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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) contará, a partir deste ano, com uma parceria com a multinacional de origem chinesa Huawei, gigante do setor de tecnologia. Os estudantes poderão se aprofundar em conteúdos como computação em nuvem, inteligência artificial e 5G. Os cursos serão todos gratuitos e com certificação reconhecida pela indústria.  

A parceria é fruto da adesão a um acordo assinado em junho de 2023 entre a Huawei e o Ministério da Educação (MEC). O acordo prevê o desenvolvimento de talentos e soluções digitais educacionais, de forma gratuita, destinados à rede de educação federal, estadual, distrital e municipal.  

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A superintendente de Tecnologia de Informação da universidade, Ana Maria Ribeiro, diz que a parceria com a multinacional vai se somar a outras parcerias com outras empresas que a UFRJ já possui. “Vamos democratizar tudo. Todo mundo com acesso a trazer o que for importante para capacitação, formação e conhecimento dessas novas tecnologias”, diz.  

De acordo com Ribeiro, a UFRJ está terminando o processo burocrático de adesão e a expectativa é que os alunos possam acessar os cursos a partir do segundo semestre.  

Os cursos são ofertados por meio da chamada ICT Academy, lançada em 2013 pela Huawei. Segundo a empresa, trata-se de um programa global que abrange todo o processo e desenvolvimento de talentos, que vai desde a oferta de cursos, passando pela capacitação de instrutores, configuração do ambiente de laboratório e certificação de talentos, até o emprego. O ICT Academy trabalha junto com governo, universidades e empresas. 

No Brasil, a ICT Academy está disponível na plataforma MECPlace, do governo federal e mais de 100 instituições de ensino fazem fazem parte do programa. A MECPlace, por sua vez, é parte da Política Nacional de Recuperação da Aprendizagem, lançada em 2022 com o objetivo reduzir a evasão escolar e melhorar o desempenho dos estudantes brasileiros após a pandemia.  

Segundo Ribeiro, em um contexto mundial em que água, energia elétrica e internet são bens essenciais, o Brasil precisa se capacitar e melhorar a produção de tecnologia pelo próprio país. “O Brasil é um dos países que mais tem uma população conectada, acompanhando a internet, um dos que mais escuta podcasts e que mais utiliza as redes, mas quando se considera a qualidade da internet, estamos entre os piores do mundo. Então, a gente precisa fazer uma modificação nesse processo, melhorando e modernizando a infraestrutura de rede que tem no Brasil e todo tipo de ajuda é boa”, defende.  

Ribeiro diz que além da adesão ao acordo firmado pelo MEC, a universidade busca, junto com outras instituições e associações, a própria parceria com a Huawei, voltada para a infraestrutura da rede, para melhorar a qualidade do acesso à internet, sobretudo no ambiente acadêmico e científico do estado do Rio de Janeiro.

A Apple enfrenta uma nova ameaça competitiva na China após o país asiático ordenar funcionários a não usarem o iPhone e outros produtos da empresa em suas atividades de trabalho. Ao mesmo tempo, a gigante Huawei Technologies está vendendo um smartphone com capacidade para conexão ultrarrápida

O novo modelo de smartphone da Huawei, juntamente com a proibição, tem o potencial de causar uma redução significativa nas vendas da Apple. Os movimentos recentes sublinham mais uma vez os riscos que as empresas globais enfrentam à medida que as tensões geopolíticas entre os EUA e a China se espalham por muitas indústrias.

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A Apple é particularmente vulnerável, uma vez que a maioria dos seus produtos é montada na China. O presidente-executivo, Tim Cook, se envolve em um dilema delicado há anos para evitar que sua empresa fique prejudicada, já que os dois países discordam sobre comércio e tecnologia.

A Apple dominou o mercado de telefones de última geração da China nos últimos anos, depois que duras sanções dos EUA limitaram o fornecimento de chips e a Huawei abandonou anteriormente os planos de fabricar telefones com 5G, um padrão celular que permite conexões muito mais rápidas.

Milhões de usuários de smartphones em todo o mundo atualizaram seus dispositivos, uma vez que a chamada tecnologia 5G trazia a promessa de ligações melhores, mais rápidas e outras novas utilizações potenciais. Agora, a Huawei está reagindo e lançando um novo telefone na China com velocidades e capacidades semelhantes às do 5G.

O lote inicial do telefone, o Mate 60 Pro, com preço de pré-venda de US$ 960, esgotou em poucas horas, causando impacto nas redes sociais chinesas. O fervor inicial sugere que a Huawei poderia recuperar os compradores perdidos na China para a Apple, que deve lançar seu mais recente iPhone na próxima semana. "A proibição do governo e o novo telefone Huawei serão eventos importantes para o iPhone", disse Martin Yang, analista da empresa de investimentos Oppenheimer.

Ainda não estava claro o que levou a China a restringir o uso do iPhone, mas alguns analistas sugeriram que uma ação semelhante na Rússia poderia ter ajudado Pequim. Embora o pedido não tenha sido anunciado publicamente, pode representar riscos para a reputação da Apple no país asiático. A empresa vendeu 224,7 milhões de iPhones em 2022, de acordo com a Counterpoint Research, então esse número representaria cerca de 4,5% do total de remessas de iPhone. Fonte: Dow Jones Newswires

A Huawei, gigante chinesa da tecnologia, está se preparando para lançar uma gama de wearables (acessórios “vestíveis”, como relógios e tornozeleiras inteligentes) e discutir seus futuros empreendimentos na categoria, no próximo dia 14 de setembro. Embora a companhia tenha revelado recentemente os smartphones Mate 60 e Mate 60 Pro, eles deixaram no ar o que estaria por vir sobre seus wearables. A espera finalmente acabou, pois, a Huawei anunciou um evento de lançamento de produto dedicado, focado exclusivamente em acessórios. 

