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Roberta Close, uma das primeiras transexuais a ficarem famosas na mídia brasileira, falou durante uma live com o produtor musical e pesquisador Rodrigo Faour, sobre os preconceitos que precisou enfrentar quando jovem. Na escola e na própria casa, com sua família, a modelo teve problemas de aceitação e acabou sendo expulsa do colégio onde estudava no Rio de Janeiro.

Close relembrou como sua família teve dificuldades para aceitá-la e como esse processo se repetiu no ambiente escolar. “Meus pais nunca entenderam muito bem o que eu era. Não entendiam minha audácia. Tinha muita briga, e saí de casa muito cedo”. Já na escola, a jovem Roberta foi convidada a se retirar e acabou sendo expulsa. “Tive o azar de cair na mão de uma professora que dizia que eu não me encaixava. Me pediram para deixar a escola, não deixaram eu completar os estudos”.

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Modelo de sucesso na década de 1980, Roberta comentou como sua beleza chamava atenção. Segundo ela, “todos os machões se rendiam” e ela chegou a ter romances com alguns famosos. A beleza também lhe abriu portas de trabalho e Close desfilou para importantes estilistas do Brasil e do mundo, como  Jean-Paul Gaultier e Thierry Mugler, porém, com algumas restrições: “Fui para o mundo inteiro. Mas eu chegava, desfilava e saía. Nada podia ser dito. Nada se falava sobre quem eu era". Hoje, aos 55 anos, Roberta vive na Suíça, longe dos holofotes. 


 

Nessa segunda-feira (10), Tiago Abravanel dividiu os vocais com a cantora Gerlane Lops em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Promovido pela revista Caras, o evento também recebeu o ator Rafael Cardoso, que atualmente está no ar na novela Salve-se Quem Puder. Aproveitando sua passagem na ilha, Tiago fez um ensaio fotográfico com o marido, o produtor Fernando Poli. 

O resultado das fotos do casal será divulgado pelo exemplar em breve. Fernando, de 36 anos, e o neto de Silvio Santos estão juntos há cinco anos. No final de janeiro, Tiago Abravanel quebrou o silêncio e falou sobre o relacionamento. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ator e apresentador do SBT declarou que nunca esteve no armário

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"Falaram: 'Finalmente o Tiago saiu do armário'. Nunca estive no armário, gente. Mas fico feliz por toda essa repercussão, que foi por acasos de rede social, porque foram nossos amigos que vazaram alguma foto ou alguma coisa assim, e eles não fizeram nada de errado", explicou.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), sancionou, no dia 27 de janeiro, a Lei  17.301, que pune qualquer forma de discriminação por parte de pessoas físicas e jurídicas contra a população LGBTQI+.

 "Toda e qualquer manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra homossexuais, bissexuais, travestis ou transexuais no .município de São Paulo será punida nos termos desta Lei", diz o texto da lei de autoria da atual deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). 

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De acordo com o texto, as punições vão desde advertências até multa em valor ser regulamentado pela administração pública da cidade, e também a cassação de alvará de funcionamento, no caso dos estabelecimentos comerciais. 

Uma vez sancionada, a lei tem três meses para ser regulamentada pela prefeitura. 

A lei considera que são atos homofóbicos:

I - praticar qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória;

II - proibir o ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público;

III - praticar atendimento selecionado que não esteja devidamente determinado em lei;

IV - preterir, sobretaxar ou impedir a hospedagem em hotéis, motéis, pensões ou similares;

V - preterir, sobretaxar ou impedir a locação, compra, aquisição, arrendamento ou empréstimo de bens móveis ou imóveis de qualquer finalidade;

VI - praticar o empregador atos de demissão direta ou indireta, em função da orientação sexual do empregado;

VII - inibir ou proibir a admissão ou o acesso profissional em qualquer estabelecimento público ou privado em função da orientação sexual do profissional;

VIII - restringir o acesso ou o uso de transportes públicos, como ônibus, metrô, trens, táxis e similares;

IX - recusar, negar, impedir ou dificultar a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de qualquer nível;

X - praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza, a discriminação, preconceito ou prática de atos de violência ou coação contra qualquer pessoa em virtude de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero;

XI - fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que incitem ou induzam à discriminação, preconceito, ódio ou violência com base na orientação sexual do indivíduo.

