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A redução das alíquotas do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) incidentes sobre extratos concentrados de sementes de guaraná, de açaí e sucos de frutas destinados à elaboração de refrigerantes e refrescos será retomada. A determinação faz parte do Decreto 8.017 publicado nesta segunda-feira (20) no Diário Oficial da União.

Os benefícios foram concedidos em 2011, por meio do Decreto nº 7.660. No entanto, a redução da isenção foi extinta em 1º de outubro de 2012. Segundo a publicação, o extrato de semente de guaraná ou de açaí terão o imposto reduzido em 50%. Já para os extratos usados na elaboração de refrigerantes que contenham suco de fruta, a redução será de 25%.

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A publicação de hoje retoma a alíquota menor aos produtores que comprovarem o padrão do produto. O texto especifica que ficam “reduzidas as alíquotas do IPI relativas aos refrigerantes e refrescos classificados no código 2202.10.00, desde que atendam aos padrões de identidade e qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e estejam registrados no órgão competente”.

A Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) divulgou uma nota em protesto a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dada pelo Governo Federal. A entidade declarou que com essa medida os municípios do nordeste que já sofrem com uma das maiores secas dos últimos 50 anos, serão os mais penalizados com a diminuição dos repasses.

Nota de protesto na integra:

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“A Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE), em nome dos municípios do Estado de Pernambuco, vem a público externar seu mais veemente protesto contra a medida do Governo Federal, que mais uma vez prorroga a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), penalizando os municípios, o elo mais fraco da corrente federativa, em favor da grande indústria automobilística situada no Sul do País, aprofundando as desigualdades regionais. Isso repercute negativamente na execução das políticas públicas e sociais de âmbito municipal, em prejuízo dos milhares de brasileiros e brasileiras que vivem nos pequenos municípios.

Se por um lado as sucessivas perdas de receita e a maior seca das últimas décadas têm fragilizado financeiramente os municípios, por outro lado, o Governo Federal tem repassado cada vez mais atribuições para nossas Prefeituras, sem qualquer tipo de compensação financeira. Na reunião do Conselho Deliberativo da SUDENE, a presidenta Dilma Roussef anunciou algumas ações emergenciais, importantes para este momento de seca, mas insuficientes para aliviar a grave crise estrutural que se abate sobre os municípios, fruto da marginalização a que foram submetidos.

O anúncio de máquinas e equipamentos, embora relevantes, não atendem as necessidades de abastecimento urgentes que se impõem, considerando-se a insuficiente capacidade de produção do mercado. Alguns deles somente serão entregues no final do ano de 2013.

Por outro lado, as negociações celebradas com o Ministério da Integração Nacional, na reunião realizada em 18 de março na sede da AMUPE, bem como a ocorrida em Brasília, com representantes de 07 Estados do Nordeste, em 20 de março, não foram consideradas e não avançaram, frustrando as expectativas criadas. 

Para os prefeitos pernambucanos, é lamentável a insensibilidade do Governo Federal para com a dura realidade enfrentada pelos municípios, sobretudo os mais afetados pela estiagem. É na porta dos Prefeitos e não nos gabinetes de Brasília, que batem, a cada dia, milhares de homens e mulheres aflitos por água, ração para os animais, emprego, renda e alternativas de sobrevivência. 

Uma população historicamente sofrida, cansada de migalhas e de ações emergenciais. Não é possível que o governo federal se mantenha inerte. Os prefeitos pernambucanos esperam do Governo Federal sensibilidade e medidas eficazes de superação, concedendo aos municípios os recursos necessários. Os municípios se constituem o parceiro federativo de maior capilaridade, com acesso direto à população e capacidade de atendimento de forma mais ágil e eficaz.

Por isso, os prefeitos pernambucanos esperam que a presidenta Dilma reveja seu posicionamento e trate os entes federativos de forma mais respeitosa, descentralizando a gestão e os recursos financeiros fundo a fundo, através do cartão de defesa civil, promovendo, assim, o atendimento imediato, conforme requer a situação, alcançando, dessa forma, melhoria de vida para milhares de brasileiros e brasileiras.”

O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Paulo Butori, comemorou, nesta segunda-feira, a prorrogação, até 31 de dezembro, da alíquota diferenciada do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos. "Fiquei surpreso com a decisão, pois é melhor para o setor do que se o IPI fosse mais alto e deve trazer um leve aumento nas vendas", disse Butori, durante o IV Fórum da Indústria Automobilística, em São Paulo (SP). "Mas o crédito ainda é restrito", ponderou.

Butori afirmou ainda que a prorrogação da regulamentação do Inovar-Auto por mais 60 dias, anunciada nesta segunda-feira, poderia trazer benefícios para o setor de autopeças, como, por exemplo, a regulamentação da rastreabilidade de peças para que seja comprovado o índice de nacionalização obrigatório dos veículos até 2017. "O maior problema hoje são as peças vindas da Argentina, mas avaliamos que isso será resolvido com uma autodeclaração das montadoras de que as peças são brasileiras", disse.

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O presidente do Sindipeças voltou a cobrar a criação de um "Inovar-Peças", ou seja, um programa de incentivo para o mercado nacional de autopeças, com medidas principalmente de desoneração do setor. Entre elas estaria a elevação do imposto de importação, hoje em 16% para a maioria das peças, mas com uma lista de exceção de mais de 200 produtos que pagam uma alíquota de 2% por não terem similares brasileiros.

