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Modalidade de crédito com taxas que quadruplicam uma dívida em 12 meses, o cheque especial terá juros limitados a partir desta segunda-feira (6). Os bancos não poderão cobrar taxas superiores a 8% ao mês, o equivalente a 151,8% ao ano.

A limitação dos juros do cheque especial foi decidida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim de novembro. Os juros do cheque especial encerraram novembro em 12,4% ao mês, o que equivale a 306,6% ao ano.

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Ao divulgar a medida, o Banco Central (BC) explicou que o teto de juros pretende tornar o cheque especial mais eficiente e menos regressivo (menos prejudicial para a população mais pobre). Para a autoridade monetária, as mudanças no cheque especial corrigirão falhas de mercado nessa modalidade de crédito.

Conforme o BC, a regulamentação de linhas emergenciais de crédito existe tanto em economias avançadas como em outros países emergentes. Segundo a autoridade monetária, o sistema antigo do cheque especial, com taxas livres, não favorecia a competição entre os bancos. Isso porque a modalidade é pouco sensível aos juros, sem mudar o comportamento dos clientes mesmo quando as taxas cobradas sobem.

Tarifa

Para financiar em parte a queda dos juros do cheque especial, o CMN autorizou as instituições financeiras a cobrar, a partir de 1º de junho, tarifa de quem tem limite do cheque especial maior que R$ 500 por mês. Equivalente a 0,25% do limite que exceder R$ 500, a tarifa será descontada do valor devido em juros do cheque especial.

Cada cliente terá, a princípio, um limite pré-aprovado de R$ 500 por mês para o cheque especial sem pagar tarifa. Se o cliente pedir mais que esse limite, a tarifa incidirá sobre o valor excedente. O CMN determinou que os bancos comuniquem a cobrança ao cliente com 30 dias de antecedência.

O cheque especial terá juros limitados a partir da próxima segunda-feira (6). Os bancos não poderão cobrar taxas superiores a 8% ao mês, o equivalente a 151,8% ao ano.

A limitação dos juros do cheque especial, modalidade de crédito com taxas que quadruplicam uma dívida em 12 meses, foi decidida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim de novembro. Os juros do cheque especial encerraram novembro em 12,4% ao mês, o que equivale a 306,6% ao ano.

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Ao divulgar a medida, o Banco Central (BC) explicou que o teto de juros pretende tornar o cheque especial mais eficiente e menos regressivo (menos prejudicial para a população mais pobre). Para a autoridade monetária, as mudanças no cheque especial corrigirão falhas de mercado nessa modalidade de crédito.

Conforme o BC, a regulamentação de linhas emergenciais de crédito existe tanto em economias avançadas como em outros países emergentes. Segundo a autoridade monetária, o sistema antigo do cheque especial, com taxas livres, não favorecia a competição entre os bancos. Isso porque a modalidade é pouco sensível aos juros, sem mudar o comportamento dos clientes mesmo quando as taxas cobradas sobem.

Tarifa

Para financiar em parte a queda dos juros do cheque especial, o CMN autorizou as instituições financeiras a cobrar, a partir de 1º de junho, tarifa de quem tem limite do cheque especial maior que R$ 500 por mês. Equivalente a 0,25% do limite que exceder R$ 500, a tarifa será descontada do valor devido em juros do cheque especial.

Cada cliente terá, a princípio, um limite pré-aprovado de R$ 500 por mês para o cheque especial sem pagar tarifa. Se o cliente pedir mais que esse limite, a tarifa incidirá sobre o valor excedente. O CMN determinou que os bancos comuniquem a cobrança ao cliente com 30 dias de antecedência.

No último dia 23, o Banco do Brasil anunciou que dispensará os clientes da tarifa em 2020. Segundo a instituição financeira, a isenção tem como objetivo fortalecer a relação com os clientes.

A fixação de um limite para os juros do cheque especial não é uma "jabuticaba" brasileira, já que 76 países possuem algum tipo de limite de taxas de juros no crédito aos consumidores. O número consta em estudo do Banco Mundial ao qual o Banco Central (BC) recorreu para convencer o Conselho Monetário Nacional (CMN), que define a meta de inflação e regras para o setor bancário, a dar aval à medida.

Poucos deles, no entanto, estabelecem um teto único para todas as taxas de juros praticadas em seus mercados. Assim como o BC escolheu uma modalidade específica para tabelar a taxa máxima, a maior parte dos países que limitam juros optou por estabelecer tetos diferentes para variados tipos de crédito, valores emprestados ou prazos de vencimento.

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A maioria desses países (32), no entanto, estabelece tetos relativos, enquanto 24 impuseram limites absolutos de taxas de juros. No caso brasileiro, o limite para o cheque especial é absoluto, de 8% ao mês.

O documento detalha ainda que um número significativo de países costuma definir o limite máximo dos juros com base em um coeficiente de multiplicação das suas taxas básicas de juros. No caso brasileiro, porém, o teto de 8% ao mês instituído para o cheque especial não tem relação direta com o patamar da Selic, atualmente em 5% ao ano.

Outra comparação pode ser feita com relação à forma como o teto foi estabelecido. A maior parte dos países incorpora o limite de juros à legislação - em 28 deles existem as chamadas "leis de usura" e em 24 há leis específicas de taxas de juros.

Apenas nove países contam com tetos estabelecidos apenas por atos normativos de autoridades - como foi o caso do cheque especial, criado por meio de resolução do CMN.

