mais de 30 parlamentares devem acompanhá-lo na filiação ao novo partido. Hoje, parte da tropa de choque do governo na Câmara ainda está no PSL, partido pelo qual o presidente se elegeu em 2018, mas deixou após desentendimentos com a cúpula. É o caso do filho deputado, Eduardo Bolsonaro (SP) e das deputadas federais Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF).

Além disso, o PSL deve se tornar União Brasil após se fundir com o DEM. O processo aguarda validação da Justiça.

Após a filiação de Rodrigo Pacheco (MG) ao partido, líderes do PSD reforçaram o discurso de que, embora ele negue publicamente, o presidente do Senado ingressou na legenda com a proposta de ser candidato à Presidência em 2022. O bom trânsito com setores do PT e o caráter pragmático da legenda presidida pelo ex-ministro Gilberto Kassab colocaram o senador por Minas como um nome lembrado para vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A intenção do petista é atrair o PSD, como parte da busca por aliados no centro político. Em encontro recente, entretanto, Kassab disse a Lula que o partido terá candidato próprio e confia que será Pacheco. "Temos de nos diferenciar. Não tem sentido partidos existirem apenas para apoiar candidaturas de outras legendas", afirmou Kassab. "Nossa decisão é ter candidatura própria, e acredito que será o Rodrigo Pacheco que, como presidente do Senado, saberá a hora certa de anunciar sua decisão."

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Líderes do PSD de Minas também descartam a hipótese de Pacheco integrar um projeto eleitoral capitaneado pelo PT. "Não há a mínima possibilidade disso acontecer", disse o líder do PSD na Assembleia Legislativa mineira, deputado estadual Cássio Soares.

'JK'

Pacheco deixou o DEM e se filiou ao PSD anteontem, num evento que procurou associá-lo ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, no Memorial JK, em Brasília. "Há algumas simbologias. Juscelino foi um político mineiro e otimista, como é o Pacheco", disse Kassab.

Na verdade, Pacheco é natural de Porto Velho (RO), mas fez carreira profissional e política em Minas. Em 2014, foi eleito deputado federal pelo PMDB (atual MDB). Na Casa, ocupou a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), feito incomum para um parlamentar de primeiro mandato. Dois anos depois, candidatou-se a prefeito de Belo Horizonte, mas foi derrotado pelo atual prefeito Alexandre Kalil (PSD). Em 2018, filiou-se ao DEM e disputou para o Senado. Foi eleito presidente da Casa em 2021, com apoio de bolsonaristas e do PT.

Em clima de lançamento de candidatura ao Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), assinou nesta quarta, 27, sua ficha de filiação do PSD. Pacheco afirmou que a definição de um projeto de candidatura somente será feito em 2022, mas já fez um discurso em tom de campanha, defendendo a união nacional e o fim da intolerância para que o País possa retomar seu desenvolvimento.

"Nós hoje vivemos um momento de enorme preocupação quanto ao futuro da nossa nação e da nossa gente", afirmou. "Não há dúvida que estamos atravessando um dos momentos mais difíceis da nossa história. Esse último biênio nacional foi marcante. Foi tristemente marcante. Nós temos desafios enormes pela frente que precisam ser enfrentados e solucionados. O desafio da pandemia e sua cura, o desafio social e do mercado de trabalho, os desafios na área ambiental, os desafios da saúde e de uma educação de qualidade, o desafio na produção de energia e agora também o desafio da fome, um flagelo inaceitável que tem castigado tantos e tantos brasileiros", defendeu o senador.

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"Hoje, estamos todos cansados e descrentes. Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreensão e intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro, nunca irá chegar a lugar algum", ponderou.

"Já passou da hora de voltarmos ao diálogo, de retomarmos o diálogo, o desenvolvimento e a paz", acrescentou.

Se Pacheco preferiu não assumir sua candidatura, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi direto a respeito do projeto e ironizou o "segredo" em torno do projeto político.

"Evidentemente, por causa da cautela dos mineiros, ele não vai aqui reconhecer, até porque vai fazer uma reflexão, mas em off, reservadamente, o Rodrigo Pacheco vai ser o nosso candidato e será presidente da República", afirmou Kassab diante da plateia que compareceu ao ato em Brasília.