A possível estreia do Huawei Watch GT 4 

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A Huawei Mobile acessou sua conta oficial no X, antigo Twitter, para compartilhar as notícias sobre o próximo evento de lançamento de produto agendado para o dia 14, em Barcelona. O pôster de lançamento afirma: “Estratégia de wearables e lançamento de novos produtos”. Isto significa não apenas a introdução de um novo smartwatch, mas também a revelação da visão da Huawei para futuras tecnologias no segmento. 

O anúncio do evento também inclui as hashtags “#FashionForward” e “#HuaweiHealth”, juntamente com imagens teaser sugerindo novos wearables. É bem possível que a Huawei apresente novos designs de smartwatches, watch faces e talvez se aprofunde em novos recursos relacionados à saúde e ao condicionamento físico.

O que esperar do Huawei Watch GT 4 

Embora os modelos exatos que serão lançados no evento permaneçam um mistério, as especulações são muitas. No início deste ano, vários smartwatches Huawei apareceram no site de certificação Bluetooth SIG. Notavelmente, o Huawei Watch GT 4, com números de modelo PNX-B19 e ARA-B19, apareceu. Espera-se que esses smartwatches tenham conectividade Bluetooth 5.2 e rodem HarmonyOS 4.0 com firmware versão 4.0.0.50 (SP1C00M00). No entanto, especificações e recursos detalhados ainda não foram revelados. 

O Watch GT 4 seguirá os passos de seu antecessor, o Watch GT 3. O modelo anterior estava disponível nas opções de tamanho 42 mm e 46 mm, apresentando tela AMOLED de 1,43 polegadas com resolução de 466 x 466 pixels. Ele ostentava 32 MB de RAM, 4 GB de armazenamento integrado, conectividade Bluetooth 5.1 e uma bateria de 455mAh com suporte para carregamento sem fio. 

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A Huawei vai dar mais um passo importante para introduzir a marca entre as concorrentes e organiza um evento na Alemanha para apresentar seus novos aparelhos ao mercado global. Mesmo sem o Google Mobile Services (GMS), os smartphones com o sistema HarmonyOS serão lançados como os produtos tops de linha da fabricante. 

Na última semana, a Huawei apresentou o Mate X3, o celular dobrável mais leve do mundo, e a linha P60. Contudo, uma cerimônia agendada para o dia 9 de maio, em Munique, na Alemanha, deve apresentar as novidades ao mundo. 

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Da linha P60, apenas o modelo na versão Pro deve ser exposto junto com o Mate X3 como os principais produtos da marca. O evento ainda deve compartilhar com o público o Watch Ultimate e os fones FreeBuds 5. Quem acompanhou o lançamento na China também espera que a TalkBand B7 faça parte da cerimônia na Europa. 

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A Huawei, multinacional de nfraestrutura para Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC) e dispositivos inteligentes, em parceria com 22 instituições de ensino superior e técnico de todas as regiões do país, ofertar cursos sobre 5G, inteligência artificial (IA) e Nuvem. As formações fazem parte do programa ICT Academy.

O curso para capacitação em 5G é voltado para estudantes e profissionais com conhecimento básico em informática e tecnologia. As instituições de ensino que oferecem esse curso são: Universidade de Fortaleza (UNIFOR); Fundação Universidade Federal do Tocantins (UFT); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Instituto Federal da Paraíba (IFPB); Instituto Federal do Paraná (IFPR); Universidade de Brasília (UNB); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Universidade Federal da Bahia (UFBA); Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC): Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Estadual do Ceará (UECE).

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O curso de Artificial Intelligence (Certificação HCIA AI 3.0) promove o conhecimento sobre desenvolvimento e configuração de ferramentas com uso de técnicas de inteligência artificial. O aluno que concluir o curso terá certificado suas habilidades sobre linguagem básica de programação em IA, Deep Learning, reconhecimento de imagem, de fala e matemática.

As instituições de ensino responsáveis por essa temática são: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Universidade Federal do Amapá (UNIFAP); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO); Instituto Federal do Sergipe (IFSE) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) e Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).

Já a formação sobre nuvem está afinada aos serviços da Huawei Cloud, que contemplam armazenamento, bases de dados, big data, migração, segurança e serviços de aplicações. Para esse tema, as instituições com o curso disponível são: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); SENAI - Minas Gerais e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

 

Com o mercado internacional motivado a ampliar a oferta de veículos elétricos, a Huawei deve começar a produzir seu modelo Arcfox Alpha S até o fim de 2021. O prazo para início da fabricação foi publicado pelo GizmoChina.

O carro é desenvolvido junto com a fabricante de automóveis BAIC Group e, além do sistema operacional Harmony OS, deverá ser controlado quase que totalmente de forma autônoma.

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A expectativa é que os primeiros exemplares do Arcfox Alpha S sejam comercializados já no início do próximo ano, no valor entre € 51.600 e € 56.800, equivalente a cerca de R$ 344.000 e R$ 378.600.

