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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nessa terça-feira (28) a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para prestar esclarecimentos sobre o Decreto 9.875/19, que amplia a posse e o porte de armas no país. Por se tratar de convocação, Lorenzoni é obrigado a comparecer ao colegiado. Ainda não há data para participação do ministro.

Segundo o autor do pedido, deputado Aliel Machado (PSB-PR), mesmo após edição de novo decreto, é importante que o governo discuta eventuais vícios de constitucionalidade no dispositivo. 

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Deputados de partidos da base governista tentaram transformar o pedido em convite, o que daria autonomia para Onyx Lorenzoni decidir se aceita, ou não, a solicitação. No entanto, segundo o deputado Kim Kataguiri (SP), do mesmo partido de Onyx (DEM), em conversa por telefone, o próprio ministro deu o aval para a convocação.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, classificou a convocação do ministro como “normal” e uma possibilidade de diálogo com o Legislativo. 

"No caso da convocação do ministro Onyx, o presidente entende tratar-se de uma atividade normal e até reforça a possibilidade de o ministro dispor-se a dialogar com o Congresso, no sentido de esclarecer, ainda com mais profundidade, quaisquer outras questões que estejam vinculadas a dúvidas em relação àquele decreto. Então não há, da parte da Presidência da República, nenhum temor. Muito pelo contrário, há quase que uma compreensão da necessidade desse diálogo e, naturalmente, o ministro Onyx se torna, por consequência do seu cargo, a pessoa mais habilitada a estabelecer esse link".

Antes disso, o porta-voz comentou outra pergunta de jornalistas, sobre as iniciativas ainda em curso no Congresso para sustar o decreto. "O presidente pretende que as suas modificações, ou melhor, as modificações consignadas pela Presidência da República, sejam as definitivas", declarou Rêgo Barros.

Decreto

O governo federal publicou na última quarta-feira (22) novo decreto que altera regras do dispositivo que trata da aquisição, cadastro, registro, posse, porte e comercialização de armas de fogo no país. Entre as alterações está o veto ao porte de fuzis, carabinas ou espingardas para cidadãos comuns.

Além de mudanças relacionadas ao porte de arma para o cidadão, há outras relacionadas à forças de segurança; aos colecionadores, caçadores e atiradores; ao procedimento para concessão do porte; e sobre as regras para transporte de armas em voos, que voltam a ser atribuição da Agência Nacional de Aviação Civil.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que as mudanças foram determinadas pelo presidente Jair Bolsonaro “a partir dos questionamentos feitos perante o Poder Judiciário, no âmbito do Poder Legislativo e pela sociedade em geral”.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), disse que algumas mulheres preferem andar armadas do que terem “a folhinha da Maria da Penha” para se defenderem. O argumento do ministro foi exposto enquanto ele defendia os decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para flexibilizar o porte e a posse de armas no Brasil, desde que assumiu o governo em janeiro.

"Tem mulheres que entre ter lá a folhinha da Maria da Penha ou um revólver ou pistola na bolsa, prefere ter um revólver na bolsa, porque isso garante a integridade dela. Esse é um exercício de direito que tem que ser respeitado", declarou o democrata durante entrevista à Rádio Gaúcha nessa sexta-feira (10).

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O último decreto assinado pelo presidente que atinge o armamento do país foi do último dia 7. Na ocasião, ele flexibilizou o porte de armas e a compra de munições para, pelo menos, 20 categorias de profissionais, entre eles políticos detentores de mandatos e jornalistas.

A medida está sendo questionada judicialmente. Nessa sexta, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber deu um prazo de cinco dias para Bolsonaro se posicionar sobre o decreto.

Ainda nessa entrevista, Onyx Lorenzoni disse que se depender de dele nenhum trecho será editado.

"No que depender com a minha conversa com Rodrigo Maia não vai cair nada [do decreto]. Porque o decreto está muito bem construído, solidamente construído. O que tem entre o decreto e algumas interpretações, que eu respeito, é mediado pela ideologia", disse.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), saiu em defesa do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e afirmou que a liberação de emendas parlamentares não pode ser vista como “algo ilegal ou criminoso”. No plenário, o senador explicou que a Casa Civil é responsável pela articulação política do governo, o que inclui as discussões sobre a liberação de recursos para Estados e municípios.

“Tenho absoluta certeza que o ministro Onyx Lorenzoni seria o último a viabilizar votos pelo ‘toma lá dá cá’. Agora, é evidente que a Casa Civil da Presidência da República tem que tratar da liberação de recursos para governadores, prefeitos e convênios. Isso é o dia a dia do Congresso Nacional”, disse o líder. “Não se pode ver uma iniciativa comum, que é usual, que é a demanda que eu trago do meu município e da minha região como algo ilegal ou criminoso”, acrescentou.

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Para Fernando Bezerra Coelho, Governo e Congresso devem construir uma relação de confiança. “E é isso que o ministro Onyx está fazendo com as lideranças partidárias, com os presidentes de partidos. Tanto é assim que, através deste diálogo, foi possível a expressiva votação na CCJ da Câmara com mais de 66% dos votos, sinalizando que vai ser possível também aprovar a Reforma da Previdência na comissão especial”, finalizou.

