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A valorização contínua do dólar, levemente superior a 22% neste ano, deixou o mercado acionário brasileiro mais atrativo aos olhos dos investidores, principalmente, os não-residentes no País. Assim, depois de amargar perdas, tocando os 74.875 pontos na mínima intraday, o Ibovespa estabeleceu um movimento firme de recuperação na sessão desta quarta-feira, 22.

Diante das pechinchas, a cautela pelas incertezas com a corrida eleitoral ficou para o segundo plano. No entanto, a despeito da alta de 2,29%, aos 76.902,30 pontos, os investidores não tomaram grandes posições. O giro financeiro foi de R$ 9,8 bilhões, perto da média do mês.

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O apelidado "kit incerteza eleitoral", de ações ligadas às empresas estatais Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras, que vêm sendo penalizadas recentemente, mostrou recuperação. Os papéis ordinários da holding do setor de energia ganharam 4,60% (R$ 15,46), na máxima, ao passo que da instituição financeira, 3,48%. No caso da petroleira, as ações avançaram 2,95% (ON) e 3,56% (PN).

Logo na abertura do pregão, o Ibovespa operava em terreno negativo com os investidores digerindo a pesquisa de intenção de voto do Datafolha que acabou referendando a direção das outras duas sondagens divulgadas no início desta semana. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa, seguido de Jair Bolsonaro (PSL). Além disso, também mostrou que as chances de transferência de voto de Lula para o ex-prefeito Fernando Haddad são fortes.

Nos Estados Unidos, os principais índices do mercado acionário operaram com sinais mistos, sendo que o Dow Jones fechou em queda (-0,34%) enquanto Nasdaq em alta (0,38%). Mas os índices de ADRs de empresas brasileiras negociados por lá passaram a segunda metade do dia em alta em torno de 1%. A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) que foi considerada "dovish", o que ajudou a aumentar o apetite por ativos de países emergentes.

A instabilidade financeira da Turquia voltou a assustar os mercados, na segunda-feira, 13, levando a mais um dia de valorização do dólar, principalmente, em relação às moedas emergentes. No Brasil, a moeda americana atingiu a cotação máxima de R$ 3,92 no início da tarde e fechou o dia em R$ 3,88, uma alta de 0,53%. Na Argentina, os reflexos foram mais graves. O dólar superou os 30 pesos. Para conter o derretimento da moeda, a autoridade monetária elevou o juro básico em cinco pontos porcentuais, para 45% - a maior taxa do mundo.

A escalada da tensão no mercado financeiro argentino ocorre também porque, nesta terça-feira, 14, vencem títulos do Banco Central que somam US$ 500 bilhões. Há uma preocupação com a possibilidade de não haver interesse na renovação da dívida, o que pode desvalorizar o peso argentino ainda mais.

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Na segunda, o Banco Central da Turquia anunciou que adotará "todas as medidas necessárias" para evitar a desvalorização da lira turca, a moeda nacional, mas não dirimiu as dúvidas crescentes dos investidores sobre os riscos de contágio de países emergentes e da Europa em caso de agravamento da crise.

A principal preocupação de economistas e investidores europeus é com o nível de exposição de bancos do continente. Só as instituições financeiras das cinco maiores economias europeias - Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha - têm € 171 bilhões investidos no país.

A lira é alvo de um ataque especulativo que tem ao mesmo tempo razões econômicas estruturais, como a forte inflação anualizada - de 16% em julho - e o déficit em contas correntes, além de problemas políticos conjunturais. O último deles é o confronto entre Donald Trump e Recep Tayyip Erdogan, que criou a principal causa de turbulência recente: o aumento das tarifas para importação de aço e alumínio do país por parte dos EUA, medida tomada em retaliação à prisão do pastor evangélico americano Andrew Brunson, preso pelo regime turco desde 2016, acusado de espionagem e terrorismo.

A decisão de Trump de dobrar as barreiras alfandegárias causou princípio de pânico no mercado de câmbio, quando a lira perdeu 16% de seu valor frente ao dólar. "A moeda da Turquia continua em rota de depreciação. Embora a deterioração das relações com os EUA tenha sido um catalisador, em muitos aspectos trata-se de uma crise monetária convencional e que já vem ocorrendo há algum tempo, culminando com a erosão da credibilidade política", disse o economista Michael Cahill, do Goldman Sachs.

Na segunda, para estancar a crise, a autoridade monetária prometeu dar "toda a liquidez necessária" aos bancos do país para tentar frear a desvalorização da moeda, que caiu 40% frente ao dólar e ao euro em 2018. Uma primeira medida foi reduzir as reservas obrigatórias dos bancos de forma a liberar liquidez ao sistema financeiro. O BC turco anunciou ainda que injetaria US$ 6 bilhões e mais o equivalente a US$ 3 bilhões em ouro nas instituições.

Mas as dúvidas continuam. "A redução das reservas obrigatórias permite colocar alguns bilhões no mercado, mas em relação ao déficit corrente da economia turca, da ordem de US$ 60 bilhões, é uma gota d’água no oceano", disse Deniz Akagul, professor de Economia da Universidade de Lille.