A solenidade foi cercada de simbolismos políticos ligados ao provável projeto presidencial envolvendo Pacheco. A cerimônia foi feita no Memorial JK, uma espécie de museu sobre o ex-presidente Juscelino Kubitscheck e contou com a presença de sua neta Ana Cristina e de seu marido, o ex-senador Paulo Octávio, que preside o PSD no Distrito Federal. Além disso, um conjunto de chorinho foi trazido de Diamantina para tocar durante a solenidade.

Pacheco usou fartamente a associação com JK, especialmente na defesa da busca de conciliação e de desenvolvimento para o País. Também buscou citar Tancredo Neves como referência para sua política.

Além de muitos prefeitos mineiros, a solenidade de filiação de Pacheco teve presença maciça da bancada de senadores, não se restringindo aos 11 companheiros de bancada de PSD do presidente da Casa. Representantes de outros partidos prestigiaram sua filiação, como foi o caso dos senadores Davi Alcolumbre (DEM-AP), Marcos Rogério (DEM-RO), Katia Abreu (PP-TO), entre outros.

Sem ainda ter um partido para disputar a reeleição em 2022, o presidente Jair Bolsonaro confirmou, nesta quarta-feira (27), conversas com PP e PL para definir sua filiação. "Hoje em dia está mais para PP ou PL. Me dou muito bem com os dois partidos", afirmou o chefe do Executivo em entrevista à Jovem Pan News.

Na segunda-feira (25) o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, preso no escândalo do mensalão, publicou um vídeo com um convite oficial de filiação ao presidente. Como mostrou a Coluna do Estadão, a sigla ofereceu diretórios estaduais para controle de Bolsonaro, que, no entanto, também é cortejado pelo PP, o partido do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), aliado de primeira hora do governo.

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Bolsonaro reconheceu que está atrasado para escolher o novo partido. "Mas a escolha é igual a casamento. Às vezes, até escolhendo a gente tem problema. Imagina se fizer de atropelo", explicou, na entrevista.

A menos de um ano da ida às urnas, o chefe do Executivo tem atrasado a definição de sua legenda enquanto negocia boas condições de controle do partido. De forma indireta, a estratégia foi comentada por Bolsonaro na entrevista de hoje. "Tenho interesse em indicar metade dos candidatos ao Senado, pessoas perfeitamente alinhadas conosco", declarou. A ideia do governo é ampliar a bancada na Casa, que hoje oferece resistências às pautas do Palácio do Planalto.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), oficializou nesta sexta-feira, 22, a decisão de mudar de partido e se filiar ao PSD, legenda comandada pelo ex-ministro Gilberto Kassab.

Dessa forma, Pacheco avança na preparação de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em 2022. Pacheco negocia a filiação desde que recebeu o apoio do PSD para a eleição da presidência do Senado e já havia confirmado a aliados a decisão.

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Até ontem, porém, quando era perguntado de forma aberta, o senador dizia que estava refletindo. O ato de filiação deve ocorrer na próxima quarta-feira, 27, em Brasília.

"Comunico que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitos", afirmou Pacheco em uma publicação no Twitter.

O presidente do Senado agradeceu ao DEM, que se uniu ao PSL, e desejou boa sorte ao novo partido criado na fusão, o União Brasil. Com a filiação de Pacheco, o PSD passará a ter 12 senadores e continua como a segunda maior bancada do Senado.

O Podemos marcou para o dia 10 de novembro a filiação do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. Segundo a publicação, o evento será no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.  

Moro, que está morando nos Estados Unidos, deve desembarcar no Brasil no dia 1º de novembro. Segundo o colunista, na data o ex-juiz não terá mais vínculo com a consultoria Alvarez & Marsal, para a qual trabalha em Washington.

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No mês passado, o ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro esteve no Brasil para tratativas políticas. Ele encontrou com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Os dois são pré-candidatos ao comando da Presidência da República. 

