Tópicos | juros

As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam em alta nos vencimentos mais longos na manhã desta sexta-feira (4), apesar da leve queda do dólar. O movimento já era esperado entre profissionais do mercado, que atribuem o movimento a uma realização de lucros, favorecida pelo ambiente de maior cautela com o cenário doméstico, em meio à disputa pelas presidências da Câmara e do Senado e a movimentação para mudar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A agenda mais escassa no cenário doméstico deve levar o mercado a apontar o foco para a agenda internacional e já para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na próxima semana decidirá sobre a taxa Selic.

##RECOMENDA##

À espera das sinalizações que o Banco Central dará em seu comunicado, as oscilações estarão sujeitas às repercussões do relatório de emprego nos Estados Unidos (o payroll), à expectativa por pacote fiscal americano e às vacinas anti-covid. Internamente, o clima é de desconforto com a possibilidade de manobras fiscais que permitam driblar o teto de gastos nos próximos anos.

Às 9h30, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 6,19%, na máxima do dia, ante 6,11% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2027 projetava taxa de 7,00%, também na máxima intraday, contra 6,90% do ajuste de ontem.

Com uma ação batizada de Best Friday, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) está disponibilizando condições especiais para que seus clientes possam quitar os débitos com a empresa, com possibilidade de descontos progressivos na taxa de juros ao parcelar a dívida no cartão de crédito.

Entre os dias 24 e 28 de novembro, os devedores da Celpe poderão negociar, com descontos na taxa aplicada que podem chegar a 30%, dependendo do número de parcelas. Ou seja, a medida que o número de prestações aumenta, podendo chegar até 12 vezes, maior será o desconto. A negociação pode ser feita no site da Celpe.

##RECOMENDA##

As famílias pagaram taxas de juros mais baixas em agosto, de acordo com as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (28), em Brasília, pelo Banco Central (BC). 

A taxa média de juros para as pessoas físicas no crédito livre chegou a 39% ao ano, recuo de 0,9 ponto percentual em relação a julho. Já a taxa média das empresas ficou estável em 12,4% ao ano.

##RECOMENDA##

A taxa do crédito pessoal (não consignado) chegou a 70,3% ao ano, com redução de 12 pontos percentuais em relação a julho. Os juros do crédito consignado caíram 0,1 ponto percentual para 18,9% ao ano. A taxa do cheque especial chegou a 112,6% ao ano em agosto, queda de 0,9 ponto percentual em relação a julho.

Os juros médios do rotativo do cartão de crédito também diminuíram. A taxa chegou a 310,2% ao ano, com queda de 1,8 ponto percentual. No caso do rotativo regular, quando o cliente paga pelo menos o valor mínimo da fatura, a taxa chegou a 270,3% ao ano, queda de 8,9 pontos percentuais.

Rotativo

A taxa do rotativo não regular (dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura) subiu e chegou a 335,2% ao ano, alta de 3,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

Essas taxas são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas manteve-se estável em 7,1% ao ano. Para as empresas, a taxa subiu 0,3 ponto percentual para 7,4% ao ano.

Inadimplência

A inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) das famílias, no crédito livre, caiu 0,3 ponto percentual, indo para 4,8%.

A inadimplência das empresas no crédito livre recuou 0,2 ponto percentual para 1,6%, informou o Banco Central.

Os juros futuros abriram esta quarta-feira (2) com viés de alta, mas em seguida já renovaram mínimas e depois mostravam estabilidade em meio a notícias positivas e fatores de pressão de alta (dólar forte e IPC-Fipe mais salgado). Por outro lado, o mercado segue animado com a perspectiva de andamento das reformas, com expectativa de entrega da proposta da reforma administrativa amanhã ao Congresso e aprovação da Lei do Gás na noite de terça na Câmara, que deve atrair investimentos para o País.

Às 9h08, o DI para janeiro de 2027 marcava 6,74%, mesma taxa do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 estava estável em 3,96%, assim como o DI para janeiro de 2022, em 2,79%.

##RECOMENDA##

Os juros futuros começam esta sexta-feira (28) devolvendo um pouco das altas recentes, em sintonia com o recuo do dólar ante o real e outras moedas e com a notícia de que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a transferência de R$ 325 bilhões do lucro do Banco Central das reservas de resultado cambial para o Tesouro Nacional para o pagamento da dívida pública.

