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Uma pesquisa feita pela CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira (23), mostra que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado de forma positiva por 42,7% dos entrevistados. Segundo os dados, 28,1% consideram a gestão regular, enquanto 27,9% avaliam como ruim ou péssimo.

O levantamento também propôs uma comparação entre o governo Lula e a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Dos que responderam ao questionamento, 47,9% consideraram a gestão de Lula melhor. Para 22% as duas administrações são iguais e 28,6% disseram que o governo do petista está pior do que o de Bolsonaro.

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Voto

Em ano eleitoral, o apadrinhamento político também foi aferido pela CNT. Ao levantamento, 33,5% responderam que vão votar em um candidato apoiado por Lula para prefeito da sua cidade; 15,7% vão escolher alguém que tenha o apoio de Jair Bolsonaro e 11% querem um candidato opositor aos dois. Por outro lado, os dados também mostram que 33,3% consideram o apoio indiferente.

A pesquisa, realizada entre os dias 18 e 21 de janeiro, entrevistou 2.002 pessoas em todo Brasil. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

 

O vereador Carlos Bolsonaro deve deixar o Republicanos para tentar a reeleição pelo PL, mesmo partido o pai e dos irmãos. Com a mudança esperada para a janela partidária de março, ele deve se tornar o novo presidente do diretório do partido na cidade do Rio de Janeiro.

A chegada no PL ocorre após as críticas públicas de Carlos ao presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, por ter elogiado o presidente Lula (PT) em um podcast. Na ocasião, Costa Neto disse que o petista era uma figura extremamente popular, de muito prestígio e que não se comparava a Jair Bolsonaro.

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A saída do Republicanos - e o ingresso no PL - foram tratados com o atual líder do partido na capital, o vice-prefeito Nilton Caldeira. As informações foram publciadas pelo Metrópoles.

Carlos Bolsonaro chega na nova sigla com o projeto de se tornar o vereador mais votado do Rio. A missão é ser reeleito para seu 7º mandato seguido, mas ele também deve coordenar a campanha do deputado e amigo pessoal, Alexandre Ramagem, à Prefeitura. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que esperava que o veto do marco temporal fosse derrubado pelo Congresso Nacional, mas que precisava vetar a medida por uma "questão política". Agora, segundo o presidente, "vamos ficar com a decisão da Suprema Corte".

"Obviamente que (o Congresso) ia derrubar o veto, é só ver qual é a maioria do Congresso Nacional, eu sabia que ia derrubar, mas vetei por uma questão evidentemente política", afirmou, em entrevista ao programa "Bom Dia com Mário Kertész", da Rádio Metrópole de Salvador, nesta terça-feira, 23. "Era preciso que a sociedade, a humanidade soubesse que eu vetei o marco temporal que eles aprovaram."

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"Agora, vamos ficar com a decisão da Suprema Corte, que dá boas e muitas garantias aos indígenas brasileiros", disse Lula.

Em 14 de dezembro, o Congresso derrubou o veto de Lula ao tema. Ao todo, o presidente petista tinha vetado 47 trechos da lei aprovada pelos congressistas. Na sessão do dia 14, 41 vetos foram rejeitados e seis mantidos.

A Câmara e Senado haviam aprovado projeto que limita demarcações de terras indígenas às ocupadas por eles até a promulgação da Constituição em outubro de 1988. Foi uma resposta ao julgamento ocorrido em setembro, quando o STF declarou inconstitucional a tese.

Entenda os vetos presidenciais ao projeto

Dos 47 vetos de Lula no projeto do marco temporal, apenas seis foram mantidos. Entre esses seis, estão trechos que haviam permitido a plantação de alimentos transgênicos em territórios indígenas, a prestação de auxílio médico ou ações estatais em regiões onde vivem povos isolados e que a possibilidade de revogar uma reserva indígena em caso de "alterações culturais" dos habitantes. Esses dispositivos saíram da lei.

Já entre os 41 vetos rejeitados pelo Congresso estão o trecho que garante direito à indenização em desocupação de áreas para demarcações de terras e outro que impede a ampliação de um território já demarcado. Os dois foram derrubados por 321 a 127 votos dos deputados e 53 votos a 19 dos senadores.

Um trecho vetado por Lula, mas que os parlamentares decidiram manter no texto, permite instalação de bases militares, construção de estradas e até exploração mineral, como garimpo, e também "alternativas energéticas" em terras indígenas sem precisar consultar as comunidades e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Outra parte do projeto que fica valendo é a que dá aval para que um não indígena possa permanecer em um território em processo de demarcação e que equipara essas terras com áreas privadas.

STF ainda pode dar a última palavra

Apesar da derrubada do veto de Lula pelo Congresso, o STF pode ser provocado para julgar o tema. Ações já foram protocoladas na Corte para barrar a lei e também para mantê-la. Com isso, o STF terá que dar a palavra final sobre a tese.

O que é marco temporal?

A tese do marco temporal é uma proposta de interpretação do artigo 231 da Constituição Federal e trata-se de uma espécie de linha de corte. A partir desse entendimento, que é defendido por ruralistas, uma terra indígena só poderia ser demarcada com a comprovação de que os indígenas estavam no local requerido na data da promulgação da Constituição, ou seja, no dia 5 de outubro de 1988. Quem estivesse fora da área nessa data ou chegasse depois desse dia, não teria direito a pedir sua demarcação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que seu apoio aos candidatos nas eleições municipais dependerá de cidade a cidade, mas que São Paulo é um caso atípico por classificar ser uma disputa entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro. No caso da capital paulista, o chefe do Executivo disse estar otimista com a vitória da chapa Guilherme Boulos e Marta Suplicy.

