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A professora de uma escola municipal de Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, que foi acusada de assediar sexualmente uma criança de 10 anos, foi afastada do cargo. De acordo com as investigações, a mulher de 37 anos enviou mensagens com teor sexual e fotos sensuais ao garoto. 

A prefeitura da cidade informou que a Secretaria de Educação abriu um processo administrativo disciplinar para apurar o caso. A Polícia Civil, por sua vez, apreendeu o celular, o computador e o pen drive na casa da professora durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Ela também não pode ter contato com o menor. 

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Responsável por parar o agressor e evitar uma tragédia ainda maior em uma escola na Vila Sônia, na zona oeste de São Paulo, a professora de Educação Física Cinthia Barbosa, de 37 anos, é ex-jogadora profissional de basquete e já deu aula na Fundação Casa, justamente para onde o adolescente foi encaminhado após o atentado. Docente na Escola Estadual Thomazia Montoro há pouco mais de dois anos, ela conta que agiu intuitivamente quando tentou dominar o agressor.

"Foi um instinto, não esperava isso (o ataque) em uma escola", disse Cinthia, em entrevista ao Estadão. Imagens de câmeras de segurança da escola mostram a professora imobilizando o aluno, de 13 anos, com um mata-leão, impossibilitando que ele continuasse a desferir golpes na professora Ana Célia Rosa, uma das quatro pessoas que ficaram feridas - uma outra docente, de 71 anos, não resistiu. Enquanto isso, a coordenadora pedagógica Sandra Mendes retirou a faca da mão do aluno.

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Cinthia conta que chegou por volta de 6h50 na escola na segunda-feira, o dia do atentado. Após pegar o material na sala administrativa, foi ministrar uma aula para o 7º ano. Pouco depois, começou a ouvir um barulho alto vindo de fora. "Até pensei que fosse a dinâmica que algum professor estivesse utilizando, porque às vezes a gente faz rodas de conversa entre alunos e afasta as carteiras", disse. "Mas o barulho não cessava, não passava, estava continuando."

Cinthia fechou a porta e foi correndo em direção às escadas. A professora explica que a escola tem dez salas de aula: cinco no andar de baixo, onde ela estava dando aula, e a mesma quantidade em cima, de onde vinham os gritos.

A professora diz que hesitou por alguns segundos, mas que ainda assim decidiu ir para onde tinham indicado que estava ocorrendo os ataques: na terceira sala do corredor. Segundo a polícia, o atentado teve início por lá - onde a professora Elisabeth Tenreiro foi assassinada -, depois o agressor teria se dirigido para uma segunda sala e, na sequência, voltado para o local onde tinha começado.

ALUNO

"Fui lá e, quando olhei de frente, vi a professora Elisabeth deitada no chão. E a Ana Célia estava com ele, que estava segurando a Ana Célia e esfaqueando a professora", disse Cinthia. "Aí eu tentei parar, fui por trás e segurei ele. E aí minha coordenadora, Sandra Mendes, já entrou na sequência. Aí falei para ela: 'Tira a faca, tira a faca, tira a faca'. Ela tirou a faca dele e abaixou a máscara. Retirou a touca e viu que era nosso aluno."

Essas imagens foram capturadas por câmeras de segurança da escola. Cinthia conta que, na sequência, ela e o aluno se desequilibraram e caíram no chão, mas a professora continuou o imobilizando. "Perguntei para ele: 'Você tem mais alguma coisa? Está com mais alguma arma?'. Ele falou não. Perguntei se estava sozinho, ele disse que sim. Aí já levantei e levei ele lá para fora para a gente descer para a sala da direção da escola."

A professora disse ter mantido o aluno por lá até a chegada da Polícia Militar, minutos depois. Nesse meio tempo, Cinthia disse que foram poucas as palavras que o aluno disse. "Eu lembro que algumas coisas ele até falou, que queria vingança por causa de bullying, ele falava que já queria fazer isso por algum problema com a família, alguma coisa assim ele falou", afirmou.

Cinthia conta que, quando entrou na sala de aula para conter o agressor, não conseguiu determinar qual era o estado de saúde das professoras. "Eu só queria tirar ele dali, fui para tirar ele dali. Não me atentei de fato se a professora Beth (Elisabeth Tenreiro) estava desmaiada", disse.

Só depois, conta a professora, ela foi ter dimensão do que tinha acontecido na escola. Um dia depois do enterro de Elisabeth Tenreiro, ela relembra da professora com carinho. "Ela era bastante comunicativa, a gente se falava sempre", diz. "Logo que ela entrou na escola, estava sem armário ainda. E eu falava para ela para pôr as coisas no meu. Aí a gente compartilhou por um tempo o armário."

HEROÍNA

Ainda na segunda, após a repercussão das imagens de Cinthia e Sandra contendo o agressor, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, chamou as duas de "heroínas". "Eu não me enxergo dessa forma. Acho que a nossa função como professora é poder estar auxiliando os alunos em tudo que é possível", diz ela, que descreve o autor dos ataques como introspectivo.

Antes de lecionar, ofício que exerce há quase cinco anos, Cinthia dedicou a carreira ao basquete e deu aulas na Fundação Casa, para onde o agressor foi encaminhado. Cinthia diz que não pretende se deixar desanimar de dar aula. "Eu penso que eu tenho que ter força. A gente cria planos, cria sonhos, infelizmente esse é um processo muito grande", diz. "Voltar depois do que aconteceu não é uma readaptação tão simples. Eu perdi uma companheira de trabalho diretamente. Não posso falar que vai ser fácil, que vai ser difícil, mas eu estou disposta a tentar."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O adolescente de 13 anos responsável pelo ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro nesta segunda-feira, 27, foi denunciado à Polícia Civil há menos de um mês por "apresentar comportamento suspeito nas redes sociais" e postar "vídeos comprometedores" nos quais aparece "portando arma de fogo" e "simulando ataques violentos".

