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Defensora do liberalismo e professora na Universidade de Chicago entre 1968 e 1980 - época em que o ministro brasileiro da Economia, Paulo Guedes, passou por lá -, a economista Deirdre McCloskey afirma que o governo de Jair Bolsonaro é "qualquer coisa menos liberal", pois, para ela, não é possível separar as questões econômicas das sociais. "A ideia principal do liberalismo é que não haja hierarquias: homem sobre mulher, heterossexuais sobre gays ou Estado sobre indivíduos", disse Deirdre, que estará em São Paulo na próxima quarta-feira,29, para um evento do banco Credit Suisse.

Em uma época marcada por polarizações, a economista ganhou destaque no debate econômico mundial por criticar aspectos tanto da direita quanto da esquerda. Deirdre, que já esteve no Brasil há dois anos para o projeto Fronteiras do Pensamento, dessa vez também fará palestra para funcionários da Petrobrás.

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A economista, que hoje é professora da Universidade de Illinois em Chicago, vê com descrédito a possibilidade de Guedes conseguir transformar a economia brasileira em liberal e não se mostra satisfeita com os rumos do governo brasileiro. "Um ministro da Economia não faz tudo funcionar, é preciso ter outras políticas por trás. (...) Bolsonaro pode ser capturado pelos interesses, especialmente dos mais ricos." A seguir, os principais trechos da entrevista.

A sra. já disse que o liberalismo é incompatível com violência e divisões na sociedade por gênero ou raça. Considerando isso, acha que o governo Bolsonaro é liberal?

Não. No meu país e no seu, há uma grande confusão sobre liberalismo. Nos EUA, significa uma versão suave de socialismo. Na América Latina, principalmente no Brasil, significa reacionário e violento. Os governos de Trump e Bolsonaro são qualquer coisa menos liberais. A palavra liberalismo vem do latim, ‘liber’, o que significa não-escravo. No resto do mundo, as pessoas sabem o que liberal significa. O presidente Emmanuel Macron, na França, é um liberal. A ideia principal do liberalismo é que não haja hierarquias: homem sobre mulher, heterossexuais sobre gays ou Estado sobre indivíduos.

Não podemos separar o econômico do social? O governo brasileiro se diz liberal na economia e conservador nos costumes.

Acho que não. Claro, pessoas como Bolsonaro dizem que sim. Acham que pode haver livre mercado na economia, ainda que haja um fascismo contra gays, por exemplo. Não concordo com isso. Para mim, assim como era para Adam Smith e John Stuart Mill, liberdade é liberdade.

A plataforma econômica do governo tem apoio do mercado...

O apoio do mundo dos negócios não é ao liberalismo. O apoio do que na América Latina vocês chamam de governos liberais vem porque os empresários querem o monopólio. Na Itália, os fascistas eram donos das indústrias e os empresários amavam Mussolini. Isso porque o Estado os ajudava. Isso é fascismo. Outra palavra para isso é corporativismo. As corporações parecem controlar o governo e o usam em benefício próprio. Em um mercado livre, as corporações têm de competir, o que é bom para você e para mim. Mas não é bom para nós quando há tarifas de importação, subsídios ou políticas para inovação. Não importa se as políticas são de direita ou de esquerda. Qualquer privilégio para um grupo machuca as pessoas comuns. É por isso que o Brasil tem crescimento econômico lento.

Acha que podemos comparar a Itália fascista com o Brasil atual?

Sim, mas não estou falando algo apenas sobre o Brasil. Há um movimento populista e fascista global. Você o vê na Hungria, na Polônia, nas Filipinas, na Rússia e nos EUA.

Vê alguma forma de mudar isso?

Tentando persuadir as pessoas de que liberdade é melhor. Se você oprime gays ou mulheres, também será pobre, porque, no mundo moderno, o liberalismo funciona. Ele faz as pessoas mais ricas e livres ao mesmo tempo.

Falando estritamente de economia, o Brasil está indo na direção correta?

Não sou especialista em Brasil, mas peguemos o exemplo da Amazônia. Não é do interesse dos brasileiros que as plantas da Amazônia sejam usadas sem nenhum direito de propriedade. Isso é entregar a Amazônia a empresas madeireiras privadas sem fazê-las pagar nada. É uma ideia muito ruim. Bolsonaro já cortou impostos?

Não.

A mesma coisa com Trump, que elevou impostos para beneficiar indústrias específicas, como a de painéis de energia solar. Eu esperaria que Bolsonaro fizesse algo parecido. Posso estar errada, mas acho que ele pode ser capturado pelos interesses, especialmente dos mais ricos. E eu não sou contra ricos, não quero atacá-los. Mas os donos das empresas precisam competir uns com os outros e com os estrangeiros também, e vice-versa. O Brasil faz bem aviões, os quais vende em todo o mundo. Mas, nos EUA, a Boeing é protegida pelos EUA, contra o Brasil. Isso é uma loucura. Deveríamos ser capazes de comprar aviões em qualquer parte do mundo.

A situação fiscal do Brasil é delicada. Acha que mesmo assim deveria haver redução?

Impostos são fonte de receita para governos e tornam a economia menos eficiente. Eles impedem a competição. (Para reduzir impostos no Brasil) seria melhor cortar o investimento nas forças armadas, o que Bolsonaro obviamente não fará.

O ministro Paulo Guedes foi seu aluno em Chicago? Ele defende uma postura liberal em relação ao comércio...

Se ele esteve lá nos anos 70, quase certeza que foi meu aluno. As turmas eram grandes, mas acho que me lembro desse nome. Se ele está fazendo o que aprendeu em Chicago, está colocando a economia na direção correta. Mas um ministro da Economia não faz tudo funcionar. É preciso ter outras políticas por trás.

A sra. sempre afirma que o problema das sociedades não é a desigualdade, mas a pobreza. O liberalismo é suficiente para reduzir a pobreza? Políticas para ajudar pessoas a saírem da extrema pobreza são desnecessárias?