"O produtor brasileiro até pretende investir, mas não há segurança jurídica para que isso ocorra e novas peças sejam produzidas", disse Butori. O setor de autopeças registrou um déficit de US$ 6,5 bilhões no ano passado, o recorde desde que passou a ser deficitário, a partir de 2006. Ainda no ano passado, o setor faturou R$ 81,7 bilhões, queda de 10,5% ante 2011. A previsão do Sindipeças é de alta de 2,7% na receita em 2013, para R$ 83,92 bilhões.

A prorrogação da alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis até 2014, anunciada na noite desse sábado (30) pelo Ministério da Fazenda, ajuda a manter os níveis de produção e de emprego no setor automotivo, avaliou neste domingo o diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ademar Cantero. "Mantendo os níveis de vendas, você automaticamente está assegurando níveis de produção e, consequentemente, níveis de emprego", afirmou. De acordo com Cantero, o efeito da medida sobre o mercado é "muito positivo".

"A indústria automobilística representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O efeito econômico social desse mercado é muito importante na economia. Nós saudamos a medida", afirmou Cantero.

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A questão do incentivo fiscal foi levada ao Ministério da Fazenda pelas associações como um dos temas tratados em reuniões com o governo. "Evidentemente, nós temos muitos encontros com o governo em função dos nossos temas. Esse tema da possibilidade de prorrogar o IPI nós discutimos com o governo, que, considerando o efeito disso na economia, decidiu prorrogá-lo."

O setor automotivo já contratou, em janeiro e fevereiro deste ano, 1.819 trabalhadores, segundo a Anfavea. Reportagem publicada na edição de ontem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que a indústria automobilística, com 131,7 mil trabalhadores, está perto de atingir seu recorde histórico em número de funcionários (133,6 mil em fins de 1980).

A partir de abril, a alíquota de IPI sobre veículos subiria novamente - após uma primeira rodada de aumento no início do ano - e, em julho, retornaria à alíquota original. Os veículos flex e a gasolina de até 1.000 cilindradas, por exemplo, teriam a partir de segunda-feira as alíquotas majoradas de 2% para 3,5%. O governo, no entanto, decidiu manter o imposto em 2% para a categoria até o final do ano.

O diretor da Anfavea ressaltou que, no início do ano passado, o setor registrava queda nas vendas de automóveis, movimento revertido depois do anúncio do benefício do IPI reduzido. "O governo adotou a redução do IPI, as montadoras também reduziram os seus preços e o crédito foi destravado. Em função desse conjunto de medidas, no ano passado conseguimos inverter essa curva para um crescimento de 4,5% no mercado", disse Cantero.

O governo confirmou nesse sábado (30) que vai manter a alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e caminhões até 31 de dezembro deste ano. O anúncio foi feito pelo Ministério da Fazenda, por meio de nota. Pelo cronograma divulgado no fim de 2012, estavam previstos três aumentos do tributo sobre veículos. O primeiro se confirmou em janeiro. O imposto deveria subir a partir de amanhã e voltaria à alíquota original em julho.

A informação de que o aumento do IPI seria adiado foi antecipada pelo Estado na quarta-feira, na coluna Direto da Fonte, da jornalista Sonia Racy. O ministro da Fazenda, Guido Mantega justificou, em entrevista ao Jornal Nacional, que o objetivo da medida é "evitar risco de que houvesse uma queda nas vendas ao longo do ano".

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Para os veículos flex e a gasolina motor 1.0, as alíquotas subiriam, a partir de segunda-feira, de 2% para 3,5%. O governo, no entanto, decidiu manter o imposto em 2% para esta categoria até o final deste ano. A alíquota original para veículos de até 1.000 cm³ é de 7%.

Para os carros flex motor 1.0 a 2.0, a alíquota do IPI deveria passar dos atuais 7% para 9%, e para os veículos a gasolina, de 8% para 10%. O governo decidiu manter as alíquotas nos atuais 7% para os veículos flex e 8% para gasolina. O IPI original desse segmento é de 11% para carros flex e 13% para os que são movidos a gasolina.

Para veículos acima de 2.000 cm³, a alíquota permanece inalterada em 25% para os veículos a gasolina e em 18% para os carros flex. Já para caminhões, a alíquota permanece em zero. Também foi prorrogada a alíquota de 2% até 31 de dezembro para comerciais leves. A alíquota original nesse segmento é de 8%.

A medida representa renúncia fiscal adicional (recursos que deixarão de ser arrecadados) de R$ 2,2 bilhões de abril a dezembro de 2013 em relação ao que já estava previsto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal deve adiar o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, previsto para subir no dia 1º de abril. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a equipe econômica pode, até, congelar as alíquotas no patamar atual por tempo indeterminado. Pelo cronograma divulgado em dezembro, estavam previstos três aumentos do tributo. O reajuste de janeiro se confirmou. O imposto deveria subir novamente em abril e julho.

A informação de que o imposto não subiria em abril foi publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, na última quarta-feira (27). O anúncio da prorrogação deve ser feito na segunda-feira (01/04)pelo Ministério da Fazenda.

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O fraco desempenho das vendas no primeiro trimestre de 2013 fez o governo rever a decisão de aumentar gradualmente o tributo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) se reuniram na quinta-feira (28) para avaliar a situação do setor neste início de ano.