"Eu tenho que levar em conta que, se tiver dois candidatos da base do governo disputando eleição, eu tenho que dar um tratamento mais respeitoso", disse em entrevista ao programa "Bom Dia com Mário Kertész", da Rádio Metrópole de Salvador (BA) nesta terça-feira, 23. "Tenho candidato em todas as capitais, em todas as cidades, sobretudo se for candidato do PT, de partido aliado, que faz parte da base. Em algumas cidades, vamos ter candidatos que não são do PT e eu vou apoiar, que não são do PSB partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, e eu vou apoiar. Isso vai depender de cidade a cidade", comentou.

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Ao falar sobre a eleição na capital de São Paulo, Lula classificou que a disputa é "muito especial" por ser uma "confrontação direta entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente; entre eu e a figura", recusando-se a citar o nome de Jair Bolsonaro. Lula disse ter ficado muito feliz em ter convencido Marta a ser vice na chapa de Boulos, citando que ela terá que se filiar ao PT.

"Acho que temos condições em ganhar as eleições em muitas capitais, vamos fazer alianças em vários Estados", comentou. Ele, contudo, ponderou que seu apoio terá que ser "mais ou menos acertado" para evitar qualquer conflito posterior com o Congresso Nacional.

Na fala, o chefe do Executivo disse que as eleições municipais irão, de certa forma, ser uma continuidade da eleição presidencial de 2022. "A disputa é entre um governo que coloca o povo em 1º lugar para tentar resolver os problemas dele e o governo das fake news", classificou.

Já em relação aos vereadores, Lula avaliou que o PT precisará levar em conta a importância de eleger vereador. "Um vereador em uma cidade faz a diferença para o partido naquela cidade", disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a promessa de isenção de Imposto de Renda (IR) a salários de até R$ 5 mil até 2026 e voltou a defender a cobrança sobre dividendos. De acordo com o presidente, contudo, tal compromisso é difícil, pois o governo terá que abrir mão de dinheiro e rearranjar seus gastos.

"Tenho compromisso de chegar até o final do meu mandato isentando pessoas que ganham até R$ 5mil do IR. É um compromisso de campanha, mas sobretudo, de muita sinceridade", disse em entrevista ao programa "Bom Dia com Mário Kertész", da Rádio Metrópole de Salvador, nesta terça-feira, 23. "Neste país, quem vive de dividendo não paga Imposto de Renda, e quem vive de salário, paga."

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O presidente disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, "sabe que tem que fazer esses ajustes". "Eles são difíceis porque precisamos saber que, na hora que a gente abre mão de um dinheiro, temos que saber onde pegar outro dinheiro", comentou. No curto prazo, ele disse que o governo fará as mudanças para que quem ganha até dois salários mínimos por mês fique isento do IR.

"É possível fazer esse país crescer se tiver um governo que cria oportunidade, e não um governo que queira só vender ativos, ativos da Petrobras, privatizar Eletrobras", disse, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro. "Quer dizer, você desmonta o Estado brasileiro para arrecadar dinheiro para gastar em coisas que não têm muita utilidade."

O chefe do Executivo voltou a falar que o ano de 2023 foi para "arar a terra" e adubar para colher em 2024. Segundo Lula, neste ano, o Brasil irá colher mais desenvolvimento e emprego.

Os parlamentares tem 27 vetos presidenciais para avaliar na volta do recesso parlamentar, no início de fevereiro. Trechos da Lei dos Crimes contra o Estado Democrático de Direito, derrubados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2021, e dispositivos vetados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da lei que retomou o programa Minha Casa, Minha Vida estão na fila.

A última sessão do plenário para análise de vetos ocorreu em 14 de dezembro. Na ocasião, o Congresso apreciou 30 vetos e a maioria foi mantida. Outros dez tiveram votação adiada para 21 de dezembro, mas não houve acordo.

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Dos vetos que estão tramitando no Congresso Nacional, 12 estão trancando a pauta e impedindo a votação de outras propostas. Do total, quatro foram assinados por Jair Bolsonaro, quando era presidente. Ele vetou, por exemplo, o artigo 46 da norma que revoga a antiga Lei de Segurança Nacional. O trecho tipifica o crime de disseminação de fake news, com pena de até cinco anos de prisão.

Com os ataques de 8 de Janeiro, a derrubada aos vetos de Bolsonaro ganhou força nos debates entre os parlamentares, porém a análise foi adiada várias vezes ao longo do ano passado.

Setor aéreo

No setor aéreo, o debate é sobre a legislação acerca da cobrança de despacho de bagagens em voos. Bolsonaro não tinha concordado com a volta da cobrança, que estava garantida no texto aprovado pelo Congresso. Desde 2017, as companhias aéreas são autorizadas a cobrar pelas malas despachadas. Segundo as empresas, a medida permitiria baratear as passagens, o que não ocorreu.

