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No segundo semestre de 2015, a advogada Isabel Kugler, presidente do Conselho da Comunidade do Complexo Médico Penal (CMP) de Curitiba, estava preocupada com a saúde espiritual do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, preso pela Operação Lava Jato desde novembro do ano anterior.

Para ajudar o empresário, Isabel recorreu à ajuda de um antigo colaborador de outros presídios do Paraná: o líder espiritual Frei Bonifácio. Ele, na verdade, era o sírio Nassib Abdo Abage Filho, dono de um tradicional antiquário em Curitiba, sede da operação, que havia feito fama na cidade com seus atendimentos mediúnicos.

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"O ex-diretor da Petrobrás, que chegou à cadeia dizendo que não ficaria muito tempo ali, já tinha percebido que não sairia tão cedo e foi tomado por profundo abatimento. A melancolia do burocrata preocupou a advogada, que temia que ele desse cabo da própria vida. A dra. Isabel avaliou que estava fora do mundo terreno a ajuda a Duque", relata o jornalista Wálter Nunes no livro A Elite Na Cadeia, O Dia a Dia dos Presos da Lava Jato, lançado na semana passada pela editora Objetiva.

O livro narra histórias dos empreiteiros, empresários, doleiros e políticos mandados para a prisão. Nassib continuou atendendo os "lavajatos" por um tempo, mas interrompeu as visitas para se dedicar à torcida de seu sobrinho Kaysar Dadour no reality show global Big Brother Brasil.

O recorte de tempo narrado no livro se inicia em novembro de 2014, quando o então juiz Sérgio Moro, responsável pela 13.ª Vara Federal de Curitiba, mandou prender executivos e empreiteiros como Renato Duque, ex-diretor da Petrobrás, Léo Pinheiro, dono da construtora OAS, Ricardo Pessoa, da UTC, Dalton Avancini, da Camargo Corrêa e o lobista Fernando Baiano, entre outros. Foi a 7.ª fase da Lava Jato, batizada de Juízo Final. "A Lava Jato vira Lava Jato ali, quando coloca um monte de rico dentro da cadeia", conta Nunes.

Van

Em junho de 2015, os agentes da Polícia Federal bateram na porta da casa do nono homem mais rico do País, com uma fortuna pessoal estimada em R$ 13 bilhões, segundo a revista Forbes. Marcelo Odebrecht recebeu os agentes após sua série diária de braçadas na piscina semiolímpica, quando se preparava para tomar café da manhã. Ele só voltaria para casa dois anos e meio depois.

Logo que seus executivos foram atingidos pela Lava Jato, a Odebrecht teve de montar um esquema especial para atender a demanda de seus presos. Funcionários foram deslocados para Curitiba e um escritório na cidade foi alugado para servir como centro de apoio e logística. Advogados eram designados a pegar cartas escritas por Marcelo com instruções e repassar para o comando da empreiteira. Ele continuava despachando do cárcere.

A estrutura foi readaptada quando Marcelo e outros executivos foram transferidos da carceragem da PF para o Complexo Médico Penal. Como o presídio fica em São José dos Pinhais, cidade vizinha a Curitiba, a Odebrecht teve que adaptar uma van que ficava estacionada em frente ao complexo, servindo como base de apoio com lanches, refrigerantes e água para os parentes que saíam após as visitas.

Hierarquia

Nunes narra a impressão inicial dos presos da Lava Jato - que imaginavam que logo sairiam dali -, a transferência da carceragem da Polícia Federal para o CMP e a relação entre delatores - e suas regalias - e delatados dentro da prisão. Também é relatado como era o convívio entre os homens mais ricos do País com acusados de contrabando, assassinato e estupro, entre outros delitos.

"O comportamento que eles tinham fora da cadeia eles continuaram tendo dentro dela. Por exemplo, o Fernando Baiano continua fazendo lobby, os empreiteiros continuam patrocinando coisas, os políticos continuam se organizando em bloco, por partido. A hierarquia que existia dentro das empresas também se mantém dentro da prisão", conta Nunes. O livro narra algumas "benfeitorias" promovidas pelos empreiteiros no presídio: compra de produtos de higiene, pintura nas paredes e aparelhos de televisão.