Sou a favor dessas políticas. O governo deve taxar pessoas como você e eu para pagar educação fundamental e talvez educação secundária. Não acho que deva pagar por universidades. Também devemos ser taxadas para pagar o Bolsa Família. E é isso. Mas também tem de haver políticas liberais que quebrem monopólios. Vamos pegar o exemplo dos sistemas de saúde: o problema que temos nos EUA é que a indústria é monopolista. Os preços de medicamentos são extremamente altos e ainda tem uma lei que proíbe os cidadãos americanos de comprarem remédios no Canadá ou no México. É uma loucura. É uma proteção especial para os donos das empresas de remédios.

Como liberal e mulher transexual, acha que políticas de igualdade de gênero ou de raça devem ser adotadas?

Não, elas transformam transgêneros ou gays ou negros em crianças. Vamos pegar um exemplo concreto de transgêneros: quem deve pagar pela operação de mudança de sexo? O Estado ou o indivíduo? Pra mim, deve ser o indivíduo. As operações de mudança de sexo não são tão caras. Custam quase o mesmo que um carro pequeno. O problema de o Estado assumindo coisas é que você pode se tornar um escravo do Estado. Se você tem uma pessoa legal no comando do Estado, como o Barack Obama, tudo está bem. Mas, se você tem pessoas desagradáveis e loucas, como Bolsonaro ou Trump, as mesmas regras - os mesmos subsídios, as mesmas proteções que ajudam as pessoas transexuais - podem se virar instantaneamente contra elas. O Trump, por exemplo, para satisfazer suas bases, tirou os transgêneros das Forças Armadas. Eu quero tirar o Estado grande do que é da minha e da sua conta. Quero que as pessoas convençam uns aos outros com trocas monetárias: eu ofereço meu trabalho para você, você me dá dinheiro em troca e eu compro coisas. É assim que os pobres melhoraram de vida nos últimos dois séculos, não é através da ação do Estado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de recusar pegar um papel de avaliação das mãos da professora Isabel Cristina Ferreira dos Reis por ela ser negra, o estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Danilo Araújo de Góis, quase teve o seu quarto da residência universitária invadido por um outro aluno que mora no local, situado na cidade de São Félix, no Recôncavo baiano.

Ele chegou a ser ameaçado de morte pelo jovem que tentou entrar em seu cômodo. No vídeo, é possível ver o agressor afirmando: "Vamos ver com quantos paus se mata um racista". 

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O vídeo que está circulando na internet mostra o exato momento em que um jovem negro, que não foi identificado, aparentemente ofendido pela atitude racista do Danilo com a professora, pega um pedaço de pau e, tentando arrombar a porta do quarto do acusado, comenta: "Você não é contra viado? Negro? Você não é macho?". Araújo está com a porta do quarto fechada e não esboça nenhuma reação. Ao Correio, Gabriel Ávila, vice diretor do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) confirma que depois do ato racista na UFRB Danilo foi oficialmente desligado da residência universitária. 

Antes desse episódio, Danilo Araújo já havia sido transferido de quarto por se negar a dividir o espaço com um estudante homossexual. Por conta do ato contra a professora na última segunda-feira (9), o aluno vai ser investigado pela instituição e pela Polícia Civil.

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A questão 4 da prova de segunda fase da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) na área de Direito do Trabalho tem causado polêmica entre os examinandos, que questionam a possibilidade de anulação. Na avaliação da professora Renata Berenguer, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do exame, deve retificar o padrão de resposta a este item em breve. 

Ela afirma que o problema está na letra “A” da questão, que fala sobre dirigente sindical suspenso pela empresa durante 60 dias, devido a uma falta grave. O texto da questão explica que a empresa instaurou inquérito judicial contra o funcionário, devido à participação em uma greve no local de trabalho e, mesmo sem cometer excessos, gerou prejuízos financeiros ao empregador. 

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A letra “A” questionava os examinandos sobre qual seria o instituto jurídico preliminar a ser aplicado pela defesa do líder sindical em questão. A professora Renata explicou que na questão não foi respeitado o prazo decadencial da ação. 

“Prazo decadencial de 30 dias não é matéria de preliminar, isso porque a decadência extingue o processo com resolução do mérito”, disse ela. Diante disso, ela acredita que o padrão de respostas “deve ser retificado em breve”. 

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As provas da segunda fase do XXX Exame de Ordem Unificado, realizadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foram aplicadas neste domingo (1º), em todo o país. Na opinião da professora Manoela Alves, a peça escolhida para a prova, um Recurso Ordinário Constitucional (ROC), não atendeu aos anseios dos examinandos pois “não é a peça mais esperada pelos alunos”. 

Apesar disso, a professora também salienta que não se tratou de uma prova difícil. “Como a questão pede um recurso cabível da decisão com essas características, ficava claro que a questão encaminhava a gente para o ROC. Eu não diria que foi fácil nem difícil, mas sai do usual”, afirmou Manoela. 

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Na avaliação de Manoela, as questões da prova seguiram mais o que era esperado por professores e estudantes. “Quanto às questões, acredito que estavam mais dentro do que se espera. Tivemos temas como lançamento de tributo, súmula vinculante, liberdade de associação e controle de constitucionalidade. Foram questões bem razoáveis que permitiram a nossos alunos e alunas terem um bom desempenho”, afirma a professora. 

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Muita gente tem o costume de procurar o significado das palavras no dispositivos de buscas do Google. No início da semana, diversos internautas perceberam que a palavra “professora” estava associada à um significado impróprio. A plataforma informava que, no Brasil, professora significava, entre outras coisas “prostitutas com quem adolescentes se iniciam na vida sexual”.

Acontece que a expressão é um “brasileirismo”, ou seja, uma gíria típica de determinada região do país. No passado, a sexualização da profissão, assim como assimilação dela com a iniciação sexual de jovens, realmente acontecia e não apenas em cidades pequenas do Nordeste, como insiste o site do Aurélio, por exemplo. Em filmes mais antigos e na literatura é possível ver exemplos de sexualização de docentes, que costumam ser fetichizadas por adolescentes.