Minha Casa, Minha Vida

Entre os dispositivos vetados pelo presidente Lula, há alguns trechos da lei que retomou o programa Minha Casa, Minha Vida. Quando a norma foi sancionada, o chefe do Executivo nacional vetou 11 trechos, como o que planejava a contratação de seguro de danos estruturais pelas construtoras de imóveis do programa e o que obrigava as distribuidoras a comprar o excedente de energia produzida pelos painéis solares instalados nas casas populares.

Apostas online

Alguns vetos recentes, do fim de 2023 e início de 2024, ainda serão apreciados pelo Congresso. O veto parcial, por exemplo, que regulamenta as apostas esportivas online é um dos destaques. Um dos pontos mais polêmicos da lei trata da isenção de Imposto de Renda aos apostadores que tenham um ganho abaixo da primeira faixa, que é de R$ 2.112. O governo justificou que essa isenção contraria a isonomia tributária em comparação com outras modalidades lotéricas.

Agrotóxicos

Na legislação que flexibiliza regras de aprovação, registro e comercialização de agrotóxicos, há 17 dispositivos derrubados pelo presidente, como o que concede ao Ministério da Agricultura e Pecuária a competência exclusiva para o registro de pesticida, produto de controle ambiental e correlatos. Com o veto, permanece o atual sistema tripartite de registro e controle de agrotóxicos, que congrega as pastas da Agricultura; do Meio Ambiente, por meio do Ibama; e da Saúde, representado pela Anvisa.

Barragens

Já a Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB) foi sancionada com 11 vetos. No texto original aprovado pelo Legislativo estavam incluídos, entre as situações de impacto por barragens, "outros eventuais impactos, indicados a critério do órgão ambiental licenciador", mas a Presidência da República vetou o trecho, pois considerou que ele poderia resultar em insegurança jurídica e administrativa.

O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, terão as maiores fatias do fundo eleitoral para turbinar as campanhas a prefeito e a vereador nas eleições deste ano. Com as maiores bancadas no Congresso Nacional, as siglas contarão, juntas, com quase R$ 1,5 bilhão. O montante é equivalente a 30% de R$ 4,9 bilhões, valor sancionado no Orçamento de 2024 por Lula ontem.

O valor do fundo eleitoral quase dobrou em comparação com a última eleição municipal, realizada em 2020. Na época, no Orçamento sancionado por Bolsonaro, o fundo eleitoral aprovado foi de R$ 2 bilhões (R$ 2,5 bilhões em valores atualizados pela inflação).

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Compensação

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como fundo eleitoral, é abastecido com dinheiro do Tesouro Nacional e se destina ao financiamento das campanhas políticas. Ele foi criado em 2017 para compensar as perdas impostas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, dois anos antes, proibiu as doações de pessoas jurídicas para as campanhas eleitorais. Em 2018, a primeira eleição após a criação do fundo, o montante foi de R$ 1,7 bilhão.

De acordo com a projeção feita pelos cientistas políticos Henrique Cardoso Oliveira e Jaime Matos, da Fundação 1.º de Maio, o PL receberá R$ 863 milhões para financiar as campanhas eleitorais. Já o PT terá à disposição R$ 604 milhões. O terceiro partido com maior fatia do fundo eleitoral neste ano será o União Brasil, com R$ 517 milhões.

O valor que será destinado ao PL é 467% maior em relação ao que o partido recebeu há quatro anos. Na época, a parcela do fundo eleitoral para a legenda foi de R$ 117 milhões (R$ 152 milhões em valores atuais). Já o PT receberá R$ 138% a mais do que em 2020. Na eleição daquele ano, ganhou R$ 201 milhões (R$ 253 milhões, em valores corrigidos pela inflação).

Divisão

A distribuição da verba para candidatos fica a critério das cúpulas partidárias, que, em geral, privilegiam políticos com mandato. Os valores exatos de quanto cada partido vai receber serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no fim de junho.

Há, ainda, o Fundo Partidário, que banca atividades do dia a dia das legendas. A estimativa dos valores que serão distribuídos para as siglas levou em consideração a legislação que estabelece a divisão do fundo eleitoral para as legendas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 22, que ainda não há uma discussão dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre a eleição presidencial em 2026, pontuando, por sua vez, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem "direito" de tentar a reeleição.

Para Haddad, que não se colocou como candidato, é "desafiador" para a sigla discutir um contexto eleitoral "pós-Lula". Recentemente, em entrevista ao jornal O Globo, o ministro da Fazenda apontou que a candidatura do presidente a reeleição era um assunto pacificado. Embora hoje tenha afirmado que essa discussão não é feita ainda dentro do PT, o ministro reforçou sua opinião sobre Lula ser um candidato natural.

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A declaração do ministro foi dada durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Futuro político

Em outro momento da entrevista, o ministro desconversou sobre o seu futuro na política. Ele disse que se envolve muito com projetos, quando avalia que faz sentido, como ocorreu em 2018, quando concorreu à Presidência da República, e lembrou que já recusou o convite para disputar novamente a Prefeitura de São Paulo, em 2020. "É muito ruim pensar no futuro político com tanto trabalho a fazer no cargo em que você está", disse Haddad.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira, 22, a Lei Orçamentária Anual (LOA) com vetos que incluem um corte de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares. A informação foi confirmada pelo relator do Orçamento de 2024, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP). O valor de R$ 4,9 bilhões do fundo eleitoral para campanhas municipais, aprovado pelo Congresso em dezembro passado, a princípio, foi mantido, segundo o senador Randolfe Rodrigues (AP), líder do governo no Congresso.