Para Nunes, o livro mostra que a desigualdade entre ricos e pobres que há no Brasil é reproduzida na cadeia. A diferença entre as alas dos "lavajatos" e dos presos comuns chega a comover alguns dos empreiteiros da Odebrecht e da OAS, que bancaram cobertores e geladeira para a ala dos presos comuns. "A situação dos presos da Lava Jato não era confortável, mas era muito diferente da realidade dos outros internos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nessa quarta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF), manifestação em que defende que o médium João de Deus permaneça preso.

Para a procuradora, a concessão de um habeas corpus "representa dupla supressão de instâncias do Judiciário, pois o mérito do Habeas Corpus apresentado pela defesa de João de Deus não foi analisado pelo Tribunal de Justiça de Goiás ou pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)". O documento foi encaminhado ao presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.

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A defesa dele espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) aprecie o pedido de liberdade apresentado depois que o Tribunal de Justiça de Goiás e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negaram os pedidos de liminar (decisão provisória) para que o acusado fosse liberado para responder ao inquérito em casa, usando, se necessário, tornozeleira eletrônica. João de Deus é acusado de ter cometido crimes de abusos sexuais contra mulheres que frequentaram a casa onde oferece atendimento espiritual. O Ministério Público apura mais de 250 casos. Ele nega as acusações.

Raquel Dodge ainda defende a manutenção da prisão preventiva, "já que a conduta prévia do investigado revelou risco de fuga e a intenção de dificultar as investigações". João de Deus está preso desde 16 de dezembro por ordem da Justiça de Goiás.

"Segundo Raquel Dodge, as provas revelam que houve movimentação financeira de vultosas aplicações bancárias e que João de Deus chegou a abrir mão de rendimentos para realizar saque imediato da conta. A PGR contesta ainda a alegação de apresentação espontânea de João de Deus à autoridade policial. Isso só aconteceu após a decretação da prisão preventiva e quando eram conhecidas as movimentações financeiras recentes", diz nota publicada pela PGR. 

A procuradora diz que manter a prisão é interromper a prática de mais crimes, intimidação de vítimas e testemunhas e impedir possível fuga.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, pode decidir nesta sexta-feira (21) sobre o pedido de liberdade impetrado pela defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. Ele está preso preventivamente há cinco dias, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, suspeito de crimes sexuais.

O habeas corpus foi sorteado para relatoria do ministro Gilmar Mendes, mas devido ao recesso do Judiciário, que começou há dois dias, o processo foi encaminhado para o gabinete do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, responsável pelo plantão.

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Nessa quinta-feira (20), Toffoli pediu informações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) antes de decidir sobre o pedido de liberdade feito pela defesa. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça de Goiás com base em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia.

Há dois dias, o ministro Nefi Cordeiro, do STJ, negou seguimento a um habeas corpus impetrado pelo advogado Alberto Toron, que representa o médium. Ele argumentou supressão de instâncias, uma vez que um pedido de liberdade ainda está pendente de julgamento na primeira instância.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou liminar para soltar o médium, mas ainda não julgou o mérito do habeas corpus impetrado na primeira instância.

Indiciamento

Nessa quinta-feira (20), a Polícia Civil indiciou  João de Deus  pelo crime de violação sexual mediante fraude. O inquérito se refere à denúncia específica de uma mulher de 39 anos. De acordo com a vítima, o crime ocorreu em outubro deste ano, durante atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), a 118 quilômetros de Brasília.

A Agência Brasil apurou que, apesar de o inquérito concluir pelo indiciamento, o documento ainda não havia sido protocolado no Ministério Público de Goiás até o fim da tarde.

A Polícia Civil de Goiás decidiu indiciar, nesta quinta-feira, 20, o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, pelo crime de violência sexual mediante fraude, artigo 215 do Código Penal. A pena prevista para este crime é de dois a seis anos de cadeia, em regime fechado.

Os delegados responsáveis pelo caso estão a caminho de Abadiânia (GO), neste momento, para protocolar o inquérito policial finalizado junto ao fórum da cidade. Agora, o Ministério Público de Goiás irá decidir, a partir deste inquérito, se denuncia o médium à Justiça ou não.

