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A Petrobras anunciou uma redução de 5,2% no preço médio do GLP, o gás de cozinha, vendido em suas refinarias a partir desta quinta-feira (17). Segundo a estatal, o preço médio de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,7842/kg para R$ 3,5842/kg, uma redução de R$ 0,20 por quilo do produto.

Com isso, o preço do botijão de 13 quilos, amplamente consumido pela população, vai cair R$ 2,60, para R$ 46,59.

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No comunicado, a Petrobras informou que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da empresa. Essa política, informa a companhia, "busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio".

Na última sexta-feira, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou, em seu levantamento semanal, que o preço médio botijão de 13 quilos de GLP ao consumidor subiu 0,5%, de R$ 109,86 para R$ 110,42, entre os dias 6 e 12 de novembro.

Assim como o diesel, esse preço vinha variando, mesmo sem mudanças nos preços da Petrobras. A tendência, agora, é que sofra uma redução, uma vez que o preço da estatal responde por cerca de 42% do preço final de revenda do insumo.

Na semana passada, o Estadão mostrou que a primeira medida planejada pelo governo eleito, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Petrobras, é uma redução no preço do gás de cozinha, com a retirada do produto da política de preço de paridade internacional (PPI) de forma mais acelerada que outros derivados, como a gasolina e, sobretudo, o diesel.

Hoje, calculam importadores e consultorias do setor, o insumo é vendido pela estatal cerca de 40% acima do preço internacional, medido pelo PPI.

A Petrobras divulgou ao mercado, na noite de sexta-feira (4), o comunicado relativo a uma ação popular de autoria de Guilherme Estrela, ex-diretor de exploração e produção da estatal, em que se discute a distribuição de dividendos antecipados pela Petrobras à União, decidida em 28 de julho deste ano.

O processo, que corre na Justiça Federal, foi distribuído no fim de setembro e a União, e a Petrobras apresentaram defesas prévias em 24 e 25 de outubro, respectivamente.

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A ação pede concessão de medida liminar para bloquear o valor de R$ 32,1 bilhões a ser pago pela Petrobras à União até que sejam realizados estudos que comprovem não comprometer a continuidade e competitividade da empresa, além de justificar o porquê da distribuição de dividendos "tão díspar" em comparação com outras grandes empresas do segmento.

Outro pleito é que a União somente utilize os recursos após os estudos e discussão apropriada do tema com o mercado, a sociedade e o Congresso Nacional, e que os valores sejam incluídos na Lei Orçamentária que aprovar o orçamento de 2023.

A revelação desta ação vem em meio à discussão sobre o anúncio de distribuição de dividendos de R$ 43,7 bilhões, feito na última quinta-feira pela estatal após aprovação de seu conselho de administração. Deste total, R$ 12,5 bilhões iriam direto para os cofres da União e mais R$ 3,5 bilhões para o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No entanto, como os pagamentos seriam feitos em dezembro e janeiro (em parcelas de 50%), abriu-se a discussão sobre a antecipação que vem sendo feita desde 2021. Embora legal, a antecipação não é praxe: em geral, os recursos são divididos com os acionistas após o fechamento do resultado anual.

Diante deste impasse, o governo eleito pleiteou o adiamento dos pagamentos para 2023, enquanto o atual tem interesse em reforçar o caixa imediatamente

O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) sugeriu em representação nesta sexta-feira, 4, que a Corte de Contas apure e avalie a legalidade do pagamento de distribuição de dividendos da Petrobras aprovado na quinta-feira pelo Conselho de Administração da estatal, calculado em R$ 43,68 bilhões. A representação é assinada pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, dirigida ao presidente em exercício do TCU, Bruno Dantas.

Na peça, Furtado sugere, se o tribunal entender pertinente para o caso, a "imediata suspensão" da distribuição desses dividendos até decisão de mérito da Corte. Qualquer ordem de suspensão caberá ao tribunal. Para o subprocurador, o TCU precisa avaliar a situação diante de possível risco à sustentabilidade financeira e esvaziamento da disponibilidade em caixa da estatal.

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"Proceda a adoção das medidas de sua competência necessárias a conhecer e avaliar a legalidade de pagamentos de distribuição em dividendos na órbita de R$ 43,7 bilhões aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras, diante suposto descumprimento aos preceitos da Lei das Sociedades por ações (6.404/1976), especialmente arts. 201 e 205, e aos preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal (101/2000)", aponta também o MP de Contas, pedindo ainda que o TCU avalie a conveniência e oportunidade de apurar os fatos conjuntamente a outro processo que já tramita no tribunal. E que, se entender necessário, notifique a estatal de que os fatos "estão em apuração nesse Tribunal a ensejar eventuais possíveis responsabilidades".

A situação contestada pelo subprocurador-geral é resultado de decisão aprovada na quinta pelo Conselho de Administração da Petrobras, que chancelou a distribuição de dividendos no valor de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária em circulação. O montante total soma R$ 43,68 bilhões.