"Falando pela área econômica do governo, até poderíamos optar ou preferir um fundo menor, mas foi uma decisão do Congresso", disse (mais informações na pág. A10).

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O corte nas chamadas emendas de comissão foi necessário por causa da diferença entre o IPCA estimado e o realizado - a inflação de 2023 fechou em 4,62%, mas as despesas foram calculadas sobre projeção de alta de 4,85%. Essas emendas são consideradas as "herdeiras" do chamado orçamento secreto - extinto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022 - porque também seguem a lógica de distribuição segundo os interesses das cúpulas da Câmara e do Senado.

Arrecadação

"O presidente sancionou o Orçamento com alguns vetos. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, vai concluir de onde (nas comissões) vão ser retirados esses vetos nos próximos dias. Logicamente, pela redução do IPCA, o governo perdeu a arrecadação e, por isso, ele teve de fazer alguns cortes, que a ministra se comprometeu a fazer isso o mais rápido possível, para nos passar e discutirmos como vai ser a reposição disso", afirmou.

Motta confirmou que a diferença apresentada por Tebet em reunião foi de R$ 5,6 bilhões, e que a redução no Orçamento incluía as emendas, mas sem especificar o tipo.

O Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou na sexta-feira, 19, que havia a expectativa de veto de R$ 5,5 bilhões do total de R$ 16,7 bilhões destinados às emendas de comissão.

O prazo para a sanção do Orçamento terminava ontem. Motta inicialmente havia dito que o Ministério do Planejamento apresentaria as opções de corte até a próxima semana. "A ministra do Planejamento ficou de fazer isso o mais rápido possível porque ela ainda não tem onde vai ser cortado, vai fazer durante esses próximos dias e se comprometeu a se reunir com a gente na próxima semana ou no comecinho de fevereiro para analisarmos", disse. Ainda segundo o deputado, o governo teria se comprometido a negociar a reconstrução do valor total de emendas.

O relator participou de reunião com o presidente Lula, Simone Tebet e outros três ministros do governo: Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Esther Dweck (Gestão).

Novo PAC

Randolfe, que também esteve no encontro, afirmou que o veto na LOA não necessariamente foi para alocar recursos no Novo Programa de Aceleração (PAC), e a peça orçamentária será sancionada com R$ 54,5 bilhões ao programa.

À imprensa após a reunião, o senador confirmou que o veto de R$ 5,6 bilhões se refere às emendas de comissão. De acordo com ele, contudo, o veto foi "unicamente" devido à diferença entre o IPCA estimado e o realizado.

"Tem uma circunstância no orçamento que temos, governo e Congresso, que celebrar, que é o fato de termos tido uma inflação menor. Tendo inflação menor, temos uma previsão de receita menor. Isso impôs alguns vetos. Tivemos que destinar um veto de R$ 5,6 bilhões, estabelecendo R$ 11 bilhões para os recursos de comissão", afirmou o líder do governo.

Randolfe destacou que o veto visa a "acomodar recursos no Orçamento", não necessariamente para o PAC. "Vamos agora debater e conversar com o Congresso para encontrar as melhores soluções".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP-PR) elogiou nesta segunda-feira, 22, o plano de estímulo à indústria brasileira anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados entre 2020 e 2023, ele afirmou que se trata de uma "excelente iniciativa do governo federal", em uma publicação no X (antigo Twitter).

Atual secretário estadual da Indústria e Comércio do Paraná, na gestão do governador Ratinho Júnior (PSD), Barros foi eleito para o terceiro mandato em 2022. Entre 2016 e 2018, foi ministro da Saúde do governo de Michel Temer (MDB).

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O plano de estímulo à indústria brasileira tem por objetivo enfrentar um quadro crônico de estagnação e perda de competitividade do setor. Lançado nesta segunda, o pacote reedita políticas de antigas gestões petistas ao prever R$ 300 bilhões em financiamentos e subsídios ao setor, até 2026, além de uma política de obras e compras públicas, com incentivo ao conteúdo local (exigência de compra de fornecedores brasileiros).

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lidera a iniciativa, batizada de Nova Indústria Brasil, mobilizando R$ 250 bilhões dos R$ 300 bilhões previstos em créditos ao setor produtivo. Desse total, R$ 77,5 bilhões já foram aprovados em 2023, sendo R$ 67 bilhões do banco de fomento e R$ 10,5 bilhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que administra o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Pré-candidato à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PT) recebeu a bênção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última sexta-feira (19), para a disputa. Elias e Lula estiveram reunidos em um hotel do Recife pouco antes da cerimônia de assinatura do termo de compromisso da construção da Escola de Sargento das Armas (ESA).

Segundo Elias, entre os pré-candidatos a prefeito de todo o Estado, apenas ele e João Campos (PSB), que irá disputar a reeleição na capital pernambucana, foram recebidos por Lula em um encontro reservado.

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Na ocasião, Elias entregou em mãos ao presidente da República uma carta com propostas para o setor da segurança pública e defesa social do país. Entre as sugestões, a criação de uma conferência municipal no setor, a ser realizada por todos as cidades brasileiras, como forma de inserir os governos locais como protagonistas de um plano nacional integrado de segurança pública e paz social.

