Tópicos | Guia de Profissões

Tem muitas pessoas que defendem a ideia de que religião não deve se misturar com ciência. No entanto, existem estudos que trabalham um importante fragmento religioso, que é a fé, como área científica. Enquanto formação, um teólogo é o profissional que faz um estudo aprofundado da fé. E, contrariando aqueles que pensam que a teologia não possui um bom campo de trabalho, os teólogos podem atuar em diversas atividades, principalmente com foco religioso e solidário.

Diferente do que muita gente pensa, a teologia não tem só as religiões como fonte de pesquisa. O objetivo principal da profissão é Deus, com destaque para o estudo da fé das pessoas. A fé, por ser uma experiência existencial da humanidade, serve como objeto de avaliação dos teólogos, por meio de uma metodologia que torna a teologia uma ciência.

Nesse contexto, o teólogo busca a racionalidade. Para isso, a profissão utiliza outros campos de estudo. “Quem faz a graduação passa por várias áreas, como a filosofia e a psicologia”, explica o professor de teologia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Drance Elias da Silva. “A psicologia é trazida para a teologia para tentar compreender como uma pessoa tem e usa sua fé”, completa o professor, que também é mestre e doutor no campo sociológico.

Graduação cheia de fé

Na Unicap, o curso de teologia tem duração de quatro anos. De acordo com o professor Drance, grande parte das pessoas que ingressam na graduação tem experiências religiosas. Dentre esse público, há alunos que ao terminar o curso, tomam a direção de igrejas evangélicas, como pastores, e também há outros que seguem a vida católica. Porém, existem indivíduos fazem a graduação na intenção de obter mais conhecimento, e que quase sempre, são pessoas já formadas em outras áreas.

##RECOMENDA##

 Segundo Drance, o curso também procura estudar algumas religiões, além do cristianismo. “Estudamos grandes tradições religiosas, como o islamismo e o budismo”, explica. Porém, o professor faz uma ressalva. “O curso se difere de acordo com o local onde está sendo realizado”, comenta o docente, uma vez que existem instituições que trabalham mais o lado evangélico da fé, em contraponto ao catolicismo, até mesmo por serem instituições do evangelho.

Quem ingressa no curso de teologia se depara com disciplinas como introdução à teologia, teologia sistemática, cristologia, introdução a psicologia, o estudo da bíblia, entre outras.

[@#video#@]

Mercado puramente religioso

De acordo com Drance Elias, após a conclusão do curso, o seminarista católico ou evangélico se torna padre ou pastor, respectivamente. “Se o profissional não é seminarista, ele pode trabalhar em institutos religiosos; também pode ser professor, tanto de universidades quanto de escolas, porque o curso oferece disciplinas didáticas”, conta o professor.


Outras possibilidades de atuações são o planejamento de trabalhos pastorais e consultoria de igrejas. “O teólogo também pode se tornar um escritor. Hoje o mercado está bem melhor para nós”, completa Drance.

Ainda segundo Drance, não há um piso salarial definido para a categoria. Porém, existem valores financeiros que são levados em consideração, de acordo com a função a ser desempenhada. “O estudo de uma determinada religião, dependendo do período, pode custar R$ 50 a hora, mais ou menos por um mês”, calcula o docente.

O educador também destaca a função de professor. “Um profissional com doutorado, ganha na faixa de R$ 80 a hora por aula”, diz Drance. 

Quem nunca pensou em ser ator? Não é difícil encontrar pessoas que sonham ou já tiveram o desejo serem um grande artista de cinema, do teatro ou da televisão. Para quem ainda quer brilhar no meio artístico, existe formação profissional para isso.

Os profissionais que se formam em teatro (licenciatura) podem atuar como professor da área, como ator/atriz ou como arte-educadores em empresas, ONGs, organizações, centro culturais, entre outros espaços. Há campo também para a gestão cultural, através da coordenação de projetos artísticos e sócio-culturais, tendo relação com a pedagogia do teatro.

##RECOMENDA##

Outra possibilidade de trabalho para o ator é a área das técnicas teatrais. O procedimento de iluminação é um serviço bastante requisitado e ajuda na formação e preparação visual de espetáculos variados. Entretanto, grande parte das pessoas que ingressam na graduação ainda preferem atuar na televisão ou em outros grandes centros artísticos.

“Muita gente quer chegar na Globo. Mas, o bom do teatro, é que existe trabalho para todo mundo. Tem gente que não é bom ator, mas que é um ótimo técnico, por exemplo”, comenta o coordenador do curso de licenciatura em teatro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luiz Reis (foto).

O coordenador destaca que a área cultural é um campo em expansão - como na capital pernambucana - e, por isso, a demanda por artistas é intensa. “Recife tem um campo cultural muito grande, e muitas pessoas precisam do trabalho de profissionais de teatro”, diz Reis. De acordo com o coordenador, as empresas privadas também estão dando espaço para atores. Ele conta que existem campanhas, treinamentos, e muitas outras atividades que necessitam do serviço artístico.

Atores na sala de aula

O curso de licenciatura em teatro da UFPE tem duração de quatros anos. “É um curso gostoso e divertido, mas, é muito puxado. Tem uma carga de leitura muito grande. A graduação trabalha bastante com história, português, literatura e línguas estrangeiras”, explica Reis. Segundo o educador, o grau de evasão do curso é muito pequeno - só existe uma entrada por ano com 35 vagas e, ao final da graduação, cerca de 20 conseguem concluir o curso.

Ao contrário do que muita gente pensa, a timidez não é um obstáculo para os indivíduos que querem ser atores. “Grandes atores se dizem pessoas tímidas. A ideia de que todo ator é desinibido é um equívoco”, conta Luiz Reis.

Contrariando a opinião de amigos e alguns familiares, Luiz Gutemberg, de 25 anos, tomou uma grande decisão em sua vida profissional. Ele cursava o 6° período de engenharia civil na Universidade de Pernambuco (UPE), e deixou a graduação para ingressar no curso de teatro da UFPE. “Fazia teatro de forma amadora há pelo menos 14 anos. Mas o teatro era muito desvalorizado pelos meus pais e não era considerado como profissão. Até que passei por áreas comerciais da arte e descobri que esse era o meu caminho de verdade”, relata Gutemberg. “É isso que me faz feliz, muito mais do que qualquer outra coisa que eu fosse fazer na vida”, completa.

Atualmente, o estudante está no terceiro período da graduação, e continua realizando diversos trabalhos na área teatral.

Ator é profissional

Regina Campello se formou em teatro na década de 1980, e boa parte da sua experiência foi com o teatro animado. “Me interessei por teatro de formas animadas. Depois, fui para os Estados Unidos e trabalhei como atriz manipuladora, com marionetes e mamulengos”, conta a artista.

Ainda no contexto do segmento manipulador, Regina foi professora de manipulação de bonecos e quando voltou ao Brasil continuou trabalhando na função. Hoje, Regina trabalha na UFPE, compondo a parte técnica teatral da instituição. 








[@#video#@]

Engana-se quem pensa que para ser designer é preciso saber desenhar. As novas graduações da área vem atraindo cada vez mais interessados por outros campos de trabalho e quebram esse mito trazendo muitas opções para quem escolhe o curso.

Seguindo o caminho da criatividade, o profissional pode criar páginas de revistas, embalagem para produtos, cartazes e até a cadeira que você está sentado. Ele é responsável por unir beleza, funcionalidade e praticidade dentro de um único trabalho. Esse formado, tem a facilidade de se encaixar em várias áreas e trabalhar lado a lado com outros profissionais como publicitários, modistas e arquitetos.

##RECOMENDA##

Em Pernambuco, o curso superior na área é oferecido pela Faculdade Boa Viagem, Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (Fadire), além da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Há no estado instituições que tambem oferecem graduações mais específicas, como design gráfico ou design de interiores.

O coordenador do bacharelado em design da UFPE, André Neves, explica que é preciso ambientar o aluno dentro do campo de trabalho que ele irá escolher, por isso a instituição oferece no primeiro período quatro disciplinas básicas e a partir do segundo o estudante pode montar sua grade de cadeiras de acordo com o campo de seu interesse. Essas são divididas em seis áreas (moda, produto, gráfico, digital, estudos avançados em design e games) tendo cada uma delas, pelos menos, cinco disciplinas. Neves afirma ainda que essa metodologia também ajuda o corpo docente da universidade. “Como os alunos podem escolher as cadeiras, o professor se esforça cada vez mais para tornar aquela disciplina interessante de ser paga”.

O curso, de quatro anos de formação, está entre os dez mais concorridos no vestibular da federal e é o 2° no número de estudantes que realizam intercâmbio. Segundo o professor André Neves, essa forma de abordar uma garduação atrai os alunos e forma um profissional mais dinâmico como a estudante do 4° período do bacharelado, Eduarda Freire. Após abandonar o curso de engenharia elétrica na UPE, a universitária partiu para design, onde encontrou o que estava procurando. “O curso une duas coisas que eu adoro: a arte e engenharia”, aponta.   Ela conta que encontra disciplinas bem práticas, o que torna o aluno mais preparado para o mercado. “Todo final de período temos que apresentar um projeto, então estamos sempre pondo em prática o que aprendemos”, comenta.  De acordo com a estudante,  trabalhar na criação ou no melhoramento de um produto é a área em que irá se enveredar e explica que “design é elaborar e projetar”.

Traçando um caminho diferente da estudante, o designer gráfico Ciro Leimig, optou por uma área que atrai muitos jovens: direção de arte. O profissional, atuante no mercado desde 2007, trabalha juntamente com a publicidade. Ciro explica que Recife ainda tem uma certa resistência com o profissional de design. “É um mercado que ainda está crescendo. Em 2005 existiam apenas duas instituições com a graduação, então o mercado ainda não estava preparado para esse profissional dinâmico”.