Após a passagem de Moro pelo país, a presidente nacional do Podemos, deputada Renata Abreu, deu uma entrevista afirmando que o ex-ministro estava animado com a possibilidade de ser candidato a presidente. 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), oficializou a decisão de mudar de partido e se filiar ao PSD, legenda comandada pelo ex-ministro Gilberto Kassab. Dessa forma, Pacheco avança para a pretensão de se candidatar ao Palácio do Planalto em 2022. O senador negocia a filiação desde que recebeu o apoio do PSD para a eleição da presidência do Casa e havia confirmado a aliados sobre a decisão. Até esta quinta-feira (21), porém, quando era perguntado de forma aberta, Pacheco dizia que estava refletindo.

"Comunico que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitos", afirmou Pacheco em uma publicação no Twitter nesta sexta-feira (22).

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O presidente do Senado agradeceu ao DEM, que se uniu ao PSL, e desejou boa sorte ao novo partido criado na fusão, o União pelo Brasil. Com a filiação de Pacheco, o PSD passará a ter 12 senadores e continua como a segunda maior bancada do Senado.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), vai se filiar ao PSD na próxima quarta-feira, 27, às 11 horas, durante uma cerimônia em Brasília, informou ao Broadcast Político a assessoria do partido.

Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, Pacheco já informou ao presidente da sua atual legenda, o DEM, ACM Neto, sobre sua migração. A troca de sigla vinha sendo negociada há meses junto ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, e envolve uma candidatura do presidente do Senado ao Palácio do Planalto em 2022.

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Na última quinta-feira, em entrevista ao Broadcast Live, Kassab disse que Pacheco deveria ser lançado ao Planalto em uma candidatura construída em conjunto.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), comunicou na noite de terça-feira (19) ao presidente nacional do DEM, ACM Netto, que vai deixar o partido rumo ao PSD. Com o movimento, Pacheco abre o caminho para entrar na disputa pela Presidência em 2022, como tem defendido o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.

A definição sobre a troca de partido de Pacheco foi antecipada pela Coluna do Estadão, que revelou na terça-feira que prefeitos de Minas estavam sendo convidados para a possível cerimônia de filiação ao PSD já na próxima semana.

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A mudança de Pacheco coincide com a decisão do DEM de se fundir com o PSL, dando origem ao União Brasil. A nova legenda tentou manter o senador, mas ainda não há clareza sobre qual projeto político o União vai apoiar no próximo ano.

A principal dúvida é relativa à proximidade com o bolsonarismo de grupos influentes na direção do União. Embora ACM Netto tenha dado declarações de que o novo partido terá um projeto político próprio para 2022, não há garantia que não aconteça uma aliança em torno da reeleição de Bolsonaro ou de a legenda simplesmente decidir não lançar ninguém.

No PSD, ao contrário, as portas foram abertas há pelo menos seis meses para Pacheco liderar um projeto presidencial dentro da chamada terceira via. Kassab tem repetido que considera Pacheco o candidato com o melhor perfil para romper com a polarização estabelecida entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo aliados de Pacheco disseram ao Estadão, a data para filiação ao PSD ainda está sendo definida. Apesar da mudança de sigla, Pacheco não deverá assumir imediatamente a disposição de concorrer ao Planalto, até mesmo para evitar se desgastar antecipadamente. Mas, dentro do governo, o presidente do Senado já é visto como um adversário na corrida de 2022.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse acreditar que a maioria dos membros de seu partido seja favorável à filiação do presidente Jair Bolsonaro, que deixou o PSL e está sem partido desde novembro de 2019. "Penso que a maioria do PP aceita de bom grado filiação do presidente Bolsonaro", afirmou, em entrevista à Veja. Lira disse que o PP é um partido amplo e que abarca visões diferentes. "Eu como filiado vou aceitar decisão majoritária do partido."

Próximo do presidente Jair Bolsonaro, que levanta, sem provas, dúvidas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, Lira afirmou não haver dúvidas de que o Congresso reconhecerá o resultado das eleições de 2022, independente do resultado. Segundo Lira, o "espetáculo de golpe não existe e não existirá".

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"É lógico que o Congresso vai respeitar o resultado democrático. Em todos os momentos de instabilidade, o Congresso deu demonstrações claras de respeito à democracia, e a democracia se dará nas urnas", afirmou. "O Brasil não é república de bananas, democracia é forte e tem instituições fortes."

