Tópicos | Onyx Lorenzoni

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou, nesta quarta-feira (28), que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deverá anunciar mais um ou dois ministros para compor o seu governo ainda nesta data. Ele, no entanto, não informou quais pastas teriam os titulares indicados.

Se os dois nomes forem anunciados, ficarão faltando, segundo integrantes do futuro governo, a indicação de mais dois ou três. Pessoas próximas a Bolsonaro sinalizaram que ele quer terminar a composição do seu governo ainda nesta semana.

##RECOMENDA##

Questionado sobre a fala do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de que o governo talvez não consiga aprovar a reforma da Previdência no Congresso, Onyx respondeu apenas que "questões de governo só a partir de 1º de janeiro".

Onyx participou como convidado da 48ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, chamado de Conselhão, coordenado pela Casa Civil, pasta que ele assumirá no próximo governo.

O ministro extraordinário da Transição, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-feira (22), que o nome do educador Mozart Neves Ramos para o Ministério da Educação não está descartado. Nesta quarta-feira (21), como informou o Blog da Renata Cafardo no Portal do Estadão, o educador foi convidado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir a pasta, mas a indicação provocou reação da bancada evangélica da Câmara, que quer aprovar o projeto Escola Sem Partido.

Onyx disse que a equipe de transição procurou o Instituto Ayrton Senna para buscar um diagnóstico da educação, mas que o nome de Mozart vazou "sem que houvesse nenhuma definição por parte do governo de transição". Mozart é diretor do Instituto. "Temos profundo respeito pelo professor Mozart", disse Onyx.

##RECOMENDA##

"Em nenhum momento, nenhum membro do gabinete de transição e tampouco o presidente da República deram qualquer indicativo de que havia definição", disse o ministro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde a equipe de transição está instalada. Ele agradeceu a contribuição do Instituto e disse ainda que educação será uma "bandeira afirmativa" do governo Bolsonaro.

"Temos pedido para que tenhamos uma trégua e um tempo de paz para que possamos construir as propostas do novo governo. O Instituto, a Vivianne (Senna, presidente da entidade) e o professor Mozart sofreram ataques desnecessários, indevidos e desconectados", disse Onyx.

O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-feira (22) que o governo eleito vai se esforçar para reduzir o analfabetismo no país a zero. Segundo ele, a equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebeu um “diagnóstico completo” sobre os ensinos fundamental e médio.

“Vamos buscar analfabetismo zero. Como vivemos no século 21 com 9% das crianças analfabetas? Ter crianças na 8ª série sem saber ler ou escrever, não podemos ter jovens chegando a universidades sem capacidade de resolver equações simples ou fazer interpretação de texto”, disse.

##RECOMENDA##

Onyx afirmou ainda que o Brasil vive uma situação delicada que envolve os analfabetos funcionais. “No Brasil temos hoje mais de 30% de analfabetos funcionais e um aluno de ensino médio que é o que transforma e diferencia os países a média é de 35% do conteúdo mínimo que deveria sair do ensino médio.”

De acordo com o ministro, o consenso na equipe de Bolsonaro é que a educação será prioridade. “Todos há muito tempo dizemos que a educação deve ser a principal bandeira e alvo. Curiosamente no Brasil, diferentemente de outros países, quanto mais aumenta o custo da escolaridade não há impacto no desenvolvimento econômico do país”, observou.

Conciliação

Onyx destacou ainda que é preciso buscar a conciliação para consolidar propostas e executar as ações sugeridas. “Lamentavelmente, por questões mais variadas, ainda há um terceiro turno em nosso país. Temos pedido uma trégua e um tempo de paz pra construir as propostas do próximo governo. Gostaria de saber qual brasileiro acha que a educação não é importante?", indagou.

O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni (DEM), confirmou nesta quarta-feira (21) o nome do advogado Gustavo Bebianno como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Segundo Onyx, ele é um “homem preparado e da absoluta confiança” do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Presidente do PSL durante a campanha eleitoral, Bebianno agradeceu a indicação e adiantou que a principal atividade de sua pasta será a modernização e a desburocratização do Estado. “Será o governo olhando para sua atividade de servir a população”, afirmou em coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde a equipe de transição do governo está instalada.

##RECOMENDA##

Perguntado, o futuro ministro disse que há uma lista em estudo para composição de sua equipe. Um dos nomes apontados por ele é o de Carlos Bolsonaro, filho do presidente eleito, que poderá assumir a Secretaria de Comunicação da Presidência.

“Ele sempre esteve à frente dessa comunicação. É uma pessoa muito importante para a equipe e para o presidente.”