Na representação, Furtado lembra que ofereceu representação ao TCU em outra oportunidade sobre o tema ainda neste ano. "Conforme demonstrado naquela época, os recursos gerados pelas atividades operacionais da empresa foram de R$ 71 bilhões e o fluxo de caixa livre seria de R$ 63 bilhões. Abatendo desse montante livre o valor de pagamento da amortização da dívida (20 bilhões), restaria um montante de 43 bilhões. Sendo assim, o valor distribuído de dividendos é o dobro do resultante dos fluxos do trimestre! Sendo assim, o fato denotaria que a empresa estaria utilizando da entrada de caixa com a venda de ativos da estatal que ocorreu", relata Furtado.

Segundo ele, agora, três meses depois, decisões da estatal novamente "surpreendem com distribuições de dividendos em valores astronômicos". "Ratifico minha preocupação no sentido de que possuo receio de que as eventuais distribuições possam comprometer a sustentabilidade financeira da Companhia no curto, médio e longo prazo, indo de encontro ao próprio Plano Estratégico da empresa", afirmou.

A Petrobras informa que recebeu, ao longo do último trimestre, a devolução de cerca de R$ 439 milhões, recuperados por meio de acordos de leniência das empresas Camargo Corrêa, Novonor (anteriormente denominada Odebrecht) e SBM, bem como acordo de colaboração de Pedro Barusco.

Com essas devoluções, o total de recursos transferidos para os cofres da Petrobras (incluindo subsidiárias), em decorrência de acordos de colaboração, leniência e repatriações, ultrapassou o montante de R$ 6,7 bilhões.

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A Camargo Corrêa devolveu, no mês de outubro, R$ 235,6 milhões à Petrobras e outros R$ 6,9 milhões à Transpetro, subsidiária da Companhia e contemplada no mesmo acordo de leniência, além de R$ 88 milhões já recebidos anteriormente, que representam algumas das parcelas do montante total a ser devolvido.

A Novonor, por sua vez, pagou R$ 71,3 milhões para a Petrobras e outros R$ 728 mil para Transpetro, que representam parte do montante total a ser devolvido, que deverá ser pago por meio de 22 parcelas anuais.

Os acordos de leniência da Camargo Corrêa e da Novonor foram celebrados com o Ministério Público Federal (MPF), bem como com a Controladoria Geral da União (CGU) e Advocacia Geral da União (AGU).

A SBM devolveu, para a Petrobras, R$ 113,7 milhões entre agosto e outubro de 2022. Aproximadamente R$ 48,7 milhões foram pagos diretamente à companhia e outros R$ 64,9 milhões foram abatidos de pagamentos devidos pela Petrobras à SBM em decorrência de contratos vigentes de afretamento de plataformas e prestação de serviços.

O acordo de leniência da SBM foi celebrado em 2018 com a Petrobras, além da CGU e da AGU. Excetuados os valores ressarcidos nesse último trimestre, aproximadamente R$ 1,1 bilhão já foram devolvidos pela SBM à Petrobras em decorrência da celebração do acordo.

Os ressarcimentos decorrem da condição de vítima da Petrobras nos crimes investigados no âmbito da Operação Lava Jato.

A Petrobras afirma que tem adotado as medidas cabíveis em busca do adequado ressarcimento dos prejuízos que lhe foram causados. A companhia atua como coautora do Ministério Público Federal e da União Federal em 32 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 90 ações penais relacionadas aos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato.

Na contramão de importadores de combustíveis e consultorias do setor, a Petrobras sustenta que seus preços para gasolina e diesel estão em linha com o mercado internacional. O diagnóstico foi apresentado na quarta-feira (26) ao conselho de administração da empresa, e confirmado por três pessoas que tiveram acesso à informação. A diferença se deve a diferentes metodologias adotadas pela estatal e pelos demais agentes e especialistas, dizem essas pessoas.

O Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que, na avaliação da Petrobras, os preços dos combustíveis estiveram desalinhados recentemente, mas, no momento, não registrariam defasagem em relação ao mercado internacional. Nas contas da área técnica da estatal, a gasolina está alinhada e, o diesel, praticamente zerado.

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O presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, diz ter recebido com "surpresa" o diagnóstico dos técnicos da Petrobras apresentado aos conselheiros. Na quarta, após o fechamento do mercado, a Abicom calculava defasagem de 16% tanto para a gasolina quanto para o diesel ante a paridade de importação.

"Vejo com surpresa porque, se olharmos para algumas semanas atrás, a Petrobras trabalhava com o preço acima da paridade nos cálculos da Abicom e, naquele momento, reduziu preços e passou a tangenciar as curvas do PPI (preço de paridade de importação) preparadas por nós. Não entendo essa diferença agora", diz Araújo. Ele afirma que os parâmetros da Abicom bateram com os da Petrobras para a baixa de preços e estranha que agora, sob pressão de alta, o mesmo não aconteça.