Seguindo com as tentativas de atrair Jair Bolsonaro na disputa pela reeleição em 2022, dirigentes do PTB formularam um convite formal a ser enviado ao presidente da República para sua filiação. A carta também abrange a filiação de deputados, senadores, líderes estaduais e municipais que queiram ingressar no PTB.

Em reunião na última semana, a vice-presidente nacional do PTB, Graciela Nienov - representando o presidente da sigla, Roberto Jefferson, que está preso - e os 26 presidentes de diretórios estaduais decidiram redigir um documento com a assinatura de todos os presidentes estaduais da legenda em incentivo à filiação de Bolsonaro.

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Em nota divulgada nesta sexta-feira (8), o PTB afirma que o partido "está unido, forte, robusto" e pronto para receber Bolsonaro. "Os membros da Executiva Nacional do PTB e os presidentes estaduais do PTB decidiram sinalizar ao presidente da República que o partido é a verdadeira casa do conservador brasileiro, e está projetado para receber como membros os seus descendentes, em especial aqueles que retornam à antiga morada", informou a legenda.

Defensor do chefe do Executivo, o PTB reforçou, como tentativa de ganhar a filiação de Bolsonaro, que o "legado cristão é a força motriz da nossa sigla". O partido, então, reforça a convergência a Bolsonaro e cita que, assim como ele, tem como valores "inegociáveis" a defesa da pátria, família, democracia, liberdade e Deus.

"A garra dos petebistas, a união de ideias e a lealdade seguirão ombro a ombro com vossa excelência nas trincheiras eleitorais para a sua recondução honrosa ao Palácio do Planalto", finaliza a nota.

Na quarta-feira (6), como forma de atrair o presidente, o PTB anunciou a expulsão da ex-deputada Cristiane Brasil, filha de Jefferson, do bolsonarista Oswaldo Eustáquio e do pastor Fadi Faraj. O processo para a expulsão dos filiados teria a justificativa de que houve possível desrespeito às diretrizes partidárias. No entanto, disputas internas pesaram na decisão. Entre os atritos, estão as tentativas de interferência de Cristiane nas negociações para levar Bolsonaro para o partido.

Apesar das concessões do PTB, Bolsonaro ainda não decidiu para qual partido irá. Além da sigla de Jefferson, estão no radar negociações avançadas com o PP.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ainda acredita na filiação do presidente da República Jair Bolsonaro ao seu partido, o Progressistas, para a disputa das eleições de 2022. "Hoje o partido mais perto do presidente se filiar eu acho que é o Progressistas", escreveu Ciro ao Broadcast Político no sábado (25).

Após uma disputa por controle político e financeiro do partido, o chefe do Executivo saiu do PSL, sigla pela qual se elegeu, em novembro de 2019. Bolsonaro negociou sua filiação com pelo menos nove partidos, mas, até agora, não fechou com ninguém. Sem partido há 22 meses, ele precisa se filiar até abril do ano que vem, seis meses antes da eleição, caso pretenda disputar a reeleição ou outro cargo.

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Em uma das últimas tentativas, o senador e filho '01' do presidente, Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filiou-se ao Patriota para preparar o terreno da entrada do pai, mas o cenário no partido é de luta interna entre os que são contra e os que são a favor de atender as exigências de Bolsonaro - garantir influência na Executiva Nacional e obter o controle de diretórios estaduais.

Em entrevista à revista Veja, Bolsonaro disse que não irá fugir de estar no Progressistas, no PL ou no Republicanos. "Não vou fugir de estar com esses partidos, conversando com eles. O PTB ofereceu pra mim também." O Progressistas é hoje uma das principais bases do governo, além do ministro da Casa Civil, também são do partido o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL).

Além disso, Bolsonaro já foi filiado por mais de dez anos à legenda. Alguns diretórios estaduais são resistentes à filiação do presidente e inclusive devem apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Em seu primeiro discurso como pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo Democratas, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, defendeu a pauta liberal ao criticar alta taxa tributária do Estado. Em evento no Centro do Recife, neste sábado (25), o gestor confirmou a saída do MDB para sua nova casa, que selou união nacional ao PSL.