Bebianno e Onyx participaram hoje da primeira reunião com todos os ministros confirmados e integrantes de 14 grupos técnicos. Esses encontros devem se repetir todas as quartas-feiras, às 10h. Essa é a primeira agenda fixa da equipe de Bolsonaro. A proposta é que, nos próximos dias, ministros e grupos técnicos apresentem ideias e projetos “que serão construídos paulatinamente”, descreveu Onyx.

O desenho ministerial estará pronto até meados de dezembro e deve refletir as promessas de enxugamento da estrutura da máquina pública.

A pouco mais de um mês para o início do novo governo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, se reúne com o secretário-geral do Gabinete de Transição, Gustavo Bebianno Rocha, no Palácio do Planalto. Padilha foi designado pelo presidente Michel Temer como o responsável por centralizar informações e fazer a interlocução com o novo governo.

Pelo lado presidente eleito, Jair Bolsonaro, o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, já confirmado para a Casa Civil no futuro governo, coordena uma série de reuniões nesta segunda (19) e terça-feira (20) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

##RECOMENDA##

A troca de informações com o atual governo começou no dia 5 de novembro. O grupo de transição, por parte de Bolsonaro, reúne 27 membros. Os trabalhos foram divididos em 10 eixos temáticos.

Os eixos se concentram em desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do estado, economia e comércio exterior; cultura e esportes; Justiça, segurança e combate à corrupção; defesa e infraestrutura.

Também há grupos que trabalham na produção sustentável, agricultura e meio ambiente; saúde e assistência social.

Na terça-feira, o presidente eleito desembarca em Brasília para ficar três dias na cidade. Ele tem uma série de reuniões, incluindo conversas com a equipe de transição.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tem na agenda prevista para a próxima semana uma série de reuniões em Brasília. O capitão da reserva deve ficar de terça (20) a quinta-feira (22) na capital federal.

Na terça, Bolsonaro deve se reunir com o ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. No mesmo dia estão previstas também reuniões com o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, e representantes da Associação das Santas Casas do Brasil, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), local que tem servido de base para a equipe de transição dos governos.

##RECOMENDA##

Ainda na terça, Bolsonaro deve encontrar com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Raimundo Carreiro, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Já na quarta-feira (21), Bolsonaro pode participar da reunião do Fórum dos Governadores do Nordeste. Na semana passada, durante encontro com os futuros governadores promovido em Brasília pelos eleitos de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), apenas o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), esteve presente representando a região. O petista convidou o futuro presidente para o fórum.

As atividades de articulações do novo governo deve seguir também pela quinta. Na próxima semana é aguardado que Bolsonaro anuncie também novos nomes da equipe ministerial.

O ministro Extraordinário do governo de transição de Jair Bolsonaro (PSL), Onyx Lorenzoni, reagiu à reportagem publicada pela Folha de S.Paulo de que teria recebido R$ 100 mil a mais de caixa 2 em 2012, do grupo JBS, "Jair Bolsonaro, Sérgio Moro e Onyx Lorenzoni são combatentes contra a corrupção, não me incluam nessa lama petista", disse Lorenzoni.

Ao chegar ao CCBB, onde funciona o governo de transição, ele fez um pronunciamento demonstrando irritação. Ele afirmou que recebeu "molotovs" (bomba caseira), de seus adversários petistas, pediu "trégua" à imprensa e disse que o novo governo "não tem paz para se organizar e trabalhar".

##RECOMENDA##

"Há tempos tentam destruir Bolsonaro e agora tentam fragilizá-lo. Eu não temo ninguém, tenho a verdade comigo", disse. "Vamos parar com o terceiro turno em respeito à decisão das urnas", emendou.

Lorenzoni afirmou desconhecer a pessoa que fez a delação à PGR e voltou a afirmar que a planilha apresentada por executivos do grupo JBS aos procuradores é falsa. Ele fez diversas críticas à Folha de S.Paulo, acusando o jornal de defender o PT.

Sobre o portal UOL, do mesmo grupo da Folha, Onyx Lorenzoni questionou um repasse, segundo ele, de R$ 340 milhões do Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) ao site, sem entrar em detalhes.

Lorenzoni começou seu discurso se defendendo de acusações de 2005, quando, segundo ele, o PT tentou caçar seu mandato na Câmara, falsificando uma assinatura, do então ministro Tarso Genro. Ele também se defendeu sobre o caso envolvendo a Odebrecht. "Eu provei que aquela denúncia era mentira e aquela denúncia era falsa", disse. Lorenzoni não quis responder as perguntas feitas pelos jornalistas nesta quarta.