Tiago Abravanel, apresentador do programa Famílias Frente a Frente, abriu o coração para falar do relacionamento com o produtor Fernando Poli. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o neto de Silvio Santos declarou que o marido já está há um tempo na família Abravanel.

"Sempre fui muito reservado pessoalmente falando, mas nunca me escondi. Vamos fazer cinco anos juntos. Nunca falei disso porque achei que não precisasse falar, afinal de contas, o pessoal é pessoal. Mas, enfim, saiu na mídia. Talvez seja uma novidade para quem não me conhece tanto. Quem me conhece, quem está perto de mim, com certeza já viu o Fernando que é uma pessoa incrível, que está dentro da minha família há muito tempo", explicou.

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Em um outro momento do bate-papo, Tiago afirmou que nunca esteve no armário por conta de não ter revelado sua orientação sexual. "Falaram: 'Finalmente o Tiago saiu do armário'. Nunca estive no armário, gente. Mas fico feliz por toda essa repercussão, que foi por acasos de rede social, porque foram nossos amigos que vazaram alguma foto ou alguma coisa assim, e eles não fizeram nada de errado", disse.

E completou: "Isso fez com que a gente recebesse muito carinho". Atualmente, Fernando e Tiago estão morando em uma cobertura no bairro do Brooklyn, em São Paulo.

Pesquisadores do Instituto Dinamarquês de Prevenção ao suicídio, em parceria com a Universidade de Estocolmo, descobriram que o número de suicídios entre homens e mulheres homossexuais caiu quase pela metade desde que houve a legalização do casamento gay.

Esse levantamento compara os números da Suécia e da Dinamarca. São nesses países que o número de suicídios dos homossexuais caiu 46%. Por outro lado, a taxa de suicídio entre os casais gays é duas vezes maior do que o registrado pelos casais héteros. 

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Ao site The Local, Annette Erlangsen, que liderou o estudo no Instituto Dinamarquês de Prevenção, afirma que os números ainda continuam preocupantes para as pessoas LGBTQI+ que não estão em nenhuma relação amorosa. "É claro que é positivo que a taxa de suicídio quase tenha caído pela metade, mas continua preocupantemente alta", salienta a pesquisadora.

Os jovens LGBTQI + têm pelo menos três vezes mais chances de cometer suicídio do que os jovens hetrossexuais, de acordo com um meta-estudo de 2018 com pesquisas em 10 países diferentes. 

A pesquisa, que foi publicada no Journal of Epidemiology and Community Health, acompanhou 28 mil pessoas em uniões do mesmo sexo ao longo de, pelo menos, 11 anos. 

O conceito de entidade familiar não pode deixar de fora a união entre pessoas do mesmo sexo, voltou a afirmar o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, ao julgar a constitucionalidade de uma lei do Distrito Federal (DF).

O entendimento foi reforçado no julgamento virtual de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em que o PT questionou a Lei Distrital 6.160/2018, que estabelece a Política Pública de Valorização da Família no Distrito Federal.

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Em seu artigo 2º, a lei define como entidade familiar “o núcleo social formado pela união de um homem e uma mulher, por meio do casamento ou união estável”.

O relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, acatou os argumentos do PT, de que a legislação distrital, da forma como redigida, violava os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da isonomia ao restringir o conceito de família, deixando de fora as uniões homoafetivas.

“Quando a norma prevê a instituição de diretrizes para implantação de política pública de valorização da família no Distrito Federal, deve-se levar em consideração também aquelas entidades familiares formadas por união homoafetiva”, escreveu Moraes em seu voto, que foi acompanhado por todos os demais ministros do Supremo.

Moraes lembrou que o Supremo já julgou inconstitucional qualquer dispositivo do Código de Processo Civil que impeça o reconhecimento da união homoafetiva. Ao fim, foi dada interpretação conforme a Constituição para a lei distrital, que passa a abarcar em sua eficácia também as famílias formadas pela união de pessoas do mesmo sexo.

O corpo do professor e ativista LGBTQI+ Sandro Cipriano foi encontrado na manhã deste sábado (29), já em estado de putrefação, às margens da estrada do Sítio de Sapucaia, zona rural de Pombos, cidade do Agreste, Zona da Mata de Pernambuco. O professor estava desaparecido desde a última quinta-feira (27), quando dois homens foram vistos saindo da casa da vítima com o seu carro.