Com o início da pré-campanha agendado após o feriado de 12 de outubro, quando começa a percorrer as mesorregiões do Estado para se aproximar do eleitorado, Miguel criticou aspectos da atual gestão como manutenção de estradas, Saúde, Segurança e abastecimento de água para indicar que os pernambucanos perderam o orgulho.

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“Pernambuco de hoje tá triste, tá perdendo as oportunidades", frisou ao indicar que, além da confiança dos populares, o Estado perdeu destaque na conjuntura nacional.

Ainda sem detalhes sobre a estratégia para escolha do vice, o sertanejo já não deverá contar com a figura de Mendonça Filho em sua chapa. Na ocasião, o próprio presidente estadual do DEM e, segundo Miguel, o responsável por sua migração ao partido, comunicou que vai concorrer ao Congresso como deputado em 2022.  

Além da missão de levar a oposição de volta ao comando do Governo de Pernambuco após 16 anos, o prefeito contou que conversa semanalmente com líderes da direita para realinhar o bloco diante das articulações para outra chapa do campo liberal. A intenção vem da provável aliança da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) com o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL).

Diante da ameaça de outro município protagonista no interior com a cidade vizinha ao Recife na Região Metropolitana, o pré-candidato pregou humildade e união. “Nós estamos unidos. Não tem divisão, não tem racha. Todos nós estamos falando reiteradas vezes que precisamos mudar Pernambuco, esse é o propósito que nos une”, complementou.

Filho do senador governista Fernando Bezerra Coelho (MDB) e irmão do deputado Fernando Filho (DEM-PE), o palanque do gestor de Petrolina contou com a presença do líder da bancada do DEM, o deputado Efraim Filho. O vice-presidente do PSL, Antônio Rueda, aproveitou a ocasião para firmar a unificação junto ao presidente do DEM, ACM Neto. "O projeto de Miguel é uma prioridade para o Democratas no Brasil", frisou ACM.

Miguel também recebeu apoio virtual da alta cúpula do DEM formada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e do Mato Grosso, Mauro Mendes.

Com presenças municipais de outros estados como os gestores de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), de Salvador, Bruno Reis (DEM), de Campina Grande, Bruno Cunha (Solidariedade), a deputada Priscila Krause (DEM) ainda ganhou destaque ao lado de cerca de 30 prefeitos do interior de Pernambuco.

Resultante da articulação do deputado estadual Antonio Coelho (DEM), o vice-prefeito João Marreca Filho, do município de Barreiros, está de malas prontas para o Democratas. A ficha filiação foi assinada, nesta segunda-feira (13), durante visita do líder da Oposição à cidade da Mata Sul pernambucana, onde também se reuniu com o prefeito Carlinhos da Pedreira (PP). Ainda no encontro, o gestor municipal não só confirmou presença no ato de filiação do prefeito Miguel Coelho ao DEM, marcado para o próximo dia 25, como deixou clara sua insatisfação com o governo estadual e reforçou sua aposta no caminho da mudança.

Celebrando mais essa conquista para o Democratas, Antonio Coelho destacou que a chegada do vice-prefeito João Marreca Filho ao partido, apoiada pelo prefeito Carlinhos da Pedreira, representa mais um gesto do quão descontentes estão os gestores pernambucanos com o rumo tomado pelo Estado nos últimos anos.

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“Esse é mais um sinal que reforça essa insatisfação. O prefeito sabe das dificuldades que vem enfrentando com o governo do PSB e nos manifestou sua disposição e do seu grupo em seguir ao lado da mudança, caminhando em busca de novos ares para todo o Pernambuco”, destacou o parlamentar.

ASSENTAMENTO XIMENES 

Ainda em Barreiros, a semana também começou com boas notícias para famílias do Assentamento Ximenes, onde foram anunciados investimentos, que ultrapassam a marca de R$ 1 milhão.

