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O fim da cobrança da passagem no transporte coletivo público urbano avançou em 2023 no país como nunca registrado antes. Desde janeiro, foram 31 municípios que adotaram o sistema pleno, que abrange a tarifa zero no transporte durante todos os dias, para toda a população. O ano de 2021 foi o segundo em mais adesões: 15 cidades. No total, o país hoje conta com 94 municípios com Passe Livre pleno. Os dados são do pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Santini.

São Paulo é o estado com maior número de municípios com tarifa zero: 29, seguido de Minas Gerais (25), Paraná (11), e Rio de Janeiro (10). O estado paulista também lidera na quantidade de cidades que adotaram o Passe Livre em 2023. Dos 31 municípios que implementaram o sistema neste ano, dez estão em São Paulo, seguido de Minas Gerais (6), Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (5), Paraná (3), Goiás (1), e Rondônia (1).

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“A gente está vivendo um momento de expansão da política de tarifa zero no Brasil. 2023 foi o ano em que houve mais adesões e a gente está vivendo uma tendência muito clara. Existe aí uma multiplicação de experiências, tem o que a gente chama de efeito contágio, ou seja, uma cidade vizinha influencia a outra, que influencia a outra, e a coisa vai se multiplicando”, destaca Santini.

Ele ressalta que o crescimento do número de cidades com tarifa zero no país ocorre dentro de um contexto de queda acentuada no número de passageiros do transporte público e da, consequente, crise do sistema de financiamento baseado na cobrança de passagens.

Dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostram que, no mês de outubro de 2013, foram transportados 398,9 milhões de passageiros no país. Em outubro de 2022, essa quantidade caiu para 226,7 milhões, com redução de 43%.   

De acordo com o pesquisador, a situação é de um círculo vicioso. Para manter a mesma receita com menos passageiros é necessário aumentar o valor da passagem; o aumento da passagem, no entanto, faz reduzir o número de passageiros.

“O modelo de financiamento baseado na receita das catracas não se sustenta mais. A gente tem vivido repetidos ciclos de perdas de passageiros, e isso tem uma influência direta aí na manutenção e gestão dos sistemas. E a tarifa zero surgiu como uma alternativa, como uma possibilidade, e é uma política especialmente interessante por reunir uma dimensão que ela é social e ambiental ao mesmo tempo”.

engenheiro Lúcio Gregori, secretário de transportes da gestão de Luiza Erundina na prefeitura de São Paulo (1989-1993), e elaborador do Projeto Tarifa Zero em São Paulo, afirma que, com as seguidas elevações no preço das tarifas do transporte, parte da população deixou de ter condição financeira de se locomover pelo transporte público. 

“[A diminuição das viagens é decorrência] de reajustes de tarifas cada vez maiores; por exemplo, em função do aumento do preço de combustíveis. Mas no geral, a questão é tarifária. Quer dizer, a tarifa foi aumentando numa proporção que os usuários foram perdendo as condições de pagá-la e foram deixando de usar o transporte coletivo. Fundamentalmente é isso”.

Dos 94 municípios que adotaram o Passe Livre no país, apenas 11 têm mais de 100 mil habitantes, encabeçados por Caucaia, no Ceará, com população de 355 mil pessoas; Luiziânia (GO) (209 mil); e Maricá (RJ) (197 mil). A complexidade dos sistemas de transporte das cidades mais populosas é apontada como um empecilho para adoção da tarifa zero nessas localidades.

No entanto, 2023 foi o ano em que mais cidades com mais de 100 mil habitantes adotaram o sistema gratuito para os passageiros, apontando uma nova tendência. Foram seis municípios: Luiziânia (GO) (209 mil habitantes); Ibirité (MG) (170 mil); São Caetano do Sul (165 mil) ; Itapetininga (SP) (157 mil); Balneário Camboriú (SC) (139 mil); e Ituiutaba (MG) (102 mil).    

“As cidades com mais de 100 mil habitantes estão adotando a tarifa zero, é parte de uma tendência. Existe agora uma maior percepção de que é possível estruturar tarifa zero também em cidades mais populosas, com redes de transporte público mais complexas”, diz Santini.

“Ao mesmo tempo que é mais desafiador você trabalhar com uma rede mais estruturada, é preciso lembrar também que as cidades mais populosas costumam ter um orçamento maior do que cidades menores. Isso também é um potencial”, acrescenta o pesquisador.

São Paulo

A maior cidade do país deu início, no último dia 17, a um sistema parcial de Passe Livre no transporte de ônibus no município, o Programa Domingão Tarifa Zero. A não cobrança das passagens tem validade somente aos domingos e nos feriados do Natal, Ano-Novo e aniversário da cidade (25 de janeiro), para toda a população.

De acordo com dados da prefeitura, o número de passageiros que utilizaram o sistema no primeiro domingo de passe livre cresceu 35% em relação aos domingos anteriores: passou de 2,2 milhões para 2,9 milhões de pessoas. Nas regiões periféricas, o aumento de usuários chegou a 38%.