De acordo com ele, o campo que trabalha com o visual, como cartazes e anúncios são os que possuem mais oportunidades para quem está começando agora.  Mas ele afirma também que é difícil faltar emprego em qualquer área de atuação de um designer. Então quem estiver pensando em fazer uma graduação em design deve sempre investir no novo e pensar o diferente para se destacar dentro de um polo que está a todo vapor.  

 [@#video#@]

Para quem deseja uma carreira profissional embasada nos universos do cálculo e da geografia, a engenharia cartográfica é a melhor opção. Responsáveis pela criação de mapas utilizados para compor dados de diversos sistemas sensores, incluindo sistemas orbitais, aéreos, sensores a bordo de embarcações marítimas ou fluviais e instrumentos para levantamentos terrestres, esses profissionais estão em alta no mercado. 

Mas para se tornar um engenheiro cartográfico é necessária uma formação superior de cinco anos. A graduação é oferecida no estado, apenas, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Dividido em 10 períodos o curso tem seus primeiros dois anos com cadeiras semelhantes a todos os ramos da engenharia, como química, física e desenho. Em seguida os alunos recebem formação específica contando, entre outras disciplinas, com topografia, geodésia, cadastro e cartográfica.

##RECOMENDA##

A função que um engenheiro cartográfico desenvolve oferece condições para os engenheiros civis trabalhar na construção de prédios, estradas, barragens, redes de água e esgoto ou de energia elétrica. Os profissionais são muito procurados por indústrias e grandes construtoras, além das prefeituras do interior que sempre precisam de projetos de loteamento. Atividades como fazer o cadastro técnico rural e urbano do município e atualização de sistemas cadastrais para a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) também fazem parte da vida de um engenheiro cartográfico.

O estudante do curso, Carlos Fabrício, decidiu fazer esse ramo da engenharia depois que viu que a profissão existia. “O curso não é muito divulgado, só escutamos falar em engenharia civil. Quando olhei em um site e vi sobre a graduação, não tive dúvidas, queria trabalhar com mapas e dados”, completa Fabrício.

A pouca divulgação do curso também implica na concorrência no vestibular da UFPE. No ano passado (2011), a concorrência do curso foi de 1,9 para uma vaga. 

Outro problema que a graduação enfrenta é a evasão dos alunos ao longo dos semestres. “Ainda estou no segundo período, semestre passado existia 30 alunos na minha sala, hoje só tem a metade. No nosso departamento as placas dos formandos também assustam, são apenas 6 ou 7 profissionais, não passa disso, mas por um lado é bom porque o mercado nos procura”, acrescenta o estudante..

As vagas de estágio e de emprego no curso são diversas, mas é aconselhável que o aluno só estagie quando tiver completado a metade do curso, devido à especificidade da graduação ser dada apenas nos três últimos anos. Graduados e com experiência profissional, os engenheiros cartográficos estão aptos a entrar no mercado com salário inicial de R$ 2,500 a 3000 reais.

 

Saúde e educação são campos de atuação que precisam estar juntos. Nesse contexto, existe uma profissão que aborda muito bem as características dessas duas áreas e ainda tem uma possibilidade de atuação que se expande para outros setores da sociedade. É o caso da Terapia Ocupacional, que também trabalha com os aspectos sociais e o trabalho.

O profissional da área atua para que as pessoas realizem forma independente e autônoma as atividades, que são importantes para o dia a dia delas. O público alvo são indivíduos com deficiência ou em situação de vulnerabilidade social. “Nós temos o objetivo de favorecer a participação das pessoas em suas atividades do cotidiano. Trabalhamos com indivíuos que têm limitações no desempenho de suas ações”, explica a coordenadora do curso de terapia ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ana Karina Pessoa (foto à esquerda). 

De acordo com a coordenadora, o profissional da área também atua nos ambientes de trabalho e até nas atividades de lazer das pessoas. “Vamos nas empresas analisar a realização das ações e organizar/adaptar o local para que os integrantes consigam desempenhá-las com conforto ou com o mínimo de riscos”, descreve a coordenadora. 

##RECOMENDA##

Idosos, crianças, adolescentes e adultos são figuras presentes entre aqueles que utilizam os serviços prestados por um terapeuta ocupacional, inclusive pessoas em fase final de vida. Pelo fato de a profissão atender vários casos, esses tratamentos são feitos em parceria com trabalhadores de outras áreas, como a medicina, fisioterapia, psicologia, entre outras.

Formando o profissional

A graduação tem duração de quatro anos, com direcionamento para as áreas de saúde, social e do trabalho. Ciências biológicas é uma das áreas que aparecem com uma forte frequência no curso, além de conhecimentos básicos em ciências sociais. Segundo Ana Karina, a evasão no curso da UFPE é mínima e possui 18 vagas disponíveis em cada período do ano.

A jovem Luise Tszesnioski (foto à esquerda) está no nono período da graduação na UFPE. A universitária não tinha ideia sobre o que fazia um terapeuta ocupacional, e só tomou a decisão de fazer o curso após conversar com uma amiga. “Através dessa amiga eu conheci o que é a terapia ocupacional. Eu fui fazer o curso pensando em ajudar pessoas com deficiência física. Na graduação passei a entender que a agente tem que compreender o que limita os indivíduos a fazer algo”, conta a aluna.

De acordo com Luise, a graduação aborda todas as áreas do ciclo básico de saúde, como genética, bioquímica e embriologia. Porém, ela destaca a parte prática como mais interessante. “O contato com as pessoas é muito bom. Nós identificamos as limitações que vemos nos livros na prática”, explica.

Reabilitando pessoas

O profissionalismo não pode andar sem a dedicação e o carinho para com os pacientes. O terapeuta ocupacional, na grande maioria das vezes, se depara com pessoas limitadas, seja por deficiência física, intelectual, sensorial, ou por vulnerabilidade social. A terapeuta Sarah Gomes (foto abaixo) trabalha com idosos, na perspectiva da Reabilitação Cognitiva, através de atendimentos domiciliares e em consultório. “Nosso trabalho é manter o indivíduo o mais ativo e independente possível, principalmente nas atividades de auto-cuidado, prover, restaurar e melhorar o status ocupacional, além de prevenir futuras perdas funcionais e orientar os familiares e cuidadores”. relata Sarah.

[@#video#@]

Outra experiência da profissional foi em um Centro de Desinstitucionalização, em 2010, com pessoas que passaram por longo período de internamento psiquiátrico, e segundo ela, os usuários não conseguiam realizar atividades básicas como alimentação, banho e vestir. Sarah relata que junto à equipe multidisciplinar, através de atendimentos individuais e em grupo, foi possível estimular os usuários a desempenharem essas atividades com maior autonomia e independência, além de favorecer a socialização.

Para promover a independência do usuário nas atividades básicas, o terapeuta ocupacional pode realizar adaptações de utensílios como talheres, escovas de cabelo e aparelhos de barbear; prescrever e/ou confeccionar órteses e próteses, além de intervir no ambiente.
Um outro campo de atuação da Terapia Ocupacional é com pessoas em estado terminal seja em hospitais, clínicas geriátricas ou no próprio domicílio. O terapeuta ocupacional, através de Cuidados Paliativos, dará um suporte emocional, social e espiritual ao doente e à família.

Pesquisas, números, gráficos, estudos, análises, resultados, soluções. São inúmeras as atividades desenvolvidas por um profissional de estatística. Diferentemente do que muita gente imagina, a área não apenas “avalia dados” para a realização de algum gráfico, mas realiza um trabalho conjunto com outras áreas de estudo e, nesse caso, sim, promove informações que contribuem para a sociedade como um todo, inclusive para a estimativa de vida de um ser humano.

A estatística é uma profissão extremamente interdisciplinar e faz prevenção de vários acontecimentos, como epidemias e catástrofes naturais. De acordo com o professor do curso de estatística da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Gauss Cordeiro, “a estatística é uma área de estudo e trabalho que entra em todas as áreas - Sociologia, industria, medicina, informática, política, enfim, vários setores”. Ele também explica que o trabalho de um estatístico – nomenclatura que se dá ao profissional da área – é feito através de métodos que descobrem e representam dados que podem solucionar algum problema social.

##RECOMENDA##

Como é uma profissão que trabalha com vários setores, o professor exemplifica um caso. “O estatístico pode estudar a quantidade de doenças que acontece com certo número de pessoas em um determinado lugar. Após o levantamento, os dados podem servir para que médicos e outros profissionais de saúde possam controlar a quantidade de enfermidades e já prevenir novos casos.”, descreve Cordeiro. As atividades de coletas e divulgação de dados e resultados são feitas por meio de trabalho de campo, através de pesquisas, e também, recebem o auxílio da informática.

Respirando ciências exatas

A graduação de estatística é bastante ligada a números e a informática. “O bacharelado em estatística é um curso da área de exatas, com forte embasamento em matemática, e ciências da computação”. Quem afirma é a coordenadora da graduação na UFPE, Audrey Cysneiros.

A coordenadora da graduação comenta sobre alguns componentes curriculçares do ciclo básico durante os dois primeiros anos do curso."Cálculo 1, álgebra linear, probabilidade 1, estruturas de algoritmos são alguns dos componentes", comenta Audrey.

A profissão em muitas profissões

O mercado de trabalho para profissionais de estatística é bastante amplo. Economia, administração, tecnologia, ciências sociais, saúde informática, e várias outras áreas tem ações em parceria com estatísticos. Dentro desses setores, a coleta de dados feita por um estatístico resulta num resultado que prevê ou resolve algum problema. Dentro desse contexto, desde o ano de 2009 o estatístico Vinícios Souto Maior atuou em várias empresas. “Quando eu terminei o curso eu encontrei portas abertas em vários locais”, diz Vinícios.

Na área política o profissional sua maior atuação, principalmente no setor de gestão pública.  “Trabalhei com monitoramento de políticas sociais, fazendo coleta de dados e elaborando relatórios e gráficos. Esse trabalho servia para orientar o gestor sobre a sua forma de gestão”.