Custo alto

Mesmo com o teto de 150% ao ano para o juro do cheque especial no Brasil, anunciado na semana passada pelo governo, o custo da modalidade para os consumidores no País ainda será cerca de dez vezes o custo que os portugueses têm na mesma modalidade de crédito. Ou ainda 20 vezes os juros espanhóis para essas operações. Esses dados também constam na exposição de motivos do BC para defender a medida.

Em Portugal, o limite foi definido em um decreto-lei de 2009 e é calculado pela média da taxa anual de encargos efetiva global (Taeg), ou seja, não tem um valor absoluto definido de antemão pela autoridade monetária.

A legislação estabelece que qualquer juro que exceda em 25% a Taeg média praticada pelos bancos no trimestre anterior ou em 50% a Taeg média dos contratos de crédito aos consumidores no mesmo período é considerado usurário.

Enquanto o teto brasileiro para o cheque especial será de 8% ao mês - ou 151,82% ao ano - no terceiro trimestre deste ano a taxa nominal de juros máxima em Portugal era de 16,1% ao ano. No quarto trimestre é de 15,7% ao ano.

'Découvert' e 'descubierto'

Na França, o teto de juros no crédito ao consumidor - em qualquer modalidade, incluindo o cheque especial - é de 133% da Taeg média praticada no trimestre imediatamente anterior. No quarto trimestre deste ano, a taxa máxima para os franceses no cheque especial - "découvert", em francês - foi de 13,81% ao ano, ainda mais baixa que a portuguesa.

No caso da Espanha, desde 2011 uma lei proíbe que os juros do cheque especial ultrapassem em duas vezes e meia o nível da taxa de juros legal, estabelecida anualmente na Lei Geral do Orçamento do Estado, que está hoje em 3% ao ano.

Por isso, neste ano, a taxa máxima para os espanhóis no cheque especial - ou "descubierto tácito", como é chamado por lá - foi de 7,5% ao ano. O teto de 151,82% ao ano agora instituído no Brasil é 20 vezes isso.

Cheque especial 'engorda' margem

Apesar de representar uma pequena parcela do volume de crédito às famílias, o cheque especial é responsável por uma fatia considerável do resultado dos bancos no Brasil.

Estudo publicado pelo Banco Central (BC) mostra que, do total de crédito para as pessoas físicas, 1,4% é por meio do cheque especial. No entanto, a modalidade contribui com 13,2% para a margem de intermediação financeira líquida dos bancos.

Essa margem é obtida depois que se desconta o custo de captação de recursos pelos bancos e as provisões obrigatórias feitas pelas instituições. Ela não chega a ser propriamente o lucro do banco, já que ainda não entra na conta o pagamento de impostos, mas é um indicador importante sobre o resultado da instituição com o produto.

Os dados do BC mostram que a margem obtida pelas instituições financeiras com o cheque especial, considerando o volume emprestado na modalidade, é bem superior a de várias outras linhas de crédito.

O crédito habitacional é um bom exemplo. Sua carteira representa 32,4% do financiamento às famílias, conforme o BC, mas a modalidade contribui com 9% para a margem de intermediação financeira dos bancos. O crédito para veículos, por sua vez, representa 9,9% do volume de financiamento às pessoas físicas, com contribuição de 10,7% para a margem dos bancos.

Os dados mais recentes do BC, relativos a outubro, mostram que o juro médio do cheque especial para as pessoas físicas está em 305,9% ao ano. Esta é uma das taxas mais altas entre todas as modalidades de crédito disponíveis nos bancos.

EUA

Um café comum de US$ 2,10 nos Estados Unidos pode custar US$ 37,10 se o consumidor estiver com a conta bancária zerada na hora de passar o cartão de débito. Isso porque os bancos no país cobram uma taxa fixa, que não varia de acordo com perfil do cliente ou valor da compra, para cada acesso ao cheque especial. As tarifas mudam de acordo com a instituição, mas giram em redor de US$ 35 - cerca de R$ 150.

Para evitar o endividamento, desde 2010 os bancos precisam perguntar expressamente se o cliente deseja permitir o acesso ao cheque especial nas transações com cartão de débito e saque de dinheiro em caixa eletrônico.

A ideia é evitar que gastos baixos e corriqueiros se tornem uma bola de neve com cobrança de taxa superior à compra. A média de gasto feito com cartão de débito que gera o pagamento da taxa do cheque especial é de US$ 24.

Na prática, no entanto, boa parte dos americanos se sente confuso sobre a imposição das taxas. Uma pesquisa feita pelo instituto Pew Research mostra que 68% dos americanos que pagaram a taxa de "overdraft", ou seja, sobre cada transação feita com a conta bancária zerada, preferiam ter tido a compra rejeitada.

A regulamentação foi emitida em 2009 pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e passou a valer no ano seguinte. Pelas diretrizes, os bancos devem tratar o cheque especial como medida de curto prazo e entrar em contato com os clientes que mais recorrem à modalidade para oferecer linhas de crédito menos penosas e cursos de educação financeira.

Reino Unido

Autoridades financeiras britânicas estão promovendo o que caracterizam como a maior revolução em mais de uma geração no segmento de cheque especial no Reino Unido e esperam que os custos caiam 96% para os correntistas.

A Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês) britânica proibiu os credores locais de cobrarem taxas fixas diárias ou mensais por saques a descoberto.