“A cidade de São Paulo adotar a tarifa de anos nos domingos é um grande passo. A gente entende, cada vez mais, a mobilidade urbana como uma ferramenta de acesso à cidade. E a tarifa é uma barreira. Mesmo com pouca divulgação, já no  primeiro dia, teve 35% a mais. Isso demonstra que, de fato, a cobrança de passagem é uma barreira de acesso à cidade”, destaca a diretora do Instituto Multiplicidade e Mobilidade Urbana, Glaucia Pereira.

Ela ressalva que a decisão, mesmo tomada em véspera de ano eleitoral, vai ao encontro da Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, que prevê que o transporte nas cidades deve ser gerido para reduzir desigualdades e diminuir barreiras sociais.

“São Paulo sempre teve medidas eleitoreiras no transporte, só que a medida principal eleitoreira sempre foi fazer asfalto [para o carro]. E esse prefeito vem fazendo asfalto [para o carro]. Mas mesmo que essa medida [do Passe Livre aos domingos] seja eleitoreira, é a primeira vez que há uma medida eleitoreira de acordo com a política que diz que a mobilidade deve, na verdade, reduzir desigualdades e diminuir as barreiras”, ressalta Pereira.

O prefeito da cidade de Caruaru, no Agreste pernambucano, Rodrigo Pinheiro (PSDB-PE), anunciou, nesta quinta-feira (14), a criação do “Jovem +”, programa que garante passe livre no transporte público para estudantes de 15 a 59 anos, que moram município. Com o anúncio, o Projeto de Lei do gestor será apreciado pela Câmara de Vereadores.

Para obter o acesso gratuito, os alunos deverão seguir algumas regras, como a comprovação da renda familiar, a apresentação do cadastro do programa social Bolsa Família e ter frequência regular na sala de aula. Além desses critérios,o estudante interessado pelo passe livre só poderá ser incluído no “Jovem +” caso não seja atendido pelo Programa Municipal de Transporte Escolar ou por outro benefício semelhante.

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O anúncio foi feito pelo psdbista em um evento no qual foram apresentadas propostas do Poder Executivo. Após a aprovação na Câmara, que está prevista para a próxima terça-feira (19), o projeto será implementado e os estudantes do município serão orientados para o uso do benefício. 

“Caruaru é o primeiro município do Brasil a garantir a gratuidade da tarifa de ônibus para idosos e a primeira cidade do estado a enviar um projeto de lei para beneficiar estudantes da rede pública e privada com o passe livre. Estamos garantindo a mobilidade social no nosso município, é a gente avançando cada vez mais em prol do nosso povo”, afirmou o prefeito.

A Prefeitura de Fortaleza anunciou, nesta quinta-feira (10), uma proposta que garante duas passagens de ônibus diárias para estudantes. O projeto ainda vai passar por votação na Câmara de Vereadores. O anúncio foi feito nas redes sociais do prefeito José Sarto (PDT).

A expectativa é que o projeto comece a valer ainda em 2023 e que estudantes da rede pública municipal e estadual, alunos de colégios particulares e universitários sejam beneficiados pelo programa.

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A gratuidade é destinadapara que o estudante vá e volta da instituição de ensino de forma gratuita no transporte público. A tarifa esturantil em Fortaleza custa R$ 1,50, enquanto a normal está no valor de R$ 4,50. 

Bandeira levantada por movimentos populares nas grandes manifestações de junho de 2013, o fim da cobrança da passagem no transporte coletivo público urbano tem avançado nas casas legislativas e nas prefeituras de capitais do país. São Paulo e Belo Horizonte são exemplos de capitais em que a pauta tem ganhado espaço seja por novas leis vindas das câmaras municipais ou de decisões do poder executivo.

No país, 74 municípios já adotaram a tarifa zero plena no transporte coletivo. A maioria está em São Paulo e Minas Gerais: são 21 cidades paulistas e 18 mineiras. Em consonância com os municípios menores, as capitais desses estados agora avançam também no sentido da adoção do passe livre. 

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No final do ano passado, a prefeitura de São Paulo pediu um estudo de viabilidade para a adoção do passe livre na cidade. O projeto “Tarifa Zero” está sendo desenvolvido pela São Paulo Transporte (SPTrans), empresa pública que faz a gestão do transporte no município. Segundo a administração municipal, o estudo ainda não está pronto. 

No último dia 15, vereadores de São Paulo propuseram um projeto de lei (PL) que dá passe livre parcial no município paulista, especialmente para pessoas de baixa renda: inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e desempregados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

No dia 23, a Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte aprovou o passe livre no transporte público municipal para estudantes, mulheres vítimas de violência em deslocamento para atendimento, e em linhas que passem por favelas e vilas.  Também foi aprovada a permissão para prefeitura abrir créditos adicionais no orçamento para implementar o transporte gratuito para toda a população aos domingos e feriados.

“Os políticos em São Paulo e BH que passaram a defender a tarifa zero não são do campo progressista. Como é que você entende essa movimentação de empresas e políticos conservadores abraçando essa pauta progressista? Pelo colapso iminente do sistema de financiamento do transporte público”, diz o pesquisador Daniel Santini.

Dados da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) mostram que a demanda de passageiros pelo transporte público de ônibus no país caiu quase 20% após a pandemia de covid-19. O número de passageiros em fevereiro de 2023 caiu para 82,8% do registrado no mesmo mês de 2020, o que mostra que a utilização do meio de transporte não se recuperou mesmo após a crise sanitária.

“Você tem um colapso em curso, com o sistema de transporte encolhendo de maneira muito acelerada, e as empresas vislumbraram isso, estão cientes de que essa é uma situação quase irreversível. E estão buscando soluções em função disso”, acrescenta o pesquisador, que também é autor do livro Passe Livre: as Possibilidades da Tarifa Zero contra a Distopia da Uberização, e coorganizador do livro Mobilidade Antirracista. 

De acordo com o Santini, adoção do passe livre nas cidades, na atual conjuntura, congregaria interesses das empresas de transporte, porque aumentaria a demanda de passageiros, com a remuneração feita diretamente pelo poder público; dos usuários; e até dos políticos, interessados em ganho de capital eleitoral.   

“Isso que está acontecendo [o avanço do passe livre] é porque você tem a questão social, econômica e política caminhando na mesma direção. E o fator eleitoral talvez seja o gatilho acelerador de todo o processo”, ressalta.

Transporte como direito

A mobilidade como um direito foi uma das bandeiras do movimento de junho de 2013. Na época, no entanto, a ideia enfrentou muita resistência em diversos setores da sociedade. De lá para cá, o entendimento tem mudado e se consolidado a ideia de que o transporte deve ser garantido pelo Estado.     

“A gente está vivendo um momento interessante em que não se discute mais se mobilidade é um direito ou um serviço. Está todo mundo partindo da mesma base, de que é um direito, e que ele deve ser garantido pelo estado. Está se discutindo agora como viabilizar isso, como se estruturar isso”, diz Santini.

De acordo com o pesquisador, a solidificação da mobilidade como direito é um primeiro passo para a revisão, por exemplo, de investimentos massivos em mobilidade motorizada individual. “Em vez da criação de avenida, construção de rodoanéis, esse modelo de planejamento urbano já há muito tempo superado, a gente está começando a olhar para soluções efetivas, que é fortalecer o transporte coletivo. E aí tem um recorte de justiça social que ele é particularmente interessante”.

O pesquisador lembra que a mobilização nas ruas, liderado pelo Movimento Passe Livre (MPL), foi fundamental para aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 74, de 2013, promulgada como Emenda Constitucional 90, de 2015. A emenda, sugerida pela deputada federal Luiza Erundina elevou, na Constituição Federal, o transporte a direito social que deve ser garantido pelo Estado.

“A semente para a tarifa zero, na verdade, foi a luta nas ruas. Para muito além do MPL, sabemos que desde que existe catracas, existe luta contra elas. A Revolta do Vintém no Rio de Janeiro, a revolta do Buzu, em Salvador, e as jornadas de 2013, em todo Brasil, são alguns exemplos”, destaca a integrante do MPL de São Paulo, Grabriela Silva. Foi através da luta que o transporte foi reconhecido como direito constitucional em 2015, e que a tarifa zero virou uma pauta nacional. O transporte público é um direito fundamental, que inclusive torna possível o acesso aos outros direitos. É obrigação da prefeitura e do estado garantir a tarifa zero pra toda a população”, disse.

Além de São Paulo e Belo Horizonte, outras sete capitais estão com o tema da tarifa zero em discussão na administração municipal ou nas casas legislativas: Campo Grande, Teresina, Fortaleza, -Curitiba, Florianópolis, Palmas, e Cuiabá. 

 

Desde a última quinta-feira (24), estudantes da rede estadual de Pernambuco relatam falta de créditos no Passe Livre. Na ocasião, procura pelo LeiaJá, a Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE) afirma que a recarga dos cartões estava programada para a sexta-feira (25).

De acordo com a pasta, os alunos receberiam 44 passagens, referente ao mês de novembro. No entanto, alguns alunos voltaram a alegar problemas com o cartão de passagem nesta segunda-feira (28). 

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À reportagem, o estudante do 2º ano da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Ginásio Pernambucano, localizado na Rua da Aurora, na área central do Recife, Aylthon Gabriel de Lyma, de 17 anos, afirma o Passe Livre ainda não foi recarregado. A informação vai de encontro ao que a SEE informou ao LeiaJá, de que alegou não ter recebido “denúncia a respeito de falta de recarga” do cartão.

“O meu passe livre até o momento não foi normalizado, usei ele neste exato momento e ainda estou sem passagem”, disse. Segundo o adolescente, a falta de crédito no cartão de passagem iniciou na última quinta e que não é a primeira vez que isso acontece.

Em média, o estudante leva 40 minutos até a escola onde estuda e necessita utilizar, por dia, dois ônibus para o deslocamento. Enquanto aguarda a normalização do problema, ele ressalta que está pagando passagem. “A única maneira que uso pra solucionar esse problema é esperar que recarreguem e ficar usando dinheiro físico pra passar na catraca”, frisa.