De acordo com o chefe de Departamento de Estatística da UFPE, Raydonal Ospina, algumas empresas ainda não dão importância para o trabalho de estatística. Entretanto, em Pernambuco, com o desenvolvimento de Suape e a chegada de novos empreendimentos, as oportunidades de trabalho aumentarão cada vez mais, mas, ele salienta que os estatísticos não ficam sem trabalho. “Tem trabalho para todos. O curso de estatística ainda não é tão conhecido no Nordeste e nós precisamos divulgá-lo. O mercado sofre escassez de profissionais”, fala Ospina.

Segundo informações da coordenação do curso da UFPE, a remuneração salarial de um estatístico gira em torno de R$ 3.500. Do ano de 1971 a 2010, 554 pessoas se formaram em estatística em Pernambuco, segundo a coordenação. Nos últimos dez anos, apenas 76 se formaram.

Raydonal Ospina diz qual é a essência do profissional de estatística. “Para mim o estatístico é o profissional que lida com incertezas. Tentamos entender as incertezas. Trabalhamos com métodos científicos para acharmos soluções e informações para todas as áreas”, define.   

 [@#video#@] 

Você já pensou em conhecer todo o processo feito nos alimentos de origem animal que chegam à sua casa? Pois é este e outros processos que envolvem a produção para fins alimentícios que são abordados no curso de zootecnia. A graduação forma profissionais responsáveis por todo o procedimento, que envolve desde o nascimento, manejo até o abate dos animais para a produção industrial.

O curso aborda questões como o desenvolvimento de pesquisas sobre reprodução, nutrição, desenvolvimento genético e maneiras de prevenir doenças que possam comprometer a saúde dos animais. Oferecido apenas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), nos Campi de Garanhuns, Recife e Serra Talhada, a graduação tem cinco anos de duração e envolve disciplinas do universo matemático, químico e biológico, como nas cadeiras de construções rurais, anatomia animal e bioquímica.

##RECOMENDA##

“Os profissionais podem ser administradores rurais nas fazendas, professores universitários, pesquisadores, além de poder trabalhar em todos os setores de indústrias alimentícias, que vão desde a produção até a comercialização dos alimentos”, afirma Severino Benone, professor da UFRPE.

Para a estudante Raíssa Camila, que cursa o 4º período no Campus Recife, a alternativa encontrada foi a de mergulhar na carreira acadêmica. Na universidade, ela desenvolve uma pesquisa científica sobre a composição do leite, em que ela pretende estudar sobre a substituição de feno de tifton (tipo de capim) por feno de maniçoba (planta nativa da caatinga), para baratear o custo da produção sem alterar sua qualidade. A opção de estudar a maniçoba como alternativa de alimento para os caprinos veio pela vasta quantidade da planta encontrada na região Nordeste.

Já Alessandro Soares (foto), do 2° período, que desenvolve uma pesquisa sobre genética animal, acrescenta que a UFRPE oferece todo o apoio aos alunos pesquisadores. “O importante durante o curso são as oportunidades que a Universidade oferece nas áreas de pesquisa, que em sua maioria, são bolsas remuneráveis em todos os processos”, comenta o estudante, sobre as bolsas oferecidas pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O curso também conta com o apoio do Programa de Educação Tutorial (PEC), formado por alunos da graduação que também ganham bolsas remuneradas e ajudam a fortalecer a qualidade do curso, oferecendo aos estudantes palestras, congressos e aulas práticas fora da instituição.



Além da graduação, quem preferir o curso técnico de zootecnia, pode recorrer ao vestibular dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPE). O curso é denominado Técnico em Agropecuária, e abrange as áreas de zootecnia e agricultura, com duração de três anos.

ZOOTECNIA X MEDICINA VETERINÁRIA X AGRONOMIA
As ciências que cuidam do universo alimentício e animal acabam se confundido na sociedade e no mercado de trabalho. Mas é preciso distinguir as profissões. A estudante do 7º período de zootecnia do Campus Garanhuns, Evanielly Tuany explica as diferenças nas formações.

“A base da zootecnia é a nutrição e a produção animal, mas também trabalha no melhoramento genético de animais. O agrônomo estuda, analisa e acompanha os processos produtivos,  desde quando se planta,  até o cálculo dos estoques de produtos. E medicina veterinária é a parte clinica cirúrgica. Zootecnista não pode fazer cirurgia nem aplicar medicamentos”, acrescenta.

Uma profissão bastante almejada. O sonho de muitas pessoas. Ser médico é o que muita gente quer e o profissional que alcança a função geralmente se sente realizado. Antes de tudo, o profissional de medicina é responsável pela manutenção, prevenção e promoção da saúde humana. Ele desenvolve ações para a sociedade que ajudam no combate às doenças e essas atitudes ocorrem de duas formas. Primeiro, o médico pode diagnosticar uma enfermidade, e depois da análise feita, num segundo momento, o profissional tem que ajudar no tratamento do problema.

De acordo com a vice-coordenadora do curso de medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ivanise Torres (foto à esquerda), que é médica especialista em pediatria, há duas características importantes para um bom médico. “É preciso antes de tudo gostar de gente e gostar de estudar. Todos profissionais de saúde, principalmente os médicos, devem prezar pelo bem da humanidade. No quesito dos estudos, como a medicina é uma área com tantas renovações e descobertas, os médicos devem sempre se atualizar, obter novos conhecimentos, e estar atentos ao que muda na área da saúde”, explica a vice-coordenadora.

##RECOMENDA##

De uma forma geral, grande parte dos cursos de medicina tem como intenção a formação dos alunos na função de clínico geral. “Na UFPE, por exemplo, a graduação tem como objetivo formar clínicos gerais. Essa formação dura seis anos”, comenta Ivanise. Após esse período, o aluno de medicina tem duas opções. “Ele pode se especializar como clínico geral, ou então em outras especialidades, e isso ocorre por mais dois anos. Essa especialização recebe o nome de residência médica”, explana a profissional. São nas residências médicas que os futuros médicos especialistas vivem o dia a dia do cargo em hospitais.


Algumas especialidades médicas são a cardiologia, dermatologia, pediatria, cirurgia geral, cirurgia plástica, entre outras. A primeira estuda as enfermidades que têm relação com o coração. A dermatologia cuida da pele, e a pediatria tem como responsabilidade cuidar das pessoas que estão em desenvolvimento, principalmente as crianças. Já a cirurgia geral é a área que abrange todos os tipos de cirurgia, diferentemente da cirurgia plástica, que trata especificamente das deformidades do corpo humano, bem como podem ser usada em caráter reparador.

A concorrência para entrar nos cursos de medicina ainda é vasta. O grau de evasão de alunos é muito pequeno. “Podemos considerar mínima a evasão. Alguns alunos podem não se dar bem em algumas disciplinas da graduação, no entanto, a maioria finaliza a formação tranquilamente”.

O mercado da medicina

Segundo Ivanise, a realidade do mercado para os médicos continua muito boa. “É um mercado muito aberto, e o profissional sai da faculdade e já pode atuar”, destaca a pediatra. Ela também frisa que a categoria inicia a carreira ganhando em torno de R$ 3 mil. No entanto, a depender das jornadas de traBalho, esse valor pode subir.

Conforme informações do Sindicato dos Médicos de Permanbuco (SIMEPE), hoje existem no estado mais de sete mil profissionais, incluindo os aposentados. No entanto, conforme a reportagem do portal LeiaJá mostrou há algumas semanas, sobram vagas e faltam médicos em todo os país.

Vivendo a medicina

Há nove anos Eduardo Carvalho (foto à esquerda - registrada por Iris Ferreira) é médico. “A escolha da profissão foi uma questão natural e sem influências externas. Tive conhecimento da medicina na minha adolescência, pois meu pai também é médico”, diz Carvalho. Todavia, existem outros fatores que o encantaram. “Me fascina poder ajudar as pessoas com meu conhecimento. Salvar uma vida é uma sensação indescritível”, enaltece o médico.

Eduardo  tem especialização em medicina do trabalho, atuando com o tratamento das chamadas doenças profissionais. O profissional explica que para a realização da residência médica existem algumas exigências. “Para que ocorra o ingresso numa residência médica é necessária a realização de um concurso público. Os aprovados recebem uma bolsa auxílio nacional que hoje é de R$ 2.338,06 para uma carga horária de aproximadamente 60 horas semanais. A residência médica não é obrigatória, mas é um diferencial no mercado de trabalho e na segurança técnica do profissional. A essência da residência médica é o treinamento em serviço orientado por médicos mais experientes”, frisa.

 

Dificuldades

Como em todas as profissões, nem tudo é maravilha na medicina. É realidade que muitos hospitais brasileiros, principalmente os públicos, não oferecem boas condições de trabalho. Além disso, nem sempre é possível curar uma pessoa e o profissional de saúde tem  que saber conviver com os fracassos.

No caso de Eduardo Carvalho o início da carreira foi muito complicado. O tempo de atuação foram algumas dificuldades enfrentadas pelo profissional. “Eu trabalhava durante a noite e finais de semana para complementar a minha renda. Eram muitas obrigações, e noites e mais noites de plantão e de estudo. A medicina é uma profissão desafiadora”, comenta.

Saiba mais – Veja a reportagem do portal LeiaJá sobre a realidade das oportunidades em medicina existentes no Brasil.


[@#video#@]

Pensando em fazer engenharia, mas ainda não decidiu a área? O curso de Engenharia de Pesca pode ser uma ótima opção, ele agrega o cultivo, industrialização, além de conhecimentos de biomas naturais. Mas não pense que esse engenheiro vive só de pesca. 

O profissional desta área estuda e aplica métodos e tecnologias para localizar, capturar, beneficiar e conservar peixes, crustáceos e frutos do mar. Suas ações básicas são o planejamento e o gerenciamento das atividades pesqueiras voltadas para a industrialização e para a comercialização do pescado. Os jovens estão cada vez mais se interessando pelo campo que ainda é muito novo no Brasil.