Em um ano, a lira perdeu 46% de seu valor frente ao euro, dos quais 24% nos últimos dias. Desde a crise financeira de 2001 a situação não era tão inquietante aos olhos de investidores europeus. O mercado financeiro teme os efeitos de uma eventual bancarrota dos bancos turcos sobre instituições europeias. Entre os bancos mais expostos estão o francês BNP Paribas, o italiano UniCredit e o espanhol BBVA. Só nas instituições espanholas, os empréstimos de bancos turcos somam US$ 80 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Já após os dados mais recentes de inflação, divulgados na semana passada, os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 13, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de 4,11% para 4,15%. Há um mês, estava neste mesmo patamar. A projeção para o índice em 2019 seguiu em 4,10%. Quatro semanas atrás, exibia a mesma taxa.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa permaneceu em 3,93%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% para ambos os anos.

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A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de julho foi de 0,33%, acima do 0,27% projetado pelo BC no último Relatório Trimestral de inflação (RTI), de junho. No acumulado do ano, o IPCA está em 2,94%.

No Focus, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 foi de 4,10% para 4,16%. Para 2019, a estimativa do Top 5 passou de 4,07% 4,20%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,10% e 4,06%, respectivamente.

No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto um mês atrás.

A projeção mediana para o IPCA 2018 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 4,11% para 4,15%. Houve 44 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,11%. No caso de 2019, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis passou de 4,10% para 4,14%. Há um mês, estava em 4,10%.

As projeções do IPCA que consideram apenas os últimos 5 dias úteis são uma das novidades do novo formato do Focus. As estimativas gerais do IPCA, que seguem fazendo parte do Focus, levam em conta os últimos 30 dias. Conforme o BC, a intenção de divulgar projeções com base nos últimos dias úteis tem como objetivo mostrar um retrato mais tempestivo do indicador de inflação.

Selic

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2018 e de 2019. O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic em 2019 permaneceu em 8,00% ao ano, igual ao verificado há quatro semanas.

No caso de 2020, a projeção para a Selic seguiu em 8,00% e, para 2021, também permaneceu em 8,00%. Há um mês, os porcentuais projetados eram de 8,00% para ambos os anos.

Há duas semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a manutenção, pela terceira vez consecutiva, da Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano. Em sua decisão, o Copom afirmou que os indicadores recentes da atividade econômica "refletem os efeitos da paralisação no setor de cargas, mas há evidências de recuperação subsequente".

A instituição também reconheceu que a inflação de junho, de 1,26%, refletiu a greve dos caminhoneiros e "outros ajustes de preços relativos". No entanto, pontuou que os "dados recentes corroboram a visão de que esses efeitos devem ser temporários".

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de julho foi de 0,33%, acima do 0,27% projetado pelo BC no último Relatório Trimestral de inflação (RTI), de junho. No acumulado do ano, o IPCA está em 2,94%.

Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2018 seguiu em 6,50% ao ano, igual ao verificado um mês antes. No caso de 2019, a projeção do Top 5 para a Selic seguiu em 7,63%, ante 7,75% de quatro semanas atrás. No caso de 2020, permaneceu em 8,50% e, para 2021, também em 8,50%. Há um mês, estavam em 8,50% para 2020 e 2021.

O Banco Central da República da Argentina (BCRA) decidiu nesta terça-feira, por unanimidade, que a taxa de Letras de Liquidez (Leliq) em operações de sete dias passará a ser a nova taxa de política monetária e resolveu fixar os juros em 40%, no mesmo nível visto nas últimas reuniões do banco central argentino desde o início de maio. "Dessa forma, as decisões da autoridade monetária se concentrarão em um instrumento cuja influência operacional estará aumentando em um contexto de redução gradual do estoque de Lebaqs.

Em comunicado da decisão, o BCRA lembra que, em junho, a inflação acelerou mais que o previsto e alcançou um ritmo de 29,5% na comparação anual. "Essa aceleração da inflação obedeceu, principalmente, o impacto transitório da depreciação do peso em maio e em junho. Assim mesmo, os indicadores de alta frequência mostram uma desaceleração da inflação em julho, embora em nível menor do que o previsto na última decisão de política monetária", disse o banco central argentino.

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Em relação à atividade econômica do país, a autoridade monetária acredita em uma normalização tanto da produção agrícola quanto dos mercados financeiros, o que contribuirá gradualmente para uma recuperação. "Não obstante, a evidência recente sugere que a recuperação na atividade pode tardar alguns meses. Em consequência, estimamos que, em 2018, a economia se mantenha em níveis similares ao ano anterior", afirmou o BCRA. O comitê de política monetária do banco central também promete seguir monitorando o comportamento da inflação nos próximos meses e afirmou que pode "introduzir ações corretivas caso sejam necessárias para que as metas sejam alcançadas".

As Leliqs são um instrumento oferecido desde janeiro e têm o objetivo do banco central de ter mais influência na liquidez bancária. Elas são parecidas com as Lebaqs, mas têm um prazo mais curto e são exclusivas para bancos, enquanto as Lebaqs podem ser adquiridas por instituições financeiras, pessoas físicas e pessoas jurídicas de qualquer atividade.

Os mutuários voltarão a poder financiar imóveis de valor mais alto com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou para R$ 1,5 milhão o teto de valor das unidades que podem ser adquiridas por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que empresta dinheiro com recursos do FGTS com juros menores que as taxas de mercado.

O novo teto vai beneficiar todas as regiões do país e valerá para o financiamento de imóveis residenciais novos contratados a partir de 1º de janeiro próximo. Concedidos com recursos do FGTS e da poupança, os financiamentos do SFH cobram juros de até 12% ao ano. Acima desses valores, valem as normas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com taxas mais altas e definidas livremente pelo mercado.

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Flexibilização

Além de elevar o teto dos financiamentos com recursos do Fundo de Garantia, o CMN flexibilizou a parcela que os bancos são obrigados a aplicar em crédito imobiliário. Até agora, os bancos precisavam destinar 65% dos recursos da poupança para o financiamento de imóveis, dos quais 80% (o equivalente a 52% dos depósitos na caderneta) deveriam ser empregados no SFH.

Com a decisão de hoje, o sublimite de 80% deixará de vigorar em janeiro. Dessa forma, os bancos poderão usar os recursos da poupança para financiarem imóveis de qualquer valor, a critério de cada instituição. No entanto, os bancos que concederem crédito para imóveis de até R$ 500 mil terão o valor multiplicado por 1,2 para facilitar o cumprimento da exigência de usarem 65% da poupança no financiamento imobiliário.

Estímulo à construção

Segundo o Banco Central (BC), as medidas foram tomadas para estimular a construção civil. Recentemente, entidades do setor reclamaram que a indústria da construção continua a recuar e a enfrentar dificuldades para sair da crise por causa do alto custo dos financiamentos.

“Esse conjunto de aperfeiçoamentos, ao flexibilizar e simplificar as regras do direcionamento, pretende estimular a entrada de novos operadores e a melhor segmentação de mercado. Espera-se, ainda, uma maior compatibilidade entre a oferta e a demanda de financiamentos, respeitando-se a estrutura e as características de nosso mercado imobiliário. A maior liberdade para contratação pode estimular também o desenvolvimento do mercado de securitização [conversão de papéis] e de títulos com lastro em operações imobiliárias, atraindo novos recursos para o setor”, explicou o BC em nota.

Teto permanente

Em novembro de 2016, o CMN tinha reajustado o teto de financiamento de imóveis pelo SFH de R$ 650 mil para R$ 800 mil, na maior parte do país, e de R$ 750 mil para R$ 950 mil no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em fevereiro do ano passado, o limite foi reajustado para R$ 1,5 milhão por unidade em todas as regiões do país, valor que vigorou até o fim do ano passado.

Em janeiro deste ano, tinham passado a valer o teto anterior, de R$ 950 mil, para quatro unidades da Federação, e de R$ 750 mil no restante do país. Segundo o BC, o valor máximo de R$ 1,5 milhão por imóvel será permanente.

O Banco Central do Chile manteve em 2,5% ao ano a taxa básica de juros da economia do país. A decisão foi unânime.

No comunicado que acompanhou a decisão, o BC chileno ressaltou a valorização do dólar no mercado internacional e a desvalorização do preço do cobre e a consequente baixa do peso.

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"No entanto, as taxas de juros de longo prazo permaneceram relativamente estáveis, ao contrário do que aconteceu na maioria das economias. Os prêmios de risco locais estão localizados em níveis semelhantes às da decisão de política monetária anterior e permanecem baixos em perspectiva histórica", afirmou a instituição.

Os dirigentes de política monetária do Chile previram ainda que a taxa de juros vai retornar ao nível neutro nos próximos trimestres.

"Com isso, reafirmamos o compromisso de conduzir a política monetária com flexibilidade, de maneira que a inflação projetada se localize em torno de 3% no horizonte de dois anos", disse o comunicado.

Os juros do cheque especial caíram em maio, segundo dados do Banco Central (BC). A taxa chegou a 311,9% ao ano, com redução de 9,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Os juros do rotativo do cartão de crédito (modalidade para quem paga pelo menos o valor mínimo da fatura em dia) também recuaram, a taxa chegou a 243% ao ano, o que corresponde a uma queda de 5,1 pontos percentuais em comparação a abril.

Em abril, os bancos anunciaram mudanças no cheque especial, porém as novas regras só começam a valer a partir de julho. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que os clientes que utilizarem mais de 15% do limite por 30 dias seguidos vão receber a oferta de parcelamento, com juros menores do que os do cheque especial, definida por cada instituição financeira.

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Já no caso do cartão de crédito, em maio, a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo caiu 39,1 pontos percentuais, atingindo 346,1% ao ano. Com isso, os juros da modalidade ficaram em 303,6% ao ano, com redução de 25 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

Apesar da queda nas taxas do cheque especial e do rotativo do cartão, essas modalidades ainda são as mais caras entre as disponíveis nos bancos. A taxa do crédito pessoal, por exemplo, chegou a 114,7% ao ano, com redução de 10,2 pontos percentuais. A do crédito consignado recuou para 25,4% ao ano, com queda de 0,3 ponto percentual em comparação a abril.

O valor médio do juros para as famílias caiu 2,8 pontos percentuais para 53,8% ao ano. A taxa das empresas diminuiu 0,2 ponto percentual e alcançou 20,6% ao ano.

De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, as taxas do crédito vêm diminuindo de forma gradual e a redução dos juros do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito pode já ser efeito das mudanças na regulamentação das modalidades.

A inadimplência do crédito para pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual para 5% e para pessoas jurídicas também houve queda de 0,1 ponto percentual para 4,1%. Esses indicadores são do crédito livre em que as instituições financeiras têm autonomia para aplicar dinheiro captado no mercado.

No caso de empréstimos com regras definidas pelo governo, como crédito destinado aos setores habitacional, rural e de infraestrutura, a taxa de juros para pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual para 8% ao ano. Os juros cobrados das empresas teve recuo de 0,4 ponto percentual para 9,2% ao ano.

O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos ficou em R$ 3,107 trilhões em maio, com aumento de 0,5% no mês e no ano. Em 12 meses, o crescimento foi de 1,3%. Esse estoque do crédito representa 46,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Esse percentual se mantém o mesmo desde abril.

A lei que permite alterar o cálculo dos juros dos fundos constitucionais de financiamento foi publicada no Diário Oficial da União.  As regras que agora foram convertidas em lei já valiam desde dezembro de 2017, por meio de uma medida provisória. 

De acordo com a lei, na aplicação dos juros deve-se considerar a renda domiciliar per capita regional.  Quando a medida provisória foi aprovada o Banco Central (BC) informou que o objetivo era modernizar o cálculo dos encargos financeiros não rurais dos fundos constitucionais considerando as desigualdades regionais. 

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O presidente Michel Temer (MDB), ao sancionar a lei, vetou um trecho do texto que permitia a subvenção econômica nas operações de financiamento de infraestrutura contratadas para programas de financiamento nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para Temer, o artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) "impõe condições para as proposições legislativas que importem ou autorizem a diminuição de receita e aumento de despesas da União". 

Os recursos que constituem os fundos constitucionais correspondem a 3% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Do total, são destinados 1,8% aos fundos constitucionais do Nordeste do país, 0,6% aos fundos do Norte e mais 0,6% ao Centro-Oeste. Segundo o governo federal, o valor é transferido para as instituições financeiras que realizam os empréstimos: Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Banco do Brasil. 

A pressão do cenário externo e as incertezas com a eleição levaram os analistas a rever suas expectativas em relação à Selic, a taxa básica de juros da economia. Uma pesquisa do Projeções Broadcast com profissionais do mercado financeiro mostra que cinco deles, de um total de 49, preveem que a taxa vai chegar ao fim do ano acima dos atuais 6,50%. No levantamento anterior, feito em maio, após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nenhuma instituição previa alta dos juros neste ano.

Mesmo entre os economistas que acreditam em manutenção da Selic em 2018, alguns admitem que o cenário ficou mais arriscado com o novo nível do câmbio - que na quinta-feira, 14, fechou em R$ 3,80, apesar das intervenções do Banco Central - e a forte volatilidade dos mercados, que passa também pelo aumento dos riscos fiscal e eleitoral no Brasil.

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Nos contratos de juros futuros, desde a semana passada, a aposta é de que o ciclo de aperto monetário começa já na próxima reunião do Copom, nos dias 19 e 20 deste mês. Na quinta à tarde, 60% dos contratos embutiam a possibilidade de o BC elevar a Selic para 7% ao ano na semana que vem e outros 40% apostavam em 6,75% ao ano.

Entre os analistas, no entanto, embora haja divergências sobre como estará a taxa de juros em dezembro, existe um consenso de que ela será mantida na próxima reunião. "Esperamos que o Copom mantenha a Selic em 6,50% na reunião da próxima semana e indique que, talvez, enxergue algum risco de convergência da inflação para a meta em 2019", diz o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, que ainda espera que o juro termine o ano no mesmo patamar.

Sobre a diferença de cenários do mercado futuro de juros e dos analistas, o economista Luiz Castelli, da GO Associados diz que a falha da comunicação do BC pode ter contribuído com esse comportamento do mercado. Segundo ele, na reunião do Copom do mês passado, a taxa ficou inalterada, quando, para a maioria do mercado, a instituição havia sinalizado queda para 6,25%. "Isso gera mais ruído e amplia o leque de opções."

Para a economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Zara, nem mesmo a indicação de quarta-feira, 13, de que o banco central americano (Fed) vai elevar os juros quatro vezes este ano muda a percepção de que a Selic será mantida - apesar de a sinalização aumentar a pressão sobre o câmbio. Segundo ela, a sinalização do Fed não foi "nenhuma surpresa" dado o desempenho da economia norte-americana.

"Mas é inegável que aumentaram os riscos de aperto do juros este ano por causa do novo nível do dólar e da incerteza sobre as perspectivas fiscais. Tudo isso tem impacto direto da inflação", admite o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Alguns analistas enfatizam que a comunicação dada até o momento pelo Banco Central é de que a política monetária não será atrelada ao câmbio.

Levantamento

Na pesquisa do Projeções Broadcast, entre as cinco instituições que preveem antecipação do processo de aperto monetário para este ano, apenas uma acredita que isso ocorrerá antes das eleições. As previsões vão de 6,50% a 8,50%. No levantamento anterior, feito após o Copom de maio, 33 previam elevação em algum momento de 2019 e duas instituições acreditavam que o juro permaneceria no nível atual de 6,50% até o fim do ano que vem.

Ao jornal O Estado de S. Paulo e ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), no último dia 11, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que a decisão será tomada "no dia da reunião, olhando todas as condições". Ele disse que vai seguir monitorando a inflação, as expectativas para os índices de preços e o balanço de riscos para decidir sobre a Selic. O último comunicado da decisão diz que "para as próximas reuniões, o Comitê vê como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As principais bolsas da Europa fecharam em alta consistente neste pregão, em linha com a interpretação de que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, adotou uma retórica "dovish" ("mais suave") em coletiva de imprensa após a decisão da instituição de manter suas taxas de juros inalteradas e anunciar a redução das compras mensais do seu programa de afrouxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) a partir de outubro.

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve ganho de 1,23%, aos 393,04 pontos.

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Embora a revelação pelo BCE de que dará mais um passo no desmonte gradual do QE a partir de outubro, baixando as compras mensais de ativos para 15 milhões de euros até dezembro, denote uma postura "hawkish", a afirmação por Draghi de que as taxas de juros da autoridade monetária seguirão nos atuais níveis até pelo menos o verão de 2019 no Hemisfério Norte foram a chave para a recuperação no mercado acionário.

Mesmo que ofuscados pelos desdobramentos em torno da decisão de política monetária, houve indicadores das duas principais economias europeias na agenda desta quinta-feira. No Reino Unido, as vendas no varejo avançaram 1,3% em maio ante abril, mostraram dados do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês), um ponto porcentual cheio acima da previsão de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, de +0,3%.

Já a Destatis, agência de estatísticas da Alemanha, revelou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país subiu 0,5% em maio ante abril e 2,2% na comparação com igual mês em 2017, em linha com as expectativas do mercado.

Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 ascendeu 0,81%, para os 7.765,79 pontos. Repercutiu nesta praça os relatos na mídia britânica de que a fabricante de motores para aviões Rolls-Royce cortará 4,6 mil empregos no Reino Unido com o objetivo de economizar 400 milhões de libras por ano até 2020 com custos. As ações da empresa dispararam 6,54%.

Em Frankfurt, o DAX 30 teve avanço de 1,68%, para os 13.107,10 pontos, superando a marca psicologicamente importante dos 13 mil pontos. No setor de energia, as ações da E.ON saltaram 3,36% e as da RWE, 3,24%. Também entre os destaques, os papéis da multinacional Bayer ganharam 1,98%.

O CAC 40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 1,39%, aos 5.528,46 pontos. Na praça parisiense, os papéis da petroleira Total avançaram 1,52% e os da Engie, 2,43%.

Com referência no FTSE MIB, a Bolsa de Milão ganhou 1,22%, para os 22.486,32 pontos. Seguindo pares do setor de energia no continente, as ações da Enel subiram 1,92% e as da ENI, 1,95%.

Em Madri, o Ibex 35 teve avanço de 0,59%, para os 9.957,70 pontos, enquanto o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, destoou com queda de 0,10%, para os 5.677,81 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

O Banco Central do Chile (BCCh) manteve a taxa básica de juros da economia inalterada em 2,5% ao ano em reunião de política monetária realizada nesta quarta-feira.

Em comunicado divulgado após a decisão, o BCCh comentou que as perspectivas de crescimento global não mostram grandes mudanças e sugerem uma expansão superior à do último triênio. A autoridade monetária chilena destaca que, nos Estados Unidos, indicadores de preços, emprego e salários apontam para a existência de maiores pressões inflacionárias, ao contrário do que ocorre na Europa, onde a inflação parece mais contida. "Isso tem provocado que as expectativas do mercado adiantem um processo de normalização mais rápido dos juros nos EUA", disse o BCCh.

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O banco central apontou, ainda, que tem observado um menor apetite por ativos considerados mais arriscados, o que tem depreciado as moedas de economias emergentes. "Em todo caso, as perspectivas de crescimento não variaram significativamente e a maioria dos dados de curto prazo não apresentou grandes alterações", afirmou o BCCh. "A exceção é de alguns países da América Latina nos quais o ajuste das condições financeiras se somou a fatores idiossincráticos, dando margem à revisão em baixa das projeções de crescimento", disse a autoridade monetária chilena, ressaltando os casos da Argentina e do Brasil.

Sobre a economia chilena, o banco central do Chile comentou que os dados de atividade e demanda confirmam uma recuperação sustentada da economia e que a inflação continua em torno de 2% anuais.

A partir de hoje (1º), clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito devem pagar a mesma taxa de juros dos consumidores adimplentes. A mudança foi anunciada em abril pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que limitou os juros para essa modalidade, regulamentada por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No entanto, as instituições financeiras ainda poderão cobrar multa e juros por atraso. No caso de valores de crédito rotativo parcelado, a cobrança deve ser a da operação de parcelamento. Com isso, os bancos terão aval para cobrar 2% de multa sobre a dívida total e 1% ao mês em caso de inadimplência.

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O CMN também determinou que o percentual de pagamento mínimo da fatura, que antes era de 15%, poderá ser estabelecido por cada instituição de acordo com a política de crédito adotada e o perfil dos consumidores.

Segundo o Banco Central, a mudança é para alinhar as regras dos cartões de crédito às normas das demais operações que preveem a manutenção da taxa original em situação de atraso no pagamento.

A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) afimou em nota que a medida tende a aumentar a competitividade no setor e possibilita maior eficiência na gestão de risco e concessão de crédito por parte dos emissores de cartão, que passarão a ter maior controle na definição do percentual de pagamento mínimo da fatura.

O Itaú Unibanco anunciou nesta segunda-feira, 21, nova redução nos juros do crédito imobiliário. Com a mudança, que começa a valer a partir de terça-feira, dia 22, a taxa mínima no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que usa, principalmente, o dinheiro da poupança, passou de 9% ao ano para 8,8% a.a. mais taxa referencial em ambas as situações. Já nas linhas do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), com recursos de mercado, a nova taxa será a partir de 9,3% a.a. ante 9,5% anteriormente mais taxa referencial.

Antes do Itaú, outros concorrentes privados já tinham anunciado corte em seus juros do crédito imobiliário após a Caixa Econômica Federal, líder do segmento, baixar suas taxas.

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O primeiro foi o Santander Brasil, que anunciou em abril redução na linha SFH de 9,49% ao ano para 8,99% e de 9,99% para 9,49% no SFI, mas com condições atreladas para o cliente ter acesso a esse patamar de juro, que vale até o começo de agosto. Já o Bradesco baixou sua taxa no imobiliário de 9,3% para 8,85% ao ano do SFH, e de 9,7% para 9,3% ao ano no SFI.

"Com o aumento da confiança dos consumidores, estamos percebendo uma retomada do mercado imobiliário, o que é uma ótima notícia para o para o setor e para o País. Essa nova redução de taxas certamente contribuirá para acelerar esse movimento", afirma Cristiane Magalhães, diretora do Itaú Unibanco, em nota à imprensa.

De acordo com o banco, a demanda por crédito imobiliário tem crescido. No primeiro trimestre deste ano, o saldo total da carteira de crédito do Itaú Unibanco atingiu o patamar de R$ 40 bilhões para crédito imobiliário e o crescimento do volume de financiamentos concedidos foi de 26% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Com o movimento dos privados, a Caixa voltou a ter a maior taxa no crédito imobiliário. No mês passado, o banco público reduziu o juro mínimo cobrado em operações pelo SFH de 10,25% para 9,00% ao ano. No SFI, passou de 11,25% para 10,00% ao ano.

Já o Banco do Brasil anunciou, antes mesmo da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), na semana passada, ajustes entre 0,15 e 0,8 ponto porcentual ao ano nas linhas do SFH, reduzindo a mínima para 8,99% ao ano.

Além de usar recursos de poupança, a modalidade SFH contempla imóveis de até R$ 950 mil localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal e de até R$ 800 mil para os demais Estados. Já o SFI abrange imóveis acima dos limites determinados no SFH.

Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta quarta-feira, 16, em alta, com os investidores monitorando o noticiário sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China. No entanto, os agentes mantiveram a preocupação com condições financeiras mais rígidas em solo americano, que resultaram em ordens de venda na terça-feira.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,25%, aos 24.768,93 pontos; o S&P 500 subiu 0,41%, aos 2.722,46 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,63%, aos 7.398,30 pontos.

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Nos últimos dias, os investidores têm se concentrado em preocupações com a inflação e com um cenário de elevação das taxas de juros, o que deixaria os custos dos empréstimos mais altos. No entanto, alguns analistas esperam que os resultados das empresas e os dados econômicos fortes nos EUA impulsionem as ações para frente. Os lucros das empresas estão crescendo no ritmo mais rápido em anos, e alguns esperam uma onda de recompra de ações para alimentar os principais índices acionários americanos.

Embora o rendimento da T-note de 10 anos tenha atingido seu nível mais alto desde 2011 nas duas última sessões, alguns analistas não acreditam que essa marca seja alta o suficiente para prejudicar as ações no longo prazo. "Não acreditamos que esses níveis específicos ditem o fim da expansão econômica. São apenas os mercados que precisam se sentir confortáveis e se ajustar a um regime de juros mais elevados", disse o diretor de investimentos da Clarfeld Financial Advisors, Michael Hans.

Também nesta quarta-feira, os agentes monitoraram as relações comerciais entre Washington e Pequim. Relatos de que o diretor do Conselho de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, não estará nas conversas entre autoridades americanas e chinesas em Washington nesta semana apoiaram os índices. Além disso, de acordo com rede de TV americana CNBC, o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, se disse otimista de que um acordo comercial pode ser atingido entre os dois países. (Com informações da Dow Jones Newswires)

 Os clientes que pagarem menos de15% da fatura do cartão de crédito e caírem no chamado “rotativo não regular” pagarão menos juros a partir do mês de junho. O Conselho Monetário Nacional decidiu limitar e padronizar os juros para essa modalidade, regulamentando decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Até o momento, o cliente que pagava menos de 15% do total da fatura acabava sofrendo uma incidência de juros mais alta, uma vez que caía no crédito rotativo não regular. Quem pagava entre 15% e 100% ficava no rotativo regular, pagando taxas mais amenas. A decisão do CMN extinguiu essa diferenciação. Existirá apenas um único tipo de crédito rotativo.

“Haverá uma migração das taxas do crédito não regular para o regular”, declarou o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso.

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 O STJ também decidiu que os bancos podem cobrar 2% de multa sobre a dívida total e 1% ao mês de juros em caso de inadimplência. O comum era o banco cobrar juros junto à  uma taxa punitiva não padronizada dos indivíduos que caíam no crédito rotativo.

 

 

Nos postes, paradas de ônibus e muros do Recife e Região Metropolitana, o que mais se vê são papéis contendo anúncio de vários tipos de serviços e produtos. “Trago o seu marido de volta”, xerox por 5 centavos e: “troque seu limite do cartão de crédito por dinheiro” são uns dos que mais se encontram espalhados por aí. No entanto, o que vem despertando a curiosidade de diversas pessoas é como se consegue trocar o limite do cartão por dinheiro, e a licitude desse tipo de serviço. "Se você precisa de dinheiro vivo e tem limite no cartão de crédito, pode trocar o saldo disponível por dinheiro. Eu vou até você com a maquineta, passo o cartão e o valor conseguido liberado é pago em prestações que vão até 12 vezes. Mas quanto maior o número de parcelas, maior os juros que você vai pagar", disse o consultor financeiro, como faz questão de se identificar.


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Quem precisar de mil reais, por exemplo, tem que ter disponível no cartão de crédito pelo menos mil e quatrocentos reais, porque R$ 400 são dos juros. “O trâmite é como se você estivesse comprando numa loja normal, só que com a gente você vai pegar o dinheiro. Passa mil e quatrocentos e pega, em dinheiro vivo, mil reais; pode confiar, não é furada”, diz um dos comerciantes. Os juros não seguem nenhuma regra ou base mínima para serem cobrados, é de acordo com o que cada um queira.

A titular da Delegacia de Polícia de Crimes Contra o Consumidor, Beatriz Gibson Cunha de Santana, informa que “esses empréstimos clandestinos cobram juros altíssimos, já que não seguem a base de juros do Banco Central. Dois dias depois o consumidor se arrepende, quer voltar atrás e não conseguem mais”. A delegada corrobora ainda que “não tem como responsabilizar o 'vendedor', já que não houve pressão nem ameaças - as pessoas viram aquele anúncio e foram até esses agiotas por vontade própria”.

O Gerente de Fiscalização do Procon, Roberto Campos, pontua que "esse é um ato de desvirtuação da finalidade dos cartões de crédito, já que ele serve como método de pagamento para a aquisição de bens ou serviços; por isso a caracterização de agiotagem". Roberto confirma ainda que "é simulado uma operação, como se fosse a contratação de um serviço que não existe". Beatriz complementa dizendo: “é muito comum constar na fatura (depois do empréstimo) que a operação foi realizada por restaurantes”.

As pessoas que oferecem essa agiotagem se consideram consultores financeiros. Ao ligar para alguns dos números que encontramos nas ruas da cidade, o LeiaJá constatou que eles detém vários pontos no Recife, Paulista, Olinda e Jardim Atlântico; e com o “diferencial” de levar o dinheiro até o local em que o contratante quiser. “A gente trabalha de forma correta, com nota fiscal e tudo mais. Até declarar imposto à Receita Federal a gente faz”, informou um dos "consultores". De todos os contactados, esse é o melhor estruturado, pelo visto. Contando com meninas divulgando a empresa na rua, ponto fixo na Dantas barreto (centro do Recife), além de outras cidades do Estado, e ainda mais dois sócios do negócio.

O gerente de fiscalização do Procon, Roberto Campos, diz que esse é o exemplo do desespero do brasileiro que se encontra endividado cada vez mais. "Boa parte da população está super endividada e procura esse serviço por desespero, fazendo dívidas por cima de dívidas". O gerente é enfático quando diz que "de qualquer forma, a gente não tem muito o que fazer porque quem procura esse tipo de serviço é o consumidor e não há uma regulamentação do Estado para isso".

Se a pessoa usar o limite do cartão de crédito para pegar dinheiro e não receber, esse serviço pode ser cancelado pelo próprio consumidor, ligando diretamente para a administradora do cartão. “Se acaso não conseguirem solucionar esse problema, elas podem procurar a Delegacia do Consumidor para que possamos tentar solucionar”, finaliza Beatriz.

 


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar 0,25 ponto percentual (pp) do valor da taxa Selic. A ação significa o 12º recuo consecutivo na taxa básica de juros, que caiu de 6,75% para 6,5% ao ano. A reunião ocorreu ontem (21), em Brasília.

Para o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), essa diminuição demonstra que o comitê ainda não encerrou o ciclo de queda na taxa iniciada em outubro de 2016. Segundo o SPC, o novo recuo e as possíveis quedas adicionais trazem estímulos à economia, que vem se recuperando de forma lenta.

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“O espaço para uma nova queda na taxa de juros acontece porque a inflação segue controlada e as expectativas em relação ao seu futuro estão ancoradas em patamares abaixo da meta. Além disso, a recuperação econômica em curso se dá de uma forma muito lenta, afastando possibilidade de pressão inflacionária mais à frente”, disse o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

"Chega de Engolir Sapo" é o nome da campanha lançada nesta terça-feira (13) durante reunião entre o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, e líderes da indústria, do comércio, dos serviços e da agricultura que representam milhares de empresas e milhões de empregos. A ideia é combater "os juros mais altos do mundo", cobrados dos consumidores brasileiros.

Skaf destacou a importância do dia e lembrou a semelhança com o início, em setembro de 2015, da campanha Não Vou Pagar o Pato, que virou símbolo do polêmico impeachment de Dilma. "O Sapo inicia hoje sua carreira, seu trabalho, sua missão", afirmou. "Quanto ao Pato, está recolhido, disse, mas pronto para sair às ruas caso haja qualquer ameaça de aumento de impostos". completou.

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O alvo da campanha está nos juros cobrados pelos bancos de consumidores. "O foco é no que as pessoas, o povo, estão pagando", disse Skaf, que mostrou a diferença entre o que paga uma aplicação financeira básica, a caderneta de poupança, e o que é cobrado pelo cheque especial. "A pessoa que tivesse depositado dez anos atrás R$ 100 na caderneta teria hoje R$ 198,03, enquanto uma dívida de R$ 100 também contraída dez anos atrás representaria hoje mais de quatro milhões de reais".

As ações iniciais da campanha, no dia de seu lançamento, incluíram anúncios em jornais, assinados pela Fiesp e pelo Ciesp, a distribuição de folhetos explicativos nas portas de bancos na avenida Paulista por 150 pessoas vestidas como sapos e a divulgação no Facebook. Sapos gigantes foram posicionados na entrada do prédio da Fiesp.

"Não dá para aceitar que as coisas continuem assim", disse Skaf. "Juros altos diminuem o investimento das empresas, afastam as famílias de seus sonhos e emperram o crescimento do país. O crédito a preço justo é uma demanda inadiável. Chega de engolir sapo. Diga não aos juros mais altos do mundo", finalizou.

A resistência dos bancos em repassar os cortes da Selic, no mesmo ritmo, para o financiamento imobiliário reflete uma preocupação dessas instituições com a fragilidade da poupança como fonte de recursos - que passou a render menos desde o último ano - e com um potencial aumento da taxa básica de juros da economia no longo prazo.

A diretora do Itaú Unibanco, Cristiane Magalhães, pondera que o fato de o crédito imobiliário ser de longo prazo, de até 30 anos, exige dos bancos uma precaução adicional em termos de previsibilidade.

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"Não dá para fazermos projeções considerando o tempo médio que os clientes levam para quitar o seu financiamento imobiliário, entre 10 e 12 anos. Essa carteira tem duração muito longa e os bancos precisam agir com responsabilidade. As projeções macroeconômicas, por exemplo, já indicam que a Selic vai voltar a crescer em 2019", diz Cristiane. "A tendência dos juros no crédito imobiliário é de queda, mas temos de preservar a rentabilidade (do banco)."

Segundo o superintendente executivo de Negócios Imobiliários do Santander, Fabrizio Ianelli, a poupança também é uma preocupação. Depois de os depósitos superarem os saques na caderneta em mais de R$ 17 bilhões no ano passado, conforme o Banco Central, em janeiro deste ano o sinal inverteu: a diferença de entradas e saídas ultrapassou a casa dos R$ 5 bilhões.

"Primeiro, precisamos da normalização e da volta da poupança. Esperamos a migração de recursos de fundos de investimento com taxas mais altas para a poupança e, depois, a própria população", afirma Ianelli. "Com a melhora da economia, espera-se que a poupança volte a ficar com crescimento positivo à medida que as pessoas tenham fôlego para poupar recursos."

O Banco do Brasil, em desvantagem uma vez que 90% dos seus recursos de poupança têm de ser destinados ao crédito agrícola, segue "bastante empenhado" neste setor, conforme o presidente do banco, Paulo Caffarelli. "Não tem produto mais fidelizador que o imobiliário."

O superintendente de crédito do Bradesco, Romero Albuquerque, rebate que os bancos estejam demorando para repassar a queda da Selic e lembra que, um ano atrás, os juros no financiamento imobiliário estavam em dois dígitos, com vertente de alta. "A cada um porcentual de queda da taxa do crédito imobiliário, considerando um financiamento de R$ 200 mil, significa que quase 500 mil famílias a mais podem ingressar nesse mercado", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A valorização das commodities e a continuidade das perspectivas positivas para a economia doméstica, principalmente com a menor taxa de juros da história, pesaram positivamente sobre o desempenho da bolsa na sessão de negócios desta segunda-feira, 26. O Ibovespa fechou em alta pelo 9º pregão consecutivo, aos 87.652,63 pontos (+0,41%), sendo o 5º recorde histórico.

A subida foi amparada em boa parte do dia pela forte valorização de ações de empresas, como a Petrobras e Vale, que seguiram o petróleo e o minério de ferro no exterior. Após a abertura dos mercados acionários em Nova York, o Ibovespa tocou pela primeira vez os 88 mil pontos, para depois arrefecer o movimento.

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Só não manteve a aceleração, até acompanhando a força dos seus pares em Wall Street, em parte, por causa de notícias corporativas negativas, como no caso da CCR, avalia Marco Tulli Siqueira, gestor de renda variável da Coinvalores. Hoje a empresa organizou teleconferência para prestar os primeiros esclarecimentos ao mercado sobre as afirmações feitas pelo operador Adir Assad em depoimento de sua delação premiada à Lava Jato. Segundo noticiado na semana passada, Assad afirmou que teria recebido por meio de suas empresas de fachada cerca de R$ 46 milhões de concessionárias de rodovias do Grupo CCR.

Também contribuiu para limitar a alta do Ibovespa, a correção para baixo das ações de Itaú Unibanco PN (-0,11%) e Bradesco PN (0,00%) na contramão de Banco do Brasil ON (+1,46%) e as Units do Santander (+0,47%). De acordo com um operador, descoladas da trajetória do exterior, essas duas instituições tiveram um dia de correção de suas ações, uma vez que já acumulam ganhos de perto de 30% e de 20%, respectivamente, apenas em 2018.

Nesta segunda, o giro financeiro na sessão de negócios foi de R$ 11,8 bilhões, reforçando o fluxo de entrada para renda variável de investidores tanto estrangeiros como domésticos que vem desde o início deste ano. Marco Tulli Siqueira, gestor de renda variável da Coinvalores, observa que os investidores institucionais brasileiros estão indo buscar maior rentabilidade na bolsa. "Até por obrigação, pois para bater a meta atuarial com a taxa de juros de 6,5%, precisa olhar para renda variável", disse.

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