“É com alegria que participo de momentos como esse, no qual anunciamos junto com o Incra a construção de casas para o assentamento. Uma iniciativa que está trazendo dignidade às famílias, submetidas a condições de sobrevivência indigna. E, finalmente, vão ter uma casa para chamar de sua”, ressaltou o parlamentar. O deputado assinalou, ainda, a importância de avançar também na concessão de outros benefícios, na liberação de créditos, a fim de que se possa dar um novo impulso na agricultura familiar dentro do assentamento Ximenes.

O superintendente do Incra em Pernambuco, Thiago Angelus, destacou que a missão do órgão é levar desenvolvimento para as áreas de assentamento, escutar as demandas e debater a melhoria da vida das famílias assentadas. “Chegamos felizes nesta primeira visita, porque já chegamos mostrando ação. Vendo casas prontas, outras moradias em construção, e contratos novos sendo assinados”, comemorou.

*Da assessoria 

 

Uma semana após completar 16 anos e receber como "presente" do governador João Doria (PSDB) um estágio no Palácio dos Bandeirantes, o estudante do ensino médio Tomás Covas, filho do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas (morto em maio), assinou, na noite dessa quarta-feira (18), sua ficha de filiação no PSDB em um evento que reuniu cerca de 300 tucanos - e causou aglomeração em uma casa de shows sem janelas na capital paulista.

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No discurso mais exaltado da noite, Doria, que foi recebido no palco ao lado de Tomás com fogos de artifício e ao som de uma bateria de escola de samba, exaltou as prévias presidenciais do PSDB, atacou o presidente Jair Bolsonaro e o PT e minimizou o excesso de participantes no evento. "Não estamos mais em quarentena em São Paulo. Estamos em um período de obediência ao uso de máscara e ao distanciamento, mas já não estamos em quarentena", afirmou.

A manifestação ocorreu após o governo paulista dissolver o Centro de Contingência do Coronavírus depois de manter as medidas de flexibilização no Estado.

Em seu primeiro discurso como filiado ao PSDB, Tomás se emocionou ao falar do pai. "Acompanhei a trajetória do meu pai desde muito pequeno, quando ele passou pela Assembleia Legislativa, pela Câmara, secretário do Meio Ambiente, vice - prefeito a convite do João, e depois prefeito. A gente sabe que a trajetória dele seria muito mais longa, mas infelizmente ele nos deixou. O legado fica para todos nós. A gente sempre falava sobre política. Ele era um amigo, uma pessoa muito especial", disse o filho de Bruno Covas.

Doria, por sua vez, praticamente "lançou" Tomás candidato à prefeitura de São Paulo. "Aqui está sentado um futuro prefeito da capital de SP: Tomás Covas. Ele está trabalhando duplamente conosco. Estuda de manhã e fica das 15h até 23h. Se a mãe dele não me der uma chicotada, mas em mim do que você, Tomás, nós vamos em frente", disse Doria em sua fala. Em seguida, o governador emendou: "Tomás está aprendendo gestão. A partir de 21 anos, você já sabe que pode ser candidato".

A casa de shows alugada pelo PSDB foi decorada com faixas e banners que pediam Doria presidente, (o atual vice) Rodrigo Garcia governador e (o presidente municipal do PSDB) Fernando Alfredo senador. Em clima de prévias, Doria marcou posição contra Bolsonaro e disse que São Paulo é a terra da vacina, e não da cloroquina.

Em uma passagem de sua fala, o governador mandou um recado ao presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que estava no palco. "Quando levaram a proposta de prévias ao nosso Bruninho Araújo, talvez algum desenganado tenha dito: o governador não quer prévias. Mas eu adoro prévias. Eu sou filho das prévias", afirmou Doria, que em seguida prometeu: "não faremos uma campanha divisionista".

As prévias que definirão o candidato do PSDB à Presidência da República estão marcadas para o dia 21 de novembro e até agora quatro nomes se apresentaram: Doria, o senador Tasso Jereissati (CE), o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arhur Virgílio.

Segundo a assessoria do Palácio dos Bandeirantes, Tomás Covas está fazendo um estágio itinerante no governo paulista e a ideia é que ele passe pelas principais secretarias.

Em entrevista na saída do evento, Doria disse que os seus adversários nas prévias são "amigos" que estarão unidos contra Lula e Bolsonaro e exaltou o apoio declarado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao seu nome.