 

Após uma parceria firmada nesta semana entre a gigante chinesa da tecnologia Huawei, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), 32 bois serão monitorados em uma fazenda localizada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. 

Sensores de Internet das Coisas (IoT), colares inteligentes e balança de passagem utilizados de forma integrada para monitorar uma série de indicadores de produtividade, ambientais e de bem-estar animal em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). O projeto é voltado ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para uso piloto, destinados a melhorar a gestão e a produção em sistemas ILPF. 

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No campo experimental da Embrapa, a equipe técnica vai monitorar os 32 bovinos de corte distribuídos em três sistemas de ILPF, para coletar de forma automática dados fisiológicos e comportamentais relativos ao bem-estar, acompanhar o ganho de peso diário e aferir dados de microclima das condições ambientais. Serão verificadas a temperatura cutânea, frequência cardíaca e respiratória dos animais, além de tempo estimado para abate, entre outros fatores.

A conectividade dos sensores será feita por meio da rede móvel 4G NB-IoT, utilizando equipamentos Huawei. A solução de nuvem (cloud) da Huawei suportará o desenvolvimento de algoritmos com Inteligência Artificial embarcada. Já o CPQD fornecerá os componentes para a arquitetura de serviço, incluindo duas plataformas abertas que permitirão o armazenamento, a visualização e as análises dos dados em nuvem.

“A combinação de Inteligência Artificial e IoT em uma plataforma integrada permitirá ampliar a previsibilidade e a produtividade no manejo e, ainda, contribuir positivamente para a sustentabilidade ambiental, com a redução na emissão de gases de efeito estufa”, destaca Fabricio Lira Figueiredo, gerente de Desenvolvimento de Negócios em Agronegócio Inteligente do CPQD.

A gigante chinesa das telecomunicações Huawei anunciou, nesta quarta-feira (7), que assinou um contrato de licença com um fornecedor da Volkswagen, que permitirá usar suas tecnologias 4G no veículos conectados do fabricante alemão.

O grupo privado com sede em Shenzhen (sul da China) está há vários meses tentando se diversificar em todas as áreas, devido às sanções americanas que prejudicam sua rede de fornecimento e sua produção de smartphones.

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A Huawei apresentou o novo contrato como o mais importante que já assinou no setor automobilístico. No entanto, não revelou o nome do fornecedor ou o valor da transação.

O acordo inclui uma licença para as patentes 4G da Huawei e será aplicado aos veículos Volkswagen que usarem conectividade sem fio.

Os Estados Unidos, que acusam o grupo de telecomunicações de espionar para Pequim, proibiu seu acesso ao mercado em seu território. Washington também cortou a Huawei de suas principais redes de fornecimento e convocou seus aliados a retirarem suas equipes de suas redes de telecomunicações.

A Alemanha, para quem a China é um mercado crucial, ainda não respondeu favoravelmente às pressões americanas.

O grupo chinês nega veementemente as acusações dos Estados Unidos e afirma que não há evidências que comprovem suas acusações.

Gigante mundial de equipamentos dedicados às redes de telecomunicações - e antes um dos três principais vendedores de smartphones -, a Huawei foi obrigada a recorrer a outros setores de atividade para sobreviver.

Por exemplo, a empresa acelerou sua diversificação na informática desmaterializada ("cloud") e nos veículos conectados, além do 5G, no qual já é um dos líderes do mercado.

A Huawei anunciou, nesta quinta-feira (28), a chegada do Watch GT 2 Pro no mercado brasileiro. A versão premium do relógio inteligente apresenta um mostrador em vidro de safira, traz mais recursos esportivos e funções que ajudam no monitoramento da saúde do usuário. 

O wearable possui mais de 200 opções de mostradores de relógio selecionáveis, além de usar o mostrador Huawei Share OneHop para transferir imagens da galeria de fotos do seu smartphone para o relógio, apenas encostando um aparelho no outro. Dessa forma, o smartwatch  ganha uma customização ainda mais personalizada.

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Entre as funcionalidades oferecidas estão 100 modos de exercício selecionáveis ​​pelo usuário como esqui, esqui cross country, snowboard e golfe, como modos específicos para cada atividade. Para os curiosos, o smartwatch ajuda a acompanhar o nascer do sol, o pôr do sol, as fases da lua, as horas das marés e condições climáticas severas, entre outros.

O relógio inteligente também inclui suporte para monitoramento de frequência cardíaca em tempo real, seja correndo, nadando ou praticando outro esporte. O aparelho é capaz de medir a frequência cardíaca em tempo real, durante o exercício, emitir alertas para caso esteja elevada, entrada máxima de oxigênio, tempo de recuperação e muito mais, além de fazer o acompanhamento do sono e do estresse durante todo o dia e da possibilidade de monitorar o nível de oxigenação no sangue (SpO2) .

O Watch GT 2 PRO, vem em duas cores: Night Black para a versão esportiva (Sport Edition) e Nebula Grey para a edição clássica (Classic Edition). O novo smartwatch chega com preço sugerido de R$ 2.299. 

Sob pressão, o governo Jair Bolsonaro não deve barrar a Huawei do leilão do 5G do Brasil. Segundo fontes do Palácio do Planalto e do setor de telecomunicações, o banimento da empresa chinesa provocaria um custo bilionário com a troca dos equipamentos, e ficou ainda mais improvável com a saída do aliado Donald Trump da Casa Branca neste mês.