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O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve apresentar, na próxima semana, uma lista de cargos regionais do segundo escalão federal aos partidos do chamado Centrão e outras legendas que ele quer aproximar da gestão.

Já no quarto mês de administração, Bolsonaro ainda não conseguiu consolidar uma base governista no Congresso Nacional, o que tem prejudicado o andamento de algumas prioridades do presidente.

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De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, a lista está sendo organizada pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM) e as nomeações devem acontecer a partir de critérios já estabelecidos.

Os cargos devem ser de estatais e autarquias como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf),  Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Banco do Nordeste.

O levantamento dos cargos que podem ser ofertados aos partidos já teria sido comunicado aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O governo federal fará balanços periódicos a fim de acompanhar de perto o cumprimento de metas, a exemplo do que fez nesta quinta-feira (11), em cerimônia alusiva aos 100 primeiros dias do governo Jair Bolsonaro. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a ideia é continuar avançando em pontos como o do chamado “revogaço”, a extinção de cargos de comissão, a criação de um comitê interministerial de combate à corrupção, e o portal único do governo na internet.

Onyx reiterou o desejo brasileiro por integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo ele, desde a transição o governo vem adotando como norma de organização, planejamento e método as normas de governança pública desenvolvidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que têm referência na OCDE.

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“O que assistimos nesse balanço é a aplicação de um modelo de governança publica que difere de todos que o antecederam. É um modelo de governança que se equipara às principais 34 nações do mundo, que é exigência para os países que querem ser membros da OCDE”, disse o ministro.

Segundo ele, o governo estabeleceu “planejamento e método de atuação que farão com que periodicamente, no intervalo de 100 dias, possamos mostrar os resultados obtidos”.

Ao estabelecer essas metas, acrescentou Onyx, o governo traz, para si, a obrigatoriedade de cumprimento dessas mesmas metas. "A partir de hoje, vamos trabalhar com plano diretor, que vai abraçar todos os 22 ministérios, de governança pública, para dar mais condições ainda de que as entregas sejam feitas com qualidade e eficiência”.

Unificação

O ministro lembrou que além de cumprir metas já propostas, o governo assinou, durante a cerimônia, decretos e projetos de leis que caminham nesse sentido, de forma a mostrar a preocupação que tem em caminhar para a diminuição do seu tamanho, bem como para a reduzir os níveis hierárquicos, e centralizar as unidades de compras e aquisição. “Tudo com o objetivo de um governo eficiente, enxuto e aberto para o acesso pelo cidadão brasileiro”, acrescentou.

“Por isso foi assinado o termo de unificação de todas as áreas de acesso pela internet para que haja um portal único de acesso, a partir de qualquer ponto do Brasil. Isso reafirma a meta apresentada, de um governo 100% digital”, completou.

Onyx destacou também o ato assinado pelas pastas de Agricultura e Saúde, juntamente com a Controladoria-Geral da União (CGU), no sentido de implantar as duas primeiras unidades de integridade e combate à corrupção na Esplanada dos Ministérios.

“Será uma experimentação, em quatro ou cinco meses. Após a aplicação e a vivência dessas unidades, que têm como fundamento trazer os princípios do compliance [leis e normas anticorrupção]; princípios que regem a integridade e transformam a cultura interna. Não adianta apenas as autoridades se dedicarem ao combate a desvios e corrupção, se não mudarmos a cultura de todos aqueles que tratam com a coisa pública”, justificou o ministro.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta quarta-feira (3) que o presidente Jair Bolsonaro vai receber presidentes de partidos para uma primeira rodada de diálogos em busca de apoio à aprovação da reforma da Previdência. A reunião está agendada para esta quinta-feira (4).

“O tom da conversa [com os presidentes dos partidos] vai ser de convidá-los, a instituição partidária, para que participe desse esforço de construção do entendimento na busca de poder ter a nova Previdência aprovada, para que o Brasil encontre o equilíbrio fiscal”, disse Onyx, que participou na sede do DEM da filiação do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, à legenda.

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Perguntado se haverá convite para que os partidos integrem oficialmente a base de apoio ao governo, Onyx disse que, para que o governo tenha uma base constituída, é preciso “dialogar, convidar e abrir a porta”. “É o que estamos fazendo. Estamos abrindo a porta à construção dessa base que vai se expressar na votação da nova Previdência em junho”, afirmou.

Segundo o ministro, amanhã Bolsonaro vai receber os presidentes do PRB, deputado Marcos Pereira; do PSD, Gilberto Kassab; do PSDB, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; do MDB, o ex-senador Romero Jucá, e do PP, o senador Ciro Nogueira. Além deles, o presidente do DEM, ACM Neto, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, vão participar de almoço com Bolsonaro.

De acordo com Onyx, a articulação política pela reforma previdenciária com os presidentes das siglas continuará na semana que vem com mais cinco legendas, entre elas, PSL, SD, PR e Podemos.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, não considerou uma derrota a aprovação ontem (28) à noite, na Câmara dos Deputados, da proposta de emenda constitucional (PEC) do Orçamento Impositivo, informou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorezoni.

“Conversei de manhã com o presidente, que não está considerando derrota nenhuma. É uma vitória, uma reafirmação da autonomia e da independência do Parlamento brasileiro”, disse o ministro, após participar de almoço na sede da Igreja Sara Nossa Terra, em Brasília.

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A PEC, aprovada ontem com 448 votos em 1º turno e 453 votos em 2º turno (do total de 513 deputados), ainda deve tramitar no Senado Federal. Se aprovada na segunda casa legislativa, o governo federal será obrigado a liberar a verba de emendas parlamentares para ações previstas na Lei de Orçamento Anual, conforme inscrito nas emendas coletivas de bancada.

A perspectiva é de que a decisão diminua o percentual da parte discricionária do governo federal (livre de previsão legal), hoje em torno de 7%, no Orçamento Geral da União.

Onyx Lorenzoni lembrou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, já defendeu publicamente que o Congresso Nacional seja responsável por todo o orçamento federal. “O ministro fala de maneira reiterada que seria bom para o país fazer a completa liberação a cada ano, como é em vários parlamentos do mundo”, salientou.

“Essa é uma tendência natural de evolução das coisas no Brasil. O passo que foi dado é um passo que o Poder Executivo só pode respeitar. Cabe ao Congresso definir em áreas, com que intensidade, o Poder Executivo deve executar”, completou.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, admite que o governo vai atender à demanda dos deputados e senadores por cargos em troca de aumentar sua base de apoio no Congresso, mas nega que esteja repetindo o toma lá, dá cá. "Não tem nada de errado um deputado ou um senador conhecer um técnico de excelente reputação", justificou em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast.

Único ministro civil a despachar no Palácio do Planalto, a um andar acima do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, Lorenzoni reconhece que há críticas ao seu papel de articulador político do governo. E pede paciência. "Às vezes a gente empata, às vezes ganha, mas o importante é colocar a taça no armário", afirmou o ministro. A "taça", segundo ele, é a aprovação da reforma da Previdência, sua prioridade no Congresso.

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O governo fala em nova política, mas existe insistência de parlamentares por cargos e emendas. Dá para conciliar?

O governo Bolsonaro constituiu todos os ministérios sem nada disso. Agora, são 700 mil servidores. Nos Estados, é praticamente impossível fazer a gestão das estruturas sem que a gente possa ter aqui aquilo que tem em todos os lugares do mundo. Se for na Espanha, é assim, na Alemanha. Indicam o coordenador da área de saúde, coordenador do não sei o quê. Em todos os lugares do mundo, isso é normal.

É possível garantir os critérios técnicos?

O grande mérito do governo Jair Bolsonaro é acabar com o "toma lá, dá cá". A gente tem critérios muito claros. Agora, não tem nada de errado um senador ou deputado conhecer um técnico de excelente reputação.

Há resistência em relação à forma de atuar do governo?

Tudo tem um tempo de maturação. Não é razoável que uma prática como a que a gente acabou, de 30 anos, seja modificada em 30 dias. As pessoas também têm de compreender. A gente tem de ter paciência.

E a reclamação de líderes da falta de diálogo?

O presidente Bolsonaro, ainda na transição, falou com 340 parlamentares fisicamente. Nós (da Casa Civil), de janeiro para cá, recebemos 250. E assim vai. Se a gente somar, nós já conversamos diretamente de novembro para cá com 400, 450 deputados, 60 senadores. É um governo que tem diálogo. Eu também me coloco na posição do parlamentar que ainda não compreendeu direito como as coisas estão acontecendo: "Ah, falta diálogo". Liga para cá, vem, conversa.

Tem estimativa da base hoje?

Joguei muito futebol. Tenho muitas medalhas. Na maior parte fui campeão. Eu queria ganhar o campeonato. Os jogos do meio às vezes a gente empata, às vezes ganha de pouquinho, mas ganha. O importante é colocar a taça no armário. E o Brasil vai ganhar o campeonato que estamos disputando na reforma da Previdência. Depois vai estar até o final do governo entre as cinco, seis nações mais prósperas. Não tenho dúvida.

Não tem estimativa, então?

Nós vamos ganhar o jogo. Essa é a estimativa.

O presidente já afirmou que cederia na idade mínima das mulheres. Ele 'queimou um cartucho' que poderia ser usado mais para frente?

E para quem ele falou, para os 7% que têm formação superior no Brasil? Ele falou para os 67% da população que não têm formação de ensino médio. Esse é o Brasil. O presidente é um homem simples, franco e direto que fala o que pensa. A gente nunca vê como algo que atrapalha, não.

Acha que aprova a reforma no primeiro semestre?

Sem dúvida nenhuma.

Sobre o pacto federativo que o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer aprovar ao mesmo tempo. Pode atrapalhar?

As coisas têm que ser assim, vamos cuidar agora da nova Previdência, depois vamos para mudança do pacto federativo, uma coisa de cada vez. Mas isso não impede que o Parlamento vá discutir, se for essa condução que o ministro Guedes for der.

O senhor apostou na vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para presidir o Senado...

Sou um homem de fé. Naquela cadeira ali Bolsonaro perguntou: "Onyx, tu acha que dá?". E eu disse: "Vai dar". "Mas de onde tu tira tanta certeza?". Eu disse "Davi é um senhor no Senado". Ele parou e disse: "É?". Eu disse: "É".

Sente-se isolado sendo o único ministro civil do Planalto?

Talvez quem tenha espírito mais militar e mais guerreiro do que os militares sou eu. Se eu fosse militar, seria general de invasão, porque gosto do combate. Minha relação com eles é maravilhosa.

Integrantes do Supremo Tribunal Federal viram atuação do sr. para a criação da CPI da Lava Toga. A investigação é necessária?

Sou o maior defensor da autonomia e independência dos Poderes. O Brasil precisa superar os conflitos da época da campanha eleitoral. Precisa ter um entendimento mínimo. Isso significa os Poderes terem capacidade de dialogar e quem sabe até construir um pacto a favor do Brasil.

Olavo de Carvalho disse que o governo acabaria em seis meses se não mudar. Como o senhor responde a isso?

O professor Olavo é alguém que eu respeito muitíssimo, mas o que ele talvez desconheça é que todas as pessoas que estão no governo comungam dos mesmos princípios e valores. Esse é um governo que veio para ficar.

O Olavo tem influência nas demissões do governo, como no caso do Ministério da Educação?

Todos estamos ajustando nossas equipes. Eu já botei gente, já tirei gente. É natural essas acomodações. A gente tem de ter tranquilidade, paciência. E outra coisa que esse governo tem é resiliência. Aqui a gente tem fé, couro grosso e sabe que tem uma missão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou neste sábado (16) que o governo cumprirá a promessa de enviar ao Congresso a proposta de aposentadoria dos militares no dia 20 de março. "Projeto da aposentadoria dos militares está sendo trabalhado e vamos cumprir o prazo do dia 20", disse o ministro.

Parlamentares cobram o envio do texto para que ele possa ser analisado em conjunto com a proposta de reforma da Previdência, que já deverá começar a ser discutida nos próximos dias na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

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Onyx participou de um churrasco oferecido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao presidente Jair Bolsonaro e aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. Além de Onyx, outros 14 ministros, dois deputados e dois senadores e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, participaram do almoço.

Segundo Onyx, o encontro foi uma demonstração de que há um diálogo entre os três Poderes da República. Para ele, o governo não pode mais ter conflitos.

"O Brasil precisa sair do conflito, as autoridades máximas precisam saber sentar à mesa para conversar. É importante que poderes possam dialogar porque há um imenso desafio a ser vencido. É uma obrigação que os Poderes possam dialogar. Governo Bolsonaro busca o diálogo e o entendimento e esse encontro mostra isso", disse.

Onyx, no entanto, não especificou a que tipos de conflito se referia e não mencionou nenhum caso concreto. Nesta semana, muitos parlamentares criticaram a decisão do Supremo Tribunal Federal que decidiu que cabe à Justiça Eleitoral julgar o crime de caixa 2. Isso foi visto como um ataque à Lava Jato.

O ministro também destacou que o Brasil precisa unir seus melhores talentos "em busca do reequilíbrio fiscal para que o País volte a crescer". O ministro contou que o almoço teve um tom amistoso e nenhuma questão pontual foi tratada diretamente. Ele lembrou que Bolsonaro viajará para os Estados Unidos nesta domingo, 17, onde se reunirá bilateralmente com o presidente americano Donald Trump. "O presidente vai aos Estados Unidos podendo dizer que Brasil busca entendimento entre todos os poderes", disse.

Alvo de críticas por ter viajado à Antártida em semana decisiva para a reforma da Previdência, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, gravou um vídeo nas redes sociais para tranquilizar os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e deixar claro que "o governo não perderá seu rumo".

"Quero dar uma palavra de tranquilidade a quem votou e confia no trabalho do governo Bolsonaro. O governo não perderá seu rumo, tem um norte bem definido. Estamos trabalhando muito, muito, muito para apresentar resultados para o nosso país", disse Onyx.

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O ministro falou, ainda, que recebeu notícias de que há "desinformação proposital" e pessoas que tentam "criar confusão no governo" ao falar de nomeações. Também disse que há aqueles que "assacam" servidores de carreira.

Esta semana, após conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Jair Bolsonaro fez sinalização ao Congresso de que aceitará indicações políticas como parte das negociações pela reforma da Previdência, desde que sejam pessoas técnicas e competentes.

Hoje, Bolsonaro disse que "não tem como fugir" da liberação e pagamento das emendas parlamentares impositivas, mas que não haverá mais negociações com parlamentares "no nível do que existia no passado".

"Vamos comparar os meus ministros com os de administrações anteriores. Queremos pessoas técnicas, competentes (...) O que vamos liberar são as emendas impositivas, não temos como fugir delas, temos que pagá-las, porque, como o próprio nome diz, são impositivas. Mas as negociações no nível do que existia no passado não vão mais existir", declarou Bolsonaro ao ser questionado sobre a insatisfação de parlamentares por não indicarem nomes para cargos do primeiro e segundo escalão.

Às vésperas da instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que terá como primeira discussão a reforma da Previdência, o governo federal se prepara para intensificar as negociações para aprovação do texto enviado ao Congresso no último dia 20. Em plena terça-feira de carnaval, o assunto voltou a ser tratado pelo presidente Jair Bolsonaro.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, reuniu-se com o presidente hoje (5), no Palácio da Alvorada. “Estamos seguros com a nova reforma da Previdência. Virão ajustes que o Parlamento deverá fazer”, disse Onyx.

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A reforma é defendida por Bolsonaro e está entre as principais metas estabelecidas para os 100 primeiros dias de governo. O presidente usou a rede social nesta manhã também para defender a mudança da legislação previdenciária.

Ao comemorar o superávit primário de R$ 30,238 bilhões registrado em janeiro, Bolsonaro afirmou que o Brasil está retomando a trajetória de crescimento e defendeu as reformas como forma de impulsionar a economia do país com atração de novos investimentos.

Reunião Ministerial

O encontro com Onyx também serviu para definir a agenda dos próximos dias. O presidente Jair Bolsonaro retoma as atividades a partir das 14h dessa quarta-feira (6) em uma semana encurtada pelo carnaval. A reunião com seus  ministros que tem sido realizada semanalmente só ocorrerá no dia 14 de março.

Segundo Onyx, o primeiro escalão se debruçará sobre modelos de governança pública. “Será uma apresentação do Tribunal de Contas da União sobre os melhores padrões de governança”, disse o ministro.

Bolsonaro descansa com a família durante o feriado, otimista com o encaminhamento da proposta elaborada pelo governo.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, reforçou nesta quarta-feira (27), a expectativa do governo de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Nova Previdência em junho na Câmara e no Senado. "Se tudo correr bem, e Deus há de querer, a reforma será aprovada em junho nas duas Casas", disse o ministro durante o 20º CEO Brasil 2019 Conference, do BTG Pactual, em São Paulo.

Lorenzoni avaliou que a Nova Previdência é o conserto em um erro, que foi sistema de repartição, sem retirar condição aos que estão prestes a se aposentar.

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"Separamos assistência da Previdência, deixando claro como uma deve ser financiada", avaliou o ministro.

Na avaliação de Lorenzoni, o diálogo tem sido a marca do presidente Jair Bolsonaro e deve garantir ao governo a base congressual para aprovar a PEC.

Ele usou como exemplo da capacidade de articulação do governo o trabalho feito para eleger Davi Alcolumbre (DEM-AP) presidente do Senado. "Assumimos com o desafio no governo que era mudar no Congresso, particularmente no Senado, o comando que se perpetuava lá há 30 anos", disse. "Alcolumbre é o Bolsonaro do Senado; um construtor de relações primoroso."

Para Lorenzoni, a Nova Previdência garantirá a previsibilidade para investidores no Brasil, e "se garantimos previsibilidade e cálculo de retorno investido, vai faltar brasileiro para trabalhar", afirmou. "Quero ver brasileiro empregado, se empresa é chinesa, alemã ou italiana, pouco me importa."

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, descartou a hipótese de demissão do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, neste momento, alegando que há uma investigação sobre a responsabilidade de criação de candidaturas "laranja" do PSL em Minas Gerais. "O governo observa, mas, nesse momento, não há nada nesse sentido", disse Lorenzoni em entrevista à Rádio Gaúcha.

Lorenzoni ainda ressaltou as diferenças entre o caso do ministro do Turismo e o recente episódio que levou à exoneração do ex-ministro da Secretaria-Geral Gustavo Bebianno. "O problema do ministro que foi afastado foi muito mais uma ruptura em uma amizade de muitos anos", afirmou. Ele lembrou que houve um estopim causado por candidaturas em Pernambuco, "mas a razão da exoneração foi uma ruptura na relação de amizade" e, "do ponto de vista que envolve Marcelo Álvaro, é outra coisa" esclareceu o chefe da Casa Civil.

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Ainda sobre o ministro do Turismo, Lorenzoni afirmou que é necessário dar tempo para que sejam feitos os esclarecimentos pelas autoridades e a decisão final é de Jair Bolsonaro. "Em um regime presidencialista, a decisão é do presidente", finalizou.

O ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, saiu no início da tarde deste sábado (16), do Palácio da Alvorada, depois de reunião com o presidente Jair Bolsonaro, que durou cerca de uma hora. Ao deixar o local, o ministro apenas acenou aos jornalistas, sem dar nenhuma declaração. Onyx foi escalado para encontrar uma solução para a polêmica em torno de uma eventual exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

Depois de dois dias na "geladeira", Bebianno foi recebido nessa sexta-feira (15) por Bolsonaro, mas sua permanência no cargo é incerta. Interlocutores do governo não descartam que Bebianno seja demitido até segunda-feira. A reunião entre os dois foi descrita como tensa.