Um boletim de ocorrência foi registrado no último dia 28 na delegacia eletrônica, de forma anônima, narrando a denúncia. O documento ao qual o Estadão teve acesso ainda diz que o adolescente "encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por Whatsapp" e "alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos".

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O boletim ainda descreve que os responsáveis pelo adolescente foram "convocados e orientados pela Direção da Unidade Escolar", localizada em Taboão da Serra, "para que as providências cabíveis fossem tomadas".

Na saída do 34° DP na noite desta segunda-feira, os pais do adolescente se recusaram a comentar o ataque e, por meio de uma advogada, afirmaram que estão "solidários com a família da vítima", a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos.

O boletim foi registrado como ato infracional análogo a ameaça no dia 28 de fevereiro deste ano. O documento informa que a vítima ou o representante legal deveriam comparecer à delegacia em até seis meses para "oferecimento de representação criminal para início das investigações". "Findo esse prazo, sem manifestação da vítima ou de seu representante, o autor não poderá mais ser investigado e/ou processado criminalmente pelos fatos aqui registrados", complementa.

O registro foi encaminhado para a unidade policial da área dos fatos para apreciação do delegado titular, descreve o documento, que não aponta se outras medidas foram tomadas.

Entenda o ataque na escola

O ataque cometido por um adolescente com um faca aconteceu por volta das 7h20 da manhã na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na zona oeste da capital paulista. O garoto esfaqueou pelo menos quatro professoras e um aluno, segundo o governo de São Paulo.

O agressor do 8º ano do ensino fundamental, de 13 anos, foi apreendido e levado para uma delegacia. Segundo informações apuradas pelo Estadão na escola, o alvo principal do autor do ataque era um estudante com quem teria brigado na semana passada, mas esse colega não estava no local nesta segunda.

Imagens de câmera de segurança instalada em sala de aula mostram o momento em que o adolescente foi imobilizado e desarmado por uma professora de Educação Física.

Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, havia sido encaminhada em estado grave para o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). Por volta das 10h30, a morte foi confirmada.

Professora de Ciência, ela foi uma das que agiram para separar os estudantes durante um conflito anterior. Elisabeth trabalhava havia pouco tempo no colégio e estava fazendo a chamada quando foi atingida pelos golpes.

Funcionária pública por toda a vida, a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, fez carreira no Instituto Adolfo Lutz, onde ingressou em 1971, e se aposentou havia três anos, em 2020. Formada em Química, trabalhava com testes e controle de qualidade no Centro de Alimentos da instituição. Foi também autora de pesquisas científicas publicadas em periódicos especializados.

Não queria se aposentar. Passou a dar aulas em 2015 e atuava na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, desde o começo do ano. Foram oito anos na docência, até ser morta a facadas na manhã desta segunda-feira, 27, dentro da sala de aula, por um aluno de 13 anos.

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Imagens de câmera de segurança mostram que a professora parece não perceber a aproximação do assassino, que a golpeia pelas costas. Ela cai em seguida. Um aluno que testemunhou o ataque relatou que Elisabeth fazia a chamada quando foi atingida. Outras quatro pessoas, três professoras e um aluno, ficaram feridas, segundo o governo de São Paulo, e têm quadro de saúde estável.

Carinhosa e dedicada ao ensino e aos alunos é como estudantes do colégio se lembram dela em homenagens nas redes sociais. Nas publicações, relembraram os momentos em sala de aula. "Obrigada por muitas risadas naquela sala, muitas brincadeiras. A senhora vai sempre ser lembrada. Te amamos muito", dizia um deles. "Descanse em paz, Beth. Vou sentir muito a sua falta", comentava outra. Avó, Elisabeth também é descrita como uma mulher apaixonada pelos netos e sempre bem-humorada.

Atenciosa e falante, relembram taxistas

Ela voltava todo dia de táxi da escola para casa. A professora ligava para um ponto de táxi na região, ao lado da Estação Vila Sônia do Metrô, e ia para a esquina da rua do colégio para facilitar para os motoristas - a via em que dava aula não tem saída.

"Era uma pessoa super atenciosa, muito legal. Falante, conversava, perguntava da vida da gente, falava dela. Era gente ‘boíssima’", disse o taxista Aurélio Albuquerque, de 43 anos. "A última vez que fiz uma corrida com ela foi na quinta-feira (23)."

Com carinho, Aurélio conta que, em uma das vezes que a foi a buscar na esquina da escola, duas estudantes estavam esperando um carro de aplicativo chegar. "Ela fez eu esperar até que o carro delas chegasse, para que elas não tivessem problema. Era uma pessoa muito legal."

As corridas diárias eram feitas por volta de 14h. "Quando dava perto desse horário, a gente já ficava esperando", disse Aurélio. Elisabeth vivia com a filha. Como o local em que moravam era perto da escola, o deslocamento levava cerca de 10 minutos e não dava mais do que R$ 15.

A notícia da morte dela chocou os taxistas do ponto. "A gente já passa por tanto problema trabalhando na rua, que é uma vida tão difícil, imagina ter isso dentro de uma escola, que é o único lugar que a gente imagina não ter violência", disse Aurélio. "É uma tragédia."

Outros taxistas relembraram dela com carinho. "A corrida com ela era uma que todo mundo gostava de pegar. Era uma pessoa muito tranquila", afirmou um deles. Todos que trabalham no ponto já sabiam o destino de Elisabeth de cor.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Secretário afirma que o secretário, Eleuses Paiva, lamenta profundamente a morte da professora. "A profissional contribuiu ativamente com a instituição ao longo de quatro décadas de trabalho na área de planejamento e desenvolvimento de atividades. O secretário se solidariza com todos os familiares e amigos da vítima."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em silêncio diante do atentado a faca em uma escola pública do zona oeste de São Paulo, que culminou na morte de uma professor e deixou ao menos outras quatro pessoas feridas. Durante todo o dia desta segunda-feira, 27, quando as atenções se voltaram integralmente para a cobertura do ataque, o presidente se manteve distante do evento e sequer emitiu uma nota de condolências à família da vítima. A assessoria de imprensa presidencial, tampouco, preparou um comunicado de solidariedade aos alunos e funcionários da escola.

