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O Governo de Pernambuco autorizou a liberação da primeira parcela do pagamento do Programa Investe Escola Pernambuco (PIEPE). Nesta quinta-feira (28) a Secretaria da Fazenda liberou R$ 101 milhões para serem destinados ao custeio do programa. 

O valor total do PIEPE será de R$ 230 milhões, sendo 80% para custeio e 20% para despesas de capital. A previsão é que todo o dinheiro seja pago até o mês de junho de 2024. O dinheiro será voltado para manutenção da estrutura de escolas públicas, afirma a governadora do estado.

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“São recursos que irão permitir que nossas escolas façam em janeiro serviços de manutenção da estrutura para o início do ano letivo em fevereiro. Ajustamos o programa para que chegue na ponta, reforçando a estrutura das escolas dentro de parâmetros qualificados de acompanhamento e prestação de contas", declara a governadora Raquel Lyra.  

O secretário executivo de Administração e Finanças da SEE, Gilson Monteiro, detalha que o recurso repassado para o programa Investe Escola foi feito com a “devida checagem da prestação de contas e da análise das reais necessidades de todas as unidades da rede estadual de ensino”.

Este ano os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também terão, financeiramente, um valor igual ao do estudante de escola técnica e de escola integral, visando incentivar o retorno às salas de aula de pessoas que não concluíram a educação básica.

A educação inclusiva receberá um acréscimo referencial de 10% dos valores iniciais nas escolas que possuem Salas de Recursos Multifuncionais, bem como os Centro de Atendimento Educacional Especializado. 

As escolas públicas devem contar com o incentivo em ações de projetos pedagógicos, atividades educacionais, avaliação de aprendizagem, aquisição de material de consumo e permanente, despesas cartorárias e outras despesas previstas no regulamento do Programa.

 O Programa Investe Escola Pernambuco visa descentralizar os recursos financeiros voltados às escolas da rede pública estadual, contribuindo para a manutenção e a melhoria das infraestruturas física e pedagógica das unidades escolares beneficiárias, “tendo como foco a elevação do desempenho escolar, além do fortalecimento da participação da comunidade e da autogestão escolar”. 

Levantamento feito pelo Instituto Casagrande com 5 mil docentes de todo o país apurou que 61,2% dos professores consultados acreditam que a educação pública vai piorar no Brasil na próxima década. Já 25,6% creem em melhoras, enquanto 9,2% afirmam que não haverá nenhuma mudança significativa no período. Os demais 4% não souberam responder ou não concluíram a pesquisa. Os professores responderam por meio do canal do instituto no Whatsapp.

O presidente do instituto, Renato Casagrande, disse que em um mundo como o atual, com tantas mudanças, é muito pequeno o percentual dos docentes que acreditam em alguma alteração na educação pública no Brasil. “É sinal de que nós vivemos hoje uma crise de otimismo, de identidade, de perspectivas na educação brasileira. Isso nos entristece muito e nos preocupa”.

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O tema será debatido no 4º Congresso Internacional Um Novo Tempo na Educação, que será realizado em Curitiba, de 31 de maio a 2 de junho, com a participação dos maiores estudiosos e especialistas em educação do Brasil, psicólogos e agentes públicos ligados à área.

A pesquisa qualitativa foi feita, inclusive, para subsidiar os palestrantes do congresso. “Os dados vão contribuir para que os grandes educadores possam fazer uma análise, principalmente de alguns temas que preocupam os professores e até justificam esse desânimo por parte dos nossos docentes”.

Pós-pandemia

No retorno às aulas presenciais, no pós-pandemia da covid-19, os docentes esperavam, a princípio, estar mais otimistas, porque tinham experimentado novas práticas no ensino remoto, tinham feito experiências novas, mas a escola não tinha mudado, disse Casagrande.

“Eles voltaram para o mesmo prédio, a mesma estrutura física, que entrou em choque um pouco com a cabeça dos estudantes e professores, porque eles viveram outra metodologia, com mais liberdade e mais autonomia, e quando retornaram, encontraram a velha escola”, explicou.

Ele lembra que se falou muito durante a pandemia em nova legislação, “mas nada mudou”. Os professores citaram na pesquisa que tiveram esse primeiro impacto da volta às escolas associado a um abalo emocional. Eles observaram os alunos mais angustiados, menos interessados pelas aulas. E confessaram que também voltaram menos empolgados.

“Disseram que sentiram uma apatia, uma indisciplina por parte dos alunos e não se sentiram motivados ou mobilizados para lidar com esse sentimento de retorno”, disse Casagrande. Por isso, segundo o diretor, consideram que a escola, que já não estava boa, piorou.

Outra questão sentida pelos docentes é que os novos professores não são mais vocacionados como os antigos e escolhem o magistério não por vocação, mas por uma oportunidade e por ser um curso mais barato. Para os docentes mais antigos, não há critério na seleção dos professores pelas escolas. E isso contamina o meio, disse Renato Casagrande.

“Eles veem os novos professores entrando sem o preparo devido e sem, pelo menos, a motivação inicial”. Para os professores consultados, o sistema está contaminado, a escola está mais triste e despreparada para os novos tempos.

Tecnologia

O presidente do Instituto Casagrande acredita que as escolas não estão preparadas para uma mudança e têm muita dificuldade para lidar com as tecnologias básicas e ainda mais com as novas tecnologias, que incluem a inteligência artificial (IA) e o ChatGPT (assistente virtual inteligente).

Os professores, ainda segundo Casagrande, acreditam que haverá um distanciamento maior entre os alunos de maior e menor renda ou das escolas privadas em relação aos alunos das escolas públicas. “Isso também desestimula os professores de ter uma visão mais otimista com relação ao futuro”.