Além disso, não poderá haver mais diferença de cobrança de alíquotas entre empréstimos previstos e tomados por mais tempo e o socorro concedido automaticamente pelo banco, quando a conta fica no vermelho por um descuido do correntista.

As medidas também determinam que o juro a ser pago no caso do cheque especial local ("overdraft") deve ser simples e precisa estar claro em materiais de propaganda.

No Reino Unido, os bancos cobram tarifa de £ 100 para quem entrar no cheque especial (cerca de R$ 500). A expectativa é que o custo por dia caia de £ 5 (R$ 25) para menos de 20 centavos por libra (R$ 1).

As novas medidas do Reino Unido começam a entrar em vigor dia 18 e serão efetivadas a partir de abril. No entanto, as taxas desse conjunto de financiamentos já recuaram. Estavam acima de 19% desde 2010 e caíram para cerca de 18,5% desde o início deste ano.

Em 2017, o dado mais recente da autoridade financeira, o ganho dos bancos que operam no país com o "overdraft" foi de aproximadamente £ 2,4 bilhões - cerca de R$ 12 bilhões. Desse total, um terço foi com saldos negativos inesperados em conta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os juros futuros têm leve recuo na manhã desta segunda-feira (25) com movimento de ajuste após as taxas terem acumulado alta na semana passada e num dia de agenda fraca. O movimento continua mesmo após o dólar ter passado a subir ante o real.

O mercado segue esperando corte de 50 pontos-base da Selic em dezembro, mas está dividido quanto a fevereiro. A curva de juro a termo precificava na última sessão 52% de chance de corte de 25 pontos-base no Copom de fevereiro, ante 35% ontem em relação à possibilidade de manutenção.

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Para dezembro, a possibilidade de queda de 0,50 p.b, subiu para entre 70% e 75% de quinta para sexta-feira, segundo cálculos do Haitong Banco de Investimento.

Na pesquisa Focus divulgada nesta segunda o mercado manteve a previsão para Selic no fim de 2019 em 4,50%, mas ajustou para cima a de 2020, de 4,25% para 4,50%. Também foi revisada para cima a previsão do IPCA 2019, de 3,33% para 3,46%, mas manutenção da previsão para 2020 em 3,60%.

A estimativa para alta do PIB em 2019 subiu de 0,92% 0,99%, enquanto para 2020 subiu de 2,17% para 2,20%. Já a previsão para câmbio para fim de 2019 passou de R$ 4,00 para R$ 4,10, enquanto para 2020 segue em 4,00%.

Às 9h49, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 4,620%, de 4,649% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 estava em 5,84%, de 5,88%, enquanto o vencimento para janeiro de 2027 marcava 6,73%, de 6,77% no ajuste de sexta-feira.

Os juros futuros abriram com viés de alta num movimento de ajuste das taxas, a despeito do ambiente doméstico positivo para os ativos financeiros. A avaliação é da gestora de renda fixa da Mongeral Aegon Investimentos, Patrícia Pereira. "Não acredito que antes de tantos eventos importantes como tem hoje alguém se atenha a um 'driver' fixo que justifique a alta das taxas", disse Patrícia, citando o leilão de cessão onerosa, que sugere fluxo estrangeiro positivo para o Brasil e valorização do real, e a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em comissão na Câmara dos Deputados.

Cerca de uma hora depois da abertura do mercado futuro de juros as taxas, como previsível, inverteram o sentido e passaram a exibir viés de baixa.

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O movimento coincidiu com a fala do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que não trouxe novidades até o horário abaixo, segundo agentes do mercado financeiro.

Às 10h30, O DI para janeiro de 2021 estava em 4,46% ante 4,51% na máxima intraday e 4,48% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 exibia 6,33% ante 6,39% na máxima intraday e 6,34% no ajuste de ontem.

A gestora da Mongeral Aegon observou que o pacote de medidas apresentado ontem pela equipe econômica também compõe o ambiente doméstico favorável.

Ela classificou as propostas como "fiscalmente positivas". Como é ambicioso, o plano pode até não conseguir a aprovação no Congresso, diz Patrícia. "Mas qualquer medida que consiga ser aprovada será pró fiscal", disse a gestora.

Às 9h33, O DI para janeiro de 2021 estava em 4,50% ante 4,48% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 marcava mínima a 6,36% ante 6,39% na máxima intraday e 6,34% no ajuste de ontem.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta em sua transmissão semanal ao vivo pelo Facebook que, como a inflação está baixa e deve ficar abaixo do meio da meta, existe a possibilidade de a taxa Selic chegar ao fim do ano em 4,5%. Ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, Bolsonaro comentou sobre o efeito da queda de juro sobre a dívida pública. Ele observou que, a cada ponto porcentual de queda no juro básico, a redução da dívida é da ordem de R$ 40,5 bilhões.

O presidente também disse que, apesar de a Selic recuar, as taxas de juros do cheque especial continuam elevadas. Ele perguntou para o Guimarães sobre as taxas no banco público. O presidente da Caixa respondeu que o juro do cheque especial na instituição caiu de 14,99% para 8,99%.

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Ao comentar sobre as taxas de juros praticadas pela Caixa, Bolsonaro frisou que não existe nenhuma interferência dele na "Caixa Econômica Federal". Bolsonaro afirmou que a Caixa é o banco "da matemática, de todos os brasileiros e dos mais humildes".

Na transmissão, Bolsonaro elogiou sua equipe ministerial e, em especial, o ministro da Economia, Paulo Guedes. "O Brasil praticamente recuperou a confiança na Economia", disse o presidente. Bolsonaro ainda afirmou que Paulo Guedes foi responsável pela transformação: "Mudou a minha cabeça em muita coisa".