##RECOMENDA##

No estado de Pernambuco, apenas a Universidade Federal Rural oferece a graduação na área. O curso, criado em 1970, de forma pioneira no país, está inserido no contexto da política nacional, quando o Governo Federal estabeleceu em 1967, os incentivos fiscais e financeiros específicos para o desenvolvimento da pesca. O curso é referência para outras universidades que atuam no campo. O coordenador da graduação, Paulo Oliveira, afirma que a procura pelo curso é grande e tem uma concorrência de seis pessoas para uma vaga no vestibular da instituição. “É uma engenharia que está se desenvolvendo muito e que será muito requerida, já que também cuidamos da preservação e da sustentabilidade”, declara. A UFPE aderiu à nota do Enem como ingresso na universidade e agora tem apenas uma fase no vestibular. 

Os estudantes que optarem pela graduação irão encontrar disciplinas como matemática, química, ciências físicas e biológicas, ciências humanas, sociais, ambientais, da computação, estatística, aquicultura entre outros. De acordo com Oliveira, o curso, com unidade em Recife e Serra Talhada, tem quatro anos e meio de formação e um estágio obrigatório. O estudante do 10° período da graduação, Rafael Liano, explica que sempre teve uma ligação forte com o mar e que convivia com a pesca desde criança. “Além da identificação que eu tenho com o campo, escolhi o curso pela gama de oportunidades no campo de trabalho que ele oferece”, afirma.

Rafael também explica que o conhecimento adquirido no curso pode ser levado para comunidades e pessoas que vivem da pesca, como orientação para o melhor aproveitamento dos pescados. O coordenador da graduação frisa a importância do profissional, já formado, ter o certificado do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), obrigatório para exercer a profissão corretamente. 

A área está em grande evidência no país, principalmente depois da implantação do Ministério da Pesca e Agricultura, criado em janeiro de 2003, no inicio da gestão do presidente Lula, que visa garantir uma melhor administração para o setor.  O mercado de trabalho está se tornando cada vez maior para esse profissional. As empresas de produção de pescado em todo o país costumam abrir vagas com frequência. Os frigoríficos integram a cadeia voltada à exportação e oferecem mais oportunidades a quem tem especialização em tecnologia de pescado. A região Nordeste é uma das mais privilegiadas para a profissão - é alta a demanda por engenheiro de pesca para embarcar e acompanhar o processo de captura de peixes, como atum e beijupirá, e camarões. 

O engenheiro de pesca, Fábio Hazin, trabalha com o estudo da oceanografia e biologia das espécies marinhas. Ele explica que o campo de pesquisa também pode ser uma boa opção no mercado de trabalho. “Acredito que o mercado de trabalho seja muito bom, tendo em vista os diversos campos nos quais o engenheiro de Pesca pode trabalhar com a aquicultura e a pesquisa sobre os recursos pesqueiros, tanto marinhos como de águas continentais”, declara.

Os estudantes podem mergulhar fundo na profissão e optar pela especialização que melhor se identificar, mas sempre lembrando da importância da preservação das espécies.

Quem pensa que bibliotecária trabalha, apenas, rodeadas de livros velhos em grandes estantes, está muito enganado. A profissão evoluiu e não se restringe apenas às livrarias.

Os estudantes que procuram a profissão se surpreendem ao deparar com tantos campos de trabalho. De acordo com Murilo Araújo (foto abaixo), professor e coordenador do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Pernambuco, “O profissional está cada vez mais inserido em empresas, hospitais, museus, editoras, rádio, TV e Internet”, explica. Apesar de ser a única instituição a oferecer a graduação no estado, o curso da UFPE, tem concorrência de 2,8 alunos por vaga. A procura não é grande, devido a pouca divulgação do curso e da profissão, mas estudantes que decidem mergulhar nesse campo devem ter um dote muito específico: organização. 

##RECOMENDA##

O professor explica que a “principal atividade do profissional da área é organizar o fluxo de informação que existe no ambiente de trabalho”. O coordenador ainda ressalta que nos quatro anos de curso, os estudantes abordam disciplinas técnicas, humanísticas e instrumentais.

Ruhana Berg (foto abaixo), estudante do 8° período da graduação e estagiária do Tribunal Regional Federal, não contava em encontrar tantas oportunidades na profissão. “Assim que entrei no curso de biblioteconomia, pensava que iria trabalhar apenas em biblioteca, arquivo e acervo, mas me deparei com um mercado de trabalho amplo e fácil de se inserir”, afirmou a estudante. Segundo o coordenador, dos 34 alunos formados em 2011, 60% já saíram empregados. 

De acordo com dados do Conselho Regional de Biblioteconomia, atualmente, existem 700 profissionais cadastrados no órgão. Há muitas oportunidades para poucos profissionais. A maior parte dos formados ainda sonha em trabalhar em grandes bibliotecas. Cynthia Monteath exerce a função de bibliotecária na Associação de pais e alunos excepcionais (APAE) há seis anos. "Me sinto muito realizada na profissão, sempre ajudo aos professores escolherem livros, CDs e DVDs  para a instituição. A biblioteca é um ambiente diferente, fico feliz, pois vejo que os alunos estão ficando acostumados em frequenta-la”, afirma  a profissional que se orgulha de ter escolhido os livros como companheiros. 

[@#video#@]

 

Com informações da repórter Samara Loppes

Na época das grandes navegações europeias que buscavam territórios que nunca tinham sido explorados pelo homem, já existia a função de secretário. O navegante que ficava com esse cargo, tinha que registrar os grandes feitos realizados pelos seus comandantes e subordinados. Depois que começaram as batalhas por terras envolvendo alguns países europeus, os homens que eram considerados secretários tiveram que entrar nas batalhas, e a função ficou em grande parta sob a responsabilidade das mulheres.

Já sobre a época contemporânea, o profissional formado em secretariado atua em gerências e secretarias, no sentido de desenvolver e manter a qualidade na gestão da comunicação empresarial. Diferentemente do que muitas pessoas pensam, o secretário não apenas cuida da agenda de compromissos do seu chefe, ele também planeja e cuida das atividades desenvolvidas no trabalho como um todo

##RECOMENDA##

“Ele pode assessorar uma empresa ou pessoa, atua com gestão, comunicação e até logística. O secretario tem grande parte da sua área de trabalho em repartições públicas ou privadas, e até pode ser empreendedor, quando é dono da sua própria empresa de secretários”, explica a coordenadora do curso de secretariado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Simone Dias (foto à esquerda). A coordenadora também conta que uma nova atividade está sendo desenvolvida por secretários. “Agora nós também podemos organizar eventos, e nem por isso deixamos de atender ligações e marcar reuniões”, diz a coordenadora.

O curso

Segundo Simone, a graduação tem duração de três anos e meio. A maioria das matérias abordadas no curso é da área de humanas, recebendo destaque assuntos do âmbito da administração e línguas estrangeiras. Em relação à graduação da UFPE, Simone afirma que muitos alunos conseguem concluir o curso. “A evasão de alunos é muito pequena. O índice é de apenas 2% ou 3%, e por semestre, são formadas turmas com 60 pessoas”, diz.  

Além da graduação superior, existe o nível técnico e o tecnólogo de secretariado. De acordo com a coordenadora, “o técnico é muito elementar, com a prática ligada mais a recepção e atendimento de pessoas”, exemplifica a profissional. No que diz respeito ao tecnólogo, ela classifica como “um curso intermediário entre o técnico e o superior, e puxa mais para as informações de informática, como conhecimento do pacote Office”, classifica Simone. 

Ela orienta e ressalta, ainda, a necessidade das qualificações. “É importante ter pós-graduações e realizar atividades complementares. Além disso, ter conhecimento em inglês também é imprescindível”, aconselha ela. 

Os secretários e o mercado 

De acordo com Simone, os secretários não têm uma remuneração estabelecida. “Não tem como traçar um valor mínimo, porque o salário é flutuante. Quem se aperfeiçoa, tem destaque no mercado, não fica sem emprego e tem um bom salário”, conta a coordenadora. Os valores salariais da categoria variam, a depender da empresa e da formação. Existem salários de um pouco mais de R$ 800 e alguns que chegam a ser superior a R$ 2 mil.

Cibelle Santiago, que se formou em secretariado no ano de 2010 na UFPE, afirma que o curso e o mercado profissional atenderam as suas expectativas. “Minha experiência é a melhor possível e me abriu muitas portas. Hoje trabalho em uma loja e pretendo fazer um mestrado e dar prosseguimento na minha carreira”, almeja Cibelle.

Mesmo realizada na profissão, Cibelle reclama das discriminações que ela passa por ser secretária. “Quando eu reencontro amigos que estudaram comigo na época de escola, e eles descobrem que eu sou formada em secretariado, me perguntam se é necessário fazer curso para isso”, reclama. No entanto, a coordenadora Simone salienta a importância da graduação para a execução da profissão. “O profissional formado é atento a muitos detalhes que fazem a diferença para um bom secretário e deixa o cliente satisfeito”, frisa.

De acordo com a presidente do Sindicato das Secretárias do Estado de Pernambuco (Sinsepe), Bernadete Lieuthier, o Estado possui atualmente dois mil profissionais registrados, entre os níveis técnico e superior. No entanto, o Sinsepe tem conhecimento que existe um grande número de pessoas que atuam como secretário e que não têm registro profissional. Porém, a fiscalização é de responsabilidade do Ministério Público do Trabalho, e não do Sindicato. De acordo com Bernadete, “quando o Sinsepe nota alguma irregularidade eles entram em contato com o trabalhador e a empresa na tentativa de regularizar a situação”, explica a presidente.

Confira entrevista registrada em vídeo de Simone Dias, coordenadora do curso de Secretariado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da profissional Cibelle Santiago sobre o curso de graduação e o mercado de trabalho.

[@#video#@]

 

Clique AQUI e veja as universidades e faculdades que têm a graduação de secretariado. 

