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Devido à situação de emergência causada pela pandemia do Covid-19, o acesso às necessidades básicas, como a alimentação, ficou ainda mais prejudicado. Por isso, buscando descentralizar os benefícios proporcionados à população em situação de rua pelo Restaurante Popular Josué de Castro, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Recife tem levado marmitas para garantir a alimentação de pessoas que vivem em vulnerabilidade. As entregas são realizadas por equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social de Rua (SEAS) desde o início de abril, em parceria com os profissionais do Consultório na Rua, da Secretaria de Saúde.

 Pelo menos 250 marmitas estão sendo entregues de forma itinerante nos bairros de Boa Viagem, Pina e Afogados, em áreas que não estão sendo acessadas pelas doações da sociedade civil, como espaços sob os viadutos, praças, e áreas próximas ao Aeroporto Internacional do Recife.

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As marmitas estão sendo entregues pelas equipes todos os dias, sempre das 11h até as 14h, para garantir que essas pessoas tenham pelo menos uma refeição diária. Além do alimento e água mineral, também estão sendo entregues sabão amarelo, ou sabonetes, e máscaras. As refeições são preparadas no Restaurante Popular Josué de Castro, que fica no bairro de São José, na área central da cidade. O equipamento foi inaugurado pela Prefeitura do Recife em dezembro de 2019, juntamente com o Restaurante Popular Naíde Teodósio, localizado em Santo Amaro. Entretanto, com a recomendação de distanciamento social para desacelerar a propagação do Covid-19, o restaurante Josué de Castro concentrou o atendimento e passou a entregar marmitas para os usuários desde o início do mês de março.

De acordo com a secretária Ana Rita Suassuna, a necessidade da oferta de marmitas foi identificada a partir de escutas realizadas pelas equipes do SEAS nos territórios. "Muitas pessoas em situação de rua tinham como dinâmica de sobrevivência a prática da mendicância e o trabalho informal e isso garantiam a elas algum alimento. Entretanto, com o isolamento social, bastante importante no momento atual, os agentes sociais receberam relatos de ausência de doações, apesar de reconhecermos que a sociedade civil está cada vez mais empenhada em prestar solidariedade para esse público. Por isso, assumimos esse comprometimento para que mais um serviço seja entregue a população em situação de rua", afirmou a gestora.

A Secretaria-Executiva de Assistência Social do Recife mapeia as pessoas em situação de rua em toda a cidade e trabalha com a sensibilização e orientação da população, visando o resgate da cidadania, através do Serviço Especializado em Abordagem Social de Rua (SEAS). A rotina de trabalho das equipes consistem em, diariamente, chegar a todos os territórios da cidade, dia e noite, para identificar e monitorar a população vulnerável que utilizam as ruas do Recife como espaços de moradia e/ou sobrevivência.

O serviço tem a finalidade de realizar escutar ativas, identificando violação de direitos e outras necessidades imediatas. As abordagens têm o intuito de conhecer o dia a dia, a história de vida e perfil da pessoa que está em situação de rua, visando promover o acesso dela à rede de serviços socioassistenciais do município, como casas de acolhimento, Centros POP, restaurantes populares e serviços de saúde, além de demais políticas públicas que possam garantir outros direitos e, consequentemente, viabilizar o processo gradativo de saída das ruas, caso seja a vontade de quem está sendo atendido.

ASSISTÊNCIA SOCIAL - Além das equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social de Rua (SEAS), a Prefeitura do Recife também dispõe de dois Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centro POP) para atender as demandas dos usuários mais vulneráveis. O Centro POP recebe a pessoa em situação de rua que o procura, diferente do SEAS, cujo serviço consiste na abordagem da pessoa no território onde ele se encontra. Nos dois Centros POP, são oferecidas orientação individual e coletiva, bem como encaminhamentos aos demais serviços socioassistenciais e outras políticas públicas que possam contribuir para a construção da autonomia, inserção social e proteção dos usuários em caso de situações de violência.

Nos equipamentos, também há espaços para a guarda de pertences, material de higiene pessoal e banho, alimentos e orientação para retirada de documentação. Além disso, os usuários podem ser encaminhados para a Central de Cadastro Único do Recife para ter acesso a benefícios sociais, atendimento psicossocial e podem ser encaminhadas para acolhimento, conforme interesse e perfil de atendimento ofertado. Os equipamentos estão funcionando de segunda à sexta-feira, das 8h às 15h, nos bairros de Santo Amaro (Centro POP Glória - Rua Bernardo Guimarães, n° 135) e Madalena (Neuza Gomes - Rua Doutor João Coimbra, n° 66).

 

O decreto do governo é claro: um isolamento rigoroso até meados de abril. No entanto, um terço da população argentina vive na pobreza e milhares de pessoas não têm onde se proteger da crise sanitária.

Elas são as poucas pessoas vistas nas ruas de Buenos Aires, praticamente vazias desde que, em 20 de março, o presidente Alberto Fernández decretou o confinamento obrigatório em todo o país até 31 de março. Posteriormente, anunciou uma prorrogação até 12 de abril.

Elas dormem em praças ou portas de bancos e lojas. Alegam que os abrigos estão cheios, e algumas denunciam a violência da polícia para tentar removê-las dos locais onde vivem, em muitos casos, há anos.

- Obelisco -

Richard Marcelo vive com três pessoas a poucos metros do emblemático Obelisco. Ele não teme o contágio pelo novo coronavírus. "O que tememos é a fome e tudo mais. O coronavírus, não", afirma o uruguaio, 45, há seis anos na rua.

Emilio Sebastián Barcia, 28, é o mais novo do grupo. Vive na rua há três meses, após perder o emprego de cozinheiro. "Com tudo que está acontecendo em relação ao coronavírus, deixe-me sozinho na esquina e eu morro."

O governo da cidade de Buenos Aires acelera os planos para que os sem-teto sejam levados para centros esportivos ou hotéis, além dos abrigos.

Segundo dados oficiais, 1.146 pessoas viviam nas ruas de Buenos Aires em 2019. Mas segundo um balanço de organizações sociais e políticas, o número de sem-teto chega a 7.521 na capital argentina, que fechou 2019 com 35,5% de pobres, dos quais 8% na indigência.

"Não queremos que reste ninguém em situação de rua antes da chegada do pico do coronavírus (meados de abril)", disse à AFP Alejandro Amor, defensor do povo, que tem como missão a defesa dos direitos das pessoas que vivem em Buenos Aires. Segundo ele, até hoje foram levadas cerca de 700 pessoas, mas restam milhares. Por isso, reconhece que "é muito difícil atingir esta meta".

- Praça San Martín -

Há cerca de quatro anos, Edgardo Gabriel Villalba, 37, vive com dois amigos, Claudio e Dani, na praça San Martín. "Fiquei em situação de rua devido ao HIV", conta.

Villalba se sente perdido com as orientações do governo. "Nunca nos explicaram o que temos que fazer. A polícia vem e te obriga a sair", conta, mostrando hematomas, segundo ele, causados por agressões policiais.

Os três costumam frequentar uma igreja a poucos metros dali, para buscar comida uma vez ao dia. Mas às vezes a refeição não chega, ou é insuficiente.

Villalba sabe que o governo oferece abrigos temporários, mas tem medo de ficar mais vulnerável à doença devido ao contato muito próximo com os demais.

- Casa Rosada -

María vive há anos em frente à Praça de Maio, com vista para a Casa Rosada, sede da presidência argentina. Apesar de ser difícil conseguir comida, ela diz estar feliz com tanto espaço só para si.

"Eu desfruto muito da solidão. Para mim, é o mais bonito do coronavírus", diz, rodeada por seus dois cães e vários livros. María não quer nem ouvir falar em abrigo: "Não posso abandonar meus animais."

A população que vive nas ruas está no grupo dos mais vulneráveis a contrair o coronavírus (Covid-19), já que as condições financeiras e falta de acesso aos serviços de saúde não lhes permitem tomar as medidas preventivas necessárias. Em janeiro desde ano, a Prefeitura de São Paulo divulgou o Censo da População em Situação de Rua, que registrou o aumento de 15 mil para 24 mil pessoas vivendo nas vias da capital entre 2015 a 2019.

Como medida de prevenção, a Prefeitura de Guarulhos, na Grande SP, instalou pias públicas nos locais de maior concentração de moradores de rua, como as praças Getúlio Vargas, IV Centenário e Oito de Dezembro, além do Viaduto Cidade de Guarulhos que dá acesso a rodovia Presidente Dutra. "Nesses locais, a população é assistida pelo Serviço de Abordagem Social, que distribui sabonetes e papel toalha, além de orientar sobre a necessidade de higienizar as mãos", informou em nota a assessoria de imprensa do Serviço Especializado em Abordagem Social (SDAS).

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Ainda segundo o comunicado da SDAS, nos acolhimentos institucionais da cidade foram distribuídos álcool em gel para funcionários e moradores de rua abrigados. As duas unidades do Restaurante Popular Solidariedade, que oferecem café da manhã gratuito e almoço por R$ 1 servirão as refeições em embalagens descartáveis para consumo fora das unidades. A medida foi tomada para evitar que o vírus possa ser transmitido por meio de aglomerações.

A principal dificuldade apontada pela SDAS tem sido o trabalho de conscientizar os moradores de rua a irem aos acolhimentos. Entre os motivos da recusa para ir aos abrigos estão os vícios em substâncias químicas, pendências na Justiça, entre outros.

Além do poder público de Guarulhos, outras instituições sem fins lucrativos também tem trabalahdo com o acolhimento de pessoas em situação de rua, como o Instituto Forte. Mesmo no período de isolamento, a ONG mantém serviços como alimentação, tratamentos de saúde e suporte em tempo integral.

Segundo a secretária do Instituto Forte, Keyla Reis Silva de Siqueira, atualmente, a principal dificuldade da ONG é a baixa na doação de alimentos. "Nós temos parcerias com a igreja Bola de Neve, que nos ajuda com a doação de alguns alimentos, mas, por causa da falta de cultos, a quantidade de doações caiu bastante", declara.

A equipe do Consultório na Rua de Olinda está percorrendo diversos bairros da cidade para imunizar contra gripe a população que se encontra em situação de vulnerabilidade social.

O trabalho do grupo permanece até concluir o mapeamento das áreas onde há uma maior presença das pessoas com esse perfil.

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Da assessoria

 

A prefeitura do Rio de Janeiro vai instalar cinquenta pias públicas no Centro da cidade para atender a população em situação de rua. O objetivo é dar condições para que essas pessoas consigam higienizar as mãos, uma das medidas mais importantes para a prevenção contra o coronavírus. O espaço do Terreirão do Samba, no complexo do Sambódromo, será usado como base de acolhimento e de atendimento médico para moradores de rua, que não têm como se manter em isolamento.

Estima-se que a população de rua do Rio seja de 14 mil pessoas, 70% das quais se concentram nas regiões central e sul da cidade. A iniciativa é coordenada pela secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Jucélia Freitas, conhecida como Tia Ju, em parceria com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).

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As Promotorias de Justiça de Palmeirina e de Itapissuma recomendaram ao prefeito e aos secretários municipais de Saúde adotar uma série de medidas para assegurar o atendimento às pessoas em situação de rua em face dos riscos trazidos pela pandemia do novo coronavírus.

As medidas são um desdobramento da Nota Técnica Conjunta nº01/2020, emitida pelos Centros de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania (Caop Cidadania) e da Infância e Juventude (Caop Infância e Juventude).

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Na Nota, os Caops destacam que a situação de extrema vulnerabilidade em que se encontram as pessoas em situação de rua, aliada a possíveis doenças preexistentes e dificuldades no acesso aos serviços públicos, justificam a necessidade de atuação especializada para resguardar o direito à vida dessas pessoas.

Dessa maneira, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou aos prefeito de Palmeirina e de Itapissuma instalar ou reordenar os serviços socioassistenciais para as pessoas em situação de rua, com a devida estruturação desse serviço para resolver as necessidades imediatas desse público. O serviço de abordagem social precisa ser mantido, através dos Centros de Referência Especializada em Atenção Social (Creas) com o mapeamento territorial das pessoas em situação de rua e a garantia de fornecimento de três alimentações diárias para essas pessoas em restaurante popular (se houver) ou mediante a entrega direta de alimentos.

Os promotores de Justiça também recomendaram que as Prefeituras providenciem um serviço de acolhimento institucional para a população de rua, a fim de garantir o abrigamento de adultos ou grupos familiares. Em razão da emergência da Covid-19, os abrigos deverão restringir visitação de eventuais parentes dos acolhidos e do público em geral, com a manutenção de comunicação entre os abrigados e seus familiares através de telefone ou outros meios de comunicação.

Para garantir a saúde dos abrigados e dos funcionários, os locais de acolhimento devem seguir as orientações gerais das autoridades de saúde, com o fornecimento de máscaras, luvas, dispensadores de sabão e álcool em gel no imóvel, bem como a manutenção de serviçode higienização de louças, roupas, portas e áreas comuns, dentre outras.

Como alternativa à manutenção de um espaço de acolhimento institucional, as Promotoria de Justiça de Palmeirina e de Itapissuma recomendam que o poder público ofereça, às pessoas em situação de rua, recursos para o pagamento de aluguel social  ou pensão. É importante

 que o poder público assegure a existência de banheiros públicos e instalações para a higienização, alimentação e fornecimento de água potável para as pessoas em situação de rua.

Além disso, prefeitos e secretários de Saúde devem assegurar o acesso das pessoas em situação de rua às unidades de saúde, inclusive nos casos em que as pessoas não contem com nenhum documento de identificação. Os serviços de saúde e assistência social precisam, ainda, agir para incluir tais pessoas nas campanhas de vacinação; garantir o atendimento pelo SAMU em caso de emergências; e implantar equipes do Consultório de Rua, compostas por enfermeiro, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, médico, agente social, técnico em saúde bucal e técnico ou auxiliar de enfermagem.

Por fim, no caso de suspeita de contaminação pela Covid-19, as pessoas em situação de rua devem ter atendimento na rede pública de saúde, com internação em hospitais locais ou, a depender da gravidade, transferência para uma unidade de referência por meio do sistema de regulação estadual.

A recomendação foi publicada, na íntegra, no Diário Oficial Eletrônico do MPPE, desta terça-feira (24).

 

Servidores da Prefeitura de Petrolina, no Sertão do Estado, realizaram uma ação educativa de orientação aos moradores de rua do município. A população de risco, segundo a gestão, recebeu esclarecimento sobre o que é a Covid-19, como se prevenir e locais de higienização pessoal. 

Outra orientação passada foi sobre os horários das refeições fornecidas no Restaurante Popular, o qual passa a fornecer o café da manhã e segue com almoço e sopa. Para higienização pessoal, a prefeitura disse que todos os moradores de rua devem seguir para a “Casa de Passagem Bom Samaritano”.

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“Em tempos difíceis, percebemos ainda mais a necessidade do amparo social. O trabalho que é feito todos os dias, é visto como essencial. Nossas equipes, que fazem um ‘trabalho invisível’ para a maioria da população, nem sempre é recebida bem, mas assim como orienta a gestão levamos informação à todos os grupos necessitados. Outras ações estão por vir nos próximos dias e, por isso, contamos sempre com a colaboração de todos” ressalta o secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Jorge Assunção.

Segundo a prefeitura, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDESDH) deve continuar a ação nos próximos dias, para contemplar a maior quantidade de pessoas em vulnerabilidade social.

*Da assessoria de imprensa

Para ajudar diferentes pessoas em situação de vulnerabilidade, o Armazém do Campo - mercado mantido pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), está organizando uma Marmita Solidária. A iniciativa busca preparar 300 quentinhas por dia para não deixar desassistidos moradores de rua, acampados, entre outros membros da população mais vulnerável, que também sofrem com as consequências do coronavírus.

Em comunicado, os organizadores propõem preparar as marmitas uma vez por dia e entregá-las às pessoas que estão nas ruas. “Vamos organizar uma "MARMITA SOLIDÁRIA" no ARMAZÉM DO CAMPO (teremos a cozinha do restaurante do Armazém a serviço dessa iniciativa). A meta é preparar 300 marmitas uma vez por dia e entregar a essas pessoas que estão nas ruas, garantindo, evidentemente, as precauções de cuidados e saúde, de quem estará trabalhando e dos que vão receber”, diz o aviso, postado no Instagram. 

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A iniciativa deve começar nesta quarta (25), com cerca de 50 marmitas, mas a previsão é que - com o apoio de voluntários, este número suba para 300.

O Governo do Estado do Pará, para minimizar os riscos de contágio do novo coronavírus, abriu o Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, para abrigar as pessoas que vivem na rua em Belém. A ação, coordenada pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), deve se estender a municípios do interior do Estado nos próximos dias.

O presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Clóvis Carneiro, mobilizou o comércio e a sociedade de Belém para oferecer materiais de uso, como colchões e lençóis, e produtos de higiene e limpeza. “Atendendo ao apelo do Governo do Estado, mobilizamos o comércio e a sociedade de Belém no sentido de oferecer, em caridade, colchões e lençóis para o atendimento desses desamparados o mais rápido possível”, disse Carneiro. “Entendo que além de ser um ato de solidariedade é, sem dúvida, uma questão de autoproteção”, destacou. “Neste primeiro momento, vamos centrar as informações na Associação Comercial do Pará, telefone (91) 40053900 e na Organização Pará 2000, telefone (91) 33440100.”

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O governador do Pará, Helder Barbalho, visitou as instalações do Mangueirão, que já está recebendo pessoas em situação de rua da Região Metropolitana de Belém. "Nós escolhemos o Mangueirão pela sua amplitude, que permite que tenhamos a utilização dos espaços existentes no estádio, bem como áreas de circulação, para que não haja concentração em áreas fechadas. Quero agradecer a todos os servidores do Estado e voluntários que estão nos ajudando neste momento. E, não menos importante, agradeço ao povo do Pará, que atendeu ao nosso apelo e já está doando colchões, travesseiros e materiais de higiene", destacou Helder Barbalho.

O secretário Inocêncio Gasparin, da Seaster, disse que todos os moradores de rua serão cadastrados. “Previamente já temos um cadastro de quantas pessoas estão morando nas ruas em Belém, e vamos usar esses dados para fazer isso. Nós já sabemos onde essas pessoas estão e se alimentam. Importante ressaltar que nós pretendemos alcançar o Estado todo nesta ação, mas vamos começar por Belém. Os secretários regionais de Santarém e Marabá já foram contatados, e vamos ver como desenvolvemos isso da melhor forma possível", disse pela manhã Inocêncio Gasparin. Com informações da Agência Pará.

Para enfrentar a pandemia de coronavírus, as recomendações são redobrar a higiene pessoal e recolher-se em isolamento social dentro de casa. Mas, e aqueles que não têm residência fixa onde fazer a quarenta, como podem se proteger? Pessoas em situação de rua também estão expostas em meio a essa crise de saúde mundial e sua vulnerabilidade torna urgente que governos criem medidas rápidas e eficazes para sua proteção.

A Defensoria Pública da União (DPU) recomendou aos estados e municípios de todo o país que garantam medidas de higiene e proteção para evitar a disseminação de coronavírus entre os moradores de rua. Uma das orientações da DPU é que o serviços socioassistenciais, como casas de passagem e albergues, não sejam suspensos ou restritos durante a crise. A DPU também sugere que esses locais ofereçam álcool gel, máscaras descartáveis e orientações aos seus assistidos. 

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Na cidade de Belo Horizonte, que tem quase cinco mil moradores em situação de rua, os 11 abrigos, repúblicas e casas de passagem que recebem essa população diariamente estão sendo mantidos abertos para que homens e mulheres possam tomar banho e fazer sua higiene. Já no Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella afirmou que pode até determinar a retirada compulsória dos moradores de rua da cidade direcionando-os para abrigos e hotéis populares. No momento, eles estão passando por uma abordados por equipes de assistentes sociais que os convida a irem para os abrigos de forma espontânea. Eles também estão recebendo kits de higiene. O Rio tem cerca de 15 mil pessoas em situação de rua.

Em nota, a Prefeitura do Recife se pronunciou.

A Prefeitura do Recife informa que, embora ainda não tenham sido notificados casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 na população em situação de rua da cidade, esses cidadãos permanecem sendo acompanhados pelo município, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos (SDSJPDDH) e da Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife.

Em função da pandemia de Covid-19, um plano de ação está sendo elaborado pela Câmara Técnica de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Rua do Recife, sob orientação do Comitê de Resposta Rápida da Covid-19, criado pela Prefeitura para elaborar estratégias para evitar a disseminação do novo coronavírus. Dentre as ações iniciais previstas, até o momento, estão à destinação de 20 vagas para isolamento domiciliar no abrigo emergencial para a população em situação de rua, nos casos que sejam encaminhados pelo serviço de saúde e a capacitação sobre a Covid-19 para os profissionais dos equipamentos voltados às pessoas em situação de rua. 

Outras informações:

A população em situação de rua também é assistida pela Secretaria de Saúde do Recife através dos Programas Consultório de Rua e Consultório na Rua. Este último é voltado à assistência integral à saúde da população em situação de rua de uma maneira geral, enquanto o Consultório de Rua é voltado mais especificamente aos usuários de drogas que estão nas ruas do Recife. As equipes são formadas por redutores de danos, agentes sociais, psicólogos e assistentes sociais, que fazem visitas diárias, durante o dia e à noite. Quando necessário, essas pessoas são encaminhadas para tratamento em unidades de saúde.

Além dos atendimentos realizados pela Secretaria de Saúde, a população em situação de rua também é atendida pela Secretaria Executiva de Assistência Social. As equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social de Rua (Seas) circulam diariamente nos territórios da cidade, realizando escutas, identificando violação de direitos e necessidades das pessoas com o objetivo de promover o acesso à rede de serviços socioassistenciais. O contato dos educadores sociais do Seas com os usuários visa promover o processo gradativo de saída das ruas, caso seja a vontade da pessoa atendida.

Outro serviço oferecido pela Assistência Social são os Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centro POP), que são equipamentos aos quais os usuários podem se dirigir para ter acesso a determinadas demandas mais emergenciais. Nos dois Centros Pop, localizados em Santo Amaro e na Madalena, a Prefeitura do Recife oferece orientação individual, bem como encaminhamentos aos demais serviços socioassistenciais e outras políticas públicas que possam contribuir para a construção da autonomia, inserção social e proteção a situações de violência.

A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife em conjunto a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE) firmaram, nessa quinta-feira (19), uma recomendação administrativa ao Governo do Estado de Pernambuco para a adoção de medidas urgentes no sentido de proteger a população em situação de rua.

O defensor regional de Direitos Humanos em Pernambuco, André Carneiro Leão, o defensor-Chefe da DPU no Recife e representante do GT-RUA no Nordeste, José Henrique Bezerra Fonseca e os defensores públicos em exercício no  Núcleo de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da DPPE, Henrique da Fonte Araújo de Souza e Renata Patrícia Oliveira Nóbrega Gambarra, recomendaram ao governador Paulo Henrique Saraiva Câmara que destine de recursos, por meio de repasses fundo a fundo ou outro meio adequado e legal, aos Fundos Municipais de Assistência Social e aos Municípios, a fim de garantir a ampliação da assistência social às pessoas em situação de rua;

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Além disso, que haja a manutenção do funcionamento dos equipamentos e serviços que atendam à população em situação de rua e de espaços públicos educacionais e esportivos que estejam com a utilização suspensa e que contenham equipamentos sanitários aptos à higiene pessoal, para acomodar e para permitir a higiene básica, adotando-se as cautelas necessárias para evitar-se aglomeração das pessoas em um mesmo espaço.

Também que exista a destinação de espaço específico, com funcionamento 24 horas, para as pessoas em situação de rua que se enquadrem como grupo de risco e não estejam previamente cadastradas em equipamentos e serviços e de local apartado para as pessoas em situação de rua que apresentem suspeita de contaminação pelo COVID-19, para garantia de isolamento nos próprios equipamentos da rede socioassistencial.

A medida das defensorias solicita a continuidade de benefícios eventuais enquanto durar a emergência de saúde, dada a impossibilidade momentânea de qualquer reavaliação de caso, o fornecimento de alimentação, insumos básicos de higiene e vestuário às pessoas em situação de rua alocadas nos equipamentos públicos e de álcool gel, máscaras faciais de proteção descartáveis e material informativo sobre a Covid-19 nos equipamentos e serviços que atendam à população em situação de rua, com a realização de testes periódicos para Covid-19.

A recomendação alerta que nenhuma das medidas deve resultar em internação compulsória indiscriminada de pessoas em situação de rua, privação de propriedade das pessoas em situação de rua e aglomeração de pessoas em situação de rua além do que for admitido pelas autoridades de saúde para a população em geral.

Por fim, o documento registra que é importante que a DPU e a DPPE sejam informadas de todas as medidas e políticas públicas destinadas à prevenção da Covid-19 entre as pessoas em situação de rua. As instituições requisitam, tendo em vista a urgência da situação, que sejam informadas do acatamento ou não da presente recomendação no prazo de 7 dias úteis. 

*Da assessoria 

O Plenário da Alepe aprovou em Primeira Discussão, nesta terça (3), três propostas que modificam a Constituição de Pernambuco. As matérias tratam das produções agrícolas orgânica e familiar, da remoção entre oficiais de serventias extrajudiciais e dos direitos da população em situação de rua. Na mesma reunião, receberam o aval da Casa a proposta de retorno do município de Goiana à Zona da Mata Norte e o veto do governador Paulo Câmara a mudanças na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020. Todas essas proposições tiveram apoio unânime dos parlamentares.

De iniciativa do deputado Isaltino Nascimento (PSB), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 7/2019 insere, como competência comum do Estado e dos municípios, o fomento à agricultura familiar, à produção orgânica e à transição agroecológica dos sistemas de produção. O texto obteve 35 votos favoráveis.

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Na justificativa, o autor pontua que a Carta Magna, atualmente, não contempla as especificidades do empreendedor familiar rural. Ele defende a importância da produção sem agrotóxicos como forma de evitar a poluição da água, do solo e do lençol freático com produtos químicos. “Essa mudança é importante para ampliar o acesso da população a produtos de maior qualidade, livres de agrotóxicos e outros agentes químicos sintéticos potencialmente lesivos à saúde”, agregou o socialista.

Aprovada com 35 votos a favor, a PEC nº 8/2019, apresentada pelo deputado Romero Albuquerque (PP), passa a permitir que a remoção nos cartórios seja feita entre oficiais de serviços notariais ou de registro de qualquer natureza. Atualmente, o ingresso na atividade depende de concurso público de provas e títulos, não sendo permitido que qualquer serventia fique vaga por mais de seis meses sem abertura de certame para provimento ou remoção – esta última podendo ser feita entre oficiais de serviços notariais ou de registro público de idêntica natureza.

“Ao não fazer divisão por especialidade, todos os candidatos aprovados em concurso, que fazem provas semelhantes, são igualmente habilitados para a prática de todos serviços. Apenas em momento posterior escolhem a natureza de sua serventia”, explicou Albuquerque, durante a votação. Fica mantido, no entanto, o veto a aproveitamentos, transferências ou permutas de um serviço para outro.

Já a PEC nº 10/2019, formulada pelo deputado Delegado Erick Lessa (PP), estabelece diretrizes para o apoio à população em situação de rua e recebeu 34 votos favoráveis. O texto inclui, entre as finalidades da assistência social do Estado, promover políticas públicas de garantia da dignidade e da cidadania dessas pessoas, observando sua multiplicidade de contextos e realidades.

A alteração também estabelece que o Estado incentivará, com amparo técnico e auxílio financeiro, entidades particulares e comunitárias que atuam na defesa dos direitos desse segmento. E que, junto com os municípios e entidades não governamentais, terá programas de assistência integral à criança e ao adolescente em situação de rua.

Ao defender em Plenário a aprovação da matéria, Lessa destacou as demandas levadas à audiência pública realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, que ele preside, em outubro de 2019. “Essa PEC insere a população em situação de rua, que muitas vezes é invisibilizada, no texto constitucional, para que tenha visibilidade, oportunidades e integração na sociedade. Nossa Constituição será a primeira a tratar da população em situação de rua”, frisou.

Goiana fora da RMR – Além das três mudanças constitucionais, o Plenário da Assembleia também aprovou o Projeto de Lei Complementar nº 770/2019, que promove o retorno do município de Goiana à Zona da Mata Norte. A proposta, de autoria de Isaltino Nascimento, recebeu 34 votos favoráveis e nenhum contrário.

Goiana havia sido incluída na Região Metropolitana do Recife (RMR) em 2017, após intenso debate na Alepe. Os defensores da mudança pretendiam que a gestão de serviços, como transporte público e destinação de resíduos sólidos, fosse feita de forma articulada na nova região administrativa.

No entanto, conforme Nascimento, a passagem do município para a RMR não chegou a trazer vantagens à população e prejudicou a obtenção de incentivos fiscais das empresas locais. Goiana está situada a 62 quilômetros de distância do Recife, tem população estimada em quase 80 mil habitantes e possui PIB aproximado de R$ 3,8 bilhões.

Também nesta tarde, os parlamentares acataram, em votação única, o veto do governador Paulo Câmara aos R$ 50,5 milhões em emendas apresentadas pela Comissão de Finanças ao Orçamento Estadual de 2020. A medida foi aprovada com 34 votos favoráveis e nenhum contrário.

*Do site da Alepe

“Passamos noites de frio na rua, sem cobertor, dormindo em cima de um papelão duro. Isso aqui é uma ajuda muito grande para sair da rua, mesmo que seja só a dormida, um banho, um local seguro para a gente dormir direito sem estar preocupado com pessoas que às vezes querem fazer maldade”. Nas palavras de Joelson Gomes da Silva há um breve retrato da dura vivência de quem faz das vias públicas uma moradia. Em situação de rua há 20 anos, Joelson comemora, porém, um ligeiro alívio ao saber que, a partir desta terça-feira (24), terá um canto estruturado para dormir.

Em meio ao clima natalino, a Prefeitura do Recife (PCR) inaugurou, hoje, o Abrigo Noturno Irmã Dulce, que promete proporcionar um ambiente protegido e “digno” para o descanso e sono de pessoas que vivem em situação de rua na capital pernambucana, a exemplo de Joelson. O equipamento solidário fica na Travessa do Gusmão, sem número, no Bairro de São José, área central da cidade.

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Segundo a Prefeitura do Recife, o acolhimento do abrigo será diário, das 19h às 7h. Serão oferecidos aos beneficiados espaços de convivência, banheiros e dormitórios. A estrutura tem capacidade para receber até 100 pessoas, entre homens, mulheres, adultos, idosos e pessoas com deficiência. “No local, os usuários receberão kits de higiene pessoal para utilizarem os banheiros. Também haverá espaços para guardar pertences pessoais. Entretanto, não será permitida a entrada com porte de materiais cortantes de qualquer natureza. O acesso ao abrigo será controlado por catraca, liberada após confirmada a de identificação, previamente elaborada por equipes da Secretaria Executiva de Assistência Social”, detalhou a PCR conforme informações da assessoria de comunicação.

Além do atendimento às pessoas que sofrem nas ruas da cidade, o abrigo oferece oportunidade de trabalho. Um dos 15 colaboradores é José Nilton Monteiro, de 38 anos, que já amargou a vivência em vias públicas. “Esse abrigo é muito importante e vai comportar pessoas que mais necessitam, que é os que vivem em vulnerabilidade social. Agradecemos o prefeito pela sensibilidade de dar de fato o que a gente merece com dignidade”, disse Monteiro, emocionado. Nilton comemora mais uma conquista. “Ganhei um presente de Natal com esse emprego através da prefeitura, e uma bolsa de estudos para cursar Psicologia, que é a área que eu me identifico. Agora eu vou dar a contrapartida, fazer para aqueles que precisam, o que fizeram por mim”, declarou Monteiro.

De acordo com o prefeito do Recife Geraldo Julio, o abrigo é um equipamento que dá continuidade ao trabalho solidário realizado no âmbito municipal. Recentemente o gestor lançou um restaurante popular que serve, diariamente, alimentação a vítimas da situação de rua.

“Esse abrigo que inauguramos hoje vem complementar toda uma rede que funciona em nossa cidade, que ainda tem tantos desafios para vencer, mas que é feita por gente que tem o desejo de cumprir a missão de ajudar quem mais precisa. Se hoje no Brasil tem gente que prefere governar de costas para o povo, nós vamos governar de mãos dadas, vencendo juntos os desafios”, disse Geraldo Julio.

Secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Política sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, Ana Rita Suassuna destacou que, além do auxílio noturno, os usuários terão direito à alimentação, entre outros benefícios. “Esse espaço vai promover a dignidade humana, o acolhimento para essa população tão vulnerável. Uma forma de chegar mais perto dessa população, ter um diálogo, a equipe vai poder fazer uma intervenção mais qualificada. Além da dormida eles terão direito a almoço e jantar. Dentro dessa concepção de proteger e dar oportunidade, nós empregamos 15 pessoas da rua neste equipamento. São pessoas que já passaram por nossa rede de acolhimento e precisavam de uma oportunidade de emprego. Uma chance que vai dar um novo significado na vida dessas pessoas”, acrescentou Ana Rita.

Cadastros serão realizados para que sejam listadas as pessoas beneficiadas pelo serviço. A PCR promete diversos serviços que vão além da estrutura para descanso. “O cadastro irá permitir aos frequentadores o devido acompanhamento psicossocial, já que o espaço contará com a presença de psicólogos, assistentes sociais e cuidadores. Também haverá equipes administrativas, portaria e serviços gerais. Além disso, ações coletivas poderão ser realizadas no espaço para viabilizar serviços de relacionados à saúde, segurança e políticas sobre drogas. Idosos, pessoa com deficiência e pessoas que vivem a menos tempo em situação de rua serão prioridade do acesso ao Abrigo Noturno. Para garantir o bom convívio dos usuários e manter saudável a rotina do equipamento, um contrato de convivência interna está sendo elaborado pela SDSJPDDH com o objetivo de nortear as regras a serem seguidas no ambiente. O regimento será entregue aos frequentadores e estará disponível no abrigo”, informou o órgão.

Momento propício

O período natalino reflete solidariedade. Época em que parte da população, baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo, intensifica ações de ajuda aos próximos, principalmente em prol de pessoas pobres. O arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, participou da inauguração do abrigo; o religioso relacionou o momento aos verdadeiros propósitos do Natal.

“Esta é uma importante ação, principalmente porque esta época do ano, o Natal, a população está muito voltada para as questões sociais. Ficamos de coração partido quando caminhamos pelo Recife e vemos tanta gente em situação de rua. Oferecer um leito é algo muito significativo. Este abrigo e os restaurantes demonstram mais respeito e dignidade para com as populações de rua”, disse o líder católico.

Com informações da assessoria de comunicação da PCR

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, apresentou nesta terça-feira (17) um plano para fornecer, até 2024, abrigo para todos os que vivem na rua, com camas temporárias e moradias permanentes.

A cidade calcula que quase 4.000 nova-iorquinos vivem nas ruas. Cerca de 60.000 pessoas, incluindo 21.640 crianças, ficam diariamente em um dos abrigos da maior cidade dos Estados Unidos, 10.000 a mais do que em 2013.

O Departamento de Habitação dos EUA (HUD) estimou o número de pessoas sem-teto em Nova York em 78.676, em um relatório publicado em 2018. O plano anunciado hoje faz parte do programa Municipal Home-Stat, lançado em 2016 para melhorar o atendimento aos sem-teto em Nova York.

O democrata De Blasio disse que as autoridades religiosas da cidade podem colocar cinco locais adicionais a serviço do programa, oferecendo mais 1.000 camas.

Esses são abrigos temporários, que devem ser instalados durante o próximo ano e serão adicionados aos 1.800 leitos já disponíveis no programa. O plano também prevê o fornecimento de 1.000 casas permanentes.

A prefeitura também reforçou as equipes responsáveis para contactar as pessoas em situação de rua. É um "plano para acabar com a vida nas ruas em Nova York de uma vez por todas", disse De Blasio em uma coletiva de imprensa.

Espera-se que o plano custe aproximadamente 100 milhões de dólares por ano, segundo o prefeito. De acordo com a prefeitura, 2.450 pessoas saíram das ruas, graças ao programa Home-Stat.

A perícia em uma bebida ingerida por um grupo de moradores de rua em Barueri identificou a presença de cocaína misturada ao álcool, segundo informações divulgadas pela TV Globo nesta sexta-feira (22). A análise feita pela Polícia Técnico-científica foi concluída nesta sexta-feira e deve ajudar a polícia a entender o que causou a morte de quatro pessoas que tinham ingerido a bebida; outras quatro foram internadas após tomarem o líquido.

"O IC (Instituto de Criminalística) nos disse que foram encontradas doses cavalares de cocaína, além do álcool etílico", disse o delegado Anderson Giampaoli, titular da Delegacia de Barueri, à TV Globo. "Eles tinham o hábito de beber pinga. Segundo o IC foi encontrado 51 mg [de cocaína] por mililitro de álcool. É mortal, porque a literatura médica afirma que um ser humano comum, adulto, que não seja viciado, a dose letal seria de 1,2 g. Se dividirmos o que sobrou da bebida e calculando o que foi ingerido daria 1,5 g de cocaína. O álcool potencializa o efeito", disse ao canal.

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"Nós continuamos investigando, não descartamos nenhuma hipótese, podemos estar diante da possibilidade de alguém ter colocado cocaína na bebida, ou estarmos diante de uma cocaína líquida ou alguém ter perdido a droga", esclareceu o delegado, segundo a reportagem.

No sábado (16) por volta das 8h30, oito pessoas deram entrada no Pronto-Socorro Central de Barueri com indícios de envenenamento. Edson Sampaio, de 40 anos, Luiz Pereira da Silva, de 49, Marlon Alves Gonçalves, de 39 e Denis da Silva, cuja idade não foi divulgada, morreram.

Além deles, Renilton Ribeiro Freitas, Silvia Helena Euripes, Sidnei Ferreira de Araújo Leme e Paulo Cezar Pedro também ingeriram o líquido e ficaram internados até a quarta-feira, 20, quando receberam alta.

Vinicius de Salles Cardoso, de 31 anos, recebeu alta médica na terça-feira, 19, e teve a prisão temporária por 30 dias decretada pela Justiça. Segundo a polícia, em duas versões distintas, Cardoso, que já está preso, apresentou incoerências na forma como ele conseguiu a garrafa com o líquido que foi entregue a um grupo e acabou com a morte de quatro pessoas.

Quatro moradores em situação de rua com suspeita de envenenamento que estavam internados no Hospital Municipal Dr. Francisco Moran, em Barueri, na Grande São Paulo, receberam alta médica nesta quarta-feira (20).

As vítimas Renilton Ribeiro Freitas, Silvia Helena Euripes, Sidnei Ferreira de Araújo Leme e Paulo Cezar Pedro estavam internadas desde a manhã do último sábado (16), quando deram entrada no Pronto-Socorro Central da cidade com indícios de envenenamento.

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Um quinto sobrevivente, o paciente Vinicius de Salles Cardoso, de 31 anos, recebeu alta médica nesta terça-feira (19), e teve a prisão temporária por 30 dias decretada pela Justiça. Ainda segundo a polícia, em duas versões distintas, Cardoso, que já está preso, apresentou incoerências na forma como ele conseguiu a garrafa com o líquido que foi entregue a um grupo e acabou com a morte de quatro pessoas.

Na primeira versão, ele disse que uma garrafa com bebida alcoólica lhe foi oferecida por desconhecidos, na região da cracolândia, no centro da capital paulista. Na segunda, ele afirmou que encontrou a garrafa em uma rua de Barueri.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso é investigado pela Delegacia de Barueri, "que apura todas as circunstâncias relacionadas ao fato por meio de inquérito policial".

O caso

No sábado, por volta das 8h30, oito pessoas deram entrada no Pronto-Socorro Central de Barueri com indícios de envenenamento. Edson Sampaio, de 40 anos, Luiz Pereira da Silva, de 49, Marlon Alves Gonçalves, de 39 e Denis da Silva, cuja idade não foi divulgada, morreram.

Todas as oito vítimas compartilharam de um líquido momentos antes de passarem mal na Rua Duque de Caxias, região central de Barueri.

Além disso, a prefeitura de Barueri adicionou uma quinta vítima na lista de internados no Hospital Municipal de Barueri. Paulo Cezar Pedro apresentou as mesmas características dos internados e foi encaminhado ao hospital.

A Polícia Civil apreendeu a garrafa e solicitou perícia técnica do conteúdo.

Neste sábado (16), quatro moradores de rua do sexo masculino foram encontrados mortos no Centro de Barueri, na Grande São Paulo. Segundo relatos, o grupo estava com mais quatro moradores nas imediações de uma padaria.

As vítimas tomaram uma bebida após um dos moradores ter ofererecido assim que ganhou o produto durante sua passagem pela Cracolândia, na área central da capital paulista. Em nota, a Prefeitura de Barueri informou que as pessoas passaram mal depois de ingerir o líquido, que supostamente estaria envenenado.

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De acordo com o G1, os sobreviventes, três homens e uma mulher, foram socorridos. O quadro mais preocupante é de um morador de rua que encontra-se internado no Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran.

Os quatro homens que morreram foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Osasco; o caso foi registrado pela Delegacia Central de Barueri. A garrafa foi apreendida pela Polícia Civil para a realização de uma perícia técnica. 

As autoridades norte-americanas estão investigando o assassinato de quatro moradores de rua na ilha de Manhattan, em Nova York, na madrugada deste sábado (5).

Segundo a polícia local, os homens foram mortos com um objeto de metal e um quinto foi ferido e levado para o hospital em estado grave. O episódio ocorreu por volta das 1h50 da madrugada (horário local) nos bairros de Chinatown e Lower East Side.

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Todas as vítimas sofreram traumatismo craniano. Um suspeito de 24 anos, cuja identidade não foi revelada, está preso. A imprensa local afirmou que as autoridades encontraram uma viga de metal que pode ter sido usada no crime. A polícia ainda investiga o caso.

Da Ansa

Um motorista que dirigia um carro de luxo atropelou três moradores de rua na região central de São Paulo na madrugada desta segunda-feira (19). O condutor do veículo fugiu sem prestar socorro.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, o atropelamento aconteceu por volta de 1h30 na rua Conselheiro Nébias, próximo ao entroncamento com a Avenida São João, na República.

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A Polícia Militar foi acionada e ao chegar ao local encontrou as vítimas feridas. Duas delas foram socorridas e levadas ao pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia, no centro, e outra ao Hospital das Clínicas, na zona oeste, onde permaneceram internadas.

A PM afirmou que as testemunhas não conseguiram anotar a placa do carro, um Ford Fusion prata.

O caso foi registrado no 2º Distrito Policial (Bom Retiro) como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e fuga do local do acidente. A Polícia Civil solicitou perícia.

A época mais fria do ano chegou. Neste período, as regiões sul e sudeste registram as mais baixas temperaturas. É a temporada de curtir os dias frios em casa, com uma sopa quentinha, envolvido em um cobertor macio. Mas, infelizmente, nem todas as pessoas têm um lugar para se abrigar e um prato de comida para satisfazer a fome. Pensando nessas pessoas, grupos de voluntários da Grande São Paulo, realizam ações solidárias durante o ano inteiro e intensificam a ação entre os meses de junho e agosto.

O Templo de Umbanda Ogum Megê e Caboclo Meia Lua, desde março, leva alimentação aos moradores da zona norte da capital paulista uma vez por semana. "As marmitas confeccionadas variam entre 70 e 100 unidades. O projeto é novo, mas já alcançamos o número total de 1.044 marmitas entregues. Sabemos que é pouco, mas como contamos somente com doações e sem subsídios, orgulhosamente chegamos a este número", afirma um dos dirigentes da casa, Pai Paulo d’Oxum.

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Todo o material necessário para confeccionar as marmitas e roupas são doações dos filhos da casa e das pessoas que participam das reuniões religiosas. Na ação, participam dez voluntários fixos.

Foto: Arquivo Pessoal

 

Os irmãos Fabio Rovere de Melo, 41 anos, e Keyla Rovere de Melo, 36 anos, também praticam de uma ação de solidariedade desde novembro. Junto com o grupo da casa de umbanda que frequentam, levam marmitas e brinquedos para quem vive na rua. "Fazemos essa ação uma vez por mês, começamos com 50 marmitas e, hoje, doamos 100 marmitas por mês. Já doamos brinquedos no final do ano e agora em julho estamos preparando uma doação de cobertores", conta Keyla.

Foto: Arquivo Pessoal

Já Ronel Alvares Barbosa, 56 anos, realiza as doações há sete anos. Ele é coordenador e fundador do projeto Caravana Francisco de Assis. O grupo começou com 12 pessoas e já chegou a contar com mais de 25 pessoas voluntárias por mês. A equipe começou doando marmitas aos moradores de rua duas vezes por mês e, hoje, eles doam lanches, roupas, kits de higiene, roupas e cobertores, todos os meses.

Segundo Barbosa, 150 pessoas estão sendo beneficiadas pelo ação solidária do grupo. "Essa é a oportunidade de poder fazer o bem, de colocar o amor em ação. Muitas vezes acabamos reclamando da vida e quando assumimos um papel junto à sociedade seja em qualquer lugar, na caravana, nas ONGs, com crianças ou asilos, a gente se sente útil, realmente cumprindo um papel, amando a Deus, o próximo e a si mesmo", reflete.

Foto: Arquivo Pessoal

 

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