Um auxiliar do presidente disse que o discurso ideológico contra a empresa chinesa deve ser frustrado na prática. Assim como foi no caso da vacina Coronavac, feita pela chinesa Sinovac, com o Butantan, ligado ao governo de São Paulo, chefiado por João Doria, principal adversário político do presidente. Depois de idas e vindas, o Ministério da Saúde incluiu o imunizante no programa nacional.

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A tecnologia 5G é a quinta geração das redes de comunicação móveis. Ela promete velocidades até 20 vezes superiores ao 4G e permite consumo maior de vídeos, jogos e ambientes em realidade virtual. O leilão está previsto para o fim do 1.º semestre, e o edital deve ser aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em fevereiro.

Apenas empresas de telecomunicações poderão adquirir as frequências - como se fossem rodovias no ar em que o sinal será transmitido. A infraestrutura, no entanto, é fornecida primordialmente pela Huawei, pela sueca Ericsson e pela finlandesa Nokia. Só um decreto presidencial poderia banir qualquer empresa.

A Huawei tem sido o principal alvo da diplomacia americana, que defende o banimento mundial da companhia sob a alegação de que atua como um braço de espionagem do Partido Comunista Chinês. Essa visão encontra respaldo da ala ideológica do governo. A Huawei, no entanto, nega as acusações, diz que atua há mais de 20 anos no Brasil e reafirma que nunca registrou nenhum problema de violação de dados nos países em que atua.

Regras

Todas as empresas que comprovarem requisitos de respeito à soberania e privacidade dos dados poderão oferecer equipamentos para a tecnologia 5G no Brasil, disse o vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista exclusiva ao Estadão. Ele disse já ter sido mal interpretado pelo próprio presidente ao falar sobre o 5G - no mês passado, chegou a ser desautorizado por Bolsonaro e pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.

"Vamos lembrar que uma coisa é o leilão de frequências, outra coisa é a infraestrutura. Ela tem de ter três vetores claros. Um, é o respeito à nossa soberania. Ou seja, os dados que transitam por ali têm de permanecer ali. Vamos parodiar aquela velha frase de quem vai a Las Vegas: ‘What happens in Vegas, stays in Vegas’ (O que se faz em Las Vegas fica em Las Vegas). Número dois, a privacidade dos nossos dados. E o número três é a economicidade. Então, esses três vetores, se a empresa X ou a empresa Y quer participar da infraestrutura, ela tem se comprovar com transparência, com accountability (prestação de contas), que está aderindo a esses três vetores."

Questionado diretamente se todas as empresas terão direito a participar da tecnologia nas mesmas condições, ele respondeu: "Desde que comprove efetivamente que vai preservar nossa soberania e privacidade de dados dos usuários".

Procurado para comentar as declarações de Mourão, o ministro-conselheiro Qu Yuhui, da Embaixada da China no Brasil, disse que as empresas chinesas já comprovaram confiabilidade, segurança e competitividade. "Não existe nenhum problema para as empresas chinesas cumprirem os critérios", disse ele, ao Estadão/Broadcast.

Em nota, a Huawei reafirmou o compromisso com o cumprimento das leis brasileiras e o respeito à soberania do País. "Estamos confiantes de que a decisão brasileira será tomada com base em critérios técnicos e não discriminatórios, beneficiando o mercado livre e contribuindo para uma rápida transformação digital do Brasil, acessível a todos os brasileiros.", disse ao Estadão/Broadcast o diretor global de cibersegurança da empresa, Marcelo Motta. 

O governo alemão deu na quarta-feira (16) um passo para permitir o uso da tecnologia da Huawei em redes móveis 5G, dando à empresa chinesa uma pequena vitória em um continente europeu cada vez mais alinhado com as visões anti-Huawei do governo Donald Trump, dos Estados Unidos.

Um projeto de lei aprovado pelo gabinete da chanceler Angela Merkel que permitiria a presença contínua da Huawei na Alemanha ainda requer aprovação parlamentar. Mas isso já representa um revés para o atual governo dos EUA, que pressionou os aliados europeus para rejeitar a tecnologia da Huawei.

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As autoridades chinesas sugeriram que as empresas no Reino Unido e na Suécia, dois países onde o debate sobre a proibição da Huawei foi divulgado publicamente, poderiam enfrentar retaliação na China.

Interessados em aprender sobre computação na nuvem, ou Cloud Computing, vão poder contar com uma série de cursos gratuitos, promovidos pela Huawei. Apresentado pelo Arquiteto Sênior de Cloud Solution da Huawei no Brasil, Fábio Oliveira, as aulas serão ministradas no dia 24 de setembro, em forma de webinar. Quem se inscrever ganha um voucher para fazer a prova do certificado oficial de Cloud Computing da companhia.

O curso vai abordar os seguintes tópicos: Trajetória da Huawei Cloud, Nuvem e Transformação, Digital, Huawei Cloud - Presença Global, Huawei Cloud – Demo e Certificação Huawei Cloud. As inscrições podem ser feitas pelo link e o seminário está marcado para acontecer das 18h30 às 20h. 

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Serviço: Curso Gratuito de Cloud Computing da Huawei

Data: Quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Horário: 18h30 às 20h (horário de Brasília)

Inscrições: https://event.webinarjam.com/register/89/gqxlgbz1

Sem poder usar a loja de apps do Android, a PlayStore, a Huawei planeja colocar o sistema operacional próprio HarmonyOS em todos os seus celulares em 2021. As sanções impostas pelos EUA são a principal razão da mudança da chinesa, informou o site Gizmochina.