Esta semana, está sendo efetuada a segunda parte da pesquisa, quantitativa, que vai mensurar esse quadro de apatia demonstrado pelos professores brasileiros no pós-pandemia da covid-19 e o quanto os professores se sentem despreparados para lidar com as novas tecnologias.

Na avaliação do ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, o resultado do levantamento reflete as incertezas sobre os desafios atuais e a velocidade cada vez maior das mudanças nas áreas educacional e pedagógica. “Nos contatos que tenho com educadores, estamos percebendo a necessidade de captar as mudanças adiante, de acordo com a evolução da sociedade e as curvas que a história está fazendo. Para intervir sobre o futuro, é preciso primeiro compreendê-lo”, ressalta Cristovam Buarque.

O ex-ministro é um dos conferencistas confirmados no 4º Congresso Internacional Um Novo Tempo na Educação. Ao final do congresso, será elaborada uma carta a ser encaminhada ao ministro da Educação, Camilo Santana.

As despesas e os investimentos na educação pública brasileira vêm diminuindo desde 2016 e a recuperação do setor deverá ser lenta, segundo debatedores que participaram de audiência pública interativa na Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia, nesta segunda-feira (7). 

O presidente do colegiado, senador Flávio Arns (Podemos-PR), disse que a área da educação sofreu “severos cortes” nos últimos anos e que os investimentos precisam ser urgentemente retomados. 

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Ele registrou que a subcomissão já debateu temas como o acesso à educação, a permanência na escola, a superação dos prejuízos educacionais da pandemia, conectividade e infraestrutura da rede escolar. Arns também leu perguntas enviadas por cidadãos e cidadãs pelo Portal e-Cidadania. 

"Todos nós no Brasil temos que entender que, se quisermos uma família feliz, uma família que pense no futuro dos filhos, isso só acontece pela educação. Se a gente pensar no desenvolvimento, é pela educação, e para observarmos se a educação está sendo priorizada, é olharmos o orçamento. O orçamento é que vai dizer para a gente se uma política pública é prioridade ou não. E é isso que nós estamos fazendo hoje", afirmou Arns. 

O presidente da Associação Nacional de Pesquisadores em Financiamento da Educação (Fineduca), Nelson Cardoso do Amaral, disse que a recuperação da educação brasileira precisará de uma coordenação nacional, pois “durante todo esse período da pandemia, não houve ações de coordenação por parte do MEC [Ministério da Educação]”. Para ele, o governo Bolsonaro promoveu retrocessos no ensino que vão demorar a ser superados.

Amaral citou dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostrando que os investimentos públicos na área da educação ficaram em 5,4% em 2020. Essa porcentagem, porém, já deveria estar em 7% do produto interno bruto (PIB), segundo as metas do atual Plano Nacional de Educação (PNE). O PNE determina que o investimento deveria aumentar progressivamente até atingir 10% do PIB em 2024.   

Segundo ele, houve um processo de “desconstrução e desfazimento” da educação pública desde o impeachment de Dilma Rousseff em 2016. 

 "É impossível a gente pensar que vai conseguir atingir esse valor de 10% do PIB até 2024, que é praticamente dobrar os recursos da educação", afirmou. 

Teto de gastos Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, Claudio Riyudi Tanno afirmou que o teto de gastos públicos (Emenda Constitucional 95) vem restringindo significativamente o crescimento dos investimentos na educação pública. 

'No período de vigência do teto [desde 2016] a função educação perdeu R$ 74 bilhões. (...) é um desmonte das dotações orçamentárias da educação (...)  A Emenda 95 tem inviabilizado a manutenção e a expansão das políticas educacionais', avaliou Tanno. 

Segundo o consultor, desde que o teto de gastos foi criado, a educação “não esteve entre as prioridades na alocação de recursos”.  O economista Jorge Abrahão de Castro apontou que os investimentos na educação aumentaram constantemente de 1995 a 2015, quando então começaram a cair. 

 "É interessante observar que, em valores constantes, você tem um crescimento nesses 20 anos. E você sai de 1995 e chega em 2015 triplicando o valor do gasto em educação. Você triplica em 20 anos. Você tem crescimento permanente", disse Castro, que é ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). "A partir de então, os recursos vêm diminuindo", lamentou.

Ele sustentou que o teto de gastos, criado no governo Michel Temer, impede que mais investimentos necessários sejam feitos na educação. Depois de Temer, na opinião do economista, o governo Bolsonaro promoveu desmonte e “destruição das políticas sociais”. Para ele, o governo Bolsonaro também promoveu desmonte da ciência e tecnologia. 

"Isso não surge do nada, isso é uma deliberação política de mudança na forma de implementar políticas públicas e, principalmente, de políticas sociais. E a educação junto disso", afirmou. 

A vice-presidente da subcomissão, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), afirmou que o debate mostrou que houve “retirada dos investimentos” da educação nos últimos anos. Segundo ela, o governo Bolsonaro nunca priorizou o ensino público. "Eu acho criminoso o que se está fazendo com a educação deste país", disse Zenaide. 

O senador Wellington Fagundes (PL-MT), que é o relator da área da educação no Orçamento 2023 (PLN 32/2022), garantiu que os parlamentares, ao votarem a peça orçamentária, vão buscar priorizar mais investimentos no ensino no ano que vem. 

*Da Agência Senado

O Governo de Pernambuco anunciou, nesta quarta-feira (5), um investimento de R$ 23 milhões para oferecer internet gratuita para estudantes da rede estadual de ensino neste ano letivo de 2020 terem acesso a conteúdo educacional. O governo prevê que o programa 'Conecta Aí' vai beneficiar 500 mil alunos de escolas públicas estaduais, por meio de pacote de dados de internet para acesso gratuito ao material da Plataforma Educa-PE, do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e do Google Classroom.

Conforme o anúncio, 30 mil professores da educação básica e cinco mil estudantes de baixa renda da Universidade de Pernambuco (UPE) também serão favorecidos. A previsão para início do programa é 11 de agosto, em comemoração ao Dia do Estudante.

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Durante pronunciamento, o governador Paulo Câmara (PSB) destacou que a pandemia do novo coronavírus tem gerado desafios na educação para a administração pública, famílias, professores e estudantes. "Enquanto tivermos que conviver com as restrições provocadas pelo novo coronavírus, o ensino remoto fará parte do processo de aprendizagem", disse.

Os professores que atuam na rede pública estadual também serão beneficiados nas transmissões das aulas pela internet, no acesso às ferramentas virtuais de interação com estudantes e na participação em cursos oferecidos pela Secretaria de Educação e Esportes, por meio da plataforma Educa-PE. De acordo com o secretário estadual de Educação e Esportes, Fred Amancio, o programa será relevante não só no período de suspensão das aulas nas escolas, mas também após a retomada das atividades presenciais.

"O uso do conteúdo digital será fundamental para a adoção do ensino híbrido, modelo no qual o estudante faz parte das atividades na escola e complementa o aprendizado com atividades não presenciais", destacou. Segundo Amancio, o conteúdo poderá ser acessado com todas as operadoras de telefonia que atuam em Pernambuco e os dados serão pagos pelo Governo do Estado.

A secretaria oferta aulas não presenciais por meio da plataforma Educa-PE desde 6 de abril, em quatro diferentes canais da TV aberta e na internet, pelo YouTube e Facebook. Em 16 de abril, foi lançado o Ambiente Virtual de Aprendizagem, espaço que concentra recursos educacionais digitais alinhados ao Currículo de Pernambuco e integrado ao Educa-PE.

A iniciativa reúne materiais de apoio pedagógico e videoaulas. A plataforma conta com recursos extras para preparação das aulas, atividades reflexivas e desafios temáticos. O AVA Educa-PE está disponível neste site. Também estão disponíveis as funcionalidades da ferramenta Google Classroom para todos os estudantes e professores.

A educação pública, que sempre sofreu com a falta de dinheiro, agora preocupa prefeitos em todo o País, que não conseguem gastar os recursos carimbados para o setor. Com o fechamento das escolas durante a pandemia de Covid-19 e a falta de uma previsão clara para o retorno das aulas, muitas prefeituras já admitem que não vão conseguir gastar o mínimo constitucional em Educação em 2020. Por isso, os prefeitos querem convencer o governo e o Congresso Nacional a flexibilizarem o piso da Educação agora, antes que o debate político caia nas eleições municipais - adiadas para novembro.

A Constituição obriga os municípios a desembolsarem pelo menos 25% de suas receitas - seja por arrecadação própria ou por transferências da União - na Educação. Por isso, para autorizar prefeituras a não atingirem o mínimo do gasto na área é preciso votar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que exige a aprovação em dois turnos nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com pelo menos três quintos dos votos dos parlamentares.

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Sabendo da dificuldade política em se aprovar qualquer salvo conduto para aplicar menos dinheiro em uma das áreas mais valorizadas pela população, tanto a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) quando a Federação Nacional dos Prefeitos (FNP) já procuraram o governo federal e os líderes no Congresso Nacional para mostrarem a necessidade da medida.

A CNM prepara um levantamento com o número de prefeituras em dificuldades. Já o prefeito de Campinas (SP) e presidente da FNP, Jonas Donizette, garante que praticamente todos os municípios estão com execução abaixo do mínimo na Educação. Segundo ele, a média de gasto na área em 2020 está entre 22% e 25%.

"Em Campinas estamos com um porcentual de 24%. Ou seja, não é muita diferença para o mínimo constitucional, e o tribunal de contas pode até relevar considerando o contexto atual. Mas o julgador das contas do município lá na frente, daqui a dois ou três anos, pode não ter a boa vontade de avaliar assim. Além disso, essa diferença de 1% em um orçamento de R$ 6 bilhões (de Campinas) é um dinheiro que faz falta na Saúde", afirma o prefeito de Campinas.

Unificação

A alternativa defendida pelos prefeitos é antecipar a unificação dos pisos constitucionais de Educação (25%) e Saúde (15%, no caso das prefeituras). Esse já é um dos pontos da PEC do novo pacto federativo, que foi enviada pelo governo ao Congresso Nacional em novembro do ano passado, mas que não tem previsão para ser votada. Com a unificação, os municípios passariam a ter que gastar 40% de suas receitas nas duas áreas, possibilitando que recursos que deixem de ser usados nas escolas possam reforçar o atendimento dos hospitais.

"O mínimo para Saúde é de 15% das receitas, mas hoje quase todos os municípios estão investindo de 25% a 30% dos seus recursos na área. A Saúde está sendo muito mais demandada. É possível cumprir os pisos com folga se os porcentuais forem unificados", avalia Donizette. "O que defendemos é o envio de uma PEC em separado apenas com esse ponto do novo pacto, para ser votada no âmbito das medidas da pandemia, com validade pelo menos para este ano", completa.

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já foram procurados pelos prefeitos para tratar do tema. Segundo o Estadão / Broadcast apurou, a proposta enfrentaria uma resistência maior entre os senadores. A equipe econômica também prefere discutir a PEC do novo pacto de maneira integral, embora não haja uma data para isso.

Para o diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, a possibilidade de flexibilizar o cumprimento de uma regra de gastos só deveria ser debatida caso fique constatado que o problema atinge a vasta maioria das prefeituras.

"Não seria adequado fazer uma mudança na Constituição para resolver situações particulares. É preciso justificar a proposta pela quantidade de municípios afetados", avalia. "Revisar o mínimo para Saúde e Educação é uma discussão antiga, de antes da pandemia e o pacto federativo vai endereçar esse problema para o futuro. Agora, também não há garantia de que ele será votado neste ano", completou o diretor executivo do IIF.

Problemas estruturais

As dificuldades de prefeituras em cumprir o mínimo constitucional em Educação revelam problemas estruturais que são anteriores à própria pandemia, na avaliação do diretor de estratégia política da organização não governamental Todos pela Educação, João Marcelo Borges. Para o especialista, isso também seria um indicativo de que as medidas recomendadas no atendimento aos alunos durante essa fase também não estariam sendo seguidas.

"Quem não gastar o mínimo de 25% com Educação em 2020 provavelmente é um município que não estruturou serviços de educação remota. A merenda distribuída nas casas é mais cara do que na escola, os serviços de ensino remotos têm outro custo, e ainda há o custo para as adaptações nas escolas para protocolos sanitários no retorno às aulas. Tudo isso em um contexto de queda na arrecadação, que deveria tornar mais fácil o cumprimento do mínimo", avalia.

Borges lembra que uma média de 80% dos gastos das prefeituras com educação é para o pagamento dos salários dos professores. "A folha de salários pesa mais em municípios menores. Se estão gastando menos que no ano passado, pode ser outro problema estrutural que é a contratação de professores temporários. E se dispensaram esses temporários na pandemia, é mais um indicativo de deficiência na educação remota."

Para o diretor da Todos pela Educação, é provável que a contabilidade dos gastos na área neste ano precise mesmo ser debatida entre municípios e tribunais de contas, já que a prorrogação do calendário escolar com reposições de aulas avançando sobre 2021 pode causar dúvidas sobre, por exemplo, a inscrição de restos a pagar para o próximo exercício.

Ainda assim, Borges também defende uma revisão da regra do mínimo constitucional, mas não como uma solução para o cumprimento meramente de uma norma contábil. "A discussão sobre mínimo constitucional no Brasil é de um reducionismo tacanho. Se quiser fazer uma discussão séria sobre isso, é preciso pensar em gradações. Em vez de pensar em vincular ao mínimo, pensar em índices de desenvolvimento educacional. Quando melhor o desempenho dos alunos, maior a liberdade do orçamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação (MEC) decidiu cancelar a edição deste ano do Prêmio Professores do Brasil, que iria distribuir cerca de R$ 278 mil a educadores que lecionam em todos os níveis da educação básica. A decisão foi assinada pelo ministro Abraham Weintraub e publicada por meio de portaria no Diário oficial da União (DOU), desta terça-feira (27). 

 

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O Prêmio Professores do Brasil busca reconhecer e valorizar os trabalhos dos docentes da rede pública de ensino do Brasil. A premiação, criada em 2005, já ofereceu mais de  2,8 milhões de reais a 388 professores de várias escolas do país. Além do prêmio em dinheiro, os vencedores também recebem troféus e viagens. De acordo com o regulamento, este ano, o evento iria ser realizado no dia 28 de novembro, no município de Cuiabá, no Mato Grosso, para anunciar os nomes dos vencedores de todas as categorias a nível nacional. 

O período de inscrição desta última edição ocorreu entre abril e maio. Durante esse tempo foram enviados trabalhos que entrariam para a competição em seis categorias. São elas: Creche - Educação Infantil, Pré-escola – Educação infantil, Ciclo de alfabetização: 1º, 2º e 3º anos, Ensino fundamental I: 4º e 5º anos, Ensino fundamental II: 6º e 9º anos e Ensino médio. 

Em nota, o MEC informa que a iniciativa será reestruturada e terá um novo formato a partir de 2020. 

"O Ministério da Educação (MEC) informa que não realizará o Prêmio Professores do Brasil, em 2019. O Prêmio será reestruturado e ganhará um novo formato a partir de 2020. O intuito é fortalecer e divulgar as melhores práticas relacionadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e ao PNE.

O MEC trabalha para concluir o plano de ação, que abrigará um conjunto de programas para atender a formação e a valorização de professores, coordenadores pedagógicos e diretores das escolas de educação básica.

O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do MEC em parceria com diversas instituições com a finalidade de estimular o desenvolvimento de boas práticas pedagógicas além de reconhecer, divulgar e destacar o trabalho de professores das mais de 140 mil escolas públicas de todo o país". 

A pasta não informou o número de inscritos este ano, bem como quantidade de trabalhos enviados pelos professores. A decisão foi divulgada no mesmo dia em que resultados dos ganhadores da etapa estadual seriam apresentados. 

De férias com a família no Pará, o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi alvo de críticas, na noite desta segunda-feira (22), enquanto jantava com a esposa e três filhos em uma praça que é ponto turístico de Alter Chão, localizado no município de Santarém.

Na ocasião, o ministro estava com a esposa e filhos quando integrantes do Engajamundo, organização de jovens atuantes em políticas sociais por todo o país, apareceram com cartazes contendo frases como “Devolva nosso dinheiro” – referindo-se ao recente corte de verbas nas universidades públicas. Um dos manifestantes mostrou indignação sobre o ministro ter dito que as universidades faziam “balbúrdia”.

Em vídeo, divulgado nas redes sociais, é visto o momento em que o chefe da pasta reage usando o microfone de músicos que trabalhavam no lugar “Eu tô com a minha família aqui, três crianças pequenas. Nunca roubei, não sou do PT” desabafou.

Em meio a vaias, o ministro proferiu críticas à esquerda, a Lula e a Che Guevara. Após as palavras de Abraham Weintraub, um ativista indígena respondeu ao ministro “Eu estou na minha terra, essa terra é nossa! Respeite a minha terra, respeite o meu povo”.

Houve bate-boca também entre a esposa do ministro e uma mulher que participava do protesto.  Logo em seguida, o ministro pega a filha mais nova no colo e se retira do lugar.

Mais tarde, via Twitter, o ministro voltou a falar do ocorrido “Pretendo passar alguns dias no Pará, Santarém, com minha família. Nossos três filhos pequenos de férias, jantando comigo e minha esposa em uma praça. Advinhem...os mesmos que se dizem defender os direitos humanos nos cercaram...as crianças ainda estão chorando!”.

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Secretarias municipais de Educação de todo o Brasil, devem enviar até esta quinta-feira (27), o registros de frequência escolar dos alunos beneficiários do Programa Bolsa Família. As informações são pertencentes aos meses de abril e maio de 2019.

O programa favorece 16,7 milhões de estudantes de 6 a 17 anos em situação de pobreza ou extrema pobreza, matriculados na rede pública de ensino. Um dos principais requisitos exigidos pelo Bolsa Família é que a presença mínima nas aulas corresponda a 85% para estudantes de 6 a 15 anos e de 75% para jovens de 16 a 17 anos de idade. 

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De acordo com a coordenadora geral de Acompanhamento da Inclusão Social da Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação, o registro de frequência escolar serve como referência para formulação de políticas públicas de incentivo, de permanência e de progressão escolar. O órgão é responsável por fazer o levantamento com base nos registros que indicam à baixa frequência escolar dos alunos. 

O acompanhamento é ralizado cinco vezes ao ano. Depois de coletados, os dados são inseridos no sistema do Ministério da Educação (MEC).

No ínicio de junho foi divulgada boa parte do resultado da pesquisa feita a partir dos registros. Neste, foi constatado que 90,31% das crianças e jovens estão frequentando a escola. O dado é considerado positivo, pois é o maior número desde 2007.

A maioria das escolas públicas da capital - tanto municipais quanto estaduais - não é adaptada para alunos com deficiência. Só 33% das unidades da Prefeitura estão acessíveis. Na estadual, a proporção é de 38,96%. E as regiões que têm mais alunos matriculados com necessidades especiais, em alguns casos, são as que menos têm unidades adaptadas. É o que mostra cruzamento do jornal O Estado de S. Paulo, feito com dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação.

Há, hoje, 30,1 mil alunos com algum tipo de deficiência nas duas redes - mais da metade deles com déficit intelectual. Na rede municipal, de 3,5 mil unidades educacionais, só 1.180 são acessíveis. No Estado, apenas 415 das 1.057 oferecem infraestrutura adequada.

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É considerada "acessível" a escola que segue os padrões da norma NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Isso significa que as unidades devem oferecer rampas de acesso e elevadores para cadeirantes, piso com sinalização tátil para pessoas com deficiência visual e barras de apoio, entre outros equipamentos. Além disso, o Estatuto da Pessoa com Deficiência prevê a oferta de profissionais de apoio escolar para cuidar desses alunos.

No caso da rede municipal, novas unidades têm sido construídas já adequadas às normas, mas colégios mais antigos não têm a infraestrutura adequada. Na Escola Municipal Joaninha Grassi Fagundes, no Parque São Luís, zona norte da capital, por exemplo, os cinco alunos cadeirantes da unidade não têm acesso à sala de leitura nem à de informática, uma vez que estudam no térreo e os equipamentos ficam em área inacessível, segundo professores. "Quando a professora precisa fazer alguma atividade na sala de leitura, ela muda para o térreo com os outros alunos", diz uma funcionária, que pediu para não ser identificada.

Já na rede estadual foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público Estadual e a Secretaria da Educação, em 2014, após uma série de reclamações sobre falta de acessibilidade nas unidades. A previsão é de que as adaptações estejam em todos os colégios no prazo de 15 anos.

A defensora pública Renata Tibyriçá, coordenadora do Núcleo dos Direitos do Idoso e da Pessoa com Deficiência, diz que as escolas precisam adaptar-se antes de receber os alunos. "Muitas vezes, eles têm o olhar de só mudar quando o aluno chega. Mas isso já deve ser pensado antes pelo gestor público." Ela conta que a reclamação mais comum dos pais é a de falta de cuidadores.

Por regiões

As regiões com maior número de alunos com deficiência têm menos escolas adaptadas. A diretoria de Campo Limpo, por exemplo, que tem hoje o maior número de crianças com alguma necessidade especial (2,4 mil), é uma das que menos adaptaram suas escolas - apenas 19,1% das unidades. Em contrapartida, regiões com proporcionalmente menos estudantes com deficiência, como Itaquera, Penha e Butantã, já conseguiram estender o benefício a praticamente metade de suas escolas.

A Prefeitura, em nota, diz que já solicitou a reforma das escolas, com prioridade para unidades com o maior número de alunos com deficiência. Já o Estado destacou que o dado obtido pela reportagem se refere às unidades "completamente adaptadas", mas que outras escolas podem atender parcialmente às necessidades estudantis. Diz ainda que todas as escolas têm verba para incluir rampas, piso podotátil, corrimãos e outros itens.

'Ele precisa de muita atenção e não consegue andar', diz mãe

A dona de casa Márcia Martins de Souza, de 44 anos, deixou o emprego de secretária há quatro anos quando nasceu seu segundo filho, João Victor, diagnosticado com microcefalia.

Nos primeiros meses ela até tentou visitar creches na região onde mora, na Freguesia do Ó, na zona norte da capital, mas desconfiou que o filho pudesse não ter um atendimento adequado. "Ele precisa de muita atenção. Não consegue andar e tem problemas respiratórios. Não sabia se teria alguém para ficar com ele o tempo todo. Achei melhor me dedicar integralmente", conta. O marido, autônomo, começou a cuidar da renda da casa.

Hoje, Márcia leva o menino para a fisioterapia três vezes por semana, de ônibus. Ele começou a usar cadeira de rodas recentemente e ainda está se adaptando. A mãe já procura escolas na região para matrículá-lo quando chegar aos 6 anos, idade de ingresso no ensino fundamental, mas teme que ele não possa iniciar os estudos. "Aqui na região as escolas não têm cuidador e não têm acessibilidade. Se for para deixar ele na escola só para passar o tempo, sem fazer nada, melhor ficar em casa", diz.

Mesa

Já a dona de casa Michele da Silva Souza, de 33 anos, conta que tem lutado para garantir à filha Victoria, de 12, portadora da síndrome de DiGeorge, que continue estudando em uma escola regular.

A mãe reclama que é frequente a falta de apoiadores no colégio, que, nestes casos, manda aviso aos pais para que nem levem os filhos para a escola. "Só nesse ano já aconteceu pelo menos umas oito vezes", diz. Ela diz ainda que a filha, que precisa ser acompanhada para comer e ir ao banheiro, não tem cuidador. "Ela já reclamou de ter passado fome porque não tinha quem pegasse o lanche para ela.

Michele também diz que a filha precisa usar um colete especial, que vai até o pescoço, pois tem escoliose, e que a menina não consegue escrever em mesas regulares, pois não consegue se curvar. "Eu já cansei de pedir a mesa adaptada, mas não adianta. A SME, em nota, diz que vai apurar o caso com "extremo rigor". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Professores da rede pública querem um currículo nacional menos abrangente e mais aprofundado do que o proposto pelo Ministério da Educação (MEC). Além da redução na quantidade de conteúdos, eles sugerem tornar os objetivos de aprendizagem mais claros para quem vive a rotina de sala de aula.

Essas são algumas das sugestões do relatório entregue na quarta-feira, 14, ao ministro Mendonça Filho por Undime e Consed, entidades que representam secretários estaduais e municipais de educação. Esse documento é fruto de consultas públicas com cerca de 9,2 mil pessoas - na maioria professores da rede pública - em todo o País.

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Os comentários foram feitos sobre a versão mais recente da Base Nacional Comum, que prevê o que o aluno deve aprender em cada etapa do ensino básico. Debatido desde 2015, o currículo único é previsto pelo Plano Nacional de Educação (PNE). "De modo geral, é preciso que o texto seja mais conciso e com linguagem mais direta", explica Eduardo Deschamps, presidente do Consed. Para os professores, faltam esquemas que relacionem os objetivos de aprendizagem e um glossário de termos, que explique os conceitos.

Objetivos mais audaciosos e focados também são uma demanda. "A avaliação dos professores ouvidos é de que é importante permitir uma aprendizagem mais profunda nos temas considerados essenciais", afirma Alice Ribeiro, do Movimento pela Base Nacional Comum.

Prazos

O texto ainda deverá ser ajustado pelo MEC e enviado ao Conselho Nacional de Educação, onde haverá novo debate. As entidades também pedem a definição de prazos.

A previsão inicial era de concluir o processo em julho. A expectativa agora é de que a pasta conclua as revisões até novembro. O capítulo sobre ensino médio ficará para depois porque o Congresso ainda discute um projeto de lei sobre a reforma dessa etapa de ensino. Procurado, o ministério informou que ainda não havia analisado o relatório apresentado por Undime e Consed. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com mais um escândalo de desvio de dinheiro e pagamento de propina a políticos, revelado pela Operação Lava Jato, os brasileiros levantaram ainda mais a bandeira anticorrupção, tão evidenciada nas manifestações populares nos últimos meses. Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commecio, mostra que os recifenses estão atentos aos casos e insatisfeitos com os serviços públicos oferecidos à população.

Para 92,1% dos entrevistados, atualmente há mais casos de corrupção sendo noticiados pela imprensa do que no passado. Para 90% das pessoas ouvidas pelo instituto, a situação piorou nos últimos anos no ambiente público. Apenas 8,8% discordam. O aumento de manifestações e protestos na internet e a organização de movimentações nas ruas mostram que os brasileiros estão mais exigentes sobre a atuação política que nos anos anteriores, o que 82,6% dos entrevistados também confirmam.

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Quando perguntados sobre a honestidade dos políticos, apenas 6,4% acreditam que eles sejam mais íntegros que no passado. Ao todo, 92,8% dos entrevistados discordaram e mostraram que a desconfiança entre os eleitores em relação aos eleitos nas urnas ainda é grande.

Mas não foram apenas os políticos que foram mal avaliados. Alguns serviços públicos também foram analisados negativamente pelos moradores da capital pernambucana. No estado em que o programa de segurança pública - o Pacto pela Vida - é um dos carros chefe do Governo, a violência ainda assusta a população.

Para 94,2%, a violência aumentou atualmente. Apenas 5,3% discordaram e acreditam que a situação melhorou; 0,5% não souberam ou não responderam. O atendimento nas unidades de saúde públicas também não é bem visto. Para 72,5% dos recifenses que responderam às perguntas, o serviço do Sistema Único de Saúde piorou. Já 24,9% acreditam que melhorou e 2,6% não responderam ou não souberam classificar a qualidade.

Sobre a vida econômica dos brasileiros, a avaliação é um pouco mais otimista. Para 58%, hoje a vida econômica é melhor. Outros 39,9% acham que piorou. Dos entrevistados, 53,5% acreditam que atualmente, há menos pobres no Brasil. Já 42,6% discordam. O acesso à educação também tem agradado a quem mora no Recife. Ao todo, 81,6% acreditam que hoje as pessoas têm mais oportunidades na educação básica e superior que no passado.

O IPMN realizou as entrevistas entre os dias 20 e 21 de julho, com 622 pessoas. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro estimada de quatros pontos percentuais para mais e para menos.

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Estudantes, professores e integrantes de movimentos sociais promoveram um ato em defesa da educação pública, na tarde desta quinta-feira (26), em frente ao antigo Colégio Ginásio Pernambucano localizado na Rua do Hospício, Centro do Recife. Os cerca de 40 manifestantes realizaram um “Aulão Público”, criticando principalmente os cortes financeiros feitos pelo Governo Federal para investimentos na educação, além das condições de trabalho dos professores.

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Um dos organizadores do ato, o estudante Gabriel Augusto Coelho, disse que o protesto ocorre de forma simultânea em outras capitais brasileiras. De acordo com ele, a manifestação quer alertar a sociedade que a crise econômica que afeta o Brasil não pode atingir à educação. “A educação não pode pagar pela crise. A sociedade precisa entender e combater isso”, disse Coelho.

Para a professora Simone Fontana, que também é coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), o ato também traz à tona os problemas enfrentados pelos docentes nas escolas públicas. “Estamos, mais uma vez, denunciando a desvalorização dos professores. Um País que se diz pátria educadora cortou R$ 7 bilhões para a educação. Em Pernambuco, o governador, em sua campanha eleitoral, disse que ia dobrar o salário dos professores e o que acontece é este reajuste que não beneficia a categoria como um todo. Isso tudo mostra a falta de compromisso com a valorização dos professores e da educação”, declarou Simone.

E mais uma vez o governador Paulo Câmara foi alvo das críticas de alunos e professores. Segurando um boneco em alusão ao gestor do Estado, a professora da Rede Estadual Albênia Silva, com 20 anos de profissão, afirmou que as escolas estaduais estão cada vez piores. “A desvalorização está crescendo a cada dia. É escola sem estrutura física, assédio moral com o professor... Nosso piso, que agora foi tirado de pauta da Alepe, virou uma interrogação”, reclamou a docente. Sobre o governo local, a professora disse que Paulo Câmara mentiu para os professores, quando não deu um reajuste “justo” para a categoria.

Os manifestantes continuaram em frente ao Ginásio Pernambucano com um carro de som e dando oportunidade para que as pessoas falassem sobre os problemas que afetam a educação brasileira. Muitos prometeram participar da assembleia dos professores das escolas estaduais, marcada para as 9h desta sexta-feira (27), no Teatro Boa Vista, centro do Recife. É possível que os docentes deflagrem greve na reunião. 

Movimentos estudantis, sindicais e sociais promovem, nesta quinta-feira (26), protestos em defesa da educação pública em todo o Brasil. A previsão é que sejam realizados atos em todas as capitais brasileiras, tendo como palco de ação escolas, universidades, ruas e espaços públicos.

Em Pernambuco, o ato de maior força será realizado em frente ao Ginásio Pernambucano, na Rua do Hospício, Centro do Recife. Na ocasião, os manifestantes vão realizar um “Aulão Público” com a temática “A Educação não vai pagar pela Crise!”.

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Além de problemas na renovação e ingresso no Programa de Financiamento Estudantil (Fies), estudantes de todo o País sofrem com cortes no repasse de verbas para instituições federais de ensino superior, prejudicando o custeio de bolsas de pesquisa, assistência estudantil, entre outras atividades. Amanhã, além de integrantes dos movimentos, vão participar do protesto alunos de unidades de ensino públicas ou privadas que não têm vínculo com os movimentos, mas apoiam a causa.

Professores também estão na rua

A última segunda-feira (23) foi marcada pela passeata dos professores da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco por vias do Centro do Recife. Já em estado de greve, após assembleia os trabalhadores decidiram parar as atividades nesta quarta (25) e quinta-feira (26), em sinal de advertência contra o reajuste de 13% do salário dos docentes feito pelo Governo do Estado. 

E parece que o ato dos professores fez efeito. O projeto de reajuste que seria votado hoje foi retirado da pauta da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Leia também: PL do piso do magistério é retirado da pauta da Alepe.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 395/14) impede o oferecimento de cursos de treinamento gratuitos, bem como especialização sem custo. Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (7) pela Agência Câmara de Notícias, a PEC especifica que, apenas na educação da rede pública de ensino, em cursos regulares, deverá ser aplicada a gratuidade.

Para o deputado Alex Canziani (PTB-PR), a ideia é excluir do princípio constitucional da gratuidade as atividades de extensão caracterizadas como cursos de treinamento e aperfeiçoamento, assim como os cursos de especialização. “Geralmente se dirigem a públicos restritos, quase sempre profissionais e empregados de grandes empresas, constituindo importante fonte de receita própria das instituições oficiais”, argumenta Canziani, conforme informações da Agência.

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Ainda segundo a Agência, a deputado também diz que “caso as instituições públicas venham a ser obrigadas a deixar de cobrar por esses cursos, certamente deixarão de oferecê-las, com graves prejuízos para a economia nacional e perdas significativas de receitas próprias”. A princípio, a proposta receberá análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto à admissibilidade.  Caso seja escolhida, ela vai seguir para análise de outra comissão.

Com informações da Agência Câmara de Notícias     

Os profissionais da educação da rede estadual de ensino ligados ao Sindicato de Trabalhadores da Educação de Pernambuco (Sintepe) e ao Sindicato de Professores de Pernambuco (Sinpro) aderiram à paralisação nacional da educação pública. A mobilização tem início nesta segunda-feira (17) e vai até o dia 19 deste mês. As principais reivindicações dos profissionais são o cumprimento da lei do piso, a melhoria da carreira e da jornada de trabalho, além da exigência de 10% do PIB para a educação. Atualmente, Pernambuco tem o segundo pior piso salarial para professores do país.

Na próxima terça-feira (18), os profissionais realizarão uma mobilização na Rua Sete de Setembro, próxima à Avenida Conde da Boa Vista, no bairro da Boa Vista, Recife. Durante a ação, haverá panfletagem para informar a população sobre os objetivos da paralisação. 

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Cerca de 900 mil alunos da rede estadual terão as aulas suspensas. Aproximadamente 32 mil trabalhadores de educação de 132 escolas devem paralisar suas atividades nestes próximos três dias. Segundo informações da assessoria de imprensa do Sinpro, 25 dos 30 municípios ligados ao sindicato já estão sem aulas. Outras informações sobre a mobilização nacional dos professores serão divulgadas em coletiva de imprensa marcada para esta segunda-feira, às 15h. 

O Ministério da Educação (MEC) divulgou por meio de seu site, nesta sexta-feira (4), que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) investirá R$ 1,127 bilhão na compra de livros didáticos impressos, versões acessíveis e objetos digitais de apoio ao ensino. As obras serão utilizadas na educação pública, já no próximo ano.

Ao todo, serão adquiridos 137,8 milhões de exemplares, de 25 editoras, para os ensinos fundamental e médio. De acordo com o MEC, o valor médio de casa livro ficou em R$ 7,63. Obras de todas as disciplinas foram adquiridas, somando um total de mais de 75 mil exemplares, além de mais de 62 milhões de unidades de reposição e complementação para os anos iniciais do ensino fundamental e ensino médio.

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Ainda segundo o Ministério, cada exemplar deverá ser aproveitado por um período de três anos, devendo ser passado de um aluno para o outro ao final de cada período letivo. Entretanto, a exceção fica para os livros consumíveis de alfabetização dos anos iniciais do ensino fundamental, mais filosofia e sociologia do ensino médio, e também língua estrangeira dos dois níveis. Esses livros não precisarão ser devolvidos.  

 

 

 

Um protesto de movimentos estudantis está senfo realizado em frente à Assembléia Ligislativa de Pernambuco (ALEPE). Os participantes dizem que é um ato nacional por um plano de assistência ao estudante, principalmente, às pessoas de baixa renda, que garanta as condições para que ele permaneça na universidade, como refeição e passe livre. Além disso, são feitas reividicações de melhorias na educação pública.No momento, eles só deixa uma faixa livre na Rua da Aurora e garantem que só vão liberar o restante quando forem recebidos pelos deputados.

Segundo os organizadores, estudantes de 30 escolas estão participando do ato. Muitos, por serem menores - há crianças de 11 anos entre eles - tiveram que pedir autorização aos pais para participar. Participam a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Municipal de Estudantes Secundaristas (UMES).

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Agora há pouco, por volta de 16h25, um grupo de quatro pessoas que estava mascaradas e/ou encapuzadas foi revistada pela Polícia Militar e liberada em seguida. Segundo a polícia, a abordagem foi necessária porque era preciso identificar o motivo dos jovens estarem escondendo o rosto.

Com informações de Rhayana Fernandes, Mais detalhes aqui.

O projeto de lei que destina os recursos dos royalties do petróleo à educação pública foi aprovado na madrugada desta quarta-feira (26), pelo Plenário, em Brasília. Com prioridade para a educação básica e a saúde, o texto prevê recursos dos contratos que já existem, desde que os poços tenham entrado em operação comercial após 3 de dezembro do ano passado. Agora, a proposta vai para votação no Senado.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, para a educação, serão destinados 75% dos recursos. Já a saúde receberá 25%. O relator do projeto, o deputado André Figueiredo (PDT-CE), destaca que os montantes valorizarão a categoria de professores. “Com o substitutivo, poderemos valorizar mais os professores com recursos a curto e médio prazo, sem precisarmos esperar dez anos para usar o dinheiro do pré-sal”, frisa Figueiredo, conforme informações da Agência.

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O relator calcula que o total de recursos à disposição dessas áreas aumentaria de R$ 25,8 bilhões para R$ 335,8 bilhões ao longo de dez anos (2013 a 2022). Ele justifica que isso seria possível graças aos contratos mais antigos que iniciarão produção comercial nos próximos anos.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (24) que o Brasil precisa de um pacto da educação pública como forma de responder às reivindicações dos manifestantes que tomam conta das ruas das principais cidades do País. O comentário foi feito em reunião com ministros, governadores e prefeitos no Palácio do Planalto.

"Nenhuma nação se desenvolve sem alfabetização na idade certa e sem creches para a população que mais precisa, sem educação em tempo integral, sem ensino técnico profissionalizante, sem universidade de excelência, sem pesquisa, ciência e inovação", afirmou Dilma. A presidente destacou que "precisamos de mais recursos para a educação" e observou que o País avançou nas últimas décadas para "reverter o atraso" na área.

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Ao lembrar que encaminhou um projeto de lei que destina 100% dos royalties do petróleo para a educação, a presidente afirmou que confia que "os senhores congressistas aprovarão esse projeto que tramita no Legislativo com urgência". "Esse é um esforço que devemos fazer para que haja uma mudança significativa no curto, médio e longo prazo no nosso País", afirmou.

Lei e ordem

Dilma encerrou o discurso reiterando que o seu governo não vai "transigir na manutenção da lei e da ordem", coibindo a ação de "arruaceiros que tentam perturbar o caráter pacífico das manifestações". "Quero repetir principalmente que o meu governo está ouvindo as vozes democráticas que saem e emergem das ruas e pedem mudanças", disse Dilma. "É preciso saber escutá-las, só a voz das ruas é capaz de nos impulsionar a andar ainda mais rápido."

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