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Ciente de que Bebianno está com "ódio" de Bolsonaro, nas palavras de um ministro, Onyx Lorenzoni foi escalado para tentar construir no fim de semana uma saída honrosa para o colega. Como compensação, a Bebianno foi oferecido um cargo na máquina federal fora do Palácio do Planalto. A lei o proíbe de assumir uma estatal.

O núcleo militar do governo e deputados do PSL não descartam que ele deixe o governo "atirando", razão pela qual a demissão está sendo costurada. O ministro presidiu o PSL durante a eleição e coordenou a campanha de Bolsonaro. Período em que era frequentador assíduo da casa do presidente.

Ao desabafar nesta sexta-feira com integrantes do governo, Bebianno afirmou que "não se dá um tiro na nuca do seu próprio soldado". "É preciso ter o mínimo de consideração com quem esteve ao lado dele o tempo todo", disse Bebianno, segundo o portal de notícias G1.

Nessa madrugada, o ainda ministro da Secretaria-Geral da Presidência publicou um texto sobre "lealdade" nas redes sociais. "Quando perdemos por ser leal, mantemos viva a honra. Saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade", diz um trecho. O texto, atribuído ao escritor brasileiro Edgard Abbehusen, também diz que "a lealdade é um gesto bonito das boas amizades" e "só consegue ser amigo, quem aprende a ser leal".

O governo renomeou Onyx Lorenzoni como ministro da Casa Civil da Presidência. Desde o dia 1º de fevereiro, Lorenzoni se licenciou duas vezes do cargo no Executivo para cumprir compromissos como deputado federal na Câmara. O segundo retorno do ministro ao posto no Palácio do Planalto está formalizado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de sábado (9).

Outra confirmação trazida no Diário Oficial é nomeação do general do Exército João Carlos Jesus Corrêa para presidir o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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No governo de Jair Bolsonaro, o Incra passou a ser subordinado ao Ministério da Agricultura. Antes, o instituto estava dentro da estrutura da Casa Civil. A nomeação de João Carlos Jesus Corrêa consta de edição extra do DOU com data da sexta-feira, mas divulgada nesta segunda-feira.

O Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 7, traz a exoneração de Onyx Lorenzoni do cargo de ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República. De acordo com a pasta, o afastamento do ministro é temporário. "Ele reassumiu como deputado federal para desarquivar os projetos, como é de praxe em cada nova legislatura. Deve retornar ao cargo de ministro amanhã (sexta-feira, 8) mesmo", explica.

Na semana passada, Lorenzoni havia sido desligado do governo de Jair Bolsonaro para poder tomar posse como deputado federal na Câmara dos Deputados. A licença ocorreu na sexta-feira (1º), dia da posse dos parlamentares do Congresso e de eleições internas, e o retorno de ao posto de ministro foi formalizado no domingo (3).

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Outros três ministros com mandato de deputado federal também foram licenciados dos cargos no Executivo para assumir os mandatos na Câmara. Tereza Cristina (Agricultura) e Osmar Terra (Cidadania) foram exonerados ainda na sexta, junto com Onyx, e já foram renomeados como ministros.

Já o ministro do Turismo, Marcelo Henrique Teixeira Dias, conhecido como Marcelo Álvaro Antônio, só tomou posse na Câmara nesta quarta-feira, 6, quanto também foi licenciado da pasta do Turismo. Ele estava com atestado médico e não pôde comparecer à sessão do dia 1º de fevereiro, junto com os outros 512 deputados. Ele retornou ao cargo de ministro nesta quinta-feira, com a nova nomeação publicada no Diário Oficial.

As eleições que vão definir nesta sexta-feira (1º), os novos presidentes da Câmara e do Senado revelam mais um capítulo das divergências entre a equipe econômica e a Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro (PSL). A equipe econômica vê no desfecho do confronto no Senado a oportunidade de isolar o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e abrir um canal direto de negociação com líderes do Congresso, contornando problemas que ainda existem em torno de pontos polêmicos da proposta de reforma da Previdência.

Embora o discurso oficial do Palácio do Planalto seja de distância em relação à disputa no Congresso, interlocutores do ministro da Economia, Paulo Guedes, não escondem, nos bastidores, a preferência pela candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL) ao comando do Senado, contrariando boa parte do núcleo político do governo e o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Renan conseguiu a indicação para ser candidato do MDB após vencer uma queda de braço na bancada com a colega Simone Tebet (mais informações na pág. A7).

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Logo depois disso, o senador recebeu um telefonema de Bolsonaro, que o cumprimentou e o convidou para uma conversa na quarta-feira. No Twitter, o presidente disse que ligou para todos os oito concorrentes no Senado. "(...) Procuramos diplomaticamente fazer contato com os candidatos desejando-lhes boa sorte. O eleito será importantíssimo para a democracia e o futuro do Brasil", escreveu Bolsonaro, que está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde foi submetido a uma cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal.