Desde 2019, a Huawei trabalha no Harmony como seu sistema operacional próprio, depois que restrições americanas bloquearam a empresa de usar diversos produtos do Google em seus aparelhos.

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Richard Yu, diretor de negócios de consumo da companhia, disse que o novo sistema operacional foi projetado para funcionar não só em celulares, mas também em vários dispositivos conectados. Segundo o site, a versão de testes chega este ano. O lançamento será em 2021. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A licença concedida a Huawei para a atualização de seus dispositivos dentro dos Estados Unidos chegou ao fim e não será renovada. O governo Trump vem fechando cada vez mais o cerco contra a fabricante chinesa de telefones e, com o fim da conceção, agora será ainda mais difícil para companhia conseguir não apenas chips para seus aparelhos, como também atualizações para seus dispositivos que funcionam com sistema operacional Android. 

Na última segunda-feira (17), o Departamento de Comércio dos Estados Unidos disse que permitirá apenas pesquisas contínuas de segurança essenciais para manter as redes e equipamentos existentes funcionando, mas ainda assim de forma limitada. A concessão feita para a Huawei permitia que dispositivos da empresa vendidos antes de 16 de maio de 2019 recebessem atualizações do Android, além da manutenção de equipamentos usados por empresas de telecomunicações rurais.

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Por conta de Donald Trump, a Huawei e 114 de suas afiliadas estão na Lista de Entidades que não podem comprar tecnologia norte-americana sem a aprovação explícita do governo. O presidente posteriormente estendeu a proibição até 2021, citando a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional para justificá-la. 

A Huawei já informou que está ficando sem chips por causa das sanções aprovadas por Trump e, a partir de setembro, não será mais capaz de fazer seus próprios chipsets Kirin. Para agravar ainda mais a situação da gigante chinesa, os EUA devem adicionar 38 afiliadas da Huawei, que operam em 21 países, à sua lista de bloqueados, elevando o total para 152 afiliadas proibidas de fazer negócios com empresas norte-americanas.

O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira que vai ampliar as sanções contra o grupo chinês Huawei para bloquear o acesso da empresa a chips e outras tecnologias.

O Departamento do Comércio adicionou 38 filiais da Huawei em todo o mundo à 'lista de entidades', alegando que a empresa utilizava subsidiárias internacionais para evitar as sanções que impedem a exportação de tecnologia americana.

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"Estas ações, efetivas de maneira imediata, vão bloquear as tentativas da Huawei de evitar o controle das exportações americanas", afirmou o Departamento de Comércio em um comunicado.

O secretário do Comércio, Wilbur Ross, afirmou que a Huawei e suas filiais "trabalharam por meio de terceiros para aproveitar a tecnologia dos Estados Unidos de uma maneira que prejudica a segurança nacional dos Estados Unidos e os interesses da política externa".

O governo dos Estados Unidos afirma que a Huawei representa um risco para a segurança nacional por seus vínculos com Pequim, uma acusação que a empresa nega.

As sanções mais rigorosas acontecem em um momento de grande tensão entre Estados Unidos e China devido às acusações de Washington de que as empresas chinesas são utilizadas para espionagem.

Trump quer proibir o popular aplicativo TikTok caso este não se separe da matriz chinesa, a empresa ByteDance.

Em declarações à Fox News nesta segunda-feira, Trump afirmou que a Huawei "espiona nosso país; isso é algo muito complexo, microchips, coisas que nem conseguimos ver".

A Huawei não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.

Batalha do 5G

O governo Trump baniu a Huawei da rede 5G nos Estados Unidos e pressionou seus aliados a fazerem o mesmo.

Enquanto isso, a Huawei se tornou a maior fabricante mundial de smartphones no último trimestre, em grande parte devido às vendas no mercado chinês, mesmo com Washington agindo para negar a ela acesso a grande parte do sistema Android do Google.

De sua parte, o secretário de Estado Mike Pompeo disse que os Estados Unidos "veem a Huawei pelo que ela é: um braço do Estado vigilante do Partido Comunista Chinês".

Ele acrescentou que as novas sanções foram impostas "para proteger a segurança nacional dos Estados Unidos, a privacidade de nossos cidadãos e a integridade de nossa infraestrutura 5G da influência maligna de Pequim".

As novas sanções afetam as subsidiárias da Huawei em 21 países, incluindo China, Brasil, Argentina, França, Alemanha, Singapura, Tailândia e Grã-Bretanha.

As medidas impedem que as empresas adquiram software ou tecnologia produzida nos Estados Unidos que seja usada em bens ou componentes.

"A nova regra deixa claro que qualquer uso de software americano ou equipamento de fabricação americana para produzir coisas através da Huawei é proibido e requer uma licença", disse Ross à Fox Business Network.

"Portanto, trata-se realmente de fechar as lacunas para evitar que um mau ator tenha acesso à tecnologia americana, mesmo quando tenta fazer isso de uma forma muito indireta e enganosa."

Sanções aplicadas pelos Estados Unidos estão prejudicando a produção da gigante de tecnologia chinesa Huawei, que vê seus estoques de chips de processador para smartphones caírem drasticamente.

A empresa será forçada a interromper a produção do equipamento considerado o mais avançado no setor, segundo informou um executivo da empresa.