Atual ministro extraordinário do governo de transição e futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), recebeu uma segunda doação da JBS que não teria sido declarada à Justiça Eleitoral. A informação é do Jornal Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, a Procuradoria Geral da República (PGR) recebeu uma planilha que sugere a doação via caixa dois, não admitida por Lorenzoni até o momento.

No ano passado, o democrata admitiu ter recebido da JBS R$ 100 mil para a campanha de 2014 e não prestar contas do montante. No documento recebido pela PGR, segundo a matéria, a descrição aponta que o pagamento em 2012 foi feito em espécie a "Onyx-DEM" em 30 de agosto, em meio as eleições municipais. Na ocasião, o deputado não disputou cargos eletivos, mas era presidente do DEM no Rio Grande do Sul e apoiava diversos candidatos.

##RECOMENDA##

Os executivos da JBS, no acordo de delação premiada, revelaram pagamentos de propinas de 2006 a 2014.

À reportagem, Lorenzoni não respondeu especificamente sobre o suposto caixa 2 de 2012. Em nota, ele tratou dos recursos recebidos em 2014.

"Os recursos foram usados na campanha de 2014 e o ministro só soube da origem quando os diretores da JBS falaram a respeito, pois ele havia recebido do presidente da Abiec [Associação das Indústrias Exportadoras de Carne], amigo de 30 anos", afirmou, através da assessoria de imprensa. "Onyx Lorenzoni está fazendo uma devolução do dinheiro [2014] por meio de doações para entidades filantrópicas de assistência, educação e saúde, entre elas a Santa Casa de Porto Alegre. No total, já foram doados aproximadamente R$ 50 mil. Ao final, o ministro fará uma prestação de contas", completou.

Outro caso - Em depoimento um dos delatores da Odebrecht, o executivo Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, apontou o ministro como o beneficiário de R$ 175 mil em propina para a campanha de 2006. Alexandrino era responsável pela Braskem, braço petroquímico da empreiteira no Rio Grande do Sul. O inquérito foi arquivado em junho deste ano pelo ministro Luiz Fux à pedido de Raquel Dodge.

LeiaJá também

--> As acusações que pesam sobre os ministros de Bolsonaro

--> Requião propõe Lei 'Onyx Lorenzoni' com perdão de caixa 2

O ministro extraordinário da equipe de transição, Onyx Lorenzoni, afirmou hoje (12) que o presidente eleito Jair Bolsonaro recebeu novas sugestões de mudanças na Previdência, mas a tendência é que o assunto só seja votado pelo Congressso Nacional a partir do próximo ano. A reforma é uma medida considerada prioritária pela equipe econômica do futuro governo, que será comandada por Paulo Guedes. 

Confirmado como ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx concedeu uma coletiva de imprensa para atualizar as informações sobre os trabalhos de transição. Mais cedo, ele recebeu a visita do deputado federal Pauderney Avelino (DEM-AM), que estava acompanhado por assessores especializados em assuntos previdenciários.

##RECOMENDA##

"O que o deputado Pauderney Avelino, junto com dois renomados técnicos da Câmara dos Deputados, trouxe são alternativas infraconstitucionais, ou seja, que não dependem de maioria de 308, de emendas à Constituição. Estão sendo condensadas e serão apresentadas amanhã ao futuro presidente Jair Bolsonaro para que a gente dê um destino, se serão trabalhadas agora ou se elas vão ficar para o ano que vem. A tendência é que fiquem para o ano que vem", afirmou. 

PEC de Temer

O próprio presidente eleito, que chegou a cogitar a aprovação de alguma medida de alteração nas regras da aposentadoria ainda em 2018, declarou nos últimos dias que o assunto não deverá mesmo ser votado pelo Legislativo neste ano.

Questionado por jornalistas, o ministro descartou completamente a votação em 2018 da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Previdência apresentada pelo governo de Michel Temer no ano passado.  

"O que eu ouvi da escuta feita a dezenas de parlamentares é que o cenário não é favorável a qualquer tipo de questão relativa à Previdência, no cenário e no modelo que está lá, de emenda constitucional. As [medidas] infraconstitucionais serão apresentadas ao presidente e ele vai pensar. (...) A tendência é que não seja feito este ano e sim no ano que vem."

Estados

Em relação à crise fiscal nos estados, Onyx disse que o equilíbrio do governo federal e a retomada do crescimento econômico serão o motor da recuperação das unidades da Federação.