Os personagens que ficam escondidos durante o filme, aqueles que só ganham aplausos em grandes prêmios e que a maioria dos telespectadores desconhece, são os verdadeiros responsáveis pelo sucesso de uma grande ou pequena produção cinematográfica. Por trás das câmeras, ilhas de edição, roteiros e direções, eles são formados para trabalhar duro e raramente recebem o mérito dos grandes artistas - mas o sentimento de uma obra bem feita é o suficiente para a equipe de produção. 

Os adeptos do cinema ou cinéfilos são muitos: em sua maioria, pessoas apaixonadas pela sétima arte que assistem todos os tipos de filmes e não se restringem às grandes produções. Mas uma coisa é gostar e outra é estudar cinema. A profissão que está se expandindo no Brasil, devido à grande demanda de longas e curtas-metragens, está entre os cursos mais procurados nas grandes universidades. Os estudantes têm um vasto campo de estudo e de trabalho, o que não se resume em apenas dirigir ou escrever uma cena.

##RECOMENDA##

Os jovens que optam em se formar em cinema se deparam com disciplinas como direção, fotografia, língua portuguesa, ética do cinema, história do cinema brasileiro, redação, expressão oral e iluminação. Eles planejam e elaboram ideias para um filme e as põe em prática; muitas vezes, a divulgação também fica por conta desse profissional. 

No Recife, o curso de cinema é oferecido em duas vertentes: bacharelado e técnico. A Faculdade Metropolitana oferece o curso técnico de Produção Audiovisual, inaugurado em 2001.1. Já a Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso) disponibiliza o bacharelado em Cinema de Animação, uma área mais específica do campo cinematográfico que está atraindo muitos adeptos.

Entre elas, o mais novo é o bacharelado em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), inaugurado em 2009. O coordenador Rodrigo Carreiro explica que a UFPE viu um “buraco” no mercado de trabalho que estava carente de profissionais específicos nesta área e teve a iniciativa de criar a formação para suprir esta necessidade. “Já existia um grupo generoso de pessoas que pesquisavam sobre cinema. E vimos que existia uma lacuna de profissionais no mercado. Então, os professores da casa elaboraram o curso. Logo no primeiro vestibular teve uma concorrência de oito pessoas por vaga”, afirma.

Ainda de acordo com Carreiro, o curso está entre os 15 mais concorridos no vestibular da UFPE. O coordenador declara que as disciplinas procuram dar um suporte pedagógico aos alunos. “A gente tenta equilibrar os assuntos em um tripé: teoria, prática e crítica”, conta. Os estudantes, no decorrer do curso, produzem curtas e têm a oportunidade de atuar nos vários campos do cinema.

Alan Tonello, estudante do 7° período do curso, se declara fã de cinema e das produções audiovisuais desde muito cedo. Após três anos tentando vestibular e não ingressar nos cursos de Publicidade e Rádio e TV, o estudante entrou na primeira turma de Cinema da instituição. Tonello garante que mergulhou no curso sem pretensões e deixou que as disciplinas lhe mostrassem as possibilidades de trabalho na área. “Diferente de muitos alunos que chegam aqui sonhando em ser diretor, eu comecei a me identificar com o campo da edição de imagens e som. Grande parte dos estudantes muda totalmente a visão sobre algumas disciplinas depois de ingressar no curso”, declara. 

O estudante diz que é preciso muita força de vontade para se destacar no mundo da produção audiovisual. Então, o segredo, como disse o futuro cineasta, é “produzir, produzir e produzir”. O empenho dos alunos em gravar, editar e divulgar seus trabalhos individuais é que traz o reconhecimento. Alan Tonello já fez participação em trabalhos como “Avenida Brasília Formosa”, de Gabriel Mascaro, e “Tatuagem”, de Hilton Lacerda. Tonello diz que trabalhar nas várias vertentes da sétima arte traz mais experiência e segurança para o estudante. 

As diversas possibilidades de atuação no mercado são um dos pontos positivos da carreira. Há oportunidades em várias empresas de comunicação: televisivas, publicitárias e agências de pesquisa. Mas quem se propõe a fazer o curso tem sempre a expectativa de atuar com longas-metragens. O tão sonhado cargo de diretor não é fácil como muitos pensam. De acordo Marcelo Pedroso, diretor dos longas Pacific, de 2009 e KFZ – 1348, de 2008, o trabalho para este profissional é dobrado.

“Participamos desde a criação, passamos para o papel, inscrevemos em editais públicos, apresentamos o projeto e só depois começamos a filmar. É um trabalho que vem da pré-produção até a finalização”, assegura. A viabilização de um projeto requer custos e nem sempre conseguir um patrocinador é tão simples. O segredo é recorrer a editais públicos de cultura. O Governo do estado disponibiliza, em média, 12 milhões de reais por ano para viabilizar projetos como os de Pedroso. 

Os estudantes interessados pela profissão devem saber, de antemão, que nem tudo são flores, e o glamour é restrito para poucos sets de filmagem (principalmente os hollywoodianos). Apesar de muitos diretores optarem por usar, nos créditos, a frase "um filme de" para destacarem seu papel na produção, o cinema é, antes de tudo, uma arte coletiva. Com essa consciência, aprendizes e profissionais da área podem colher bons frutos. 

Você sabe quanto receberá quando se aposentar? Ou ainda, quanto custaria fazer um seguro de vida? E o seguro do carro, como é calculado? Perguntas como essas são respondidas por um atuário. A profissão, ainda pouco conhecida, tem função importante no desenvolvimento estratégico de qualquer país: o profissional lida com a gestão de riscos de curto a longo prazo, mais especificamente através da avaliação e mensuração de planos de seguros e previdência. O formado em ciências atuariais também pode atuar no mercado financeiro e de capitais, num ambiente empresarial, como consultor ou auditor.

“O atuário estuda os riscos e trabalha num ambiente de incertezas. É um profissional importante para o desenvolvimento do país, porque trabalha, especialmente, com os fundos de pensões, que envolvem grande parcela da população. É ele que faz a gestão dos ativos e passivos, gerenciando as contribuições e benefícios, e integra esses dois processos”, explica Josenildo dos Santos (foto), coordenador do curso de ciências atuariais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Formação
Apesar de o curso não ser tão conhecido, a formação universitária não é tão recente quanto se pode pensar. Na UFPE, por exemplo, as primeiras turmas foram formadas na década de 50, mas logo depois a graduação foi deixada de lado e só veio ressurgir em 2008. “Esse apagão foi devido a um período de instabilidade econômica que o Brasil viveu, com a inflação altíssima. Apesar de trabalhar num ambiente de risco, o atuário precisa de uma certa estabilidade para fazer previsões um pouco mais precisas”, salienta o coordenador.

Em todo o Brasil, apenas 17 instituições oferecem a graduação, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). Em Pernambuco, só a UFPE possui o curso, com 30 vagas apenas para a primeira entrada. O estudante que pretende ingressar nessa área precisa gostar de cálculos, mas irá encontrar bem mais que a matemática na grade curricular do curso. Contabilidade, economia, estatística, informática, direito, diversos conhecimentos estão integrados para capacitar o profissional. Até a matemática é usada de uma forma prática: aplicada à realidade econômica do país. Foi isso que atraiu o estudante Iuri Martins, de 18 anos. “Sempre gostei de matemática, mas acho que o curso de matemática em si trabalha com o abstrato. Já o atuário aplica os conhecimentos”, diz. “Nesse caso, a matemática é só mais um elemento”, frisa Rafael Rodolfo (foto), 20.

Ainda no primeiro período do curso, Cinara Lima, 18, explica que precisou sondar a graduação e o mercado de trabalho, antes de se decidir pelo curso. “É uma área ampla, com muitas possibilidades de atuação e há poucos profissionais no mercado. Você pode trabalhar para gerenciar os fundos de pensões e melhorar a vida das pessoas”, salienta. Amanda Cristina, 17 anos, já tem uma ideia do que fazer após a conclusão do curso. “Quero trabalhar com o mercado financeiro e fazer pós-graduação em auditoria, porque é uma área carente de profissionais”, planeja.

Os veteranos no curso também têm boas expectativas de trabalho. “É um mercado promissor, que tem futuro. Em médio prazo, acredito que terei um bom retorno, porque o curso abrange muita coisa e as possibilidades de atuação são grandes”, diz Edrianny Nayanna da Silva, do 5º período. Gabriela Desirée (foto) também tem a mesma perspectiva. “No Brasil, há poucos profissionais. O País está contratando pessoas de fora. Então, o mercado procura muito os formados na área”, destaca.


Mercado de trabalho
De acordo com o coordenador do curso da UFPE, Josenildo dos Santos, a remuneração para um recém-formado é de cerca de R$ 3 mil. “Mas ele pode chegar a ganhar até uns R$ 20 mil, de acordo com a capacitação e o campo de atuação”, explica.

Para quem já está trabalhando na área, o mercado está em expansão, principalmente com o novo perfil da classe C, que abrange grande parcela da população – 55% dos brasileiros (105,5 milhões de pessoas) - e teve o poder aquisitivo médio acrescido nos últimos anos – a renda familiar varia entre R$ 1200 e R$ 5174. “Os mercados de seguros, planos de saúde e planos de previdência estão em crescimento, pois existe uma nova fatia da população que não tinha condições de usufruir desses produtos e, agora com um dinheiro a mais, está se planejando melhor. Agora existe seguro para quase tudo. Até seu smartphone você consegue segurar para ter uma garantia, caso seja assaltado. E isso requer cada vez mais profissionais”, avalia o analista atuarial Frederico Carius.

A atuação, vai além da previdência e seguradoras. “Ainda existem também no mercado as empresas de consultoria e de auditoria, que contratam boa parte dos recém-formados”, finaliza.

Apesar de lidar com cálculos, a graduação está inserida nas ciências sociais. “Isso porque ela interfere na vida das pessoas. Os conhecimentos são trabalhados de forma interdisciplinar e são aplicados ao cotidiano das pessoas, que são a essência da nossa atuação”, salienta Josenildo dos Santos.

Confira mais reportagens do Guia de Profissões.