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O governo de Donald Trump cortou o acesso da Huawei a componentes e tecnologia americanos, incluindo músicas do Google e outros serviços de smartphone, no ano passado. Essas penalidades foram reforçadas em maio, quando a Casa Branca proibiu fornecedores em todo o mundo de usar a tecnologia dos EUA para produzir componentes à Huawei.

A produção de chips Kirin, projetados pelos próprios engenheiros da Huawei, será interrompida em 15 de setembro porque eles são feitos por empreiteiros que precisam de tecnologia de fabricação dos EUA, disse o presidente da unidade de consumo da empresa, Richard Yu. Segundo ele, a Huawei não tem como fabricar seus próprios chips.

"Esta é uma perda muito grande para nós", disse Yu em uma conferência do setor na sexta-feira. "Infelizmente, na segunda rodada de sanções dos EUA, nossos produtores de chips só aceitaram pedidos até 15 de maio. A produção será encerrada em 15 de setembro".

O executivo afirmou ainda que, este ano, pode ser o fim da última geração de chips de alta tecnologia Huawei Kirin. De forma mais ampla, a produção de smartphones da Huawei "não tem chips nem suprimentos", disse Yu.

A Huawei, fundada em 1987 por um ex-engenheiro militar, nega as acusações de que possa facilitar a espionagem chinesa. As autoridades chinesas acusam Washington de usar a segurança nacional como desculpa para impedir um concorrente das indústrias de tecnologia americanas.

A Huawei é líder em telecomunicações, carros elétricos, energia renovável e outros campos nos quais o Partido Comunista espera que a China possa se tornar um líder global.

Washington também está fazendo lobby na Europa e em outros aliados para excluir a Huawei das planejadas redes de próxima geração(5G), alegando risco à segurança.

A rivalidade chegou ao popular aplicativo de vídeo de propriedade chinesa TikTok e o serviço de mensagens baseado na China WeChat.

O proprietário da TikTok, ByteDance Ltd., está sob pressão da Casa Branca para vender o aplicativo de vídeo. Na quinta-feira, o presidente Donald Trump anunciou a proibição de transações não especificadas com a TikTok e o proprietário chinês do WeChat, um popular serviço de mensagens.

A empresa chinesa superou a sul-coreana Samsung e se tornou a líder mundial em vendas de telefones celulares no segundo trimestre, graças à demanda interna, informou nesta quinta-feira (30) a consultoria Canalys.

A Huawei, que enfrenta sanções dos Estados Unidos e a queda de suas vendas fora da China, venceu 55,8 milhões de telefones no período, superando pela primeira vez a Samsung, com 53,7 milhões, de acordo com a consultoria.

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Este é o primeiro trimestre em nove anos em que uma empresa diferente da Samsung ou Apple lidera o mercado, destacou a Canalys.

As sanções americanas "derrubaram" as vendas da Huawei fora da China continental, mas a atividade cresceu e agora a empresa domina o mercado doméstico.

Mais de 70% dos smartphones da Huawei são vendidos na China, onde a Samsung tem uma parcela muito pequena do mercado, um sinal de "excepcional resistência", indicou a Canalys.

As vendas da Huawei no exterior, no entanto, caíram quase um terço no segundo trimestre. De acordo com o analista Mo Jia, da Canalys, isto demonstra que somente a força na China "não será suficiente para manter a Huawei no topo quando começar a recuperação da economia global".

A Huawei, líder mundial de equipamentos de redes de telecomunicações, virou um objeto de disputa entre Pequim e Washington, que alega que o grupo representa uma ameaça para a segurança.

O governo dos Estados Unidos decidiu afastar a Huawei de seu mercado e iniciou uma campanha global para isolar a empresa.

A China criticou nesta quarta-feira (15) a decisão do Reino Unido de retirar o equipamento da empresa Huawei de sua rede de internet 5G e disse que Londres se deixou "enganar" pelos Estados Unidos.

O governo britânico decidiu na terça-feira (14) excluir antes de 2027 todo o material da gigante tecnológica chinesa de sua rede 5G, a nova geração da internet móvel. Os Estados Unidos imediatamente elogiaram a decisão.

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No entanto, a China alertou que "tomará uma série de medidas para defender os interesses legítimos das empresas chinesas", disse à imprensa a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.

"Terão que pagar um preço" por esta decisão, afirmou sem dar mais detalhes.

A Casa Branca, que acusa a Huawei de espionar em nome de Pequim, comemorou na terça-feira a decisão de Londres, que "reflete um crescente consenso internacional de que a Huawei e outros atores representam uma ameaça à segurança nacional porque permanecem em dívida com o Partido Comunista Chinês", disse em um tuíte Robert O'Brien, assessor de Segurança Nacional do presidente Donald Trump.

A porta-voz da China acusou Londres de agir "em coordenação com os Estados Unidos para discriminar, reprimir e eliminar a Huawei".

Pressionado pelos Estados Unidos, o governo do Reino Unido proibiu a gigante chinesa de telecomunicações Huawei de fornecer equipamentos e tecnologia para a futura rede 5G no país a partir de 31 de dezembro, A decisão foi formalizada nesta terça-feira (14) pelo Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo primeiro-ministro Boris Johnson, e reverte a autorização concedida pelo próprio governo em janeiro passado, quando permitira que a empresa tivesse um papel "limitado" na montagem da rede 5G.