"O Brasil, na verdade, precisa primeiro obter o equilíbrio fiscal, precisa desamarrar sua economia para voltar a crescer, porque aí se geram recursos novos através dos impostos, e isso vai atender tanto o governo federal, para prestar melhores serviços para as pessoas, e do outro lado vai atender aos estados também", afirmou.

"Nossos ministérios não serão compostos por condenados por corrupção, como foram nos últimos governos”. A frase é emblemática e vem sendo repetida constantemente pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O capitão da reserva está montando a equipe ministerial que guiará os rumos do país a partir de 2019, na lista realmente não tem condenados, mas dos cinco nomes já confirmados por ele nem todos têm a reputação tão ilibada assim.

##RECOMENDA##

No quesito corrupção, por exemplo, o atual ministro extraordinário do governo de transição e futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), recebeu R$ 100 mil do Grupo JBS para a campanha de 2014 e não declarou o montante. Ou seja, o deputado federal fez uso de caixa 2 e já admitiu o crime.

“Usei o dinheiro sem a declaração. Foi apenas este. Quero pedir desculpas aos eleitores do Rio Grande do Sul, mas vou assumir. Vou reafirmar que ao longo de 24 anos de vida pública eu não minto e trabalho com a verdade. Vou diante das autoridades para pagar pelo meu erro… Recebi o dinheiro que veio da JBS, mas eu não recebi o da Odebrecht”, disse, em entrevista concedida em maio de 2017, quando a denúncia veio à tona com as delações dos executivos da JBS à Lava Jato.

O pagamento para Lorenzoni teria sido feito pelo empresário Antonio Jorge Camardelli. E desde a admissão da culpa até o momento, segundo reportagem recente da Folha de São Paulo, nenhum inquérito foi aberto ou o aliado de Bolsonaro foi responsabilizado.

[@#video#@]

Em maio deste ano, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) desmembrasse a parte da delação da JBS que trata de pagamentos "via caixa dois, por meio de entrega direta de dinheiro ou mediante notas fiscais frias a diversos políticos nos anos de 2006 a 2014", onde o caso de Lorenzoni se enquadra, mas ainda não há uma sinalização da Corte sobre os rumos da investigação.

Já o caso da Odebrecht, citado por Lorenzoni, foi arquivado pelo STF por falta de provas. Em depoimento um dos delatores da Odebrecht, o executivo Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, apontou o ministro como o beneficiário de R$ 175 mil em propina para a campanha de 2006. Alexandrino era responsável pela Braskem, braço petroquímico da empreiteira no Rio Grande do Sul. O inquérito foi arquivado em junho deste ano pelo ministro Luiz Fux à pedido de Raquel Dodge.

Outro com acusações pendentes é o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes. O chamado “guru” econômico de Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostamente ter conquistado “benefícios econômicos” a partir de possíveis "crimes de gestão temerária ou fraudulenta" de investimentos advindos de fundos de pensão.

O órgão apura se Guedes deixou prejuízos milionários em estatais ao aplicar o dinheiro captado dos fundos de pensão de forma irregular. Os investigadores apuram operações relacionadas a cinco fundos de pensão. Os principais são a Funcef, dos servidores da Caixa Econômica Federal; a Petros, de servidores da Petrobras; e a Previ, dos servidores do Banco do Brasil.

O economista negou ter cometido qualquer irregularidade e, por meio dos advogados de defesa, disse que os investimentos geridos por ele proporcionaram lucros aos fundos de pensão “de mais de 50% do valor investido” e não prejuízos. Paulo Guedes tem depoimento marcado no MPF para o dia 5 de dezembro.

Em uma esfera diferente dos dois futuros ministros já citados, o juiz Sérgio Moro - que vai assumir o Ministério da Justiça - também responde a representações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra sua atuação como magistrado responsável pela Operação Lava Jato, inclusive indagando a indicação ministerial. Os questionamentos disciplinares tendem a ser arquivados, já que Moro deve, em janeiro, pedir exoneração do cargo de juiz para ocupar o primeiro escalão do governo Bolsonaro.

Nos quatro anos em que esteve à frente da operação, ele foi alvo de diversas representações - a maioria oriunda do Partido dos Trabalhadores, como a recente divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci e a revelação da quebra do sigilo telefônico de uma conversa entre os ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff - que contestam sua imparcialidade e a legalidade de suas decisões no julgamento dos processos.

Além de Lorenzoni, Paulo Guedes e Moro, a lista dos ministros confirmados por Jair Bolsonaro se completa com General Augusto Heleno, que será responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional e não mais do Ministério da Defesa como havia sido anunciado, e o tenente-coronel Marcos Pontes que responderá pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Contra os dois não há registros de acusações nas esferas judiciais.