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O inquérito leva em conta o caso de uma vítima, de aproximadamente 40 anos, que abuso sexual em outubro deste ano. Segundo o relatório final, o líder religioso ofereceu presentes, como uma pedra de valor e dois quadros religiosos, depois de tentar atos libidinosos com a mulher, com o objetivo de silenciar a vítima.

Inicialmente, a investigação tinha 15 casos, mas apenas um deles aconteceu depois de junho de 2018, pois, até setembro, o código penal determinava prazo máximo de seis meses para a denúncia após o crime.

A reportagem apurou que a mulher visitou a Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus fazia atendimentos espirituais, várias vezes e sempre acompanhada de um namorado. Em uma dessas ocasiões, ela ficou sozinha com o médium em uma sala para a consulta espiritual. Com as luzes apagadas, João de Deus teria começado a tocar próximo à região íntima da denunciante que, neste momento, percebeu que ele estaria com o órgão sexual exposto.

Aos policiais, a vítima contou que, quando percebeu a tentativa do médium, tentou resistiu e interrompeu qualquer contato físico. Nesse momento, João de Deus teria oferecido uma pedra de valor e um quadro religioso para a vítima. O Estado apurou que, em seu depoimento à Polícia Civil, João de Deus disse não se lembrar de ter dado esta pedra, mas admitiu a oferta de "quadros".

A defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, preso há quatro dias, recorrerá nesta quarta-feira (19) no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reverter a prisão preventiva em prisão domiciliar com tornozeleira. O recurso ocorre após a Justiça de Goiás negar o habeas corpus impetrado pelos advogados.

"Apenas a liminar foi apreciada e negada. O julgamento final do habeas [corpus] deverá se dar após o recesso. Discordamos da decisão e vamos recorrer ao STJ", afirmou o advogado Alberto Toron, em nota à imprensa.

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Segundo o advogado, é preciso levar em conta a idade avançada e o estado de saúde do médium. Também deve ser considerado, de acordo com a defesa, o fato de o médium ter se apresentado espontaneamente à polícia e prestado esclarecimentos.

Pelo terceiro dia consecutivo, João de Deus passou a noite em uma cela de 16 metros quadrados com pia e vaso sanitário, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

O pedido de prisão preventiva foi decretado com base em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia, todas por crimes sexuais. Desde a semana passada, a força-tarefa do Ministério Público de Goiás recebeu 506 relatos de crimes sexuais atribuídos ao médium.

Para o promotor Luciano Miranda, que integra a força-tarefa que investiga as acusações, o médium é suspeito da prática de pelo menos três crimes: estupro de vulnerável, estupro e violação sexual.

Ontem (18), policiais federais, que fazem parte do grupo de força-tarefa, cumpriram mandados de busca e apreensão na Casa Dom Inácio Loyola, onde João de Deus fazia os atendimentos espiritualistas. Eles revistaram as partes internas, administrativa e os locais de oração.

Os policiais deixaram o centro espiritualista com documentos. Eles também foram a uma residência, apontada como propriedade do médium, onde recolheram armas e dinheiro, segundo informações preliminares.

A TV Anhaguera, de Goiânia, teve acesso ao pedido da Justiça de prisão preventiva com base nas investigações policiais. O texto menciona que o médium “se aproveitava” de “mulheres fragilizadas” e que em alguns casos houve “penetração”.

Também cita João de Deus com um  “comportamento padronizado” nas agressões sexuais e que ele criava uma “atmosfera intimidatória” para abusar das vítimas.

A Justiça de Goiás pode decidir nesta terça-feira (18) o pedido da defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, que entrou com habeas corpus para transformar a decisão judicial de prisão preventiva em prisão domiciliar com tornozeleira. O argumento utilizado se baseia na idade avançada e no estado de saúde de João de Deus.

A decisão ocorre no momento em que a força-tarefa, criada pelo Ministério Público de Goiás, para apurar as acusações de abuso sexual contra o médium, recebeu 506 relatos de mulheres que denunciam crimes sexuais. Há uma semana, desde que o grupo foi criado, o número de denúncias aumenta.

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Pela segunda noite consecutiva, João de Deus dormiu em uma cela de 16 metros quadrados com pia e vaso sanitário, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, denominado Núcleo de Custódia. O pedido de prisão preventiva se sustentou em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia – todas por crimes sexuais.