Com a facilidade de obter crédito, atualmente, muitos consumidores têm recorrido ao cheque especial, que também é uma das modalidades mais caras do mercado. Cerca de 20% dos brasileiros recorrem aos limites especiais durante o ano, segundo aponta o levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A pesquisa também registrou que 40% dos usuários dessa modalidade de crédito tem o hábito de utilizar o saldo extra todos os meses.

O cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovada oferecida pelos bancos que, na maioria das vezes, é usada de maneira automática pelo correntista quando não há saldo suficiente para cobrir os débitos em conta. Em média, os juros cobrados chegam a 320% ao ano, números que são superiores aos cartões de crédito rotativo, segundo o Banco Central.

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Um dado preocupante é que 38% dos entrevistados não analisam as tarifas e juros envolvidos na utilização do limite. Cerca de 25% dos consumidores que recorreram ao cheque especial, precisavam do valor, independente dos custos. Quatro em cada dez usuários (43%) desconhecem o valor dos juros e taxas que os bancos cobram ao usar o limite de cheque especial.

A pesquisa também aponta que 68% dos consumidores que utilizaram o cheque especial, receberam o limite de maneira automática, ou seja, sem solicitar ao banco ou instituição financeira. Entre os motivos para recorrer ao saldo extra, estão os imprevistos como doenças ou compra de medicamentos (25%) e, o descontrole no pagamento de contas (25%).

Os juros futuros recuam após a abertura desta quinta-feira (15) em sintonia com o dólar e refletindo a melhora do exterior instantes atrás especialmente o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hua Chunying disse esperar que os EUA "acompanhem o lado chinês e implementem o consenso" comercial alcançado pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping durante a reunião do G-20 em Osaka, no Japão.

Às 9h08, a taxa do contrato interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 exibia 5,44%, de 5,45%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 marcava 6,42%, de 6,47% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 exibia 6,91%, de 6,95% no ajuste anterior.

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A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira, 31, cortes nas taxas de juros de suas principais linhas de crédito a partir de quinta-feira (1º), tanto para empresas como para as famílias. Além disso, a partir do dia 19 de agosto, o banco disponibilizará um novo pacote de produtos, chamado "Caixa Sim", com taxas ainda mais atrativas aos clientes.

"Somos o banco mais solvente do mercado. Nenhum outro banco tem 2% de Índice de Basileia", afirmou o presidente do banco, Pedro Guimarães. "Isso nos permite tomar essa medida". As reduções de taxas são permanentes, completou.

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No cheque especial para pessoas físicas, a redução imediata nos juros é de 26%, com a taxa máxima indo de 13,45% ao mês para 9,99% ao mês. Para pessoas jurídicas, a redução imediata no cheque especial é de 33%, caindo de 14,95% ao mês também para 9,99% ao mês.

No pacote "Caixa Sim", essas taxas serão ainda menores. No caso do cheque especial para famílias, a redução na taxa alcançará 33%, para 8,99% ao mês. Para empresas a redução nessa linha será de 40%, também para 8,99% ao mês.

Já no crédito pessoal, haverá uma redução de até 21% nas taxas cobradas. Atualmente o piso cobrado é 4,99% ao mês, e passará a ser de 2,29% ao mês. Nesse caso, as taxas variam conforme o perfil do cliente.

A Caixa também anunciou a isenção da anuidade no cartão de crédito para pessoas físicas. "A isenção de anuidade é importante em um momento de grande competição no mercado bancário, inclusive com a liberação de recursos do FGTS", completou.

Para empresas, haverá redução de 11% nas taxas de capital de giro nas operações com aval de sócios (a partir de 1,69% ao mês) e de 13% nas de capital de giro com aval de sócios mais imóvel ou aplicação financeira (a partir de 0,99% ao mês ou 0,95% ao mês, respectivamente).

Na antecipação de recebíveis com cartão de crédito, a taxa será de 1,85%. Também não haverá anuidade no primeiro ano do cartão de crédito para pessoas jurídicas.

Conforme adiantou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o corte horizontal nos juros do banco para pessoas físicas e jurídicas tem como foco, principalmente, linhas como crédito pessoal e capital de giro. O movimento teria partido de uma orientação interna do banco e visa a se antecipar a uma retomada mais aquecida na demanda por crédito no segundo semestre.

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, comentou nesta sexta-feira (26) que os juros bancários ainda são elevados no Brasil, "mas aparentemente têm trajetória de redução".

Os dados do BC mostraram que a taxa de juros média com recursos livres (sem dinheiro do BNDES e da poupança) ficou em 38,3% ao ano em junho. Isso representa uma queda de 0,2 ponto porcentual no mês e também de 0,2 ponto porcentual no primeiro semestre. No caso do crédito direcionado (recursos do BNDES e da poupança), o juro médio ficou em 8,2% ao ano, com queda de 0,2 ponto no mês e de 0,3 ponto no semestre.

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Durante a coletiva de imprensa, Rocha foi questionado sobre os motivos para que o juro do crédito livre não caísse mais em função do fim dos chamados "subsídios cruzados" que, anteriormente, as operações do BNDES geravam. Ele explicou que o subsídio cruzado, em geral, se dá dentro de uma mesma instituição. Assim, quando o BNDES repassa recursos subsidiados para um banco, por exemplo, surge o subsídio cruzado, porque este banco oferta tanto a linha subsidiada quanto a linha de crédito livre.