O novo posicionamento do Reino Unido é uma vitória para o presidente dos EUA, Donald Trump, em sua guerra comercial com a China, que, por sua vez, já havia prometido retaliações caso os britânicos excluíssem a Huawei, o que pode agravar uma tensão já elevada pela crise em Hong Kong.

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Por outro lado, o governo Trump havia dito a Londres que a decisão de janeiro de permitir a participação da companhia chinesa poderia impedir o compartilhamento de informações de inteligência e até levar à realocação de caças americanos estacionados na Inglaterra.

"A partir do fim deste ano, provedores de telecomunicações não poderão comprar qualquer equipamento 5G da Huawei", disse o secretário do governo encarregado de serviços digitais, Oliver Dowden, em discurso no Parlamento.

Além disso, os equipamentos da empresa chinesa já em operação devem ser substituídos até o fim de 2026. Os Estados Unidos alegam que uma rede 5G desenvolvida pela Huawei poderia se tornar um veículo de espionagem da China, acusação negada pela companhia.

Da Ansa

A liderança da chinesa Huawei na tecnologia 5G pôs o presidente Jair Bolsonaro em uma saia justa política. Pressionados pelos Estados Unidos, que acusam a companhia de atuar como um instrumento de espionagem do governo chinês, vários países do mundo decidiram proibi-la de fornecer equipamentos para as futuras linhas da telefonia de quinta geração.

Entre os governos que tomaram a medida estão Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Índia e Japão. O Reino Unido havia imposto um teto de até 35% na participação da Huawei em suas redes, mas há expectativa de que as restrições evoluam para banimento. Alemanha, França e Espanha, por sua vez, optaram por não restringir a atuação da companhia até agora.

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No Brasil, essa decisão será de Bolsonaro, a quem caberá a edição de um decreto sobre o tema. Como toda política pública, cabe aos ministérios envolvidos opinar sobre o assunto, pois a decisão, qualquer que seja, terá que ter respaldo técnico, legal e jurídico. Pasta mais diretamente relacionada ao assunto, o recém-criado Ministério das Comunicações tem um posicionamento lacônico.

"A eventual imposição de limitações a um fornecedor de equipamentos de telecomunicações perpassa diversos órgãos de governo para além do Ministério das Comunicações, como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o Ministério da Economia e o Ministério das Relações Exteriores, cabendo a decisão final ao presidente", informou a pasta.

O Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, procurou sete ministérios na última semana para perguntar a opinião deles sobre o tema. O GSI e os ministérios da Economia, da Agricultura e de Ciência, Tecnologia e Inovações preferiram não comentar, assim como a Casa Civil, a quem cabe reunir a posição dos diferentes ministérios. O Ministério de Relações Exteriores não respondeu.

Guerra de bastidores

Se publicamente os ministérios não se pronunciam sobre o tema, nos bastidores há uma guerra sobre o tema. O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ligado à ala ideológica, tem deixado clara sua posição a favor de um alinhamento aos Estados Unidos e contrário à China em suas redes sociais. Sobre a pandemia do novo coronavírus, chamado por ele de "comunavírus", ele considera haver um plano para implantar o comunismo em organismos internacionais.

Já o vice-presidente Hamilton Mourão, por exemplo, já deixou claro ser contra qualquer restrição à Huawei. No ano passado, ele viajou à China, onde se encontrou com o vice-presidente da companhia e reiterou haver um clima de confiança com o país asiático. O tema também preocupa a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, já que a China é o principal destino das exportações de soja. Qualquer barreira à Huawei pode ter consequências diretas sobre o agronegócio brasileiro.

Liberal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem dito que quer as três fornecedoras - além da chinesa Huawei, a sueca Nokia e a finlandesa Ericsson - competindo para oferecer o melhor serviço ao País.

Nórdicas

Curiosamente, os EUA não têm mais um grande fabricante e contam principalmente com os serviços das duas empresas nórdicas. A Lucent foi comprada pela francesa Alcatel e, depois, pela Nokia; a Motorola saiu do mercado de equipamentos centrais; e a Standard Electric, que inclusive tinha fábrica e escritório no Rio, descontinuou o negócio de telecomunicações. As americanas Cisco e a Qualcomm permanecem no setor, mas não fazem equipamentos centrais.

Sobre a acusação de espionagem, Juarez Quadros, ex-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e ex-ministro das Comunicações, tem uma visão realista. "Todos poderiam espionar. A verdade é que temos de proteger as redes de telecomunicações a evitar situações de conflito. Então teríamos que impor salvaguardas que protejam o Brasil desse risco", afirmou.

Quadros avalia que o ideal seria o governo elaborar uma política pública que estabeleça protocolos de segurança de modo a evitar conflitos geopolíticos. "Se é para restringir, que se façam os atos necessários, porque estão ausentes leis, decretos e portarias nesse sentido. E é preciso ter embasamento legal e jurídico para uma decisão como essa."

O presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, afirma que a pressão norte-americana vai contra a cadeia de suprimento global do setor e, se for bem-sucedida, certamente levará a aumento de preços. Ele destaca que a americana Apple, por exemplo, produz o iPhone na China. "Voltar a uma fase pré-globalização, em que cada país produz seu equipamento, reduz os ganhos de escala. Isso vai se refletir em preços mais altos. Será pior para todos", diz o analista.