 

Nomeado na segunda-feira (5) ministro extraordinário do governo de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) protocolou nesta tarde, por meio de sua assessoria, o ofício de seu afastamento do mandato parlamentar. Na prática, com o cargo no Executivo, Onyx, que já foi anunciado como futuro ministro da Casa Civil, oficializa o papel que tem desempenhado de principal interlocutor de Bolsonaro com o presidente Michel Temer e sua equipe.

O pedido de licenciamento do mandato foi entregue no gabinete da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, que deve analisar os documentos ainda hoje (6) e prosseguir com a convocação do primeiro suplente eleito na coligação de partidos de Onyx em 2014.

##RECOMENDA##

Ontem, Onyx e o futuro ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, estiveram no Centro Cultural Banco do Brasil, na capital federal, onde ocorrerão as reuniões da equipe de transição. Em Brasília desde a manhã de hoje, o presidente eleito deve visitar o local amanhã.

O ofício de afastamento cita o artigo 56 da Constituição Federal, que em seu inciso I prevê que não perderá o mandato o deputado ou senador aquele “investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária”. Ainda segundo o parágrafo terceiro desse mesmo artigo, se quiser, Onyx poderá escolher se quer receber a remuneração como ministro ou manter os vencimentos como parlamentar.

O documento não traz prazo para o afastamento, mas Lorenzoni deve obrigatoriamente comunicar à Câmara a troca de cargo quando for empossado como chefe da Casa Civil, em 1º de janeiro. Depois, no dia 31 do mesmo mês, ele terá que ser exonerado do cargo de ministro para tomar posse para um novo mandato como deputado federal no dia 1º de fevereiro e, a partir do dia 2, ele já pode pedir novo afastamento do mandato para continuar como ministro. O mesmo deve acontecer com os parlamentares que assumirem cargos no Executivo.

O suplente de Onyx é o ex-jogador de futebol Washington Stecanela Washington Cerqueira (PDT-RS), que teve uma curta passagem pela Seleção Brasielira. Stecanela também passou por vários clubes brasileiros como o Atlético -PR , Fluminense e São Paulo. Na política, estreou em 2012 como vereador de Caxias do Sul (RS).

O ministro extraordinário Onyx Lorenzoni comandou nesta segunda-feira (5) à tarde a primeira reunião da equipe de transição de governo e anunciou a criação dos primeiros dez grupos de trabalho. Segundo ele, a divisão foi feita por eixos temáticos que incluem temas econômicos, políticos e sociais. 

Os eixos temáticos são: desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do estado, economia e comércio exterior; cultura e esportes; justiça, segurança e combate à corrupção; defesa; infraestrutura; produção sustentável, agricultura e meio ambiente; saúde e assistência social. 

##RECOMENDA##

"Nós temos que baixar a cabeça, trabalhar muito fortemente para que num espaço muito curto de tempo possamos colocar nossos conceitos para o novo governo", afirmou Onyx, após a reunião. 

O ministro extraordinário confirmou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, estará amanhã (6) em Brasília onde fica até quinta-feira (8). Ele terá reuniões com o presidente Michel Temer. Há, ainda, encontros previstos com representantes dos do Legislativo e do Judiciário. 

Equipe de transição

Uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), publicada na tarde de hoje, já traz a nomeação dos 22 primeiros integrantes da equipe de transição, além de designação de outros cinco membros para assessorar os trabalhos, mas sem remuneração.   

"Deveremos já, até o final da semana, ter a equipe ampliada com os novos nomes que vão ser apresentados", informou Lorenzoni. O ministro reafirmou que a fase agora é de "muito trabalho e pouca conversa", mas garantiu, durante conversa com jornalistas, que sua equipe vai procurar disponibilizar "o maior volume de informação possível" sobre a transição.

No seu primeiro dia como ministro extraordinário da Transição de Governo, Onyx Lorenzoni afirmou à imprensa que esta semana é de "muito trabalho e pouca conversa". Ele se reuniu com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante a manhã e depois encontrou com técnicos que participarão da transição, em seu gabinete na Câmara dos Deputados.

Pela tarde, ele deverá ir ao Centro Cultural Banco do Brasil, local oficial onde a equipe de transição trabalhará até a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro.

##RECOMENDA##

Segundo Lorenzoni, a ideia é fazer um reconhecimento da situação e preparação para a chegada de Bolsonaro a Brasília na terça-feira. Ele já foi escolhido pelo presidente eleito para ocupar a chefia da Casa Civil do novo governo.