No domingo (16) à tarde, João de Deus se entregou em uma estrada de terra na região de Abadiânia, em Goiás. De acordo com os advogados, o lugar foi escolhido para preservar o médium. Porém, policiais confirmaram que houve uma longa negociação para ele se entregar.

Os advogados reiteram a inocência do médium e levantam dúvidas sobre o comportamento das possíveis vítimas e o conteúdo de seus depoimentos. A polícia também investiga a a movimentação de cerca de R$ 35 milhões nas contas de João de Deus.

A defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, prepara para esta segunda-feira (17) o habeas corpus para reverter o pedido de prisão preventiva em domiciliar com tornozeleira. O advogado Alberto Toron afirmou que devem ser considerados a idade elevada e o estado de saúde dele. Lembrou que João de Deus passou por um tratamento de combate ao câncer e é cardíaco.

O médium é denunciado por mais de 300 mulheres, incluindo jovens e casos de crianças, de abuso sexual. Algumas acusações têm mais de 30 anos. Elas relatam que os abusos, em geral, ocorriam durante os atendimentos espirituais. Ele se entregou nesse domingo (16), por volta das 16h20, na zona rural de Abadiânia, em Goiás, depois de longa negociação.

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A primeira noite do médium, após sua entrega à polícia, foi no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, denominado Núcleo de Custódia. João de Deus, segundo os policiais, ficaria em uma cela de 16 metros quadrados com cama, pia e vaso sanitário. A defesa pediu  que João de Deus fosse colocado em uma cela sozinho.

Interrogatório

O médium prestou ontem depoimento por mais de três horas na delegacia em Goiânia. O interrogatório terminou por volta das 22h. Ele foi questionado sobre 15 depoimentos de mulheres que o denunciaram por abuso sexual, negou as acusações e apresentou sua versão sobre as denúncias.

Após o interrogatório, João de Deus foi levado para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e depois seguiu para Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Antes do depoimento, o delegado-chefe, André Fernandes, afirmou que o médium seria questionado sobre cada um dos 15 depoimentos, separadamente. Segundo ele, as denúncias envolvem distintos crimes, como os mais variados atentados a costumes e fraudes.

 “[Há uma] singularidade de comportamento. Nesses depoimentos há um ato comum, um modus operandi comum. A gente percebe uma igualdade de comportamento.”

Foragido da Justiça, João de Deus informou às autoridades que deve se entregar neste domingo (16), em Goiás, apurou o Estado. A data foi fixada há pouco, em negociação com a defesa. O médium é suspeito de abusar sexualmente de mulheres que buscavam atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola.

A Polícia Civil suspeita que ele esteja fora de Goiás. Nas negociações realizadas neste sábado (15), uma das hipóteses era de que agentes fossem até o local onde ele está para fazer a prisão e o transporte até Goiás. Em virtude da idade e da natureza do crime de que é acusado, a expectativa é de que ele fique em uma cela individual. A prisão preventiva contra o líder espiritual foi decretada no fim da manhã de sexta-feira (14).

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Integrantes do grupo destacado para fazer a investigação e as negociações, no entanto, ainda colocam em dúvida se o acerto será de fato cumprido. Para eles, a defesa do médium deverá aguardar o resultado do pedido de habeas corpus. Se a medida for concedida antes de ele se apresentar, seria possível evitar um desgaste ainda maior para o médium, que atrai anualmente para a cidade goiana de Abadiânia 120 mil fiéis - 40% deles estrangeiros.

O advogado de defesa de João de Deus, Alberto Zacharias Toron, no entanto, assegurou em entrevista que seu cliente vai se entregar antes da apresentação do habeas corpus. A ação será proposta segunda.

Os relatos de abuso sexual vieram à tona há uma semana, quando o programa Conversa com Bial apresentou depoimentos de mulheres que se sentiram abusadas. Dois dias depois que os primeiros relatos foram divulgados, o Ministério Público e a Polícia Civil de Goiás formaram forças-tarefas para investigar os casos. Já foram coletados mais de 330 depoimentos. Desse total, 30 mulheres formalizaram até o momento as acusações.