Lula passou o dia no Palácio do Alvorada, sem agenda oficial, para se recuperar de uma broncopneumonia. A doença acometeu o presidente e o forçou até mesmo a cancelar a viagem oficial à China marcada para ocorrer no último sábado, 25. As recomendações médicas cobram repouso do presidente, mas na manhã desta segunda ele despachou da residência oficial da Presidência com os ministros Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, e Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom). No encontro, no entanto, não houve orientação sobre a redação de uma nota de pesar à professora vítima do atentado.

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Durante todo o dia as redes do governo federal, da Secom e do Palácio do Planalto foram alimentadas com informações institucionais de programa da gestão Lula, mas não houve nenhuma publicação de pesar sobre o ocorrido em São Paulo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teve uma crise renal nesta segunda, em meio a uma viagem de negócios em Londres, mas garantiu que sua equipe publicasse uma nota de condolências em sua página oficial do Twitter logo após a divulgação do atentado.

Com o presidente em silêncio, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), também usou as redes sociais para se solidarizar com as vítimas e sobreviventes do ataques. Na publicação, Camilo colou a estrutura do MEC à disposição do governo de São Paulo para prestar a ajuda a necessária.

"Acompanho com consternação o episódio de violência ocorrido na Escola Estadual Thomazia Montoro, na cidade de São Paulo. Manifesto minha solidariedade aos familiares e amigos dos professores e estudantes feridos no ataque", escreveu Camilo em sua conta oficial no Twitter.

A falta de solidariedade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as enchentes em Minas Gerais e na Bahia no início do ano passada marcaram negativamente a reta final de seu governo. Em meio à tragédia, o então chefe do Executivo federal pousou para fotos com apoiadores e andou de jet ski desfrutando de suas férias em Santa Catarina.

Bolsonaro, no entanto, se manifestou quando ocorreu o massacre na escola pública de Suzano, também em São Paulo, em 2019. O caso é semelhante ao de hoje, pois, além de envolve atentados a escola, ocorreu no mês de março e após a troca de comando no Executivo federal. Na ocasião, Bolsonaro classificou o ataque como "barbaridade" e disse "não entender" como esse tipo de crime acontece.

Um estudante de 13 anos que estava na sala de aula da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que ministrava aulas de Ciências quando o ataque começou na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, falou sobre o que viu. "Eu estava falando com ela, a professora estava fazendo chamada", afirma. Elisabeth morreu na manhã desta segunda-feira (27) após ser esfaqueada por um adolescente de 13 anos. Outras quatro pessoas, três professores e um aluno, ficaram feridas, segundo o governo de São Paulo.

Ele conta que, logo no início da manhã, o aluno que cometeu o atentado entrou na sala com uma máscara de caveira e desferiu golpes nas costas da professora. "Parecia que ele estava com uma faca de cozinha, era preta", disse. "Sabe o atentado de Columbine? Ele estava com uma máscara assim", afirmou ele se referindo ao ataque em escola dos Estados Unidos em 1999.

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Apavorados, os alunos saíram correndo para o pátio da escola e tiveram que se esconder pelos cantos, já que o portão estava fechado. "Nesse momento, eu caí e acabei machucando meu pé", afirma o aluno. Ele saiu da escola mancando e com um pé descalçado.

Pais de estudantes ouvidos pela reportagem contam que teriam ocorrido brigas entre alunos na última semana. O autor dos ataques teria sido um dos envolvidos e a professora Elisabeth, vítima do atentado, uma das que separaram os conflitos. O alvo principal do autor do atentado não foi escola nesta segunda, segundo esses relatos.

O ataque à faca feito por um adolescente em uma escola da zona oeste de São Paulo causou a morte da professora identificada como Elisabeth Tenreiro, de 71 anos. Um adolescente de 13 anos esfaqueou pelo menos quatro professores e dois alunos na manhã desta segunda-feira (27), dentro da Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia.

As vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levadas para os Hospitais das Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luiz. Os alunos passam bem, com ferimentos leves. Não há informação sobre o estado de saúde dos professores.

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"O governo de São Paulo lamenta profundamente e se solidariza com as famílias dos professores e alunos que foram vítimas de ataque à faca de um adolescente do 8º ano na Escola Estadual Thomázia Montoro. A situação causa consternação a todos e a prioridade neste momento é prestar socorro às vítimas e apoio aos familiares", disse em nota o governo do Estado.

O agressor que é do 8º ano do ensino fundamental, foi apreendido, mas não há informações para onde ele foi encaminhado. A Polícia Militar foi acionada para prestar atendimento no local. A Polícia Civil está investigando os fatos. Os secretários de Estado da Educação, Renato Feder, e da Segurança, Guilherme Derrite, estão na escola para acompanhar a situação.

Nas redes sociais, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou o episódio. "Não tenho palavras para expressar minha tristeza com a notícia do ataque", disse ele, que afirmou ainda concentrar esforços para dar atendimento às vítimas e às famílias.

Relembre outros ataques em escolas no Brasil

Ipaussu (SP), 2022

Em 14 de dezembro, um ex-estudante de 22 anos invadiu uma escola estadual e feriu com golpes de faca duas professoras em Ipaussu, no interior de São Paulo. O agressor fez outro professor refém, colocou a faca em seu pescoço e resistiu à abordagem da polícia, mas acabou se entregando.

Aracruz (ES), 2022

Em 25 de novembro, um adolescente de 16 anos deixou quatro pessoas mortas - três professoras e uma aluna de 12 anos - após invadir duas escolas em Aracruz, no norte do Espírito Santo. No momento do crime, o adolescente ostentava uma suástica (símbolo nazista) em um dos braços, além de roupa tática e duas armas (uma pistola .40 e um revólver 38 pertencentes ao pai policial). Ele foi apreendido e cumprirá até três anos de internação em unidade socioeducativa.

Sobral (CE), 2022

Um estudante de 15 anos morreu e dois ficaram feridos após um adolescente, também de 15 anos, disparar contra os três colegas na Escola Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, no dia 8 de outubro. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador) e foi apreendido.

Morro do Chapéu (BA), 2022

No dia 27 de setembro, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, em Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca.

Barreiras (BA), 2022

No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste do Estado. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola o detiveram com tiros. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

Saudades (SC), 2021

O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu um creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos.

Suzano (SP), 2019

Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e G.T.M., de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.

Medianeira (PR), 2018

Um estudante de 15 anos do ensino médio pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Tinha uma lista para livrar os amigos - no fim, dois acabaram baleados. O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. Segundo a polícia, o autor do ataque seria alvo de bullying na escola.

Goiânia (GO), 2017

Um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula do Colégio Goyases, em Goiânia, em 20 de outubro de 2017. Filho de policiais militares, ele usou a arma da mãe, que havia levado à escola particular escondida na mochila. Segundo a Polícia Civil, o rapaz sofria bullying e o crime foi premeditado.

João Pessoa (PB), 2012

Dois jovens chegaram à Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita (Região Metropolitana de João Pessoa), em uma moto e invadiram o pátio. Eles usavam uniforme da escola. Um deles atirou contra um adolescente de 15 anos. O atirador disparou outras cinco vezes, atingindo duas garotas. Uma delas, de 17 anos, foi baleada no braço direito. A outra, levou um tiro no pé esquerdo. De acordo com a polícia, o motivo do crime teria sido ciúme.

Realengo (RJ), 2011

Considerado à época como o maior massacre em escolas brasileiras até então, a tragédia em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou 12 crianças mortas. O crime foi cometido por um ex-aluno de 23 anos que levou dois revólveres à Escola Municipal Tasso da Silveira e disparou contra os alunos, todos de 13 a 15 anos. Depois de invadir duas salas de aula, ele foi atingido na barriga pela polícia e disparou um tiro na própria cabeça.

São Caetano do Sul (SP), 2011

Um estudante de apenas 10 anos atirou na professora e se matou em seguida na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Ele usou uma arma do pai, um guarda civil municipal. De acordo com colegas e funcionários da escola ouvidos na época, o menino era muito estudioso, inteligente e calmo.

Taiúva (SP), 2003

Em 27 de janeiro, um estudante de 18 anos disparou 15 tiros contra cerca de 50 estudantes no pátio da Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior do Estado. Ele usou a última bala do revólver calibre 38 para atirar na própria cabeça e morreu. O episódio não deixou vítimas fatais além do rapaz.

Salvador (BA), 2002

Um estudante de 17 anos matou uma colega e feriu outra a tiros no Colégio Sigma, no Bairro de Piatã. O rapaz teria pegado um revólver calibre 38 do pai e escondido a arma na mochila. Os disparos foram feitos depois que a professora pediu para ele fazer um exercício.

O estudante de 16 anos preso por matar uma professora em Saint Jean-de-Luz, sudoeste da França, afirma que "ouviu uma voz", mas é criminalmente responsável, anunciou o promotor de Bayonne em entrevista coletiva nesta quinta-feira (23).

O promotor Jerome Bourrier disse que iniciará uma investigação na sexta-feira "sob a classificação de homicídio premeditado".

"Sob custódia, o acusado mencionou que ouviu uma voz de um ser que descreve como egoísta, manipulador (...), que o incita à prática do mal e que na véspera lhe sugeriu cometer homicídio", contou Bourrier, acrescentando que o adolescente está sob acompanhamento psiquiátrico.

"Sabemos também que ele ficou abalado por uma discussão que teve um dia antes com um amigo, sobre a qual fez declarações contraditórias ao médico encarregado de examinar suas condições psiquiátricas", explicou o promotor.

O estudante teria dito ainda que “queria cometer os fatos na presença desse rapaz com quem havia discutido, para castigá-lo de alguma forma”, acrescentou.

A professora de espanhol de 52 anos foi esfaqueada na quarta-feira no meio da aula no colégio católico Saint-Thomas d'Aquin, de cerca de 1.100 alunos.

Escolas de todo o país observaram um minuto de silêncio nesta quinta-feira em homenagem à vítima.

Segundo o promotor, o jovem também reconheceu que tinha "um certa animosidade em relação à professora e que seus resultados na matéria lecionada por ela não eram bons, ao contrário de outras aulas".

Considerado "muito bom aluno" por seus colegas, o adolescente obteve um título de honra no ano passado, segundo a autoridade de educação de Bordeaux.

É a primeira vez que um professor é assassinado no exercício de suas funções na França desde 16 de outubro de 2020.

Na ocasião, Samuel Paty foi decapitado na região de Paris por um jovem refugiado russo de origem chechena, que o acusou de mostrar caricaturas do profeta Maomé em suas aulas de história.

Trinta escolas particulares, do Ensino Infantil ao Ensino Médio, irão realizar processo seletivo unificado objetivando a admissão de 200 novos professores para o Ano Letivo de 2023. A coordenação é da Associação das Escolas Particulares de Pernambuco (AEPPE) com o apoio da Faculdade Alpha. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas através de formulário disponibilizado pela associação, entre os dias 16 e 30 de novembro

A seleção acontecerá em duas etapas. A primeira será uma prova de conhecimentos gerais, que será realizada no dia 18 de dezembro, na sede da Faculdade Alpha, no Centro do Recife. Na segunda, os aprovados passarão por uma análise curricular. Podem participar profissionais de qualquer área educacional.

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Segundo a presidente da AEPPE, Luciana Vítor, a meta é oportunizar a geração de empregos, descobrir novos talentos e atender às necessidades de investimento em qualificação do mercado.

“A seleção unificada é a primeira ação da nossa entidade que foi criada com o objetivo de dar novos rumos ao setor educacional do estado, buscando melhorias para as instituições de ensino e os profissionais da área”, explica.