De acordo com a Delegacia de Pombos, o veículo de Sandro ainda não foi encontrado, já o corpo do professor foi avistado por populares que passavam pelo local e denunciaram à polícia. Ainda segundo o órgão, os familiares já foram informados sobre a morte. A polícia ainda não sabe quem pode ter cometido o crime. As investigações continuam.

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Além da Parada do Orgulho LGBTQI+, em São Paulo, a agenda das grandes cidades está repleta de eventos voltados à diversidade mas se engana quem acha que o momento é só de festa. Dentre as lutas da comunidade está a inclusão no mercado de trabalho. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pouco mais de 9% da população brasileira se declara LGBTQI+. Entretanto, dados de uma pesquisa do Grupo Santo Caos mostram que 61% dos funcionários efetivos em empresas ainda escondem sua sexualidade por temer figurar entre os mais de 13 milhões de desempregados do Brasil.

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Autônomo da área de manutenção residencial André Strongren, é proprietário da empresa Bee’s – Abelhas Operárias

Na contramão desses dados e de todo o preconceito estão empreendedores que estendem a mão para integrantes da comunidade LGBTQI+. Homem trans, o autônomo da área de manutenção residencial André Strongren, 30 anos, é proprietário da empresa “Bee’s – Abelhas Operárias” mas só enxergou a saída ao perceber a dificuldade em retornar ao mercado de trabalho após fazer a transição, tendo passado um período em que viveu de "bicos". “No tempo em que comecei a hormonoterapia, percebia a dificuldade em me reinserir no mercado de trabalho e até mesmo procurar uma formação profissionalizante”, relata. Strongren, que tinha um empreendimento maior mas teve que reduzir por falta de recursos e hoje trabalha em parceria com sua companheira, afirma que o simples fato de estar na casa de uma pessoa intolerante ao público LGBTQI+ também era constrangedor e perigoso. “Receber um estranho dentro de casa é uma situação de vulnerabilidade e a recíproca também é verdadeira: quando se é de uma minoria, estar na casa de um desconhecido é uma situação de risco”, declara.

Priscila Vaiciunas é proprietária da empresa Manas à Obra

Atuante na área da construção civil, a técnica em edificações Priscila Vaiciunas, 34 anos, vê a comunidade LGBTQI+ sendo forçada a atuar em subempregos pela falta de apoio na formação escolar e profissional, além dos preconceitos da sociedade. “A estrutura da sociedade fundamentada em valores cristãos e padrões irreais da realidade faz com que muitos abandonem os estudos por sofrerem bullying e violência dentro do ambiente escolar”, afirma. Priscila, que desde 2015 é dona da empresa de manutenção e reforma doméstica “Manas à Obra”, acredita que o papel da família é indispensável para a formação do profissional LGBTQI+. “Sem apoio, sem ter onde morar, fica muito mais difícil se dedicar aos estudos ou uma formação profissional.”, explica. A técnica em edificações critica a falta de políticas de inclusão por parte das empresas. “Percebo que muitas organizações não criam políticas inclusivas para esse público, contrata esses profissionais sem informar seus demais colaboradores acerca da diversidade, o que acaba agravando a situação”, esclarece.

Sabrina Nunes, executiva da empresa Francisca Joias

Sabrina Nunes, CEO da empresa Francisca Joias, que comercializa semijoias pela internet, acredita que a sexualidade ou o gênero do colaborador não interfere no desempenho profissional. “A opção sexual de uma pessoa não deve refletir em outros âmbitos de sua vida, isso é indiferente, o LGBTQI+ é um profissional como qualquer outro”, declara. Ainda assim, Sabrina vê muita garra em seus funcionários da comunidade LGBTQI+ e atribui essa qualidade à falta de aberturas no mercado. “Por não terem oportunidades com tanta recorrência e nem empresas que apoiem a causa, quando conseguem uma oportunidade elas são mais criativas, executoras e proativas”, informa a gestora.

Um estudo divulgado na última segunda-feira (17) pela Rede Nossa São Paulo apresenta uma queda de dez pontos porcentuais nos números da tolerância com a população LGBTQI+ na capital paulista. Ano passado, o mesmo levantamento apontava que 50% dos entrevistados se considerava permissivo em relação ao gênero na cidade. Informações complementares indicam redução em uma nota média desta tolerância que era de 6,3 em 2018, e caiu para 5,9 em 2019.

Dados da pesquisa também mostram que quase 70% da população de São Paulo afirma que a administração pública municipal tem pouca influência no enfrentamento à violência contra pessoas LGBTQI+. Para 25% dos entrevistados, a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) não faz "nada" e 43% declara que a prefeitura "faz pouco" pela comunidade. Do total, só 10% das pessoas acreditam que o executivo da municipalidade "faz muito" para combater a violência contra os LGBTQI+.

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O estudo também revela que seis em cada dez paulistanos julgam importante a elaboração e a prática de políticas públicas que possibilitem a igualdade de direitos para a população LGBTQI+. Ainda segundo os números, 55% da população da cidade sustenta o apoio à criação de uma lei que criminalize a LGBTfobia. Entre as pessoas a favor, os perfis de destaque são de mulheres, pessoas mais jovens, brancas e da classe B. Do público contrário, os perfis são de homens e pessoas com idade entre 35 e 44 anos.

A pesquisa também aponta que quatro em cada dez participantes do estudo alegaram terem sofrido ou presenciado situações de preconceito por identidade de gênero em diferentes lugares. Além disso, os números expõem que 26% da população do município não se informa sobre os direitos LGBTQI+.

O ator Felipe Roque, conhecido pelas maldades do soldado Caius na novela "Jesus", da Record, está empenhando em mais um projeto profissional. Ele foi escalado para participar do filme "Resistir Para Recomeçar", interpretando um homem casado que terá um romance gay com o protagonista, o ator Junior Provesi.

Nesta quarta-feira (8), Felipe irá gravar cenas sensuais em um motel no Rio de Janeiro. No roteiro, o personagem de Felipe é acostumado a ter relações com garotos de programa e travestis. Abordando questões LGBTQI+, como machismo, homofobia e transfobia, o longa-metragem também terá a presença da ex-BBB Gleici Damasceno.

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Na Globo, Felipe Roque viveu o protagonista Gabriel em "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz", além de atuar nas novelas "A Regra do Jogo", escrita por João Emanuel Carneiro. Em 2015, ele contracenou com Giovanna Antonelli, Thalita Carauta e Fabíula Nascimento na comédia cinematrográfica "SOS - Mulheres ao Mar 2". 

Inaugurado há quase sete anos, o Museu da Diversidade Sexual, localizado na região central da capital paulista, foi o primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à temática LGBTQI+ e já foi visitado por mais de 250 mil pessoas.

O diretor do museu, Franco Reinaudo, conta que a missão do espaço é preservar o patrimônio social, político e cultural da comunidade LGBTQI+ do Brasil por meio da pesquisa, contribuindo para a educação e promoção da cidadania.

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"Esperamos, com isso, propiciar maior visibilidade à diversidade sexual, auxiliar no entendimento de suas especificidades para promover a cidadania e inclusão social dessa população", afirma Reinaudo.

Os trabalhos artísticos expostos na instituição têm como foco a identidade de gênero, orientação sexual e expressões das minorias, e visa estabelecer um espaço de convivência e manutenção da memória da população LGBTQI+, além de potencializar estudos acerca da diversidade sexual.

Anualmente, são promovidas três exposições, sempre com temas escolhidos pela própria comunidade. Até o dia 11 de maio, a mostra que estará em cartaz é a "Plural 24h", que aborda aspectos cotidianos das pessoas da comunidade LGBTQI+. O museu também sedia, a cada dois anos, uma mostra que reúne projetos de artistas de todo país.

O trabalho desenvolvido pelo museu paulista também já foi reconhecido pelo governo da Suécia, dada a relevância na preservação da memória da comunidade LGBTQI+ simultaneamente aos Centros de Berlin, Alemanha, e São Francisco, nos EUA.

Serviço:

Museu da Diversidade Sexual

Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h

Endereço: Estação República do metrô, piso mezanino

Rua do Arouche, 24, República – São Paulo

Entrada gratuita.

Candidata ao governo de Pernambuco, Dani Portela (PSOL) defendeu, na noite dessa sexta-feira (14), a ampliação do atendimento do  Centro Estadual de Combate à Homofobia para as cidades do interior do Estado. Ao participar de um debate realizado pelo ONG Leões do Norte sobre políticas públicas LGBTQI+, na Boate Metrópole, Dani também disse que, se eleita, pretende fazer um governo que “inclua todos os corpos com as diversidades que a gente tem”. 

“Nós vamos ampliar o atendimento do Centro Estadual de Combate à Homofobia para os municípios do interior. Isso garante a essas pessoas o seu direito à cidade retomado, dando mais segurança e atendimento acolhedor”, argumentou, destacando a necessidade de descentralização das políticas públicas de suporte e acolhimento à população LGBTQI+. 

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Além disso, Dani ainda falou sobre a dificuldade de inserção no mercado do trabalho deste público e lembrou dos desafios para a permanência dos jovens LGBTI na escola. “O índice de desemprego é ainda maior para a população LGBTI. Temos uma grande parcela dessa população que é expulsa da escolas, por não serem incluídas, e isso diminui a possibilidade de capacitação e dificulta a entrada desses jovens no mercado de trabalho. É preciso ter políticas públicas específicas para essa população, respeitando suas especificidades, não sendo apenas um número dentro de uma secretaria”, pontuou.  

Em uma entrevista, mais cedo, à Rádio Universitária FM Dani também falou sobre o desafio de governar, em sendo eleita, com uma assembleia legislativa eminentemente conservadora. 

“É um grande desafio estar candidata sendo mulher e com a perspectiva de ter que dialogar com deputados alheios à pauta dos direitos humanos. Temos denunciado essa prática de candidaturas laranja de mulheres, que são abandonadas pelos partidos depois de serem usadas como massa de manobra. Muitas delas se tornando inelegíveis por não terem sequer as contas prestadas pelos partidos”, explicou.

Neste próximo domingo (16), acontecerá a 17ª Parada da Diversidade de Pernambuco, na Avenida Boa Viagem, zona sul do Recife. A ação é promovida pelo Fórum LGBT de Pernambuco. Campanhas de enfrentamento à violência contra a população LGBTQI+ e de cuidado com a saúde, entre outros serviços de atendimento a esse público estarão sendo oferecidos no desfile pela Prefeitura do Recife.

Profissionais da Gerência de Livre Orientação Sexual do Recife (Glos), incluindo advogado e psicólogo do Centro Municipal de Referência em Cidadania LGBT do Recife, darão orientações sobre direitos humanos e auxiliarão no atendimento às vítimas de discriminação e violência homofóbica. Pessoas surdas contarão com um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras).

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A Secretaria de Saúde da capital pernambucana confirmou que distribuirá três mil preservativos e dois mil sachês de gel lubrificante durante o evento. O público da diversidade terá a sua disposição equipes de agentes redutores de danos, que farão abordagens educativas sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e sobre o uso abusivo de álcool e outras drogas.

Neste ano eleitoral, a 17ª Parada da Diversidade tem como tema “Qual a sua plataforma? Defenda a democracia e os direitos LGBTs”, visando chamar atenção para a identificação de candidatos comprometidos com a democracia e os direitos LGBTs. Nos 12 trios elétricos, estão confirmadas atrações como Musa, Michelle Melo, MC Troinha, Nega do Babado, Wanessa Camargo, Romero Ferro, a DJ Lala K, entre outros. O trio da Prefeitura do Recife terá Alan Ka e banda como atração.

Esquemas especiais

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) elaborou esquema especial de trânsito das 7h às 20h, com o apoio de 120 agentes e orientadores de trânsito. Será interditado o trecho da Avenida Boa Viagem entre a Avenida Armindo Moura e a Rua Padre Bernardino Pessoa.

Além disso, outras 20 ruas que interligam a Rua dos Navegantes à Avenida Boa Viagem também terão interdições durante o período. Os bloqueios serão desfeitos conforme a passagem do desfile e, no final, ficarão restritos apenas no trecho entre as ruas Barão de Souza Leão (Pracinha de Boa Viagem) e Padre Bernardino Pessoa.

Guarda Municipal do Recife (GMR) estará com efetivo de 40 homens e mulheres distribuídos ao longo do percurso da Parada da Diversidade, além de quatro viaturas do Grupo Tático Operacional (GTO) para manutenção da ordem pública.

Limpeza

Segundo assessoria da Prefeitura do Recife, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) mobilizará uma equipe de 211 garis para cuidar da limpeza do evento. Haverá varrição, limpeza da faixa de areia, lavagem das vias e remoção de todo lixo produzido e disposto de forma inadequada durante a parada.

Trinta contenedores serão instalados no Parque Dona Lindu e quatro caminhões compactadores serão disponibilizados para o serviço de remoção. A partir das 17h, um caminhão-pipa iniciará a lavagem das vias. Neste ano, a Emlurb estima que serão recolhidas cerca de 50 toneladas de resíduos após o evento.

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