No radar está a expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro anuncie nesta sexta-feira a prorrogação do auxílio emergencial até o fim do ano, no valor de R$ 300, e a revisão pelo Tesouro do seu Plano Anual de Financiamento (PAF).

##RECOMENDA##

Às 9h10, o DI para janeiro de 2027 caía para 6,88%, de 6,96% no ajuste de ontem. O di para janeiro de 2023 recuava para 4,06%, na máxima, de 4,11%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 estava na máxima de 1,995, de 2,001% ontem no ajuste.

Os juros futuros abriram em forte queda nesta terça-feira (18), mostrando que o mercado reage positivamente à comunicação da cúpula de Brasília sobre a permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes. Os rumores de uma saída iminente do economista e o consequente abandono da agenda liberal foram o principal motivo para a alta forte das taxas e da maior inclinação da curva ontem.

Ao que tudo indica, os agentes encontraram espaço para um ajuste de baixa maior do que o que já havia sido observado na sessão estendida, quando os longos, por exemplo, devolveram oito pontos-base ou mais. O avanço das taxas com a tensão sobre a saída ou não de Guedes ficou evidente nos preços desde a s semana passada.

##RECOMENDA##

A queda menor hoje nos curtos deve-se ao fato de os longos terem refletido mais essa preocupação, além de embutirem a alta do dólar, e também por conta da inflação.

Segundo Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, a segunda prévia de agosto do IGP-M (+2,34%) divulgada hoje cedo pela FGV limita a queda dos curtos porque reforça "a percepção de fim de ciclo de queda da Selic". DI para janeiro de 2022 abriu a 2,73% ante 2,83% no ajuste de ontem. DI para janeiro de 2023 abriu a 3,92% ante 4,06% no ajuste de ontem e 4,03% na estendida. DI para janeiro de 2025 abriu a 5,76% ante 5,95% no ajuste de ontem e 5,89% na estendida. DI para janeiro de 2027 abriu a 7,38% ante 6,99% no ajuste de ontem e 6,91% na estendida.

A depreciação do dólar ante o real também contribui para o ajuste para baixo nas taxas. No mercado cambial, os investidores devolvem boa parte dos ganhos da véspera da moeda americana. Na mínima, o dólar à vista caiu a R$ 5,4268 (-1,28%), enquanto o dólar futuro de setembro cedeu até R$ 5,4280 (-1,52%).

O Tesouro Nacional divulgou hoje as condições do leilão de venda de Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), papéis que são indexados ao IPCA. Segundo portaria nº444, no Grupo 1, que contempla os vencimentos de 15/5/2025 e 15/8/2030, o lote é de até 1,5 milhão. No Grupo 2, a oferta é de até 150 mil títulos, a serem distribuídos nos vencimentos e 15/8/2040 e 15/5/2055.

A agenda doméstica é fraca nesta terça-feira, sendo que um destaque é o segundo dia de reunião de analistas com o Banco Central.

Mais cedo a Fipe divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,33% na segunda quadrissemana de agosto, acelerando frente ao aumento de 0,28% observado na primeira quadrissemana deste mês.

Já a FGV divulgou que o IGP-M subiu 2,34% na segunda prévia de agosto, após ter aumentado 2,02% na segunda prévia de julho. Com o resultado, o índice acumulou elevação de 9,22% no ano de 2020 e alta de 12,58% em 12 meses.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou que não deve colocar para votar o projeto aprovado pelos senadores que limita em 30% ao ano os juros cobrados no cheque especial e no cartão de crédito em operações contratadas até o fim do ano.

Para Maia, uma intervenção do Congresso nesse sentido pode provocar efeito colateral em outras linhas, encarecendo e limitando o crédito para os consumidores. Na visão do presidente da Câmara, os bancos precisam encontrar de maneira rápida "soluções" para produtos tão "nocivos" aos clientes.

##RECOMENDA##

"Os bancos têm de criar novos produtos no lugar do cartão de crédito e do cheque especial. Não dá mais para a sociedade pagar essas taxas de juros. Mas as soluções não são de intervenção no mercado financeiro. As soluções têm de vir dos próprios bancos, que precisam entender que vão abrir mão de uma receita. Da mesma forma que a sociedade não aceita mais pagar impostos, ela não aceita mais pagar os juros do cheque especial e do cartão de crédito", disse Maia ao Estadão, ressaltando que o projeto é daqueles que "tem cara boa, mas gera muitos problemas".