Nesta semana, somente na cidade de Abadiânia, onde funciona a Casa Dom Inácio, foram iniciados três inquéritos. Eles se juntam a outros três que já haviam sido abertos antes de os depoimentos contra João de Deus serem divulgados na TV.

João de Deus não é visto publicamente desde quarta, quando visitou a casa Dom Inácio de Loyola e, em pronunciamento rápido, garantiu inocência e disse estar a disposição da Justiça. Depois de a prisão preventiva ser decretada, a Polícia Civil já percorreu mais de 20 endereços em busca do médium. Sua casa em Abadiânia, no entanto, ainda não foi alvo de buscas.

 O advogado de João de Deus, Alberto Toron, afirmou que o médium irá se entregar à Polícia Civil, em entrevista ao G1, na manhã deste sábado (15). Após receber cerca de 330 denúncias de abuso sexual contra o médium, que negou as acusações, a Justiça determinou sua prisão preventiva.

“O que a defesa pode te falar com certeza é que João de Deus se apresentará, mas não posso dizer quando e nem onde", colocou o advogado. A Polícia Civil de Goiás já havia estabelecido que o médium teria que se entregar até as 12h deste sábado (15). Caso contrário, ele seria dado como foragido.

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Denúncias

Além das centenas de acusações provenientes de seis países, 13 estados brasileiros e o Distrito Federal, a filha de João de Deus, Dalva Teixeira, afirmou, há quatro dias, que foi estuprada pelo pai por diversas vezes, entre seus 10 e 14 anos. Dalva briga para receber uma indenização de R$ 50 milhões numa ação judicial de reparação por danos morais.

A notícia de que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a prisão preventiva do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, alterou a rotina no centro espírita Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO) e, consequentemente, das pousadas, hotéis, restaurantes e lojas que vivem do turismo religioso na região.

Ônibus de excursão com fiéis continuam chegando à pequena cidade de cerca de 12 mil habitantes, dividida pela BR-060, que liga Brasília a Goiânia. O número de pessoas, contudo, é inferior ao habitual. Comerciantes evitam falar com a imprensa, mas alguns lamentam as desistências de reservas e a queda no movimento.

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Pelo segundo dia consecutivo, o médium não prestou atendimento e aconselhamento espiritual. Ontem, ele chegou a passar pelo centro, mas permaneceu no local por menos de dez minutos. Após um rápido pronunciamento a seus seguidores, no qual disse ser inocente e afirmou estar à disposição da Justiça, ele deixou o centro em meio a um grande tumulto. Nenhum dos assessores mais próximos confirma o paradeiro do médium e o advogado não atende o telefone.

Hoje pela manhã, a mulher de João de Deus, Ana Keyla Teixeira, esteve na Casa da Sopa e em um dos endereços residenciais da família, mas evitou falar com a imprensa.

No site, a Casa Dom Inácio mantém a agenda habitual até o fim do mês, com a previsão de atendimento todas as quartas, quintas e sextas-feiras. No entanto, administradores do centro espírita já cogitam a possibilidade de interromper as atividades temporariamente, concedendo férias a parte dos 40 funcionários - número que inclui também os trabalhadores da chamada Casa da Sopa, que funciona em um casarão do centro da cidade e onde são servidas refeições para os fieis e para a população em geral, além de oferecidos serviços assistenciais.

"Diante da turbulência, eu aconselharia a fazermos um recesso”, disse à Agência Brasil um dos principais gestores da casa, Francisco Lobo. “É uma forma de amenizarmos um pouco a situação e evitarmos que as pessoas se desloquem de tão longe, onerando-as”, acrescentou Lobo, garantindo que curtos recessos costumam ser adotados anualmente, ou em setembro, ou em dezembro. "Esta semana, estamos atendendo como já fazíamos. Quando o João não está [em Abadiânia] nós fazemos isso, mantendo esse padrão [de atendimento]."

Lobo admite que a frequência à casa esta semana está menor que de costume – mesmo levando em conta que, em dezembro, habitualmente, o movimento cai em comparação ao resto do ano. “O fluxo, hoje, é o mesmo de ontem. Cerca de 1,2 mil pessoas passaram por aqui”, acrescentou o gestor, explicando que o número de atendimentos semanais em outros períodos gira entre 3 a 5 mil pessoas.