No entanto, Rocha lembrou que houve a substituição, nas operações do BNDES, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pela Taxa de Longo Prazo (TLP) - sendo que a segunda taxa vai convergir para taxas de mercado ao longo dos próximos anos. "Este processo não se completou", pontuou. "O que se espera é a redução desses subsídios", acrescentou Rocha. No limite, isso também contribuirá para a baixa das taxas do crédito livre.

 

Saldo

Ao tratar da alta do saldo total de crédito em junho, de 0,4% (livre mais direcionado), Rocha pontuou que as modalidades de desconto de duplicatas e de antecipação de faturas para pessoas jurídicas contribuíram para o movimento. Houve alta de 16,0% no desconto de duplicatas para empresas e avanço de 9,1% para antecipação de faturas do cartão em junho. Segundo ele, esse desempenho é sazonal, ligado à procura por essas linhas no fim do semestre.

O dólar teve nesta sexta-feira, 12, o quinto dia seguido de queda e acumulou baixa de 2,09% na semana, a maior desvalorização semanal desde maio. A crescente perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos, que enfraqueceu a moeda americana no exterior, e o otimismo com o avanço da reforma da Previdência, mesmo com a demora na votação dos destaques, contribuíram para a queda. Com isso, o real foi a moeda com melhor desempenho esta semana ante o dólar entre uma lista de 35 emergentes. Em julho, a divisa americana recua 2,7% e, no ano, perde 3,3%.

As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, esta semana no Congresso dos EUA, praticamente confirmaram que haverá corte de juros este ano, o que fez o dólar cair tanto ante divisas fortes, como o euro, como perante emergentes. Os estrategistas do Société Générale ressaltam que a dúvida agora do mercado financeiro é se a redução será de 0,25 ponto porcentual ou de 0,50. "O Fed está caminhando em direção a um ciclo de flexibilização monetária", ressaltam nesta sexta-feira.

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Influenciado pela queda do dólar no exterior, a moeda americana aqui teve comportamento destoante de outros ativos, como o Ibovespa e os juros futuros, que mostraram mais cautela em meio à demora para votar os destaques da reforma e a possibilidade de a votação no segundo turno ficar para agosto. Já o Credit Default Swap (CDS), um termômetro do risco-país, era negociado a 127 pontos-base na tarde de hoje, bem abaixo do nível que começou o mês, 150 pontos.

No câmbio, os investidores seguem otimistas com o avanço da reforma da Previdência. "No Brasil, a dinâmica da reforma parece estar se fortalecendo", afirma o estrategista de moedas do Scotiabank, Shaun Osborne, ressaltando ainda que o dólar tem se enfraquecido no exterior. Operadores reportaram entrada de fluxo externo nesta sexta-feira, em parte recursos para a oferta pública de ações da resseguradora IRB Brasil Re na semana que vem, que pode render R$ 8,5 bilhões.

Hoje, na mínima do dia, o dólar bateu em R$ 3,7304, valor que segundo operadores atraiu compradores da moeda americana e pressionou as cotações para cima. Na máxima, o dólar foi a R$ 3,76. Esses profissionais, porém, veem tendência de dólar em queda pela frente, se os juros de fato caírem nos EUA e as reformas avançarem aqui.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, enfatizou a independência da autoridade monetária dos Estados Unidos nesta quarta-feira e disse que o Congresso americano "isolou" o Fed das pressões políticas de curto prazo "porque viu o dano que frequentemente surge quando a nossa política se inclina a interesses políticos de curto prazo". Os comentários de Powell vêm em meio a pressões crescentes por parte da Casa Branca para que o banco central dos EUA efetue cortes nas taxas de juros.

Em discurso feito no Conselho de Relações Exteriores, Powell apontou que a política monetária não deve reagir a nenhum dado pontual ou a oscilações de curto prazo no sentimento. Ele, contudo, relatou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) julga no momento que o argumento para políticas mais acomodatícias se fortaleceu nos EUA. De acordo com Powell, o Fed irá monitorar dados e agir apropriadamente para sustentar a expansão econômica nos EUA, um apontamento semelhante ao feito por ele na semana passada, após a reunião do FOMC.

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Powell também disse que a perspectiva para a economia americana mudou desde o início de maio, quando o Fed não viu um cenário forte para mudanças nas taxas de juros. Ele apontou que as taxas estão mais baixas do que no passado globalmente "e provavelmente permanecerão assim", além de ter ressaltado que tanto o comércio quanto as preocupações com o crescimento da economia mundial ressurgiram e adicionaram incerteza à economia.

Os juros futuros operam em queda na manhã desta segunda-feira (17) alinhados ao dólar, e refletindo a percepção de que o Banco Central deverá adotar uma política de afrouxamento monetário em meio à inflação comportada e fraqueza da economia, com risco de recessão, segundo profissionais de renda fixa.

A pesquisa Focus mostrou nesta manhã nova revisão para baixo para o produto Interno Bruto (PIB) deste ano e do próximo. As projeções para o PIB de 2019 recuaram de 1,00% para 0,93%, enquanto para 2020 passaram de 2,23% para 2,20%.

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Outra mudança foi a redução da estimativa para Selic de 6,50% para 5,75% em 2019 e para 2020, de 7,00% para 2020.

Às 10h55, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 5,98%, de 6,01% no ajuste de sexta-feira.