O projeto foi aprovado na quinta-feira pelos senadores por 56 votos favoráveis, 14 contrários e uma abstenção. No caso das fintechs (empresas de tecnologia do setor financeiro), o limite de juros proposto é de 35% ao ano.

Os senadores ainda aprovaram uma emenda do PT abrindo espaço para o tabelamento permanente dos juros em operações de crédito com cartões após o período de calamidade pública. A medida prevê que o Conselho Monetário Nacional (CMN) regule o limite de juros no cartão, assim como fez com o cheque especial, após o período de calamidade pública. O CMN é formado por dois representantes do Ministério da Economia (o ministro e o secretário especial de Fazenda) e o presidente do Banco Central.

Proposta original

A proposta original era de que, até julho de 2021, os bancos cobrariam até 20% ao ano em operações de crédito com cartão e no cheque especial. Posteriormente, para a proposta ter mais apoio entre os parlamentares, o teto proposto foi ampliado para 30% ao ano no caso dos bancos e a 35% ao ano entre as fintechs.

Ao justificar a proposta, Alvaro Dias defendeu que, durante a crise, o cartão de crédito e o cheque especial seriam utilizados por profissionais liberais e empregados em geral para pagar as contas. Sem renda, eles entrariam no rotativo do cartão, com juros que "superam 300% ao ano, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central, com instituições financeiras cobrando até mais de 600%".

Limites

De acordo com dados do Banco Central, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito (quando o cliente paga pelo menos a fatura mínima) está em 300% ao ano (5 de 55 instituições financeiras cobraram em julho juros superiores a 600% ao ano). No caso do cheque especial, a taxa média foi de 110% ao ano.

Desde janeiro deste ano, o limite para a taxa de juros do cheque especial pessoa física fixado pelo BC é de 8% ao mês, o equivalente a cerca de 150% ao ano. Os juros são cobrados quando o cliente acessa seu limite de crédito, pré-aprovado.

Já o crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado por quem não pode pagar o valor total da sua fatura na data do vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Para usar o crédito rotativo, o consumidor paga qualquer valor entre o mínimo e o total da fatura. O restante é automaticamente financiado e lançado no mês seguinte, com juros.

As duas linhas estão entre as mais caras, quando comparadas com os juros cobrados em outros tipos de empréstimos, como o pessoal ou consignado. Por isso, são classificadas como "emergenciais" e, segundo analistas, só devem ser usadas se for realmente necessário, por um período curto de tempo.

Em meio à pandemia da covid-19, o porcentual de famílias com dívidas atingiu em junho o recorde histórico de 67,1%, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, feita pela Confederação Nacional do Comércio.

Os juros futuros médios e longos operam em queda, alinhados ao dólar, que também está mais fraco ante moedas emergentes antes da decisão de juros do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) e indicações dos próximos passos da instituição à tarde. Os investidores aguardam a coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell (15h30, de Brasília).

A expectativa de queda da Selic, a taxa básica de juros no Brasil, na semana que vem, contribui para a direção das taxas.

##RECOMENDA##

Os mais curtos rondavam há pouco a estabilidade.

Às 10h08, O DI para janeiro de 2022 exibia taxa de 2,70%, de 2,74% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2027, 6,22%, de 6,27%.

Os juros futuros voltaram a testar as mínimas da sessão desta quinta-feira (16) acompanhando o dólar, que renovou pouco antes do fechamento deste texto a menor cotação intraday. Os ajustes coincidiram com a divulgação de dado de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, não muito distante da expectativa, mas resultado bem acima do estimado no caso das vendas no varejo (alta 7,5% em junho ante maio; previsão +5,2%).

Além disso, os investidores avaliam fala da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sobre a manutenção da sua política monetária, com reiterada disposição de "ajustar seus instrumentos".

##RECOMENDA##

Às 10h11, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,02%, na mínima, ante 3,052% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 indicava 6,42%, na mínima, ante 6,42% ontem no ajuste.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta terça-feira (7) o fim das taxas de juros de cheque especial e de cartão de crédito. "São dois produtos que distorcem o sistema financeiro brasileiro", destacou em "live" promovida pela Genial Investimentos. Nas medidas para baratear o crédito e irrigar a economia, o democrata considerou "um absurdo" essas taxas cobradas e disse que isso terá de ser discutido.