Alimentação sempre será importante para a existência da humanidade. Em tempos remotos, os povos já possuíam formas de produção de alimento, que se diferenciavam entre os grupos. Produzir alimentos é uma das atividades do engenheiro agrônomo. A agricultura é o setor mais abrangente desses profissionais, que trabalham planejando e empreendendo em atividades de produção alimentícia. Dentro dessa atuação, os agrônomos atuam também com solos, irrigação, fertilidade, adubação, bem como ações ligadas à pecuária, no contexto dos serviços prestados na agropecuária.



Apesar de terem uma ligação forte com o meio rural, não é só no campo que os engenheiros agrônomos trabalham. “É uma carreira muito eclética, que vai desde a agricultura familiar, que é considerada de subsistência, até em atividades de produção dentro de grandes empresas inseridas no meio urbano. Também trabalhamos com um pouco da biologia, quando os pesquisadores estudam os genes das plantas para alguma experimentação”, explica o coordenador do curso de agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Dimas Menezes.



Sobre a questão do planejamento das produções, Menezes conta que o agrônomo é o responsável por pensar em vários aspectos. “Nós temos que pensar no solo e também no clima da região a ser trabalhada. Assim descobrimos a melhor forma de produção para o local”, comenta o coordenador.



A formação

De acordo com Menezes, em média, os cursos de agronomia têm duração de cinco anos. Ele também afirma que a graduação tem um número alto de desistências, que segundo o profissional, possui algumas causas. “O curso tem um alto grau de evasão, por alguns motivos: só existe curso diurno, porque muitas atividades têm de ser feitas de dia, e isso dificulta as pessoas que precisam trabalhar; muitos alunos são mal resolvidos e não sabem qual curso escolher; falta base de ensino para os estudantes, porque ele chegam no curso sem uma preparação prévia da escola”, diz o coordenador. Segundo Menezes, atualmente, a evasão na instituição é superior a 30% dos alunos. Além da Rural, segundo o Ministério da Educação, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) e a Faculdade de Ciências Agrárias de Araripina (Faciagra) também possuem o curso.



O profissional destaca que algumas matérias são essenciais para a graduação. “A capacitação deve ser em física, química, biologia e matemática”, destaca o coordenador. Menezes também alerta que, para as pessoas que já estão fazendo o curso, é importante estagiar em diversos setores da agronomia. “Já no primeiro período, o universitário pode conseguir estágio. Ele precisa estagiar em várias partes da área, e quando estiver próximo da formação, poderá escolher um setor específico”, frisa Menezes.



Curso técnico – Dentro da área da agronomia também existe o curso técnico, que é destinado a profissionais de nível médio. “O técnico agrícola tem muito menos horas de aprendizagem do que quem tem o curso superior. Ele aprende algumas técnicas e pode auxiliar o trabalho de um engenheiro agrônomo. É como o enfermeiro e o técnico de enfermagem”, define o agrônomo.



O mercado da agronomia



Formado em agronomia em 2004 pela UFRPE, Roberto de Albuquerque Melo (à esquerda) já possui várias pós-graduações na área. No entanto, o mais importante é que ele tem diversas experiências no setor agrônomo e diz que há inúmeros campos de atuação. “Além das tradicionais, que são planejamento agrícola e produção de alimentos, existem oportunidades em produção de biocombustível, como o álcool, e biotecnologia”.



Roberto também destaca que o engenheiro agrônomo trabalha com mecanização. “Manipulamos os equipamentos mecânicos, inclusive na fase de fabricação das máquinas, que devem ser feitas de acordo com o local onde serão utilizadas”, conta o profissional. Ele lembra que os agrônomos também trabalham com vistoria de alimentos. “Os centros de importação e exportação de alimentos espalhados pelo mundo precisam de engenheiros agrônomos que verificam a qualidade dos alimentos, além disso, os supermercados utilizam os nossos serviços, justamente para os seus setores de comidas. Hoje o profissional escolhe onde quer ficar”, completa o agrônomo.



Segundo Roberto, em média, o profissional de agronomia ganha em torno de nove salários mínimos mensais. Esse valor pode subir mais, dependendo do local de trabalho do profissional.



De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), existem no Estado 1.791 engenheiros agrônomos profissionais. O CREA também informa que o recém-formado apenas pode exercer a profissão se realizar registro no conselho.



A fome no mundo

Como profissionais da área de alimentos, os dois agrônomos tem ideias definidas sobre o problema da fome que afeta muitos países. Para Menezes, a dificuldade não é a produção de comida. “Produzir é fácil e difícil é a comercialização. O problema maior também está na distribuição dos alimentos, que é mal feita. Mas com certeza, temos muita facilidade de produzir e acabar com a fome mundial”, opina o profissional.



De acordo com Roberto, “trabalhar no desenvolvimento e produção de alimentos é fundamental para acabar com a fome mundial, que ocorre desde o cultivo até a melhoria dos produtos”, enfatiza.

Uma profissão que, a princípio pode assustar quem não se identifica com a área de exatas. Mas olhando de perto e pesquisando sobre o curso de economia, os estudantes se surpreendem ao saber que se trata de uma graduação no campo das ciências sociais.

A grande função de um economista é analisar o ambiente econômico, executar planejamentos, examinar projetos e, para isso, é preciso um embasamento teórico da sociedade onde irá aplicar esses preceitos. O crescimento econômico do Brasil e a numerosa demanda de exportações fez surgir grandes oportunidades nessa área.

FORMAÇÃO
A graduação é feita em quatro anos, mas o profissional precisa estar sempre se atualizando. O curso engloba as disciplinas de introdução à economia, estatística, introdução às ciências sociais, cálculo, sistemas econômicos, entre outras. O professor Ziomam Lins, coordenador de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) afirma que a profissão foi reconhecida em 1948, mas no decorrer dos anos, os cursos sofreram mudanças para acompanhar o crescimento mundial.

Os profissionais formados podem escolher duas vertentes para se especializar: a macro ou a microeconomia. Essas disciplinas juntas formam os dois pilares mais fortes do curso. Quem escolhe a macroeconomia pode se dedicar às relações econômicas e financeiras internacionais de um país, de uma região ou de uma comunidade. Mas quem prefere o caminho da microeconomia vai se deparar com planejamentos econômicos e financeiros do negócio, controlando gastos e custos e fazendo previsões sobre o mercado.

Mas antes de tomar a decisão de que área da ciência econômica irá se dedicar, o estudante deve saber que o curso não oferece só um estudo dos números. História foi a disciplina que surpreendeu e atraiu a atenção de Barbara Luz, estudante do 7°período de economia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). A universitária explica que a decisão pela profissão veio por acaso. “Eu costumava fazer testes vocacionais e o resultado sempre dava economia, então decidi procurar mais sobre o curso e me surpreendi ao me deparar com história, disciplina que sempre gostei”, conta Barbara.

Os profissionais podem, ainda, optar em trabalhar desde a área de finanças até os campos culturais de uma região. De acordo com o professor da UFPE, Ziomam Lins, a economia visa uma “formação humanística, de acordo com a realidade do país”, por isso se faz necessária uma instrução mais aprofundada sobre as outras disciplinas da área de humanas.

Sendo única mulher da sala, Bárbara se diz confiante no futuro da profissão e faz planos para trabalhar com câmbio e bolsa de valores. “Gosto da macroeconomia e é nela que vou investir apesar dessa formação oferecer um leque muito grande de possibilidades no mercado de trabalho”, declara. Os economistas graduados possuem uma diversidade de opções na hora de escolher onde investir profissionalmente. Setor público, empresas de consultoria, bancos e instituições financeiras, iniciativa privada, instituições de pesquisa e organizações não governamentais são só algumas áreas que necessitam desse graduado.

Valdeci Monteiro, sócio-diretor da Ceplan, empresa de consultoria econômica, explica que a profissão está novamente em ascensão. “Depois da crise econômica mundial e o esvaziamento dos cargos de setor publico, o investimento do Brasil no mercado interno está trazendo mais oportunidades para os profissionais de economia”, declara. Monteiro ainda lembra do grande “bum” econômico do estado de Pernambuco. O investimento em construção civil, na construção de Suape e do Estaleiro Atlântico Sul fez com que a região crescesse economicamente até mais do que o próprio País. De acordo com o profissional, o estudante deve investir no que gosta para se destacar no mercado. “Um economista hoje em dia, pode trabalhar em muitos campos, basta escolher e sempre investir no estudo”, orienta.

Confira outras reportagens do Guia de Profissões.

A profissão da vida. Essa frase caracteriza o trabalho de quem é bacharel em biologia, ou seja, o biólogo. De acordo com a coordenadora do curso na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Jacilene Almeida, “biólogo é aquele que estuda a vida e atua desde laboratórios até em atividades de campo”. A profissão desenvolve nas pessoas a capacidade de realização de estudos através de atividades científicas, pesquisando sobre a vida humana, dos animais, das plantas, entre outras ações.

“Um médico quando erra pode acabar com uma vida. Um engenheiro quando erra pode matar muitas pessoas. Um biólogo quando erra pode exterminar a humanidade”, considera Jacilene, chamando a atenção sobre a responsabilidade do profissional. Ela também alerta que o biólogo precisa ter ética, procurando desenvolver trabalhos em prol do bem dos seres vivos. “Ele tem que ter muita ética e saber trabalhar com consciência, pensando em soluções que contribuam para a existência dos seres vivos”, salienta.
 
A coordenadora também explica como são algumas das atividades dos biólogos, uma vez que o campo de trabalho é muito amplo. “Há aqueles que atuam em laboratórios, nas áreas de micologia, estudando fungos, plantas, patologia, análise clínicas, que são exames laboratoriais. Existem também os que trabalham em zoológicos, jardins botânicos, museus de referência, que são atividades de campo. Em fim, existe um leque amplo de oportunidades”, explana.
 