Ao deixar seu gabinete, Onyx evitou responder às perguntas dos jornalistas."Daqui até lá, é trabalho, trabalho, sem conversa", disse.

Questionado sobre quando voltaria a falar com a imprensa, afirmou que isso acontecerá "depois que a transição estiver com a estrutura de pé".

Lorenzoni disse ainda que Bolsonaro conversará com o presidente Michel Temer na quarta-feira, 7, e falará com a imprensa após o encontro.

Nesta terça, Bolsonaro participará de uma cerimônia no Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da Constituição Federal.

Sobre a falta de acesso dos jornalistas à área reservada para o trabalho da equipe de transição no Centro Cultural Banco do Brasil, local oficial dos trabalhos do novo governo, Lorenzoni disse apenas que não há nenhum técnico atuando por lá ainda.

O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, dia 5, publica a nomeação do deputado federal Onyx Dornelles Lorenzoni (DEM-RS) para exercer o cargo de ministro de Estado extraordinário e atuar na coordenação da equipe de transição do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Lorenzoni já foi escolhido por Bolsonaro para ocupar a chefia da Casa Civil do novo governo.

Conforme o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, já informou, Lorenzoni se licenciará da Câmara dos Deputados para poder coordenar os trabalhos da transição. O suplente da coligação, Washington Stecanela Cerqueira, do PDT do Rio Grande do Sul, assumirá o mandato.

##RECOMENDA##

Mesmo licenciado da Câmara, Lorenzoni poderá manter o salário de deputado, que é de R$ 33.763, maior do que o de ministro (R$ 30.934) e o dos demais cargos da transição, que pode variar de R$ 2,5 mil a R$ 16,5 mil.

A expectativa é que ainda nesta segunda-feira também sejam nomeadas 22 pessoas dos 50 nomes que poderão integrar a equipe da transição de Bolsonaro. A nomeação desses 22 nomes foi anunciada semana passada por Lorenzoni.

Os nomes também serão publicados no Diário Oficial da União. O grupo trabalhará com servidores do governo de Michel Temer, designados para este período, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) será nomeado nesta segunda-feira, 5, como ministro extraordinário e será oficialmente o responsável pela coordenação do processo de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro. Braço direito do futuro mandatário, Lorenzoni será o ministro da Casa Civil do novo governo.

A nomeação será publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira. Lorenzoni se licenciará da Câmara dos Deputados e o suplente da coligação, Washington Stecanela Cerqueira, do PDT do Rio Grande do Sul, assumirá o mandato. Ele é ex-jogador de futebol e atualmente é dirigente do clube Itabaiana, de Sergipe.

##RECOMENDA##

Lorenzoni abrirá mão da remuneração de deputado, que é de R$ 33.763. Como ministro temporário, ele receberá um salário que pode variar entre R$ 2,5 mil a R$ 16,5 mil. Estes valores correspondem ao mínimo e ao máximo que será pago mensalmente para os cargos da transição. O presidente eleito terá direito de indicar até 50 pessoas.

Na semana passada, Lorenzoni afirmou que Bolsonaro nomeará 22 pessoas para integrar a equipe de transição. Os nomes também serão publicados no Diário Oficial da União desta segunda-feira. O grupo trabalhará com os funcionários do presidente Michel Temer, designados para este período, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.

A área já foi organizada para a transição. Segundo a assessoria de comunicação do DEM, que está auxiliando na relação com os jornalistas, ainda não há uma definição sobre a entrada da imprensa no CCBB e a participação em coletivas por envolver questões logísticas e de segurança.

Ao deixar a casa do empresário Paulo Marinho, o futuro ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PSL), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que não houve contradição na postura adotada pela cúpula sobre a fusão dos ministérios do Meio Ambiente com o da Agricultura e o da Economia, que unirá o da Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio. Ao longo da campanha, Bolsonaro anunciou que tomaria a medida, mas recuou na semana passada, dizendo que era uma pessoa "que está pronta para o diálogo" e que queria "o melhor para o campo e para o meio ambiente".

Confrontado com isso, Onyx negou que Bolsonaro tenha admitido, durante a campanha, recuar das medidas. "Ele não falou que não ia fazer. Ninguém recuou nada. A questão da agricultura, alimentação e meio ambiente é uma decisão desde os primeiros passos do plano de governo", disse.