Anteriormente, a informação que circulava era de que a ligação tinha sido apenas para Renan. Contrariado, Onyx deixou transparecer mais um desentendimento com o senador e, também pelo Twitter, avisou que Bolsonaro telefonara para todos os concorrentes. Na mensagem, grafou o nome de Renan com "m".

Na prática, a maior preocupação do Planalto é com a eleição no Senado porque, na Câmara, a frente de apoio ao atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se consolidou de tal forma que, mesmo sem a simpatia de Onyx, o governo acabou avalizando a tentativa de reeleição do deputado do DEM. A equipe econômica também quer novo mandato para Maia, visto como um político confiável. Ele é o favorito na eleição desta sexta, que tem outros seis candidatos.

Em troca de cargos na Mesa Diretora da Câmara e da presidência de comissões importantes, como a de Constituição e Justiça, até mesmo o PSL, partido de Bolsonaro, anunciou a adesão ao projeto de Maia.

Na disputa pelo comando do Senado, porém, Onyx trabalha por Davi Alcolumbre (DEM-AP), que é considerado um político governista, mas, no diagnóstico de auxiliares de Guedes, pode enfrentar mais obstáculos para compor uma ampla coalizão pró-reforma da Previdência. Para a Casa Civil, no entanto, Alcolumbre ganhou força e tem chances de vencer Renan se a eleição for com voto aberto.

Moro, por sua vez, avalia que Renan - investigado pela Lava Jato - poderá ser um empecilho para a aprovação do pacote de medidas de combate à corrupção que ele apresentará ao Congresso neste mês.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, na visão do ministro da Justiça, qualquer outro nome seria melhor para presidir o Senado. Esta não é, no entanto, a avaliação do Ministério da Economia. Renan e Guedes jantaram recentemente, conforme mostrou a Coluna do Estadão, e conversaram sobre um novo modelo de governabilidade que Bolsonaro deseja impor, sem barganhas políticas e com a necessidade de desvinculação do Orçamento.

"O novo Renan é menos estatizante, mais liberal e defende todas as reformas, além de um princípio: o fim de todos os privilégios", disse o senador ao jornal.

Caso Coaf

Disposto a presidir o Senado pela quinta vez, Renan também fez acenos ao governo ao defender o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que assume o mandato nestas sexta em meio a intenso desgaste político após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) descobrir movimentação considerada "atípica" de recursos na conta dele e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. "Conselho de Ética é coisa excepcionalíssima", destacou Renan. "Legislativo não é lugar para botar juiz."

Auxiliar de Onyx no Planalto, o ex-deputado Abelardo Lupion (DEM-PR) disse que o governo não colocará a "digital" na disputa do Congresso. "Eu trabalho para que Davi Alcolumbre seja presidente do Senado porque não estou nomeado, mas a determinação é para evitar qualquer atrito, já que temos quatro anos pela frente."

Apesar de enxergar Renan como um aliado do PT, o Planalto não quer tê-lo como inimigo, uma vez que o resultado da disputa é imprevisível. O governo começará a testar sua base de apoio no Congresso nos próximos dias, com o envio de medidas na área econômica antes mesmo da proposta de reforma da Previdência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, vai fazer nesta quinta-feira (31) a primeira visita dele a Jair Bolsonaro desde que o presidente foi submetido a uma cirurgia, na segunda-feira (28). A informação foi confirmada pela assessoria de Lorenzoni.

É esperado que o presidente e o chefe da Casa Civil despachem no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde foi montado um gabinete provisório no quinto andar do prédio. O encontro com outros ministros pode ser confirmado ao longo desta quarta-feira (30). A previsão é da montagem de um calendário de visitas ao presidente.

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Bolsonaro reassumiu às 7h desta quarta a Presidência da República, mas não tem compromissos previstos na agenda do dia. Ainda internado no Einstein, a orientação da equipe médica até a noite de terça-feira (29) era de que ele se resguardasse, já que ainda está se recuperando da cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e da retirada da bolsa de colostomia.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, apresenta nesta tarde, no Palácio do Planalto, as 35 metas prioritárias dos primeiros 100 dias de governo. Dentre elas, está a redução da máquina administrativa. A estimativa do governo é extinguir 21 mil funções comissionadas e gratificações.

“Vamos lutar internamente para fazer essas reduções dentro dos 100 dias. Cada vez que diminuirmos a estrutura do governo federal, reduzimos os níveis hierárquicos, reduzirmos o dispêndio com chefia, assessoramento e cargos comissionados, mais dinheiro sai da atividade meio e vai para a ponta”, disse Onyx.

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O ministro enfatizou que o governo se esforçará para cumprir as metas. Outra meta é incluir o 13º benefício no Bolsa Família, que atende 14 milhões de famílias.

O governo pretende apresentar um Projeto de Lei (PL) chamado “PL Anticrime”. É um projeto para, segundo o governo, aumentar a eficácia no combate ao crime organizado, ao crime violento e à corrupção. Com o PL Anticrime, a ideia é  “reduzir pontos de estrangulamento do sistema de justiça criminal”.

Segundo Lorenzoni, as metas foram selecionadas por cada um dos ministérios. “Não são todas [as metas] nem necessariamente as mais importantes. São metas que o governo vai se empenhar para ter a condição de apresentar após 100 dias de governo. Estamos apresentando metas finalísticas escolhidas pelos ministérios, marcando o compromisso dos ministérios com essa meta.”

O presidente Jair Bolsonaro deve optar por uma reforma da Previdência que estabeleça uma "transição bastante suave" para o trabalhador brasileiro e "sem um choque" para a sociedade. Quem faz a avaliação é o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que às vésperas da primeira viagem internacional do novo governo conversou com o jornal O Estado de S. Paulo sobre os planos do governo, a mensagem que o Planalto quer passar no Fórum Econômico Mundial, em Davos, além de explicar parte da estratégia internacional do País.

Bolsonaro e sua equipe embarcam para a Suíça amanhã, no que será seu batismo internacional em meio à elite financeira mundial. Davos já alertou: vai querer saber detalhes de como e quando a reforma da Previdência vai ocorrer.

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Onyx não fará parte da delegação, mas aposta em uma definição final da reforma da Previdência assim que Bolsonaro retornar de Davos. Para ele, a Previdência hoje no Brasil é "um navio que está com o casco furado". A seguir, os principais trechos da entrevista.

Essa é a viagem inaugural de Bolsonaro. Que tipo de imagem o governo quer criar no exterior?

Primeiro, tem sido desde seu início um governo constitucional. O caminho, desde a proposta do plano de governo, é Estado de Direito. Rigorosamente dentro do que a Constituição prevê. O governo que tem uma relação franca e transparente com o Congresso, que respeita a repartição de poderes. Ou seja, é uma aliança liberal-conservadora. Liberal na política e conservadora nos costumes. O Brasil quer mudar de rumo. Sair da condução de centro-esquerda brasileira e latino-americana, buscando um caminho de conexão com um mundo que respeita a liberdade das pessoas, do empreendedor e que é o caminho que a maior parte dos países ocidentais encontrou para chegar à prosperidade.

Quais são as principais ideias da reforma da Previdência que serão mostradas em Davos?

Há duas questões importantes. A primeira é o presente. Temos a questão da repartição no Brasil, que se mostrou incapaz de dar tranquilidade e equilíbrio para o Estado brasileiro no atendimento de uma função tão importante como a Previdência pública. Se pudéssemos comparar, ela é um navio que está com o casco furado. Nós precisamos arrumar esse navio para que ele continue flutuando para ter capacidade de receber mais pessoas. Essa situação deve ser mantida pelos próximos anos para dar sustentação às gerações. Por outro lado, quando olhamos para nossos filhos e netos, não é justo colocá-los no mesmo barco que, mais cedo ou mais tarde, corre o risco de afundar. Por essa razão, já trabalhamos e já temos formatado um sistema de capitalização que vai dar tranquilidade para nossos filhos e netos, a conta individual para que possam saber quanto acumularam e ter uma expectativa de quanto vão ter no fim da carreira. Portanto, estamos trabalhando em duas vertentes: corrigir o atual sistema e criar um novo sistema que possa receber os nossos filhos.

O projeto já está pronto?

Foi apresentado para o presidente na quinta-feira. Ele vai levar as alternativas para Davos, até para fazer uma reflexão. Na volta, vamos voltar a conversar. Ele já vai ter definido algumas dúvidas que nós temos. Oferecemos várias alternativas. Ela vai sofrer uma cirurgia e, depois, teremos uma definição não neste, mas no próximo fim de semana.

A aprovação da reforma no Congresso pode ocorrer ainda em 2019?

Trabalhamos com essa hipótese de resolver isso. É muito importante para todas as outras ações que vamos tomar para o investidor interno e externo. Essa é a garantia da previsibilidade. O equilíbrio fiscal só vai ser dado com a reforma da Previdência.

Nessas alternativas que o presidente vai avaliar? Haveria uma graduação nas idades de aposentadoria?

Essa é uma das alternativas que temos. O presidente defende que ela não seja um choque para a sociedade e, sim, respeitando os direitos adquiridos e construindo para frente uma transição bastante suave. Deve ser essa alternativa que ele vai escolher. Mas precisamos aguardar para poder fazer ajustes finais.

O governo manteve reuniões com a oposição venezuelana. Qual é a ideia agora? O Brasil pode adotar algum tipo de sanções?

O Brasil tem um projeto de acolhida e recebemos com muita solidariedade os irmãos venezuelanos. O presidente é uma pessoa de papo direto. Então, é claro que o Brasil não vai ficar em cima do muro vendo o sofrimento do povo venezuelano. Agora, o presidente não avançou ainda para tomar outras medidas que não sejam de solidariedade, da defesa dos princípios democráticos. O projeto oposto ao nosso nas eleições ia na direção da Venezuela. Agora, dependendo de como será a evolução dos próximos meses, pode não apenas ter gestos de apoio, mas pode adotar outras medidas.

Nessas opções, a militar está incluída?

De jeito nenhum. O Brasil já tem problema que chegue para arrumar problema fora do daqui.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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