O DI para janeiro de 2023 exibia 6,93%, de 6,96%, enquanto o vencimento para janeiro de 2025 estava em 7,48%, de 7,51% no ajuste de sexta-feira.

Os brasileiros mais pobres e com menos escolaridade são as maiores vítimas dos altos juros cobrados pelos bancos no cheque especial. A modalidade de empréstimo mais simples, porém mais cara, do mercado tem sido a saída dos trabalhadores com menor renda para fechar as contas no fim do mês. O resultado dessa equação são altos níveis de inadimplência nessas operações, que superam o de qualquer outra linha de crédito disponível para famílias.

Estudo do Banco Central mostra que 43,9% dos usuários do cheque especial têm renda inferior a dois salários mínimos (R$ 1.996) e 12,5% estão com os pagamentos em atraso superior a 90 dias. Outros 33,5% dos clientes que usam esse tipo de crédito ganham entre dois e cinco salários, com 6,4% de inadimplência.

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Considerando o nível de escolaridade, a inadimplência no cheque especial também é maior entre aqueles que estudaram por menos tempo e não chegaram a cursar uma faculdade.

A taxa média cobrada pelos bancos no cheque especial passou de 322,7% ao ano em março para 323,3% em abril. No crédito pessoal, por exemplo, os juros passaram de 45,3% para 45,9% ao ano.

"Uma vez que baixa escolaridade e baixa renda estão interligadas, é difícil saber se a maior inadimplência é resultado do não entendimento das características do produto (questão educacional) ou do seu custo elevado (questão de renda) ou ainda de uma combinação dos dois", pondera o BC no documento.

Em dezembro do ano passado, o saldo do cheque especial totalizou R$ 21,98 bilhões, dos quais R$ 3,38 bilhões estavam inadimplentes. Esse nível de inadimplência de 15,36% é bem superior à média do total de operações de crédito para pessoas físicas, de 3,25%.

Para o BC, é importante o desenvolvimento de estratégias de utilização desse instrumento de forma mais adequada por seus usuários. Em entrevista ao jornal Valor Econômico nesta semana, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição estuda autorizar os bancos a cobrarem uma tarifa dos clientes no acesso ao cheque especial, em troca de uma redução dos juros cobrados na modalidade.

Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entre julho de 2018 e abril deste ano, 9,55 milhões de pessoas migraram do cheque especial para o parcelado. Só em abril, dado mais recente, 1,11 milhão de pessoas fizeram a troca da linha que cobra juros médios de 12,31% ao mês para a outra, cujo custo é de R$ 3,21 ao mês, de acordo com levantamento feito com 12 bancos que representam 90% do mercado.

A expectativa da Febraban era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor. Em junho de 2018, antes do início da nova dinâmica, a taxa do cheque especial estava em 304,9% ao ano.

A outra ponta

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a inadimplência maior no cheque especial entre as pessoas com menor renda e escolaridade não significa que apenas essa camada da população precisaria de mais educação financeira. Segundo ele, mesmo pessoas com mais estudo e conhecimento sobre o funcionamento desse tipo de crédito acabam caindo na armadilha dos recursos disponibilizados de maneira automática pelas instituições financeiras. "As classes de maior renda e escolaridade cometem os mesmos erros no cheque especial, mas conseguem sair rapidamente do instrumento. Quando essas pessoas exageram em compras por impulso, normalmente superam esse desequilíbrio sacando de outra reserva financeira", explica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A alta nas taxas de juros médias ao consumidor nos três primeiros meses do ano encareceu as prestações para fazer financiamentos, mostra estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), antecipado ao jornal O Estado de S. Paulo.

Nos cálculos da entidade, o custo médio da prestação para financiar R$ 1 mil ficou em R$ 42,38 em março, considerando tanto os juros médios à pessoa física em todas as modalidades quanto o prazo médio, conforme informados pelo Banco Central (BC). Em dezembro, a prestação estava em R$ 40,31.

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Se considerada a média das modalidades de crédito à pessoa física para a aquisição de bens, como eletrodomésticos, um financiamento de R$ 1 mil resulta em prestação mensal de R$ 64,18, valor mais baixo desde outubro de 2018.

Segundo o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes, no caso do crédito para a aquisição de bens, o alívio no valor da prestação ocorreu porque o prazo médio dos financiamentos se ampliou (de 16,47 meses, em dezembro, para 18,41 meses, em março) e não porque o juro caiu.

Para Bentes, o encarecimento dos financiamentos, combinado a um aumento do endividamento e a uma tendência de alta na inadimplência, pode levar a condições mais restritivas de crédito no fim do ano.

O aumento do endividamento foi captado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC. Na leitura de abril, divulgada terça-feira, 62,7% das famílias entrevistadas disseram ter alguma dívida, ante 62,4% em março e 60,2% em abril de 2018. O nível de abril é o maior desde setembro de 2015.

"Quando o endividamento vem junto com inadimplência ou com baixíssimo crescimento econômico, presume-se que as famílias estão tomando crédito para manter seu consumo", disse Bentes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os juros cobrados nas operações de crédito continuaram em queda em fevereiro deste ano. De acordo com um levantamento da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgado hoje (12), as taxas caíram pelo 12º mês seguido, tanto para pessoas físicas como jurídicas.

No caso das pessoas físicas, a redução foi de 0,04 ponto percentual dos juros cobrados no último mês, passando de 6,75% em janeiro para 6,71% em fevereiro. A menor taxa média desde fevereiro de 2015.

