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A Comissão de Educação (CE) do Senado Federal aprovou, nessa terça-feira (23), uma proposta de lei que proíbe que as escolas públicas exijam material individual ou coletivo aos alunos.

A senadora Dorinha Seabra (UB) defende que o objetivo do projeto é evitar constrangimento aos pais e responsáveis que por ventura não tiverem condições de arcar com os eventuais custos.

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“Que não exista exigência de material escolar, ou individual ou coletivo, como forma de que em muitos casos impedem a frequência e a permanência da criança na escola, que é o maior objetivo nosso. Nós queremos não só garantir o acesso , mas garantir a permanência. Nenhum instrumento pode ser utilizado como forma de justificar a ausência ou constrangimento de crianças e jovens na escola”, apontou a senadora ao anunciar a aprovação da matéria.

A proposta é do senador Romário (PL-RJ), e segue agora para a avaliação da Câmara dos Deputados.

O início do ano letivo marca o começo da corrida dos pais em busca do material escolar dos filhos. Atualmente, as listas de materiais são extensas e compostas por tantos livros, apostilas e outros itens que não é raro os pais parcelarem essa despesa ao longo de todo o ano, já que o custo geralmente é alto. 

Mas para além do valor, que pode variar de acordo com o estabelecimento, é preciso que os pais estejam atentos também ao que está sendo exigido pela escola, já que alguns materiais, por lei, não podem ser solicitados na lista.

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De acordo com a advogada e professora Aline Nicodemos, as escolas não podem exigir materiais de uso coletivo dos alunos/pais, de acordo com a Lei 9.870/99, art. 1º, parag. 7º. “Os custos com esses materiais deverão ser calculados nos valores de anuidade, mensalidade ou semestralidade da escola. Entre os itens que não podem ser pedidos podemos citar papel higiênico, material de limpeza, fitas adesivas, canetas para uso em quadros, entre outros”, explica.

A advogada esclarece ainda que as escolas não podem exigir marcas e nem locais para as compras dos materiais. “Os pais são livres para comprar onde e de qualquer marcas que desejarem, dentro de seus orçamentos. Sobre materiais produzidos pelas escolas e que os pais ou mães precisarão adquirir, como apostilas específicas, por exemplo, isso precisa ter sido informado anteriormente, na época do contrato, ou seja, os pais devem ser avisados previamente”, completa.

Uma dúvida muito comum dos pais e responsáveis é sobre o uniforme escolar, que geralmente é vendido na própria escola ou em lojas parceiras. “Sobre uniformes, a lei não fala especificamente sobre a exclusividade de compra em determinado estabelecimento ou venda exclusiva na escola. Podemos levar em consideração algumas interpretações que alguns Procon’s no Brasil utilizam, no sentido de que, se houver registro da logomarca, (seguindo as formalidades de direitos autorais e outras questões atreladas a esse direito) e, assim, ficar determinado como um direito da escola a produção exclusiva do fardamento, pode-se concluir que ela seria a única autorizada a vender”, afirma Aline.

A advogada completa que o uso de uniformes tem o intuito da padronização e traz alguns outros fatores atrelados, como segurança, entre outros objetivos. “Por isso, normalmente, a produção do uniforme termina sendo realizada pelas escolas e isso está dentro da lei”, observa. A docente do curso de direito também orienta que os pais não fiquem constrangidos em pedir explicações à escola caso identifiquem algum item abusivo.

“Caso exista uma irregularidade constatada, os pais devem procurar o Procon da sua cidade ou a orientação de um advogado e registrar a reclamação junto à instituição para que sejam tomadas as medidas cabíveis”, finaliza.

Nesta sexta-feira (20), Procon do Jaboatão dos Guararape divulgou a pesquisa de variação de preço dos itens principais da lista de material escolar do município. O levantamento, realizado entre os dias 13 e 18 de janeiro de 2023 e mostra que a média de preço vai de R$ 0,25 e R$ 249,99.

De acordo com o Procon, os produtos com maior variação de preço são a mochila de carrinho (R$ 249,99), mochila de costas (R$ 141,50), lancheira (R$ 109,00) e o caderno espiral de 20 matérias (R$ 47,50). Já os produtos com a menor variação de preço são a unidade do lápis de madeira (R$ 0,50), borracha ponteira (R$ 0,25), apontador (R$ 0,65), papel seda (R$ 0,30) e a cartolina comum (R$ 1,00).

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O órgão salienta que, em caso de irregularidade, a recomendação é para que o consumidor entre em contato por meio do site; via WhatsApp no número (81) 9 7323-7953; ou nos pontos presenciais localizados em Piedade, Curado, Muribeca, Cavaleiro e Jaboatão Centro, além do posto no Palácio da Batalha, em Prazeres.

Muitas pessoas ainda estão contabilizando os gastos feitos no fim de ano e já chegam novas contas. Além dos impostos, uma que assusta os pais é a compra de materiais escolares. Assim, cair no descontrole financeiro no início do ano é um risco iminente, por isso é importante orientar quem está no limite do orçamento. Uma das perguntas que fica é: como economizar na compra desses materiais?

Para o especialista em Educação Financeira, Reinaldo Domingos, é importante ter em mente que os preços de materiais escolares variam muito entre as lojas e mesmo na internet, por esse motivo, é importante pesquisar e planejar as compras para economizar sem ter que abrir mão da qualidade nos estudos das crianças.

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“Para quem tem filhos, esse é um dos maiores gastos do início do ano e devido à falta de educação financeira, diversas despesas se acumulam e as famílias se perdem em meio a tantas contas para pagar, muitas vezes, ultrapassando o limite de seu orçamento financeiro. Para começar, sempre recomendo que pensem o quanto precisam trabalhar para conseguir o seu salário. A partir daí, fica fácil valorizar esse dinheiro, aprendendo a pesquisar preço e, principalmente, a negociar os valores das compras”, enfatiza

Segundo ele, o primeiro passo é realizar um diagnóstico da vida financeira da família, para saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais e quanto poderá dispor para a aquisição do material escolar. Veja as dicas dadas por

1- Por ser uma despesa recorrente, para que os gastos não fiquem muito pesados em janeiro, é válido poupar durante todo o ano para conseguir fazer os pagamentos à vista e obter bons descontos;

2- Antes ir às compras, a família pode analisar itens do ano passado e selecionar tudo o que pode ser usado novamente este ano, como tesoura, régua e mochila, por exemplo;

3- No caso dos livros, vale a pena procurar pais de alunos mais velhos para emprestar ou comprar por um preço mais acessível, se estiverem em boas condições de uso;

4- Algo interessante é reunir alguns pais e comprar itens em atacado, como caixas de lápis, cadernos e agendas;

5- A partir daí, é preciso fazer muitas pesquisas e traçar um orçamento para ter noção do gasto total;

6- Não é preciso necessariamente comprar todos os itens na mesma loja, mas se for fazer é válido pedir descontos;

7- No dia das compras, converse com o(s) filho(s) sobre o orçamento, para que não corram o risco de se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado;

8- O ideal é sempre fazer negociar como se fosse pagar à vista, mas depois buscar por um parcelamento se juros nas mesmas condições, mas sempre com parcelas que caibam no bolso, para não comprometer as finanças de 2022 por vários meses.

Um levantamento feito pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base nos dados do Impostômetro, revela a alta carga tributária em itens da lista de material escolar. Em alguns casos, o imposto equivale a cerca de 50% do valor do produto. No ranking de itens escolares com maior incidência de tributação, a caneta é campeã. 

O contribuinte paga o equivalente a quase 50% (49,95%) em impostos. A lista segue com calculadora (44,75%), régua (44,65%), tesoura (43,54%) e agenda (43,19%) entre os materiais com alto índice de tributos.

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A alta tributação, de acordo com a análise do economista Ulisses Ruiz Gamboa, do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV/ACSP), encarece não apenas os produtos, mas toda a cadeia institucional. “Se compararmos, o peso tributário embutido nesses itens escolares é maior que o da carga tributária bruta (CTB) do governo federal, que compreende o governo central, estados e municípios. Atualmente, esse índice é de 33,90% do Produto Interno Bruto (PIB)”, observou.  

Para dar conta da lista de exigência das instituições de ensino, os pais devem fazer uma minuciosa pesquisa de mercado e comparar os preços, a fim de minimizar os custos. É o que aconselha Ruiz de Gamboa. “Os preços oscilam de loja para loja. Pesquisar e comprar em maior quantidade pode garantir a famosa pechincha para economizar no final da compra”, complementa. 

O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, lembra que a educação é uma necessidade básica e o Brasil é um dos poucos países que tributam itens de uso essencial neste segmento. “A educação deveria ter um retorno melhor em relação à qualidade dos serviços públicos oferecidos aos cidadãos diante de tantos tributos pagos, que se fossem menores poderiam permitir uma formação melhor e mais acessível”, afirmou Olenike

Ano novo chegando, e os pais e responsáveis já começam a se preocupar com as compras dos materiais escolares dos estudantes para o próximo ano letivo.

Para não gastar mais do que deveria, a população deve ficar atenta a algumas dicas, já que de acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares, o aumento no preço dos materiais escolares deve variar entre 15% e 30%. 

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Além disto, há itens que as escolas não podem solicitar nas listas de materiais e não devem ser comprados pelas famílias. O diretor geral do Procon do Distrito Federal, Marcelo Nascimento, conta quais são esses itens. 

“A escola não pode pedir material de uso coletivo para os pais e responsáveis. Material de uso coletivo é aquele que a instituição de ensino utiliza para si própria, como material de expediente, de escritório, material de higiene e de limpeza. Então, esse tipo de produto não pode ser exigido em hipótese alguma do aluno. Esses itens de uso coletivo são da escola, não se pode cobrar nem dos pais, nem dos responsáveis.” 

Para pedidos de itens atípicos, a instituição deve justificar o porquê da solicitação e de que forma o aluno individualmente irá utilizar o material. 

Marcelo Nascimento também dá duas dicas para que os pais ou responsáveis economizem na hora da compra dos materiais. "Os pais também podem se unir e fazer compras coletivas, comprar ali no atacado, certamente sai mais barato e fazer pesquisa de preço.”

Caso o consumidor considere a lista escolar abusiva ou tenha dúvidas quanto ao pedido de materiais, deve procurar primeiramente a instituição de ensino. Caso não seja resolvido, o Procon deve ser acionado pelo telefone: 151. 

Uma liminar dada pelo juiz Alexandre Dartanhan de Mello Guerra, da Vara da Fazenda Pública de Sorocaba, no interior de São Paulo, suspendeu o pagamento de mais de R$ 22 milhões que o município havia destinado, por meio de licitação, à compra de materiais didáticos. Segundo o Ministério Público de São Paulo, o certame possui vários indícios de fraude, desde o seu lançamento.

Os R$ 22 milhões seriam pagos às empresas R. Clean Comercial Eireli - ME e Ville Editora e Comércio Ltda, vencedoras do pregão municipal nº 023/22. Com exceção de um Porsche Macan 2021 - cujo valor aproximado é de meio milhão de reais - registrado junto à segunda empresa, nenhuma delas possui patrimônio para devolver os valores pagos caso as irregularidades sejam comprovadas ao final da ação.

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A decisão foi proferida no dia 28, no âmbito de uma ação civil pública movida pela Promotoria paulista.

No documento, o MP listou indícios de fraude, indicando, por exemplo, que a licitação visava a compra de um kit para educação musical para alunos e professores, composto de livro, CD e DVD, mídias ‘em desuso’.

O mesmo material, segundo a Promotoria, foi adquirido pela Prefeitura em 2011 e ainda possui remanescentes nas escolas. Hoje em dia, ele pode ser baixado gratuitamente em diversos endereços eletrônicos.

Por meio de uma pesquisa feita em sites de compra, o MP encontrou os mesmos livros educativos com valores que oscilam entre R$39,99 e R$45,90. O preço ofertado pelas empresas vencedoras do pregão é de R$343,50 para o kit do aluno e R$448,50 para o kit professor - chegando a ser quase dez vezes o preço de mercado.

Durante a investigação também foram encontrados sinais de que as empresas vencedoras estariam envolvidas com outros esquemas supostamente fraudulentos. De um lado, uma sócia da R. Clean foi presa durante as investigações da operação Aletéia, que apurou desvios de dinheiro em licitações nos estados de São Paulo e da Bahia. De outro, a Ville Editora possui um capital social de R$1 milhão, enquanto seu sócio majoritário tem uma renda declarada de menos de R$2 mil mensais.

Quando ingressou com a ação, na sexta-feira passada, 24, o MP pediu que o pregão fosse imediatamente suspenso e que os materiais escolares já distribuídos às escolas fossem apreendidos, tendo em vista que o pagamento dos R$ 22 milhões está condicionado, segundo o edital do certame, à entrega das cartilhas. O órgão também pediu o sequestro de bens da R. Clean e da Ville Editora.

Inicialmente, antes de apreciar esses pedidos, o magistrado responsável pela causa concedeu 72h para que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação de Sorocaba prestassem esclarecimentos. Contudo, a Promotoria fez um pedido de reconsideração solicitando que, ao menos, os pagamentos fossem suspensos, impedindo que os R$ 22 milhões saiam dos cofres públicos.

Esse novo pedido foi deferido pelo juiz Alexandre Dartanhan de Mello Guerra, que prolatou sua decisão na tarde desta terça-feira, 28. Ele manteve o prazo de 72h para manifestação dos entes públicos. Tendo em vista que ambos foram intimados no mesmo dia em que a liminar foi prolatada, esse prazo deve se encerrar nesta sexta-feira, 1º, exatamente uma semana depois do protocolo da ação.

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE SOROCABA

Foi deferida a suspensão do pagamento referente ao pregão eletrônico de número 23/2022 (CPL 38/2022), até que se verifique a decisão provisória. Vale destacar que o Município não efetuo nenhum pagamento relativo a essa compra e que também já determinou a suspensão da distribuição dos referidos kits. Destaca-se, ainda, que o processo licitatório foi realizado conforme todos os ritos e procedimentos legais.

COM A PALAVRA, A EMPRESA VILLE EDITORA

Não conhecemos a empresa R. Clean. Fomos vencedores do lote (2) de um processo licitatório, para eventual fornecimento de kit palavra cantada na escola. Contudo, trata-se de um registro de preços e não recebemos nenhuma autorização de fornecimento da prefeitura de Sorocaba e consequentemente não efetuamos qualquer entrega de material. Iremos tomar as providências jurídicas cabíveis conforme orientação de nosso advogado, respeitando os prazos e princípios legais.

COM A PALAVRA, AS EMPRESAS

Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato, por e-mail, com as empresas e ainda aguardava resposta. O espaço está aberto para manifestações.

Mais um ano letivo se aproxima, e os pais têm que dar a atenção aos filhos em férias e, ao mesmo tempo, cuidar da compra do material escolar. Em grande parte das escolas, a volta às  aulas está programada para fevereiro. Com estimativa de alta de até 30% nos preços do material escolar, uma das alternativas é reaproveitar os itens do ano anterior.

É o que pretende fazer a dona de casa Amanda Oliveira do Nascimento. Mãe de Ana Luísa, de 6 anos, que vai para a 1ª série do ensino fundamental em uma escola particular no Rio de Janeiro, Amanda diz que vai reaproveitar alguns itens, como lápis, borracha e apontador.

A dona de casa, que já comprou os demais itens da lista, constatou aumento de preços do material escolar. “Aumentaram justamente quando começou a campanha da volta às aulas. Por exemplo, um caderno brochura de 96 folhas, estava por R$ 7,90, no mesmo dia que coloquei no carrinho do aplicativo, aumentou para R$ 9,90 antes de eu conseguir finalizar a compra.”

A educadora financeira Lorelay Lopes diz que reutilizar o que está conservado é uma boa alternativa para economizar. “Guardando o material do ano anterior, a pessoa vai apenas repondo o necessário. Isso vale, por exemplo, para lápis de cor e canetinhas, priorize a marca. Assim, você pega aquela cor que desapareceu da sobra de anos anteriores. Borrachas de qualidade duram muito. O principal é conscientizar a criança de que, ao comprar algo apenas para ter uma coisa nova, gera-se lixo desnecessariamente. O resultado é economia e educação.”

Lorelay indica o comércio eletrônico para fazer a comparação de preços. “Quanto ao que precisa realmente ser comprado, a internet está aí para que possamos comparar preços. Com muitos sites oferecendo frete grátis, comprar tudo pela internet salva seu tempo e seu dinheiro.”

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No entanto, o ambiente virtual também pode ser um influenciador para crianças desejarem materiais novos e diferentes, ressalta a educadora financeira. “A internet está cheia de vídeos com crianças expondo material escolar importado. Mas também tem muito conteúdo sobre como reaproveitar o material antigo. Fique de olho nas influências, no por quê as crianças acham tão importante ter tudo novo na volta às aulas. Conscientize, explique o impacto das compras”, recomenda Lorelay.

Já a analista financeira Rosana Archila Michelin, mãe de Diego, que vai para o 3° ano do ensino fundamental em uma escola pública de São Paulo, não precisa se preocupar com a compra de material escolar. É que o estado fornece kits de material escolar para os estudantes.

Mesmo assim, Rosana diz que reaproveitará material do ano passado porque a entrega dos kits é feita em meados de fevereiro, depois de iniciadas as aulas. “O kit vem com uma quantidade que dá para aproveitar nos outros anos. Então, aproveito os lápis de escrever, apontador, régua, borracha e cola branca”. Na rede pública, os livros também são fornecidos pelo estado.

Livros usados

Segundo Claudia, no colégio anterior, existia a Ciranda de Livros, que são livros de literatura que os alunos leem ao longo do ano. “Estes eu conseguia emprestar ou pegar emprestado, às vezes, pois a própria escola não repetia. Então, os do Juan [filho mais velho], que já havia passado da 5ª série, por exemplo, às vezes, eu conseguia emprestar para uma amiga quando o filho dela chegava à 5ª série.”

Para a educadora financeira Lorelay, é importante essa rede de contatos para troca ou venda de livros usados. “Use e abuse dos grupos de pais e mães do WhatsApp. A troca entre os anos faz toda diferença nessa hora. Venda os seus livros nos grupos de alunos que ingressam no ano escolar anterior ao de seu filho e compre dos que estão um ano à frente. Sem vergonha de economizar e cuidar do planeta.”

No entanto, muitos livros didáticos das séries iniciais são interativos, ou seja, usam recursos didáticos como jogos de recortar, adesivos, desenhos para colorir e lacunas de preenchimento que inviabilizam a reutilização. O jeito é ficar de olhos nos descontos, como faz Amanda, do Rio de Janeiro. “Nunca comprei livros didáticos usados. Porque a escola oferece e dá desconto pagando tudo de uma vez e também porque é o primeiro ano do ensino fundamental.”

Erica Cardoso, gerente de Marketing e Comunicação da Estante Virtual, um sebo que vende livros usados pela internet, explica que 80% dos livros comprados no início do ano são seminovos e usados. “A procura de paradidáticos é para todos os anos do ensino fundamental ao ensino médio. Já os didáticos mais buscados são os a partir do 6º ano.”

No caso dos livros em que os estudantes escrevem, muitos são aceitos, mas os didáticos têm algumas particularidades, diz Erica. “Primeiro, é o fato de as edições terem tempo de validade, que varia de dois a quatro anos. Normalmente, as escolas pedem uma edição específica, a mais atual. Os livros didáticos no Brasil não são feitos para durar. Muitas coleções até quebram o conteúdo em um caderno principal e um de exercícios, o que permite a compra separada apenas da parte perecível, mas este não é um padrão universal.”

Livros já usados ou com grifos e anotações podem ser vendidos na Estante Virtual. “Todos os seminovos e usados disponíveis no site têm descrições detalhadas dos vendedores sobre o estado de conservação e condições gerais”, explica Erica, que lamenta o fato de edições muito antigas e de publicações com muitos exercícios feitos não serem atrativas e perderem valor. “Já os paradidáticos, que são as leituras obrigatórias e/ou sugeridas pelas escolas, não sofrem tanto esse efeito.”

Erica ressalta que o cenário econômico tem impulsionado a procura por livros usados. “Estamos com aumento de visitas e de vendas de 40% em relação ao mês de dezembro, muito puxado pela busca de livros didáticos. A compra de livros seminovos e usados é uma realidade no atual cenário de inflação, com preços mais altos em tudo que é essencial. Então, vemos o sebo como uma oportunidade para os pais economizarem neste período em que a compra de material didático pesa no orçamento.”

Dicas para economizar

O educador financeiro Roberto de Souza Barbosa, da Escola de Pais XD, tem dicas para que os pais economizem na compra do material escolar e recomenda que estes ensinem educação financeira aos filhos:

 – Faça uma lista do que é básico. “Algumas escolas já oferecem aos alunos, mas, se este não for o seu caso, faça a própria lista e lembre-se de colocar o que for realmente básico, porque na papelaria há muitas coisas que são uma tentação aos olhos dos pais e dos filhos.”

– Pesquise em pelo menos três sites na internet e veja os orçamentos. “Compare os preços das lojas, olhe em aplicativos, que sempre têm promoções e vendem a preços acessíveis, pois, às vezes, mesmo pagando o frete, os produtos ainda saem mais baratos.”

 – Cuidado com as exigências dos pequenos. Todos os pais e mães já devem ter passado por isso: os filhos veem aqueles artigos coloridos, com desenhos, que custam o triplo ou quatro vezes mais que os outros. “Estamos vivendo uma época em que toda economia é bem-vinda, seja a curto ou longo prazo. E estamos em um período em que o IPTU e o IPVA vão começar a chegar. Portanto, tenham equilíbrio para agradar a criança, mas não se endividar com isso.”

 – Compre em conjunto. “Junte-se a outros pais para comprar o material em conjunto, pois no atacado sai bem mais barato. Por exemplo, ao invés de comprar cinco lápis de escrever, compra-se uma caixa fechada e divide-se com os demais. Haverá uma quantidade maior e ainda sairá mais barato para todo mundo.”

 – Compre à vista. “Eu sei que talvez este não seja um bom momento, porém, se puder, pense a respeito, pois à vista é possível conseguir um descontinho maior, que vai ajudar bastante.”

 – Dê prioridade ao que for urgente. “Se sua condição na hora da compra estiver difícil, priorize o que for urgente e compre o restante no decorrer das aulas.”

Início de ano, pós festas, e uma preocupação na mente de pais de alunos que iniciam o ano letivo de 2022: o que será que a escola vai pedir para esse ano? O LeiaJá foi atrás do Procon de Pernambuco para saber o que pode e o que não pode ter na lista de materiais pedidos pelas instituições de ensino.

Segundo o Procon, as instituições de ensino não podem exigir materiais de uso coletivo dos estudantes ou da instituição. Entretanto, algumas instituições de ensino insistem em solicitar alguns materiais que não poderiam conter na listagem.

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Pensando nisso, o LeiaJá elaborou uma lista, junto ao Procon, para alertar sobre abusos. Itens como papel higiênico, muitas vezes pedido, por exemplo, são de obrigação da instituição de ensino.

Confira o que não deve ser solicitado:

1. Papel higiênico

2. Detergente;

3. Sabonete*;

4. Material de limpeza em geral (desinfetante, lustra móveis, sabão em barra, dentre outros;

5. Pasta de dentes;

6. Shampoo*;

7. Pincel atômico;

8. Giz branco ou colorido;

9. Grampeador e grampos;

10. Fitas adesivas;

11. Álcool (líquido ou em gel;

12. Medicamentos;

13. Cartucho para impressoras;

14. Produtos de construção civil (tinta, pincel, argamassa, cimento, dentre outros);

15. Flanelas;

16. Marcador para retroprojetor;

17. Copos, pratos e talheres descartáveis;

18. Bolas de sopro;

19. Esponja para pratos;

20. Palito de dentes;

21. Elastex;

22. Lenços descartáveis;

23. Cordão e linha;

24. Fitas decorativas;

25. Fitilhos;

26. TNT;

27. Tonner;

28. Pregadores de roupas;

29. Plástico para classificados;

30. Pastas classificadoras;

31. Resma de papel ofício;

32. Papel de enrolar balas;

33. Papel convite;

34. CD-R e DVD-R;

35. Balde de praia;

36. Brinquedos para praia;

37. Brinquedos e jogos em geral

38. Palitos de churrasco;

39. Palitos de dente;

40. Argila;

41. Envelopes;

42. Sacos plásticos;

43. Carimbo;

44. Colas em geral, inclusive colorida;

45. Lã;

46. Livro de plástico para banho;

48. Fita dupla face;

49. Pen drive, dentre outros.

* Shampoo/sabonete: apenas permitido aos alunos do Ensino Fundamental I, desde que matriculados na modalidade de tempo INTEGRAL.

*Álcool liquido ou em gel e mascaras para uso pessoal enquanto durar o decreto obrigatório.

Os pais e responsáveis, que se sentirem lesados, devem procurar o Procon, através dos contatos abaixo:

WhatsApp – 3181-7000

Instagram - @proconpe

Telefone - 0800 282 1512

Uma pesquisa de preço dos principais produtos pedidos na lista de material escolar feita pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) em Jaboatão dos Guararapes, de 19 a 25 de janeiro, registrou uma variação de até 1.163% nos valores cobrados em diferentes lojas do município, localizado na Região Metropolitana do Recife. Dos itens que mais apresentaram variação, o estojo está em primeiro lugar, com 1.163%; após ele, vem a cola bastão, com 1.023%.

Em seguida, aparece o apontador, com 898%; papel seda, com 896%; folha de emborrachado, com 856%; e caneta esferográfica, com 556%, surgem posteriormente.

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Devido à enorme discrepância de valores entre as lojas averiguadas, o superintendente do Procon de Jaboatão, José Rangel, explicou ao consumidor a importância de pesquisar em diferentes estabelecimentos, a fim de conseguir os preços mais em conta. “O objetivo da pesquisa é fornecer ao consumidor uma amostra das variações de preços dos principais itens pedidos nas listas de material escolar. Caso se constate alguma irregularidade, a recomendação é para que entrem em contato conosco para formalizar uma denúncia”, esclareceu o superintendente.

Consumidores que queiram fazer denúncias e reclamações devem recorrer ao Procon Jaboatão por meio do site do órgão ou nos pontos de atendimento ao público, situados nas sedes das regionais de Piedade, Curado, Muribeca, Cavaleiro e Jaboatão Centro, além do posto instalado na Faculdade Metropolitana e no Palácio da Batalha, no bairro de Prazeres.

O Procon do Jaboatão dos Guararapes realizou pesquisa de preço dos principais produtos que compõem a lista de material escolar e constatou variação de até 1.163% nos valores cobrados em diversos estabelecimentos comerciais da cidade. Entre os itens que mais apresentaram variação estão o estojo (1.163%), a cola bastão (1.023%), o apontador (898) o papel seda (896%), a folha de emborrachado (856%) e a caneta esferográfica (556%). A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 25 de janeiro de 2021.

Em função da grande oscilação de preços entre os estabelecimentos pesquisados, o superintendente do Procon Jaboatão, José Rangel, alertou o consumidor sobre a importância de pesquisar em lojas diferentes para garantir os melhores preços. “O objetivo da pesquisa é fornecer ao consumidor uma amostra das variações de preços dos principais itens pedidos nas listas de material escolar. Caso se constate alguma irregularidade, a recomendação é para que entrem em contato conosco para formalizar uma denúncia”, alertou Rangel.

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Consumidores que desejarem realizar denúncias e reclamações podem acionar o Procon Jaboatão por meio do site procon.jaboatao.pe.gov.br ou nos pontos de atendimento ao público, localizados nas sedes das regionais de Piedade, Curado, Muribeca, Cavaleiro e Jaboatão Centro, além do posto instalado na Faculdade Metropolitana e no Palácio da Batalha, em Prazeres.

*Da assessoria 

Uma pesquisa realizada pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) em Pernambuco mostrou que vários itens de material escolar baixaram ou mantiveram seus preços. A comparação de valores envolveu 72 itens que costumam ser pedidos pelas escolas e constatou que entre os 34 mais procurados, 14 ficaram mais baratos, 15 mantiveram os valores e cinco aumentaram de preço. 

Segundo o Procon-PE, os produtos que tiveram maior queda de preço foram a caixa de lápis de cor ecológica com 12 unidades, que passou de R$ 11,59 para R$ 6,60 (43,05% de economia); a mochila escolar, que foi de R$ 39,90 foi para R$ 24 (39,85% a menos) e a caneta esferográfica Cristal BPS GRIP 07mm, que saiu de R$ 3,20 para R$ 2,60 (18,75% de redução).

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A pesquisa foi realizada de 21 a 23 de dezembro e entre 12 e 14 de janeiro. Apesar da redução de preços, o órgão de controle ainda recomenda que os consumidores façam pesquisas de comparação de preços entre lojas para garantir o melhor valor possível. A pesquisa completa traz um detalhamento com o nome de cada item, os valores e locais onde cada um deles pode ser encontrado.

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--> Internet pode ter material escolar 50% mais barato

Os preços do material escolar, que movimentam o comércio no mês de janeiro, podem estar mais em conta nas lojas e papelarias que vendem pela internet. Segundo pesquisa do portal Cuponomia, os itens presentes na lista para a volta às aulas 2021 podem ser encontrados com valores até 50% menores nas plataformas de comércio eletrônico.

De acordo com o levantamento, preços de 20 itens como cadernos, canetas, estojos, lápis de cor e livros didáticos foram postos em comparação nas compras realizadas no ambiente virtual e nas lojas físicas. Embora alguns valores tenham caído pela metade nas plataformas digitais, os responsáveis pelo estudo ressaltam a necessidade do consumidor estar atento à cobrança dos fretes e procedimentos envolvidos no ato da aquisição online.

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"Com a alta competitividade do ecommerce e também a otimização de custos com estoque, é comum encontrar produtos com valores menores nas lojas online. Mas, para o usuário obter, de fato, o melhor custo benefício, é importante colocar na balança fatores como o preço do frete, prazo de entrega e a credibilidade do fornecedor, levando em conta que muitos produtos são disponibilizados por vendedores parceiros da loja, via marketplace", orienta Ivan Zeredo, diretor de marketing do Cuponomia.

Segundo o estudo, a busca por materiais escolares foi de 194% maior nos primeiros dias de janeiro de 2021 em relação ao mesmo período em dezembro de 2020.

 

Como parte do início de ano, a chegada das tradicionais dívidas tira o sono de muitos contribuintes, que geralmente não se planejam e se desdobram de última hora para arcar com as despesas. Para evitar a dor de cabeça, o LeiaJá conversou com um especialista em finanças, que deu dicas para controlar os gastos e, por que não, dar início a uma vida como investidor.

“O início de ano demanda muitos custos. Eu tenho matrículas escolares de duas filhas, material escolar, emplacamento e IPVA de dois veículos, entre outras”, relata o corretor imobiliário Bruno Morais. Ele conta que até costuma reservar parte do salário para possíveis emergências, mas neste ano "o material e livro escolar está pesando muito neste início e o IPVA está muito caro”.

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O corretor Bruno Morais, acompanhado da esposa Silvana e das filhas Clara e Lara/ Arquivo Pessoal

Em um ano desafiador, Bruno comenta que o setor de imóveis gerou bons negócios e, por isso, não precisou do auxílio emergencial. “Temos uma renda informal, né? E cabe a nós buscar o resultado”, acrescenta o corretor, que repassou sua própria estratégia de saúde financeira. “Minha dica é nunca gastar mais do que você ganhar e sempre reservar, no mínimo, 10% da sua receita mensal. Este é meu segredo”, concluiu.

Procurado pelo LeiaJá, o economista Tiago Monteiro também destacou a importância do controle de gastos. “Para isso, uma planilha de Excel, um aplicativo e até o velho e bom lápis e papel podem auxiliar a identificar supérfluos e o que pode ser ajustado para garantir uma vida sem riscos, mas também com alguns prazeres", indicou ao ressaltar, "equilíbrio é a base de tudo”.

Com o 13º em mãos, o especialista recomenda realizar a anamnese financeira para verificar os reajustes necessários e onde dá para poupar. Para isso, basta mapear as despesas e dividi-las em obrigatórias - como água, luz, escola, telefone, internet - e supérfluos – como Netflix, planos de jogos, e etc, que seriam contas desnecessárias. Depois, analisar todos os recebíveis como salários, possíveis bônus para que sua realidade econômica venha à tona.

A projeção de gastos e receitas futuras são fundamentais para evitar cair na tentação dos cartões de crédito, cheques especiais e empréstimos, e assim fugir de possíveis novas dívidas. Com o planejamento bem estruturado e o reajuste de gastos definido com o corte dos supérfluos, Tiago garante que sempre sobra um dinheirinho no fim do mês.

Após se livrar de contas atrasadas e conseguir acumular recursos, ele sugere o início de uma vida de investimentos, sempre apoiada por um profissional para evitar grandes perdas. Dessa forma, o dinheiro pode "trabalhar" em seu benefício, afirma.

Uma pesquisa feita pela Coordenadoria Estadual de Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) comparou os preços de materiais escolares. Os valores da comparação correspondem ao mês de dezembro de 2020 e ao mesmo período em 2019.

A maioria dos itens manteve ou diminuiu os preços, ao contrário de anos passados. Em relação aos 32 itens mais procurados, foi observada queda de valor em 12, manutenção de preço em 11 e aumento em nove. Três itens foram os que mais tiveram redução no valor, sendo eles: caneta esferográfica, que caiu de R$ 6,50 para R$ 3,20, o que significa uma redução de 50,77% no valor; caixa de lápis de cor ecológica, com 12 unidades, de R$ 19,99 por R$ 11,59, diminuindo o preço em 42,02%; e o apontador de lápis de metal, que caiu de R$ 1,90 para R$ 1,25, representando uma queda de 34,21%.

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Os fiscais do Procon-PE fizeram levantamento de 72 produtos, distribuídos entre “lápis preto; lápis de cor; canetas esferográficas comum e cristal, giz de cera; borrachas branca e bicolor; massa de modelar; tintas; fita adesiva; réguas; apontador de lápis; tesoura; cadernos espiral e brochura; agendas, lancheira; mochila e papelaria”, de acordo com a assessoria da entidade.

O levantamento da instituição detalha os preços, o nome de cada produto e os locais onde podem ser encontrados. Segundo o Procon-PE, “a lista mostra que mesmo apresentando uma queda em relação à pesquisa do ano anterior, é preciso pesquisar”. O produto que apresenta a maior diferença de um estabelecimento em relação ao outro é o apontador de lápis com depósito, que pode ser encontrado por R$ 1 e R$ 4,80, significando uma variação de 380% no valor.

A mochila escolar com personagens da Disney foi outro item que apresentou uma diferença relevante, podendo ser encontrada por R$ 42 ou R$ 119,90, o que representa uma discrepância de 185,48%. Para ter acesso à pesquisa, o consumidor pode visitar o site do Procon-PE. O levantamento apresenta marcas, nomes das lojas e os valores cobrados por cada uma.

Mais um golpe está sendo disseminado, desde o dia 15 de janeiro, no WhatsApp. Dessa vez, a Fake News fala sobre o pagamento de R$ 350 para a compra de material escolar a beneficiários do programa Bolsa Família. Ao clicar na mensagem, o usuário é incentivado a responder a uma pesquisa com três perguntas: "Você já tem o Bolsa Família?"; "Você está com o seu cadastro em dia?"; "Possui Cartão Cidadão para realizar o saque do benefício?".

De acordo com o site Extra, independente das respostas, o golpe informa que o usuário tem direito a receber o falso benefício, mas para isso precisa compartilhar o link com os seus contatos do WhatsApp - o que já gerou mais de um milhão de acessos.

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A pessoa também acaba sendo induzida a conceder permissão para receber futuras notificações com outros golpes e, depois, é direcionada a páginas falsas onde visualiza publicidades fraudulentas.

Início de ano é a época em que os pais começam a se preocupar com material escolar para os filhos. As listas de material são longas e muitas escolas aproveitam para pedir dos pais materiais desnecessários, em quantidade maior do que a criança vai utilizar ou então itens que não são material escolar propriamente dito, como materiais de higiene e limpeza coletiva.

O Procon Guarulhos alerta que os consumidores não têm obrigação de comprar material que não seja relativo a aprendizagem, conforme determina a Lei 12.886/2013. “A escola não pode jamais incluir na lista de material escolar produtos de uso coletivo, higiene e limpeza, bem como imputar cobrança de taxa com o objetivo de suprir despesas como conta de água, luz, telefone e impressões. A instituição de ensino também não pode exigir que a aquisição seja realizada exclusivamente na própria escola, pois fere o direito à escolha do consumidor, salvo se o material for de método de ensino específico, desde que avisado previamente”, explica a coordenadora do Procon Guarulhos, Vera Gomes.

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As escolas que descumprirem essa orientação podem ser notificadas e multadas.  Para tirar dúvidas ou fazer denúncias o consumidor pode ligar para o telefone 151 ou procurar o atendimento online do Procon Guarulhos.

Confira uma lista com itens que as escolas não podem exigir:

Fita para impressora e toner;

Caneta piloto para quadro branco;

Giz branco e colorido;

Papel higiênico;

Palito de dente;

Palito de churrasco;

Palito de picolé;

Materiais de limpeza em geral;

Marcador para retroprojetor;

Lenços descartáveis;

Grampeador e grampos;

Fitilhos;

Bexigas;

Álcool;

Bastão de cola quente;

Carimbo;

Copos descartáveis;

Cordão;

Elastex;

Fantoche;

Isopor;

Jogos (exceção para os educativos);

Papel ofício colorido;

Medicamentos;

Pregador de roupas;

Sacos plásticos;

Talheres;

CDs, DVDs e pen drives;

Estêncil a álcool e óleo;

Fita durex;

Fita dupla face;

Glitter;

Maquiagem;

Lã;

Feltro;

Algodão, xampu, sabonete, escova e creme dental (apenas permitido para os alunos matriculados no período integral).

Com o início do ano, um dos principais gastos é com a compra do material escolar para os filhos. Listas extensas, com diversos detalhes e quantidades, preocupam os pais com o alto investimento necessário para adquirir os itens solicitados. 

Segundo o economista e professor dos cursos de Administração de Empresas e Ciências Contábeis da Universidade UNG, Carlos Darienzo, os materiais escolares importados tendem a ser mais caros que os nacionais. “A desvalorização do real faz com que o importador brasileiro tenha que desembolsar mais dinheiro para pagar suas compras. Além disso, há os custos da logística de transportes e distribuição”, explica. 

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É preciso considerar que material escolar é um produto sazonal, ou seja, é mais demandado no início do ano letivo. Portanto, os preços costumam ser inflacionados nesse período. As diferenças entre valores de um mesmo produto podem variar em até 200% e há casos em que as diferenças alcançam 1000%. Isso acontece porque o comércio varejista tem dificuldade em formular preços com base nos custos de aquisição e taxas de lucros esperadas, trata-se de um problema técnico. As condições de negociações feitas pelos comerciantes com seus fornecedores atacadistas também influenciam nos preços finais. Os produtos com logomarcas famosas, principalmente bolsas e cadernos, precisam de licenças dos detentores de suas marcas, que recebem royalties, aumentando o valor final. 

Se o orçamento familiar estiver comprometido neste início de ano, é recomendável negociar com as escolas as prioridades de materiais que serão utilizados apenas no primeiro semestre letivo. Assim, será possível fracionar as compras ao longo do tempo. Os responsáveis devem ter ciência que não devem comprar produtos de higiene e limpeza ou arcar com custos de energia elétrica e água das instituições de ensino, pois esses itens estão contemplados no pagamento das mensalidades escolares, obviamente, no caso de escolas particulares. Sobretudo, as escolas não podem determinar marcas ou lojas específicas para compra, a não ser que a escola tenha produzido seu próprio material. Em caso de dúvidas, deve-se consultar o PROCON da sua cidade. 

Outra dica é que os responsáveis dos alunos de uma mesma turma podem se unir para comprar em conjunto, ou seja, em maior quantidade, trazendo a possibilidade de descontos significativos nos preços. Também é possível fazer uso de clubes de trocas de livros comuns aos estudantes, modalidade de economia tem expandido em anos recentes. Nesses clubes, trocam-se, além de livros, mochilas, lápis de cores, réguas, colas e tesouras. Os pais devem fazer um orçamento do material a ser comprado, ou seja, pesquisar nas lojas, comparar os preços e decidir pelas melhores opções. O uso da internet para pesquisas de preços e compras não deve ser descartado, porém, se efetuada alguma compra, deve-se considerar o custo do frete.

 

*Da Assessoria de Imprensa

O ano letivo ainda nem começou, mas o gasto com a educação dos filhos já causa dor de cabeça entre os pais. Na busca pelo caderno ou mochila mais em conta, as famílias recorrem a negociações coletivas, compra ou troca de itens usados e grupos nas redes sociais. A Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) estima alta de 8% nas papelarias - acima da inflação oficial, que deve ficar em cerca de 4%. Mas uma pesquisa bem feita pode trazer alívio ao bolso: na cidade de São Paulo, o valor dos produtos chega a variar 333%, segundo o Procon paulista.

A engenheira Thaís Aparecida Costa, de 37 anos, mãe da Sarah, de 3, está em um grupo de mães de alunos da escola da filha no WhatsApp. "Compartilhamos orçamentos para verificar onde é mais vantajoso comprar. Uma papelaria propôs que, se fecharmos a compra de mais de cinco mães, temos 13% de desconto na parte de papelaria e material de uso coletivo, como giz de cera, tinta e cola."

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A pesquisa do Procon de São Paulo analisou os preços de 126 produtos entre os dias 9 e 11 de dezembro em oito estabelecimentos de todas as regiões da capital. Para o estojo de giz com 12 cores, por exemplo, a variação de preço chegou a 266% - de R$ 1,50 a R$ 5,50. A maior variação foi na borracha látex branca - de R$ 0,60 a R$ 2,60. Em números absolutos, a maior variação foi na caneta hidrográfica Pilot 850L Júnior 12 cores. Em uma loja, estava por R$ 59,90 e em outra, por R$ 24,50. A maior variação, de 333%, é a da borracha.

Ao menos no grupo de Thaís, a compra coletiva deve funcionar. "Já há 11 mães interessadas", diz ela, que calcula gasto de R$ 350, mesmo com o desconto. E a escola ficou responsável por negociar preços de livros didáticos com as editoras.

A administradora Ana Cláudia Rocha, de 39 anos, mãe de Daniel, de 9, opta pela antecedência. "Pesa muito no início do ano, mas não tem para onde correr. Costumo fazer pesquisa de preços para ver se a diferença é muito grande entre as lojas", disse ela, que já foi às compras nesta terça-feira, 7, e vê nos livros de Inglês e Espanhol os principais vilões do orçamento.

Assim como Thaís, Ana participa de um grupo no WhatsApp. "Encontramos uma livraria que ofereceu ótimo desconto. Gastaria R$ 1 mil. Na livraria, conseguimos desconto de R$ 300. Com esse valor estou comprando o material restante."

Apesar do susto com as cifras, pelos cálculos da Abfiae a alta de preços ficou menor. Entre 2018 e o ano passado, o aumento observado pela entidade foi de 10%. Já segundo o Procon, a diferença de 2019 para este ano ficou perto da inflação.

A compra coletiva é uma das recomendações do Procon, além de observar as opções de pagamento. A Abfiae orienta a pesquisa em vários estabelecimentos e de produtos seguros, certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Conforme a Lei 12.886, de 2013, válida em todo o País, os colégios não podem exigir a compra de qualquer item escolar de uso coletivo, como materiais de escritório, higiene ou limpeza. Também não podem cobrar a compra de produtos de marcas específicas.

Tentação

Nesta época, lidar com as vontades dos filhos - atraídos por cadernos e mochilas coloridos e de personagens infantis - é outro desafio para os pais. Nesse caso, o melhor é conversar com os pequenos e evitar compras desnecessárias.

"Gosto de cadernos de caveiras, carros e games", disse Basile, de 10 anos, que acompanha a mãe Hélcia Chatzoglou nas compras de material escolar. "Sempre vim com ele e negociamos. Se ele vê algo caro, a gente negocia e vê o que dá para levar", diz a artesã, de 49 anos.

No fim e no começo do ano letivo, colégios particulares fazem feiras de troca e doações de materiais escolares. No Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, zona oeste, a ação foi em dezembro e será retomada entre os dias 20 e 23. No Colégio Santa Maria, no Jardim Marajoara, zona sul, houve um brechó de uniformes em dezembro.

Pesquisa

A mais recente Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já apontava que as despesas das famílias com educação subiram. Entre os biênios 2007-2008 e 2017-2018, o peso dos gastos com material, matrícula e mensalidades no orçamento doméstico cresceu 56%.

"O primeiro passo é saber exatamente quais são os gastos mensais e quanto poderá dispor para a aquisição do material escolar. É fundamental ir às compras com antecedência para não precisar ser obrigado a pagar mais caro de última hora", orienta Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

Para a especialista em educação financeira e sócia da consultoria Ella's Investimentos, Rebeca Nevares, é preciso diluir os gastos com material ao longo do ano, fazendo uma pequena reserva mensal. "O ideal é pesquisar em pelo menos três lojas de bairros diferentes. Dá trabalho, mas a economia pode chegar a 50%", alerta.

Ainda de acordo com Rebeca, os gastos com educação entre as famílias brasileiras das classes A e C ficam entre 30% e 45% do orçamento familiar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No ato de compra do material escolar para o novo ano letivo, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) orienta os pais e responsáveis pelos estudantes que procurem o selo de identificação da conformidade nos 25 produtos que estão na listagem de regulamentação do órgão, ligado ao Ministério da Economia.

Os pais devem evitar comprar no mercado informal, porque não há garantia de procedência e também para evitar produtos que ofereçam risco à saúde das crianças, como substâncias tóxicas que podem ser levadas à boca, ingeridas ou inaladas, ou causar acidentes por meio de bordas cortantes ou pontas perigosas. Além disso, devem procurar sempre a indicação de faixa etária, adquirindo artigos de acordo com a idade dos filhos.

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Reclamações

De acordo com a engenheira Millene Cleto da Fonseca, pesquisadora do Inmetro e responsável pela regulamentação de artigos escolares, os pais e responsáveis devem guardar a nota fiscal do produto, porque ela é a comprovação de origem do artigo e poderá ser utilizada para fazer a troca no caso de problemas de segurança ou qualidade. No caso de ocorrência de acidentes de consumo envolvendo algum produto do material escolar, o consumidor deve relatar o fato no Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac), disse nesta segunda-feira (6) Millene à Agência Brasil.

Caso o consumidor encontre produtos escolares sem o selo de conformidade em alguma loja, pode denunciar essa ocorrência à ouvidoria do Inmetro pelo telefone gratuito 0800 285 1818, de segunda a sexta-feira, no horário das 9h às 17h, ou no site do Inmetro.

Responsabilidades

Millene explicou que o fabricante ou importador é o responsável no caso de defeito ou acidente envolvendo o artigo escolar. Aos distribuidores e lojistas cabe verificar se o produto apresenta o selo de identificação da conformidade, antes de disponibilizarem para comercialização um artigo escolar regulamentado pelo Inmetro. Se tiver motivos para crer que um dos 25 artigos escolares regulamentados não está de acordo com os requisitos estabelecidos na certificação, o distribuidor ou lojista deve informar o fato para o fabricante ou importador, bem como o Inmetro e as autoridades de fiscalização do mercado, para que sejam tomadas as providências cabíveis.

Os distribuidores e lojistas devem manter ainda em local visível ao consumidor as informações referentes à identificação da conformidade do artigo escolar, mesmo nos casos em que o produto seja vendido em unidades. Caso de lápis, canetas e borrachas, por exemplo.

Confira a lista de produtos regulamentados pelo Inmetro:

• Apontador;

• Borracha e Ponteira de borracha;

• Caneta esferográfica/roller/gel;

• Caneta hidrográfica (hidrocor);

• Giz de cera;

• Lápis (preto ou grafite);

• Lápis de cor;

• Lapiseira;

• Marcador de texto;

• Cola (líquida ou sólida);

• Corretor Adesivo;

• Corretor em Tinta;

• Compasso;

• Curva francesa;

• Esquadro;

• Normógrafo;

• Régua;

• Transferidor;

• Estojo;

• Massa de modelar;

• Massa plástica;

• Merendeira/lancheira com ou sem seus acessórios;

• Pasta com aba elástica;

• Tesoura de ponta redonda;

• Tinta (guache, nanquim, pintura a dedo plástica, aquarela).

 

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