"Em três vezes consecutivas no prazo de uma semana o ex-presidente reafirmou que seu candidato nas prévias somos nós. Eu respeito o presidente Fernando Henrique, que vai completar 91 anos de idade. Não é razoável desmerecer a opinião de um homem que é um ícone."

Fora do PDT após conseguir se desfiliar do partido com a autorização do Tribunal Superior Eleitoral (sem partido), a deputada Tabata Amaral deve se filiar ao PSB nas próximas semanas. O seu namorado e prefeito do Recife, João Campos (PSB) foi um dos principais responsáveis pelas tratativas com o partido.

Segundo o Estadão, Tabata quer uma sinalização do PSB de que vai poder disputar a Prefeitura de São Paulo em 2024. O PSD e o PSDB chegaram a sondar a deputada, mas as conversas não avançaram. 

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Tabata Amaral deve chegar ao PSB após o partido ganhar mais força com a vinda de suas lideranças de peso: o governador do Maranhão Flávio Dino, que trocou o PCdoB para disputar uma vaga ao Senado em 2022. e o deputado federal Marcelo Freixo, que deixou o PSOL para disputar o governo do Rio de Janeiro.

A filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Patriota está cada vez mais distante. O desembargador Rômulo de Araújo Mendes, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, decidiu nesta terça-feira, 3, negar o pedido de Adilson Barroso para voltar ao comando do partido. Apesar de ainda ser passível de recurso, a decisão representa mais uma derrota para a ala que defendia a entrada de Bolsonaro. O presidente negocia agora a ida para o Progressistas, sigla do novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Afastado da presidência do Patriota, Barroso já admite não ter mais a expectativa de filiar Bolsonaro. "Desde aquele tempo que o pessoal fez aquela convenção falsa, não sentei com eles mais (Bolsonaro e aliados)", disse Barroso ao Estadão. "Enquanto não resolver o problema jurídico, não adianta conversar politicamente. Não adianta passar o carrinho na frente dos bois".

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O secretário-geral do Patriota, Jorcelino Braga, da ala que resiste à filiação de Bolsonaro, afirmou que as negociações com Bolsonaro deixaram de existir. "Desde que o Adilson foi afastado, não tivemos mais notícias", contou.

Na solicitação à Justiça, Barroso disse que seu afastamento não tem validade porque a reunião que resultou em sua punição não poderia ter sido convocada pelo vice-presidente. A justificativa foi rejeitada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. "Por decorrência lógica, o presidente não teria qualquer interesse em convocar uma convenção para tratar de assuntos referentes à sua própria investigação interna no partido, o que ampara a convocação da Convenção Nacional pelo vice-presidente do partido", escreveu o desembargador Araújo Mendes.

Adilson Barroso foi afastado por 90 dias do comando do Patriota, em 24 de junho. A decisão foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 8 de julho, e o vice-presidente do partido, Ovasco Resende, assumiu a presidência interinamente.

Barroso é a favor da entrada de Bolsonaro no partido e Resende, contra. A articulação do presidente para se filiar ao Patriota e controlar diretórios estratégicos deflagrou uma guerra interna na sigla. O senador Flávio Bolsonaro (RJ) entrou no Patriota em maio, abrindo caminho para a filiação do pai. De lá para cá, porém, a ala do partido contrária a esse movimento foi à Justiça.

O presidente afastado do Patriota já promoveu duas convenções, nas quais tentou buscar apoio para a filiação de Bolsonaro, mas uma ala do partido contestou a validade dos encontros porque delegados da Executiva Nacional foram trocados. A convenção do último dia 24, convocada por Ovasco Resende, hoje presidente interino, foi a terceira, em menos de um mês.

Resende disse ao Estadão que Bolsonaro exigiu o comando dos diretórios do Patriota em São Paulo, Rio e Minas Gerais, os três maiores colégios eleitorais do País. Desde que deixou o PSL, em novembro de 2019, o presidente procura uma sigla para abrigar sua candidatura a um novo mandato, em 2022. Tentou montar o Aliança pelo Brasil, mas a empreitada não deu certo.

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