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Já para as pessoas jurídicas, todas as linhas pesquisadas, como capital de giro e desconto de duplicatas, registraram queda em fevereiro. A taxa média cobrada caiu 0,05 ponto percentual, passando de 3,54% em janeiro para 3,49% em fevereiro. O índice mais baixo desde outubro de 2014.

As taxas do cartão de crédito, uma das mais altas, recuaram de 11,52% para 11,40% entre janeiro e fevereiro deste ano. Porém, em 12 meses, ainda acumula taxa média de 283,32%, patamar bem acima de outras linhas de crédito, como o empréstimo pessoal.

A Anefac informou que a redução pode ser atribuída à melhora do cenário econômico e a queda do risco da inadimplência.

A equipe econômica estuda limitar as taxas de juros que poderão ser cobradas por bancos em empréstimos a Estados dentro do novo programa de auxílio que está sendo elaborado pelo governo federal. Segundo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou, a avaliação no governo federal é que os financiamentos concedidos no passado tinham taxas altas para uma operação com garantia da União. Nesse tipo de operação, o risco das instituições financeiras é "quase zero" porque a União honra os pagamentos caso os Estados não paguem.

De acordo o Tesouro Nacional, o custo médio do estoque dessas operações fechou 2018 em 16,82% ao ano. A expectativa é que novos empréstimos poderão ter taxas bem inferiores, já que os juros básicos da economia estão no menor patamar histórico.

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Com caixas vazios, os Estados já estão se antecipando ao novo auxílio que está sendo preparado pelo governo federal e têm procurado bancos públicos e privados em busca de propostas para empréstimos dentro do novo programa. Nas últimas semanas, governadores e secretários de Fazenda têm mantido reuniões com bancos como BNDES, Caixa, Banco do Brasil e bancos privados estrangeiros e nacionais, como Santander, Bradesco, ABC e BTG Pactual, para negociar taxas e volumes que poderão ser emprestados depois que o novo programa da União for aprovado.

Segundo uma fonte que participa das negociações, os próprios bancos nacionais também têm se movimentado e começaram a, ativamente, agendar reuniões com as secretarias de Fazenda nos últimos meses. "Toda semana tem banco querendo agenda com secretário de Fazenda. Eu mesmo já me reuni com três bancos, dois públicos e um privado", afirmou um secretário de Fazenda estadual. Ele pondera, no entanto, que ambos os lados negociam ainda em termos preliminares. "A taxa de juro possível só será fechada quando a União anunciar em que termos vai oferecer a garantia aos empréstimos dos Estados", disse.

Sem a garantia da União, porém, Estados hoje já endividados só teriam acesso a financiamentos com taxas ainda mais elevadas. "Não acho que a União é a salvação, mas com esse aval, poderei pegar empréstimo a taxas melhores para sanar com meu problema de fluxo de caixa de curto prazo", afirmou outro secretário.

Enquanto alguns Estados têm cotado financiamentos novos, outros já iniciaram conversas com instituições das quais já são credores para renegociar dívidas atuais. De acordo com o secretário de Planejamento de Roraima, Marcos Jorge, para eles seria mais vantajoso rolar a dívida que tem hoje com bancos, cujas parcelas consomem cerca de 10% da receita mensal do Estado. "O que precisamos é de um período de carência, o que nos daria um fôlego, ou renegociar a dívida que temos hoje", afirmou.

Além dos bancos, Estados têm se reunido com organismos internacionais, como Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial - este último vem ajudando o próprio Tesouro Nacional na elaboração do novo socorro.

Segundo o secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, no Estado não existe nenhuma decisão tomada sobre contrair novos financiamentos.

Programa

O novo programa de auxílio, no entanto, não deve garantir a liberação de recursos no curto prazo. Por isso, os Estados, que têm pressa, e os bancos já estão se movimentando. A ideia é deixar propostas e contratos já engatilhados para, quando o programa federal for aprovado, os recursos serem emprestados o mais rápido possível.

A equipe econômica trabalha para que o projeto, que depende da aprovação do Congresso Nacional, esteja pronto em cerca de um mês e tramite junto com a reforma da Previdência, o que servirá como "moeda de troca" para que o governo consiga o apoio dos governadores para as mudanças nas aposentadorias. As adesões ao novo programa devem começar ainda neste ano e durar até o fim do próximo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O comprometimento da renda dos brasileiros com o pagamento de juros e amortizações é o dobro da média registrada em uma lista de 17 países desenvolvidos - 12 deles europeus, além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Coreia do Sul.

Com base nos dados divulgados pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), estudo do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), ao qual o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, teve acesso, mostra que embora o nível de endividamento seja baixo no Brasil, se comparado internacionalmente, o comprometimento da renda com o serviço da dívida é alto, limitando o avanço do crédito no País.

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No Brasil, o comprometimento da renda com o pagamento das parcelas de amortizações e dos juros ficou em 19,8%, enquanto na média em 17 países avaliados pelo BIS, o banco central dos bancos centrais, é de 10%. Já o endividamento total (além do pagamento de juros e amortizações) alcançou 42,5% em novembro do ano passado. Considerando o todo, para a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o endividamento é muito mais alto, de 130% da renda anual.

De acordo com o pesquisador do Ipea, Estêvão Xavier Bastos, a solução para o problema é o alongamento e barateamento das dívidas dos brasileiros, com a troca de dívidas de curto prazo sem ou com poucas garantias (por isso, mais caras) por dívidas de longo prazo com garantias robustas. Entre as dívidas de curto prazo estão cheque especial, cartão de crédito e crédito pessoal. Já o financiamento à casa própria é um exemplo de dívida de longo prazo.