Valor abaixo

Aluna do 3º ano na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Santa Paula Frassinetti, na Zona Norte da capital pernambucana, Rayssa Kerolyn, de 18 anos, comenta que também ficou impossibilitada de utilizar o Passe Livre por causa da falta de recarga.

Diferente de Aylthon Gabriel de Lyma, o cartão de Rayssa estava sem créditos desde o início de novembro. "Eu passei quase o mês todo sem crédito. Foi logo no início do mês, porque a recarrega é no dia 5 e eu acabei passando todo esse tempo sem passagem", expõe. A estudante, que paga a tarifa B, que custa R$ 5,60, teve que arcar a passagem para frequentar as aulas durante este período.

O Passe Livre de Raysa recebeu créditos, no entanto, com o valor abaixo do que costuma ser creditado. A jovem disse que, neste mês, recebeu R$ 58, nesta segunda, e que a quantia "costuma ser mais um pouco". 

 

Desde a última quinta-feira (10), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) realiza "tuitaço" por passe livres nos dias de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022, que, neste anos, será no próximo domingo (13) e 20 de novrembro.

Usando as hashtag "EnemParaTodos", "PasseLivrenoEnem" e "BusaonoEnem", a entidade estudantil pretende pressionar as prefeituras pela gratuidade dos tranportes. "Muitos estudantes sonham em entrar no ensino superior, e o ENEM é a porta de entrada para esses jovens. Por isso, nós lançamos a campanha pelo passe livre nos dias da prova. BUSÃO DO ENEM", escreveu Jade Beatriz, presidenta da UBES, no Twitter ao compartilhar um vídeo falando sobre a campanha.

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Gratuidade garantida

Após o início da mobilização, alguns municípios brasileiros anunciaram a gratuidade nos dias do Enem 2022. No Pará, o governador Helder Barbalho, através de vídeo, assegurou passe livre em todas as cidades do Estado. Outros locais em que os estudantes utilizarão o transporte sem pagamento de passagem é o Piauí e Rio de Janeiro.

Confira a relação de lugares onde, até agora, haverá gratuidade:

São Paulo

Suzano
Mogi das Cruzes
Praia Grande

Minas Gerais

Ituiutaba

Bahia

Jacobina

A abstenção no segundo turno da eleição caiu na comparação com a primeira votação, com redução um pouco mais acentuada em cidades que adotaram o passe livre no transporte público.

Levantamento feito pelo Estadão apontou que na porção do eleitorado em que o transporte foi cobrado, a abstenção caiu de 21,25% para 20,90% - 0,35 ponto porcentual. Já no caso dos eleitores que tiveram o transporte municipal gratuito a queda foi de 0,54 ponto porcentual - de 19,63% para 19,09%. Nas localidades em que o transporte metropolitano (entre cidades) teve as catracas liberadas, a ausência recuou de 20,06% para 19,55%, diferença de 0,54. Desde 2002, houve um aumento, em média, de 2,2 pontos porcentuais das abstenções de um turno para o outro.

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Especialistas disseram que a gratuidade do transporte público foi importante para o recuo no total de eleitores faltosos, mas indicaram que a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) também foi responsável pela maior mobilização do eleitorado neste ano.

Na análise, o Estadão considerou todas as 303 cidades com gratuidade exclusivamente no segundo turno, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com o movimento Passe Livre Pela Democracia. A redução comparou os dados entre os turnos. As informações da segunda rodada da disputa são parciais e foram retiradas de plataformas ligadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Adesão

Não é a primeira vez que prefeituras liberaram as catracas nas eleições - a diferença neste ano esteve na adesão dos municípios e no envolvimento inédito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte aprovou resolução que proibia prefeitos de reduzir a oferta de transporte coletivo no segundo turno e barrava ações de crime eleitoral para os gestores que adotassem a medida.

Cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Marco Antonio Teixeira disse acreditar que a queda na abstenção tenha sido fruto de uma disputa acirrada, do passe livre e também de um maior acesso à informação pelo eleitor sobre as melhorias adotadas pelo TSE de um turno para outro para facilitar a votação.

"Tivemos um primeiro turno muito conturbado, com filas. O segundo já foi mais tranquilo. Houve uma informação muito clara de que o processo seria melhorado, não seriam mais cinco escolhas, dependendo do lugar, seriam duas. Isso também ajudou", disse o professor da FGV.

Para o cientista político e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente. "A abstenção afeta os mais pobres e os de menor escolaridade. O passe livre foi importante, apesar da abstenção permanecer elevada. Isso mostra que essa política é extremamente importante, mas ainda é insuficiente", afirmou.

Lavareda disse que a redução das taxas de abstenção fortalece a cidadania. "Você deixar esse contingente todo fora do momento mais importante do sistema democrático, alguma coisa precisa ser refletida. Não se deve naturalizar a abstenção", afirmou o cientista político.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Levantamento realizado pela Campanha Passe Livre Pela Democracia, organizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e pelo movimento TarifaZero BH, aponta que 378 cidades terão transporte público gratuito no segundo turno das eleições, que acontece neste domingo, 30. A estimativa é de que 100 milhões de pessoas sejam atendidas pela medida, conhecida como passe livre.

Do total de municípios que adotarão a gratuidade neste domingo, 335 cidades decidiram pelo passe livre para este segundo turno, atendendo a 98,2 milhões de pessoas, enquanto 43 cidades já aplicam a tarifa zero o ano todo. Todas as capitais e o Distrito Federal terão o esquema especial de gratuidade no transporte público, aponta o levantamento.

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São Paulo é o estado com o maior número de municípios que adotaram a medida, com 144. Bahia, com 28, e Goiás, com 21, são os segundo e terceiro Estados com maior quantidade de cidades com passe livre.

Confira a quantidade de cidades que decidiram pelo passe livre no segundo turno, por Estado

SP: 144

BA: 28

GO: 21

CE: 21

RS: 19

PE: 14

MG: 13

PR: 9

MA: 9

ES: 8

PB: 7

RN: 7

RJ: 4

PI: 4

SE: 4

MS: 4

MT: 4

SC: 3

PA: 3

AL: 2

AP: 1

TO: 1

RO: 1

DF: 1

RR: 1

AM: 1

MG: 1

Até agora, a iniciativa contabilizou 152 cidades com publicação oficial sobre o passe livre, com 81,1 milhões de pessoas atendidas, além de 52 cidades com promessas do passe livre em divulgação na imprensa, atendendo 7,2 milhões de pessoas. Há ainda 131 cidades atendidas apenas por sistemas metropolitanos de passe livre, que vão englobar 9,9 milhões de pessoas.

O Idec considera como muito positiva a adoção do passe livre nas cidades: "O movimento tem dois impactos importantes: o primeiro é facilitar que pessoas possam ir votar, incentivando o direito ao voto. Em segundo, gerar uma experiência muito importante de acesso de milhões de pessoas ao transporte gratuito, para elas verem que essa política é possível", afirmou Rafael Calabria, coordenador do Programa de Mobilidade do Idec.

O juiz da 8ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Josué Vilela Pimentel, deu uma liminar na tarde desta quinta-feira, 27, determinando ao governo do Estado de São Paulo que conceda "gratuidade do transporte público coletivo urbano sobre trilhos" no segundo turno das eleições, no próximo domingo, 30. Em nota, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) afirma que os ônibus da EMTU também não cobrarão tarifa.

A decisão foi dada em uma ação popular ajuizada nesta manhã pela Professora Bebel (PT), deputada estadual paulista. São réus o Governo do Estado de São Paulo, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

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Pimentel faz referência à recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o assunto, que reconheceu a legitimidade da medida. Contudo, o magistrado declara que é "necessária a adoção de providências pelo poder público e demais réus para dar efetividade à medida". Com isso, ele reconhece a existência do "perigo de dano", um dos requisitos jurídicos para a concessão de liminares.

Em outro momento da decisão, Pimentel nega a existência de "caráter partidário" na medida, pois ela seria uma "garantia de gratuidade a todo e qualquer cidadão, indistintamente". Ele também afirma que a isenção na tarifa colaboraria com a "lisura das eleições", por desincentivar "o conhecido e famigerado transporte clandestino de eleitores financiado por interesses partidários".

Embora o processo tenha sido ajuizado contra o Governo de São Paulo, são rés empresas que fornecem o serviço de transporte público na região metropolitana da capital. Pouco após o meio-dia, a deputada apresentou uma emenda ao pedido inicial limitando a liminar pretendida aos "trens urbanos de transporte intermunicipais, transportes coletivos de ônibus intermunicipais e transporte através das linhas do metro, inclusive a linha 4 amarela".

A decisão não menciona as empresas de ônibus que atendem a capital paulista. Em nota divulgada nesta tarde, Garcia afirma que os ônibus da EMTU não cobrarão tarifa.

Leia a nota do Governo do Estado de São Paulo:

O Governo de São Paulo informa que não haverá cobrança de passagem no Metrô, CPTM, EMTU e ônibus intermunicipais de todo o estado no domingo (30), dia das eleições. A decisão do governador Rodrigo Garcia foi tomada após análise dos impactos financeiros da medida para o Estado. A gratuidade no transporte público estadual custará R$ 11,5 milhões. "Domingo é o dia da democracia, por isso é justo que todos tenham acesso ao transporte público e possam votar com igualdade de condições. Portanto, catraca livre", afirma Rodrigo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (25), resolução que proíbe prefeitos e gestores públicos de reduzir a oferta de transporte público coletivo no segundo turno das eleições, a ser realizado neste domingo (30). A Corte também definiu as regras que autorizam essas mesmas autoridades a adotar a gratuidade dos serviços de mobilidade, assim como a possibilidade de expandir a frota para atender os eleitores, em todo o País.

A resolução do TSE regulamenta decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que na última quarta-feira (19) confirmou despacho do ministro Luís Roberto Barroso de liberar os prefeitos para que ofereçam transporte público gratuito no segundo turno das eleições. O TSE prevê a responsabilização dos gestores públicos por crimes eleitorais, caso adotem medidas para reduzir a frota de ônibus e os demais modais do município no dia da votação.

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O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, citou a decisão do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), de liberar o passe livre no transporte público neste domingo, 30, e disse estar feliz com a medida. Moraes afirmou que grande parte dos casos de abstenção se deve ao custo dos eleitores para se deslocar às seções eleitorais, que chega a superar, em algumas cidades, o valor da multa aplicada pela Justiça Eleitoral.

"Quanto mais transporte, mais comparecimento. Quanto mais comparecimento, mais democracia", afirmou Moraes. O ministro destacou que a resolução é importante para deixar claro que os agentes públicos não serão enquadrados nas proibições da Lei de Responsabilidade Fiscal por tomarem medidas que prejudicam a arrecadação do município, pois, segundo ele, a gratuidade do transporte público "é um ato de cidadania em favor da democracia".

"Esta é uma política pública de interesse da democracia, do exercício do voto. A resolução é necessária para que o gestor público fique à vontade no sentido de ofertar a gratuidade e a disponibilização de novas linhas", disse o presidente do TSE.

O candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a apelar nesta tarde para convencer eleitores a comparecer às urnas no próximo domingo, 30. O foco da campanha nesta última semana será, segundo ele, "convencer as pessoas que não foram votar que compareçam para votar" e facilitar para que as pessoas "consigam votar".

"(Vamos) tentar ganhar cada voto, tentar facilitar que as pessoas vão votar", disse Lula, ao defender que municípios deveriam garantir transporte gratuito à população. O petista elogiou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso. O magistrado liberou que municípios adotem transportes aos eleitores. A campanha do petista teme que haja um boicote para dificultar que pessoas mais pobres consigam votar no domingo.

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Lula reforçou que o que está em jogo nas eleições deste ano é viver em um País democrático ou "viver em barbárie e neofascismo" e que o dia 30 de outubro é a chance de "tentar restabelecer normalidade nesse País".

O Governo de Pernambuco, anunciou nesta segunda-feira (17), que as passagens de ônibus serão gratuitas em toda Região Metropolitana do Recife (RMR), durante o segundo das Eleições de 2022, que acontece no domingo (30). A intenção é que entre em operação a frota equivalente aos dias de sábado, como aconteceu no primeiro turno. As informações são do Jornal do Commercio (JC). 

Dessa forma, todas as linhas de ônibus em operação do STPP (Sistema de Transporte Público de Passageiros da RMR) irão praticar o Passe Livre. Serão 1.257 veículos operando 370 linhas, o que equivale a 300 ônibus a mais do que o total disponibilizado aos domingos e 1.059 a menos do que nos dias úteis, quando 2.316 coletivos estão em operação.

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Decisão

A decisão foi tomada três dias após o candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fazer o apelo ao governador Paulo Câmara (PSB) e ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), durante visita à capital. 

Além disso, a candidata ao governo do estado, Marília Arraes (SD) já havia solicitado a gratuidade das passagens no primeiro turno.

Porto Alegre não terá passe livre no transporte público em um dia de eleição pela primeira vez desde 1995. O benefício caiu após uma mudança na lei de gratuidade aprovada em dezembro, mas ganhou repercussão com a proximidade do dia de votação, domingo, 2 de outubro. A medida vem sendo criticada por partidos de esquerda, sob o argumento de que pode aumentar o índice de abstenção, principalmente entre os eleitores mais pobres.

A nova lei prevê a redução no número de datas de passe livre de 12 dias para 2 dias no ano, sendo um dia 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes (padroeira de Porto Alegre), e outro em dias de campanhas de vacinação. O prefeito Sebastião Melo (MDB) disse que não haverá isenção no dia de votação obrigatória.

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De acordo com Melo, "R$ 6,65 seria o valor da passagem em Porto Alegre se a prefeitura não tivesse adotado um conjunto de medidas para reduzir custos sobre a tarifa. Além das mudanças na legislação, o município está aportando R$ 100 milhões neste ano para sustentar o valor de R$ 4,80 ao cidadão", escreveu em seu Twitter.

Uma passagem de ida e volta até o local de votação custa R$ 9,60, enquanto que a multa para quem não for votar é de R$ 1,05 a R$ 3,51. Um abaixo assinado foi criado para que haja alguma interferência e a cobrança do ônibus seja revogada. Até o final da tarde desta quarta-feira, mais 11 mil pessoas já haviam assinado. O objetivo é chegar a 20 mil assinaturas.

De acordo com a prefeitura, só com as medidas adotadas foi possível manter a passagem em R$ 4,80. "Aportamos no sistema de transporte cerca de R$ 100 milhões neste ano e o passe livre custaria R$ 1,2 milhão aos cofres públicos", afirmou em seu Twitter.

O vereador Matheus Gomes (PSOL) criticou a decisão também em sua rede social. "Isso é um ataque à democracia, vai impedir os mais pobres de ir votar. Mais uma realização do Melo, seus vereadores e os empresários do transporte", escreveu.

A prefeitura, na sua conta oficial, contestou que "o projeto tramitou na Câmara e nenhuma proposta de emenda foi apresentada para manter o passe livre no dia das eleições", o que não é verdade. Dois vereadores apresentaram emendas, mas elas não foram aprovadas.

No próximo domingo (24), data da realização das provas do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, os estudantes da Região Metropolitana do Recife (RMR) poderão contar com um esquema de transporte público. De acordo com o Consórcio Grande Recife, que administra os ônibus urbanos, 15 linhas receberão reforço no número de coletivos para atender ao aumento do número de passageiros em virtude do evento. 

Juntas, as linhas terão à disposição 68 ônibus que farão 652 viagens. Isso corresponde a 15 veículos e 92 viagens a mais que em domingos normais. O Grande Recife também anunciou que a liberação do Passe Livre Estudantil, já realizada na última prova do Enem, será mantida no domingo (24)

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Confira, a seguir, a lista de linhas de ônibus que receberão reforços: 

020 – Candeias/TI Tancredo Neves

061 – Piedade

346 – TI TIP (Conde Boa Vista)

860 – TI Xambá (Príncipe)

1977 – TI Pelópidas (Conde da Boa Vista)

521 – Alto Santa Isabel

522 – Dois Irmãos (Rui Barbosa)

202 – Barro/Macaxeira (Várzea)

640 – Guabiraba/Derby

2466 – Vera Cruz/TI Camaragibe

2490 – TI Camaragibe/TI Macaxeira

181 – Cabo (Cohab)/TI Cajueiro Seco

166 – TI Cajueiro Seco (Rua do Sol)

168 – TI Tancredo Neves (Conde da Boa Vista)

198 – Ipojuca/TI Cabo

Metrô 

De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no próximo domingo (24) haverá monitoramento da demanda de passageiros e “caso haja necessidade, serão injetados mais trens na operação. A CBTU destaca que o funcionamento no domingo será normal, das 05h às 23h nas Linhas Centro e Sul e sem operação da Linha Diesel (VLT), que normalmente não circula aos domingos”.

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A Grande Recife Consórcio de Transporte divulgou, nesta quinta-feira (21), que o cartão Passe Livre dos estudantes das escolas públicas estaduais, com duas passagens por dia, continuará liberado para uso no segundo dia da versão impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. A aplicação será realizada no domingo (24).

O Consórcio ainda afirma que haverá reforço nas frotas e nas viagens em 15 linhas que, juntas, terão à disposição 68 ônibus que farão, ao todo, 648 viagens. Em Pernambuco, 312 mil estudantes estão inscritos no Enem 2020.

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Neste segundo dia, os feras responderão questões de Ciências da Natureza e matemática. Os portões das escolas serão abertos às 11h30 e fecharão às 13h, conforme horário de Brasília. A prova começará às 13h30 e terminará às 18h30. Os candidatos poderão deixar os locais de prova após duas horas do início da prova. No entanto, só poderão levar os cadernos de questões nos últimos 30 minutos.

Xodó da torcida do Santa Cruz entre 2015 e 2016, o atacante Bruno Moraes está livre no mercado. Após o fim do contrato com o Botafogo-SP, o “General” agora treina por conta própria no interior de São Paulo e espera resolver o destino de sua carreira na próxima semana.

Em conversa com o LeiaJá, Bruno não quis comentar sobre eventuais propostas para a sequência da carreira, mas afirmou ter vontade de voltar a defender o tricolor do Arruda. "Com certeza um dia voltarei a vestir a camisa do Santa Cruz. Mas hoje em dia não teve nenhum contato diretamente comigo", se limitou a dizer.

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A reportagem também ouviu o empresário do jogador, Adão Chaves. Ele afirmou que estuda propostas e quer definir o futuro clube de Bruno Moraes na próxima semana. Ele fez questão de deixar claro que não houve procura pelo atacante por parte do Santa Cruz, mas que não seria impeditivo para uma possível volta do jogador o fato do clube estar na série C. “Futebol é muito dinâmico”, disse.

Adão fez muitos elogios ao tricolor do Arruda. “As pessoas não têm noção da grandeza do Santa Cruz. É um clube que tem um patrimônio imenso, que é a sua torcida. Sem dúvida que um dia o Bruno vai voltar a defender essas cores, porque teve um bom desempenho e criou uma identificação. Ele é querido pela torcida”, disse, reiterando que não houve procura da direção coral ou do patrocinador máster, que prometeu um jogador midiático no Santa Cruz.

Um protesto realizado por estudantes da rede pública de Pernambuco fechou avenidas nos bairros de Santo Amaro e Boa Vista, no Centro do Recife, na manhã desta quinta-feira (28). Os alunos se queixam da falta de passagem no Passe Livre Estudantil que, segundo eles, não recarrega há mais de um mês.

“Recarrega em torno de cinco reais e fica só aqueles cinco reais. A gente mostra o VEM e o motorista não deixa a gente subir no ônibus”, afirma a estudante Marcielly Rodrigues, de 17 anos. Segundo ela, a mobilização foi feita por meio de mensagens nas redes sociais.

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“Hoje é um dia que os estudantes de Recife, de Olinda, os universitários, secundaristas, a gente está na rua pela defesa do Passe Livre”, explicou Evandro José, presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco. Evandro disse, ainda, que outra bandeira levantada pelos estudantes é que o passe livre também seja garantido nos fins de semana para que eles tenham acesso a eventos culturais.

Segundo a União dos Estudantes Secundaristas, se a situação não se regularizar até esta sexta-feira (29) os alunos voltarão a fazer protestos. A Associação Recifense dos Estudantes Secundaristas, União dos Estudantes de Pernambuco e União dos Estudantes Secundaristas de Olinda também marcaram presença no protesto. 

Por volta das 8h30, os alunos se encaminharam à avenida Conde da Boa Vista. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano recebeu a ocorrência por volta das 8h e acompanha a movimentação. A Secretaria de Educação de Pernambuco orientou alunos a procurar o Grande Recife Consórcio. Confira nota: 

"Orientamos que os estudantes, pais ou responsáveis que estiverem encontrando dificuldade em carregar os cartões VEM procurem o Grande Recife Consórcio de Transporte, responsável pela recarga do Passe Livre, para averiguação da situação do aluno através dos telefones 0800.081.0158 ou (81) 9.9488.3999 (Whatsapp)."

Confira nota com posicionamento do Grande Recife: "Na manhã de hoje, o secretário Executivo da Casa Civil, Eduardo Figueiredo, recebeu uma comissão de estudantes representando a rede pública estadual de ensino. Na ocasião, ele informou que a principal solicitação do movimento referente à questão do pagamento dos créditos do Passe Livre Estudantil já foi solucionada, pois o repasse financeiro aos bancos foi feito no dia de ontem (27) e que todos cartões sejam recarregados até o final da sexta-feira (29). As outras demandas apresentadas serão encaminhadas para as respectivas Secretarias."

*Com infomações do repórter Luan Amaral.

No próximo dia 7 terá início o prazo para pedidos e revalidações do Passe Livre ou Passe Escolar, em São Paulo. O pedido desse benefício a ser usado nas linhas metropolitanas da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) deve ser realizado por meio do link.

A partir de hoje (3), as instituições de ensino começam a fazer o cadastramento de estudantes e professores que desejam usar o benefício no transporte intermunicipal no ano letivo de 2019. O processo também é feito pelo portal da EMTU e é necessário para viabilizar o pedido do aluno.

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A venda de créditos eletrônicos (Meia Tarifa) e a validação da cota a ser feita mensalmente (Passe Livre) estarão disponíveis a partir do dia 1º de fevereiro.

Para solicitar o Passe Livre por baixa renda, o interessado deve acessar o site da EMTU, preencher o formulário de cadastramento com a composição de renda familiar, situação ocupacional e rendimento de cada membro da família, e encaminhar a documentação exigida na legislação que comprove as informações.

Se a renda per capita for inferior a 1,5 salário mínimo, o cadastro é concluído e é gerado o boleto no valor de R$ 21,35 (dez 2018). Se não preencher os requisitos, a solicitação pode ser feita para o Passe Escolar.

Tem direito ao Passe Livre ou ao Passe Escolar nas linhas metropolitanas somente o estudante que residir em um município e estudar em outro. O professor pode requisitar a meia tarifa se residir em um município e lecionar em outro da mesma região metropolitana.

Os alunos do Prouni Recife, iniciativa municipal que oferece bolsas de estudos gratuitas em instituição de nível superior, deverão ser contemplados com a concessão do Passe Livre nos ônibus do município. O anúncio oficial do benefício será feito em uma coletiva na próxima segunda (16).

Com a concessão do benefício, os atuais e futuros bolsistas do programa não precisarão mais pagar passagem de ônibus para frequentar as aulas nas suas faculdades. O Prouni Recife já contemplou cerca de 1200 estudantes; no último edital, foram ofertadas 169 bolsas integrais.  

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Compõe a pauta da Câmara dos Vereadores do Recife, desta segunda-feira (11), o projeto de lei que amplia o benefício do Passe Livre no Sistema de Transporte Público de Passageiros para os trabalhadores desempregados e habilitados no seguro desemprego. A proposta é do vereador Rinaldo Júnior (PRB). Atualmente a gratuidade é concedida para os estudantes da Rede Pública Municipal.

De acordo com o texto, serão disponibilizadas dez passagens gratuitas por mês, por no máximo um ano, para os recifenses desempregados. O serviço será fiscalizado pelas agências de trabalho da cidade. A proposta, segundo o parlamentar, surgiu da preocupação com o grave cenário de desemprego que atinge a capital pernambucana. 

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Dos onze meses de 2017, o Recife registrou apenas dois meses com saldo positivo no Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged). De janeiro a outubro a cidade acumula um saldo negativo de – 9.160 vagas no mercado de trabalho.

“Em momentos como estes é imprescindível a formulação de políticas públicas que permitam a reinserção social, possibilitando aos trabalhadores pelo menos o direito de ter o mínimo necessário para garantir a busca ao novo emprego, sendo concedido um limite de passagens para que seja utilizado como forma de deslocamento em busca de nova oportunidade”, defende Rinaldo Junior.

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