Licenciatura e bacharelado
Ciências biológicas, no âmbito das graduações, possuem os cursos de licenciatura e o bacharelado. Porém, existem diferenças entre as duas metodologias, que atribuem aos cursos práticas diferentes. “O licenciado têm carga horária de aulas práticas muito menores do que o bacharelado. Eles são preparados para transmitir conhecimento, e não para aplicar as teorias. No entanto, eles têm disciplinas voltadas para a prática de ensino”, explica a coordenadora.
 
A graduação de um bacharel em biologia é mais voltada para a prática, segundo Jacilene. “O curso tem teoria e mais aulas de campo e laboratório, e possui muita carga horária prática. O bacharel pode trabalhar, por exemplo, com genética, vigilância sanitária, análise clínica, patologia médica, zoológicos, e muitas outras atividades de campo e pesquisa. Eles aplicam muito mais os estudos”, exemplifica a profissional.
 
Vivendo a profissão da vida
Formada desde o ano de 2006 pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Marina Falcão, 30, é bióloga e diz como decidiu seguir a profissão. “Eu sempre tive ligação com a natureza, e já pensava em fazer biologia. Quando comecei o curso, ampliei os meus conhecimentos sobre a profissão. Por isso optei por ser bióloga”, relata Marina. Em 2009, ela passou em um concurso para trabalhar no Parque de Dois Irmãos, que fica no Recife.
 
O trabalho de Marina não se limita apenas com os animais, mas se expande para toda a área ambiental e botânica do parque. “No zoológico, a gente é responsável pela vida dos animais. Também passamos para o público a importância da preservação das espécies. Como o parque é uma unidade de conservação, nós também cuidamos da Mata Atlântica em torno do zoológico, entre outras coisas”.



Marina também conta que antes de entrar no Dois Irmãos, ela fez pesquisas de campo e se capacitou na área. “Depois do curso eu fiz projetos de campo e me especializei em gestões de políticas ambientais. Essas atividades foram de suma importância para a minha carreira”, avalia a profissional.

Para ela ser bióloga representa ajudar a melhorar a qualidade de vida de tudo o que é vivo. “Nós melhoramos a qualidade de vida dos animais, das pessoas e das plantas. É um sentimento único de trabalhar com a vida, e isso é prazeroso”, descreve a profissional.

E o mercado de trabalho?
De acordo com Marina, em Pernambuco, o campo de trabalho em biologia ainda está atrasado, no sentido de realização de estudos e pesquisas. Entretanto, ela salienta que a exigência pela certificação ambiental, que é uma política exigida para as empresas, no sentido de gerir questões de preservação ambiental, vem absorvendo muitos biólogos. “As empresas têm que ganhar a certificação ambiental e os biólogos são contratados na função da auditoria ambiental. Eles trabalham para que as empresas desenvolvam suas atividades, ao mesmo tempo em que pensam em sustentabilidade”, relata.

Já para profissionais que querem atuar na natureza, as áreas são mais difíceis. “O campo de trabalho é mais restrito, porque existem poucos locais de pesquisa e aplicação dos estudos. Mas, fora do Brasil existem muitas oportunidades de pesquisa”, comenta. Apesar dessas dificuldades, Marina receita como se destacar no mercado. “O principal é estar se atualizando. É importante se capacitar cada vez mais. Para quem tem o sonho de ser biólogo, se você tem afinidade, entre no curso. Tudo vai depender do seu esforço”, diz.

Segundo a secretaria do Conselho Regional de Biologia (5ª região - Pernambuco), até o momento, não existe um levantamento sobre quantos biólogos existem em Pernambuco, bem como de quantos profissionais formados estão atuando na área.

Futura bióloga
Nichelle Oliveira (foto à direita) tem 23 anos e está no terceiro período do curso. Ela já tem formação técnica em enfermagem, mas também escolheu a biologia. “Pensei em estudar biologia sem sair da área de saúde. Ainda tive a oportunidade de estagiar no zoológico e me apaixonei de vez pela área"..

A jovem revela que apesar de gostar muito do curso, existem algumas cadeiras que para ela são difíceis. “Tem assuntos que exigem cálculos. Tudo que tem cálculo me aperreia”, brinca Nichelle.

De fato, a estudante quer seguir a carreira e descreve a profissão como um elo existente entre a biologia e com a natureza. “Natureza é tudo. Nós fazemos parte dela e temos que preservar tudo".

 


    
 

A era tecnológica nos trouxe muitos benefícios, mas tivemos que nos moldar e aperfeiçoar o nosso dia a dia para encarar a mudança para o mundo digital. A procura por curso de formação que dê uma base ou aprofunde melhor o conhecimento dos alunos nesse novo campo impulsionou a criação de cursos específicos da área. Entre as graduações, a engenharia da computação é a mais nova. 

O curso forma um profissional capacitado para criar e compreender sistemas de computação completos, levando em consideração elementos de software, hardware e comunicação, o grande diferencial entre as outras formações (ciências da computação e engenharia elétrica, por exemplo). Como um aprofundamento matemático e físico específico, a graduação prepara o engenheiro para atuar em áreas que envolvam processamento digital de sinais (em comunicação de dados e em processamento de voz e imagens, por exemplo), sistemas de controle, automação industrial, computação gráfica e sistemas de software de alto desempenho, que exijam uma interação profunda com o hardware e o sistema de comunicação da máquina.

O coordenador do bacharelado em engenharia da computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Aluizio Fausto, explica que o profissional da área tem um vasto campo de trabalho, podendo se aperfeiçoar em qualquer assunto que englobe três temas: computação, comunicação e controle. O professor esclarece, ainda, uma dúvida muito comum entre os alunos: a diferença entre engenharia da computação e ciências da computação. “A engenharia estuda a comunicação e controle, coisa que a ciência não aborda profundamente. O curso de engenharia pode ser classificado como uma junção dos cursos de ciências da computação com engenharia elétrica, já que estuda disciplinas das duas graduações”, explica Fausto. 

Atualmente, em Pernambuco, a Universidade de Pernambuco (UPE) e a UFPE são as únicas a oferecerem o curso, de acordo com o Ministério da Educação. Segundo dados da UFPE, os alunos são, em sua maioria, homens. Já as mulheres correspondem somente a 18% do total de alunos em sala. A estudante Vanessa Larize, do 8° período da UFPE, é uma das poucas jovens vistas pelos corredores do prédio. Ela afirma que foi incentivada a fazer o curso pela facilidade obtida com matérias exatas, no ensino médio, e diz não ter nenhuma restrição na graduação por ser mulher. “Acho que as meninas ficam inibidas por ser uma formação onde se encontram mais homens no mercado de trabalho, mas acho que isso vem mudando. De dois anos pra cá, o número de mulheres aqui cresceu muito”, conta.

Para os estudantes Caio Araújo e José Ivson Soares, a identificação pelo curso veio com a tecnologia. Segundo eles, o que chamou a atenção foi o mundo os jogos. Com uma forcinha da matemática e da física, que já dominavam, ficou mais fácil se interessar cada vez mais pela profissão. “O que me atraiu mais foi a possibilidade de inovar e inventar, fazer algo que eu acredito e gosto”, declarou Caio. Para José Ivison, é uma ótima opção para o mercado de trabalho, pois “nos dias de hoje, não se faz nada sem um computador, sem uma rede de comunicação, e é nisso que trabalhamos, tentamos inovar.”

Os formados nessa área não costumam ter dificuldades para entrar no mercado. Com a expansão do parque industrial brasileiro, muitas máquinas automatizadas e operadas por sistemas computacionais passaram a ser usadas, aumentando a demanda pelos profissionais. Porém, a maioria das empresas exige o inglês fluente e, em alguns casos, boa aptidão num terceiro idioma, devido ao grande número de expressões e nomes específicos em línguas estrangeiras. Uma ótima oportunidade para entrar com tudo no mercado e aperfeiçoar o idioma são as grandes multinacionais, como é o caso de Rafael Bezerra, formado em engenharia da computação pela UPE. Rafael faz parte do “Projeto Motorola”, cujo trabalho é testar, programar e aperfeiçoar produtos da marca. “Essa iniciativa das empresas estrangeiras é muito boa, mas temos que sempre nos aperfeiçoar”, declara. 

O avanço tecnológico é uma área que se torna difícil de acompanhar, por esta razão Rafael aconselha a sempre estar antenado com as novidades do mercado. “Precisamos estar atentos a cursos de Tecnologia da Informação e outros que possam ser um diferencial na hora de conseguir uma vaga. O profissional não pode deixar de se atualizar”, recomenda o engenheiro. Confira mais dicas no vídeo abaixo.


O filósofo alemão Karl Max dizia o seguinte sobre ensinar e aprender: “Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Fazer é demonstrar que você o sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você”. Através do contexto desses dizeres, é possível estabelecer uma profunda relação com uma importante profissão para a sociedade, que é a função de professor. No âmbito da licenciatura, a profissão é aquela que habilita a pessoa a ser professor em escolas e universidades.
 
Quem tem licenciatura pode dar aula, diferentemente do bacharel, que é o indivíduo que consegue desempenhar todas as áreas da sua profissão, exceto ensinar. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), apenas na rede estadual, existem 60 mil profissionais de educação, incluindo aposentados e administrativos. O Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE) tem como dado que cada município do Estado possui, no mínimo, 300 professores atuantes. Só no Recife, são cinco mil profissionais trabalhando.

Da graduação à profissão
Para Jackson Bezerra (foto), professor de química há 10 anos e atual presidente do Sinpro-PE, a situação de quem ingressa nas universidades para ser professor não é favorável. “Um jovem que entra na universidade não tem atrativos. Não existe plano de carreira para professor e nem formação continuada”, critica Bezerra.

O presidente também diz que as universidades não oferecem uma formação adequada para os alunos. “A formação não é compatível para um bom nível de educação, pois as faculdades não proporcionam pesquisas para os estudantes. Além disso, pegam os alunos ainda em formação e os jogam nas salas de aula”, completa ele.
 