Os dados mostram que há espaço para que a parcela do endividamento das famílias com crédito habitacional, de longo prazo e com a garantia do próprio imóvel, continue aumentando no Brasil. Para Bastos, seria desejável que o seu aumento do endividamento dos brasileiros estivesse vinculado à compra da casa própria.

Bastos ressaltou que a composição do endividamento das famílias entre crédito habitacional e demais tipos de financiamento já passou por importante alteração entre 2009 e 2016, quando saltou de 14% para 44%. Mas a partir de 2017 se estabilizou, ficando dessa forma também no ano passado. Em outros países, essa parcela é bem elevada, como 97% na Alemanha, Noruega e Países Baixos, 96% na Espanha, 92% na Austrália e na Itália.

O estudo destaca também que a inadimplência no último trimestre de 2018 para as pessoas físicas no crédito livre (aquele que não utiliza recursos da poupança e do BNDES) continuou caindo e chegou ao nível mais baixo da série histórica. A inadimplência das empresas também continuou caindo de forma acentuada para níveis históricos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir desta segunda-feira (19) até o dia 30 de novembro, quem estiver em débito com o imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em Olinda, situada na Região Metropolitana do Recife (RMR), terá a oportunidade de ficar em dia com até 100% de desconto dos valores referentes aos juros e multa.

A ação acontecerá de forma descentralizada e contará com postos de atendimento em vários bairros de Olinda. Caso seja proprietário do imóvel e deseja pagar o débito existente à vista, o contribuinte precisa levar apenas documento de identificação com foto e CPF.

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Se o proprietário desejar parcelar os débitos, além de identidade e CPF, será necessário documento que comprove a posse do imóvel, como título de propriedade, documento de compra e venda. Não sendo o proprietário a fazer a negociação, precisará também do contrato de locação com firma reconhecida pelas duas partes envolvidas. Se o “não proprietário” desejar pagar à vista, basta um documento com foto e CPF.  

A Prefeitura de Olinda confirma que o número máximo de parcelas será de 72 mensais consecutivas, com o valor mínimo não podendo ser inferior a R$ 35, e a documentação é diferente no caso de ser o dono do imóvel ou locatário. Na unidade do Procon Recife o mutirão será realizado de 27 de novembro até 7 de dezembro.

Locais de atendimento

Centro de Atendimento ao Contribuinte - SEFAD

Endereço: Av. Santos Dumont, 177 – Varadouro – Olinda/PE

Dias da Semana: segunda-feira a sexta-feira.

Horário: 8h às 13h

Vila Olímpica de Rio Doce

Endereço: Av. Brasil, 2.018 – Rio Doce – Olinda/PE

Dias da Semana: segunda-feira a sexta-feira.

Horário: 8h às 17h

Caic - Peixinhos

Endereço: Rua Poeta José Avelino, 2.018 – Peixinhos – Olinda/PE

Dias da Semana: segunda-feira a sexta-feira.

Horário: 8h às 17h

Shopping Patteo

Endereço: R. Carmelita Muniz de Araújo, S/N – Casa Caiada

Dias da Semana: segunda-feira a sexta-feira.

Horário: 9h às 17h

Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) decidiram, por unanimidade, manter a taxa dos Fed funds inalterada na faixa entre 2,00% e 2,25% nesta quinta-feira. A manutenção dos juros era largamente esperada por analistas e pelo mercado financeiro.

Ao justificar a decisão, o Fed afirmou, em comunicado, que as informações recebidas desde a reunião do início de agosto indicam que o mercado de trabalho dos EUA continuou a ganhar fôlego e que a atividade americana apresenta expansão a um ritmo "forte". Além disso, o banco central notou que a taxa de desemprego caiu, efetuando uma leve alteração ao relação ao comunicado anterior, quando o Fed havia apontado que a taxa de desemprego continuava em ritmos baixos.

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No início deste mês, o relatório de empregos do país mostrou que o salário médio por hora do trabalhador americano avançou 3,1% na comparação anual de outubro, no ritmo mais acelerado no atual ciclo de expansão econômica, enquanto a taxa de desemprego está em 3,7%, no menor nível em 49 anos. Em seu comunicado, a autoridade monetária dos EUA apontou que os ganhos de emprego têm sido fortes, em média, nos meses recentes. Além disso, o Fed afirmou que os gastos das famílias continuaram em níveis fortes, enquanto o crescimento dos investimentos fixos das empresas apresentou moderação em relação ao ritmo acelerado visto no início do ano.

Quanto à inflação, o banco central pontuou que tanto o índice global de preços ao consumidor quanto o núcleo do indicador, que exclui itens como alimentos e energia, permanecem próximos da meta de 2% estabelecida pelo próprio Fed. O indicador de inflação acompanhado de perto pela autoridade monetária americana, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) atingiu 2,0% na comparação anual de setembro, indo ao encontro da meta do banco central.

Ainda no documento, o Federal Reserve reiterou que espera aumentar as taxas de juros de maneira gradual, o que seria "consistente com a expansão sustentada da atividade econômica, condições fortes do mercado de trabalho e inflação próxima da meta de 2%". Além disso, de acordo com o banco central, os riscos para a perspectiva econômica parecem "mais ou menos equilibrados".

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