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A Black Friday se tornou um dos eventos de compras aguardados do ano, tanto em lojas físicas quanto online. Com a ascensão do comércio eletrônico, as oportunidades de encontrar bons negócios aumentaram exponencialmente, mas infelizmente, isso também elevou os riscos de golpes e fraudes. Os golpistas costumam aproveitar a euforia dos consumidores e a busca por grandes descontos para criarem armadilhas online. Portanto, é essencial estar atento e adotar práticas seguras ao fazer compras online. 

Para evitar cair em golpes nas compras online durante a Black Friday, é importante seguir algumas práticas, como as listadas abaixo pelo advogado especialista em direito digital e cibersegurança, Walter Calza Neto. Confira a seguir: 

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Verifique a autenticidade do site: Antes de realizar qualquer compra, certifique-se de que o site é legítimo. Confira se o endereço do site começa com "https://" e procure por um ícone de cadeado na barra de endereços. 

Pesquise sobre a loja: Procure avaliações e comentários sobre a loja em sites de reclamações e fóruns de consumidores. Isso pode revelar experiências anteriores de outros clientes. 

Desconfie de ofertas muito atraentes: Preços extremamente baixos podem ser um sinal de golpe. Compare os preços com outras lojas e desconfie de ofertas que parecem boas demais para ser verdade. 

Use métodos de pagamento seguros: Prefira usar cartões de crédito virtuais ou serviços de pagamento online reconhecidos. Evite transferências bancárias diretas ou métodos de pagamento não rastreáveis. 

Mantenha seu computador seguro: Certifique-se de que seu computador tem um antivírus atualizado e evite realizar compras em redes Wi-Fi públicas. 

Leia a política de privacidade e termos de uso: Entender as políticas de privacidade e os termos de uso do site pode fornecer informações importantes sobre como suas informações pessoais serão utilizadas. 

Fique atento a e-mails falsos: Cuidado com e-mails promocionais que parecem vir de lojas conhecidas, mas que levam a sites falsos. Verifique sempre o endereço de e-mail do remetente. 

Confira os detalhes do produto: Leia atentamente a descrição do produto, as especificações e as políticas de devolução antes de finalizar a compra. 

Acompanhe seus extratos bancários: Monitore regularmente seus extratos bancários para detectar qualquer transação não autorizada. 

Use senhas fortes: Tenha senhas fortes, com no mínimo 14 caracteres utilizando minúsculas, maiúsculas e sinais, e que sejam únicas para cada conta de loja online para proteger suas informações pessoais. 

Por fim, enquanto a Black Friday oferece a oportunidade de aproveitar descontos, é crucial permanecer vigilante e informado. Ao seguir estas práticas, os consumidores podem se proteger de golpes e ter uma experiência de compra online segura e satisfatória. Lembre-se de que a precaução e o conhecimento são as melhores ferramentas para garantir que as compras online sejam tão seguras quanto vantajosas.

 

Mais um golpe que desvia pagamentos feitos pelos Pix, agora em pagamentos feitos por computadores, foi identificado pela Equipe de Investigação e Análise da Kaspersky, empresa de segurança digital. A fraude, com versão similar em celulares, redireciona os valores para criminosos e o vírus infecta equipamentos de consumidores e empresas.

Segundo a Kaspersky, a técnica não é nova, mas é a primeira vez que é usada para esquemas fraudulentos de pagamentos envolvendo o Pix. Identificada em dezembro de 2022, a fraude já foi bloqueada mais de 10 mil vezes.

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O esquema anterior, também denunciado pela empresa de segurança, visava transações instantâneas realizadas pelo celular. Já o novo malware, nomeado de GoPix, infecta desktops e notebooks e usa uma técnica diferente para redirecionar pagamentos online.

Compras online

Segundo Fabio Assolini, diretor da Kaspersky para a América Latina, o novo golpe afeta também empresas públicas e privadas. "Verificamos que ele não atua em transferência entre indivíduos, mas apenas em pagamentos de compras online". Diz.

Nessa modalidade, o lojista gera uma cobrança via Pix para o pagamento. O mais comum é o cliente copiar e colar o código e é nesse momento que é feita a troca da chave para redirecionar o dinheiro para os golpistas.

A disseminação do GoPix ocorre por meio de anúncios maliciosos na internet, usando links patrocinados em buscas no Google feitas com erro de ortografia para WhatsApp Web. Por exemplo, se o usuário escreve WatsApp. Também houve fraudes usando o dos Correios, no mesmo esquema de links patrocinados.

"A infecção ocorre em etapas", afirma Assolini. Após a instalação do GoPix, o malware entra em um estágio de espera aguardando que a vítima realize um pagamento digital via Pix. Segundo ele, desde janeiro, a ameaça já foi bloqueada 10.443 vezes nos produtos da Kaspersky, somente em clientes brasileiros.

Como evitar o golpe

- Anúncios falsos: priorize resultados de buscas orgânicos e baixe apenas sites oficiais. A infecção ocorre quando o usuário acessa sites falsos

- Pagamento digital: revise o nome do destinatário do Pix para verificar se é o do vendedor. Muitas vezes são usados nomes de 'laranja' para receber o pagamento

- Segurança: Tenha um bom antivírus instalado, pois o GoPix consegue identificar alguns dos dispositivos e desviar o vírus para uma pasta compactada, por exemplo em formato zip

A equipe econômica previu o fim da isenção do Imposto de Importação para as compras online internacionais até US$ 50 no Orçamento de 2024, enviado quinta-feira ao Congresso.

Segundo o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, foi considerada uma alíquota mínima de 20%, que deve gerar R$ 2,8 bilhões em receitas extras com o fim do benefício.

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A medida faz parte do esforço arrecadatório do governo, que precisa de R$ 168 bilhões para garantir a meta de déficit zero nas contas públicas em 2024, como define o novo arcabouço fiscal.