Uma professora bolsonarista da Universidade Federal do Amapá (Unifap) se recusou a orientar estudantes do curso de farmácia após ter conhecimento de que eles apoiavam o presidente eleito no último domingo (30), Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A docente, identificada como Sheylla Susan de Almeida, comunicou a decisão por meio de mensagem em um aplicativo.

"Líbio e Débora, procurem outro professor para orientar 'vcs'. Amanhã estarei entregando a carta de desistência da orientação de 'vcs'. Não quero esquerdistas no laboratório. Portanto, sigam a vida de 'vcs'. E que Deus os abençoe. Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento (...) Ou estão comigo, ou contra mim", escreveu a professora. 

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No perfil pessoal de Sheylla Susan de Almeida, no Instagram, há diversas postagens de apoio a Jair Bolsonaro (PL), críticas ao PT e Lula, assim como, publicações negacionistas a respeito da pandemia de Covid-19 e sobre a vacina. 

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O que diz a Unifap

Na última quarta-feira (2), a Unifap emitiu nota sobre o caso envolvendo a professora da instituição. No comunicado, a universidade caracterizou o episódio como "assédio" e afirmou não concordar "com tal conduta". Além disso, a Unifap salientou que "os fatos estão sendo apurados, bem como serão adotadas as providências necessárias após as devidas apurações".

Professora pede desculpas

Diante da repercussão, Sheylla Susan de Almeida se manifestou por meio de postagem no Facebook. No texto, a docente ressalta que é um "ser humano como qualquer outra pessoa capaz de reproduzir sentimentos instantâneos". Ela alega que, no "calor das eleições", acabou se excedendo nas palavras.

Em outro trecho, Sheylla pede desculpa. "Assumo que me excedi nas palavras e peço desculpas pelo ocorrido, as eleições passam e a educação fica! Peço desculpas aos alunos Líbio e Débora, à sociedade, bem como à Unifap", finalizou. 

A professora Maria Elisa Máximo foi demitida na última terça feira (18) da Faculdade Ielusc, em Santa Catarina, após criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores em seu perfil pessoal no Twitter. 

Na publicação, a docente afirmou que "Joinville continua sendo o esgoto do bolsonarismo, para onde escoou os resíduos finais da campanha do 'imbrochável' inominável", fazendo referência às falas de Bolsonaro. Maria ainda diz que "não tem quem escape: há gente brega, feia e fascista para todos os lados”. A postagem foi excluída da rede social.  

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O comentário surgiu após uma Motociata realizada na cidade no dia 1º de outubro, onde o presidente se reuniu com seus apoiadores.  O anúncio da demissão apenas aconteceu esta semana, quando a profissional retomou suas atividades após um período de afastamento para tratamento de saúde.  

Em comunicado divulgado no dia 4 de outubro, a Faculdade Ielusc lembrou que, em agosto, devido ao período eleitoral, um comunicado foi enviado todos os funcionários. O texto orienta a “evitar que posicionamentos pessoais possam ser vinculados como sendo de nossa instituição educacional”. A instituição declarou que “A professora está afastada e o assunto está sendo tratado pelos órgãos superiores da Associação Mantenedora, formado por lideranças locais, pais e colaboradores do BOM JESUS IELUSC, para as corretas providências diante desse fato.” 

De acordo com nota de defesa emitida pelos advogados da professora, todas as medidas judiciais cabíveis nas esferas necessárias estão sendo tomadas, para que os autores e autoras das perseguições sejam responsabilizados nos termos das legislações vigentes. “Sobre a rescisão do contrato de trabalho anunciada ontem, consideramos LAMENTÁVEL o posicionamento da Faculdade, que coloca fim a um trabalho seríssimo e comprometido de docência, pesquisa e extensão de mais de 15 anos, que prejudica não só a Professora, mas todos os demais Docentes e Discentes envolvidos nos projetos por ela Coordenados”, conclui.

A professora do Colégio Sagrada Família, na cidade de Ponta Grossa (PR), que foi filmada fazendo um gesto nazista dentro da sala de aula, foi demitida da instituição de ensino. As imagens foram feitas na última sexta-feira (7), durante uma aula do terceiro ano do Ensino Médio.

Na gravação é possível ver a professora levando a mão à testa como sinal de continência militar e depois estender o braço direito, cumprimento usado pelo líder nazista alemão Adolf Hitler.

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Em entrevista a UOL, o advogado da professora, Alexandre Jorge, afirma que o gesto não se trata de uma saudação nazista. "Ela não compactua com qualquer ato de nazismo, nem qualquer organização, seja nazismo, comunismo, fascismo ou qualquer uma delas”, disse o advogado.

Ele afirmou também que a gravação foi retirada de contexto. "Ela colocou um hino, bateu aquela continência, e alguns alunos que têm a posição contrária a dela, que são do candidato Lula, começaram querer induzir para esse lado de que ela estava fazendo o símbolo do nazismo", completou.

Em nota, o Colégio Sagrada Família afirmou que não compactua nem concorda com a postura da professora. "Também repudiamos qualquer manifestação alusiva ao teor do vídeo", complementou a instituição. Confira, abaixo, a nota na íntegra:

"Em respeito a nossa comunidade escolar, Pais, Alunos e a todos que interesse tiverem sobre o ocorrido com uma de nossas professoras da 3ª Série do Ensino Médio, afirmamos que não compactuamos e não concordamos com a postura da Professora e também repudiamos qualquer manifestação alusiva ao teor do vídeo.

O Colégio Sagrada Família em Ponta Grossa – PR tem uma história pautada pela lisura em suas ações e respeito à comunidade, por isso repudia ações que venham a ferir os valores da vida, da moral e da ética.

Bem como, em relação à funcionária envolvida nos fatos, por se tratar de questão “interna corporis”, foram tomadas as medidas cabíveis ao caso."

Uma professora de redação do Colégio Sagrada Família, localizado em Ponta Grossa, no Paraná, foi filmada fazendo saudação nazista para os alunos em sala de aula. No vídeo, que circula nas redes sociais, a docente aparece usando a bandeira do Brasil e bottons com imagens e frases do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ação da mulher, que pode ser enquadrada como crime de apologia ao Nazismo, de acordo com a Lei 7.716/1989, acorreu no último sábado (8). Nas imagens, é possível peceber que alguns alunos soltam sorrisos enquanto a professora faz a saudação. 

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O LeiaJá entrou em contato com o Colégio Sagrada Família, no entanto, até a finalização do texto, a instituição não deu retorno. O espaço segue aberto. 

Uma professora foi afastada de uma escola particular de Brasília, após exibir para alunos do 4º ano, cuja idade é entre 9 e 10 anos, o vídeo 'Um Mamute Pequenino'. A animação narra, através de uma música, a história do animal e amigos que o ajuda a usar drogas e relacionar-se sexualmente com prostitutas, por exemplo.

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Em um grupo do WhatsApp, mães e pais dos estudantes da turma, onde foi exibida a produção, desabafaram e criticaram a postura da docente. “Gostaria de compartilhar aqui um vídeo que foi passado em sala de aula pela professora para a turma de quarto ano do meu filho, que tem crianças entre 9 e 10 anos de idade. E, pior, a professora pediu para que os alunos não contassem para os pais que ela tinha passado. Não sei o que acho pior, se é o conteúdo do vídeo em si, ou a professora influenciar os alunos a não contarem para os pais o que assistem”, disse uma reponsável.

Diante da repercussão, a escola, que não teve o nome divulgado, emitiu nota direcionada aos pais. No comunicado, a instituição informa sobre o afastamento da professora e aponta que o processo para a demissão da funcionária já foi iniciado.

“Sabemos da gravidade da situação e estamos atuando de maneira bastante responsável e com sentimento de urgência (...) ela [professora] é da Macedônia, não fala português e vem de uma cultura diferente. Infelizmente, isso acontece, mas estamos providenciando já a demissão dela."

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“Penso a inspiração como algo transcendente, celestial, que nos faz produzir palavras. Drummond dizia ser transpiração.” Assim a poeta paraense Rosângela Machado, professora da rede pública estadual de ensino e aluna do curso de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia, explica suas inspirações para a prática literária.

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“Foi em sala de aula, na quinta série, em um concurso realizado pela minha professora de língua portuguesa, que recitei pela primeira vez minha poesia ao público. Daí por diante escrevia, sem preocupação em guardar para a posteridade, apenas escrevia. Foi só na fase adulta que comecei a preservar alguns escritos, mais como lembrança", registra Rosângela.

Leitora de Vinícius de Moraes, premiada e autora do livro "Curta Poesia", de 2008, Rosângela diz que a poética intensa e apaixonada do poetinha diplomata a toca de maneira especial - e a ele dedicou o poema “A Vinícius – Poetinha”. Cita também Cecília Meireles, ao dizer ser dela o primeiro texto que recitou em sala de aula, pouco depois de ter dominado a leitura, o poema “A Bailarina”.

Rosângela Machado recebeu premiação, com o poema “Diálogo”, na I Mostra de Literatura do Servidor Público Estadual, promovida pela Escola de Governo do Estado do Pará. Sua graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA) a permitiu aprofundar-se em outros nomes da literatura brasileira e portuguesa, mas são os nomes da poesia regional que se destacam na lista - o refinamento de Paes Loureiro, Ruy Barata, que conheceu pela voz de Fafá de Belém, Renato Gusmão, Caeté, Apolo de Caratateua, Francisco Mendes, Juraci Siqueira Ruth Cruz, Ducarmo Souza (exímia cordelista), Geni Begot (contemporânea de graduação na UFPA), entre muitos outros talentosos nomes. Foi com essa bagagem que Rosângela correu o Brasil com sua obra e participou de diversas premiações e eventos. Em um deles, inclusive, conheceu e recitou sua poesia para os imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL).

“Quando fui ao Rio para uma premiação em Casimiro de Abreu, tive vontade de conhecer a casa fundada por Machado de Assis. Lá fui apresentada a Nélida Pinon (escritora brasileira, integrante da Academia Brasileira de Letras) e participei do encontro semanal dos imortais, onde eles tomam o tradicional chá das cinco. Se não tivesse fotos, acharia que pudesse ser um sonho como em Alice no País das Maravilhas”, recorda.

“Participei e fui premiada no XI Concurso de Poesia da Fundação Cultural Casimiro De Abreu, no Rio de Janeiro, com o poema 'Comunicação'. Alguns eventos literários me permitiram novos contatos, conheci outros talentos da poesia quando participei do I Jirau da Literatura Paraense, da 51ª edição do Prêmio Jabuti e o Encontro de Poetas em Casimiro de Abreu, o EPOCABREU 2011, em Barra de São João, terra do poeta Casimiro de Abreu. São lembranças, entre outras, que ficam eternizadas. Eu acredito assim.”

Sobre as questões regionais que lhe dão inspiração, Rosângela cita símbolos do cotidiano paraense e elementos da cultura regional, sempre festejados na música, ou pelo povo paraense: “Por excelência, como símbolo maior, diria o Círio de Nazaré, e para esse grandioso momento de fé escrevi 'O Círio', no qual descrevo os passos dos romeiros e romeiras que acompanham a berlinda. Foi publicado a primeira vez em uma edição de outubro do jornal A Voz de Nazaré, e depois em antologia editada em São Paulo".

É com devoção à sua terra, à sua regionalidade e a seus estudos que Rosângela produz, ensina e encanta com seu trabalho artístico. “Hoje estou muito feliz e grata em receber esse espaço para mostrar um pouco mais da poesia!”, conclui.

Por Paulo Ricardo de Brito (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Manter a atenção dos alunos nos conteúdos não é nada fácil, e foi pensando nisso que a professora de inglês, Cybelle Ferreira, de 29 anos, começou a usar a popularidade das dancinhas no TikTok para aproximar sua relação com os estudantes e criar um ambiente em sala de aula mais divertido. A ideia parece ter sido um sucesso e a docente já atingiu o número de 5,4 milhões de seguidores na rede social.

Nos vídeos postados, que chegam a mais 10 milhões de visualizações, a professora dança coreografias ensaiadas de músicas populares no momento, como funks, acompanhada de alguns alunos que usam o fardamento da escola de inglês. Em entrevista concedida ao UOL, ela conta sobre como surgiu a ideia de engajar os alunos através do TikTok.

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"O mundo vem constantemente mudando e a gente tem que fazer parte do que é a realidade destes alunos, do que eles gostam. Então eu percebi que as dancinhas faziam parte disso e sempre tento aplicar para ficar mais próxima da realidade deles”, conta a professora. 

Cybelle relata que saiu da escola que trabalhava para criar a sua própria e que tem alcançado números maiores de estudantes depois que começou a divulgar suas aulas dessa forma. Ela conta que sempre recebia reclamações de como as aulas eram maçantes e percebia que não havia conexão entre os profissionais de educação e os estudantes.

Conteúdo para 18+

A professora contou ainda que além de ter a modalidade de curso para todas as idades, em que apenas inclui as dancinhas de TikTok para divertir os alunos, existe também uma outra modalidade apenas para pessoas que tenham mais de 18 anos. 

O projeto on-line intitulado “Privado da Prof”, combina as aulas do idioma inglês com a postagem de alguns conteúdos mais adultos. "Na verdade, não tem nada de cunho erótico. É apenas para adultos que querem aprender e ver algumas fotos minhas que eu não publicaria no meu feed do Instagram. É uma forma que utilizei para tirar uma renda extra", relata na entrevista ao UOL.

Cybelle explica que apesar de tímida, sempre recebeu sugestões para criar um perfil de conteúdos mais sensuais e postar suas fotos de biquíni, e foi dessa forma que surgiu a ideia de oferecer suas aulas de inglês com o bônus dos registros mais adultos.

Na última quinta-feira (11), uma professora do Colégio Municipal Castro Alves, na cidade de Posse, em Goiás, foi gravada pelos alunos ao apresentar um discurso homofóbico em sala de aula. No vídeo, é possível ver a Maria Elizete expondo sua opinião para os estudantes acerca do relacionamento homoafetivo.

“Qual a opinião de um homem ficar com homem e mulher ficar com mulher? Qual o problema? “, questiona. “Todos os problemas. Porque o homem foi feito para a mulher e a mulher para o homem.” A educadora ainda acrescenta que relação homossexual é impura. A atitude gerou revolta entre os estudantes, que saíram da sala rebatendo as críticas preconceituosas da professora.

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No domingo (14), a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Posse (SEMEC) publicou uma nota de esclarecimento em sua rede social. No comunicado, a pasta afirma que tomou conhecimento do caso no dia 12 de agosto e que já se iniciou uma averiguação. Confira a nota:

Em relação ao caso na qual uma servidora do quadro de funcionários da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Posse-GO aparece em vídeo gravado pelos alunos do Colégio Municipal Castro Alves emitindo julgamento moral quanto à orientação sexual durante aula no dia 11 de agosto de 2022 esclarecemos que: O caso, que chegou ao nosso conhecimento no dia 12 de agosto de 2022 está sendo averiguado.

Foi realizada reunião pela direção do colégio na qual participaram a professora, pais e alunos que acompanhados de seus responsáveis legais foram ouvidos. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Posse aguarda a ata da reunião para dar andamento às providências cabíveis para resolução do caso de forma imparcial, garantindo a isonomia, preservando a lisura dos procedimentos e o respeito às legislações vigentes.

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura não compactua com quaisquer manifestações de preconceito ou discriminação decorrente da orientação sexual, raça, credo, origem étnica, posicionamento político ou grupo social. A SEMEC adotará todas as medidas cabíveis para apurar os fatos e reforçará por meio de suas políticas pedagógicas um programa de combate ao preconceito, à homofobia e outras formas de discriminação.

A escola é o espaço da ética, justiça, dignidade, respeito, responsabilidade, amizade, honestidade, solidariedade, autodisciplina, amor, confiança, compreensão, paz e fraternidade. As atitudes isoladas de um profissional não devem desabonar o trabalho da equipe do Colégio Municipal Castro Alves.

O caso seguirá sendo tratado no âmbito administrativo e as repostas serão fornecidas em tempo para que sejam respeitados os trâmites necessários. A SEMEC se coloca à disposição frente às instituições da esfera jurídica colaborando com as autoridades, caso necessário.” 

Uma professora universitária, do curso de moda, foi presa após falas de cunho racista em sala de aula. O episódio ocorreu em uma instituição de ensino superior privada no Espírito Santo e veio à tona depois que uma aluna, Carolina Bittencourd, publicou vídeos no Instagram relatando o caso.

Em lágrimas, a aluna contou que foi vítima de preconceito, supostamente, cometido pela docente Juliana Zucculotto. "Ela citou sobre tatuagem e começou a falar da origem dela, que veio do presidiário, da prisão. Estou muito nervosa, não estou nem conseguindo falar direito, porque eu acabei de sair da sala. Ela falou que era muito feio tatuagem, e mais feio ainda para quem tinha a pele negra e que parecia pele encardida", contou a estudante na rede social. Confira o desabafo:

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Diante do caso, a Polícia Militar foi acionada, por Carolina, para o Centro Universitário Faesa. Na ocasião, Juliana Zuxcculotto foi ouvida pelos militares e afirmou que as declarações sobre tatuagem foram mal interpretadas. A professora foi conduzida para à 1ª Delegacia Regional de Vitória, onde a estudante registrou boletim de ocorrência e assinou representação contra a docente.

Juliana Zuxcculotto foi enquadrada por injúria racial, que prevê pena de até dois anos, no entanto, após pagamento de fiança, ela foi liberada e responderá em liberdade. O caso seguirá sob investigação.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais pela professora de espanhol Jhosy Gadelhas tem causado comoção na internet. Na gravação, os seus alunos da escola Erem Padre Coriolano, localizada no município de Pacajus, no Ceará, aparecem em fileira no corredor da escola para homenagear a educadora, que na última segunda-feira (6) foi vítima de transfobia em uma loja de roupas da cidade.

O ato preconceituoso aconteceu na loja Jacira Modas e também foi relatado por Jhosy em seu perfil no Instagram. Na postagem, a professora conta que se dirigiu ao local para comprar uma saia, quando foi surpreendida pela dona do estabelecimento, que fez questão de atendê-la, e começou tratá-la com pronomes masculinos, afirmando que pessoas como ela, que é mulher trans, irão para o inferno porque Deus não aceita sua escolha.

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“Eu sofri transfobia hoje pela manhã, na loja Jacira Modas em Pacajus. A todo momento, ela estava me tratando por pronomes masculinos até que eu pedi com muita educação que ela parasse porque estava me ofendendo. Ela olhou na minha cara e disse que não ia me tratar como  mulher porque eu não era mulher, não tinha voz feminina e perguntou se por acaso eu tinha feito mudança de sexo. Ela usou da religião evangélica a todo momento para me atacar, disse que pessoas como nós vamos para o inferno” relata.

No vídeo, Jhosy segue narrando o caso: “A todo momento ela estava olhando para mim, ela falou que não iria me chamar no feminino porque a religião dela não aceita, porque 'Deus não aceita, vocês sabem que vão para o inferno'. Eu tentei conscientizar ela sem ser ignorante ou elevar o meu tom de voz, mas ela em nenhum momento me pediu desculpas. Eu sei dos meus direitos e vou lutar por eles."

Após compartilhar o vídeo pedindo que as pessoas divulguem o caso e não normalizem os casos de transfobia, a professora foi surpreendida, na quinta-feira (9), por uma homenagem dos seus alunos que ficarem sensibilizados com a violência sofrida pela educadora. No vídeo, é possível ver vários estudantes no corredor da escola com cartazes de apoio a e mensagens contra a transfobia e o preconceito.

Em seus stories no Instagram, Jhosy também compartilhou desenhos que os alunos fizeram para ela, cartas de incentivo, presentes e diversas mensagens de apoio. Veja:

Joe Garcia, marido de Irma Garcia, uma das duas professoras mortas no massacre na escola primária de Uvalde (Texas), morreu nesta quinta-feira (26) de um ataque cardíaco, dois dias depois dela, disse seu sobrinho John Martinez.

Garcia, de 50 anos, visitou o memorial de sua mulher pela manhã para deixar flores. Quando voltou para casa, ele "praticamente caiu", disse Martinez, acrescentando que sua mãe, que estava na casa da família, tentou reanimá-lo, mas ele morreu no hospital.

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O casal estava junto havia 25 anos e tinha quatro filhos, sendo o mais velho de 23 anos e os demais, adolescentes. "Garcia foi afligido pela dor depois de ter perdido a mulher", disse Martinez.

Em entrevista ao site People, Martinez disse que sua tia Irma morreu como uma heroína, acrescentando que uma das 19 crianças assassinadas no massacre foi encontrada morta em seus braços. "Eles não eram apenas seus alunos. Aqueles eram seus filhos, e ela colocou sua vida em risco. E perdeu a vida para protegê-los", disse Martinez ao Washington Post.

"Eu realmente acredito que Joe morreu de coração partido e perder o amor de sua vida por mais de 25 anos foi demais para suportar", escreveu a prima de Irma, Debra Austin, em uma campanha de arrecadação de fundos online montada em apoio aos quatro filhos de Garcia.

Sem resistência

A polícia americana afirmou nesta quinta-feira, 26, que o atirador que atacou a escola primária de Uvalde entrou no edifício sem encontrar resistência, desmentindo algumas informações publicadas nas últimas horas de que o jovem teria entrado em confronto com um segurança.

"Foi publicado que um agente de segurança do distrito escolar teria confrontado o suspeito enquanto ele estava entrando, mas não é verdade. Ele entrou na escola sem resistência", disse o diretor regional para o sul do Texas do Departamento de Segurança Pública, Victor Escalón.

Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira, Escalón tentou defender o trabalho dos agentes das diferentes forças policiais que intervieram na operação, em um momento em que as críticas foram desencadeadas nas redes sociais e na mídia que entenderam que houve uma resposta muito lenta ao ataque.

Circulam na internet vários vídeos gravados na última terça-feira de pais e parentes de alunos, nas imediações da escola, gritando e confrontando a polícia por, na sua opinião, não terem feito nada enquanto ocorria um ataque a tiros no interior da escola. O Washington Post publicou um deles em seu perfil no Twitter.

Segundo a própria versão da polícia, demorou uma hora desde que o atirador, Salvador Ramos, entrou na escola de Uvalde até ser ele ser morto por um agente da Patrulha de Fronteira.

Durante esse tempo, Ramos atirou em uma sala de aula cheia de crianças, matando 19 delas e 2 professoras.

Como explicou Escalón hoje, a porta da escola estaria aberta quando Ramos chegou ao local, por razões que ainda estão sendo investigadas.

Depois de balear sua avó em casa, Ramos entrou em um veículo e dirigiu até as proximidades da Robb Elementary School, onde se envolveu em um acidente por volta das 11h28 (hora local).

Do local do acidente, ele caminhou a pé armado com fuzil e munição em direção à escola, momento em que a polícia foi acionada, e demorou aproximadamente 12 minutos para chegar ao local.

Enquanto seguia a pé para a escola, Ramos atirou em duas pessoas que estavam em uma funerária do outro lado da rua, sem causar ferimentos.

Quando os policiais locais chegaram ao local, ouviram tiros e identificaram a sala de aula onde estava o atirador, mas não conseguiram ter acesso porque Ramos abriu fogo contra eles todas as vezes que tentavam.

Os agentes pediram reforços e começaram a retirar os alunos e professores da escola.

Os motivos que levaram Salvador Ramos, sem antecedentes criminais ou doença mental conhecida, a realizar o massacre ainda estão sendo investigados. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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