Entre maio e dezembro de 2012, o governo reduziu o IPI dos veículos flex de até 1.000 cilindradas de 7% para zero. Em 1º de janeiro de 2013, a alíquota dessa categoria subiu para 2% e deveria subir para 3,5% a partir de segunda-feira (01/04), voltando aos 7% originais em 1º de julho, segundo cronograma divulgado pelo governo no final do ano passado.

Para os veículos flex de 1.000 a 2.000 cilindradas, a alíquota do IPI caiu de 11% para 5,5% até 31 de dezembro, subiu para 7% em 1º de janeiro e deveria ir a 9% na segunda-feira (01/04). Para veículos a gasolina nessa faixa, o IPI original saiu de 13% para 6,5% entre maio e dezembro do ano passado, foi para 8% em 1º de janeiro e a previsão era chegar a 10% a partir de abril. Já para os veículos utilitários, a alíquota de 8% ficou em 1% até dezembro, subiu para 2% em janeiro e deveria ir para 3% agora.

Estoques elevados

Nesta semana, o vice-presidente de assuntos corporativos da Ford para a América do Sul, Rogelio Golfarb, afirmou estar "reticente" se a projeção de crescimento do mercado automotivo da Anfavea para 2013, de 3,5% a 4,5%, irá se concretizar, citando a questão do IPI. "Apesar de janeiro ter registrado vendas fortes, o resultado só ocorreu por causa da venda de veículos em estoques com redução total de IPI." Em fevereiro, segundo ele, houve queda nas vendas em relação a fevereiro do ano passado. "E os números de março, até agora, ainda estão aquém."

A lenta recuperação da economia tem levado a Fazenda a rever o fim de vários incentivos tributários desde o ano passado. E o setor automobilístico é um dos mais sensíveis para o governo, por conta do seu peso na indústria, no varejo e no emprego. A indústria automobilística representa quase 25% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. Desde que o ministério derrubou o IPI, em maio do ano passado, já houve quatro prorrogações.

A produção de veículos cresceu 18,4% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período de 2012, o que surpreendeu analistas do setor. As vendas, no entanto, decepcionaram. Os números de fevereiro foram os piores para este mês do ano desde 2010. Em março, o mercado de carros novos não reagiu, como se esperava, e os estoques seguiram elevados, beirando os 40 dias, segundo dados da Anfavea.

O deputado federal, Raul Henry (PMDB), participou do encontro com os 184 prefeitos de Pernambuco na cidade de Gravatá e, na ocasião, criticou a redução de Imposto sobre Produtos industrializados dada pelo Governo Federal, o que ocasionou a diminuição do Fundo de Participação dos Municípios. Outro tema questionado pelo deputado diz respeito a reforma política, pacto federativo e a redistrubuição dos royalties do petróleo.

“Essa política federal de incentivo ao consumo foi realizada com os tributos partilhados e quem está pagando o beneficio dado às empresas de São Paulo, são os estados e municipios do nordeste. Já não basta a seca que vem causando prejuízos enormes, agora temos que enfrentar essa má redistribuição dos recursos, por isso uma reforma tributária é necessária e urgente”, comentou Raul Henry.

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Segundo o deputado, essa reforma teria que ser encabeçada pela presidência da república, mas falta interesses do executivo para que esse projeto entre na pauta de votação do congresso. “A participação da União vem aumentando desde a constituinte de 1988, enquanto os estados e municípios têm os repasses diminuídos, é preciso dar uma reequilibrada, mas dificilmente assunto será votado este ano ”, destacou.

Henry contou que alguns temas são complexos para entrar na pauta de discussão e votação do congresso, como é o caso da reforma política. Já a redistribuição dos royalties foi mais fácil de ser votado porque apresentaram somente duas propostas. “No caso dos royalties do petróleo, o congresso se rebelou, eram dois projetos e uma desses era a mais justo. Assim  contrário a orientação de lideranças políticas do plenário, o congresso votou contra o executivo”, afirmou o deputado.

Ele defende que os recursos advindos dos royalties de petróleo sejam investidos na educação e no desenvolvimento social. "O petróleo é uma riqueza finita e para transformar em sustentável, é necessário se investir em capital humano, principalmente na educação, ajudando ao desenvolvimento social e econômico", pontuou.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o momento de fazer a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é agora. "E temos acúmulo de força", disse. Segundo ele, a reforma tem condições de ser aprovada rapidamente. "Consideramos que é o momento adequado e tem condições de ser aprovada em pouco tempo", disse.

Mantega destacou que a estratégia do governo é fazer a reforma tributária de forma fatiada. "Essa é a estratégia que assumimos publicamente", disse. Segundo ele, o governo não foi bem-sucedido no passado, quando apresentou propostas de mudanças de reforma tributária e encontrou obstáculos muito grandes.

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Ele ressaltou que o governo começou a fazer a reforma tributária fatiada com a desoneração da folha de pagamento das empresas. "Ela já está tendo alguma adesão e está se generalizando. Tivemos que discutir com cada setor produtivo. É um ritmo normal. Não dá para baixar um decreto e impor para todo mundo. Tivemos que discutir e negociar", afirmou.

No caso da mudança do ICMS, disse o ministro, se trata de "reforma total, de uma só vez". "É difícil. São 27 Estados que têm interesses diferentes", afirmou.

Sobre a renovação das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, Mantega afirmou que o efeito econômico das medidas resultou em mais arrecadação de outros tributos. "A filosofia é reduzir tributo para estimular atividade, ganhando em outros", disse.