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A própria empresa, ao retificar o anúncio, negou que a frase tenha sido escrita por algum usuário mal-intencionado. O Google afirma que seu parceiro - a Oxford University Press - “trabalha com tradicionais editores de dicionário no Brasil, e adota uma abordagem baseada em evidências ao fazer a curadoria do conteúdo”. Porém, após denúncias de diversos usuários e uma investigação referente ao uso da palavra reforçando fetiches e estereótipos já ultrapassados, “estabeleceu que a segunda definição exibida na Busca está em desuso e não é atual o bastante para ser considerada nos resultados”e, por isso, foi removida dos resultados.

Como denunciar significados impróprios ou adulterados no Google

O caso da “professora” no Google gerou muita repercussão e traz um alerta: o que fazer quando encontramos significados impróprios ou incorretos na ferramenta de busca da companhia? Confira abaixo:

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A dura realidade enfrentada por profissionais do ensino no Brasil, que envolve violência, baixa remuneração e altos índices de adoecimento mental, vem fazendo a quantidade de jovens interessados na carreira de professor cair. Dados levantados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2018 apontaram que o número de jovens com 15 anos que querem seguir a carreira de professor no Brasil é de apenas 2,4%, contra 7,5% registrados 10 anos antes. 

Em meio a um cenário tão desanimador, bons professores que estão atentos às necessidades de seus alunos podem ser importantes para inspirar crianças, adolescentes e jovens que consideram levar a vida ajudando outras pessoas a construir conhecimento. Foi o que aconteceu com Josicleide Guilhermino, hoje com 30 anos, que decidiu ser professora de língua portuguesa ainda na adolescência, em grande parte por causa do apoio de sua professora, Fátima, como era conhecida por Guilhermino. 

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O início de tudo

Maria de Fátima de Oliveira Silva tem 53 anos de idade e 26 de carreira. Josicleide estudava na Escola Estadual Maciel Pinheiro, no Recife, e foi aluna de Fátima nos anos de ensino médio. Ela explicou que sua decisão por seguir a mesma carreira que sua mentora começou como uma forma de enfrentar a realidade em que vivia. Sua professora foi uma importante aliada nesse processo. 

“[A decisão de ser professora veio] Inicialmente como um meio de rebeldia ao sistema. Quando se é adolescente, a gente acha que pode mudar o mundo de forma abrupta e, na minha cabeça, ainda imatura, lá pelos 15, 16 anos. Entrei no ensino médio sem muita perspectiva de futuro, realidade comum na escola pública e na comunidade periférica de onde vim”, conta Josicleide, que também sofria com uma auto-estima muito baixa devido à baixa renda de sua família e ao bullying que sofreu.  

“Meu timbre de voz sempre foi muito grave, o que contrastava com meu tipo físico, franzino, então recebia muitos apelidos. Eu implorava a Deus na hora da chamada pra professora me olhar e assim eu não ter que usar a voz para responder à chamada. No Ensino Médio me deparei com uma professora que fez diferença porque me notou”. A professora em questão era Fátima. 

“Eu tive outros professores igualmente bons, mas a professora Fátima me mostrou uma outra perspectiva da carreira docente. Ela não deixava de criticar os aspectos negativos, em termos de salários, condições de trabalho, mas ainda mantinha nos olhos e acreditava no que fazia. Me incentivava a ler; escrever e isso derrubou uma barreira que eu havia construído em torno de mim. Minha autoestima ia sendo trabalhada porque eu me sentia importante. Ela dizia que eu tinha potencial e de tanto me dizer, eu passei a acreditar também” contou Josicleide. 

Conforme os anos passaram no ensino médio, a certeza de que queria ser professora também, inspirada por Fátima, cresceu e se concretizou na jovem estudante. “Eu queria fazer o que ela fazia: dar aulas e ir além, fazer diferença na vida dos alunos, principalmente da rede pública, mostrando que era possível sonhar”, contou a, hoje, professora. 

O caminho que a conduziria à realização de seu sonho, no entanto, tinha ainda outra dificuldade: o vestibular. “Faltava uma boa base. Muitos conteúdos, de diversas disciplinas não pude ver por motivos diversos: falta de professor, material didático... Tentei três anos”, explicou Josicleide. Após seu ingresso na universidade, a aluna acabou se distanciando da professora que havia lhe apoiado e inspirado, mas os caminhos delas terminaram se cruzando outra vez. 

“Nos reencontramos na universidade: eu cursando Letras e ela fazendo uma pós-graduação. Criamos um vínculo de amizade que perdura até hoje e atualmente fazemos parte de um ‘clube do livro’. Ela usa meu vigor e eu a vasta experiência dela”, afirmou Josicleide, de modo bem humorado e sorridente. 

A aluna destaque entre os demais

De acordo com Fátima, que construiu toda a sua carreira em escolas públicas, é aposentada por um de seus vínculos empregatícios com o Estado de Pernambuco e há dez anos trabalha na Escola Estadual Pintor Lauro Villares, no bairro dos Torrões, no Recife, o empenho de Josicleide, junto à sua bagagem de conhecimentos e senso crítico a tornaram uma aluna de destaque, diferente da maior parte da sua turma. 

“Ela estudou comigo na Escola Estadual Maciel Pinheiro em 2006. Na escola pública, infelizmente é um percentual pequeno de alunos de destaque; às vezes você encontra pedrinhas preciosas e tentamos fazer com que eles prosperem. Josicleide tinha dificuldades financeiras e na família, a mãe dividia cadernos para os filhos poderem estudar. A maioria das famílias não dão valor à educação e muitos alunos não têm interesse porque nunca viram ninguém prosperar por meio dela”, explicou Fátima. 