De acordo com Elias, durante a reunião Lula reafirmou o município do Jaboatão dos Guararapes como uma das prioridades da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores para 2024. Essa máxima tem sido reforçada desde o ato de filiação de Elias ao PT, em setembro de 2023, quando a presidente da legenda, a deputada federal Gleisi Hoffmann, garantiu apoio da sigla ao ex-prefeito.

"Se restava alguma dúvida, agora ficou claro que o PT pretende tirar a cidade do Jaboatão das mãos do PL e realinhar o desenvolvimento do município a partir de uma parceria exitosa com o Governo Federal", observou um membro da alta cúpula do PT após o ato.

*Com informações da assessoria de imprensa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona nesta segunda-feira, 22, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, após reunião com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O petista também participa de reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

O encontro com os ministros ocorrerá às 9h30, no Palácio do Planalto. A sanção do Orçamento, por sua vez, será feita às 16h, também na sede do governo, em Brasília. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o petista deve vetar em torno de R$ 5 bilhões do total de R$ 16,6 bilhões que foram destinados às emendas de comissão na aprovação da LOA.

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A justificativa para o veto na LOA, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem, é de que será preciso ajustar o valor das emendas de comissão para recompor políticas públicas que foram cortadas às vésperas da votação.

A reunião do CNDI ocorrerá às 11h, no Planalto. Durante a reunião, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, entregará a Lula a nova política com o plano de ação para o período 2024-2026.

O plano deve prever três eixos de "estímulo" do Estado ao setor produtivo, divididos em instrumentos financeiros, como linhas de crédito, subsídios e subvenções; melhoria do ambiente de negócios; e o uso do poder de compra do setor público para alavancar "áreas estratégicas".

Às 16h30, Lula se reúne com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, plantaram duas mudas de sumaúma no jardim do Palácio da Alvorada - residência oficial da Presidência da República em Brasília. A árvore, característica da região amazônica, pode viver por 120 anos e chegar a 70 metros de altura.

"Um pedacinho da Amazônia no Alvorada", escreveu Janja em uma rede social. "Queremos trazer espécies de todo o Brasil para fazer parte do lugar."

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No vídeo publicado nas redes sociais, Lula afirmou que ganhou as duas mudas de sumaúma e resolveu plantá-las no jardim do Palácio da Alvorada. O presidente disse querer plantar "quase todas as mudas de plantas brasileiras para que as pessoas que venham a Brasília conheçam um pouco do Brasil".

"Essa sumaúma é uma árvore que cresce muito e, por isso, ela foi plantada aqui na frente, porque aqui tem sol o dia inteiro", afirmou o petista.

"Eu acho que vão vingar porque eu tenho a mão santa para plantar coisas."

Em entrevista à GloboNews, em janeiro do ano passado, Janja afirmou que havia "várias árvores frutíferas" plantadas por Lula e pela ex-primeira-dama Marisa Letícia no Palácio da Alvorada. Segundo ela, o presidente havia plantado também um pé de mandacaru no local.

"Já deveria estar muito alto, muito bonito. E cortaram o pé de mandacaru", disse na ocasião. "Ele ficou muito triste porque o pé de mandacaru foi cortado, infelizmente."

O Palácio do Planalto destacou neste sábado, 20, o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, realizado nesta sexta-feira, 19. Na ocasião, o petista reafirmou a posição brasileira de reconhecimento da existência de "uma só China" - uma referência ao princípio do Brasil contra a independência de Taiwan.

De acordo com o governo, a viagem do chanceler chinês é preparatória para uma visita de estado do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil. A princípio, Xi Jinping virá ao País em data próxima à da reunião de líderes do G20, no Rio, em novembro.

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O encontro entre Lula e o representante chinês ocorreu na Base Aérea de Fortaleza (CE), onde o presidente teve agendas durante o dia. O Planalto citou em nota divulgada nesta tarde que, durante a reunião, Lula e Wang Yi também conversaram sobre os investimentos no Brasil da fabricante de automóveis elétricos chinesa BYD, que está se instalando na Bahia.

"O ministro trouxe os cumprimentos do presidente Xi Jinping e a reunião expressou o desejo mútuo de manutenção e desenvolvimento da forte relação e amizade entre Brasil e China. Na ocasião, Lula reafirmou a posição brasileira de reconhecimento da existência de 'uma só China'", afirmou o Planalto.

O presidente brasileiro e o chanceler chinês falaram ainda sobre a atual conjuntura internacional e trataram da "crescente parceria entre Brasil e China no setor de energias renováveis", além de discutirem projetos e ações conjuntas na África. "Wang Yi ressaltou que o Brasil é uma prioridade da diplomacia chinesa", concluiu o governo.

Como mostrou ontem o Broadcast, em discurso no Palácio do Itamaraty, Wang Yi sugeriu que os governos do Brasil e da China devem trabalhar em conjunto para aproximar os objetivos "entre a iniciativa Cinturão e Rota e o PAC do Brasil".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta sexta-feira, 19, o decreto que cria um câmpus do Instituto Tecnológico Aeroespacial (ITA) em Fortaleza, no Ceará. O vestibular para o ITA de Fortaleza será realizado já em 2024 para um total de 50 vagas iniciais. Atualmente, o ITA tem um único campus em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

O ITA do Ceará terá dois novos cursos, que não existem na unidade paulista: Engenharia das Energias Renováveis e Engenharia de Sistemas. Os primeiros selecionados no vestibular estudarão os dois primeiros anos, 2025 e 2026, no câmpus de São José, já que as obras na unidade de Fortaleza só ficarão prontas em 2027.