O analista Ilan Abertman, da Ativa Investimentos, diz que a Petrobras vende combustíveis abaixo do PPI, mas reconhece as diferenças entre as metodologias. "A Petrobras não abre a sua fórmula (da defasagem), mas eles fazem as contas do PPI considerando a média dos últimos 12 meses. Por se tratar de média, já tem, no final, um parâmetro suavizado", diz.

Gasolina está há 6 semanas defasada, aponta CBIE

Como mostrou o Estadão/Broadcast, relatório do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria chefiada pelo economista Adriano Pires, indica que a gasolina da Petrobras tem sido vendida abaixo do preço de importação há seis semanas e, no caso do diesel, desde o início de outubro. No fechamento do mercado de quarta-feira, a defasagem da gasolina era de 18,56% e, segundo o CBIE, seria necessário aumento de R$ 0,75 por litro nas refinarias para a paridade internacional. Para o diesel, a defasagem estava em 19,31% (R$ 1,17 por litro).

Em meados de setembro, os preços dos combustíveis no mercado internacional voltaram a subir na esteira da cotação do barril de petróleo. Mesmo assim, a Petrobras ainda não reajustou o valor de seus produtos nas refinarias.

O País importa entre 20% e 30% do volume de diesel que consome. Ao praticar preços abaixo da paridade internacional, a Petrobras desestimula a atuação de importadores e aumenta o consumo de estoques.

Recentemente, o diretor de exploração e produção da estatal, Fernando Borges, afirmou que a companhia baixou preços em velocidade maior do que a considerada agora para eventuais aumentos, o que "beneficia a sociedade". A declaração foi vista por agentes de mercado como uma confissão da pressão política exercida pelo governo do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) para que a empresa não aumente seus preços até o fim das eleições.

Desde 2016, a Petrobras segue a política de preço de paridade internacional (PPI) e ajusta o preço dos combustíveis vendidos em suas refinarias ao preço de importação. Para tanto, considera fatores como valores praticados no exterior, principalmente no Golfo do México (EUA), frete e câmbio.

Quando a política do PPI foi adotada, sob a presidência de Pedro Parente, os preços eram atualizados diariamente, o que foi alvo de reclamações como o fim da previsibilidade para contratos na ponta da cadeia, como o frete de caminhoneiros. Nos anos seguintes, os reajustes passaram a ser cada vez mais espaçados e, sobretudo neste ano, sob pressão do Planalto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sindicatos de petroleiros espalhados pelo País têm recebido denúncias sobre discriminação eleitoral no ambiente de trabalho. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne 12 organizações com 24 mil trabalhadores filiados, afirma que a Petrobras tem sido o palco da maior parte das denúncias.

Os trabalhadores dizem ser barrados sistematicamente em refinarias, embarcações e outras instalações por portarem símbolos da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto adereços verde e amarelo e até adesivos, incomuns e ora associados ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), têm sido aceitos nas dependências da empresa.

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Segundo eles, a companhia tem alegado que "o verde-amarelo" representa símbolo nacional, portanto, permitido.

Questionada, a Petrobras informou ser de "amplo conhecimento" dos trabalhadores a vedação à propaganda política na empresa, o que tem previsão no código de ética.

"É de amplo conhecimento de todos os empregados da Petrobras a vedação expressa no Código de Conduta Ética da companhia de que colaboradores não podem promover ou participar de atividades ou propaganda político partidária nas dependências da empresa ou em seus canais de comunicação", informa a estatal em nota enviada ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, informou que a Federação recebeu denúncias de ocorrências semelhantes em nove unidades da Petrobras, em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará e Pernambuco, além da Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, na Bahia.

As denúncias, diz ele, aconteceram em menor número antes do primeiro turno das eleições, mas se intensificaram nas últimas semanas, em meio à segunda etapa do pleito presidencial.

Um dos problemas mais comuns, informa a FUP, é o acesso de carros com adesivos no vidro traseiro aos estacionamentos da Petrobras. Veículos adesivados com elementos da campanha do PT têm sido barrados, enquanto os que exibem imagens e símbolos em verde amarelo recém-colocados não sofrem constrangimento.

Os seguranças dizem se basear no código de ética da companhia, contam os petroleiros barrados. Na quinta, um petroleiro teria chegado com uma camisa da seleção brasileira e a inscrição "Lula 13" nas costas e foi obrigado a trocar de roupa para não perder o embarque em helicóptero que saía do Farol de São Tomé, em Campos (RJ), para plataformas na Bacia de Campos.

"Proibir a entrada de automóveis com adesivos de somente um candidato trata-se de característico caso de odioso assédio eleitoral, em benefício de outra candidatura. O que serve para Chico, serve para Francisco", diz Bacelar.

A FUP informa que sua assessoria jurídica acompanha os casos e que as denúncias serão encaminhadas ao tribunal eleitoral. A entidade menciona que diferentes sindipetros constataram situações de constrangimento e discriminação contra petroleiros, mas que os trabalhadores têm medo de sofrer represálias caso denunciem.

A federação menciona que a Lei nº: 9504/97 determina que funcionários de uma empresa pública não podem "ceder ou usar bens públicos em benefício de candidato, partido político ou coligação", mas a avaliação da assessoria jurídica da entidade é que "dentro do Direito Administrativo, quando o Estado cria uma empresa de capital aberto, como é o caso da Petrobrás, ele abre mão de alguns privilégios jurídicos e equipara-se a uma empresa privada".

"O caso da proibição da Petrobras de deixar carros entrarem com adesivo de um candidato se encaixa perfeitamente nessa excepcionalidade", diz em nota o advogado Adilson Siqueira, da Advocacia Normando Rodrigues, que atende o departamento jurídico da FUP.

Especialista fala em "coação velada"

O especialista em governança Renato Chaves diz que as denúncias devem ser encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigação, mas que, a princípio, indicam "coação velada". "É um caso de constrangimento que pode sim vir a ser considerado crime eleitoral, sobretudo no cenário de profusão de situações de assédio, com mais de 700 denúncias acumuladas sobre constrangimento de empregadores ao TSE", diz.

Segundo Chaves, a posição da Petrobras vai contra um ambiente de negócios moderno, em que as empresas são cada vez mais liberais e convivem com o exercício da cidadania.

"Cada vez mais as empresas têm entendido que seus funcionários não são robôs, mas cidadãos que participam da vida em sociedade. Do ponto de vista da governança, há espaço para vedar discursos no espaço comum, mas não para determinar a vestimenta e adereços de manifestação política em automóveis. Seguranças cumprem ordens. Isso, na verdade, são os executivos (da Petrobras) se revelando", diz Chaves.

A Petrobras informou nesta sexta-feira, 14, que iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (teaser) referente à venda de 100% de sua participação acionária na Petrobras Operaciones S.A. (POSA), subsidiária integral da estatal na Argentina e detentora de participação de 33,6% no Campo de Rio Neuquén.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que a operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade.

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A POSA é uma empresa constituída na Argentina e tem como único ativo o campo de Rio Neuquén. A Petrobras possui participação na POSA por meio de suas subsidiárias PIB BV (Petrobras International Braspetro B.V.), com 95%, e PVIE (Petrobras Valores Internacionais de España), com 5%.

Junto com a POSA, no ativo de Rio Neuquén, também são sócios a YPF S.A (YPF), operadora do campo, com 33,3% de participação, e a Pampa Energia (Pampa), com 33,1%. A produção de Rio Neuquén é majoritariamente oriunda de reservatórios não convencionais (tight gas) das formações Punta Rosada e Lajas.

Em setembro de 2022, a produção da POSA foi de 1,52 MM m³/d de gás natural e 0,7 mil bpd de óleo, condensado e gasolina.

O teaser, que contém as principais informações sobre a oportunidade, bem como os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes, está disponível no site da Petrobras.

Membros da diretoria da Petrobras receberam uma sinalização do governo Bolsonaro para que não haja reajuste no preço dos combustíveis até a realização do 2º turno das eleições, em 30 de outubro. Essa pressão sobre a petroleira foi ampliada depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) anunciou o corte na produção de 2 milhões de barris de petróleo por dia a partir de novembro, o que já provocou alta dos preços no mercado internacional. Esse é o maior corte desde abril de 2020, quando a pandemia de covid começou.

A investida do governo foi revelada pelo portal G1 e confirmada pelo Estadão. Em tese, pela atual política de paridade de preços, a Petrobras deveria repassar o aumento de custos com a compra do petróleo para os valores cobrados no mercado interno. O corte no preço dos combustíveis realizado nos últimos meses, porém, se transformou em bandeira política do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.

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Em parte, a redução dos preços se deve ao corte de impostos nos Estados, já que o governo federal já tinha zerado suas alíquotas. A razão principal, no entanto, que puxou os preços para baixo foi a queda do preço do petróleo, que oscilava até dias atrás em cerca de US$ 87 o barril. Ontem, o do tipo Brent (que serve de referência para o Brasil) subiu 1,71% nos contratos para entrega em novembro, batendo em US$ 93,37. Especialistas no setor veem risco de que, nos próximos dias, o preço suba para a casa dos US$ 100.

Segundo o TD Securities, o corte anunciado pela Opep+ superou as expectativas, o que apoiou os preços negociados ontem. Já a analista Roberta Caselli, da Global X, afirmou que a redução na produção diária de petróleo pode renovar preocupações com a variação da inflação. O corte corresponde a cerca de 1% da oferta global da commodity. (Colaborou Gabriel Bueno da Costa)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou, nesta segunda-feira (26), durante a abertura da Rio, Oil and Gas 2022, que a Petrobras vai vender todas as refinarias que se comprometeu com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a desinvestir. No mesmo evento, Caio Paes de Andrade, presidente da estatal, disse que a companhia pretende investir US$ 2,8 bilhões em ações para mitigação de emissões de carbono nos próximos cinco anos.

O compromisso da Petrobras com o Cade previa que oito refinarias deveriam ser vendidas até o fim de 2021, o que não ocorreu. A única refinaria de fato assumida por outro controlador foi a unidade da Bahia, ex-Rlam e hoje Refinaria de Mataripe, comprada pelo fundo de investimento árabe Mubadala.

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"Tenho certeza de que a Petrobras vai vender todas as refinarias que estão acordadas", disse Sachsida. O ministro criticou a alta tributação do setor de petróleo e gás, afirmando que "tributar em 30% insumos básicos para a indústria é tecnicamente um equívoco", defendendo as reduções tributárias do setor promovidas pelo governo Jair Bolsonaro - e que ajudaram a diminuir o preço dos combustíveis.

Paes de Andrade, que faz tratamento contra um carcinoma, discursou por meio de vídeo. Na abertura da feira, ele foi representado pelo diretor de exploração e produção da estatal, Fernando Borges.

O presidente da estatal disse que o foco da Petrobras ainda é o pré-sal, que definiu como o "ativo de maior valor da empresa e uma das províncias petrolíferas mais importantes do mundo". Ao mesmo tempo, porém, ele afirmou que a empresa busca desenvolver novas fronteiras de exploração, no que citou a Margem Equatorial, no litoral do Nordeste e do Norte.

Diesel

Uma eventual crise no abastecimento do diesel S10, o menos poluente e mais consumido no Brasil, foi descartada por agentes do setor na 20.ª Rio, Oil & Gas, que se realiza até quinta-feira, no Rio de Janeiro.

"Aquele cenário que se enxergou mais difícil lá atrás continua difícil, mas de fato não teve nenhuma falta até agora, e olhando os estoques a gente vê que vai continuar com o produto disponível", explicou o diretor de operações da Ipiranga, Francisco Ganzer.

Segundo ele, mesmo com a Petrobras não seguindo liturgicamente os preços internacionais, as importações de diesel continuam sendo feitas e são necessárias para atender os clientes da Ipiranga. No momento, explicou, os preços da Petrobras estão alinhados com os do mercado internacional, apesar das últimas reduções de preço no mercado interno.

"Não é questão de o preço ser vantajoso ou não, eu tenho de importar, o País tem déficit de 25% e precisa importar, independentemente da disparidade de preços", explicou, informando que a diversificação de regiões para importar o produto tem ajudado a empresa a manter o abastecimento.

Além de distribuir combustíveis no território nacional, a Ipiranga é uma das três grandes importadoras privadas, com a Vibra e a Raízen (joint venture da Shell e Cosan). A Petrobras também importa o produto e domina a produção do combustível no mercado interno.

Presente no debate, o superintendente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rubens Freitas, afirmou que este ano foi um grande teste para a agência em termos de abastecimento de combustíveis no País, principalmente de diesel S10 e de gás liquefeito de petróleo (GLP), produtos que dependem de importação.

"Desde março, estamos monitorando diariamente os estoques, principalmente de diesel S10, com a ajuda dos agentes do mercado, buscando mitigar esses eventos que afetam o abastecimento. Este ano ainda tivemos a guerra na Ucrânia, que mudou o cenário", avaliou Freitas, que defende o aumento no prazo para a formação de estoques de combustíveis no Brasil. "Na União Europeia, os estoques são de 60 dias da demanda interna, e, no Brasil, isso fica muito aquém do necessário para nos tranquilizar."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Petrobras anunciou, nessa quinta-feira (22), que o preço do gás de cozinha nas distribuidoras vai cair em 6%. De acordo com o comunicado, o valor começa a ser repassado nesta sexta-feira (23). 

Após uma série de aumentos, em 2022, o valor do gás liquefeito de petróleo (GLP) repassado às distribuidoras voltou a cair. O novo anúncio definiu que a média de preço passa de R$ 4,0265 por quilo para R$ 3,7842, correspondente a redução de R$ 3,15 por 13 quilos. 

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"Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio", explicou a Petrobras em nota. 

O valor do GLP já tinha baixado de R$ 4,23 para R$ 4,03 no último dia 13. Nesse período, a média do valor do botijão cobrado ao consumidor foi de R$ 113,25, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). 

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 19, uma redução de 5,7% no preço médio do litro do diesel A vendido em suas refinarias. Com isso, o preço do combustível cai R$ 0,30 por litro, de R$ 5,19 para R$ 4,89.

Os novos preços valem a partir da terça-feira (20) e devem provocar novas quedas nas bombas nas próximas semanas.

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Se considerada a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,87, em média, para R$ 4,67 a cada litro vendido na bomba, informou em nota a companhia.

Trata-se do terceiro reajuste para baixo no preço do diesel da gestão de Caio Paes de Andrade, iniciada no fim de junho e encampada pelo governo como solução para a escalada no preço dos combustíveis. Antes do anúncio desta manhã, a Petrobras tinha divulgado uma redução de R$ 0,22 por litro em 11 de agosto, um desconto de 4% e, portanto, inferior ao atual.

Como de praxe nos recentes anúncios de redução de preços dos combustíveis, a Petrobras reitera que o movimento "acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel", e "é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio."

Essa redução do diesel pega o mercado de combustíveis de surpresa. Analistas e executivos esperavam novas reduções na gasolina, cujos preços internacionais têm mostrado quedas mais resilientes e menos volatilidade. No caso do diesel, a leitura era de que as oscilações das cotações internacionais do derivado e seu descolamento do preço do barril tornavam reduções nos preços domésticos "improváveis".

Desde 19 de julho, a Petrobras já anunciou quatro reduções na gasolina e três no diesel, além de outros produtos vendidos nas refinarias da estatal, tais como gás de cozinha (GLP), gasolina e querosene de aviação e asfalto.

Em linha com a fala do presidente da República, Jair Bolsonaro, na quarta-feira (31) à noite, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (1º) a redução de 7% no preço do litro da gasolina em suas refinarias. A partir da sexta-feira (2), o preço médio de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro, uma redução de R$ 0,25 por litro.

Bolsonaro disse na quarta que haveria uma "boa notícia" da Petrobras nesse sentido. "Combustíveis toda semana temos uma boa notícia. Hoje é quarta-feira, eu acho que até sexta vai ter mais uma boa notícia porque está sendo uma prática do novo presidente da Petrobras", disse Bolsonaro em Curitiba, onde participou de comício.

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Trata-se da quarta redução no preço do insumo nas refinarias da estatal desde julho. A redução "acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", informou em nota a estatal.

Segundo a empresa, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,57, em média, para R$ 2,39 a cada litro vendido na bomba.

Nessa quarta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, até esta sexta (2), haverá uma "boa notícia" da Petrobras em relação ao preço dos combustíveis. Apesar de defender que não interfere na companhia, o mandatário fecha seu primeiro mandato com três diretores à frente da empresa.

“Toda semana temos uma boa notícia. Hoje é quarta-feira, eu acho que até sexta vai ter mais uma boa notícia porque está sendo uma prática do novo presidente da Petrobras”, anunciou Bolsonaro ao SBT.

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Em campanha de reeleição, depois de atingir o preço mais alto da gasolina em 2022, Bolsonaro conseguiu diminuir o ICMS dos estados sobre os combustíveis. No mês passado, o valor médio da gasolina, etanol e diesel recuou em 5%, com impacto principalmente nas cotações das refinarias da Petrobras.

O candidato a vice-presidente na chapa de Lula, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) se manifestou contrário à privatização da Petrobras e do Banco do Brasil, nesta segunda-feira (29).

Alckmin, marcadamente conhecido por sua posição liberal, disse que o caminho para melhorar as contas públicas do País não é vender a Petrobras e o Banco do Brasil. Sobre o BB, o vice de Lula considerou que já há poucos bancos no Brasil, o que limita a concorrência e que este problema se aprofundaria com a privatização do BB.

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"O correto a se fazer é reduzir o custo do dinheiro. Temos bancos de menos no Brasil", disse Alckmin.

Sobre a Petrobras, o ex-governador defendeu que sua venda iria na contramão do que acontece no mundo, onde o Estado mantém participação de 85% nos setores de óleo e gás.

Alckmin participa do evento "ABDIB Fórum 2022 - Agenda da Infraestrutura com presidenciáveis", organizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (ABDI).

A Petrobras está instalando uma rede de fibra óptica de mais de 1.600 quilômetros de extensão nas bacias de Campos e Santos para viabilizar a conexão de quinta geração (5G), que começa chegar ao País. A tecnologia será habilitada em 29 plataformas de produção e em 17 unidades em terra, entre refinarias, unidades de tratamento de gás, portos, entre outras, até 2024, informou a companhia.

"A expectativa é ampliar, em dezenas de vezes, a velocidade de tratamento de dados, impulsionando as operações remotas e as tecnologias de monitoramento em tempo real em ambientes confinados, além de alavancar a realidade aumentada mista e a Internet das Coisas", explicou a estatal.

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A rede de fibra óptica na operação offshore (marítima) está sendo instalada a partir da Praia Grande, no litoral de São Paulo, e a previsão é de que a instalação seja concluída no final do ano que vem. Já em terra, o 5G será instalado em refinarias, Unidades de Tratamento de Gás (UTGs), termelétricas, portos, armazéns, nos ambientes corporativos e no Centro de Pesquisas e Inovação (Cenpes).

"Com a rede de quinta geração, a intenção é aumentar o controle à distância de drones e robôs em qualquer lugar das plantas industriais, tanto em ambientes onshore quanto offshore, assim como ampliar a digitalização de processos e reduzir a exposição dos profissionais ao risco", disse a empresa.

A tecnologia 5G também será entendida a unidades móveis, como sondas, unidades de manutenção e serviço (UMS) e embarcações de apoio, com objetivo de aumentar a eficiência de processos e reduzir custos.

"Segundo dados da consultoria McKinsey, a combinação do 5G e satélites LEO (Low Earth Orbit) tem potencial de gerar ganhos de até US$ 70 bilhões para a indústria de petróleo e gás global nos próximos anos", informou a estatal.

Um dia após lançar uma diretriz para a política de preços dos combustíveis da companhia, dando maior poder ao Conselho de Administração, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 28, a queda R$ 0,15 no preço do litro da gasolina nas sua refinarias a partir desta sexta-feira, dia 29.

O novo preço será de R$ 3,71 por litro, 3,88% abaixo dos R$ 3,86 que vigorava desde a última redução, há nove dias. Antes da queda, o preço estava 2% acima dos preços internacionais, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

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O preço do diesel se manteve inalterado, apesar dos apelos públicos do presidente da República, Jair Bolsonaro, para que a empresa reduza também o combustível. Segundo a Abicom, o litro do diesel está sendo comercializado no Brasil em média com preço 2% acima do mercado internacional, e poderia haver uma queda de R$ 0,10 por litro para atingir a paridade.

"Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", informou a Petrobras em nota.

A Petrobras estuda repetir a fórmula do ano passado e anunciar a antecipação do pagamento de dividendos aos acionistas, incluindo a União, com a divulgação do lucro do segundo trimestre, prevista para quinta-feira, apurou o Estadão/Broadcast.

Na segunda-feira (25), o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, disse que o governo encaminhou ofícios para Caixa, Banco do Brasil, Petrobras e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômica e Social (BNDES) pedindo o pagamento trimestral de dividendos, que geralmente são semestrais. A Petrobras, porém, já tem feito pagamentos trimestrais.

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No início da noite, a Petrobras confirmou o recebimento do ofício e esclareceu, em fato relevante, que todas as solicitações do governo já constam na política de remuneração da companhia aos acionistas. Mesmo assim, informou que ainda não há qualquer decisão tomada sobre novos pagamentos de dividendos em 2022.

O Estadão/Broadcast apurou que a proposta será submetida ao conselho de administração da estatal, que se reúne amanhã e quinta-feira para avaliar o balanço do segundo trimestre. Fonte próxima ao assunto afirmou que o pedido será aprovado tranquilamente, assim como aconteceu no ano passado, ressaltando que o caixa da empresa está forte, e por isso não haverá obstáculo. Se aprovada a antecipação, a expectativa é de que sejam distribuídos cerca de R$ 40 bilhões.

As reuniões do conselho desta semana têm por objetivo analisar o resultado do segundo trimestre, período em que a estatal deve registrar ligeiro crescimento em relação ao primeiro trimestre e registrar lucro em torno dos R$ 45 bilhões, segundo analistas do Credit Suisse. Com petróleo em alta, a receita deve ultrapassar R$ 160 bilhões e o Ebitda chegar perto de R$ 100 bilhões.

A antecipação do pagamento não é novidade e está prevista na política de dividendos da estatal. A prática foi feita pela última vez em outubro passado, quando o general Joaquim Silva e Luna antecipou o dividendo do exercício de 2021 no terceiro trimestre. No primeiro trimestre, a estatal teve lucro de R$ 44,5 bilhões e anunciou dividendos de R$ 48,5 bilhões, pagos em duas parcelas, em junho e julho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 19, que reduziu o preço da gasolina em cerca de 5% a partir desta quarta-feira, 20, nas suas refinarias. O valor do litro da gasolina será de R$ 3,86, R$ 0,20 a menos do que o preço anterior (R$ 4,06/litro). A estatal não mexeu no preço do diesel.

A redução segue um movimento de queda moderada do preço do petróleo e ocorre após a Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, reduzir o preço da gasolina em cerca de 7% na última sexta-feira.

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"Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba", disse a Petrobras em nota.

O governo vinha fazendo pressão para que a estatal reduzisse o preço da gasolina nas refinarias, que junto com a limitação do ICMS em um teto entre 17% e 18% vai ajudar a frear a inflação, um dos obstáculos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

"Essa redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", informou a companhia.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou neste sábado, 9, que seus 12 sindicatos espalhados pelo país rejeitaram a contraproposta da Petrobras para acordo coletivo de trabalho (ACT) e aprovaram indicativo de greve por tempo indeterminado. Um comunicado oficial será encaminhado na segunda-feira, 11, à direção da Petrobras e aos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado Federal.

A FUP informou que a data de uma greve ainda deve ser definida pela federação e que o processo está condicionado ao avanço de um processo de privatização da companhia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Em nota, a FUP fala em greve "caso o governo federal encaminhe ao Congresso Nacional projeto de lei de privatização da Petrobras, como tem sido cogitado desde o ano passado".

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No fim de maio, o Ministério de Minas e Energia (MME) pediu a inclusão da Petrobras na lista de estudos para privatização. Para tanto, é preciso que o conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) ratifique a recomendação e que o presidente Jair Bolsonaro publique decreto nesse sentido.

Sobre a contraproposta da Petrobras, rejeitada pela categoria, a Fup informou que a companhia propunha reajuste salarial de 5%, "o que equivaleria a menos da metade da inflação do período", além da retirada do plano de saúde do acordo coletivo trabalhista e mudanças relacionadas a banco de horas.

Os petroleiros reivindicavam reposição da inflação entre setembro de 2021 e agosto de 2022, além de reposição salarial das perdas dos últimos seis anos entre 2016 a 2021, equivalente a reajuste de 3,8%. Com isso, diz a FUP, a categoria não reivindica aumento real de salário. A entidade informou, ainda, que a proposta de reajuste da Petrobras é 8,5% inferior ao reivindicado pela categoria segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O resultado das 12 assembleias da FUP vem após duas semanas de consulta à categoria em assembleias estaduais. O processo terminou neste sábado, com a assembleia organizada pelo Sindipetro da Bahia, onde 308 trabalhadores da ativa e aposentados aprovaram, por unanimidade, os indicativos do sindicato para rejeição do acordo coletivo trabalhista (ACT) e greve. A Bahia foi o Estado mais afetado por privatizações e fechamento de unidades da Petrobras, caso da refinaria de Mataripe, vendida ao grupo Acelem, do fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala.

As assembleias dos sindicatos de petroleiros do Norte Fluminense, no Rio de Janeiro, e de Minas Gerais foram realizadas ontem, 08, com resultado semelhante, mas não unânimes. No Sindipetro do Norte Fluminense, mais de mil trabalhadores, ou 99,6%, rejeitaram a contraproposta e 98,3% aprovaram a greve. Em Minas, a oferta da Petrobras foi rejeitada por unanimidade e 99% aprovaram a greve.

Os resultados vieram por unanimidade ou ampla maioria em todo o País. Houve menos de 90% de adesão ao indicativo de greve apenas no sindicato de São Paulo (85,34%) e do Paraná e Santa Catarina (88,36%). No País, a FUP reúne cerca de 24 mil petroleiros.

A vice-procuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo requereu, nessa segunda-feira (4), ao Supremo Tribunal Federal, que sejam colhidos os depoimentos dos ex-presidentes da Petrobras Roberto Castello Branco e do Banco do Brasil, Rubem Novaes, sobre uma suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na estatal.

Os pedidos de realização das oitivas se deram no âmbito de uma notícia-crime que o senador Randolfe Rodrigues enviou à corte máxima após o ex-presidente da Petrobras afirmar, em um grupo de economistas no Whatsapp, que seu celular funcional teria mensagens que ‘incriminariam’ o chefe do Executivo. O caso foi revelado pelo site ‘Metrópoles’.

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Randolfe alegou que a mensagem de Castello Branco sinaliza tentativa do presidente de ‘interferir na Petrobras em detrimento da boa tutela do interesse e do patrimônio públicos, com nítido propósito meramente eleitoral e desvirtuado da dinâmica constitucional’. O parlamentar pediu a investigação de possíveis crimes de prevaricação, corrupção passiva ou peculato, condescendência criminosa e violação de sigilo funcional.

Ao analisar a notícia-crime, Lindôra Araújo entendeu que os elementos apresentados à corte máxima ‘até o presente momento não comportam convicção ministerial suficiente’ para a instauração da apuração solicitada pelo senador. Por outro lado, a vice-PGR considerou que o diálogo não negado pelos ex-presidentes da Petrobras e do BB ‘ suscita maiores esclarecimentos que podem nortear providências investigativas não açodadas ou temerárias’.

"Destarte, para melhor compreender os fatos trazidos aos autos, faz-se necessária a prestação de informações complementares a fim de formar um acervo minimamente seguro para o posicionamento do Ministério Público a respeito da possibilidade de instauração de uma investigação criminal com alguma plausibilidade probatória e empiricamente justificável", argumentou.

Para o ex-presidente da Petrobras, Lindôra quer perguntar quais mensagens e áudios de seu celular corporativo poderiam ‘incriminar’ Bolsonaro. A vice-PGR quer saber o teor, datas circunstâncias e contextos dos diálogos, além de questionar Castello Branco sobre o motivo de não ter apresentado as conversas às autoridades competentes ‘quando da primeira oportunidade possível’.

Já ao ex-presidente do BB, a vice-procuradora-geral da República quer esclarecimentos sobre o histórico de contato com o ex-dirigente da Petrobras e a natureza da conversa travada, além de questionar se Rubem Novaes ‘consegue detalhar as aludidas mensagens e os supostos fatos e tipos delitivos aos quais Roberto Castello Branco teria se reportado’.

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