A professora salientou que sua ex-aluna estudava em dois turnos e também fazia estágio, sendo uma menina jovem e cheia de objetivos. O senso crítico de Josicleide, característica importante e muito valorizada por Fátima, também não passou despercebido. “Sempre tento fazer meus alunos serem críticos, entender que a opressão não vai durar para sempre e buscar quebrar isso. Falava a Josicleide e falo aos demais que eles têm que entender a linguagem do opressor para lutar contra ele e estudar para que sejam cidadãos críticos em suas profissões. Mesmo no ensino médio, o aluno geralmente não fala e se posiciona em sala, mas Josicleide tinha apoio da família dando estímulo para a educação transformar a vida dela. Eu via que essa menina ia prosperar em qualquer que fosse a área”, contou a professora.

Durante um aulão realizado apenas por mulheres pelos Caras de Pau do Vestibular, cursinho preparatório para provas de vestibulares em que a professora Josicleide Guilhermino trabalha, em setembro, a docente relata como sua relação com sua ex-professora proporcionou que ela estivesse mudando a vida de jovens nas salas de aula atualmente. Confira abaixo o vídeo.

O papel da professora contra o bullying

Perguntada sobre como conseguiu ajudar Josicleide a superar as agressões promovidas por outros alunos, Fátima explica que ao detectar uma situação de bullying, a primeira atitude para auxiliar a vítima é ajudá-la a reencontrar sua auto-estima e conversar com o agressor para que ele aprenda a exercitar a empatia. 

“Primeiro você mostra que de perto ninguém é normal e tenta estimular os bons sentimentos do aluno mostrando o que essa pessoa tem de melhor. Em Josicleide, era a capacidade intelectual. Quando ela não estava na sala, eu pegava grupos de alunos para mostrar que temos que cultivar respeito e não fazer ao outro o que você não quer para si, explicou Fátima. 

No entanto, ela ressalta que às vezes não são apenas outros estudantes que causam problemas à auto-estima de um aluno. “Quando Josicleide sofria isso e dizia que ia ser professora, alguns professores disseram: 'meus pêsames você vai ser pobre para o resto da vida' e ela ficava triste. Eu tentava dar todo o afeto, carinho, abraçar essa aluna”, lembra a docente. 

Uma carreira de sonhos

Hoje, tendo como colega de profissão e amiga aquela que um dia foi sua aluna, Fátima segue dando apoio para que Josicleide não pare e siga se especializando, apesar das dificuldades, em busca de seus sonhos. 

“Ela quer fazer mestrado, fico incentivando que faça, ela tem muitas condições de ser uma excelente professora também na universidade. Cada vez mais os estudantes querem menos ser professores, mas ela ama muito o que faz. Josicleide é um orgulho para mim, eu sou uma pessoa realizada por ter tido esses alunos que valorizaram a educação, pois meu sonho como professora é ver reduzir a desigualdade social”, explicou Fátima.

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A Polícia Civil está investigando um possível homicídio ocorrido na noite de sexta-feira (11) em Caruaru, no Agreste do Estado. O corpo da vítima, a professora Jodeilma Maria dos Santos, de 46 anos, foi encontrado em um terreno baldio no dia seguinte. O principal suspeito do crime é o namorado da professora.

A suspeita da Polícia Civil é que Jodeilma faleceu por esganadura. Foram encontradas marcas de violência no pescoço da vítima.

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As investigações seguem sob sigilo. Segundo informações, o companheiro da professora confessou o crime e foi preso. Ele teria informado que o crime ocorreu após um desentendimento entre os dois.

 

A deputada federal e líder do Governo na Câmara, Joice Hasselmann (PSL), postou em seu perfil oficial no Twitter nesta quinta-feira (13) um vídeo de uma professora do Recife, aparentemente da rede municipal, falando no microfone com crianças sobre a paralisação nacional desta sexta-feira (14), quando acontecerá a Greve Geral.

“Absurdo! Professora, em Recife, fala sobre sindicato e greve geral (contra a previdência) para os alunos. São Crianças!”, escreveu a parlamentar em tom de crítica à professora.

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“Eu não estou fazendo doutrinação porque o sindicato é um órgão legalizado, tem estatuto, é documento e responde pelos professores. Eles elaboraram um calendário de luta para explicar a população o que está acontecendo e que, talvez, muitas pessoas não consigam compreender a dimensão das perdas que a população mais pobre vai sofrer com essa reforma da Previdência”, diz a professora no vídeo.

“A gente está convocando a população para uma luta na próxima sexta-feira (14). Nós iremos participar da Greve Geral que vai atingir todo o país. Ela envolve toda a sociedade e vai todo mundo pra rua porque compreendemos que os ataques que vem acontecendo na população, principalmente, são grandes”, continuou a professora.

A professora não teve nome divulgado, nem a escola que ela trabalha. Seguidores de Hasselmann também criticaram a recifense, que foi chamada de “esquerdopada” por alguns.

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A Polícia Civil apreendeu nesta segunda-feira (3) oito adolescentes suspeitos de participarem de uma confusão na Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. As imagens em que os jovens aparecem atirando carteiras e gritando em sala de aula ganharam repercussão após reportagem da TV Globo exibida neste domingo (2).

A professora que dava aula no momento da confusão na sexta-feira (31) relatou ter sido ameaçada pelos alunos e acrescentou que o clima de tensão é constante na escola. Segundo a polícia, os adolescentes foram autuados por associação criminosa e serão apresentados à Vara da Infância e da Juventude.

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Em nota, a Secretaria da Educação do Estado disse repudiar "todo e qualquer ato de violência dentro e fora do ambiente escolar" e acrescentou que a diretoria regional de ensino está à disposição da docente. A pasta informou que sete alunos foram suspensos e os responsáveis foram chamados. "O Conselho Tutelar está acompanhando o caso."

O conselho tinha uma reunião marcada para o fim da tarde desta segunda para deliberar sobre sanções quanto ao caso, "podendo ser decidido até pela transferência compulsória desses estudantes", segundo informou a Secretaria da Educação. Até o início da noite, não havia sido divulgado o desfecho da reunião.

A pasta da Educação disse ainda que a escola possui professor mediador que "trabalha na resolução de conflitos e incentivo à cultura de paz".

Conhecida por uma história de superação que deve virar filme, a professora de ensino técnico Joana D'Arc Félix de Sousa, de 55 anos, declara uma formação na Universidade Harvard que não possui e usou diploma falso para tentar confirmar a informação, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Joana também repetidamente dizia em entrevistas e palestras que entrou na faculdade aos 14 anos, o que ela agora reconhece não ser verdade.

A professora ganhou notoriedade por ser de família pobre, nascida em um curtume no interior de São Paulo, e chegar a um pós-doutorado em uma das mais conceituadas universidades do mundo. Nos últimos anos, recebeu dezenas de prêmios e, no mês passado, a Globo Filmes divulgou a preparação de um filme sobre a sua biografia, que teria a atriz Taís Araujo como protagonista. O Estado entrevistou Joana pela primeira vez no fim de 2017. Na oportunidade, ela afirmou ter morado por dois anos em Cambridge, onde fica Harvard, e voltou ao País após a morte do pai.

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A reportagem pediu documentos que demonstrassem o trabalho que havia sido feito nos Estados Unidos. Ela enviou um diploma, datado de 1999, com o brasão de Harvard, o nome dela e a titulação "Postdoctoral in Organic Chemistry". O Estado mandou o documento para Harvard que, ao analisá-lo, informou que não emite diploma para pós-doutorado. Também alertou sobre um erro de grafia (estava escrito "oof", em vez de "of").

Há, ainda, duas assinaturas no diploma: uma delas é do professor emérito de Química em Harvard Richard Hadley Holm. Procurado, ele respondeu por e-mail. "O certificado é falso. Essa não é a minha assinatura, eu não era o chefe de departamento naquela época. Eu nunca ouvi falar da professora Sousa."

A informação do pós-doutorado em Harvard consta no currículo de Joana na plataforma Lattes, o sistema oficial que reúne informações de pesquisadores de todo o País. O preenchimento é feito pelo profissional. Para realizar a suposta pesquisa nos Estados Unidos, o currículo informa que ela recebeu bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação. A Capes, no entanto, afirmou que o nome de Joana não consta em nenhum registro de bolsista.

Já em sua ficha cadastral como professora do Centro Paula Souza, autarquia do governo que administra as escolas técnicas, o pós-doutorado não é citado. Joana fez concurso público e trabalha como professora de Química na Escola Técnica Professor Carmelino Corrêa Júnior em Franca, desde 1999. Segundo seu currículo Lattes, ela teria acabado de sair de Harvard (1997-1999).

A reportagem entrevistou Joana novamente esta semana. Só depois de ser questionada sobre o diploma que enviou à reportagem, disse que o documento foi feito para uma "encenação de teatro". "Mas eu não concluí (o pós-doutorado), eu não tenho certificado", afirmou. "As meninas mandaram junto quando o jornalista me pediu documentos. Eu pensei: tenho de contar isso para o jornalista, mas não falei mais com ele."

Ao contrário da primeira entrevista, ela também informou que não trabalhou no laboratório da universidade nem morou na cidade de Cambridge. "Não fiquei o tempo físico lá, conversei com orientador. Participei até de um congresso em Boston", conta. Segundo ela, a pesquisa foi desenvolvida no Brasil. "Coloquei isso no Lattes, não sei se está certo ou errado."

O Estado não conseguiu confirmar nenhuma passagem de Joana por Harvard. A pedido da reportagem, dois ex-alunos procuraram o nome dela em um sistema fechado apenas para quem estudou na instituição e não encontraram, mesmo tentando com diferentes grafias. A professora também disse que não lembrava se havia recebido uma bolsa da Capes, como informa seu currículo.

Segundo cientistas, em um pós-doutorado o pesquisador é convidado para fazer parte de um programa preestabelecido de um profissional que está no topo da carreira em uma universidade, no Brasil ou no exterior. O pós-doutorando faz suas pesquisa no ambiente de trabalho desse outro professor, que atua como um supervisor. Ao fim da pesquisa, em geral, é publicado um artigo sobre a pesquisa. Também é obrigatório enviar relatórios periódicos ao órgão financiador da bolsa para prestar contas. A comunicação ou a colaboração com pesquisadores de fora, em hipótese nenhuma, pode ser considerada um pós-doutorado.

Joana, de fato, cursou graduação, mestrado e doutorado na área de Química na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Suas pesquisas envolvem produção de couro ecológico e a reprodução de pele humana artificial para transplante. A maior parte de prêmios, palestras e entrevistas, entretanto, foca na história de vida da professora.

Aos 14

Uma das passagens de destaque, informada em várias ocasiões, é que Joana entrou na universidade aos 14 anos e concluiu a graduação aos 17. Na primeira entrevista ao Estado, ela chegou a relatar dificuldades de entrar na faculdade tão nova. "A mais próxima da minha idade era uma menina de 16 anos. Para mim, festa era com bolo e guaraná", disse.

A data de matrícula na Unicamp, porém, contraria a narrativa da professora e mostra que Joana começou a graduação aos 19 anos, em 1983. Novamente questionada, ela admitiu que ingressou aos 18, mas sustenta que foi aprovada no vestibular com 14 anos.

No mês passado, a professora foi escolhida como entrevistada do programa Roda Viva, da TV Cultura, mas a emissora decidiu não veicular o programa por causa das inconsistências no currículo de Joana. "É uma pena, a história dela já seria bonita suficiente, se não tivesse essas coisas", diz o jornalista e apresentador Ricardo Lessa.

Alerta

O Estado procurou a professora Joana D'Arc Félix de Sousa pela primeira vez em 2017, com o intuito de contar sua história de superação. Em entrevista de mais de duas horas, Joana recontou várias passagens que ela reproduzia em palestras, eventos e matérias. Já perto do fim da conversa, a reportagem perguntou a idade da professora. "Trinta e sete anos", Joana mentiu. Nascida em outubro de 1963, ela tinha acabado de completar 54.

A informação errada acendeu o sinal de alerta sobre outras declarações, como o pós-doutorado. Por causa das inconsistências, o jornal optou por não publicar reportagem na ocasião, mas retomou a apuração, após a notícia de que a biografia de Joana ia virar filme, divulgada este ano.

Entre os entrevistados pela reportagem está um professora da USP que ficou responsável por analisar o resultado da pesquisa de Joana sobre pele artificial em 2013. "Ela (Joana) nunca mandou amostras", disse.

Defesa

A professora divulgou nota na manhã desta quarta-feira, 15, dizendo que o Estado quer "denegrir" a sua imagem. No mesmo texto ela admite que não foi aluna da Universidade Harvard nem concluiu seu pós-doutorado na instituição, como vinha repetindo há alguns anos.

"Tudo o que foi publicado, já está sendo apurado por um advogado ligado ao movimento negro brasileiro porque tenho certeza que ainda estão achando que os negros (as) ainda tem que viver na senzala (sic)", diz a nota da professora. "Não tenho o pós doutorado concluído e por isso, não tenho o diploma de pós doutorado e muito menos diploma falso (sic)", escreveu Joana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quem fez a prova de direito empresarial da OAB XXVIII na tarde deste domingo (5) se deparou com um exame sem polêmicas, diferente da edição anterior. Segundo a professora Mariana Costa, os candidatos encontraram todas as questões e a peça respaldadas nos dispositivos legais, código civil e legislação especial. 

Apesar da peça ter um nome "assustador", sendo uma petição inicial de obrigação de não fazer cumulado com reparação de danos materiais com pedido de tutela de urgência, a professora garante que aqueles que não a nomearam desse modo podem não perder tantos pontos.

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“A prova da segunda fase de direito empresarial, diferentemente da edição passada, não trouxe polêmicas: as 4 questões, mais a peça estão respaldas nos dispositivos legais, código civil e legislação especial.  Em nossa aposta, não acertamos a peça, mas o conhecimento para a ‘contestação a um pedido de recuperação judicial’ foi pedido na letra B da segunda questão”, analisou a professora.

Ainda sobre a peça, a professora deu exemplos de como o candidato poderia ter feito o texto. “Petição inicial de obrigação de não fazer cumulado com reparação de danos materiais com pedido de tutela de urgência. Mas quem não nomeou a peça desse modo completamente, porém mencionou no mérito, fez o pedido, certamente irá pontuar, perdendo apenas alguns décimos”, comentou a docente.

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Uma professora foi morta a tiros pelo ex-companheiro em frente à escola onde trabalhava, na manhã desta quinta-feira (2). Após realizar o feminicídio, o subtenente do Corpo de Bombeiros disparou contra a própria cabeça, nas proximidades da Escola Municipal José Souza de Jesus, no bairro 17 de Março, em Aracaju.

As informações da Secretaria de Segurança Pública apontam que ele conversava com a vítima, e em seguida, uma discussão foi iniciada. O suspeito ainda tentou tomar a bolsa da professora, antes de disparar em seu tórax.

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O tiro atingiu o cabeça, revelou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A equipe também prestou socorro a mulher, entretanto, ela morreu no percurso do hospital.

O Corpo de Bombeiro de Sergipe informou que o subtenente tinha 47 anos e integrava a corporação há 25 anos. Os dois tinham um filho de oito anos, e passavam por um processo conturbado de separação. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a professora tinha 37 anos e lecionava há quatro meses na escola municipal. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de acordo com o G1.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o projeto Escola Sem Partido, que combate uma suposta doutrinação política e ideológica que seria praticada por professores em sala de aula. Na manhã deste domingo, 28, ele publicou em suas redes sociais um vídeo no qual uma aluna de cursinho questiona as opiniões de uma educadora sobre o escritor Olavo de Carvalho, considerado o "guru" dos Bolsonaro. Ao comentar o filme, o presidente afirmou que "professor tem que ensinar e não doutrinar".

Horas depois, ao chegar ao apartamento do filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que neste domingo comemorou aniversário, Bolsonaro disse que não pode existir apenas um lado nas salas de aula. "Nós queremos a escola sem partidos ou, se tiver partidos, que tenha os dois lados. Não pode é ter um lado só na escola, isso leva ao que não queremos", declarou, sem dar detalhes.

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Parlamentar mais votada em 2018, a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) parabenizou Bolsonaro nas redes. "Todo apoio ao presidente (por publicar o vídeo da aluna) e à aluna, que educadamente exigiu o básico: aula! Os professores podem se manifestar, mas os alunos também podem! Só o que pedimos são escolas plurais. Nada além disso!"

Já Manuela D'Avila (PCdoB-RS), que foi candidata a vice-presidente na chapa do petista Fernando Haddad, afirmou que Bolsonaro, "ao invés de acolher professores, os hostiliza". E que, "ao invés de estimular respeito, incita ódio".

'Direito dos alunos'

Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, filmar professores em sala de aula é um direito dos alunos. Ele disse que ainda irá analisar o conteúdo dos vídeos compartilhados pelo presidente e o filho para saber se alguma irregularidade foi cometida pelos educadores.

"Não incentivo ninguém a filmar uma conversa na rua, mas as pessoas têm o direito de filmar. Isso é liberdade individual de cada um. Vou olhar os casos com calma. Não faremos nada de supetão", afirmou Weintraub.

O vídeo mostra uma aluna confrontando uma professora de gramática depois de ela afirmar que Olavo de Carvalho é "uma anta porque mete o pau em tudo". A estudante, então, avisa que filmou a aula e afirma ter perdido 25 minutos ouvindo opiniões político-partidárias e não aprendendo gramática. "Não estou pagando cursinho para isso", reclama, informando ainda que vai procurar o diretor da instituição, que não teve o nome revelado.

O vídeo compartilhado neste domingo pelo presidente foi publicado originalmente nos perfis do Escola Sem Partido no Facebook e também no Twitter, canais constantemente usados para citar professores que estariam expondo suas opiniões políticas. Depois da divulgação por Bolsonaro, os participantes do projeto afirmaram em rede social que "confiam" no trabalho do presidente: "Confiamos em seu governo para pôr fim a esses abusos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, filmar professores em sala de aula é um direito dos alunos. Ele disse que ainda irá analisar o conteúdo dos vídeos compartilhados nas redes sociais neste domingo (28) pelo presidente Jair Bolsonaro e por seu filho, Carlos, para saber se alguma irregularidade foi cometida pelos educadores.

"Não incentivo ninguém a filmar uma conversa na rua, mas elas têm direito de filmar. Isso é liberdade individual de cada um. Vou olhar os casos com calma. Não faremos nada de supetão", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, lembrando que, como professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sempre deixou que seus alunos gravassem as aulas e fotografassem a lousa.

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Segundo o ministro, o objetivo não é "criar um clima de caça às bruxas" e os professores devem ficar tranquilos, pois "o direito de todos será preservado". Ele afirmou, porém, que podem ser necessárias medidas para "melhorar o ambiente escolar" nos casos relatados.

"Pelo que me foi descrito, o dinheiro do contribuinte não estava sendo gasto da melhor forma. Se eu tivesse pagando por uma aula dessas, eu me sentiria lesado. Agora, vamos olhar com calma e analisar dentro da lei o que pode ser feito, respeitando professores, alunos e pagadores de impostos", disse.

Bolsonaro compartilhou no Twitter na manhã deste domingo um vídeo com a legenda "professor tem que ensinar e não doutrinar". Ele mostra uma aluna questionando uma professora sobre críticas que teriam sido feitas por ela ao governo, ao projeto "Escola sem Partido" e ao guru bolsonarista, Olavo de Carvalho.

Minutos depois, Carlos compartilhou na mesma rede social um vídeo no qual um professor discutia com um aluno, gritava, e falava mal de Bolsonaro. Carlos publicou o vídeo com a legenda "Gravar/filmar aulas é ato de legítima defesa contra os predadores ideológicos disfarçados de professores".

O ministro afirmou que os professores não devem ficar "apavorados" e que têm liberdade para tecer comentários fora do horário da aula. "Claro que ele pode fazer comentários e pode ter sua opinião. Se ele fala qualquer coisa no intervalo, está no direito dele. Se a aula foi boa, o aluno aprendeu, não temos nada com isso", disse.

Considerada um dos momentos mais importantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação possui peso forte na nota final dos candidatos. Inevitavelmente, os estudantes precisam dedicar boa parte do tempo de estudos a produções textuais, leitura e escrita a mão.

Na última edição do Enem, realizada em 2018, dos mais de 4 milhões de participantes, apenas 55 candidatos alcançaram mil, a nota máxima da prova. O tema cobrado foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet".

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Neste ano, as provas do Enem serão realizadas os dias 3 e 10 de novembro. Os feras enfrentarão a redação no primeiro domingo do Exame. Atenta à preparação dos candidatos, a coordenadora de redação do Curso Poliedro, Gabriela de Araújo, produziu dicas que podem ajudar os participantes a chegarem à nota mil. Confira:

1- Produza redações semanalmente

 Considere a preparação de um texto dissertativo-argumentativo, nos moldes solicitados pelo Enem, em sua rotina semanal. Dominar técnicas de escrita e conseguir uma boa apresentação do tema e de argumentos é fator-chave para ter um texto exemplar. “É essencial praticar com as redações de temas solicitados nos anos anteriores, com a finalidade de conhecer o perfil da prova e estar ainda mais preparado”, indica Gabriela.

2 - Mantenha-se informado

 Para discorrer de maneira satisfatória sobre o tema solicitado no Enem, é necessário estar bem informado em relação aos assuntos da atualidade e às visões críticas sobre os acontecimentos mais recentes. Segundo a coordenadora de Redação do Curso Poliedro, temas relacionados às questões culturais, memória e cidadania têm chances de aparecer, bem como assuntos de ecologia, sustentabilidade e energias renováveis.

Ela explica que a base é sempre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o uso racional dos recursos ambientais para se pensar em um futuro mais respeitoso e digno. “Estudar atualidades auxilia a ter cada vez mais elementos que facilitarão a compreensão da dinâmica social, o que o ajudará a entender e a discorrer a respeito de qualquer tema”, indica.

3 - Entenda a norma culta

 A redação do Enem exige que o candidato domine a modalidade formal da Língua Portuguesa. Portanto, é de suma importância saber diferenciar os registros orais dos escritos. Desse modo, é preciso evitar no texto as marcas de oralidade, que são as expressões informais usadas no cotidiano – a não ser que sejam propositalmente inseridas.

Acertar em acentuação, pontuação e concordância é fator decisivo para não perder pontos e obter uma boa nota. Por isso, esteja atento às correções feitas em suas redações por professores, estude as regras gramaticais e tente não errar no próximo texto.

4 - Aprenda a criar uma boa proposta de intervenção

 Uma das competências avaliadas no Enem é a proposta de intervenção. Sozinha, essa competência vale até 200 pontos na média geral da dissertação-argumentativa. O candidato deve refletir e argumentar sobre o tema apresentado, sugerindo uma solução benéfica para a sociedade. E esses argumentos, segundo Gabriela, não podem ser superficiais. O estudante deve utilizar elementos externos no texto.  

5 – Utilize o tempo indicado para produzir os textos

Mais do que a preocupação com o tema da dissertação, o estudante deve empenhar-se em organizar sua produção e planejar o texto. Neste sentido, treinar o tempo que será destinado à redação no contexto da prova é fundamental.

 6- Acostume-se com o espaço da dissertação  

 Um dos pontos importantes é habituar-se ao limite de 30 linhas proposto, sabendo construir uma boa argumentação e conclusão dentro deste espaço. É necessário estar atento ao espaço disponível para a escrita e ao objetivo do texto.

 7- Tenha um repertório cultural amplo

 Utilizar citações da música e literatura nacional pode ajudar o estudante a fazer uma analogia ao tema e elaborar uma boa argumentação.

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O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) publicou posicionamento oficial sobre a suposta prisão de uma docente, na manhã desta segunda-feira (15), no interior do campus do município de Águas Lindas de Goiás, no centro-oeste brasileiro. Segundo relatos de sindicatos da categoria, a prisão se deu por “doutrinação”, mas, a princípio, boatos afirmavam que a detenção ocorreu por “desacato”.

De acordo com o IFG, a presença de policiais da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescentes no campus está relacionada a uma investigação em andamento, que “trata de suposta articulação de pessoas para realização de grave atentado contra o Câmpus Águas Lindas, o que colocaria em risco a vida de estudantes e de servidores no decorrer desta semana, durante as comemorações do aniversário do Câmpus” (sic).

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Ainda de acordo com a nota, a reitoria da instituição está apurando os fatos relacionados à condução de membros da comunidade acadêmica à delegacia e tomará as providências cabíveis no âmbito da administração pública. “A Reitoria reafirma sua posição em defesa da integridade física, da liberdade, da pluralidade de pensamento dos professores, dos técnico-administrativos e dos estudantes”, conclui o comunicado.

Relatos de sindicatos de professores afirmam que uma professora do Instituto Federal de Goiás (IFG) foi presa na manhã desta segunda-feira (15) dentro do campus de Águas Lindas de Goiás, no interior da cidade do centro-oeste brasileiro.

A princípio, boatos afirmavam que a “professora e coordenadora” Camila Marques foi presa por “doutrinação” e, logo depois, que ela havia sido levada à delegacia por “desacato”. Nenhuma das duas informações foi oficializada. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasfere), Camila foi levada para prestar depoimento na Polícia Civil acompanhada de um advogado.

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Em pouco tempo, coletivos prestaram solidariedade à docente. “Cercamos de solidariedade a companheira Camila, lutadora aguerrida e sempre pronta a defender os direitos dos trabalhadores”, afirmou em publicação nas redes sociais o Sinasefe. O LeiaJa.com entrou em contato com a Polícia Civil do estado, que afirmou não ter informações sobre o assunto. A Polícia Federal e o campi Águas Lindas ainda não deram retorno sobre a prisão da docente.

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Professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Belo Horizonte, é acusada de ter feito comentários racistas em sala de aula contra um aluno. As ofensas foram registradas por um estudante que costuma gravar áudios das aulas.

Na gravação, a docente manda o aluno cortar o cabelo e em seguida, dispara: “Fedor danado”. “Vai trabalhar! Tira aquele chinelo e vai ralar. Já corta o cabelo e vê se lava. Um fedor danado”, diz a professora.

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Estudante de psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Caíque Belchior, vítima das ofensas racistas, foi à PUC para divulgar um congresso realizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Em entrevista à Rede Record de televisão, o estudante afirmou que não se sentiu surpreso com o fato, pois, segundo ele, é normal que casos de racismo ocorram em universidades privadas.

“A gente já está acostumado porque o racismo é algo estrutural do Brasil. Então, quando a gente chega em um ambiente universitário de elite dessa maneira, ainda mais em uma instituição privada, que tem professores que tem muito dinheiro, é normal que algo dessa maneira aconteça”, disse Belchior.

Ao LeiaJá, a Universidade afirmou que “prefere não comentar o assunto” e assegurou que “as medidas administrativas com relação à professora já foram tomadas”.

 

Uma mulher tentou esfaquear uma professora com facão após descobrir que o pagamento do programa Bolsa Família do seu filho havia sido suspenso. O caso aconteceu em uma escola municipal da zona rural de São João do Arraial, no Piauí, na quinta-feira (21).

A criança estava há dias sem comparecer as aulas e a ausência não estava a sendo justificada. O gestor da escola, Wilson Carvalho, contou ao jornal online local Cidadeverde.com que a mulher chegou nervosa na escola, que estava em atividade. Ela acreditava que a suspensão do Bolsa Família se devia porque a professora teria colocado falta no aluno.

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Wilson destacou que uma das regras para o Bolsa Família é a frequência regular da criança às aulas. O relatório de frequência de fevereiro e março, porém, não havia sido enviado. Tal envio é responsabilidade da direção. “A professora não pode colocar presença em um aluno que falta. Não podemos enviar a frequência escolar com presença, se o aluno não vem. É fraude”, salientou Wilson à reportagem.

A mãe foi convencida a sair da escola sem ferir alguém. A Polícia Militar foi acionada para reforçar a segurança e tranquilizar o ambiente. A escola é voltada para o ensino infantil e havia crianças na unidade no momento do fato. Uma visita à casa do aluno será realizada na próxima semana para identificar o motivo das ausências.

Uma professora do maternal foi presa pela participação em vídeos pornô caseiros com crianças. O crime foi descoberto pela polícia de Sanford, localizado na Flórida, nos Estados Unidos.

Audra Mabel, de 34 anos, até enviou um vídeo ao namorado em que molesta uma criança. Justin Ritchie, 36, já recebe a acusação, em outro processo, por abuso sexual com uma criança.

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Segundo informações do portal Extra, Audra participou de 11 vídeos pornográficos feitos com a mesma criança, que as investigações apontam não ser um dos seus alunos. Em outro registro, ela aponta a câmera para sua genitália exposta e, depois para as crianças em sala. Os vídeos foram encontrados no celular do namorado.

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