Para o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho, o patamar de 20% está muito aquém do necessário para se ter uma competição isonômica. "Não é aceitável. Basta ver o estudo do IDV / IBPT, no qual a carga tributária efetiva média é de 85%. Caso ocorra a implantação da alíquota de 20%, a destruição de empresas e empregos continuará, em especial nas médias e pequenas."

O IDV estima que dois milhões de vagas de emprego poderiam ser perdidas em dois anos com o fechamento de lojas no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

E-commerce: Jovens lideram em compras online e, após a pandemia,  Em sondagem realizada pela Fecomércio PE, também se constatou que 46,3% das famílias que recebem até dois salários mínimos nunca realizaram compras online e a participação do varejo cai de 84,7% para 74,6% nos últimos dois anos 

A Pesquisa de Sondagem Especial - Comércio Eletrônico, realizada pela Fecomércio-PE em conjunto com a Ceplan, apontou que um terço dos consumidores em Pernambuco ainda não ingressaram nas compras online. O estudo também revelou que os indivíduos jovens, com idades entre 18 e 29 anos, são mais ativos no comércio eletrônico, com 78,8% dos consumidores desse grupo já tendo efetuado pelo menos uma compra até o ano de 2023. No que tange aos níveis de renda domiciliar, constatou-se que 46,3% das famílias que recebem entre 1 a 2 salários mínimos nunca realizaram uma transação no ambiente digital de compras.

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Quanto à adesão dos consumidores ao comércio eletrônico, a pesquisa  revelou que mais da metade (53,5%) dos consumidores com 50 anos ou mais optaram por explorar esse mercado durante ou após a pandemia de Covid-19. Os anos de maior destaque para a entrada desse grupo foram 2020 e 2021, quando aproximadamente 41% desses consumidores deram os primeiros passos nas compras virtuais.

A sondagem também analisou os motivos que levaram os consumidores a efetuarem sua primeira compra no e-commerce. Os resultados apontaram que os jovens entre 18 e 29 anos fizeram sua primeira aquisição impulsionados pelo fator preço, enquanto os consumidores de faixas etárias mais avançadas optaram por essa modalidade devido à conveniência de não necessitarem se deslocar até uma loja física.

No que diz respeito à frequência mensal das compras online, observa-se que 19,6% daqueles com uma renda domiciliar entre 2 a 5 salários mínimos efetuam pelo menos uma compra virtual a cada mês. Paralelamente, constata-se que 7,1% dos consumidores com idades entre 18 e 29 realizam no mínimo três transações mensais.

De acordo com os resultados da pesquisa, o smartphone se destaca como o dispositivo preferencial utilizado para realizar compras, conforme relatado por 70% dos consumidores entrevistados. Entre os consumidores com renda domiciliar superior a 5 salários mínimos a preferência por dispositivos varia, com 43,3% deles optando por desktops ou notebooks como ferramenta para concretizar suas aquisições.

A pesquisa também analisou as plataformas que os consumidores utilizam ou já utilizaram para realizar compras online: 79,9% dos consumidores com idades entre 30 e 49 anos utilizaram o marketplace de redes varejistas. Já o aplicativo de delivery se mostrou mais prevalente (69,7%) entre os consumidores cuja renda domiciliar ultrapassa os 5 salários mínimos.

A razão pela qual a loja virtual se sobressai para os consumidores é, principalmente, a "facilidade no processo de compra e pagamento", como enfatizado por 51,5% dos consumidores. Em seguida, 38,7% dos consumidores apontam a "média de preços mais baixos" como um ponto chave, enquanto 30,9% destacam "prazos de entrega mais rápidos". Importante notar que a soma das porcentagens ultrapassa 100% devido à natureza não excludente das alternativas.

A preferência dominante para a forma de pagamento é o cartão de crédito (56,2%); entre os consumidores mais jovens, 30,2% optam pelo Pix ou transferência bancária. Quando se analisa o recorte da renda domiciliar, aqueles com rendimentos mais modestos, variando entre 1 e 2 salários mínimos, recorrem mais ao pagamento à vista (Pix, transferência bancária, cartão de débito ou boleto bancário), totalizando cerca de 36% e contrastando com a faixa de renda mais alta (cujo percentual é de 28,9%).

Os benefícios do comércio eletrônico foram identificados pelos consumidores de diversas formas: 68,5% destacaram a comodidade de não precisar sair de casa para efetuar compras; 43,2% mencionaram que os preços são mais atrativos em relação às lojas físicas; 28,6% valorizaram a facilidade de comparação de preços; 28,6% ressaltaram a ampla disponibilidade de produtos; e, adicionalmente, 16% dos consumidores observaram que o comércio eletrônico lhes proporciona mais tempo para planejar suas compras de maneira adequada.

Dentre os produtos que os consumidores do comércio eletrônico mais procuram na internet, destacam-se roupas e acessórios (45,8%), seguidos por calçados (30,5%) e alimentos/bebidas (30,5%). Ao observar a demanda segmentada por gênero, nota-se que os consumidores do sexo masculino têm uma inclinação para buscar equipamentos de comunicação, enquanto as consumidoras do sexo feminino demonstram maior interesse por perfumes e cosméticos.

74,6% das empresas varejistas adotam vendas online  No que diz respeito às empresas, a sondagem revelou que 74,6% das empresas varejistas estão engajadas em vendas por meios digitais. No entanto, quando contrastamos esses resultados com os dados da pesquisa de sondagem do comércio eletrônico de 2021 (84,7%), percebe-se uma diminuição no número de estabelecimentos que afirmam utilizar esses canais de vendas. Ainda segundo a pesquisa, em 2021, apenas 15,3% das empresas não estavam envolvidas em vendas pela internet, ante 25,4% em 2023. 

Dentre os estabelecimentos que ainda não adotaram o comércio eletrônico para suas vendas, surgem como motivos principais o custo associado à manutenção de mão de obra qualificada (17,7%), bem como a complexidade da implementação de processos logísticos para entrega de produtos (13,7%). Além disso, a introdução de um sistema de atendimento e gestão de vendas online (11,5%) também é apontada como um desafio relevante.