“Claro que há uma redução diante dos fatos. As pessoas vêm aqui para ser atendidas pelo João. Quando ele não está, elas também são atendidas, mas elas vêm principalmente para ver e ser atendidas pelo João”, destacou.

Ao contrário desta quarta-feira, quando o médium fez sua primeira aparição pública desde que o programa Conversa com Bial, da TV Globo, trouxe a público as primeiras denúncias de abuso sexual, a Casa Dom Inácio vetou o acesso de cinegrafistas e fotógrafos alegando preservar a imagem dos frequentadores. Pelas ruas, poucos moradores aceitam comentar as acusações e o pedido de prisão contra João de Deus, que há 42 anos se instalou na cidade transformando seu centro no principal atrativo e gerador de renda do município.

O médium João de Deus, suspeito de praticar abusos sexuais em mulheres durante tratamentos espirituais, teve a prisão preventiva protocolada pelo Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) no fim da tarde desta quarta-feira (12). O pedido foi feito após o órgão receber mais de 200 denúncias de supostas vítimas do líder religioso e ainda precisa ser analisado pelo Poder Judiciário.

As mais de duas centenas de relatos foram feitas em apenas dois dias de funcionamento de um e-mail (denuncias@mpgo.mp.br) do MP, criado especificamente para receber informações, após as primeiras denúncias levadas ao ar pelo programa Conversa com Bial, da TV Globo. "Orientamos que todas, independentemente da data em que ocorreu o fato, procurem o Ministério Público de seus Estados para formalizar a denúncia", disse Luciano Miranda Meireles, coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público (MP) de Goiás.

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A coleta de informações até o momento sugere três crimes: estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. "Nos relatos que recebemos, todas as mulheres se mostram muito abaladas, independentemente da data do ocorrido. Nenhuma fala em dinheiro ou qualquer outro benefício. A maior parte diz querer apenas justiça", disse o promotor.

Na manhã desta quarta, João de Deus apareceu pela primeira vez após as denúncias. Ele fez uma visita de 10 minutos ao centro Dom Inácio de Loyola. O médium saiu sem dar entrevista, mas disse, entre um grito e outro de seus funcionários, que cumpria uma missão dada há 60 anos. E afirmou: "Eu sou inocente". João de Deus, cujo nome de batismo é João de Faria, horas antes havia desembarcado no aeroporto de Anápolis de um voo procedente de São Paulo.

Luiz Gasparetto, autor de diversos livros sobre espiritismo, faleceu na noite desta quinta-feira (3) em decorrência de um câncer no pulmão. O anúncio da morte do médium, de 68 anos, foi divulgado em sua página oficial do Facebook. Luiz, que é filho da escritora Zíbia Gasparetto, conquistou também os telespectadores com assuntos de autoajuda no programa “Encontro Marcado”, na RedeTV!, entre 2005 e 2008. 

"No mundo espiritual, tudo tem começo e meio. O fim só existe, para quem não percebe o recomeço. Nosso espírito é eterno. Feliz recomeço, Gaspa!", dizia um trecho do comunicado na rede social. Gasparetto gravou um vídeo em fevereiro e contou para os seguidores que estava lutando contra a doença, mas afirmando que não estava triste. “Estou diagnosticado fisicamente com câncer no pulmão. Não tenho medo de morrer porque convivo com fantasmas o dia inteiro”.

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O velório será realizado no Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo, a partir das 10h desta sexta-feira (4). 

O vidente americano Tyler Henry, conhecido como o 'Médium de Hollywood', diz ter recebido mensagens do cantor Michael Jackson, falecido em 2009, que esclarecem detalhes de sua morte. O contato teria sido feito durante as gravações do programa  Hollywood Medium, ancorado pelo sensitivo, que vai ao ar pelo canal fechado E!, nesta quarta (2).

No reality, Tyler recebe a irmã do Rei do Pop, La Toya Jackson para repassar 'ao além' perguntas dela e da família para o ente já falecido. Em entrevista para o programa Entertainment Tonight, La Toya afirmou que recebeu, através do médium, as respostas que precisava: "Acho que a maior pergunta era sobre a passagem dos fatos. O que aconteceu durante aquele momento em particular que culminou com aquilo (a morte). E como foi a transição dele e como estão as coisas agora. Ele respondeu todas as minhas perguntas".

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Na mesma entrevista, Tyler contou um pouco sobre seu 'contato' com o espírito da maior estrela do pop. O vidente disse que achou o espírito de Michael Jackson muito ingênuo e infantil e que ele teria dito que estava muito bem. Sobre sua morte, Tyler comentou: "Eu sinto que ele não teve ninguém para dizer: 'estou tendo uma emergência médica'". Para a irmã mais velha de Jackson, as mensagens recebidas trouxeram alívio: "Fiquei muito feliz porque foi como concluir esse assunto".


2015 foi o pior ano para Khloé Kardashian. Talvez por isso, ela tenha convidado um médium para ir até sua casa, para ouvir o que ele tem a falar. O episódio de Keeping Up With the Kardashians, que irá ao ar neste domingo (29) no E!, irá mostrar a visita de Tyler Henry, um clarividente que ganhou um programa próprio, no mesmo canal, que estreará no dia 24 de janeiro.

No preview do episódio, Tyler entra na casa de Khloé e já afirma sentir algo estranho:

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- Essa casa tem algo.

Em seguida, senta-se no sofá para conversar com ela e suas irmãs, Kim e Kourtney, e explica:

- Assim que entrei, foi como se tivesse um sentimento de que tivesse algo aqui, diz, para logo em seguida da visão que teve de um homem tirando uma gravata e a cheirando.

Khloé logo presume que pode ser seu pai, Robert Kardashian, que morreu em 2003:

- E se é o papai? Meu pai tinha centenas de gravatas e eu sempre sinto o cheiro de suas coisas. Tipo, eu tenho uma jaqueta e suas camisas e eu nem as lavei. E eu sempre, tipo, cheiro elas.

Será mesmo que há a presença do pai das meninas na casa de Khloé?

Foi sepultado às 12h neste sábado, 20, o corpo de Gilberto Ribeiro Arruda, de 74 anos, principal médium do Lar de Frei Luiz, maior centro espírita do Rio, em Jacarepaguá, na zona oeste. Vestidos de branco, amigos, familiares e frequentadores da instituição religiosa acompanharam o velório desde as 9h no Lar de Frei Luiz, onde o corpo foi sepultado ao lado de outros médiuns da instituição. O ator Carlos Vereza estava entre os que prestaram suas homenagens ao médium.

O médium foi encontrado morto na casa onde morava, no terreno do centro espírita, por volta das 8h de sexta-feira, 19, por Marli, sua esposa, que dormia em um quarto separado. O corpo estava com as mãos amarradas, mordaça na boca e marcas de tortura e espancamento.

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Arruda era médium desde os 6 anos e trabalhava no Lar de Frei Luiz havia mais de 60 anos. Cerca de 400 cirurgias espirituais eram realizadas por mês por Arruda, incluindo o tratamento de casos graves, como cânceres, males cardíacos e paralisias. A apresentadora Xuxa, o tenista Gustavo Kuerten, a cantora Elba Ramalho e o ator Carlos Vereza foram operados por Arruda.

Os frequentadores do Lar de Frei Luiz acreditavam que ele incorporava o espírito do suposto médico alemão Frederich Von Stein, que teria trabalhado no socorro a feridos na 2ª Guerra Mundial.

Segundo informações da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), as investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias da morte do médium. Testemunhas estão sendo ouvidas e policiais realizam diligências em busca de dados que ajudem a identificar a autoria do crime.

Imagens das câmeras de segurança do Lar de Frei Luiz também já foram entregues à polícia. De acordo com o presidente do centro espírita, Wilson Pinto, não há anotações de entrada de pessoas estranhas na instituição antes da morte de Arruda. Pinto também declarou não acreditar que o crime tenha sido motivado por atritos envolvendo seguidores de outras religiões.

Em abril de 2011, Arruda fez um registro de ameaça na Delegacia de Taquara, na zona oeste do Rio. Em depoimento à polícia, o médium afirmara que após o fim de um relacionamento, a mulher teria comparecido ao centro espírita xingando-o e fazendo ameaças contra ele. Na ocasião, os envolvidos no caso foram ouvidos e o procedimento encaminhado ao Juizado Especial Criminial (Jecrim), segundo informações da Polícia Civil do Rio.

Naomi Campbell está no Brasil para participar do baile da amfAR, que acontece nesta sexta-feira (10) e contará com a presença de Kate Moss, Jean Paul Gaultier, Kylie Minogue, Ricardo Tisci, Alcione e Cher, que desembarcou no Brasil cheia de animação.

De acordo com a coluna Gente Boa, do jornal O Globo, a modelo já está em terras brasileiras e inclusive teria passado a última quarta-feira (8), em um centro espírita em Abadia, Goiás. As informações são de que Naomi esteve com o médium João de Deus, que atende outros famosos, como Xuxa Meneghel, o ex-presidente Lula e Oprah Winfrey.

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O motivo da top internacional ter procurado a ajuda de João de Deus ainda não foi revelado.

O Medium foi apresentado por Biz Stone e Evan Willians, ambos co-fundadores do Twitter, que saíram da empresa para fundar uma incubadora, a The Obvious. A plataforma apresentada por eles é um misto de serviços semelhantes a bookmark, blog e rede social. Sendo assim, tudo indica que este será um concorrente para as plataformas Pinterest, Digg e Tumblr.

Os co-fundadores fizeram a apresentação do sistema ontem (15) e, de acordo com o que foi explicado, a plataforma terá um design diferenciado e versátil. Além disso, as páginas da web poderão ser organizadas no que foi chamado de “coleções”, contendo temas diferenciados.

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A relação entre o Twitter e o Medium será em dar feedback e notas sobre o novo sistema, mas a publicação de conteúdos ainda não está disponível.

A apresentadora de TV norte-americana Oprah Winfrey gravou nesta quinta-feira uma entrevista com o médium João de Deus, famoso internacionalmente por suas operações espirituais na cidade de Abadiânia, a 115 quilômetros de Brasília. Ela chegou dos Estados Unidos na madrugada da quarta para a quinta-feira, em jatinho particular, que desceu em Brasília. Da capital, seguiu para Abadiânia.

Oprah chegou à cidade goiana por volta das 9 horas, com uma equipe de 15 pessoas - seguranças, cinegrafistas e técnicos de seu programa. Foi a primeira vez que Oprah Winfrey viajou para a América do Sul. Em Abadiânia, ela acompanhou os trabalhos espirituais de João de Deus pela parte da manhã e à tarde. João de Deus presta trabalhos para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Lula já se curou de um câncer na laringe; Chávez ainda está em tratamento.

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De manhã, e na presença de Oprah Winfrey, João de Deus incorporou o médico José Valdivino; à tarde, o médico José Augusto. Ao longo do dia foram feitas várias cirurgias espirituais, tanto das chamadas invisíveis quanto das visíveis. A entidade que incorporou João de Deus convidou Oprah para acompanhar de perto as cirurgias visíveis. Ela segurou os instrumentos enquanto ele fazia a cirurgia.

Oprah Winfrey disse que ficou muito impressionada com os casos que ouviu, porque ele destacou alguns durante o atendimento. Ela e a equipe almoçaram com funcionários da casa onde João de Deus atende. Depois do almoço ela gravou entrevista com o médium. Oprah Winfrey visitou também a Casa da Sopa, que fornece alimentação para as pessoas carentes de Abadiânia, e é mantida por João de Deus. "Foi uma experiência incrível. Ainda estou processando todas as informações. O que vocês têm aqui é um presente", disse a apresentadora.

Ela contou que viajou para Abadiânia motivada pela popularidade de João de Deus fora do Brasil, pelos relatos de cura que ela ouviu. "Quis ver com meus próprios olhos". Ele já tinha sido protagonista de um programa dela, mas foi a primeira vez que se conheceram. Ela prometeu voltar. Oprah Winfrey disse que ficou impressionada com o tamanho da cidade de Abadiânia. "Não imaginava que houvesse algo tão importante numa cidade tão pequena". A chegada da Oprah causou um rebuliço entre os estrangeiros que estavam na cidade.

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