Segundo ele, a queda nas receitas de IPI por dia útil no segmento automotivo em 2012 foi de R$ 19,5 milhões. Mas, por outro lado, houve um aumento diário de R$ 11,8 milhões no PIS/Cofins e de R$ 11,1 milhões no ICMS. Além disso, teria havido um acréscimo diário de R$ 2,8 milhões na arrecadação diária de IPVA.

"A vantagem por dia foi de R$ 6,2 milhões. Você pode reduzir um tributo e aumentar arrecadação, caso a economia reaja com o estímulo. Os Estados não têm do que reclamar, porque eles têm metade da perda do IPI no Fundo de Participação, mas ganham mais pelo outro lado", acrescentou Mantega.

Segundo Mantega, a renúncia fiscal da desoneração de IPI em 2013 será de R$ 2,63 bilhões com automóveis, R$ 550 milhões com linha branca e de R$ 650 milhões com móveis.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (19) a prorrogação das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, linha branca e móveis. "Fizemos desonerações temporárias em 2012 e temos resultados muito bons", afirmou.

A partir de janeiro, o desconto para os automóveis vai ser menor. Para carros de até mil cilindradas (cuja alíquota normal é de 7%), a cobrança deixará de ser zero e passará para 2% entre janeiro e março, e para 3,5% de abril até junho. Para os carros com motores flex de mil a 2 mil cilindradas (cujo IPI normal é de 11%), a alíquota passará dos atuais 5,5% para 7% no primeiro trimestre de 2013 e chegará a 9% no trimestre seguinte. Já os automóveis com essa potência movidos a gasolina (cuja cobrança normal é de 13%), passarão de 6,5% para 8% até março e para 10% até junho.

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"Em julho, todas essas alíquotas voltam ao seus patamares normais", garantiu Mantega. Já para caminhões, cuja cobrança era de 5%, o IPI continuará zerado por tempo indeterminado. "Essa alíquota permanecerá em zero, porque estamos desonerando um bem de capital", completou.

Segundo Mantega, as medidas deram resultado, o setor automotivo aumentou o emprego durante 2012 e está fazendo investimentos. "As vendas de automóveis estavam deprimidas até junho e se intensificaram a partir da redução de IPI, em julho. As vendas vêm se mantendo em um patamar cerca de 30% superior ao do primeiro semestre", acrescentou o ministro.

A desoneração da linha branca com eficiência energética também foi prorrogada. No caso dos fogões (cuja alíquota normal é de 4%), a cobrança deixará de ser zero a partir de fevereiro e será de 2% até junho. O mesmo patamar será aplicado aos tanquinhos, cuja taxa normal é de 10%. Já os refrigeradores e congeladores (cujo IPI normal é de 15%) deixarão de pagar 5% a partir de fevereiro, passando para 7,5% até junho. "Se não tivéssemos feito desoneração, as vendas de linha branca teriam sido de 30% a 40% menores do que foram este ano", disse o ministro.

A desoneração das máquinas de lavar (cujo alíquota normal era de 20%), continuará em 10% por tempo indeterminado. "Essa taxa não volta mais, será permanente em 10%. Trata-se de um objeto de desejo das famílias de renda menor e média e não pode ser mais classificada como um bem de luxo. Metade dos lares brasileiros não possui máquina de lavar, então existe uma demanda aquecida pelo produto", explicou Mantega.

Por fim, os descontos de IPI para móveis e painéis (cujas alíquotas normais são de 5%), passarão de zero para 2,5% de fevereiro a junho. Os mesmos patamares serão aplicados aos laminados, cujo IPI normal é de 15%. Já para as luminárias (cuja cobrança normal é de 15%), a taxa passará dos atuais 5% para 7,5% entre fevereiro e junho. Já a queda de 20% para 10% no IPI de papéis de parede será permanente.

Na primeira semana do mês, as vendas de veículos cresceram 13% em relação ao mesmo período de novembro, somando 84 mil unidades. A possibilidade do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em vigor desde o fim de maio, está levando mais pessoas às lojas, informam concessionários. Já em relação a dezembro de 2011 o resultado da primeira semana é de queda de 16,7%.

Há grande expectativa entre as montadoras de que o governo manterá o IPI menor ao menos até março, com receio de uma queda expressiva na atividade econômica no primeiro trimestre de 2013. Mas, se isso ocorrer, o anúncio da prorrogação será feito somente depois do dia 20.

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Até lá, fabricantes e concessionários vão fazer campanhas com o mote de "último mês de redução do IPI" para atrair clientela. A General Motors realizou feirão na fábrica de São Caetano do Sul (SP) no último fim de semana usando o chamativo e vai repetir a dose no próximo sábado (14) e no domingo (15).

"Nesta segunda-feira (09) já notamos maior número de clientes na loja, sinalizando uma movimentação maior em razão do fim do IPI", diz Marcos Leite, gerente da revenda Volkswagen Amazon, na capital paulista. A loja está reforçando estoques para evitar falta de produtos e até garantir alguma sobra de modelos com IPI mais baixo para início do próximo ano.

Segundo Leite, apenas modelos importados como Jetta, Tiguan, Passat e Fusca estão em falta. "Não aceito nem encomenda, pois não há garantia de entrega até o fim do mês."

Alguns carros que já tinham lista de espera em outubro, quando ocorreu a última prorrogação do benefício do IPI, seguem com dificuldade de entrega.

O compacto March, da Nissan, voltou a ser importado do México mas dificilmente o consumidor vai encontrá-lo para pronta entrega. Em algumas lojas de São Paulo também há fila para algumas versões do Fiat Grand Siena e do Ford EcoSport, segundo relatam concessionários. Na GM, a espera pode passar de 30 dias para Cobalt, Spin, Cruze e o recém-lançado Onix, mas há Agile, Celta e Classic - alvos principais do feirão - para pronta entrega.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta vendas de quase 370 mil veículos este mês. Se confirmado, será o terceiro melhor em vendas da história, atrás dos resultados de dezembro de 2010 (381,5 mil unidades) e agosto deste ano (420 mil).

Atingindo esse volume, a indústria fechará 2012 com vendas de 3,8 milhões de veículos, quase 5% acima do resultado de 2011. Para 2013, a estimativa da Anfavea é de chegar próximo das 4 milhões de unidades, incluindo caminhões, cujas vendas começaram a reagir em outubro. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Mesmo contando com os efeitos das medidas já adotadas para fazer a economia voltar a crescer num ritmo de 4% em 2013, o governo estuda a possibilidade de manter alguns dos estímulos provisórios que deveriam ser retirados a partir de janeiro. Está em avaliação a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de produtos da linha branca e do Reintegra, regime que devolve às empresas 3% do faturamento com exportações.

Os benefícios podem, no entanto, sofrer algumas adaptações. No caso do IPI para produtos da linha branca, o governo estuda a possibilidade de tornar permanente parte da redução do imposto para alguns itens, como os chamados tanquinhos. Não está descartada a renovação do IPI para carros, segundo uma fonte da área econômica.

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Uma das preocupações do governo é com o impacto no crescimento econômico e na inflação decorrente da retirada total dos incentivos no primeiro trimestre do ano que vem. Há uma avaliação de que a volta do IPI cheio pode arrefecer o ímpeto da retomada da atividade industrial.

Os dados mostram que as empresas estão desovando os estoques nesta primeira fase de recuperação da economia e manter a expectativa de demanda é importante para que a produção cresça com mais força. Mas ainda não há decisão por causa do impacto fiscal da renovação, mesmo que parcial. Isso só deverá ocorrer no fim do mês. Ainda pesa contra a renovação o efeito colateral negativo no comportamento do consumidor de sucessivas renovações do benefício.

Reintegra

Segundo fontes, o Reintegra pode ter mudanças na lista de produtos que geram direito ao crédito. A ideia original era que a relação de produtos fosse apenas de manufaturados, mas alguns semimanufaturados foram incluídos. Por isso, o governo pode tornar a lista mais enxuta.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior defende a extensão do programa no modelo em vigor por mais um ano, mas a Fazenda entende que o programa é caro e questiona a efetividade dos resultados gerados. A equipe do ministro Guido Mantega não gostaria de prorrogar o Reintegra, que tem uma renúncia fiscal estimada em R$ 5,3 bilhões ao ano. Mas o governo enfrenta uma pressão do setor empresarial, que pede a sua extensão.

"Neste momento tão delicado da economia mundial e de redução do saldo da balança comercial brasileira fica difícil não ter a prorrogação do Reintegra", diz um técnico do governo. Essa fonte lembra que somente agora o programa está "azeitado".

O governo tem sido pressionado pelos empresários a tomar uma decisão rápida sobre o Reintegra. Eles argumentam que as empresas estão inseguras para fechar os contratos de exportação sem uma definição se poderão contar com o benefício em 2013.

Brasil Maior

O Reintegra foi um mecanismo estabelecido no Plano Brasil Maior - a política industrial do governo Dilma Rousseff - para devolver até 3% dos impostos pagos na cadeia produtiva aos exportadores de bens manufaturados.

Embora tenha sido anunciado em agosto do ano passado, a sua regulamentação saiu apenas no fim de 2011, quando efetivamente entrou em vigor. Na ocasião na edição da MP do Brasil Maior, o câmbio era ainda de R$ 1,56 por dólar.

A lei prevê que a devolução dos impostos pelo Reintegra pode variar de 0,5% a 3% das exportações e ser definida conforme o produto. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O fraco desempenho da economia no terceiro trimestre e a queda das vendas de veículos em novembro, de 8,74% ante outubro, acendeu a luz vermelha das fabricantes e do governo. As duas partes vão se reunir nos próximos dias para avaliar a manutenção do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), previsto para acabar dia 31.

Segundo fontes do setor, o governo está propenso a manter o benefício, ainda que enfrente pressão de Estados e municípios que perderam parte do repasse desse imposto. No curtíssimo prazo, o governo também tenta garantir vendas robustas neste mês, para evitar vexame ainda maior no resultado do PIB. Analistas já preveem crescimento abaixo de 1,2% para o ano.

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O plano anunciado na quarta-feira (05) pelo Banco do Brasil, de carência de seis meses para início do pagamento das prestações do carro, faz parte da série de medidas de curto prazo que devem ser adotadas em vários setores.

"É uma medida de curto prazo justamente porque é um risco", diz o presidente do Conselho da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Roberto Vertamatti. "Vejo com preocupação porque há muitas medidas pontuais, mas não há plano consolidado para se buscar um crescimento sustentável da economia que passaria, por exemplo, por mudanças no sistema tributário, que é irracional."

Sobre a manutenção do IPI menor, um executivo diz que o "governo precisa de um setor com crescimento mais forte para puxar a economia, e ninguém melhor do que a indústria automobilística para ajudar nessa tarefa". O IPI caiu de 7% para zero para carros nacionais 1.0 e de 11% e 13% para 5,5% e 6,5% para aqueles com motores até 2.0.

O presidente da Ford Brasil, Steven Armstrong, espera um crescimento de 2% a 4% para o mercado de veículos em 2013, mas o desempenho vai depender do cenário macroeconômico, das taxas de juros e da continuidade ou não do IPI menor. "Esperamos que os estímulos ao consumo continuem", diz ele. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A greve das prefeituras no Estado de Pernambuco por causa da diminuição do repasse do Fundo de Participação do Município (FPM), que durou cerca de quatro dias e termina nesta sexta-feira (16), como já estava previsto, resultou em poucas respostas práticas nesse momento. O Governo Federal concedeu um abatimento de 60% das multas ocasionadas pelos débitos previdenciários das cidades, a renegociação das dívidas e um acrescimento no orçamento de R$ 1,5 bilhão distribuído entre todas as cidades brasileiras por meio de emendas parlamentares.

Muitos prefeitos alegam que para fechar o caixa dos municípios e não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estão suspendendo serviços e demitindo cargos comissionados. Os gestores também reclamavam a isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e solicitam um bônus compensatório.

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Por causa da estiagem que tem gerado problemas econômicos e sociais, 125 cidades decretaram estado de emergência. Os gestores também reivindicam a criação de um comitê especial para tratar os problemas da seca.

Dos 184 municípios em Pernambuco 89 aderiram ao movimento organizado pela Comissão de Desenvolvimento do Agreste Meridional (Codeam), pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), entre outras entidades. Os dias que as prefeituras ficaram paradas serão recompensados com uma hora a mais de expediente durante as próximas três semanas.

As prefeituras de Pernambuco permanecem em greve até a próxima sexta-feira(16), dos 184 municípios, 89 protestam contra a diminuição do repasse do Fundo de Participação do Município (FPM) e os problemas ocasionados pela falta de chuvas no semiárido. Os prefeitos querem que a presidenta Dilma Rousseff (PT) dê uma compensação fiscal e aumente de verbas repassadas para as cidades. Eles também pressionam o governo Federal por uma redistribuição dos recursos advindos da extração de petróleo (Royalties).



A situação é agravada quando se leva em conta a questão da estiagem no Nordeste, pois 125 cidades de Pernambuco já decretaram estado de emergência e 117 delas tiveram o pedido reconhecido. Oito cidades são da zona da Mata, mas o problema aumenta em 61 Municípios do Agreste e 56 do Sertão. Os gestores reivindicam a criação de um comitê de crise para tratar os problemas da seca. 



De acordo com o presidente da Comissão de Desenvolvimento do Agreste Meridional (Codeam), Eudes Catão, houve uma queda no FPM de 22%, por causa da redução de IPI. 50% desse imposto fica com a União e a outra parte é repassada aos municípios que já perderam mais de R$3,5 bilhões.



O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) Jandelson Gouveia, contou sobre as dificuldades para atender a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com a diminuição dos repasses estaduais e federais. A LRF determina que os gastos com funcionalismo não pode ultrapassar os 54% da receita municipal e alguns prefeitos estão demitindo os funcionários por não conseguirem fechar as folhas de pagamento.

Apesar da paralisação, os prefeitos se comprometeram a manter serviços ligados a rede municipal de saúde e a coleta de lixo. Os dias que as prefeituras ficarem paradas serão recompensados com uma hora a mais de expediente durante três semanas.

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A semana no Senado Federal começou com novidades. Na última terça-feira (30) a comissão de especialistas instituída para propor mudanças na legislação sobre o pacto federativo, entregou o relatório final ao presidente José Sarney, com diversas sugestões de alterações. O assunto também é acompanhado pelos deputados e prefeitos pernambucanos que se mostram favoráveis as propostas.

No documento, os integrantes da comissão que tem como líder o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim e como relator o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, apresentam possibilidades de redução do desequilíbrio entre as unidades da federação, com prioridade para quatro temas: Fundo de Participação dos Estados (FPE), distribuição dos royalties do petróleo, guerra fiscal e dívidas dos estados. As propostas foram resumidas em nove anteprojetos de lei e duas sugestões de matérias que já tramitam no Congresso Nacional.

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Segundo o deputado federal, Paulo Rubem (PDT-PE) a Constituição Federal tem 24 anos e até o momento não há uma república federativa porque não há arrecadação igualitária entre os Estados e municípios. “A arrecadação é concentrada no cofre da União e não é dividida. Quando a União arrecada ela aplica sem respeitar o princípio de Regionalização do Orçamento Federal. Se você pega os créditos do Banco do Brasil de outros bancos e do Governo Federal, você vai ver um desequilíbrio federativo muito maior beneficiando o Sul e o Sudeste” frisou o deputado.

Paulo Rubem também manifestou que apoia as mudanças. “Na divisão das receitas tem que fazer um pacto federativo para dar autonomia aos entes dos estados e municípios e reparar as dívidas que o Brasil tem com a União. A União tira dos estados e dos municípios, tira dos mais pobres e dá aos mais ricos. Por isso, sou favorável à reforma tributária, orçamentária e financeira e sou contra que o governo federal tenha direito de mexer nas receitas dos municípios”, expõe Rubem, que também fez uma crítica ao prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). ”Após ser eleito o petista foi conversar com Dilma para renegociar a dívida de São Paulo. Mas porque só a cidade de São Paulo vai negociar e não todos os Estados?” questiona o parlamentar.

Para o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB-PE), o pacto federativo é fundamental e a divisão dos recursos deve ocorrer. “Precisamos fazer uma divisão mais justa proveniente dos impostos. Além disso, defendo que sejam igualitárias também as arrecadações municipais. Exemplo disso temos Ipojuca com uma arrecadação semelhante à Suíça, enquanto cidades como Barreiros, têm uma estrutura sucateada sem recursos, então, o bolo é menor para alguns”, critica o tucano.

Daniel Coelho também disse ser a favor da divisão dos recursos do royalties do petróleo, porém, que sejam considerandos os municípios mais necessitados. “O petróleo é uma atividade econômica federal, que por mais que funcione em um estado, arrecadou recursos do Brasil inteiro. Sendo assim, não é justo que eles fiquem com toda a receita. Temos que analisar cada local para termos uma situação de igualdade”, pontuou o tucano.

Quem também é a favor do pacto, é o deputado federal, Mendonça Filho (DEM-PE) que disse que é necessário discutir o assunto. “É preciso uma discussão mais profunda do pacto federativo, porque o bolo da arrecadação tributária é muito grande. E creio que o nosso Estado será beneficiado e poderá reverter esses recursos em saneamento, política social, saúde e educação”, opinou Mendonça.

Reflexo Municipal - O prefeito reeleito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB) comentou o pacto federativo e os reflexos dele para os municípios. Lossio disse que o pacto brasileiro é baseado no americano e este último no suíço. Porém, diferente dos países do exterior, no Brasil não há equilíbrio. “Temos uma distorção tanto da arrecadação quanto dos recursos que não são equilibrados como nos países de fora. Lá isso ocorre de forma diferenciada, numa distribuição voltada mais para a renda per capita dos municípios”, analisou Lossio que em seguida soltou uma crítica. “Os municípios são as grandes atividades executoras, mas os prefeitos são dependentes do governo federal. No caso do IPI, por exemplo, as prefeituras deveriam ser recompensadas, porque não adianta dar emprego à indústria automotiva, porque acertam um lado e erram em outro”, alfinetou o peemedebista.

Lossio também avaliou a divisão dos recursos do petróleo. “É algo que pertence a todos nós brasileiros, independente de onde está instalado. Sabemos que na cidade onde está deverá ter um recurso maior devido às despesas ambientas e outras, mas precisa ser dividido. Se o local da fonte tivesse que ser beneficiado totalmente eu poderia cobrar uma taxa para as cidades que recebem água do Rio São Francisco, mas não podemos pensar dessa forma”, cravou o prefeito.

Pacto federativo em Pernambuco - De acordo com o cientista político, Adriano Oliveira, numa análise estadual, a proposta do pacto federativo apresentada pelo governador Eduardo Campos (PSB) tem como objetivo uma discussão política e econômica do Brasil. “A política de Dilma e Lula estão baseadas na diminuição de impostos, o que não está errado. Entretanto, quando você reduz os Impostos Sobre Produtos Industrializados (IPI), você também retira receitas dos municípios e eles perdem capacidade de investimento e quem sofre é a sociedade”, explica Oliveira.

Além de avaliar a situação do IPI, Adriano Oliveira também comentou a divisão dos recursos do royalties do petróleo. “Eduardo Campos defende que os estados possam dividir através do pré-sal, os recursos adquiridos com todos os estados brasileiros. Isso sim será um novo pacto federativo, porque seria distribuído o recurso federal. No entanto, eu defendo ainda que essa repartição seja meritória, ou seja, merecedora”, opina o cientista político que sugere também uma criação de lei. “Deveria ser instituída uma lei de investimentos dos municípios que avaliassem os indicadores positivos dos gestores, para que, não só recebam os recursos, mas que tenham responsabilidade onde irão investir”, recomenda Oliveira.

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O governo publicou nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU) decreto que prorroga até 31 de dezembro a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis. A redução do IPI foi anunciada em maio para vigorar até agosto, quando foi prorrogada até 31 de outubro.

O novo prazo de vigência da redução do IPI foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff, na abertura do 27º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, na semana passada.

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Mesmo sendo o município que tem a terceira maior arrecadação em Pernambuco, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), afirmou que o déficit dos cofres da prefeitura nesse ano ultrapassa os R$ 22 milhões. Um dos motivos alegados pelo tucano diz repeito a redução de Imposto de Produto Industrializado (IPI) anunciados pela presidente Dilma e a diminuição no repasse do Fundo de Participação do Município (FPM).

No levantamento fiscal feito por Elias, a área de assistência e densenvolvimento social ficará sem R$ 9 milhões e a educação do município perderá R$ 5,5 milhões, que seriam utilizados na construção de três escolas. Na saúde, o cálculo chega a R$ 3,3 milhões. Outros valores dizem respeito a investimentos de infraestrutura, drenagem e contenção de encostas.

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O prefeito também criticou a isenção do IPI no fim ano, como uma ação que beneficia as indústrias de São Paulo e agrava os problemas de mobilidade urbana. Segundo Elias, se a presidenta Dilma quisesse movimentar a economia deveria liberar verbas para os municípios realizarem obras que movimentem a indústria civil e gere o maior número de empregos.

A prorrogação do incentivo fiscal no Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) até 31 de dezembro, anunciado pela presidente Dilma Roussef (PT), foi questionada na manhã desta quinta-feira (25) pelo Deputado Estadual Daniel Coelho (PSDB) na tribuna da Assembleia Legislativa.

O parlamentar destacou que o governo federal não busca meios alternativos, precisando mudar seus conceitos ligados à mobilidade urbana. Muitos políticos discursam sobre o tema, mas não buscam soluções que melhorem a qualidade de vida das pessoas.

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“Na campanha todos faziam propostas para melhorar a mobilidade, mas esse discurso fica único e exclusivamente na teoria, pois não são implantados meios alternativos. Temos que mudar o conceito em relação ao carro e ao veiculo individual. Precisamos investir no transporte público de qualidade e outros meios de locomoção como ciclo vias e metrô”, defendeu o deputado.

Ele também criticou que o incentivo fiscal do IPI não ajuda ao desenvolvimento social de quem realmente precisa e atende uma classe que não precisa de assistência. A redução do imposto diminui o repasse de verbas para os municípios e estados, além de beneficiar indústrias da região sudeste.

“O governo federal faz caridade com dinheiro dos municípios e privilegia a indústria do sul. O que nós precisamos é de incentivos ao emprego e não as grandes empresas que fabricam carros, um conceito que foi implantado há 50 anos atrás e não se adéqua ao que vivermos hoje em dia”, reforçou Daniel.

Segundo o tucano, não será através do veiculo individual que se resolverá os problemas do trânsito. “Infelizmente o carro é o único meio de transporte em Pernambuco”, enfatizou Daniel declarar que 600 mil carros circulam diariamente no Recife e a expectativa é de que em 2020, a frota cheguem a um milhão de veículos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a renovação de desoneração do IPI para o setor de automóveis anunciada hoje provavelmente será a última. Segundo ele, a renúncia do governo com a extensão da medida por mais dois meses, até o final do ano, é superior a R$ 800 milhões no período.

A medida, de acordo com o ministro, garante que os empregos continuem aumentando no Brasil. E salientou que a indústria da transformação, um dos setores mais afetados pela crise internacional, já está mostrando recuperação nos últimos meses. Ele ainda citou que a criação de empregos formais no País em setembro foi superior a 150 mil vagas. "Estamos indo bem no emprego", avaliou.

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Questionado a respeito da volta do nível de estoques dos automóveis para perto da média, Mantega disse que esse fator fará com que a indústria tenha necessidade de produzir mais.

A inflação pode se aproximar ou mesmo atingir 6% em 2012 se o benefício fiscal concedido às montadoras de veículos terminar na semana que vem. Essa é a estimativa de economistas do governo federal, que defendem a prorrogação da tabela de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para a indústria automobilística até o fim do ano. Com IPI reduzido desde 22 de maio, as montadoras só terão o incentivo até o próximo dia 31.

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a equipe econômica trabalha com três cenários para a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos meses do ano. No cenário considerado "benigno", os economistas do governo levam em consideração a prorrogação do IPI reduzido às montadoras até o fim do ano e, também, uma estabilização dos preços das principais commodities. Nesse caso, o IPCA terminaria o ano com uma alta entre 5,1% e 5,3%.

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Já o pior cenário prevê a não prorrogação do IPI reduzido e também uma elevação adicional dos preços das commodities. O item "automóveis novos" tem peso de quase 4% na composição do IPCA, e a elevação da carga tributária em novembro e dezembro teria efeito imediato sobre os preços dos carros novos. Nesse caso, o IPCA poderia se aproximar ou mesmo atingir 6% neste ano.

No meio do caminho entre o cenário "benigno" e o pior quadro, o governo prevê um fim de ano em que apenas um dos dois fatores de risco para a inflação (IPI das montadoras e commodities) se realiza.

Internamente, a equipe econômica espera que a inflação termine o ano ao menos 1 ponto porcentual abaixo da variação de 6,5% de 2011, quando o IPCA atingiu o maior nível em sete anos, e quase extrapolou o topo da meta perseguida pelo Banco Central (BC), cujo centro é 4,5%.

Encontros

Não há nenhuma decisão tomada no Ministério da Fazenda quanto à prorrogação do IPI reduzido para as montadoras. O ministro Guido Mantega deve se reunir ao longo desta semana com empresários da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para discutir o ritmo de produção do setor e a expectativa de vendas até o fim do ano.

Se decidir pela renovação do IPI reduzido, Mantega só deve fazer o anúncio na semana que vem, pois o governo aposta na publicidade de "último fim de semana de IPI reduzido" para estimular a venda de veículos novos.

O recolhimento do IPI pelas montadoras despencou por causa do estímulo concedido pelo governo em maio. Até abril, a Receita Federal recolhia cerca de R$ 2,1 bilhões por mês com o IPI pago pelos fabricantes de veículos, e com a tabela de imposto reduzido a entrada de recursos caiu para cerca de R$ 300 milhões por mês.

A prorrogação do incentivo fiscal derrubaria ainda mais a arrecadação, mas, de acordo com os defensores da medida, a situação "já está contornada". Com a decisão de cumprir uma meta de superávit primário menor em 2012, a renúncia adicional de recursos por meio do IPI não seria danosa.

A partir de janeiro de 2013, entra em vigor o novo regime automotivo, que automaticamente vai encerrar a política emergencial de estimular o setor automobilístico com a redução do IPI. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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