Na avaliação dele, o Brasil tem muito a perder caso se curve à pressão dos Estados Unidos. "Não vejo por que não devamos resistir. A política externa brasileira deve buscar uma posição de neutralidade. Numa briga de gigantes, não devemos nos posicionar de um lado ou de outro", afirma.

Regra de segurança do Brasil não reprime nem privilegia empresas

Mesmo com a pressão norte-americana e a liderança chinesa no 5G, até agora o governo não editou nenhuma norma que restrinja a atuação da Huawei no Brasil. Em março, o GSI editou uma Instrução Normativa (IN) sobre segurança cibernética, com requisitos mínimos para o 5G. Entre as diretrizes está a garantia da integridade, confidencialidade e privacidade.

A norma do GSI também orienta as operadoras a contratar, dentro de uma mesma área geográfica, equipamentos de, no mínimo, dois fornecedores distintos. A prática, no entanto, já é adotada pelas principais teles brasileiras para 2G, 3G e 4G, por estratégia comercial. Essa Instrução Normativa está em análise na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Também está na Anatel a análise do edital do leilão do 5G, pelo direito de explorar frequências para transmitir o sinal. A disputa é restrita às teles - como Claro, Vivo, TIM, Oi e Algar, além de prestadores de pequeno porte - e não diz respeito a equipamentos usados.

Apesar das promessas de que a disputa ficaria para 2020, internamente, a agência sempre trabalhou com o prazo de 2021, corroborado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Nos bastidores, as teles são contra a restrição de atuação da Huawei no Brasil, onde a empresa chinesa já está há 20 anos. A estimativa é que a chinesa esteja presente em algo entre 40% e 50% das redes do País. Além disso, boa parte da estrutura atual pode ser reaproveitada no 5G.

Câmara teme retaliação ao agronegócio

A Câmara dos Deputados deve entrar no debate sobre a Huawei e a segurança das redes 5G. Presidente da Comissão de Agricultura e das Frentes Parlamentares Brasil-China e dos Brics, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) afirma que essa decisão deve ser tomada em conjunto entre Executivo e Legislativo. "Vou sugerir ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) que crie uma comissão para darmos transparência total a esse processo de 5G no nosso país. Temos que visar o que realmente seja o melhor pro Brasil", disse.

Pinato afirma que o Brasil deve tomar a melhor decisão em termos econômicos e tecnológicos no que diz respeito ao 5G, "independente de ideologias". "Se não há consenso sobre o que fazer, vamos fazer um debate franco", afirmou. Para Pinato, a ala ideológica está levando o governo "para o buraco". "O vice-presidente e a ministra Teresa Cristina não vão aceitar isso", acrescentou.

O deputado defende um debate técnico e transparente sobre o tema e afirma que o Brasil não deve ceder a pressões ou paixões. "A China não é nenhuma santa, mas os EUA têm interesse nessa causa. Não podemos fazer algo só porque o Trump (presidente dos EUA, Donald Trump) disse. O mesmo Trump que briga com a China comprou respiradores de lá e depois faltou pra todo mundo. Não é briga nossa", afirmou. "Vamos entrar nessa briga para não ganhar nada e ainda por cima prejudicar o agro?", questionou.

Estados Unidos apertam teles contra Huawei

Os Estados Unidos têm intensificado movimentos contrários à chinesa Huawei e pressionado operadoras em todo o mundo. Declarações públicas do secretário de Estado norte-americano, Michael R. Pompeo, foram distribuídas pela Embaixada dos EUA no Brasil com esse teor. A Huawei se defende das acusações e afirma nunca ter tido incidentes relacionados à segurança em 30 anos de operação em mais de 170 países.

Em nota oficial, Pompeo defende a adoção de "fornecedores confiáveis" para o 5G. "A maré está se voltando contra a Huawei à medida que cidadãos de todo o mundo estão acordando para o perigo do estado de vigilância do Partido Comunista Chinês", afirma.

O secretário cita medidas anunciadas pela República Checa, Polônia, Suécia, Estônia, Romênia, Dinamarca, Letônia e Grécia. Ele menciona ainda iniciativas adotadas por teles na França, Índia, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Reino Unido e Canadá. A nota destaca ainda que a Telefônica, dona da Vivo, também teria se comprometido a não usar equipamentos de fornecedores "não-confiáveis".

A Huawei afirma ser uma empresa privada, com muitos empregados como investidores, além de investidores privados. Por ter capital fechado, ela não tem, porém, o mesmo grau de transparência das nórdicas Ericsson e Nokia, listadas em bolsa e com balanço auditado por empresas independentes.

A empresa atua há 22 anos no País. "A segurança cibernética e privacidade do usuário são o principal foco de atenção da Huawei", reitera. A companhia fornece equipamentos para mais de 500 operadoras em todo o mundo e afirma ter 91 contratos confirmados no 5G até o primeiro trimestre deste ano.

Pesa contra a Huawei a Lei de Inteligência Nacional, de 2017, segundo a qual toda organização deve apoiar e cooperar com a inteligência do Estado. Para os críticos, essa legislação obrigaria as empresas que atuam no país a repassar informações ao comando do Partido Comunista, dentro e fora da China.

Sobre a suspeita, a Huawei afirma que suas soluções "estão de acordo com as leis de cada país em que atua" e que não trabalha "com qualquer governo ou instituição no sentido de criar 'backdoor' para produtos ou serviços". A Huawei informa que tem trabalhado para achar formas de "gerenciar" as restrições propostas pelos EUA.

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