A análise da importância dos canais de vendas online revelou um avanço notável nos sites de lojistas. Esse resultado representa uma inversão em relação à tendência indicada pela sondagem realizada em 2021, na qual o WhatsApp havia sido apontado como a ferramenta ou canal de venda mais prevalente.

No que diz respeito às opções de pagamento disponibilizadas pelas empresas online, o cartão de crédito (95,4%) continua sendo a forma predominante entre os consumidores, alcançando taxa de 100% quando analisamos especificamente as empresas localizadas em shopping centers. Quando comparado ao levantamento realizado em 2021, merece destaque a ascensão do Pix, que evoluiu da terceira para a segunda opção mais aceita.

No que diz respeito à porção das vendas que provém do comércio eletrônico em relação ao volume total de vendas do estabelecimento, cerca de 51,6% dos lojistas ou gestores declaram alcançar faixas de faturamento a partir de 10% por meio da internet. Quando focamos nos estabelecimentos situados em shoppings, a proporção daqueles que obtêm faturamento dentro desse intervalo atinge 57,6%, enquanto nos estabelecimentos de varejo tradicionais, essa proporção é de 49,3%.

Ao contrário da pesquisa anterior, na qual cerca de um terço dos lojistas e gestores afirmava que a contribuição dos canais de vendas online era insignificante, a situação atual revela um cenário diferente, isto é, de reconhecimento dos meios eletrônicos.

A pesquisa também abordou a visão dos empresários em relação à participação das vendas online nos próximos 6 meses. Cerca de 48% acreditam num forte aumento, 32,2% preveem um aumento moderado, enquanto 17,3% têm a expectativa de que o nível atual será mantido. 

O presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto analisou os dados da pesquisa de Sondagem do e-commerce: "O comércio eletrônico está crescendo rapidamente em Pernambuco e é importante que as empresas se adaptem a essa tendência. Aquelas que propiciam vendas online estão em melhor posição para competir e atender às necessidades dos consumidores. O e-commerce oferece uma série de benefícios para os consumidores, como comodidade, preços mais competitivos e ampla seleção de produtos. Esses benefícios podem atrair novos clientes e, em consequência, aumentar as vendas."

Sobre a pesquisa: 

O relatório apresenta o resultado da Sondagem de Opinião de consumidores e gestores do comércio pernambucano, a respeito da atividade de compras pela internet, ou comércio eletrônico. A sondagem foi realizada entre os dias 1 e 9 de agosto e ouviu a amostra de 1020 consumidores e 451 estabelecimentos do comércio nas regiões do estado (Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão), tanto em shoppings centers quanto em estabelecimentos do comércio tradicional.

*Da assessoria 

Celebrada pelos sites de compras e questionada pelas entidades ligadas ao varejo, a isenção federal para compras online de até US$ 50 entra em vigor nesta terça-feira (1º). A portaria foi publicada no fim de junho.

Em troca da isenção, as empresas deverão entrar no programa de conformidade da Receita Federal, regulamentado por uma instrução normativa. A página de comércio eletrônico que aderir ao programa da Receita, chamado de Remessa Conforme, também terá acesso a uma declaração antecipada que permitirá o ingresso mais rápido da mercadoria no país.

Caso as empresas não ingressem do programa, haverá cobrança de alíquota de 60% de Imposto de Importação, como ocorre com as compras acima de US$ 50. A isenção para compras até US$ 50 será apenas para tributos federais. Todas as encomendas de empresas para pessoas físicas que aderirem ao Remessa Conforme pagarão 17% de Imposto sobre Comércio de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo arrecadado pelos estados.

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A cobrança de ICMS foi regulamentada em junho pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne as Secretarias Estaduais de Fazenda, ajuda a resolver as finanças dos estados.

Modelo antigo

No modelo antigo, as remessas de empresas para pessoas físicas do exterior não eram isentas, estando sujeitas à alíquota de 60% de Imposto de Importação. Para encomendas entre US$ 500 e US$ 3 mil, também havia a cobrança de ICMS. No entanto, a cobrança era feita raramente sobre mercadorias de pequeno valor porque dependia de fiscalização da Receita Federal sobre as encomendas dos Correios.

No modelo antigo, o Imposto de Importação não era cobrado em duas situações. A primeira é a isenção estabelecida por lei para livros, revistas (e demais publicações periódicas) e remédios. No caso dos medicamentos, compras por pessoas físicas de até US$ 10 mil são isentas, com o produto liberado somente se cumprir os padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essas isenções foram mantidas nas novas regras porque são definidas por lei e não podem ser regulamentadas por portaria.

A portaria, no entanto, ampliou a isenção para encomendas de até US$ 50. O benefício, até agora, só era concedido se a remessa ocorresse entre duas pessoas físicas, sem fins comerciais. Essa isenção, no entanto, gerou problemas porque diversos sites aproveitam a brecha para se passarem por pessoas físicas e evitarem o pagamento de imposto.

Primeira fase>

No fim de junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha informado que a isenção representa apenas a primeira etapa da regularização do comércio eletrônico. Segundo o ministro, uma segunda etapa estabelecerá, em definitivo, um modelo de tributação federal para a importação online, mas ele não esclareceu se as compras de até US$ 50 voltarão a ser tributadas.

De acordo com Haddad, a segunda etapa do que chamou de “plano de conformidade” buscará preservar o equilíbrio entre os produtores nacionais e as lojas online que vendem produtos importados. A prioridade, destacou Haddad, será impedir práticas de concorrência desleal.

Resistência

Nos últimos meses, Haddad reuniu-se com varejistas estrangeiras de comércio eletrônico e com representantes do varejo nacional. A isenção federal preocupa a indústria e o comércio brasileiro, que alegam competição desleal com os produtos importados e ameaça a postos de trabalho.

Há duas semanas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) apresentaram um estudo segundo o qual a medida provocará a extinção de até 2,5 milhões de empregos no segundo semestre. Segundo o levantamento, o varejo demitiria 2 milhões de trabalhadores até o fim do ano e a indústria, 500 mil. As entidades pediram a retomada da taxação dessa faixa de compra, para evitar prejuízos à economia.

Prevista para entrar em vigor em agosto, a isenção de tributos federais para compras online de até US$ 50 poderá causar até 2,5 milhões de demissões, disseram nesta quarta-feira (19) o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, e o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho. Os dois reuniram-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para entregar um estudo com os possíveis efeitos da medida.

Segundo o levantamento, o varejo demitiria 2 milhões de trabalhadores até o fim do ano; e a indústria, 500 mil. As entidades pediram a retomada da taxação dessa faixa de compra, para evitar prejuízos à economia.

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“Para se ter uma ideia, são mais de 1 milhão de pacotes por dia que estão chegando com esse valor de até US$ 50. Eles estão chegando numa proporção que dará R$ 60 bilhões [em compras online] por ano. Só na indústria, fizemos uma estimativa que vamos perder 500 mil empregos, que representam R$ 20 bilhões da folha salarial”, declarou o presidente da CNI após o encontro.

As entidades defendem a retomada da taxação para garantir isonomia entre os produtos importados com os produtos nacionais. “Se esses produtos não pagam imposto, a indústria brasileira está pagando um imposto que vai retirar empregos e salários dos brasileiros”, afirmou Andrade.

O presidente do IDV alertou para o risco de a isenção estimular a entrada de produtos falsificados no país. Isso porque, segundo Gonçalves, a Receita Federal não conseguirá fiscalizar a quantidade de pacotes. “A isenção com esse valor virou um absurdo de falsificação, produtos que não se sabe de onde vem, que antes eram por pessoas físicas, pessoas jurídicas, perdeu-se o controle”, criticou.

Análise

Número dois do Ministério da Fazenda, o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, também participou da reunião. Ele disse que a conversa foi produtiva e prometeu analisar o estudo. “O dado sobre o impacto nos empregos chama atenção, e o estudo tem dados muito consistentes nesse sentido. Como muitos têm acompanhado, a Fazenda tem normatizado esse tema para que a gente traga esse assunto à luz do dia, ele não pode ficar sem tratamento, sem compliance, como foi colocado”, disse Durigan.

No dia da edição da portaria que isentou as importações de até US$ 50 de tributos federais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a análise de um imposto federal sobre o comércio eletrônico ficaria para uma segunda etapa. Ele, no entanto, evitou comentar se a tributação seria reinstituída. Apenas disse que o “plano de conformidade” buscará preservar o equilíbrio entre os varejistas nacionais e as lojas online de produtos importados.

Pela segunda vez em menos de 24 horas, o Ministério da Fazenda desmentiu notícias sobre um suposto fim de isenção de US$ 50 para compras do exterior pela internet.

Em nota emitida no fim da tarde desta quarta-feira (12), em Brasília, a pasta informou que a medida não está em estudo e que pretende apenas aumentar a fiscalização sobre lojas online que fracionam as compras e atuam de forma irregular. 

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O ministério informou que a isenção para envio de encomendas de até US$ 50 entre pessoas físicas, sem fins comerciais, continuará valendo. A Receita Federal, destacou o ministério, pretende combater empresas que usam brechas na fiscalização para enviar compras como se fossem pessoas físicas e escapar da tributação. 

“Esse benefício [a isenção sobre encomendas de até US$ 50] se aplica somente para envio de pessoa física para pessoa física. Se, com base nele, empresas estiverem fracionando as compras, e se fazendo passar por pessoas físicas, estão agindo ilegalmente”, destacou a nota.

Ainda segundo o governo, não haverá nenhuma mudança para quem atualmente compra e vende legalmente pela internet, que paga Imposto de Importação de 60%. A medida provisória a ser editada em breve, informou o texto, antecipará a prestação de declarações pelas empresas quando as mercadorias ainda não tiverem chegado ao país. 

“O que o Ministério da Fazenda pretende fazer é reforçar a fiscalização. A partir da medida provisória, o exportador vai ter que prestar declaração antecipada com dados do exportador e de quem compra, além do produto”, esclareceu o comunicado.  Segundo a nota oficial, as mudanças beneficiarão o consumidor que receberá as compras online mais rápido, com mais segurança e qualidade.

“Os produtos terão o processo de liberação agilizado a partir das informações prestadas pelo vendedor legal, enquanto ainda estiverem em trânsito para o país”, informou o ministério. 

De acordo com o governo, também se beneficiarão [com a decisão] empresas brasileiras à medida em que o combate à sonegação e ao contrabando será estimulado. “Beneficiam-se também as empresas brasileiras, sobretudo as pequenas empresas, que são as que mais empregam e pagam corretamente os seus tributos”, concluiu. 

Confusão

Na terça-feira (11) à noite, a Receita Federal tinha soltado uma outra nota em que negava a intenção de acabar com a isenção de Imposto de Importação para encomendas de baixo valor entre pessoas físicas. O texto, no entanto, causou confusão porque falava em eliminar “a distinção de tratamento nas remessas por pessoas jurídicas e físicas” nas operações abaixo de US$ 50. [

“Nunca existiu isenção de US$ 50 para compras online do exterior. Portanto, não faz sentido afirmar que se pretende acabar com o que não existe. Nada muda para o comprador e para o vendedor online que atua na legalidade”, rebateu a nova nota oficial. 

Isenções

Atualmente, o Imposto de Importação não é cobrado em duas situações. A primeira é a isenção estabelecida por lei para livros, revistas (e demais publicações periódicas) e remédios. No caso dos medicamentos, compras por pessoas físicas de até US$ 10 mil são isentas, com o produto liberado somente se cumprir os padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Também não pagam imposto encomendas de até US$ 50. No entanto, o benefício só é concedido se a remessa ocorrer entre duas pessoas físicas, sem fins comerciais.

Por trás de uma vitrine escura de uma pequena loja no centro de Tel Aviv, um robô se move entre as prateleiras pegando caixas de cápsulas de café e colocando-as em sacolas.

Com pequenos armazéns espalhados pelos centros das cidades, a empresa israelense 1MRobotics quer otimizar as compras online através de várias lojas totalmente automatizadas.

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"Os clientes querem receber seus produtos o mais rápido possível", diz Eyal Yair, cofundador da companhia.

“Se antes você queria receber seu pedido em dois dias, depois em um dia e depois em duas horas, agora você quer em 10 minutos”, explicou.

Um cliente da empresa que queria cápsulas de café fez o pedido online e foi retirá-lo diretamente no armazém, através de uma vitrine. Não existe processo humano, tudo foi feito por máquinas.

Embora já existam robôs em alguns supermercados ao redor do mundo, o conceito de pequenos armazéns robóticos no centro da cidade é único, diz Yair.

Visto que as compras online aumentaram em 10 vezes durante a pandemia, muitas empresas ainda enfrentam problemas para responder a esta alta demanda. A solução pode vir destes "pequenos armazéns próximos aos clientes", que, no entanto, devem ser "automatizados", diz o empresário.

Estes robôs são montados no sul de Tel Aviv por um grupo de jovens, muitos dos quais passaram pelo exército antes de ingressar nestas unidades tecnológicas.

Graças à inteligência artificial, essas máquinas conseguem pegar e embalar frutas e verduras, inclusive produtos congelados, a partir de uma técnica que impede seu congelamento.

Para o empresário, a era dos supermercados está chegando ao fim.

"Uma vez que você tem um serviço em que pode solicitar 10 itens várias vezes ao dia e recebê-los em 10 minutos, não há motivo para fazer compras uma vez por semana para o resto da semana", completa.

A empresa de Yair planeja se estabelecer no Brasil, Alemanha e na África do Sul, onde estes robôs vão trabalhar em mercearias e lojas de telefonia.

O presidente Jair Bolsonaro negou neste sábado, 21, que vá assinar medidas que criem impostos para compras online feitas de fornecedores estrangeiros. "Não assinarei nenhuma MP (Medida Provisória) para taxar compras por aplicativos como Shopee, AliExpress, Shein, etc. como grande parte da mídia vem divulgando", escreveu na rede social Twitter.

A fala de Bolsonaro vem numa linha contrária à sinalizada esta semana pelo seu ministro da Economia, Paulo Guedes, para quem, o digitax (imposto para compras digitais) deve ser uma saída para "equalizar o jogo".

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O chefe do Executivo acrescentou no tuíte que, para possíveis irregularidades nesse serviço, ou outros, a saída deve ser a fiscalização, e não o aumento de impostos.

Na quinta-feira, durante o seminário "Perspectivas econômicas do Brasil", promovido pela Arko Advice e o Traders Club, o ministro foi questionado justamente sobre esse tema, sendo a ele relatado a compra de vestidos por empresas como estas a US$ 10,00, quando o valor de produtos equivalentes feitos no Brasil é de cerca de R$ 300,00. Guedes explicou que sua equipe está trabalhando na construção de um imposto digital junto com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "Nosso time está trabalhando em digitax com a OCDE", disse. "A China é capitalismo selvagem. Está praticando Adam Smith: passa por baixa da aduana, isso é século XVIII, não tem salário mínimo lá."

Segundo Guedes, o "camelódromo virtual" existe mesmo e é "maciço". "Tem todo tipo de fraude lá, mas queremos que a regra do jogo seja igual para todo mundo. É uma fraude porque falsifica o valor do bem. Tem algo acontecendo e que temos que olhar. Acho que estamos entrando no mundo digital cada vez mais."

A saída, de acordo com o ministro, é o surgimento do digitax para equalizar o jogo. "Não sei como será feito. Tem países querendo jogar imposto muito alto. Vamos ter que entrar nisso", disse. Segundo ele, os governos precisam atuar de forma nivelada. "É o massacre da serra elétrica que estamos assistindo hoje."

Nesta terça-feira (15) é comemorado o Dia do Consumidor, uma data que vem movimentando o comércio eletrônico, em que as empresas prometem promoções e descontos que vão até 80%. Só no ano passado, nos primeiros 15 dias do mês de março, o  e-commerce no Brasil registrou um faturamento de R$ 6,3 bilhões, alta de 85% em relação a 2020. Considerando apenas o dia 15 de março, foram R$ 592 milhões em vendas, de acordo com o E-Commerce Brasil.

Segundo Ageu Camargo, professor do curso de Direito da UNG, especialista em Advocacia Civil e Direito do Consumidor, alguns cuidados devem ser observados nas compras on line. "O consumidor deve pesquisar se o site é fidedigno, se o preço do produto é promocional mesmo, pesquisando o preço do produto de preferência com antecedência, comparando-o. E sobretudo, resistir a comprar por impulso", aconselha.

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Camargo ressalta ainda que compras feitas no mundo físico ou on line precisam respeitar o Código de Defesa do Consumidor, e relembra que entre os principais direitos para os quais o público deve estar sempre alerta estão o direito à   proteção quanto a publicidade enganosa.

"O consumidor pode cobrar tudo aquilo que foi prometido no anúncio. Assegura contra a publicidade enganosa ou abusiva, métodos comerciais opressivos ou desleais, assim como práticas e cláusulas abusivas ou impostas pelo fornecedor", explica Camargo.

Por Maria Eduarda Veloso

 

 

 

 

 

 

Em virtude dos novos decretos governamentais que estabelecem um horário especial de funcionamento do comércio na Região metropolitana do Recife, o Shopping Guararapes, localizado em Jaboatão dos Guararapes, não abrirá suas portas aos sábados e domingos. No entanto, o centro de compras disponibilizou, para a clientela, uma plataforma que permite a realização de compras à distância. Os itens podem ser entregues pelo delivery ou retirados em um balcão no próprio shopping. 

Com as novas restrições, o centro de compras passa a funcionar  de segunda à sexta-feira, das 9h às 20h. Aos sábados e domingos, o shopping não poderá abrir suas portas, no entanto, o público poderá realizar compras através de uma plataforma digital. O Guararapes Online conta com lojas de variados segmentos. Os clientes podem fazer seus pedidos e receber os itens em casa, pelo delivery, sem custo adicional para destinos até 15 km de distância. 

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Além do delivery, também há a opção de retirada das compras sem sair do carro, através do serviço de drive thru para os pedidos de alimentação. Este serviço estará localizado no piso térreo do edifício garagem do shopping. Já o Big Bompreço e Farmácia Santa Maria, que são serviços essenciais com acesso exclusivo e independente, funcionarão de segunda a sábado das 7h às 22h, e domingo das 8h às 21h.

Os preços do material escolar, que movimentam o comércio no mês de janeiro, podem estar mais em conta nas lojas e papelarias que vendem pela internet. Segundo pesquisa do portal Cuponomia, os itens presentes na lista para a volta às aulas 2021 podem ser encontrados com valores até 50% menores nas plataformas de comércio eletrônico.

De acordo com o levantamento, preços de 20 itens como cadernos, canetas, estojos, lápis de cor e livros didáticos foram postos em comparação nas compras realizadas no ambiente virtual e nas lojas físicas. Embora alguns valores tenham caído pela metade nas plataformas digitais, os responsáveis pelo estudo ressaltam a necessidade do consumidor estar atento à cobrança dos fretes e procedimentos envolvidos no ato da aquisição online.

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"Com a alta competitividade do ecommerce e também a otimização de custos com estoque, é comum encontrar produtos com valores menores nas lojas online. Mas, para o usuário obter, de fato, o melhor custo benefício, é importante colocar na balança fatores como o preço do frete, prazo de entrega e a credibilidade do fornecedor, levando em conta que muitos produtos são disponibilizados por vendedores parceiros da loja, via marketplace", orienta Ivan Zeredo, diretor de marketing do Cuponomia.

Segundo o estudo, a busca por materiais escolares foi de 194% maior nos primeiros dias de janeiro de 2021 em relação ao mesmo período em dezembro de 2020.

 

As festas de fim de ano, em especial o Natal, são costumeiramente um período de muitos presentes, dados ou recebidos. Mas, ainda que a gente passe dias pensando, e horas comprando, o presente nem sempre agrada. E nesse momento muitos precisam usar a política de troca prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas isso pode acabar se tornando uma grande dor de cabeça. 

Várias dúvidas que já existem, e outras que nascem, devido ao contexto atual em que vivemos, surgem. Será que o fato de vivermos uma pandemia afeta essa política? As compras, cada vez mais frequentes através do e-commerce (compra on-line) tem regras para trocas? Essas e outras perguntas foram respondidas em entrevista ao LeiaJá, pelo gerente de atendimento do PROCON-PE, Pedro Cavalcanti, que deu dicas de como evitar prejuízos em situações como essas e também de como proceder com a política de trocas nas compras presenciais e on-line.

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Pedro, que deixa claro desde o início que a pandemia não tem nenhum efeito nas normas de troca de produtos previstas no CDC, chama atenção para o consumidor conhecer a política de troca da empresa que está adquirindo algum produto. Isso acontece porque não existe nenhuma disposição que obrigue a troca, ficando assim a cargo do comércio criar uma regra. 

"Na compra em loja física não existe nenhuma obrigatoriedade na troca, mas sim uma política de trocas que é diferente de um fornecedor para o outro, então tem algumas lojas que estabelecem sete dias, outras 15 dias, algumas um mês", explica. "Se houver uma política garantida, o consumidor tem direito de exigir a troca", completa. 

A outra dica é justamente no e-commerce. Nesse caso, existe uma regra que obriga a troca: o fato de o consumidor não ter a chance de avaliar a condição do produto como acontece nas lojas físicas. "A partir da data do recebimento, não importa quando ele comprou, ele tem sete dias para exercer o arrependimento daquela compra independente do motivo", esclarece Pedro. Em situações como essa, o consumidor deve procurar a empresa que vai dar as coordenadas para efetuar a troca. 

"O produto tem que voltar íntegro na caixa original com todos os acessórios. Não pode usar uma semana e não pode voltar o produto da forma que não recebeu", acrescenta. Outro ponto que ele ressalta são as fraudes recorrentes em compras on-line. Pedro revela alguns cuidados. Ele aproveitou para pontuar que a pandemia acabou alavancando o mercado de e-commerce entre as pessoas mais idosas, e que por isso, esses novos clientes precisam saber como minimizar os riscos de algum golpe. 

Fraudes

"Tem idosos agora que estão fazendo até feira na internet, então a gente sabe que vai estar com esse volume bem maior e a gente orienta o consumidor para que evite clicar em banners que às vezes leva o consumidor para sites fraudulentos com oferta muito tentadora, preços bastante convidados e às vezes a pessoa se deixa enganar e acaba sendo vítima de fraude", diz. 

"Então sempre que ele verificar alguma oferta, que ele saia da rede social e vá no próprio site da empresa, verificar se tem aquele cadeadinho no canto superior esquerdo da tela, se é criptografado. São esses cuidados que o consumidor deve ter na hora da compra. A opção é comprar em sites confiáveis já estabelecidos para fazer uma compra mais segura", finaliza.

Jorge Noris nunca recebeu a primeira compra que fez online e as posteriores atrasaram ou chegaram incompletas. Em Cuba, a experiência de fazer compras online em tempos de pandemia não funcionou, e as autoridades tiveram que fazer um mea culpa.

"A primeira compra não chegou. Eles me ligaram cerca de um mês para perguntar se havia chegado", diz à AFP o técnico em informática de 34 anos, que finalmente teve que ir à loja para obter um reembolso.

Pai de um bebê de sete meses e um menino de três anos, Noris mora em um bairro nos arredores de Havana e afirma que "é muito confortável fazer compras de casa".

Seus pedidos subsequentes chegaram atrasados ou faltando. "Eu já fiz cerca de 40 compras e tive 40 problemas", assegura.

O confinamento aumentou as compras de alimentos online em todo o mundo, com aumentos de até 300% na Itália e na Espanha e 100% na França, segundo a consultora Nielsen.

A gigante global do comércio eletrônico Amazon, que se prepara para ser a grande vencedora da crise da Covid-19, deve anunciar seus resultados esta semana, e as ações subiram quase 50% na Nasdaq durante o confinamento planetário, que por sua vez causou a falência de inúmeras lojas tradicionais e redes de supermercados no mundo capitalista.

Mas em Cuba, onde a tecnologia 3G chegou apenas no final de 2018, as compras online ainda são uma novidade. O "tuenvio.com" foi lançado em dezembro de 2019 e pertence ao governo socialista. Nas redes, algumas pessoas o chamam de "Tuextravío".

O objetivo? Limitar as filas, que na ilha são recorrentes devido à escassez. Sob o embargo dos Estados Unidos desde 1962, Cuba importa 80% do que consome.

No entanto, no que se tornou uma prática nos últimos meses, muitos cubanos foram forçados a fazer fila para fazer reclamações ou recuperar produtos que nunca receberam.

- "Solução de crise" -

Na televisão estatal, o presidente Miguel Díaz-Canel admitiu: "Temos mais reclamações sobre comércio eletrônico do que sobre os serviços de saúde na pandemia".

Com 11,2 milhões de habitantes, Cuba registrou até terça-feira 2.318 casos do novo coronavírus, a maioria já se recuperou, e 85 mortes.

Segundo Díaz-Canel, "a realidade excedeu as capacidades" que o país tinha para realizar o comércio eletrônico.

Noris, cujo blog Tuandroid é dedicado a novas tecnologias, explica: "os servidores não estavam preparados para essa demanda".

De fato, "Tuenvio" passou de cem visitas por dia para entre 6.000 e 8.000, depois que o governo ordenou o fechamento de muitos mercados, que agora vendem apenas online.

Os pedidos passaram de 1.356 em fevereiro para 6.000 em março, 73.386 em abril e 78.893 na primeira quinzena de maio, segundo estatísticas oficiais.

"Tuenvio deve ser contextualizado (...), é uma solução de crise para um momento de crise, feito com extrema rapidez, talvez não com o tempo ou pensamentos necessários, talvez não com o estudo de experiências bem-sucedidas", estima Juan Triana, professor do Centro de Estudos da Economia Cubana.

"O comércio eletrônico não resolverá a causa fundamental do que está acontecendo em Cuba, ou seja, um déficit de oferta muito grande que vem de muito antes", diz.

"Obviamente, poderia ter sido melhor", acrescenta o especialista, e ilustra o problema: "de repente você multiplica os destinos e os clientes, mas não possui uma logística (...) que permita garantir isso".

- Sem opções -

Em frente ao supermercado Cuatro Caminos, em Havana, caminhões, vans e táxis carregam os pacotes para entrega.

Yahima de los Santos, dona de casa e mãe de 43 anos, chega para pegar suas compras. "Prefiro vir à loja (...) porque você não perde nenhum produto", diz a mulher, embora feliz com a experiência.

"É uma das melhores coisas que eles fizeram porque as filas ... não é fácil", acrescenta.

"A única coisa que eu não gosto, que muitas pessoas reclamam também, é que (...) você tem que ser muito rápido (comprando on-line), porque você coloca algo no carrinho e quanto vai pagar não tem mais a oferta", explica.

Diante de milhares de reclamações da população, as empresas de distribuição Cimex e Tiendas Caribe, de propriedade das Forças Armadas, fecharam parcialmente Tuenvio para reformulação.

A mídia estatal dedicou artigos extensos e críticos ao assunto.

Em um deles, publicado recentemente, o portal de notícias Cubadebate falou sobre "um suposto desvio de produtos", que alguns clientes viram em lojas, mas que não estavam disponíveis online.

Abaixo, uma avalanche de comentários de cubanos irados.

"No comércio eletrônico, a experiência do usuário (...) é importante, mas aqui em Cuba (esse tópico) deixamos de lado, porque é a única coisa que existe (não há opções)", diz Noris.

Pesquisa feita pela Boa Vista com 600 entrevistados de todo o Brasil aponta para um maior uso das plataformas digitais de vendas durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo o levantamento, 29% dos consumidores consultados passaram a fazer mais compras online após o vírus ter se alastrado no Brasil, obrigando autoridades da saúde a recomendarem medidas de restrição à circulação de pessoas.

De acordo com a Boa Vista, o estudo possui grau de confiança de 95% e margem de erro de 4 pontos porcentuais.

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Quanto ao meio de pagamento utilizado nas compras digitais, 71% dos entrevistados afirmaram usar cartão de crédito, índice muito superior às outras opções apontadas pelos consumidores, como débito em conta (13%), boleto (12%) e transferência bancária (4%).

Estoque

A sondagem também mostra que apenas 14% dos consumidores passaram a estocar produtos de supermercado, como alimentos e itens de higiene e limpeza, após o início da pandemia.

Impacto na renda

A pesquisa ainda revela que 78% dos consumidores tiveram impacto na renda mensal por conta do isolamento social adotado durante a pandemia. A Boa Vista também revelou que 41% dos entrevistados no levantamento fazem algum trabalho extra para complementar a renda familiar no período.

Mesmo com este cenário de dificuldades financeiras, 75% consideram adequadas as medidas restritivas impostas por Estados e municípios em combate à circulação do vírus.

As vendas online cresceram 18,5% na semana 31 de março a 6 de abril, na comparação com a semana anterior. O que impulsionou a alta no geral foram produtos como eletrodomésticos e eletrônicos. No entanto, as vendas de Páscoa também chamaram a atenção.

Os pedidos da data comemorativa aumentaram 322% entre os dias 29 de março a 6 de abril de 2020, em relação ao período de 7 a 20 de abril de 2019.

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Somente vendas de ovos de Páscoa via internet tiveram alta de 360% sobre o ano passado, os chocolates, em geral, apresentaram crescimento de 299%.

O tíquete médio de ovos foi 55% maior neste ano.

Os dados são da EbitNielsen e, segundo a análise, os itens de giro rápido como alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal e medicamentos (FMCG na sigla em inglês) estão mantendo boa performance. Isso se deve à adaptação do consumo em tempos de restrições impostas para o controle da covid-19 no Brasil.

"O e-commerce tornou-se um facilitador da situação imposta pela covid-19, a medida que os consumidores adaptam suas atividades diárias para dentro dos seus lares e, consequentemente, aumentam a demanda por serviços online", diz o diretor de Atendimento ao Varejo e E-commerce da Nielsen Brasil, Roberto Butragueño.

O levantamento também destacou a expansão nas compras de itens da área de Educação à Distância nas primeiras semanas de isolamento social.

O volume de vendas de Apostilas de Cursos e Concursos cresceu 648%, seguido por Cursos e Educação (+414%) e os módulos de Musculação e Ginástica online (+ 262%). A comparação foi feita entre 17 a 23 de março ante 10 de março a 16 de março.

A plataforma de compras online "deenary.com", dedicada a vender produtos Halal - permitidos pela religião islâmica -, foi inaugurada na Itália nesta semana. A iniciativa, que foi criada pelas empresárias Yassine Baradai e Ilias Benaddi e é promovida pela Meem Communication, uma empresa de consultoria em mercados Halal, tem como principal objetivo conquistar consumidores muçulmanos presentes na Europa.

O site, considerado uma espécie de Amazon, conta com mais de mil produtos, divididos em categorias como roupas femininas, cosméticos e alimentos Halal de diferentes partes do mundo. Além disso, estão disponíveis várias edições do Alcorão.

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A plataforma aceita pagamentos com cartão de crédito, débito ou PayPal. A entrega das compras ocorre dentro de três dias em quase todo o território europeu.

Até o momento, o site está disponível apenas em italiano e inglês, mas a expectativa é de que, em breve, seja lançado em outros idiomas. "É certamente um primeiro passo em direção ao mercado halal, que está sempre crescendo. O número de muçulmanos na Europa e suas raízes no contexto social significa que há uma necessidade", afirmaram as criadoras do projeto. 

Da Ansa

Com uma série de facilidades na palma da mão, os brasileiros têm adquirido cada vez mais produtos e serviços pelo smartphone. Só nos últimos 12 meses, 61% dos consumidores fizeram alguma compra usando aplicativos de lojas. É o que aponta uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Para 52% dos internautas, a facilidade de acesso é o que mais estimula a comprar via app, já que essa aquisição pode ser feita de qualquer lugar com o próprio celular. Já para 41% dos consumidores, uma das razões para compras online é a oferta de produtos ou serviços com melhores preços.

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O administrador de redes Ronaldo Ribeiro de Magalhães, 36 anos, é adepto desse tipo de consumo há quase três anos. Ele prefere as compras físicas, mas como os preços são melhores pelos aplicativos, acaba optando pelas compras online. "As razões que me levam a fazer as compras pelo site ou aplicativos, na maioria das vezes é o preço baixo. Em segundo, por não ter o produto disponível na loja física, e terceiro pela praticidade", explica.

Ronaldo Magalhães é adepto de compras online há três anos | Foto: Acervo Pessoal 

Na lista de produtos adquiridos via app pelos consumidores pesquisados estão os itens de informática (39%), seguido da contratação de serviços de transporte particular (37%), vestuário (32%), itens para casa (31%) e pedidos de comidas ou bebidas por delivery (26%).

A pesquisa também aponta que os marketplaces, uma espécie de shopping center virtual, que reúne diversas lojas em um único aplicativo ou site, é uma vantagem para 91% dos consumidores. Entre os principais benefícios citados pelos internautas foram a variedade (48%), melhor preço (47%) e maior disponibilidade dos produtos (43%).

Em uma ação em parceria com a Ame Digital, a Americanas.com vão dar um presente para os clientes em comemoração ao aniversário da marca. Quem fizer compras pelo aplicativo da loja e pagar com a sua conta da Ame receberão 100% do valor gasto de volta - depositado na conta online.

A ação, que acontecerá no dia 22 de agosto, incluirá itens como TV, Notebook, smartphones, entre outros. Para participar é preciso fazer o download dos aplicativos Americanas.com e Ame Digital e ficar atento aos stories do Instagram da loja online, além das notificações do app. Lá será possível saber quais produtos serão liberados ao longo do dia. 

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A ação ocorrerá das 9h às 18h, apenas pelo aplicativo. Apenas um produto será colocado à disposição dos usuários a cada hora. Mais informações sobre a promoção estarão disponíveis no site da marca.

A Amazon resolveu começar bem a semana com dois dias de ofertas em seu site. O Amazon Day acontece nesta segunda (15) e terça-feira (16), com descontos de até 90% e frete grátis para todo o Brasil, em produtos selecionados. Livros, eletrônicos, jogos e até os kindles da empresa apresentam preços atrativos para os consumidores.

Entre os destaques estão o Nintendo NES Classic Edition, que sai de R$ 999 para R$ 299 e figura a lista dos mais procurados. A versão Kindle simples e Paperwhite aparecem ambas com R$ 100 de desconto no preço original, além de notebooks, FireTV e smartwatches da Xiaomi.

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Vale correr para o site porque muitos dos produtos oferecidos tem um limite de quantidade para serem vendidos, além de participarem das “ofertas do dia” do site e acabarem em poucas horas. 

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