##RECOMENDA##

O economista Paulo Guedes, principal assessor econômico do presidente eleito Jair Bolsonaro, desautorizou o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), principal articulador político da campanha e indicado para chefiar a Casa Civil do futuro governo, sobre assuntos da área econômica. Recentemente, Lorenzoni fez comentários sobre política cambial e reforma da Previdência.

Guedes, Lorenzoni e Gustavo Bebianno, ex-presidente do PSL e um dos coordenadores da campanha eleitoral, se reúnem com Bolsonaro na casa do empresário Paulo Marinho, na zona sul do Rio.

##RECOMENDA##

"Houve gente do próprio futuro governo falando que não tem pressa de fazer reforma da Previdência. Ele jornalista que fez a pergunta está dizendo que o Onyx, que é coordenador político, falou de banda cambial. Ao mesmo tempo, está dizendo que o Onyx falou que não tem pressa na Previdência. Aí o mercado cai. Estão assustados por quê? É um político falando de economia. É a mesma coisa do que eu sair falando de política. Não dá certo, né?", afirmou Guedes.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deve fazer nesta terça-feira (30) a primeira reunião de trabalho com aliados mais próximos para definir os rumos do governo de transição. O deputado  federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), confirmado para a Casa Civil, apresentará os dados coletados durante reuniões em Brasília com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que coordena a equipe de transição do governo Michel Temer.

O próprio Onyx  confirmou a reunião. A previsão inicial era de que Bolsonaro viajasse para Brasília hoje. Mas nessa segunda-feira (29) o presidente eleito disse que irá à capital na próxima semana e que a “primeira pessoa” que pretende encontrar é Temer.

##RECOMENDA##

Na reunião de hoje, no Rio de Janeiro, a expectativa é de que participem os integrantes do chamado “núcleo duro”, que são os assessores mais próximos de Bolsonaro. Além de Onyx, devem estar presentes o general da reserva Augusto Heleno, confirmado para a Defesa, o economista Paulo Guedes, que deve assumir o Ministério da Fazenda (ou Economia, se houver fusão com outra pasta), e o presidente nacional do PSL, Gustavo Bebianno.

Em entrevista ontem à TV Record, Bolsonaro disse que são "estarrecedores" os dados sobre a máquina administrativa federal, sobretudo a respeito do número de funcionários e despesas. Ele reiterou que pretende privatizar ou extinguir algumas empresas, mas que não irá prejudicar os funcionários públicos. 

Também afirmou que sua intenção é reduzir o número de ministérios. Anteriormente, ele afirmou que gostaria de diminuir de 29 para 15.  

Transição

Padilha disse conversará nesta quarta-feira (31) com Onyx, quando espera receber os primeiros nomes da equipe de transição do novo governo. A equipe deve reunir até 50 nomes de pessoas que vão trabalhar em um ambiente organizado exclusivamente para este momento, que é o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

Essas 50 pessoas serão nomeadas para Cargos Especiais de Transição Governamental. Esses cargos poderão ser ocupados a partir desta terça-feira (30) e devem ficar vagos até o dia 10 de janeiro, conforme disposição legal.

A equipe nomeada em caráter especial receberá salários que vão de R$ 2.585,13 a R$ 16.581,49. São oito cargos diferentes, de indicação de Bolsonaro. Vinte e cinco desses indicados receberão R$ 9.926,60 e dez terão salário de R$ 13.036,74. São os dois cargos com o maior número de ocupantes. O cargo de coordenador é o de maior salário, mas se Onyx Lorenzoni for o indicado, ele não poderá receber a remuneração, uma vez que já recebe como deputado federal e não poderá acumular as duas funções.

Ontem, Bolsonaro afirmou que a transição transcorrerá “em tranqüilidade” e agradeceu o apoio de Temer neste período. Padilha, por sua vez, disse que Temer pensa da mesma forma.

“A intenção do presidente Michel Temer é fazer uma transição com a maior transparência possível, ofertando todas as informações que estejam disponíveis no governo e sejam solicitadas, para que tenhamos, desde logo, o Brasil andando.”

O futuro ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse que a equipe do presidente eleito quer saber "a verdade da Petrobras no Brasil". Ao ser questionado sobre qual será a política de preços adotada pela estatal, Lorenzoni afirmou que tem "curiosidade" em saber o que o presidente Michel Temer sabe sobre a Petrobras e que, no governo Bolsonaro, "quem roubar vai para cadeia e ele joga a chave fora".

"A Petrobras passou por um período que passou da 7ª petrolífera no mundo para a 28ª, graças á roubalheira e à utilização inadequada da empresa", disse, nesta segunda-feira, 29, no hotel Windsor, na Barra da Tijuca. "Hoje, o Brasil vive um drama em relação aos combustíveis, o cidadão brasileiro paga uma conta absurda por conta dos equívocos cometidos no passado", acrescentou.

##RECOMENDA##

Lorenzoni também disse que a equipe "está dando o primeiro passinho hoje" e que é razoável pedir que todos tenham "um pouquinho de paciência" para que Bolsonaro possa conhecer a realidade do atual governo. "Com base nos conceitos que nós propagamos ao longo de toda campanha, podemos servir a todo o Brasil", argumentou.

R$ 100 mil

O deputado já admitiu, no ano passado, ter recebido R$ 100 mil em caixa dois da JBS. Um executivo da Odebrecht também afirmou que, em 2017, Lorenzoni teria recebido R$ 175 mil via caixa 2 da empresa. Segundo Alexandrino Alencar, em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, na planilha 'Drousys' - programa de controle dos desembolsos ilícitos do grupo -, o parlamentar era identificado pela alcunha "Inimigo".

O inquérito que investigava o caso da Odebrecht e Onyx foi arquivado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República. Onyx Lorenzoni também foi o relator na Câmara do projeto do Ministério Público Federal, as 10 Medidas contra a Corrupção.

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República e arquivou o inquérito que investigava o deputado federal Onyx Lorenzoni, acusado de receber R$ 175 mil via caixa 2 para sua campanha de 2006.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, havia requerido o arquivamento do inquérito justificando que as diligências realizadas não foram suficientes para comprovar o suposto crime.

##RECOMENDA##

Em sua manifestação, Raquel escreveu que o executivo Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, um dos delatores da Odebrecht, "não obstante afirmar a doação eleitoral não contabilizada ao deputado na campanha de 2006", afirmou que não operacionalizou a entrega do valor, nem sabe declinar que o tenha feito, a forma, o local e a data da suposta doação.

"Dentro dessas premissas, não há prova, por ora, que tenha havido declaração falsa para fins eleitorais e se esgotaram os meios destinados elucidar os fatos", escreveu Raquel.

Na planilha 'Drousys' - programa de controle dos desembolsos ilícitos do grupo -, o parlamentar é identificado pela alcunha 'Inimigo'. Onyx Lorenzoni foi o relator na Câmara dos Deputados do mais importante projeto da história do Ministério Público Federal, o Dez Medidas de Combate à Corrupção, projeto que nasceu da Operação Lava Jato.

Depoimento

À Procuradoria da República em Campinas, Alexandrino relatou que em sua atividade à frente da Braskem, braço petroquímico da empreiteira no Rio Grande do Sul, em 2006, o relacionamento político era fundamental e sempre focado no crescimento do grupo. "Dentro desse foco meu sempre estiveram os partidos, os políticos, os agentes públicos, sempre preservando uma sistemática de contribuições financeiras", narrou.

Segundo Alexandrino, dentro desse direcionamento tinha que observar, intuir e perceber potenciais candidatos que poderiam crescer e ter um lugar de destaque. "Dentro das minhas funções na Braskem, estamos falando de 2006, eu percebi que dentro do escopo político, uma linha política, o sr. Onyx Lorenzoni era uma pessoa importante, um jovem impulsivo, um lutador que nós precisávamos mantê-lo próximo. Especialmente por causa do volume de investimentos que tínhamos no Rio Grande do Sul."

O delator disse aos investigadores que foi ele quem procurou o parlamentar que, na época, concorria à reeleição para a cadeira na Câmara. "Procurei o candidato, à época ele era deputado federal pelo PFL. Eu o procurei dizendo do interesse nosso de nos aproximarmos e que seria importante fazer doações para a campanha dele. E assim foi feito."

Segundo o ex-executivo da Odebrecht, ao ser procurado, em 2006, o deputado gaúcho não demonstrou nenhuma "rejeição" em receber os R$ 175 mil via caixa 2, isto é, sem declarar a doação à Justiça Eleitoral. A operação foi registrada no sistema de informática "Drousys", que controlava as transações do "banco da propina" da Odebrecht.

Defesa

Em vídeo divulgado nesta sexta-feira, 8, o deputado afirmou que a decisão do ministro Luiz Fux prova que ele nunca esteve envolvido com corrupção. "Eu vou atrás agora do sr. Alexandrino de Alencar. Este vagabundo vai perder qualquer benesse que ele teve, porque ele mentiu nesta circunstância aqui e isso é um agravante e vai fazê-lo perder eventual benefício que ele tenha."

A reportagem procurou a defesa do ex-executivo da Odebrecht, mas não obteve retorno.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando