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Os atos de vandalismos registrados nessa quarta-feira (21), durante o protesto promovido pela Frente de Luta pelo Transporte Público, fizeram a Secretaria de Defesa Social (SDS) mudar a postura assumida nas últimas manifestações. O órgão subiu um nível no protocolo de operacionalidade, o que significa atuações com mais exigência e rigor maior nas abordagens.

A partir de agora manifestantes mascarados não serão mais tolerados e as mochilas serão revistadas. Caso seja encontrado algum artefato explosivo ou itens que coloquem em risco a segurança da população, o revistado poderá ser autuado em flagrante e preso. O Batalhão de Choque também vai acompanhar de perto todos os atos de protesto.

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De acordo com o secretário Wilson Damázio, ontem os polícias foram pegos de surpresa pela forma radical como grupos isolados agiram. “Essa situação exige uma postura mais eficaz dos nossos órgãos operativos. Os agentes estão se comportando de forma a garantir a segurança e não para reprimir. Mas essa estratégia não deu certo”, afirmou. 

Um inquérito policial foi aberto para investigar mais de 14 crimes praticados nessa quarta, como danos aos patrimônios públicos, incêndio e porte de material explosivo. O órgão vai contar com as imagens das câmeras de segurança da SDS e vídeos postados em redes sociais. “Também solicitamos a ajuda da população. Caso identifiquem algum integrante é preciso nos repassar essas informações”, explicou o Chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Oswaldo Morais.

A Secretaria também está em contato com as polícias de outros estados, já que existe a suspeita de que integrantes de outros movimentos estão vindo ao Recife para oferecer treinamento aos pernambucanos. Na noite de ontem, três pessoas foram detidas e em seguida liberadas, já que não possível liga-las aos atos de vandalismo. Outras foram identificadas e a polícia já está trabalhando para localiza-las. 

As novas medidas divulgadas pela SDS serão utilizadas em todo o Estado, inclusive em Petrolina, onde segundo Damázio também existem problemas de manifestações. “Já repassamos essas orientações para outras cidades e lá eles irão agir da mesma forma”, concluiu.

A manifestação em favor do Passe Livre, que aconteceu ontem no Recife (22), deixou consequências pela cidade. Em vários pontos era possível encontrar pichações e destruição. Vidraças quebradas, bicicletas retorcidas e ônibus queimado faziam parte do cenário nesta manhã de quinta-feira (22). 

O Cinema São Luiz, foi depredado e teve seis de suas vitrines quebradas. Os funcionários, ainda assustados, limpavam o local. “No momento, estava sendo exibida a seção de 16h e vândalos chegaram quebrando as vitrines. Abaixamos as portas até que eles fossem embora, porque ficamos com medo, mas a polícia logo chegou atirando balas de borracha e usando spray de pimenta e eles foram embora”, relatou João Bosco, projecionista do cinema que estava no local na hora do confronto. “É um vandalismo muito grande, as autoridades precisam ver isso aí”, complementa. Ele conta ainda, que a reforma das vitrines ficarão em mais de R$ 1500.

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Caroline Almeida, de 26 anos, vendedora de uma loja de fotografia que fica ao lado do cinema contou que fecharam suas portas às 17h30min, 1h hora antes do horário de normal de funcionamento.  “Quando vimos que os manifestantes estavam vindo para cá, fechamos as portas e ficamos aqui dentro”, diz.  Lidiane Firmina de 21 anos, atendente de uma lanchonete em frente ao São Luiz, disse que também desceram as portas “Nós funcionamos até 19h, mas ontem (22) às 16h30min, já havíamos fechado. Ficamos com muito medo e nos recolhemos aqui dentro”, conta. Lidiane detalha os manifestantes que quebraram as vitrines do cinema “Esses que vieram aqui eram todos encapuzados, quando fui embora encontrei com eles e tive que sair correndo na direção oposta, foi assustador”, completa.

Moradores da cidade também opinaram sobre o protesto. “É vergonhoso, isso não é estudante, são vândalos infiltrados. Se queriam quebrar fossem para o Palácio, agora quebrar lojas de trabalhadores de bem, é uma vergonha”, expressou o fotógrafo de 43 anos Manuel Torres.  

A Comissão de Comunicação da Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco, que liderou as manifestações de ontem fez uma nota de esclarecimento à sociedade pernambucana. Abaixo, segue a nota na íntegra: 

Nota de Esclarecimentos à sociedade pernambucana:

1. O caos e o campo de batalha que se tornou o centro da Cidade do Recife, nesta quarta-feira (21), tem 3 responsáveis: o presidente da Câmara, Vicente André Gomes (por ter dado um golpe no Movimento ao não ter cumprido NENHUM ponto acordado na ocupação da Câmara, além de ter impedido o acesso à Casa Legislativa), o prefeito Geraldo Júlio (por ter prometido o Passe Livre em sua campanha, e até agora sequer sentou com o movimento) e o governador Eduardo Campos (que permanece silente e negligente em relação à pauta do Movimento. Lembramos que estamos nas ruas desde janeiro deste ano, e o máximo que o governo fez foi dar uma resposta formal aos 13 itens formulados pela Frente).

2. O presidente da Câmara Municipal do Recife fechou a Casa e consequentemente o expediente (mais uma vez!) ao meio dia, deixando claro de imediato a não predisposição ao diálogo com o movimento. Estamos tentando diálogo com o Poder Público desde 21 de junho do presente ano, sem lograr êxito, com todos os protestos ocorrendo até então de maneira pacífica.

3. Neste sentido, tiramos como estratégia política intensificar as mobilizações de rua para que o Poder Público perceba a Pressão e o nível de indignação popular com o descaso no Transporte Público. Até então, apenas o vereador Raul Jungmann se apresentou na entrada da Câmara Municipal, quando estávamos em passeata, ou seja, a Comissão Instituída para Tratar do Passe Livre não nos procurou, nem estava na Câmara, inclusive, seria ilógico, porquanto se a Câmara estava fechada.

4. A Polícia Militar de Pernambuco, através da Rádio Patrulha, assim como faz todos os dias nas periferias e favelas do Recife, chegou atirando bombas de efeito moral, gás lacrimogênea e balas de borracha quando os manifestantes se encontravam na altura do Cinema São Luís. Esta ação da polícia deixou vários cidadãos feridos, entre eles, dois garis que faziam a limpeza pública, uma estudante secundarista e um estudante universitário, além de vários jornalistas. No calor do confronto, é muita ingenuidade achar que as pessoas não se protegeriam frente aos ataques da Polícia Militar, que parecia descontrolada. Por óbvio, nos defendemos com o que estava disponível. Mas, esclarecemos que A FRENTE não tinha, sequer cogitou, como tática política QUALQUER tentativa de depredação ou ação direta ao Cinema São Luís. Importante frisar que a Frente apenas puxa os atos, mas estes são do povo, abertos para que qualquer grupo ou pessoa participe.

5. Na volta para Câmara Municipal, fomos recebidos com mais Repressão da Polícia Militar e da Rádio Patrulha, e mais uma vez o confronto e o campo de batalha se formaram. Não eram só os manifestantes do Passe Livre que se defendiam, ambulantes, trabalhadores, transeuntes, todos e todas se defenderam dos ataques da Polícia da maneira que podiam.

6. O recado das ruas e da pressão popular está dado. Não aguentaremos mais golpes, mentiras e falácias. Intensificaremos as mobilizações até que a CPI do Transporte Público seja instaurada, o Projeto de Lei do Passe Livre tramitado e aprovado, e  as audiências com Geraldo Júlio e Eduardo Campos marcadas. 

Recife, 21 de agosto de 2013.

Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco.

A manifestação promovida pela Frente de Luta pelo Transporte Público nessa quarta-feira (22) causou grandes transtornos e destruição no centro do Recife. Um grupo destruiu vitrines de lojas, a fachada do Cinema São Luiz e até uma estação de bicicletas. Eles também atearam fogo em entulhos e incendiaram um ônibus.

A polícia respondeu ao ato de vandalismo com tiros de bala de borracha e bombas de efeito moral, mudando completamente a rotina dos lojistas, motoristas, passageiros e pedestres que tentavam voltar para casa. Durante o confronto, dois integrantes do movimento ficaram feridos.

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Por conta dos acontecimentos, a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco convocou uma coletiva de imprensa para a manhã desta quinta-feira (22). O órgão também adiantou que irá apresentar a postura que, a partir de agora, será adotada pela Secretaria e seus Órgãos Operativos em situações como essa.

O cancelamento do expediente desta quarta-feira (21) na Câmara dos Vereadores do Recife, por conta das manifestações a favor do passe livre, foi repudiado por alguns parlamentares da Casa. Os vereadores Jayme Asfora (PMDB), Raul Jungmann (PPS) e Priscila Krause (DEM) também não concordaram com as cenas de violência que ocorreram no centro do Recife. Para eles, o fechamento da Casa José Mariano não justifica a depredação ao patrimônio público do município. 

“Eu acho que a Câmara não pode e não deve fechar. A Câmara não pode ter medo do povo, por ser do povo não pode fechar, mesmo com as condições difíceis, e até com atos. Os excessos devem ser coibidos pela justiça, não deve ser pela Câmara em nenhuma hipótese”, opinou o vereador e líder da oposição da Casa, Raul Jungmann, que também afirmou que não foi consultado sobre o fechamento da Câmara. “Foi uma decisão do presidente (Vicente André Gomes – PSB). Fomos comunicados, mas não consultados”, relatou.

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De acordo com o vereador e membro da Comissão pela Melhoria dos Transportes Públicos da Câmara, Jayme Asfora (PMDB), o fechamento da Casa é democraticamente ruim para o município. “Se qualquer órgão público se vê diante de uma ameaça ao patrimônio é possível fechar, mas em condição extraordinárias. Acho que esse não é o caso”, ressaltou o peemedebista. 

Segundo a vereadora Priscila Krause (DEM), houve uma promessa de campanha do prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) sobre o passe livre, mas o direito de contestar dos manifestantes acabou sendo comprometido por um grupo de pessoas que deturparam o movimento.    

“Eu acho isso lamentável. A Comissão da Câmara estava esperando (os manifestantes). Tinha um grupo comprometido com isso. Ali (a Câmara) é um espaço de diálogo. Eles têm o direito de contestar, mas do jeito que foi hoje não é a forma correta. Não justifica tacar pedras. É um movimento de resistência, não justifica agredir”, criticou a democrata. 

A Comissão da Frente de Luta pelo Transporte Público acusou o presidente da Câmara do Recife, Vicente André Gomes (PSB); o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB); e o governador Eduardo Campos (PSB) de serem os maiores culpados pelos transtornos que aconteceram no centro do Recife na tarde desta quarta-feira (21). 

Na nota, o grupo repudiou a atitude de Vicente André Gomes de ter fechado a Casa Legislativa. Eles relataram que apenas o vereador Raul Jungmann (PPS) se apresentou para dialogar com os manifestantes. 

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Leia a nota na íntegra.

Comissão de Comunicação da Frente de Luta pelo Transporte Público de PE.

Nota de Esclarecimentos à sociedade pernambucana:

1. O caos e o campo de batalha que se tornou o centro da Cidade do Recife, nesta quarta-feira (21), tem 3 responsáveis: o presidente da Câmara, Vicente André Gomes (por ter dado um golpe no Movimento ao não ter cumprido NENHUM ponto acordado na ocupação da Câmara, além de ter impedido o acesso à Casa Legislativa), o prefeito Geraldo Júlio (por ter prometido o Passe Livre em sua campanha, e até agora sequer sentou com o movimento) e o governador Eduardo Campos (que permanece silente e negligente em relação à pauta do Movimento. Lembramos que estamos nas ruas desde janeiro deste ano, e o máximo que o governo fez foi dar uma resposta formal aos 13 itens formulados pela Frente).

2. O presidente da Câmara Municipal do Recife fechou a Casa e consequentemente o expediente (mais uma vez!) ao meio dia, deixando claro de imediato a não predisposição ao diálogo com o movimento. Estamos tentando diálogo com o Poder Público desde 21 de junho do presente ano, sem lograr êxito, com todos os protestos ocorrendo até então de maneira pacífica.

3. Neste sentido, tiramos como estratégia política intensificar as mobilizações de rua para que o Poder Público perceba a Pressão e o nível de indignação popular com o descaso no Transporte Público. Até então, apenas o vereador Raul Jungmann se apresentou na entrada da Câmara Municipal, quando estávamos em passeata, ou seja, a Comissão Instituída para Tratar do Passe Livre não nos procurou, nem estava na Câmara, inclusive, seria ilógico, porquanto se a Câmara estava fechada.

4. A Polícia Militar de Pernambuco, através da Rádio Patrulha, assim como faz todos os dias nas periferias e favelas do Recife, chegou atirando bombas de efeito moral, gás lacrimogênea e balas de borracha quando os manifestantes se encontravam na altura do Cinema São Luís. Esta ação da polícia deixou vários cidadãos feridos, entre eles, dois garis que faziam a limpeza pública, uma estudante secundarista e um estudante universitário, além de vários jornalistas. No calor do confronto, é muita ingenuidade achar que as pessoas não se protegeriam frente aos ataques da Polícia Militar, que parecia descontrolada. Por óbvio, nos defendemos com o que estava disponível. Mas, esclarecemos que A FRENTE não tinha, sequer cogitou, como tática política QUALQUER tentativa de depredação ou ação direta ao Cinema São Luís. Importante frisar que a Frente apenas puxa os atos, mas estes são do povo, abertos para que qualquer grupo ou pessoa participe.

5. Na volta para Câmara Municipal, fomos recebidos com mais Repressão da Polícia Militar e da Rádio Patrulha, e mais uma vez o confronto e o campo de batalha se formaram. Não eram só os manifestantes do Passe Livre que se defendiam, ambulantes, trabalhadores, transeuntes, todos e todas se defenderam dos ataques da Polícia da maneira que podiam.

6. O recado das ruas e da pressão popular está dado. Não aguentaremos mais golpes, mentiras e falácias. Intensificaremos as mobilizações até que a CPI do Transporte Público seja instaurada, o Projeto de Lei do Passe Livre tramitado e aprovado, e  as audiências com Geraldo Júlio e Eduardo Campos marcadas.

Mesmo com o cancelamento do expediente na Câmara do Recife, os vereadores nomeados para compor a Comissão pela Melhoria dos Transportes Públicos estiveram em frente à Casa Legislativa. Os parlamentares permaneceram para dialogar com os estudantes que participam dos protestos pelo passe livre no Centro do Recife, na tarde desta quarta-feira (21). Os vereadores aguardaram os manifestantes das 15h às 16h30, no entanto, o grupo só se concentrou local após esse horário. 

Diante da ausência dos estudantes, os parlamentares aguardam a indicação de um grupo de estudantes para iniciar o diálogo, objetivando definir uma pauta de trabalho comum. 

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“É importante ressaltar que estávamos lá (de frente à Câmara). Não é bom para ninguém que a Câmara fique fechada. Houve esses impasses todos, houve mudanças de rumo e, infelizmente, não foi possível ter algum diálogo”, afirmou o vereador Jayme Asfora (PMDB).

Além do peemedebista, participam da Comissão os vereadores Raul Jungmann (PPS), Wanderson Florêncio (PSDB), Jurandir Liberal (PT), Isabela de Roldão (PDT), Eurico Freire (PV) e Marco Aurélio (PTC). 

 

Em protesto pelo direito do Passe Livre, manifestantes queimaram pneus, madeiras e lixos, bloqueando as ruas do Hospício e Princesa Isabel em frente à Câmara dos Vereadores do Recife. Uma das lideranças do movimento do Passe Livre pegou a pauta de exigências do governo e queimou.

Com as chamas altas, os bombeiros foram acionados para conter o fogo, ao chegar, foram recebidos com coquetéis molotov. Após intervenção do Batalhão de Choque da Polícia Militar, os manifestantes também atiraram coquetéis e pedras em direção os policias dentro da Câmara dos Vereadores. A Polícia Militar revida o ato com gás de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha. 

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Com informações de Rhayana Fernandes

O solicitante da criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público e líder da oposição na Câmara do Recife, vereador Raul Jungmann (PPS), está participando na tarde desta quarta-feira (21), de um protesto formado por um grupo de manifestantes nas principais ruas do Recife. Em virtude do ato, a Casa José Mariano manteve as portas fechadas e a sessão plenária foi cancelada.

A CPI solicitada por Jungmann foi indeferida pelo presidente da Casa, vereador Vicente André Gomes (PSB) com a justificativa de falta de assinaturas e de não ter caráter de denúncia, exigida pelo regimento interno da Câmara do Recife. Apesar de ser barrada, o vereador oponente pretende conseguir mais assinaturas para consolidar a proposta se demonstra solidário com o movimento. 

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“Vamos continuar apoiando esse movimento que é democrático e que pede a CPI do transporte público e o passe livre que nós também apoiamos. Vamos colocar as assinaturas para que elas aconteçam, porque é nossa posição que elas aconteçam”, frisou o parlamentar.

Durante a entrevista ao portal LeiaJá, o líder da oposição foi interrompido por um pequeno grupo de manifestantes mascarados. Os protestantes dirigiram palavras imorais e obscenas ao vereador em alta voz, mas ele ignorou as represarias. “(...) Aqui você tem de tudo, mas vamos continuar apoiando”, disse.

*Com informações de Rhayana Fernandes

 

Deputada pelo PSB, Raquel Lyra afirmou que a questão do passe livre também é de responsabilidade do Poder Executivo. Em entrevista ao Portal LeiaJá, a socialista relatou que quando a questão orçamentária é afetada o Parlamento não fica totalmente responsável pela discussão da criação de um projeto de lei.

“Desde o final de maio foi discutida essa questão [do passe livre]. Inclusive, já foram indicados membros para discutir sobre isso. Mas se for aprovar o passe livre, você tem que ter subsídios, e isso só poder ser definido pelo Executivo”, ressaltou a parlamentar.

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O movimento sobre o passe livre, que mudou o cotidiano da Câmara dos Vereadores do Recife nas últimas semanas, deverá ser discutido pelos parlamentares da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).  Na última semana alguns deputados receberam um grupo de manifestantes e prometeram fazer audiências públicas sobre o assunto.

No calor dos recentes protestos que abalaram o país, a editora Boitempo acaba de lançar o livro Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. Inspirado nos protestos que aconteceram em todo o Brasil durante o meses de junho e julho de 2013, a obra traz perspectivas variadas sobre as manifestações, a questão urbana, a democracia e a mídia, entre outros temas.

Cidades rebeldes: Passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil contém textos de autores nacionais e internacionais, como Slavoj Žižek, David Harvey, Mike Davis, Raquel Rolnik, Ermínia Maricato, Jorge Souto Maior, Mauro Iasi, Silvia Viana, Ruy Braga, Lincoln Secco, Leonardo Sakamoto, João Alexandre Peschanski, Carlos Vainer, Venício A. de Lima, Felipe Brito e Pedro Rocha de Oliveira. O livro também conta com um ensaio fotográfico do coletivo Mídia NINJA e ilustrações sobre as manifestações de Laerte, Rafael Grampá, Rafael Coutinho, Fido Nesti, Bruno D’Angelo, João Montanaro e Pirikart, entre outros.

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Publicado em parceria com o portal Carta Maior e com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo, a obra tem custo baixo (R$ 10 impresso e R$ 5 e-book) porque os autores cederam gratuitamente seus textos, tradutores não cobraram pela versão dos originais para o português e quadrinistas e fotógrafos abriram mão de pagamento por suas imagens.

Serviço

Cidades rebeldes: Passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil

112 páginas

R$ 10 (impresso) Livraria Cultura, Travessa e Saraiva

R$ 5 (e-book)

Editora Boitempo

O vereador do Recife Raul Jungmann (PPS) acusou o Governo de Pernambuco de intervir nas ações da Câmara Municipal na manifestação do Passe Livre na Casa José Mariano, realizada na última quinta-feira (8). As críticas foram feitas durante a plenária na Casa Legislativa na tarde desta quarta-feira (14). Segundo o parlamentar, a ordem do Governo do Estado era de cortar a luz do local e enviar a tropa de choque para retirar os manifestantes do local. 

“Só quem conhece o Plenarinho, sabe o quanto isso é um absurdo, pois só existe uma porta de saída e seis janelas. Isso, no mínimo, terminaria em tragédia”, disparou o vereador.

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O líder da oposição afirmou que recebeu esta informação de uma fonte oficial e explicou alguns outros fatos ocorridos na noite da manifestação, que segundo ele, confirmam a intervenção do Governo Estadual. Ele ainda disse em plenária que a Câmara Municipal tem um poder soberano e não cabe a nenhuma autoridade que não seja do próprio poder legislativo de intervir nas suas ações.

“Seguindo a determinação do presidente da Casa, saí do portão da Câmara Municipal para pegar água e mantimentos para os que aqui se encontravam no Plenarinho. Na volta, fomos impedidos de entrar e levar os mantimentos. E esta proibição partiu do coronel responsável pela guarnição da Casa, que alegou que só obedeceria a ordem do secretário de Defesa Social, Wilson Damásio”, denunciou.

Um protesto de movimentos estudantis está senfo realizado em frente à Assembléia Ligislativa de Pernambuco (ALEPE). Os participantes dizem que é um ato nacional por um plano de assistência ao estudante, principalmente, às pessoas de baixa renda, que garanta as condições para que ele permaneça na universidade, como refeição e passe livre. Além disso, são feitas reividicações de melhorias na educação pública.No momento, eles só deixa uma faixa livre na Rua da Aurora e garantem que só vão liberar o restante quando forem recebidos pelos deputados.

Segundo os organizadores, estudantes de 30 escolas estão participando do ato. Muitos, por serem menores - há crianças de 11 anos entre eles - tiveram que pedir autorização aos pais para participar. Participam a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Municipal de Estudantes Secundaristas (UMES).

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Agora há pouco, por volta de 16h25, um grupo de quatro pessoas que estava mascaradas e/ou encapuzadas foi revistada pela Polícia Militar e liberada em seguida. Segundo a polícia, a abordagem foi necessária porque era preciso identificar o motivo dos jovens estarem escondendo o rosto.

Com informações de Rhayana Fernandes, Mais detalhes aqui.

Os projetos de lei sobre o passe livre estudantil e a redução da alíquota do IPTU do município de Jaboatão dos Guararapes estão causando um desconforto entre a prefeitura e a Câmara Municipal. A gestão local alega que as matérias irão custar um montante de R$ 90 milhões/ano na receita da região.

“Em um só dia, a Câmara Municipal impõe um prejuízo de mais de R$ 104 milhões à Prefeitura, uma vez que, além de aprovar projetos que geram despesas ao Executivo, rejeita projeto que autoriza a contratação de empréstimo junto ao BNDES, de R$ 20 milhões, para investimento na modernização administrativa, através do Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT)”, relatou o secretário de Infraestrutura e Mobilidade Humana do município, Evandro Avelar.

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“É impossível entender o que está por trás dessa iniciativa, que gera despesas sem indicar fonte e impede a contratação de captação de recursos”, completou.

Para se tornar lei os projetos precisam ser sancionados pelo prefeito Elias Gomes e por isso a área Jurídica da Prefeitura está analisando as propostas. É vedada ao Poder Legislativo a aprovação de projetos que gerem despesas para o Executivo.

Com informações de assessoria

 

Presidente da Câmara dos vereadores, Vicente André Gomes (PSB) não vai tolerar mais uma ocupação à Casa Legislativa. O socialista criticou a ação dos estudantes dentro da Casa de José Mariano e espera que os jovens não repitam o ato da última sexta-feira (9) quando acamparam no local reivindicando uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte público e um Projeto de Lei para a criação do Passe Livre

“Se ocuparem de novo a Casa vou ter que dialogar para desocupar e se não for infelizmente vou ter que usar a solicitação da guarda para desocupar o local. Na condição de presidente eu tenho que preservar o patrimônio da Casa. (...) Isso é uma Casa democrática que exige democracia. Sou radical com a democracia, não posso aceitar a violência parta de onde partir. Não aceito vereador agredir ninguém, não aceito a polícia agredir ninguém, mas também não posso permitir danos ao patrimônio público dessa Casa”, afirmou o parlamentar, em conversa com a imprensa depois da sessão pública da Câmara na tarde desta segunda-feira (12).

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De acordo com o vereador, a Casa está aberta para o diálogo, mas acredita que não compete a Câmara discutir a questão do transporte público estadual. “Entendemos que não é a Câmara Municipal do Recife que deve ser o celeiro dessa discussão de assuntos dessa ordem que são metropolitanos. A passagem é metropolitana. Não cabe a gente discutir matéria que não é da nossa competência”, explicou. 

Segundo o socialista, a CPI só pode ser definida se tiver assinaturas suficientes entre os parlamentares da Casa. “Não posso permitir uma matéria sem estar na pauta. Ela deve ser discutida entre todas as lideranças”, disse o vereador. 

“Se eu pudesse eu dava passe livre para todo mundo. Até na minha casa a empregada pediu para votar a favor do passe livre para a filha dela usufruir. Há um sentimento da sociedade para discutir a matéria, e o passe livre não é um caso específico, é nacional, mas é preciso saber quem pode legislar e quem não pode legislar”, completou. 

 

Os manifestantes, sendo a maioria estudantes, que ocuparam o plenarinho da Câmara dos Vereadores do Recife na noite dessa quinta-feira (8), deixaram o imóvel na madrugada desta sexta (9). A ocupação ocorreu após uma audiência por melhorias do transporte público, dirigida pelo vereador Raul Jungmann e membros do grupo Frente Popular de Luta pelo Transporte Público.

Antes de ocupar as dependências do plenarinho, os manifestantes realizaram um protesto nas proximidades da Câmara. O ato congestionou o trânsito no cruzamento das Ruas do Hospício e Princesa Isabel. O grupo impediu a passagem do Corpo de Bombeiros, que tentava apagar o fogo provocado por eles. Durante a confusão, duas pessoas foram detidas. 

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Os manifestantes ocuparam a Casa José Mariano com o intuito de discutir o sistema de transporte público. Ao final da reunião, para levar o projeto Passe Livre para a Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) dos Transportes públicos, seriam necessárias 13 assinaturas de vereadores.

Os jovens asseguraram que só deixariam a Câmara quando todas as assinaturas fossem obtidas. Os manifestantes chegaram a afirmar que o governador Eduardo Campos havia proibido o abastecimento de água e comida para o grupo que estava dentro da Casa José Mariano.

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Durante o protesto realizado pelo Passe Livre no Recife, no final da tarde desta quinta-feira (8), os manifestantes atearam fogo em lixo e pneus no cruzamento das ruas do Hospício e Princesa Isabel, em frente à Câmara Municipal dos Vereadores. O protesto ocorreu enquanto era promovida uma audiência por melhorias pelo transporte público, dirigida pelo vereador Raul Jungmann e membros do grupo Frente Popular de Luta pelo Transporte Público.

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Durante os protestos que congestionaram o trânsito em vários sentidos no cruzamento das vias do entorno da Câmara, os manifestantes impediram a passagem do caminhão do Corpo de Bombeiros, que estava a caminho para apagar o fogo no local. A Polícia Militar (PM) usou a força para abrir caminho para a atuação dos bombeiros.

Durante o ato, um tumulto foi causado e duas pessoas foram detidas. “Eu só estava filmando” afirmou o estudante, José Roberto, que foi liberado instantes depois. Segundo a PM, o rapaz foi detido por desacato à autoridade.

Dentro da Casa José Mariano, 50 manifestantes ocuparam o auditório, com o intuito de discutir o sistema de transporte público. Ao final da reunião, para levar o projeto Passe Livre para a Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) dos Transportes públicos, serão necessárias 13 assinaturas de vereadores.

Os jovens asseguraram que só deixarão a Câmara quando todas as assinaturas forem obtidas, uma data seja anunciada para receber o retorno sobre a pauta de reivindicações e os presos políticos libertados. Segundo um membro do grupo, o professor de historia, Tiago Felipe, o governador Eduardo Campos, proibiu o abastecimento de água e comida para os membros da ‘Frente’ dentro da Casa José Mariano. 

Cerca de 200 estudantes do movimento Passe Livre realizam nesta quinta-feira (8) um novo protesto do pelas ruas do centro do Recife. Os manifestantes estão neste momento, em frente à Câmara Municipal, onde acontece um plenário que discute melhorias no sistema de transporte público do Recife e Região Metropolitana.

Dois jovens foram detidos pela Polícia Militar, um deles - conhecido apenas como Ninja - estava tentando colocar gasolina em um pneu de ônibus, quando foi detido e levado para a delegacia de Santo Amaro. José Roberto, apenas ficou mantido dentro da Câmara por desacato à autoridade, mas já foi liberado.

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Com informações de Moriael Bandeira

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Cerca de 50 jovens, que estavam reunidos na Praça do Derby na tarde desta quarta-feira (31) para o 5º ato pelo passe livre e melhoria nas condições do transporte público, acabam de definir que seguirão para a Conde da Boa Vista e não irão informar o destino final do movimento. O clima é tenso porque alguns manifestantes estão mascarados e cinco policiais que acompanham a movimentação pediram que eles retirassem os adereços.

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Segundo um dos representantes da Frente de Luta pelo transporte público, Rodrigo Dantas, o percurso da passeata não será divulgado, com intuito de despistar a polícia. “Uma vez saindo de um bar com meu amigo, percebi duas pessoas me seguindo, anotei a placa do carro e depois verifiquei, então descobri que se tratava da polícia cientifica. Durante os protestos do dia 20 de julho, enquanto eu estava na manifestação, minha mãe recebeu em casa, um mandato da justiça, me acusando de incitar a violência”, declarou Rodrigo.

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Com informações de Íris Garbúglio

O prefeito petista de Goiânia, Paulo Garcia, sancionou nesta sexta-feira, 26, a Lei 9.322/2013 que permite o passe livre em ônibus municipais todos os dias da semana, o ano inteiro, e visa beneficiar alunos das redes pública e privada dos ensinos fundamental, médio e superior de Goiânia (GO).

Também estarão isentos do custo das passagens de ônibus os alunos dos cursos técnico profissionalizantes e de Ensino de Jovens e Adultos (EJA), reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). A decisão reflete a pauta das manifestações dos últimos meses no País.

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De acordo com a medida, também chamada de Lei do Passe Livre, os custos do programa serão bancados pelo Tesouro Municipal, podendo receber aportes financeiros do Estado e da União. A lei deverá ser regulamentada nos próximos 30 dias pela Câmara de Vereadores de Goiânia. E poderá beneficiar 98 mil alunos da região metropolitana de Goiânia.

SALVADOR (BA) - O  Movimento Passe Livre Salvador (MPL), que ocupa a Câmara Municipal desde a ultima segunda-feira (22), criticou, por meio de nota divulgada em sua página oficial, as medidas para o transporte urbano instituidas pelo prefeito, ACM Neto nesta quinta-feira (26). As medidas são a criação do Bilhete Único com validade de duas horas, podendo se estender por três horas, além da implementação do mesmo para novembro; extensão do 'Domingo É Meia' para usuários do Salvador Card e demais cartões avulsos, que não contempla usuários do cartão de estudantes e de vale transporte.

Bilhete Único - Segundo a nota, a proposta do Bilhete Único não atende as reivindicações do movimento, sob o argumento de que a duração do bilhete, de duas horas, não condiz com a realidade da população periférica que diariamente demora mais de duas horas para chegar a seu destino. O passe livre sugere  que um sistema integrado com tarifa única e acessível a toda população, onde o bilhete tenha duração de quatro horas, sendo válido em todas as modalidades de transporte público existentes em Salvador (rodoviário, ferroviário, aquaviário, intermunicipal e, futuramente, metroviário).

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Domingo É Meia -  O movimento se demonstrou contrário a restrição desse benefícios aos estudantes. "Nossa proposta é que o valor cobrado aos mesmos seja de setenta centavos. Entendemos que domingo é o único dia da semana em que o trabalhador e os estudantes possuem tempo livre para usufruir dos programas de cultura e lazer, passear com seus familiares e visitar amigos ou parentes", afirma em nota, completando com a afirmação de que por ser direito social o acesso ao lazer e a cultura, assim como a educação e a saúde, o transporte público aos domingos deveria ser gratuito para toda a população e posteriormente ampliado para todos os dias da semana por meio da tarifa zero.

Licitação para as linhas de ônibus - Em nota, o Passe Livre reivindicou ainda que o processo licitatório para as linhas de ônibus, que será aberto em agosto, seja debatido com a sociedade, para que exista transparência e resulte em um sistema de transporte por ônibus eficiente e com uma tarifa social acessível para todos. O movimento reafirmou que sua principal reivindicação é que o preço da tarifa seja reduzido para R$2,50.

 

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