Indagado sobre os projetos de tributação maior dos bancos, Maia disse que todos buscam soluções para ampliar a arrecadação, mas essa não é uma discussão para o atual momento de crise do novo coronavírus porque sempre é a sociedade quem paga essa conta. "Acho que os bancos poderiam ter se unido", disse ele, para contribuir mais neste momento de pandemia.

##RECOMENDA##

Fake news

Maia disse que o Congresso vai votar o Projeto das Fake News porque julga que esse é um tema importante e perigoso, na medida em que robôs disseminam notícias falsas, atacando inclusive poderes da República, como o Supremo Tribunal Federal (STF).

Os juros futuros renovaram mínimas e acentuaram a baixa nos longos, que operam na contramão do dólar, refletindo a procura por vencimentos de longo prazo, segundo José Faria Júnior, sócio-diretor da Wagner Investimentos. A liquidez, no entanto, é reduzida.

"O juro 2021 está sem espaço, por ora, para cair. Vai ficar estável até termos novidades. Os demais seguem na tendência de baixa. Os dados mostram busca por RF renda fixa mais longa, que têm algum prêmio, vide a maior demanda por títulos da Itália (um dos piores rating da Europa), que estão no maior patamar desde 2012", explica Faria Júnior.

##RECOMENDA##

A taxa de desemprego de 12,9% no trimestre até maio e o desempenho do setor público consolidado, com déficit primário de R$ 131,438 bilhões em maio, ficaram em segundo plano.

Às 10h12, o DI para janeiro de 2029 caía a 7,24%, na mínima, de 7,31%, e o para janeiro de 2027 recuava para 6,69%, de 6,73% no ajuste anterior. O para janeiro de 2023 estava 4,04%, de 4,06%, enquanto o vencimento para janeiro de 2022 apontava taxa de 2,94%, de 2,95% tem no ajuste.

Os juros futuros abriram em queda nesta sexta-feira (19) em linha com o dólar, tiveram máximas mais cedo com a moeda, e há pouco estavam mais perto dos ajustes da quinta-feira (18). Os movimentos das taxas também decorrem de ajustes ao fechamento ontem e refletem ainda bom humor no exterior, porém, cautela interna, em meio a preocupações com desdobramentos da prisão de Fabrício Queiroz e noticiário do fim de semana.

Às 10h06, o DI para janeiro de 2022 indicava 3,07% ante 3,10% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2027, a 6,79%, de 6,82% no ajuste de ontem.

##RECOMENDA##

Após uma abertura em queda, acompanhando o dólar, os juros futuros passaram a rondar a estabilidade conforme a moeda americana passou a subir ante o real na manhã desta quarta-feira (17) enquanto investidores em compasso de espera pela apresentação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell (13 horas, de Brasília), e a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic, após o fechamento dos negócios.

O tombo de 11,7% no volume de serviços em abril reforça espaço para um corte 75 pontos-base da Selic hoje, algo que está bem precificado já na curva e com isso os curtos exibem viés de alta antes do Copom.

##RECOMENDA##

Às 10h07, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,212%, de 2,094% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 indicava 6,73%, de 6,74% no ajuste anterior.

Em meio à pandemia do novo coronavírus, os preços da economia voltaram a recuar pelo segundo mês consecutivo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de uma deflação de 0,31% em abril para uma queda de 0,38% em maio, o menor resultado em mais de duas décadas, informou o IBGE.

"Essa é a segunda maior deflação do Plano Real", ressaltou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.

##RECOMENDA##

Com um cenário inflacionário tão comportado, o Itaú Unibanco espera que o Banco Central (BC) corte em 0,75 ponto porcentual a taxa básica de juros, a Selic, na reunião de junho, para 2,25% ao ano até o fim de 2020.

"A inflação não é um risco para a política monetária, olhando esse cenário benigno para 2020 e a propagação para 2021", resumiu a economista Julia Passabom, do Itaú Unibanco.

A queda nos preços dos combustíveis e das passagens aéreas puxou a deflação em maio, mas as famílias também gastaram menos com habitação, vestuário, saúde e despesas pessoais. Os alimentos subiram menos, embora os preços ainda persistam em patamar elevado. Cenoura e frutas ficaram mais baratas, enquanto cebola, batata-inglesa, feijão carioca e carnes pesaram mais no orçamento. "O nível de preços continua alto, e ficou um pouquinho mais alto. Essa demanda elevada também ajuda a segurar os preços lá em cima", lembrou Pedro Kislanov, gerente do IPCA do IBGE.

A taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses desacelerou de 2,40% em abril para 1,88% em maio, ante uma meta de 4% perseguida pelo BC ao fim deste ano. O resultado de maio foi o mais baixo desde janeiro de 1999, quando a taxa em 12 meses estava em 1,65%.

"De uma maneira geral, a deflação em maio e abril mostrou a pressão da recessão causada pelas medidas de distanciamento social nos preços de serviços e produtos. Mas, como parece que abril foi o fundo do poço para a atividade, já trabalhamos com expectativa de uma taxa positiva em junho (no IPCA do mês)", afirmou o economista sênior do Banco MUFG Brasil, Carlos Pedroso.

Para Kislanov, os últimos reajustes dos combustíveis nas refinarias e a flexibilização das medidas de isolamento social podem pressionar a inflação em junho. "Em relação ao isolamento social, a gente tem de aguardar para ver, pode ser que haja maior movimentação na economia e que possa se refletir nos preços de serviços", disse.

De janeiro a maio, os combustíveis contribuíram para conter o IPCA. A gasolina acumulou uma queda de preços de 14,64% nos cinco primeiros meses do ano de 2020. O etanol recuou 18,14% no período, enquanto o óleo diesel diminuiu 14,43%.

O economista Vitor Vidal, da corretora XP Investimentos, acredita que a alta dos preços de petróleo puxada pela retomada econômica no mundo, e, em consequência da gasolina, é o maior risco de pressão sobre a inflação neste ano. No entanto, ele avalia que essa recuperação da economia ainda deve ser lenta, mantendo os preços em níveis bastante baixos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ruído político da operação da Polícia Federal contra fake news em inquérito conduzido pelo STF, deflagrada nesta quarta-feira (27) deu viés de alta aos juros futuros instantes após a abertura, em leve baixa. Os movimentos, dizem operadores, são moderados. E levam em conta ainda as oscilações do dólar.

Às 10h03, o DI para janeiro de 2022 apontava 3,26%, de 3,24% no ajuste de ontem.

##RECOMENDA##

O DI para janeiro de 2027 indicava 7,05%, de 6,98% no ajuste de ontem. O dólar à vista caía 1,05%, a R$ 5,3018.

Os juros futuros operam em baixa nesta quinta-feira (20) nas mínimas da sessão, acompanhando a desvalorização mais acentuada do dólar. Na abertura, chegaram a ensaiar alta, em meio a liquidez bastante reduzida - ambiente que favorece oscilações bruscas a partir de fluxos pontuais. Ainda, nos primeiros negócios, os investidores levaram em conta fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ficou em boa medida a percepção de que a Selic deve cair, mas não muito mais.

Segundo Campos Neto, há atualmente no Copom "pessoas com visões diferentes sobre o limite da política monetária". Ele afirmou ainda que os países com dívidas maiores encerram o processo de corte de juros com taxas "um pouco maiores também".

##RECOMENDA##

O exterior também influencia os movimentos. Às 10h12 desta quinta, o DI para janeiro de 2027 apontava 7,52%, de 7,61% no ajuste de ontem. No trecho curto da curva a termo, o DI para janeiro de 2022 indicava 3,41%, de 3,42% no ajuste de quarta-feira.

O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) decidiu nesta quarta-feira (20) manter inalteradas suas taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos.

A chamada LPR de um ano permaneceu em 3,85% e a LPR para empréstimos de cinco anos ou mais longos ficou em 4,65%.

##RECOMENDA##

As taxas foram mantidas apesar de reiteradas promessas do governo chinês de continuar sustentando a economia em meio aos impactos da pandemia de coronavírus. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os juros futuros abriram em forte alta, de até 30 pontos no janeiro para 2025, em sintonia com o dólar e em meio à expectativa sobre se o ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciará sua saída no pronunciamento marcado para as 11 horas.

Às 9h29, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 subia para 2,80%, de 2,71%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 avançava 4,78%, de 4,53% no ajuste de ontem.

##RECOMENDA##

O DI para janeiro de 2025 subia a 6,46%, de 6,26% no ajuste de ontem.

O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) decidiu nesta sexta-feira (24) reduzir a taxa de juros da sua linha de crédito de médio prazo direcionada, de 3,15% para 2,95%. Trata-se do primeiro corte desde que o instrumento foi criado, no fim de 2018.

O PBoC também injetou 56,1 bilhões de yuans (US$ 7,9 bilhões) em liquidez no sistema financeiro por meio dessa linha, que tem o objetivo de estimular o repasse de empréstimos bancários a pequenas empresas. A injeção cobriu parcialmente 267,4 bilhões de yuans em crédito que venceu hoje. Fonte: Dow Jones Newswires.

##RECOMENDA##

A queda da taxa de juros vem provocando um nó na cabeça de boa parte dos brasileiros: o que fazer agora com os investimentos? A taxa Selic, que caiu na quarta-feira, 5, para o patamar de 4,25% ao ano, é o indexador dos principais produtos de renda fixa, como são chamadas as aplicações conservadoras, destino de R$ 8,5 em cada R$ 10 poupados no Brasil. E sua queda foi enxugando os rendimentos pagos por produtos como CDB, títulos do Tesouro Direto, fundos DI e, claro, a caderneta de poupança.

"Ficou mais complexo investir", diz Luiz Severiano Ribeiro, que lidera a área global de private bank do Itaú Unibanco. "O 'rentismo' no Brasil acabou", afirma Dan Kawa, chefe de investimentos da TAG. "Os juros caíram a tal ponto que tanto faz se 4% ou 6% ao ano. A maré virou e, mesmo que os juros subam ou caiam um pouco, a estratégia não muda muito."

##RECOMENDA##

Por conta desse novo cenário, bancos e corretoras vêm mudando suas orientações para os investidores. E a recomendação unânime é que a diversificação dos produtos que integram o portfólio de cada investidor é fundamental (como se pode ver no quadro ao lado, com as recomendações de alguns bancos de como montar uma carteira, dependendo do seu perfil).

"Tem de ampliar a exposição para além da renda fixa. A Bolsa é a nossa grande recomendação. Achamos que, no médio e longo prazos, os resultados vão compensar o investimento", afirma Augusto Miranda, diretor de Private Banking do Bradesco.

Hoje, os gestores estão, gradativamente, ampliando a presença, nos portfólios de seus clientes, de produtos em fundos multimercado e ações. Os multimercados são fundos ativos, ou seja, constantemente balanceados por profissionais, que alocam o dinheiro dos investidores em uma cesta de produtos que vai da renda fixa à renda variável.

No ano passado, dados da associação das empresas do mercado financeiro, a Anbima, colocaram o multimercado na segunda posição na preferência do investidor, com R$ 66,8 bilhões em aportes, atrás apenas dos fundos de ações, que investem apenas em ativos de empresas negociados na Bolsa, que registrou R$ 86,2 bilhões em aplicações.

Bolsa de Valores.

Para Luis Azevedo, superintendente de análise da Safra Corretora, o Ibovespa pode repetir em 2020 o desempenho do ano passado, quando subiu mais de 30%. "Temos uma visão bastante otimista para a Bolsa neste ano. Tanto que nosso time de análise acabou de elevar as projeções para o Ibovespa, passando de 130 mil pontos para 140 mil pontos", diz.

Para a renda fixa, a recomendação dos gestores é a de ampliar as posições dívidas corporativas. "Se for para manter a renda fixa, entendemos que um dos melhores instrumentos seriam as debêntures incentivadas, que possuem um bom risco de crédito e spreads (diferença entre custo de compra e custo de venda de uma ação ou um título) ainda razoáveis", afirma Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos. Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe da corretora Modalmais, também destaca as debêntures de infraestrutura. Mas com cuidado. "Tem de avaliar risco e a liquidez do produto", afirma.

Por falar em liquidez, os analistas apontam que no atual cenário o investidor deve se resignar com prazos maiores de saque de suas aplicações. Fabio Passos, do banco Indosuez, diz que tem batido nessa tecla com os seus clientes, principalmente os mais ricos. "Os bons investimentos estão cada vez menos líquidos", diz ele, se referindo ao tempo em que o dinheiro deve ficar disponível para a aplicação. "Para as grandes fortunas, nós estamos até ampliando para 10% do portfólio a alocação em produtos que chamamos de ilíquidos, como aportes diretos em empresas de pequeno porte e com potencial de crescimento acelerado", afirma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando