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Uma caminhada será realizada no Recife para alertar a população sobre os riscos de proliferação dos focos do mosquito Aedes aegypti, chamando a atenção para a dengue, chikungunya e zika, doenças transmitidas pelo vetor. Participam da ação estudantes, profissionais da Secretaria de Saúde do Recife, representantes de terreiros de matrizes africanas, usuários da rede municipal de saúde e moradores da Zona Norte da capital.

A caminhada segue pelos bairros de Beberibe e Encruzilhada, passando pela Avenida Beberibe, em direção ao Largo da Encruzilhada. Durante o percurso, os recifenses receberão orientações sobre a prevenção dos criadouros do mosquito e como eliminá-los.

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A ação ainda conta com a participação do grupo de dança e percussão da Unidade de Práticas Integrativas Guilherme Abath, de educadores físicos do Programa Academia da Cidade e representantes da Escola de Frevo do Recife, além de um mini trio elétrico.

Devido à probabilidade de uma epidemia de dengue, de febre chikungunya e do vírus Zika, o governo do estado decretou situação de emergência. As doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O decreto, assinado pelo governador José Melo, foi publicado no Diário Oficial do Amazonas, e vale por 180 dias. Outro decreto homologou a situação de emergência já decretada pela prefeitura de Manaus.

Segundo o governo, agora o estado segue a mesma linha já adotada pelo Ministério da Saúde, que declarou situação de emergência em saúde pública de importância nacional, por causa da associação do vírus Zika com o aumento dos casos de microcefalia na Região Nordeste.

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“A medida é preventiva”, explicou o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza. Segundo ele, o Amazonas, por ter um clima tropical, é normalmente considerado como área de risco potencial para a proliferação do mosquito e, por isso, as ações precisam ser intensificadas.

Pedro Elias disse que a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas está orientando todas as prefeituras a elaborarem planos de ação para o combate ao mosquito.

O secretário informou que os casos das doenças no estado estão com índices dentro da normalidade. Até o momento, foram notificados 34 casos suspeitos de vírus Zika: 13 já foram descartados e apenas um foi confirmado. De acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde, neste ano, em todo o Estado, foram registrados 7.191 casos de dengue.

Em relação à febre chikungunya, foram notificados 152 casos da doença no Amazonas. Já foram descartados 75 casos desse total. Apenas 12 foram confirmados, sendo 7 contraídos fora do estado.

A partir de quinta-feira (10), pacientes poderão ser classificados com suspeita de zika vírus em Pernambuco. Antes, casos suspeitos eram categorizados apenas como dengue. A medida vai contra a recomendação do Ministério da Saúde, que orienta que casos suspeitos sejam assinalados como dengue, notificando apenas casos confirmados de zika. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (9) durante coletiva sobre o ultimo boletim de Microcefalia e Aedes aegypti.  

Pernambuco continua registrando o maior número de suspeita de microcefalia. De 27 de outubro a 5 de dezembro, foram notificados 804 casos. Desses, 251 casos (31,2%) atendem aos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e 16 já foram descartados após exame de imagem com crianças que possuíam uma medida cefálica acima de 32 centímetros. Ao todo, 142 municípios do Estado já noticiaram casos, com Recife (18.3% do total) e Jaboatão dos Guararapes (8%) liderando a lista.

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Neste último balanço, foram avaliados 44 casos de zika vírus, com 30 dando resultado negativo e 14 positivo, sendo oito no Recife, três em Olinda, um em Jaboatão dos Guararapes, outro em Frei Miguelinho e também um em Goiana.  Foram notificadas sete gestantes que apresentaram manchas no corpo para receberem um acompanhamento especial dentro do protocolo.

Para a secretária executiva de Vigilância em Saúde Luciana Albuquerque, a possibilidade de classificar os casos suspeitos como zika fará com que seja mais preciso e breve identificar em quais locais há maior ocorrência do vírus, além de otimizar o bloqueio da transmissão. Segundo a coordenadora do Programa de Controle de Dengue, Chikungunya e Zika, Claudenice Pontes, a expectativa é que outros estados passem a adotar a mesma diferenciação. “Todos os estados estão tendo a mesma dificuldade, porque está tudo misturado. Nos casos de dengue também têm zika e a gente não sabe a real distribuição”, comenta Claudenice. A coordenadora acredita que a mudança não vai trazer dificuldades, pois no Recife, por exemplo, a distinção já é feita para dengue e chikungunya.

Como há semelhanças nos sintomas das três doenças, os profissionais de saúde poderão marcar no formulário mais de uma suspeita. De acordo com a diretora do departamento de infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz Angela Rocha, apesar das similaridades, é possível destacar algumas diferenças entre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “Casos de chikungunya têm mais dor nas articulações e temperatura mais elevada, zika geralmente tem menos intensidade, mas destacam-se as manchas no corpo e a coceira, além de febre baixa. Já a dengue pode ter as manchas pelo corpo, geralmente tem febre mais alta e apresenta a característica de baixo nível de plaquetas”, explica. Não há sorologia para zika vírus. O único exame capaz de identificar a doença, o PCR, deve ser feito com até três dias após contrair a enfermidade, dificultando a confirmação dos casos. Para os casos de Pernambuco, os exames são realizados no Instituto Evandro Chagas, em Fortaleza-CE.

Chikungunya – Em 2015, foram notificados 1193 casos de chikungunya. Já foram confirmados 240 casos em 78 municípios. No momento, 57 municípios estão em risco de surto de infestação pelo mosquito Aedes e 69 municípios estão em situação de alerta.

Reforço – A Secretaria Estadual de Saúde tem como prioridade no combate ao mosquito as 19 cidades com transmissão ativa nas ultimas oito semanas, as 14 da Região Metropolitana do Recife (RMR) e os 30 municípios em situação de risco. 

Até a próxima sexta-feira (11), mil pessoas do Exército, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil serão capacitados para atuarem juntos aos agentes de endemias. No Recife, aqueles que foram capacitados já estão trabalhando.

A tecnologia auxiliando no combate contra o Aedes aegypti. Nesta quarta-feira (9), a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes iniciará uma ação com cinco drones, que irão auxiliar no mapeamento de imóveis fechados ou abandonados com riscos à população, por conterem focos de infestação do mosquito transmissor da dengue e do zika. A iniciativa ocorre de acorco com o que foi apresentado no Plano de Mobilização e Combate ao Aedes aegypti.

O roteiro inicial de atuação dos drones foi traçado pela Secretaria Executiva de Promoção à Saúde. O lançamento oficial será feito às 9h30 na Rua Sete, no bairro do Curado VI, onde foram detectados pelos agentes 13 imóveis particulares desocupados, um deles com cisternas que tinham larvas do mosquito saindo pelas torneiras. 

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Ao mesmo tempo, haverá um segundo drone em funcionamento em outra área da Regional Curado, um em Prazeres, outro em Jaboatão Centro e um drone também em Dois Carneiros. Os equipamentos estarão realizando a coleta de imagens durante 15 dias, em vários pontos da cidade. O resultado ajudará a detectar os pontos mais críticos.

Para a entrada forçada em imóveis particulares, a Prefeitura tem o respaldo da lei, que assegura autorização no caso de recusa ou ausência de alguém que possa abrir a porta para o agente sanitário, quando isto se mostrar fundamental para a contenção, combate e eliminação do mosquito. A lei detalha que nos casos em que a entrada forçada será utilizada, a mesma terá apoio da autoridade policial; em casos de ausência do proprietário ou morador, o uso da força deverá ser acompanhado por um técnico habilitado em abertura de portas, no intuito de recolocar as fechaduras após realizada a ação de vigilância sanitária e epidemiológica.

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estão liberando no ambiente ovos de Aedes aegypti contaminados com uma bactéria que impede o mosquito de transmitir a dengue. Essa é uma nova etapa do projeto científico "Eliminar a Dengue: Desafio Brasil", que desde setembro do ano passado solta mosquitos infectados pela bactéria na forma adulta. A intenção dos pesquisadores ao deixarem os ovos contaminados eclodirem é que o mosquito esteja mais bem adaptado ao clima da região em que vai viver.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que essa é uma das pesquisas mais promissoras para o combate ao Aedes aegypiti, que transmite também zika e chikungunya. "O mosquito, quando contaminado por essa bactéria, perde a capacidade de transmitir a dengue. E admite-se que isso ocorra com zika e chicungunya também. Quando o mosquito macho contaminado cruza com a fêmea, transmite a bactéria. É uma DST (doença sexualmente transmissível) de mosquito que vamos espalhar", brincou o ministro no lançamento da campanha "10 Minutos Salvam Vidas", da Secretaria de Estado de Saúde.

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A bactéria Wolbachia está presente na maioria dos insetos, como o pernilongo, e foi introduzida em ovos do Aedes aegypiti por microinjeção. Se a fêmea estiver contaminada, a prole já terá a bactéria, que passa a ser transmitida naturalmente de geração em geração. Se apenas o macho estiver infectado, os ovos que ele fertilizar não eclodem. "Os mosquitos utilizados não são estéreis nem sofrem nenhum tipo de modificação genética. O objetivo não é a redução da população de mosquitos. A proposta é substituir a população que já existe no local por mosquitos Aedes com Wolbachia", explicou o pesquisador Luciano Moreira, coordenador do projeto.

Os primeiros insetos adultos contaminados com Wolbachia foram liberados na favela de Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, em setembro de 2014. Ao fim de 20 semanas, 65% dos mosquitos capturados na região tinham a bactéria. Logo depois houve redução dessa população de mosquitos. Os pesquisadores acreditam que isso tenha ocorrido pela dificuldade do mosquito nascido em laboratório se adaptar ao clima do bairro.

Os especialistas passaram a instalar pequenos recipientes de plástico, com ovos contaminados com Wolbachia. Esses potes são deixados nas casas de moradores voluntários, onde os ovos eclodem. Outras casas da vizinhança recebem dois tipos de armadilhas - uma para capturar mosquitos adultos e outra para recolher ovos e larvas. Os pesquisadores querem saber qual a proporção de insetos, ovos e larvas contaminadas.

A comerciante Bruna Leite, de 29 anos, moradora de Tubiacanga, tem uma armadilha para ovos e larvas na loja dela. "Tem muito mosquito aqui. Eu abro a loja e tenho que deixar o ventilador ligado para espantar os mosquitos. Mas faz muito tempo que ninguém aqui tem dengue. Acho que está fazendo efeito", conta ela. Bruna é voluntária porque o filho Jhonata Henrique, de 7 anos, teve a forma hemorrágica da doença. "Cada um tem que fazer a sua parte."

Além de Tubiacanga, o bairro de Jurujuba, em Niterói (cidade na região metropolitana), está passando por testes com os ovos de Aedes aegypti contaminados pela Wolbachia. Os pesquisadores também estudam o raio de ação dos mosquitos. Eles soltaram insetos "pintados" das cores vermelha, azul e verde. Quando esses mosquitos forem capturados nas armadilhas, será possível saber a distância que percorreram a partir do ponto de soltura. A pesquisa é de longo prazo. Os pesquisadores ainda não têm previsão sobre quando a estratégia poderá ser adotada em larga escala.

A ação de combate ao Aedes aegypti em Pernambuco contará com 750 soldados do exército brasileiro. A informação foi confirmada após uma reunião realizada entre o Secretário Estadual de Saúde, José Iran Costa, e o Comandante Militar do Nordeste, General Manoel Pafiadache, nesta sexta-feira (2). O mosquito transmite dengue, chikungunya e o zika vírus.

A força-tarefa começa a ser realizada na próxima sexta-feira (4), com a atuação inicial de 200 soldados. Esses militares passaram por capacitação no primeiro semestre desse ano, quando o exército também disponibilizou efetivo para o combate ao mosquito no Recife e na ilha de Itamaracá.

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Simultaneamente, outros 550 homens serão treinados para integrar a equipe. “A capacitação não leva muito tempo. Como iniciam na próxima sexta-feira, na semana seguinte eles já deverão estar nas ruas”, explicou o comandante da 10° Brigada de Infantaria Motorizada, general Antônio Eudes.

Os trabalhos começam no Recife e na Região Metropolitana (RMR), em seguida serão estendidos para 19 municípios da Zona da Mata, Sertão e Agreste de Pernambuco. Divididos em duplas, em alguns casos os soldados contarão com o apoio de agentes de saúde.

“As equipes vão acessar as residências – nas áreas prioritárias, verificar a situação que tange a procedimento de risco, vão aplicar as larvicidas e simultaneamente esclarecer a população quanto a conduta mais correta”, afirmou o general. O regime de trabalho será das 8h às 17h, devendo incluir os finais de semana.

“O foco principal é exatamente resolver o problema, vencer o que chamamos de guerra. O tempo de atuação estimado dessa parceria que o momento exige vai oscilar de três a seis meses”, concluiu. Uma nova reunião está marcada para às 15h de hoje, quando os detalhes das ações no Recife devem ser repassados.

A criação de mosquitos vetores da malária geneticamente modificados é uma esperança para erradicar totalmente a grave infecção, causa de inúmeras mortes em todo o mundo. A taxa de transmissão entre mosquitos do gene modificado chega a 99,5%, indicaram os pesquisadores cujos trabalhos foram publicados nesta segunda-feira nos Anais da Academia de Ciências (PNAS) dos Estados Unidos.

"Estes resultados são muito promissores porque mostram que a técnica de edição genética pode ser adaptada para eliminar a malária", afirmou Anthony James, professor de biologia e genética molecular da Universidade da Califórnia em Irvine. O estudo representa um avanço real na técnica genética chamada CRISPR, que consiste em inserir genes que bloqueiam o parasita do DNA dos mosquitos Anopheles stephensi, principal vetor da malária na Ásia e assim garantir que este bloqueador se transmita para os descendentes.

Para comprovar que os mosquitos se transmitiam com efetividade os genes portadores de anticorpos, os cientistas agregaram uma proteína que mudava a cor de seus olhos para vermelho fluorescente. Assim, puderam garantir que quase 100% da nova geração de mosquitos tinha essa característica, o que demonstrou o sucesso da manipulação genética.

Chamando o experimento de "importante primeiro passo", James destacou que serão necessários outros estudos para confirmar a eficácia dos anticorpos. "Os mosquitos geneticamente modificados que criamos são apenas uma etapa, mas conseguimos demonstrar que esta tecnologia permite criar de maneira eficaz grandes populações de mosquitos geneticamente modificados", explicou.

A malária é um dos principais desafios de saúde pública no mundo, com mais de 40% da população em risco em diferentes regiões. A cada ano são registrados entre 300 e 500 milhões de novos casos de malária e quase um milhão de pessoas morrem anualmente em decorrência da doença, sobretudo crianças e mulheres grávidas da África subsaariana, segundo os Centros de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês).

A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife divulgou nesta segunda-feira (1º) informações sobre os dois primeiros casos de óbitos por dengue confirmados no Recife. De acordo com a Sesau, um homem de 77 anos faleceu no dia 7 de maio no bairro da Guabiraba, na Zona Norte do Recife, e outro de 32 anos faleceu no dia 10 de maio, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul.

Os dados foram do último Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (LIRAa), que também registrou o número de todos os casos notificados, bem como as ações realizadas na capital desde novembro do ano de 2014. Segundo o levantamento, considerando os cinco bairros que compõem o Distrito Sanitário VI, o bairro da Imbiribeira está em 2º lugar nesta área com índice de infestação pelo mosquito de 2.9%, atrás de Boa Viagem com 3.0%.

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Considerando todo o município do Recife, o bairro com o maior índice de infestação é o da Várzea, localizado no Distrito Sanitário IV, com 9.1%, seguido do Alto José Bonifácio com 8.8% e o Jordão com 8.1%.

Foram divulgados também os principais focos encontrados nos estabelecimentos da capital.

Classificação dos recipientes predominantes para Aedes aegypti pelo LIRAa:

- Caixa d’água ligada à rede;

- Depósitos ao nível do solo para consumo doméstico (barril, tina, tonel, tambor, depósito de barro, tanque, poço, cisterna e cacimba);

- Vasos/ frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de gelo, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, material de depósito de construção, objetos religiosos/ rituais; 

- Tanques em obras, borracharias, calhas, lajes de toldos em desníveis, ralos sanitários em desuso, obras arquitetônicas, piscinas não tratadas, fontes ornamentais, floreiras/ vasos em cemitérios, cacos de vidro em muros, caixas de inspeção e passagem;

- Pneus e outros materiais rodantes;

- Lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios de ferro velho e recicladores, entulhos;

- Axilas de folhas (bromélias, etc.), buracos em árvores e em rochas, cascas de animais (cascos e carapaças).

Neste final de semana, um total de 3.791 mil residências foram inspecionadas pelos Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) da Secretaria de Saúde do Recife, em 14 bairros dos oito Distritos Sanitários da cidade. Durante os plantões, as equipes notificaram 71 novos casos de dengue.

Os profissionais foram treinados na última semana para combater o Aedes aegypti, e agora puseram os métodos em prática. Cerca de 156 Asaces distribuíram panfletos e orientações educativas, além de levar tratamento focal onde há larvas do mosquito e o bloqueio químico em áreas de infestação.

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>> Especialistas: zika vírus não pode ser descartado

Foram visitados os bairros do Cabanga, Joana Bezerra, Campo Grande, Fundão, Espinheiro, Dois Irmãos, Cosme e Damião, Jardim Terezópolis, Jardim São Paulo, Barro, Imbiribeira, Vasco da Gama, UR-10 e UR-01. Na final do Campeonato Pernambucano, nos jogos de sábado (2) e domingo (3), os agente também marcaram presença realizando as ações. 

De março até agora, os Asaces visitaram mais de 35 mil imóveis, realizando tratamento focal e destacando a importância de eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Devido ao alto número de casos de dengue, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) divulgou orientações à população sobre os riscos de contaminação da febre Chikungunya (CHIKV), doença com sintomas similares ao da dengue, que pode ser transmitida pela picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, ambos presentes no Brasil.

Os primeiros sinais da doença começam a aparecer entre três e sete dias após a picada do mosquito. Não há nenhum tratamento específico ou vacina para prevenir a infecção por esse vírus, que apresenta maior risco para crianças com menos de um ano, pessoas com mais de 65 anos de idades e/ou aqueles com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, entre outras.

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A infecção provoca febre alta, dor nas articulações, erupção cutânea, dores de cabeça e musculares. A doença raramente causa a morte, mas a dor articular pode durar meses ou mesmo anos em alguns casos.

A entidade alerta para o risco de transmissão por transfusão de sangue e transplante de órgãos. “Embora não haja qualquer descrição na literatura existe a possibilidade ao menos teórica de que o vírus Chikungunya possa ser transmitido via transfusão de sangue devido às muitas similaridades com o vírus West Nile e o vírus da dengue, os quais compartilham os mesmos vetores que o Chikungunya e possuem transmissão transfusional e por transplante de órgãos comprovadas”, explica o virologista José Eduardo Levi, membro do Comitê de Doenças Infecciosas Transmitidas por Transfusão da ABHH.

O vírus CHIKV não alcançou dimensões epidêmicas no Brasil até o momento, sendo registrada a grande maioria dos casos autóctones no Amapá e na Bahia (Feira de Santana). Entretanto, se faz necessária a recomendação enquanto a situação transcorrer no território nacional.

* Com informações da assessoria.

Os dados da Secretaria de Saúde do Recife apontam para um surto de dengue alarmante na cidade. Segundo o último boletim, foram notificados 4.724 casos de dengue e confirmados 1066. Para se ter uma ideia, no mesmo período em 2014, foram notificados 585 casos e confirmados 182, o que significa um aumento de 707,5%  nos notificados e 485,7% nos confirmados.

O problema é que está ocorrendo uma nova epidemia cujos sintomas se assemelham aos da dengue clássica, mas há diferenças. “A doença possui manifestações diferentes. Acreditamos que possa ser do tipo 4, que já apareceu no Recife uma vez, que está se apresentando de uma nova forma”, comenta o infectologista do Hospital Oswaldo Cruz e Correia Picanço, Luciano Arraes. Para ele, há basicamente dois grupos de pacientes: os que apresentam febre e os que não apresentam febre.

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A nova epidemia, segundo o infectologista, é mais leve e o paciente consegue receber alta em menos de uma semana. Mesmo assim, o surto tem lotado as emergências dos hospitais. Luciano Arraes destaca que aproximadamente metade dos casos na emergência das UPAs estão relacionados à dengue.

Os bairros com a maior quantidade de casos confirmados são os de Vasco da Gama (93), Morro da Conceição (50) e Nova Descoberta (41), todos localizados na zona norte do Recife. Dois óbitos estavam na lista de casos notificados de dengue, mas foram descartados após exames laboratoriais.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, em Pernambuco, Recife é disparado o município com o maior número de casos, seguido de Camaragibe (676), Jaboatão dos Guararapes (597) e Goiana (577). Levando em conta o grau de incidência, ou seja, o número de casos por 100 mil habitantes, quem lidera o ranking é Pedra, no Agreste, com índice de 1059,4. Em seguida vêm: São José do Egito (753,28), Condado (702,25), Goiana (646,34), Iguaraci (585,95), Venturosa (571,72), Sanharó (525,33), Surubim (489,37), Arquipélago de Fernando de Noronha (485,44), Itaquitinga (485,15), Buenos Aires (423,92), Manari (361,63), São Bento do Una (347,09), Iati (332,24), Sertânia (329,48), Santa Cruz do Capibaribe (325,50) e Betânia (312,50), todos com alta incidência.

Sintomas – Entre os sintomas da dor de cabeça, dor atrás dos olhos, vermelhidão na pele, tonturas, dores nos ossos e articulações, cansaço e moleza no corpo. Alguns casos da nova epidemia deixa de apresentar alguns desses sintomas, além da febre. 

O Ministério da Saúde e a Vigilância Epidemiológica do Piauí estão concluindo a investigação do que pode ser o primeiro caso de febre do Nilo no Brasil. Exames iniciais, feitos em outubro, indicaram que um agricultor de 52 anos, do município de Aroeiras do Itaim, no Piauí, tem o vírus, e os órgãos de Saúde estão recolhendo material de animais, na região, para avaliar a situação.

De acordo com o neurologista Marcelo Adriano Vieira, do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, de Teresina, o caso ainda é considerado provável, pois protocolos internacionais indicam que devem ser feitos dois exames. Por isso, aguardam o resultado do segundo exame, feito pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, que será divulgado na próxima segunda-feira (8), pelo Ministério da Saúde.

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Segundo Vieira, provavelmente um mosquito foi infectado ao picar algum pássaro silvestre vindo de regiões endêmicas da África ou Ásia Ocidental. As aves migratórias, que de tempos em tempos, trocam o frio do Hemisfério Norte pelo calor do Hemisfério Sul, são o principal reservatório do vírus identificado em Uganda, em 1937, que causa febre, dor de cabeça e, eventualmente, até problemas neurológicos.

Vieira explica que só as aves transmitem a doença para o mosquito, e este retransmite para pessoas, animais e outras aves. “Se o mosquito picar outras aves, o ciclo se perpetua; se picar uma pessoa ou um equino, por exemplo, a doença para ali, porque são hospedeiros definitivos”, disse ele, lembrando que o vírus já foi identificado em dois frangos.

De acordo com o neurologista, em 75% dos casos de contaminação humana pelo vírus da febre do Nilo, o organismo o elimina e a pessoa não sente nenhum sintoma. Em 24% dos casos, os sintomas são semelhantes aos da dengue (febre, dor de cabeça e no corpo). Só em 1% dos casos há comprometimento neurológico, com perda de movimentos, mas esse sintoma pode ser revertido.

Em agosto, o agricultor piauiense sentiu dormência, dor de cabeça, náuseas e, em seguida, teve a sensação de perda de forças, até culminar com a paralisação de todos os movimentos do corpo - só mexia a cabeça. Ele já recuperou o movimento dos braços e das pernas, mas ainda não tem forças para ficar em pé. Segundo Vieira, o paciente já está em casa e tem chances de voltar a andar.

No próximo sábado (6), haverá uma mobilização nacional de combate à Dengue e  Chikungunya. Através de mutirões de limpeza urbana, as ações têm o objetivo de conscientizar gestores municipais de saúde sobre a importância de conscientizar a sociedade a respeito da identificação e eliminação dos criadouros do Aedes aegypti, mosquito que pode ocasionar as duas doenças.

Cerca de 676 mil cartazes e folders foram encaminhados aos municípios do Estado para reforçar a conscientização da sociedade. Além disso, também foram enviados 261 mil fluxogramas e 249 manuais com orientações sobre como deve ser feito o tratamento de pacientes com suspeita de dengue e chikungunya.

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“Essa é uma batalha que precisa da conscientização e da ação de toda a sociedade, já que a maioria dos focos do mosquito é encontrada dentro das casas”, frisa a coordenadora do Programa de Controle da Dengue e da Febre Chikungunya da Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE), Claudenice Pontes.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE), na Boa Vista, área central do Recife, também foi preparado para a realização de testes de confirmação das enfermidades. No caso da Chikungunya, há dois tipos de testes que podem ser realizados: um deles é capaz de confirmar os casos iniciais (até o oitavo dia); o outro será realizado nos casos em que já houver infestação da doença no paciente. Quanto ao diagnóstico da dengue, todas as 12 regionais de Saúde estão habilitadas para a realização de exames de sorologia para a identificação da doença nos pacientes.

ESTATÍSTICAS - Em novembro, durante lançamento do Plano de Contingência da Chikungunya e da Dengue 2015, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou que irá investir cerca de R$ 6,6 milhões na compra de materiais e na capacitação de profissionais de saúde para combater as enfermidades.
Até agora, Pernambuco não registrou nenhum caso de Chikungunya. Entretanto, até o dia 15 de novembro, foram contabilizados 16.743 casos de dengue (5.886 confirmados), distribuídos em 176 municípios. As cidades de maior incidência da doença são Passira, Itacuruba, Santa Cruz do Capibaribe, Cabo de Santo Agostinho, Ingazeira, São José do Egito, Solidão, Jaboatão dos Guararapes, Toritama e Condado.

Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (4) indicam que 533 municípios brasileiros estão em situação de alerta para a dengue e 117 correm o risco de registrar uma epidemia da doença.

As cidades classificadas como em situação de alerta apresentam larvas do mosquito entre 1% e 3,9% dos imóveis pesquisados, enquanto as que se enquadram em situação de risco registram índice superior a 3,9%.

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O Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa) mostra que dez capitais brasileiras apresentam situação de alerta para a dengue: Belém, no Pará; Porto Velho, em Rondônia; Maceió, em Alagoas; Natal, no Rio Grande do Norte; Recife, em Pernambuco; São Luís, no Maranhão; Aracaju, em Sergipe; Vitória, no Espírito Santo; Cuiabá, em Mato Grosso e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Seis capitais - Boa Vista, em Roraima; Manaus, no Amazonas; Palmas, no Tocantins; Rio Branco, no Acre; Fortaleza, no Ceará e Salvador, na Bahia – ainda não apresentaram os resultados do levantamento ao ministério.

No Norte, dos 124 municípios que participaram do levantamento, 52 estão em situação de alerta e 17 em situação de risco. O principal problema para a transmissão da doença na região é o lixo nos domicílios, como garrafas, pneus, latas e qualquer outro objeto que possa acumular água de chuva.

Já na Região Nordeste do país, o Ministério detectou que o principal problema para a transmissão da doença é o armazenamento incorreto de água. Dos 727 municípios que responderam ao levantamento, 354 estão em situação de alerta e 96 em situação de risco.

No Sudeste, 426 municípios participaram do levantamento: 90 se enquadram em situação de alerta e apenas uma em situação de risco. Na região, a transmissão da doença acontece principalmente por depósitos domiciliares, que incluem pratos de vasos de planta, vasilhas de água de cães e gatos e calhas entupidas.

Na Região Centro-Oeste, o Ministério da Saúde também detectou como principal problema para a transmissão o armazenamento incorreto de água. Cento e trinta e quatro municípios participaram do levantamento, 20 estão em situação de alerta e um situação de risco.

Por fim, os dados relativos à região Sul mostram que a transmissão ocorre principalmente pelo lixo nos domicílios. O Ministério fez o levantamento com 52 municípios: 17 estão em situação de alerta e dois em situação de risco.

Risco alto - Em Pernambuco, são 24 as cidades com risco de epidemia, entre elas, Camaragibe, a única da Região Metropolitana do Recife classificada com este grau pelo Liraa. As outras são Araripina, Condado, Ibimirim, Inajá, Ingazeira, Petrolândia, Calumbi, Buíque, São José do Egito, Brejo da Madre de Deus, Aliança, Ibirajuba, Sertânia, Surubim, Macaparana, Glória do Goitá, Santa Cruz, Custódia, João Alfredo, Venturosa, Casinhas, Terezinha e Betânia.

A população brasileira já sofreu com várias surtos de dengue. tanto que no primeiro trimestre do ano passado, 922 mil casos de dengue em todo o país. Neste ano, em comparação ao mesmo período de 2013, uma queda de 87% foi registrada. Essa queda no número de casos pode até aumentar futuramente. Isso porque uma fábrica em Campinas-SP é a primeira no mundo a produzir um mosquito para auxiliar no combate da doença.

Além do alto número de casos da doença, que pode até levar à morte, outra justificativa para a produção dos insetos geneticamente modificados é o fato da dengue não ter vacina ou tratamento específico. Apesar do governo não liberar a venda, mosquitos machos e fêmeas estão sendo produzidos e a meta é que, gradativamente, o inseto transgênico tome o lugar dos silvestres.

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O mosquito transmissor da dengue foi originado da África e, por ser uma espécie invasora, o seu desaparecimento não é considerado um atentado ambiental. Os testes com o inseto geneticamente modificado já foram iniciados na Bahia e nos Estados Unidos, além das Ilhas Cayman.

Confira no vídeo a seguir como é a produção e como funcionará a utilização deste mosquito no combate à dengue:

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A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quarta-feira, 10, o pedido de liberação comercial de mosquitos transgênicos contra a dengue, desenvolvidos por uma empresa britânica, chamada Oxitec. Os mosquitos são geneticamente modificados para serem estéreis, de modo que, ao copularem com as fêmeas de Aedes aegypti na natureza, eles acabam por interromper a reprodução da espécie. Testes realizados desde 2011 em dois bairros de Juazeiro, na Bahia, reduziram em até 90% o número de insetos transmissores da dengue nessas localidades. A decisão da CTNBio, por 16 votos a 1, atesta que os mosquitos transgênicos são seguros, tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente, autorizando a empresa a buscar o registro comercial para colocá-los no mercado - o que poderá levar um tempo indeterminado para acontecer.

A Oxitec já tem uma fábrica pronta para entrar em operação em Campinas, com capacidade para produzir 2 milhões de mosquitos transgênicos por semana, além de uma parceria com a empresa brasileira Moscamed, com sede em Juazeiro, que produziu os mosquitos para os testes de campo na Bahia. "Estamos muito satisfeitos com a aprovação", disse ao Estado o diretor global de negócios da Oxitec, Glen Slade. "Vencemos essa etapa fundamental, mas é só o início de um grande trabalho", completou ele, ressaltando que não está claro em qual ministério a empresa deverá solicitar o registro comercial do mosquito. Por ser o primeiro produto desse tipo aprovado no País - e no mundo -, não há um trâmite estabelecido. O mais provável é que o processo passe pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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"Seja como for, a aprovação pela CTNBio significa que devemos continuar a investir no Brasil", disse Slade. O objetivo da empresa é ter várias fábricas de mosquitos espalhadas pelo País, para atender a demandas localizadas com mais eficiência. Os mosquitos são frágeis e não podem viajar longas distâncias, por isso é importante que as fábricas estejam próximas das cidades que eventualmente serão atendidas pelo serviço.

Como funciona.

Os mosquitos transgênicos da Oxitec têm um gene a mais inserido em seu DNA que faz com que seus descendentes morram antes de chegar à fase adulta, ainda no estágio de larva. Apenas mosquitos machos são produzidos, pois são apenas as fêmeas que picam as pessoas e transmitem a dengue. Dessa forma, evita-se acrescentar mais mosquitos com potencial para transmitir a doença no ambiente. A estratégia consiste em liberar grandes quantidades desses mosquitos transgênicos na "natureza" (áreas urbanas), em número muito maior do que o de machos selvagens, de forma que os transgênicos estéreis tenham uma probabilidade muito maior de copular com as fêmeas daquela população. "Os resultados são muito promissores e mostram que a tecnologia funciona para reduzir a população de mosquitos", diz a pesquisadora Margareth Capurro, da Universidade de São Paulo, que coordenou os estudos de campo na Bahia. Com a redução do número de mosquitos, a expectativa é que o risco de transmissão da dengue também caia.

No primeiro trimestre deste ano, Recife obteve queda de 60% nos casos de dengue. Em números, a porcentagem corresponde à diminuição de 140 para apenas 47 quadros da doença confirmados. O decréscimo também impactou os casos notificados, nos quais o médico supõe que o paciente está portando o vírus. Em 2013, foram 448 notificações da doença. Já este ano, o número caiu para 181. Todos estes dados foram apresentados na tarde desta segunda-feira (31), durante o lançamento da campanha “É Vapt Vupt Contra a Dengue”, que aconteceu no Centro de Educação Paulo Freire, bairro da Madalena, no Grande Recife.

Ainda neste primeiro semestre do ano, outro dado que surpreendeu foi em relação ao número de óbitos por conta da doença. De janeiro a março de 2014, duas pessoas foram vítimas do Aedes Aegypti. Já neste ano, apenas um caso de morte está sendo investigado por conta da mordida do mosquito. Apesar dos resultados positivos, quatro bairros da capital pernambucana ainda se encontram em estado de alerta e com altos números de casos identificados. São eles: Cohab (19 casos), Várzea (12), Casa Amarela (10) e Boa Viagem (10). No ano passado, Santo Amaro integrava a lista dos bairros em estado alarmante. Agora, o local integra o nível considerado satisfatório, onde os casos estão dentro do “normal”. 

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Para o funcionamento da campanha, que recebeu investimento de R$ 3,6 milhões, a Secretária de Saúde teve como objetivo intensificar as ações de campo com uso de larvicida em residências e pontos estratégicos, adquirir 88 mil capas para vedação das caixas d’água, além de realizar mutirões em parceria com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) para o recolhimento de pneus – produto que acumula água e, consequentemente, atrai os mosquitos da dengue. 

Durante o evento, o Secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, comemorou o resultado das visitas dos agentes comunitários de saúde, que foram diretamente responsáveis pela diminuição dos casos da doença. “Graças a vocês (agentes) conseguimos obter queda nos números. Foram vocês quem conseguiram conscientizar a população sobre os riscos da dengue”, elogiou Correia. 

O gestor ressaltou que 958 agentes foram capacitados para entrar em campo e intensificar as visitas nas casas dos moradores durante os períodos de chuva, época que os números tendem a crescer em todo país.  Ainda na ocasião, o secretário disse não estar preocupado no avanço de casos durante a Copa do Mundo 2014, período que o Estado deve receber muitos turistas. “Se mantivermos a transmissão da dengue sob controle, tenho certeza que o número não terá como se alastrar”, garantiu o Correia. 

 

A seleção brasileira estreou com uma goleada no Mundial Sub-17, realizado nos Emirados Árabes Unidos. Nesta quinta-feira, em Abu Dabi, a equipe massacrou a Eslováquia por 6 a 1, em partida válida pela primeira rodada do Grupo A, com destaque para o atacante Mosquito, do Atlético Paranaense, pivô recente de uma polêmica no futebol nacional, autor de três gols.

Formado nas categorias de base do Vasco, Mosquito acabou se transferindo para o Atlético-PR, o que causou boicote de outras equipes ao clube de Curitiba, excluído da última edição do Campeonato Brasileiro Sub-17. E o atacante também ficou quase um ano sem entrar em campo por causa do imbróglio.

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Nesta quinta, porém, Mosquito brilhou e liderou o Brasil na goleada sobre a Eslováquia. O atacante marcou os dois primeiros gols da seleção na partida, aos 17 e aos 31 minutos do primeiro tempo, e também o último, aos 25 minutos, ao converter cobrança de pênalti.

O meia-atacante Nathan, também do Atlético-PR, fez dois gols, aos 47 minutos do primeiro tempo e aos seis minutos da etapa final. O meia-atacante Caio, do Flamengo, também marcou para o Brasil, aos 11 minutos. O gol da Eslováquia foi de Vavro, aos 23 minutos do segundo tempo.

Dona de três títulos mundiais, conquistados em 1997, 1999 e 2003, a seleção brasileira Sub-17 foi dirigida nesta quinta por Maurício Copertino, pois o técnico Alexandre Gallo cumpriu suspensão por expulsão em partida do Sul-Americano e precisou permanecer na arquibancada do estádio.

Após a boa vitória, o Brasil volta a entrar em campo no próximo domingo, quando vai enfrentar a seleção dos Emirados Árabes Unidos, também em Abu Dabi, pela segunda rodada do Grupo A.

Em outro jogo disputado nesta quinta no Mundial Sub-17, a seleção do Uruguai goleou a Nova Zelândia por 7 a 0, pelo Grupo B.

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Um raro fóssil de mosquito, com 46 milhões de anos, e a barriga cheia de sangue seco foi encontrado no leito de um rio no estado americano de Montana, revelaram cientistas esta segunda-feira (14). Trata-se de "um fóssil extremamente raro, o único do tipo no mundo", disse Dale Greenwalt, principal autor do estudo publicado no periódico National Academy of Sciences.

Instrumentos inovadores detectaram vestígios inconfundíveis de ferro em seu abdômen cheio de sangue, mas de qual criatura provinha o sangue é um mistério, uma vez que o DNA não pode ser extraído de um fóssil tão antigo. No filme "Jurassic Park - Parque dos Dinossauros", de 1993, cientistas extraem DNA de dinossauro do abdômen de um mosquito preso em âmbar, uma resina vegetal.

Não só a cena é ficcional, já que ninguém conseguiu extrair DNA de um fóssil tão antigo, como Greenwalt disse que o mosquito exibido no filme era um macho e mosquitos machos não se alimentam de sangue. Feitas estas ressalvas, o cientista afirmou: "como muito do que se vê na ficção científica, (o filme) meio que previu algo com o que nós poderemos nos deparar no futuro".

Para Greenwalt, o sangue encontrado no fóssil pode ter sido de uma ave, desde que o mosquito ancestral lembra um inseto moderno do gênero 'Culicidae', que gosta de se alimentar de nossos amigos emplumados. "Mas isto seria pura especulação", disse Greenwalt, bioquímico que trabalha como voluntário no Museu Smithsonian de História Natural em Washington.

Embora seja muito mais 'jovem' do que o mais antigo fóssil de mosquito conhecido (honra que recai sobre um mosquito de 95 milhões de anos preso em âmbar e encontrado em Mianmar), para o entomologista Lynn Kimsey, da Universidade da Califórnia, esta é "uma descoberta muito excitante". "Ter uma fêmea de mosquito de verdade cheia de sangue associada com machos na mesma formação fóssil é altamente improvável", disse Kimsey, que não participou da pesquisa.

"Aqui, os autores conseguiram usar espectrômetro de massa para elucidar o conteúdo abdominal e, consequentemente, a dieta de sangue em um fóssil com cerca de 40 milhões de anos", acrescentou, descrevendo a pesquisa como "impressionante".

Greenwalt disse ter ficado fascinado com insetos fossilizados alguns anos atrás.Ele se informou sobre o assunto com o estudante de mestrado Kurt Constenius, que descreveu suas descobertas de insetos fossilizados ao longo de um leito de rio remoto de Montana, em um obscura publicação geológica mais de duas décadas atrás. Greenwalt e Constenius discutiram a área onde os fósseis foram encontrados, que fica perto do Rio Flathead, ao longo da fronteira oeste do Parque Nacional Glacier.

Nos últimos anos, Greenwalt foi para lá todo verão para coletar peças de xisto de uma área que está erodindo lentamente, expondo sedimentos de um antigo lago. "A rocha está em camadas muito finas, de um milímetro ou dois", explicou Greenwalt.

"Com uma lâmina, eu consigo dividir esta rocha ainda mais e expor estas superfícies virgens e é onde eu encontro os fósseis", acrescentou. O fóssil descrito no periódico PNAS não resultou das expedições de Greenwalt, mas de uma coleção de insetos fossilizados que estavam esquecidos no porão de Constenius desde 1980, e que ele e sua família tinham doado para o museu Smithsonian.

"Assim que o vi, soube que era diferente", disse Greenwalt à AFP. O mosquito em si mede apenas 0,2 polegada (0,51 cm). De alguma forma, a frágil criatura comeu sua última refeição, preenchendo seu abdômen até quase explodir como um balão.

Então, talvez quando o mosquito sobrevoava um lago repleto de algas, ele tenha ficado preso neste muco, sido envolvido por micróbios que impediram sua degradação e, finalmente, acabou afundando, ficando preso no sedimento no fundo do lago. Três dúzias de fósseis de mosquito foram coletadas no sítio de fósseis do noroeste de Montana, mas nenhum outro apresentou sinais de conter sangue.

Especialistas usaram uma técnica denominada espectrometria de massa não destrutiva para identificar a fonte do ferro em seu abdômen como heme, molécula ferruginosa que permite à hemoglobina do sangue transportar oxigênio. Contudo, o método só pode ser usado em superfícies planas e não seria útil para analisar mosquitos preservados em âmbar, afirmou.

Sete pessoas já morreram em decorrência da dengue em 2013 na Paraíba. Os dados constam no 8º boletim emitido pela Vigilância Epidemiológica e foram registrados em várias cidades pelo Estado.

Arara, Conde, Pitimbu, Itaporanga e João Pessoa notificaram uma morte cada, enquanto Campina Grande registrou dois casos. Os números, no entanto, não são alarmantes, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, já que se igualam aos ocorridos no mesmo período do não passado.

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Já os casos de pessoas doentes tiveram um aumento de 4,8% no período de primeiro de janeiro a 6 de julho em relação a 2012. Até agora, 3.815 ocorrências da doença, dos quais 2.833 foram confirmadas e 982 foram descartadas.

Dos 74 doentes graves, 16 estão na capital, cinco em Campina Grande, três em São João do Cariri, e uma em Santana de Mangueira, Itaporanga, Santa Rita e Uiraúna, cada. Para evitar a dengue, é preciso manter enxutos vasilhames de garrafas, pneus e tudo o que juntar água.

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