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"Não quero que o Nordeste tenha coisas tiradas dos outros Estados. A única coisa que eu quero é que o Nordeste tenha a mesma oportunidade que tenha qualquer outro Estado dos mais ricos desse País", afirmou Lula.

A partir da semana que vem, segundo o Ministério da Educação (MEC), Camilo Santana, o governo federal vai transferir R$ 50 milhões para que o Ceará inicie as obras. Hoje frente da pasta, Santana governou o Estado nordestino por dois mandatos.

O governo vai recuperar prédios históricos da base aérea em Fortaleza e construir outras estruturas como laboratórios e alojamentos para receber os alunos do ITA.

Mais de 40% dos estudantes aprovados para estudar no ITA são do Ceará. A grande quantidade de alunos vindos dessa região é um dos motivos que justificaram a criação da nova unidade, segundo o governo. O Instituto é administrado pelo Comando da Aeronáutica, mas também atende alunos civis, atendendo às normas de regulação e avaliação do Ministério da Educação.

De acordo com o presidente, a ideia de criar uma unidade em Fortaleza foi do ministro da Defesa José Múcio. O plano já era ventilado no governo desde julho do ano passado, como mostrou o Estadão.

Inicialmente o projeto seria lançado até o fim de 2023, mas acabou ficando para o início deste ano. Na época em que Santana governava o Estado, o ITA realizou mestrados profissionais em Fortaleza em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC). A 1ª turma do Mestrado Profissional em Segurança de Aviação e Aeronavegabilidade Continuada, aberta em 2015, foi o primeiro curso do ITA fora da sede.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na manhã desta sexta-feira (19), da solenidade de assinatura do Termo de Compromisso para a construção da Escola de Sargentos (ESA) de Pernambuco, que ocupará uma área preservada em Paudalho, na Zona da Mata do estado, dentro do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti. Durante o evento de assinatura, que aconteceu no quartel do Comando Militar do Nordeste (CMNE), Lula fez um novo gesto às Forças Armadas e elogiou a atuação ambiental do Exército na região de Mata Atlântica onde será construída a ESA. 

"Eu sei da vocação, da capacidade de luta dos nossos ambientalistas, eu sei de tudo isso. Mas a gente vê quando precisa agradecer alguma coisa. Se não fosse o exército dessa área, a gente ainda teria alguma árvore aqui? [...] Eu acho que o povo tem que agradecer o que vocês fizeram [o Exército]. Então eu quero começar agradecendo às Forças Armadas Brasileiras pela preservação que vocês fizeram dessa área que vocês ocupam. É muito importante que a gente reconheça isso pra gente poder até discutir como fazer a escola da melhor forma para derrubar o menos possível e plantar o máximo possível", declarou o presidente Lula.

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O aceno positivo sobre a atuação militar ocorre em um momento de embate junto a ambientalistas, que questionam o nível de desmatamento necessário para levantar a escola. Ativistas ambientais também acusam Governo Estadual, Federal e Exército de não elaborarem um acordo sobre a mitigação dos impactos ambientais causadas pelo novo equipamento do Exército. A compensação ambiental, conforme divulgado, será indicada posteriormente pelo Ibama. Em uma coletiva sobre a ESA realizada no Recife, na última quarta-feira (17), ativistas ambientais foram expulsos do local do anúncio. Entre eles, estavam membros do Fórum Socioambiental de Aldeia, representantes da sociedade civil no conselho gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) de Beberibe. 

Segundo anunciado pelo Exército, a área a ser desmatada para a instalação da ESA foi reduzida em 50%. Segundo o general Joarez Alves Pereira Júnior, diretor do projeto da escola, o terreno tem, ao todo, 7.549 hectares, mas o planejamento da unidade prevê a ocupação de 90 hectares (equivalente a 90 campos de futebol) de supressão vegetal. Antes, a estimativa era que o uso fosse de 180 hectares. Lá, serão instaladas vilas militares para a moradia dos oficiais e seus familiares. 

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Desenvolvimento regional 

Segundo o Exército, as obras devem gerar, aproximadamente, 12 mil empregos diretos e 17 mil empregos indiretos. "A economia local nunca mais será a mesma. Novos negócios serão criados para atender a população de alunos, instrutores e familiares que viverão na escola. Se antes os pernambucanos e demais nordestinos que ingressaram na carreira militar tinham que ir para o Sul ou Sudeste para fazer sua formação, a nova escola representa o caminho inverso", acrescentou o mandatário. O investimento será de R$ 1,8 bilhão. 

Lula critica paralisação de obras e exalta PAC 

Durante a solenidade, o presidente Lula reclamou da existência de obras inacabadas e abandonadas durante mudanças de governo. Ele disse que está "terminando casas" que começou a levantar em seu primeiro mandato, com o programa Minha Casa, Minha Vida. O chefe do Executivo também citou a obra da Ferrovia Transnordestina, que agora faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas que deveria ter sido inaugurada em 2012. 

"Eu sinceramente confesso que uma das desgraças do nosso país é a descontinuidade das obras públicas feitas pelas prefeituras, estados e União. Basta mudar de governo para que as obras sejam paralisadas. Ou seja, cada governante quer criar a sua marca e cada governante quer deixar o seu legado, que não é um legado do povo, é um legado pessoal. ‘Essa obra é minha, esse viaduto é meu, essa ponte é minha’, quando deveria ser ao contrário, ‘Essa ponte é do Brasil, de Pernambuco, é de Recife’. Ou seja, parar com a pequenez de não pensar o Brasil. Entramos nesse país com mais de 10 mil obras paradas, estou inaugurando casa que comecei a levantar em 2010", afirmou o PR. 

Ministro José Múcio durante solenidade de assinatura do termo da nova ESA em Pernambuco. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Discurso de Múcio 

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (PRD), disse que a Escola de Sargentos vai travar “a desafiadora guerra contra desigualdade, a falta de oportunidade, a miséria e o desemprego”. “Esta obra tem profundo alcance social para a região. […] Os municípios não serão o mesmos depois da implantação de um dos maiores centros de formação do mundo, cuja finalidade principal é centralizar e aperfeiçoar o processo de formação e graduação de sargento da carreira, que compõem cerca de 62% do efetivo profissional do Exército”, declarou o ministro. 

Novo comandante do CMNE 

O presidente Lula participou, também nesta sexta-feira (19), da cerimônia de passagem do Comando Militar do Nordeste (CMNE). O General de Exército Maurílio Miranda Netto Ribeiro é o novo comandante da região. Promovido em 30 de novembro de 2023, ele foi escalado oficialmente ao novo posto em uma cerimônia realizada no Quartel do CMNE, no Recife. 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta sexta-feira (19), da cerimônia de passagem do Comando Militar do Nordeste. O General de Exército Maurílio Miranda Netto Ribeiro é o novo comandante da região. Promovido ao posto atual em 30 de novembro de 2023, ele foi escalado oficialmente ao posto em uma cerimônia realizada na manhã de hoje, no Quartel do Comando Militar do Nordeste (CMNE), no Recife. O presidente esteve no evento, mas não discursou.

Quem deixou o comando foi o General de Exército Kleber Nunes de Vasconcellos, o único a discursar no evento. Ele sai da Base Nordeste para assumir o Comando Militar do Leste (CML), no Rio de Janeiro, cidade onde nasceu. No Exército, a cada ano, um quarto do quadro de generais deve ser trocado, para estimular as atividades militares em diferentes regiões do Brasil.

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Cerimônia de passagem de comando do CMNE, no Recife - Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

"Para esta ocasião em que me despeço oficialmente do povo iluminado e, antes de tudo, forte, da terra dos altos coqueiros que dos encantadores, me ponho na serenidade que só maturidade nos permite experimentar. Lhes afirmo que aqui no Comando Militar do Nordeste, vivi momentos inesquecíveis, tive experiências fantásticas e conheci pessoas verdadeiramente incomparáveis. Agradeço ao comandante do Exército Geral, particular amigo há quase 35 anos, que tem a minha lealdade incondicional. Agradeço à alta administração do Exército, aos meus companheiros do alto comando, aos órgãos de assessoria direta imediata, aos grandes comandos, grandes unidades, departamentos, diretoria, chefias e organizações militares subordinadas pela sinergia, camaradagem, parceria e consideração. Juntos somos mais fortes e com vocês as jornadas foram mais leves e os obstáculos superados com tranquilidade e ponderação. É chegada, pois, a hora de me recolher e partir", discursou o general Vasconcellos.

Por tradição, apenas os militares que deixam seus postos discursam. General Ribeiro, que recém-assumiu o CMNE, apenas recebeu a honraria. Participaram da cerimônia, além do presidente Lula, a ala militar e seus familiares, a governadora Raquel Lyra (PSDB), o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro (PRD), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), além de outras autoridades.

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Novo comandante

O general Maurílio Miranda Netto Ribeiro se tornou general em 30 de novembro de 2023, há menos de dois meses. Ele tem 60 anos e é natural do Rio de Janeiro. Desde 1983, integra o Exército. Ribeiro já foi oficial de operações do 27o Grupo de Artilharia de Ijuí-RS, instrutor de Logística e Mobilização na Escola de Comando de Defesa Estado-Maior do Exército, assessor de Defesa Antiaérea no Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro e Comandante do 11o Grupo de Artilharia Antiaérea dr Brasília-DF.

Como Oficial-General, também foi comandante da 1ª Bda AAAe, diretor da Diretoria de Sistemas, e comandante da 8ª Região Militar. Até recentemente, era vice-chefe só Departamento de Educação e Cultura do Exército.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber em março duas visitas de Estado de líderes europeus. O presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, e o presidente da França, Emmanuel Macron, acertaram as datas de suas vindas ao País, no primeiro semestre.

A primeira visita de Estado será a do socialista espanhol. Sánchez será recepcionado por Lula no Palácio do Planalto no dia 6 de março. Já a visita de Macron, postergada desde o ano passado, foi combinada para o dia 27 de março.

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Ambos virão ao País ao menos duas vezes neste ano, por causa da Cúpula de Líderes do G20, a ser realizada em novembro, nos dias 18 e 19, no Rio de Janeiro. A França é membro do grupo, e a Espanha, convidada permanente.

Lula tem proximidade política com ambos. Ele encontrou o primeiro-ministro espanhol e o presidente francês em mais de uma oportunidade ao longo do ano passado. O petista visitou Madri e Paris ainda no primeiro semestre.

As chancelarias dos países já estão em preparativos para montar a agenda e a pauta das viagens, embora as viagens não tenham sido ainda anunciadas formalmente pelos respectivos governos, o que costuma ocorrer apenas em data próxima da realização.

A Espanha é o segundo maior investidor estrangeiro no Brasil, com estoque de US$ 63 bilhões até o ano passado. A França, por sua vez, é o terceiro maior, com US$ 45 bilhões, e o principal empregador, com cerca de 700 mil pessoas.

Além de relações bilaterais entre os países e temas da geopolítica regional e global, como as guerras em Gaza e na Ucrânia, e a instabilidade da América Latina, também estará na pauta de março a tentativa de retomar a negociação do acordo comercial entre Mercosul e a União Europeia.

No fim do ano passado, as divergências se impuseram, e Macron se opôs à conclusão do acordo, apesar de gestões diplomáticas e políticas. Naquele momento, tido como uma janela ideal perdida, o Brasil ocupava a presidência temporária do Mercosul - agora exercida pelo Paraguai -, enquanto a Espanha presidia o Conselho da União Europeia, agora nas mãos da Bélgica.

Egito e Etiópia

Embora planeje um ano com menos viagens ao exterior, Lula confirmou com auxiliares as duas primeiras missões internacionais de 2024. Em fevereiro, ele visitará o Egito, no dia 15, e a Etiópia, nos dias 17 e 18, na semana seguinte ao Carnaval. Uma das principais pautas será a guerra entre Israel e grupo terrorista palestino Hamas.

No Egito, Lula conversará com o presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sissi, sobretudo, por causa dos conflitos no Oriente Médio e da situação nos territórios palestinos, que ainda envolve a saída de brasileiros da Faixa de Gaza. O país vizinho a Gaza controla a passagem de Rafah e é um dos principais atores na região.

Na Etiópia, o presidente discursará na Cúpula da União Africana. O governo já começou a realizar reuniões para levantar oportunidades de investimento e cooperação com países do continente. No ano passado, Lula visitou Angola, São Tomé e Príncipe e África do Sul.

O petista prometeu reabrir linhas de financiamento para exportação de serviços de engenharia, paralisadas após a Operação Lava Jato, promover cooperação agrícola e de saúde, além de apoiar descontos ou a extinção da dívida dos países africanos e abrir novas embaixadas.

É possível que, durante a passagem pela região, o presidente converse pessoalmente com a Liga Árabe, sediada no Cairo, e secretariada pelo egípcio Ahmed Aboul Gheit.

Outro compromisso avaliado por integrantes do governo seria um encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, que deve estar presente em Adis Abeba, a convite da União Africana. Na capital etíope, deverá conversar ainda com o premiê do país, Abiy Ahmed Ali.

O presidente Lula (PT) recebeu a família Campos para um jantar na noite dessa quinta (18). O encontro ocorreu no hotel em que o presidente está hospedado, no Recife.

Além do prefeito do Recife, João Campos, estiveram presentes a mãe Renata, os irmãos Pedro (deputado federal), José, Miguel, Eduarda e o marido Tomás Alencar, filho do ex-deputado Tadeu Alencar, recém exonerado da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) pelo novo ministro da Justiça Ricardo Lewandowski.

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Nas redes sociais, o gestor municipal publicou imagens do encontro e lembrou da proximidade entre Lula e o pai Eduardo Campos.

“Após um dia muito emocionante, de passar aquele filme na cabeça - com tantos bons momentos, de tanta coisa vivida pelo meu pai com o presidente Lula, a gente se reuniu pra conversar um pouco. Lembrar, rir de coisas curiosas daquela época e, claro, se emocionar mais ainda. Obrigado, presidente Lula, pelo carinho de sempre e por tudo que você tem feito”, escreveu João.

O parlamentar Pedro Campos também fez uma postagem em tom nostálgico e compartilhou uma foto antiga da família com o presidente. “Quem tem uma causa não envelhece”, parafraseou Lula na legenda da publicação.

Após dois dias de compromissos em Pernambuco, o presidente Lula conclui a agenda no estado nesta sexta (19) com a troca da direção do Comando Militar do Nordeste, no Curado, Zona Oeste do Recife. 

O presidente Lula (PT) afirmou que revisitará Pernambuco, ainda sem data definida, para o início da construção de navios no Estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape. A declaração foi feita em seu discurso durante a cerimônia da retomada das obras na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), nesta quinta-feira (18). 

“Eu ainda vou vir aqui dar início à construção de navios no estaleiro Atlântico Sul”, afirmou o presidente. 

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O ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, também presente na solenidade, listou as construções que estão para ser feitas nos próximos meses no estado, como a Transnordestina, que recebe investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A ferrovia ligará os estados do Piauí e Ceará, passando pelo município de Salgueiro, em Pernambuco. Neste ponto, será construída uma extensão da via, ligando até o Porto de Suape. 

“Em breve grandes obras sairão do papel, a exemplo da Transnordestina, que até 30 de setembro, o presidente Lula estará dando a ordem de serviço do trecho Salgueiro-Suape, fundamental para o escoamento da produção. A duplicação da BR-423, a duplicação da BR-232, o término da BR-104, investimentos em barragem, o arco metropolitano, e todos esses investimentos vão fazer com que os sonhos dos pernambucanos voltem a estar na ordem do dia”, afirmou o ministro. 

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