Bezerra também não é a favor do piso salarial da categoria, que segundo ele, é uma das razões de o Brasil não ter muitos profissionais para ensinar. “Um trabalhador da educação básica privada em Pernambuco ganha apenas R$ 6,40 por hora de aula. Quantas aulas ele tem que dar para ter um bom orçamento mensal? Por isso, o Brasil vive hoje um apagão de professores”, conta o professor.
 
Mesmo com essas dificuldades, Jackson Bezerra afirma que ama a profissão, porque através dela ele pode compartilhar saberes para muitas pessoas. “Transmito conhecimento e transfiro saber. Passo para os alunos um pouco do que a humanidade acumulou ao longo da história. A educação pode atuar como um transformador social”, relata o profissional.

Amor pela profissão e pelos alunos
“A gente chega em casa pensando no trabalho, e isso é uma parte penosa. Mas o bom é o retorno positivo dos alunos e eu me sinto bem com isso. É uma troca de experiências muito boa”, conta Glícia Lemos, que desde o ano de 2004 é professora de língua portuguesa. Apesar de hoje estar feliz por ser educadora, ela diz que no começo da carreira não foi bem assim. “Eu escolhi o curso e não a profissão. Quando eu cheguei à sala de aula foi um choque para mim. O curioso era que os alunos gostavam das aulas, e eu era a única pessoa que não aguentava aquilo. Os próprios estudantes me fizeram gostar da profissão”, afirma Glícia.
 
Em contrapartida, Josué Gomes, professor de inglês há 15 anos, sempre quis trabalhar na área. “Sempre quis dar aula. Estou muito satisfeito, pois remeto bons valores familiares aos meus alunos, e isso é muito bom para a educação de todos”, defende Gomes. Ele também fala que para ser professor a pessoa tem que trabalhar com amor. “Um bom professor não pode ser frio, ele tem que gostar muito da profissão”.
 
Os dois profissionais destacam que, além de educador, os professores se relacionam muito com os alunos. “Às vezes, eu converso com muitos para saber se eles estão com algum problema. Existem alguns que veem na gente uma família”, frisa Glícia. “Nós somos amigos e ajudamos a resolver problemas, além da nossa função principal que é compartilhar conhecimento”, exalta Gomes.
 
Atritos nas salas de aula
Glícia conta que alguns estudantes não se dão bem com professores por questões sociais. Para ela, os valores familiares e da sociedade são inseridos nos alunos positivamente e negativamente. “O que eles aprendem fora da escola geralmente reflete nas aulas. Tem alunos que veem o professor como inimigo, e isso é reflexo de problemas sociais”.
 
Para Luciano Paz, professor de história há 12 anos, uma série de fatores influencia em maus alunos. “Um conjunto de fatores influencia. Inclusive o poder público, que não cuida tão bem da educação do País”. O professor conta que certa vez um aluno não se comportou bem na sala de aula, e, quando ele o repreendeu, o estudante foi grosseiro. “Ele falou que eu tinha que fazer o que ele queria, pois eu era o seu empregado. Daí, tive que explicar que naquele momento eu era a autoridade”, relata Paz.
 
Como exceções, existem inúmeros alunos que reconhecem a importância do professor para a vida deles. É o caso de Aline Bianca, 14 anos. “Os professores não são importantes apenas dentro da sala de aula. Fora dela, eles são amigos e nos ajudam bastante e fazem parte da nossa formação de caráter”.
 
Para Amanda Pólen, 13 anos, toda pessoa precisa da ajuda de um educador. “Todos nós precisamos deles. Só conseguiremos sucesso na vida se tivermos educação”, comenta a jovem.  
 
A pedagogia
Formar profissionais para trabalhar com o ensino, administrando atividades educacionais e ações escolares. Esse é o objetivo da graduação de pedagogia. De acordo com o Sinpro-PE, o pedagogo pode ensinar na educação infantil e, como ocorre na maioria das vezes, trabalhar como coordenador pedagógico de estabelecimentos educacionais.
 
Existe também o magistério, que segundo o Sindicato, equivale a uma preparação para ensinar na educação infantil, que um aluno do ensino médio pode escolher. Porém, o magistério só poderá ser realizado até o ano de 2014. A partir daí, segundo o Sindicato, a função deverá ficar restrita aos profissionais formados em pedagogia.
 
Viviane Cardoso é pedagoga há 22 anos. Grande parte da sua experiência é com educação fundamental. Ela diz que é muito prazeroso ser educadora. “É um grande privilégio ser professor. Você faz parte da vida de pessoas, e isso é sem dúvida extremamente gratificante”, conta.



O bacharel ou licenciado em educação física organiza, executa e supervisiona programas de atividades físicas para pessoas ou grupos. De acordo com a coordenadora de graduação da Universidade de Pernambuco (UPE), Carla Toniolo, os alunos encontram muitas matérias da área de ciências biológicas, como anatomia, fisiologia e ortopedia. O curso aborda, ainda, disciplinas de conhecimento geral da área de saúde e matérias específicas do curso, como desenvolvimento motor. No vídeo, a coordenadora explica a diferença entre o bacharelado e a licenciatura.

Confira a matéria completa sobre o curso e a profissão.

"Ser ou não ser". A clássica dúvida pode rondar muitos estudantes na hora de escolher uma profissão, mas pra quem está pensando em fazer o curso de educação física, esta questão pode ser um tanto mais simples - é que o profissional formado pode atuar em diversas áreas, trabalhando com grupos, escolas, clubes e academias de ginástica, ou prestando atendimento individual, como personal trainer.

De acordo com o Conselho Federal de Educação Física, atualmente existem mais de 26 mil profissionais cadastrados pelo órgão. Só em Pernambuco são 4.817 educadores físicos. Segundo o assessor de coordenação do conselho, Rubens Salaberga, não há como saber o número total de pessoas graduadas no curso, pois nem todos se cadastram no órgão, mesmo sendo obrigatório para o exercício da profissão. De acordo com o Ministério da Educação, 14 instituições oferecem o curso em Pernambuco, nove delas oferecem a formação em bacharelado e dez, em licenciatura.

No geral, uma das características primordiais de quem escolhe o curso é a paixão pelos esportes. Os alunos, em sua maioria, são atletas profissionais ou praticam alguma atividade física. É o caso do estudante Davi Miranda, atleta de capoeira há 15 anos e campeão brasileiro de Tae Kwon Do, no ano de 2009. O jovem escolheu continuar com a carreira de atleta, agora, como profissão. Estudante do 3° período do curso na Faculdade dos Guararapes, o capoeirista de 23 anos afirma que não se vê fazendo outra coisa. “Já pensei em escolher outros cursos, mas é no esporte que me identifico, mesmo com as dificuldades, como em toda profissão. Eu não seria feliz se deixasse o curso”, afirma. O estudante, que é professor de capoeira, revela não ter a pretensão de deixar de ensinar, mas sonha com algo maior. “Gostaria de montar uma academia especializada em esportes olímpicos. É um sonho a longo prazo, mas pretendo realizá-lo com a minha profissão”, declara.

O bacharel ou licenciado em educação física organiza, executa e supervisiona programas de atividades físicas para pessoas ou grupos. De acordo com a coordenadora de graduação da Universidade de Pernambuco (UPE), Carla Toniolo, os alunos encontram muitas matérias da área de ciências biológicas, como anatomia, fisiologia e ortopedia. O curso aborda, ainda, disciplinas de conhecimento geral da área de saúde e matérias específicas do curso, como desenvolvimento motor. O bacharelado da UPE é classificado como um dos melhores do país, comprovado no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em que obteve conceito cinco pela terceira vez consecutiva.

O profissional formado pode atuar sozinho ou participar de equipes multiprofissionais com médicos, psicólogos e fonoaudiólogos. Além de trabalhar na sala de aula e na quadra de esportes, o licenciado elabora e analisa materiais didáticos como livros, textos, vídeos e ambientes virtuais de aprendizagem. Para o professor Amaro Damásio, 27 anos, educador do Colégio Souza Leão - Unidade de Candeias, esse profissional deve promover um estilo de vida ativo e saudável entre seus alunos, contribuindo para a qualidade de vida e bem-estar. 

Damásio afirma ter optado pela licenciatura por ser um ramo diferente dos profissionais inseridos nas academias. “Eu me identifico com a parte educativa da minha profissão, sempre me identifiquei, já que antes de me formar atuava como professor de dança”, afirma. O educador deve, também, servir de referência em educação e ensino nos diferentes segmentos humanos e sociais. O professor diz que a experiência de trabalhar com crianças e adolescentes é cheia de recompensas. “Elas não deixam sua profissão cair na rotina, sempre trazem uma novidade, além de ter o lado afetivo, pois convivemos no mínimo durante um ano.”

As oportunidades nos campos de trabalho são amplas e, com a preocupação cada vez maior dos brasileiros em relação ao corpo e à saúde, o mercado está em alta. Por tal motivo, ainda tende a crescer o número de frequentadores de academias, que empregam boa parte dos bacharéis na área. Lays Portela, formada há três anos pela Universidade Federal de Pernambuco, foge à regra de que educadores físicos são atletas. “Ao contrário da maioria, nunca fui de praticar esportes. Mas escolhi educação física porque eu queria uma profissão ligada à saúde, sem precisar estar, necessariamente, dentro de uma clínica ou de um hospital”, explica. 

A professora e personal trainer da Acadêmica HI afirma que a profissão requer boa forma e preparo físico, pelo fato do corpo ser uma espécie de "vitrine". “Como personal, os alunos também te cobram uma boa estética, até porque eles se miram em você para alcançar uma boa forma”.

O educador físico de academia também orienta e prescreve exercícios e aulas a fim de enquadrar o objetivo e as necessidades do aluno. Mas Lays explica que o profissional não é formado para fazer prescrições médicas, nem substituir o diagnóstico de um fisioterapeuta. “Eu costumo brincar dizendo que esta é a profissão mais completa, pelo menos no olhar de um aluno, porque damos o diagnóstico de dor, somos nutricionistas – quando eles perguntam o que devem ou não comer – e, nas horas vagas, psicólogos”, brinca a profissional.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando