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Três entidades médicas apresentaram neste mês, pela primeira vez, uma diretriz recomendando a realização de exame periódico para rastreamento de câncer de pulmão, a exemplo do que ocorre com a mamografia para câncer de mama e com os exames de PSA e toque retal para identificar câncer de próstata. O objetivo de recomendações de rastreio é conseguir um diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de cura ou de maior sobrevida.

No caso do exame para câncer de pulmão, porém, a recomendação não vale para toda a população, apenas para pessoas com maior risco para esse tipo de tumor. Os critérios foram construídos com base em estudos científicos, que mostraram que um rastreamento na população de maior risco diminui em cerca de 20% a mortalidade pela doença.

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Com base nesses trabalhos, foi criado o 1.º Consenso Brasileiro para Rastreamento de Câncer de Pulmão. O documento foi elaborado conjuntamente pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT) e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), e apresentado neste mês no congresso da SBPT.

Recomenda-se a realização anual de tomografia do tórax de baixa radiação para pessoas que cumpram três requisitos: ter entre 50 e 80 anos; ser fumante atualmente ou ter parado de fumar há menos de 15 anos; ter uma carga tabágica de 20 anos/maço, um índice que é calculado dividindo o número médio de cigarros consumidos por dia por 20 (que é o tamanho de um maço) e multiplicando esse valor pelo número de anos que a pessoa fuma ou fumou. Um exemplo: se a pessoa fuma 10 cigarros por dia há 40 anos, sua carga tabágica será de 20 anos/maço.

JUSTIFICATIVA

"É um dos cânceres que mais matam no Brasil e têm a maior letalidade. E uma das razões para essa alta letalidade é que ele costuma ser diagnosticado quando a doença já está localmente avançada ou com metástase em outros órgãos", afirma Gustavo Faibischew Prado, coordenador da comissão de câncer da SBPT, ao justificar a recomendação de exame de rastreamento para as pessoas com maior risco.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 32,5 mil casos de tumor de pulmão deverão ser diagnosticados em 2023 no País. Anualmente, a doença mata cerca de 28 mil brasileiros e é o tipo de câncer com o maior número de vítimas entre as neoplasias. Cerca de 80% dos casos são associados ao cigarro.

SINTOMAS

Prado diz que os sintomas, como tosse, dor no peito, falta de ar, escarro com sangue, fraqueza e perda de peso, só costumam aparecer nas fases mais avançadas da doença. Três quartos dos casos são diagnosticados nesses estágios, quando as chances de cura são bem menores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dia 1º de agosto é conhecido como o Dia Mundial do Câncer de Pulmão. Ficar atento aos sintomas é importante, uma vez que este é o terceiro mais comum entre homens e quarto mais recorrente entre mulheres no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). No mundo, o câncer de pulmão é o primeiro em em incidência entre homens e o terceiro entre as mulheres. Alguns dos sintomas, na maioria das vezes, aparecem quando estão em um estágio avançado, podendo ser evidenciados.

Caso os sintomas durem mais de duas semanas seguidas podem ser decorrentes de um câncer, por isso o paciente precisa de uma avaliação médica. “É importante que o pneumologista ou clínico geral seja consultado, pois é possível fazer exames que permitem identificar a doença de forma precoce, dando início ao tratamento logo em seguida e prevenir o desenvolvimento do câncer”, aconselha a médica em clínica geral Karla Nogueira. “O tratamento muda de acordo com o tipo e característica do câncer, podendo ser indicada a realização de cirurgia e sessões de radioterapia ou quimioterapia”, acrescenta. 

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Os principais sintomas iniciais do câncer de pulmão são: 

Cansaço extremo; 

Dificuldade em respirar; 

Diminuição do apetite; 

Dor nas costas; 

Dor no tórax; 

Falta de ar; 

Perda de peso; 

Rouquidão; 

Sangue no catarro; 

Tosse seca e persistente. 

 

Consumo excessivo de industrializados, bebidas alcoólicas, obesidade, tabagismo e não praticar exercícios físicos são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 704 mil novos diagnósticos de cânceres a cada ano do triênio de 2023 a 2025 - uma soma que resultará em mais de 2 milhões de novos casos da doença ao longo desses 36 meses. O mais recente estudo do INCA levou em conta mais de 21 tipos de cânceres, considerando, pela primeira vez, também os tumores de pâncreas e fígado.

Entre os mais comuns no Brasil, o câncer de pele do tipo não melanoma fica na liderança. No topo do ranking de incidência no país, aparecem ainda os tumores de mama, próstata, pulmão e intestino, estes dois últimos com fatores de risco altamente evitáveis, ligados a hábitos de vida pouco saudáveis. Em Pernambuco, o ranking é parecido. Depois do câncer de pele não melanoma, o de próstata é o mais recorrente, sendo seguido por câncer de mama, pulmão e cólon e reto. 

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Apesar do cenário exigir atenção da população e dos órgãos de saúde, é preciso reforçar que o acompanhamento médico periódico e realização de exames de rotina para detecção precoce do câncer, aliados às novas frentes avançadas de tratamento da doença, são a chave para que os índices de incidência não levem também ao aumento das taxas de letalidade. “Precisamos estimular a conscientização da população em geral sobre a detecção precoce de tumores. Quanto mais cedo descoberta a doença, melhor o prognóstico, com resultados positivos às terapias e maiores chances de cura”, diz Carlos Gil Ferreira, diretor médico do Grupo Oncoclínicas e presidente do Instituto Oncoclínicas e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Abaixo, confira as principais informações sobre os 5 tipos de câncer mais comuns no Brasil:

Pele não-melanoma

O principal sinal do câncer de pele não melanoma é o surgimento de marcas ou “lesões” na pele como, manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, além de feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Ao notar essas alterações, é importante passar por uma consulta com um médico para esta avaliação, de preferência um dermatologista. Além disso, existem sintomas de quando a doença está mais avançada. “Quando o tumor está com metástase, sinais como nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abdominais e de cabeça podem aparecer”, afirma o oncologista Diogo Sales, da Multihemo Oncoclínicas.

Indivíduos de pele clara, cabelos claros ou ruivos, com sardas e olhos claros são mais propensos a desenvolver tumores de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, maiores os sinais da exposição crônica da pele, aumentando também a possibilidade de surgimento do câncer não-melanoma. Ainda assim, independente da cor de pele, idade e período do ano, a regra vale para toda a população: use sempre protetor solar, proteja o couro cabeludo com chapéus e use óculos de sol com proteção contra raios UV.

“A análise clínica da mudança nas características de possíveis alterações na pele é de extrema importância e o dermatologista tem o papel de orientar para uma proteção adequada e para avaliar os possíveis riscos que os raios solares podem causar na pele”, diz Rodrigo Perez Pereira, oncologista e líder da especialidade de tumores de pele do Grupo Oncoclínicas.

Uma vez diagnosticado o câncer de pele não melanoma, o médico especialista poderá considerar diferentes opções de tratamento, que serão discutidas e individualizadas para cada paciente. Na maioria dos casos, a cirurgia é a principal terapia recomendada e permite um controle adequado das lesões. Segundo o oncologista, o câncer de pele não melanoma apresenta alto percentual de cura se detectado e tratado precocemente. 

“Apesar dos baixos índices de letalidade pela doença, vale lembrar que o diagnóstico tardio pode levar a perdas funcionais, além de afetar amplamente a qualidade de vida do paciente. A melhor estratégia no combate ao câncer de pele não melanoma é atentar para os cuidados com a exposição contínua ao sol, sempre com a devida proteção. Não existe exposição ao sol 100% segura”, sintetiza. 

Mama

O câncer de mama pode apresentar sintomas que são percebidos no auto exame realizado pela própria mulher ou nas consultas de rotina com o médico ginecologista/mastologista. Na maioria dos casos, os sintomas observados são: nódulo ou caroço fixo e geralmente indolor (presente em cerca de 90% dos casos em que o câncer é percebido pela própria pessoa); vermelhidão na pele da mama acompanhada de retração e aparência de casca de laranja; alterações no mamilo, como retrações ou inversão;  pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido espontâneo e anormal dos mamilos, inclusive líquido sanguinolento.

É essencial lembrar, contudo, que na maioria dos casos os tumores começam a se desenvolver muito antes de se tornarem palpáveis ou apresentarem esses sinais - situação ideal para o diagnóstico. “Uma rotina de acompanhamento médico e realização de exames periódicos, em especial a mamografia anual em mulheres a partir dos 40 anos - exame de imagem na qual a mama é comprimida permite que sejam identificados tumores menores que 1 cm e lesões em início - são determinantes para a descoberta do câncer de mama logo no início. O diagnóstico precoce do câncer de mama, associado ao tratamento adequado”, explica Max Mano, oncologista e líder da especialidade de tumores de mama do Grupo Oncoclínicas.

O tratamento do câncer de mama depende da fase da doença (estadiamento), do tipo molecular do tumor e das condições clínicas do paciente (como idade, doenças preexistentes, se já passou pela menopausa - no caso de mulheres). Entre os procedimentos, pode ser recomendado cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia de bloqueio hormonal, terapia biológica (ou terapia alvo) e  imunoterapia.

“As chances de cura chegam a 95% ou mais quando o tumor é descoberto no início, sendo o tratamento, em geral, menos agressivo que melhora, em muito, a qualidade de vida durante e após o tratamento da doença. Por isso, a principal recomendação é que as mulheres não deixem de realizar os exames de rastreamento periódico, essenciais para a identificação de possíveis tumores, e mantenham uma rotina de acompanhamento médico. A qualquer sinal de alteração nas mamas, não deixe de buscar orientação especializada”, frisa Max Mano.

Próstata

Na fase inicial da doença, pelo fato dos sintomas serem silenciosos, o câncer de próstata é de difícil diagnóstico. A maioria dos pacientes apresentam indícios apenas nas fases mais avançadas da doença.

Quando aparentes, os primeiros sintomas que são detectados no câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno da glândula como dificuldade para urinar seguida de dor ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Em fases mais avançadas da doença, é possível a presença de sangue no sêmen e impotência sexual, além de sintomas decorrentes da disseminação para outros órgãos, tal como dor óssea nos casos de metástases ósseas.

“Por apresentar sintomas mais evidentes nas fases mais avançadas, é recomendável que homens a partir de 50 anos, ou 45 anos para quem tem histórico da doença na família, façam anualmente o exame clínico (toque retal) e a medição do antígeno prostático específico (PSA) para rastrear possíveis alterações que indiquem aparecimento da doença”, recomenda Denis Jardim, oncologista especialista em tumores urológicos do Grupo Oncoclínicas.

Quando há suspeita da doença, é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico. “E aqui vale mais um lembrete: casos familiares de pai ou irmão com câncer de próstata, antes dos 60 anos de idade, podem aumentar o risco em 3 a 10 vezes em relação à população em geral. Por isso, é preciso que os homens estejam alerta e não deixem de realizar os exames de rastreamento rotineiramente, conforme orientação médica”, alerta o médico.

O tipo de tratamento dependerá do estágio e da agressividade em que a doença se encontra. Cirurgia,  radioterapia associada ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) podem ser realizadas com boas taxas de resposta positiva. Há ainda situações em que podem ser adotados quimioterapia, uso de medicamentos que controlam os hormônios por via oral e também uma nova classe de remédios que são conhecidas como radioisótopos - partículas que se ligam em locais que se encontram acometidos pela doença, emitindo doses pequenas de radiação nestes locais.

Quando feito o diagnóstico precoce, as chances de cura podem passar de 90%, além de permitir a adoção de tratamentos menos invasivos e evitar que o paciente tenha outros impactos à saúde em geral. “É importante ressaltar que nem todos os pacientes diagnosticados com câncer de próstata necessitam de tratamento. A vigilância ativa poupa os pacientes de possíveis efeitos colaterais do tratamento cirúrgico ou radioterápico, e é segura para pacientes bem selecionados”, reforça Denis Jardim.

Colorretal

O tumor colorretal se desenvolve no intestino grosso: no cólon ou em sua porção final, o reto. O principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma e, em 90% dos casos, ele se origina a partir de pólipos na região (lesões benignas que crescem na parede interna do intestino) que, se não identificados e tratados, podem sofrer alterações ao longo dos anos, podendo se tornar o câncer.

“Após os 50 anos de idade, a chance de apresentar pólipos aumenta, o que consequentemente representa um aumento no risco de tumores malignos decorrentes dessa condição. Como resultado, mais de 80% dos casos de câncer colorretal acontecem a partir dos 50 anos, o que explica este limite de idade como critério para início do rastreio ativo, por meio dos exames de colonoscopia, principal forma de diagnóstico e prevenção”, comenta Alexandre Jácome, oncologista e líder da especialidade de tumores gastrointestinais do Grupo Oncoclínicas.

O câncer colorretal pode ser uma doença silenciosa e não causar sintomas imediatos. Mas, quando presentes, podem incluir: alteração nos hábitos intestinais, como diarreia, constipação ou estreitamento das fezes, que perdura por alguns dias;  mesmo após a evacuação, não há sensação de alívio, parecendo que nem todo conteúdo fecal foi eliminado (sintoma especialmente sugestivo nos casos de câncer de reto); sangramento retal (o sangue costuma ser bem vermelho e brilhante); presença de sangue nas fezes, tornando a sua coloração marrom escuro ou preta; cólica ou dor abdominal; sensação de fadiga e fraqueza; e perda de peso sem motivo aparente.

“É importante ressaltar que muitos desses sintomas podem ser causados por outras condições que não sejam câncer colorretal, como infecção, hemorroida ou síndrome do Intestino Irritável. Por isso a importância de, ao primeiro sinal de anormalidade, buscar por uma avaliação médica”, aconselha o médico.

Ele destaca ainda que pessoas com histórico pessoal de pólipos ou de doença inflamatória intestinal, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, bem como registros familiares de câncer colorretal em um ou mais parentes de primeiro grau, principalmente se diagnosticado antes de 45 anos, devem ter atenção redobrada e realizar controles periódicos antes da idade base indicada para a população em geral.

Entre as alternativas de conduta para tratar o câncer colorretal estão cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e/ou terapias-alvo, indicados de acordo com o estágio da doença. “Felizmente, o câncer colorretal conta com um arsenal importante de alternativas terapêuticas e possui altas chances de cura na grande maioria dos casos. No entanto, é muito importante que a doença seja diagnosticada o quanto antes através dos exames de rotina, o que se reflete diretamente nas taxas de sucesso do tratamento”, enfatiza Alexandre Jácome.

Pulmão

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o hábito de fumar está ligado a 90% dos casos de câncer de pulmão. Por isso, as pessoas que fumam ou fumaram durante longos períodos da vida possuem um risco aumentado para a doença. 

“De forma geral, a grande maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresentam sintomas ligados ao aparelho respiratório. É importante ficar em alerta caso haja tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza, escarro com sangue, dor óssea, cefaléia, rouquidão, pneumonia recorrente ou bronquite; efusão pleural (acúmulo anormal de líquido na pleura); e alteração do ritmo habitual da tosse em fumantes, em que as crises acontecem em horários incomuns”, sintetiza Mariana Laloni, oncologista especialista em tumores torácicos do Grupo Oncoclínicas

A atenção a esses sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico da doença o quanto antes, mas, importante reforçar, embora possam surgir no começo do desenvolvimento do tumor, os sintomas do câncer de pulmão geralmente não ocorrem até que a doença já tenha atingido um estágio avançado, o que reduz as chances de cura e compromete a qualidade de vida do paciente.

“Para os pacientes com suspeita de câncer de pulmão, o médico poderá solicitar alguns dos exames, como tomografia de tórax e biópsia. Se o câncer realmente for diagnosticado, o médico irá solicitar novos exames para determinar o estágio em que ele se encontra, o que será útil na escolha do tratamento. É essencial que cada caso seja avaliado individualmente, abrindo a possibilidade de se identificar tais particularidades”, diz a médica.

As terapêuticas recomendadas variam de acordo com cada caso, mas podem incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e/ou imunoterapia. Atualmente, com o avanço das pesquisas científicas, já é possível também identificar mutações específicas responsáveis pelo crescimento do tumor, tornando viável a indicação de droga-alvo moleculares como alternativa para tratar a doença de forma ainda mais precisa sempre que possível.

Assim como outros tipos de câncer, se descoberto em fase inicial há chances amplas de cura. Como esse é , contudo, um tumor que avança silenciosamente, quando os primeiros sinais mencionados anteriormente surgem, a doença tende a estar já em estágio avançado. A grande maioria dos casos, em torno de 70%, são diagnosticados já em fase metastática, quando o câncer já avançou para outros órgãos, reduzindo as chances de cura para em torno de 5%.

“Por isso, o foco na conscientização para as formas de prevenção ao câncer de pulmão segue sendo a melhor alternativa. Para ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento da doença, é primordial ressaltar uma medida simples: não começar a fumar ou, se já for fumante, parar o quanto antes”, recomenda Mariana Laloni.

Da assessoria

Desde a última segunda-feira (13)  tem circulado nas redes sociais o registro mais atual da cantora Rita Lee, uma foto divulgada no Instagram por seu companheiro, Roberto de Carvalho. Recentemente, a artista de 75 anos passou pelo tratamento de um câncer de pulmão. Ela começou a ter sintomas, como crises respiratórias, no início de 2021, quando recebeu o diagnóstico. Em abril de 2022, o tumor foi considerado eliminado - e desde então não apresentou sinais de retorno.

Com isso, muito tem se falado sobre a remissão do câncer, expressão normalmente atribuída a casos em que a pessoa não apresenta mais sintomas. Contudo, o termo provoca certa confusão: algumas pessoas acreditam que a remissão se trata de uma fase final do tratamento do câncer.

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Na verdade, é difícil dizer quando a pessoa está totalmente curada da doença, tendo em vista que ocorrem muitos casos de tumores que voltam a aparecer, mesmo após a eliminação, como ocorreu com a jornalista Glória Maria, que morreu no dia 2 passado em decorrência de metástase no cérebro após tratar um câncer de pulmão.

O câncer de pulmão é o 5° tipo de tumor mais comum no País, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O termo "remissão" está relacionado à eliminação da doença, mas não é o mesmo que cura. De acordo com o glossário temático Controle de Câncer, publicado em 2013 pelo Ministério da Saúde, a definição correta de câncer em remissão é "diminuição ou desaparecimento de sinais ou sintomas de um câncer, comumente após a realização do tratamento proposto". O material também faz referência à remissão parcial, remissão completa e remissão espontânea da doença.

Segundo o médico William Nassib William Júnior, diretor de Oncologia Clínica e Hematologia da Beneficência Portuguesa, remissão não é um termo técnico adequado, embora seja popularmente usado. "Apesar de estar relacionado à cura, esse termo pode ter muitos significados e provocar confusão. Para entender se a pessoa está curada trabalhamos com a probabilidade", diz o oncologista, que também é especialista em câncer de pulmão.

Em geral, não somente em casos de câncer de pulmão, os médicos indicam a probabilidade de retorno da doença, que varia de acordo com o estágio, de 1 a 4, com o tipo de câncer e com os hábitos da pessoa. É sabido que tabagistas têm maior propensão para desenvolver tumor no pulmão, e pacientes que voltam a fumar após o tratamento têm mais chances de contrair a doença novamente.

"A chance de um tumor retornar vai diminuindo conforme o tempo passa", diz William. Com o câncer de pulmão, não é diferente. Mas isso não quer dizer que a pessoa está necessariamente curada. "Após cinco anos, a probabilidade de retorno do tumor no pulmão é pequena, mas ainda existe", afirma. A pessoa passa a ter uma vida normal, mas é preciso seguir realizando os exames, conforme indicação médica.

Diagnóstico precoce é fundamental

Conforme dados do Inca, o câncer de pulmão foi responsável por 28,6 mil mortes em 2020. A grande maioria dos casos ainda é diagnosticada em estágio tardio. Isso é explicado, em parte, pela falta de acompanhamento médico adequado. De acordo com William, pacientes que apresentam fatores de risco precisam ter um olhar mais cuidadoso.

"Aqueles com histórico de tabagismo, especialmente acima dos 50 anos, devem fazer tomografia de tórax de baixa dosagem a cada um ou dois anos. Isso contribui muito para reduzir a mortalidade por câncer de pulmão", diz. Isso foi observado durante a pandemia, por exemplo, quando muitos pacientes com suspeita de covid-19 foram em busca do exame e acabaram diagnosticando o câncer.

Glória Maria está passando por uma nova fase em seu tratamento contra o câncer. Após enfrentar uma cirurgia no cérebro, a jornalista agora está lutando contra um tumor no pulmão.

De acordo com a colunista Fábia Oliveira, a jornalista está afastada dos seus trabalhos na Rede Globo.

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"Gloria Maria está afastada do Globo Repórter, dando prosseguimento a uma nova etapa de seu tratamento, prevista já há alguns meses. Ela está bem, em casa, com previsão de retorno apenas no ano que vem", informou a emissora à colunista.

Além do trabalho, Glória também está afastada das redes sociais. A última publicação da jornalista na conta do Instagram ocorreu há 11 semanas, e foi sobre sua amizade com Narcisa Tamborindeguy.

O jockey pernambucano Leandro Henrique, de 23 anos, sofreu uma queda de cavalo durante sua participação em um páreo no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, neste domingo (2). O acidente que resultou em quatro costelas quebradas e o pulmão perfurado.

Leandro foi levado com urgência para o Hospital São Lucas em Copacabana e as primeiras notícias deram conta de um pulmão perfurado e necessidade de cirurgia com urgência. Mas, através das redes sociais, foi informado que, após uma drenagem, houve melhora significativa e que a cirurgia acabou sendo adiada.

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Ele segue internado no hospital e vai passar por novos exames, a sua condição é estável. Nas redes, foi postado uma foto dele com sinal de positivo e informado que já consegue respirar com mais facilidade. A cirurgia, no entanto, não foi descartada. Ele vai precisar de um procedimento para realinhar as costelas. Confira o momento da queda.

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As estatísticas oficiais do câncer de pulmão no Brasil são alarmantes. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados para 2022 um total de 30.200 casos novos (17.760 em homens e 12.440 em mulheres) e o número anual de mortes pela doença é quase o mesmo: são cerca de 30 mil mortes por câncer de pulmão, por ano, no Brasil.

É o segundo tipo mais comum entre a população brasileira (excetuando o câncer de pele não melanoma). Em nível mundial, é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre homens e o quarto mais comum entre as mulheres.

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Pesquisa divulgada pela organização não governamental Instituto Oncoguia, baseada nos Registros Hospitalares de Câncer (RHC) do Instituto Nacional de Câncer (Inca), mostra que 86,2% dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados em estágio avançado, no Brasil. Nos Estados do Pará, Ceará e Bahia os registros tardios chegam a 95% e, em Sergipe, 100%. Os tumores detectados tardiamente têm as maiores taxas de mortalidade. 

“Esses números são extremamente preocupantes, considerando que o câncer de pulmão é o que tem maiores índices de mortalidade no mundo e as chances de cura estão diretamente relacionadas ao estágio em que a doença é descoberta”, alerta a médica oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico – CTO.

Segundo o INCA, cerca de 13% de todos os casos novos de câncer no Brasil são de pulmão. Desde 1985 ele é o primeiro câncer em mortalidade no mundo.

Assintomática em fases iniciais, a doença pode ser diagnosticada em qualquer pessoa e em qualquer idade, entretanto, segundo a American Cancer Society, a doença atinge principalmente pessoas mais velhas. O INCA aponta que no Brasil, 90% dos casos de pulmão são diagnosticados após os 50 anos.

Agosto Branco

Em 1986, a lei nº 7488 criou o Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto. De 85% a 90% dos casos de câncer de pulmão têm como causa o tabagismo. Mais recentemente foi criado o Agosto Branco, um mês inteiro para conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro e para disseminar outras informações importantes sobre prevenção do câncer de pulmão.

Até os 75 anos de idade, 1 em cada 5 brasileiros deve desenvolver algum tipo de câncer. Mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que mais de 30% dos cânceres podem ser evitados com a adoção de um estilo de vida saudável. “São recomendações que servem não apenas para evitar o câncer de pulmão, mas para muitas outras doenças. Não fumar, ter uma alimentação saudável, praticar atividade física regularmente, não ser sedentário ou obeso, dormir bem e cortar ou pelo menos reduzir o consumo de álcool são medidas que mudam a vida para muito melhor, que todos precisam perseguir. Pelo menos 1/3 dos cânceres podem ser evitados com essas medidas”, afirma Paula Sampaio. 

As pesquisas já comprovaram que o fumo está relacionado a 17 tipos diferentes de câncer. E os fumantes passivos também são diretamente afetados.

A boa notícia é que o Brasil tem conseguido reduzir o número de fumantes. A Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, realizada pelo IBGE, mostrou que 12,6% dos brasileiros consomem cigarros regularmente. O número é significativamente menor do que a porcentagem apresentada pela Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição, feita em 1989, que constatava que 34,8% da população era fumante.

Os sintomas do câncer de pulmão geralmente não aparecem nos estágios iniciais. Mas as pessoas devem ficar atentas. "Sintomas como tosse e rouquidão persistentes, sangramento pelas vias respiratórias, dor no peito e dificuldade de respirar devem ser investigados", alerta a médica. Paula Sampaio explica: "Ainda que estes sintomas não signifiquem câncer de pulmão, necessariamente, é imprescindível ter uma orientação médica, para, se for o caso, investigar melhor".

Fatores de risco

* 85% dos casos associados ao consumo de derivados de tabaco.

* 15% dos casos ligados a exposição à poluição do ar e a agentes químicos, outras doenças que atingem o pulmão, fatores genéticos, entre outros.

Prevenção

* Evitar o tabaco e estar próximo de fumantes (exposição passiva).

* Manter uma alimentação balanceada.

* Praticar exercícios físicos regularmente.

* Evitar ambientes com poluição intensa.

* Evitar a exposição a agentes químicos como urânio, arsênico, cromo, cloreto de vinil.

Da assessoria do CTO.

 

O tabagismo é o fator preponderante em relação aos casos de câncer de pulmão. Cerca de 70% das ocorrências são de pessoas que têm ou tiveram contato com o cigarro, segundo a publicação científica do Reino Unido The BMJ. O número expressivo faz com que boa parte das campanhas se voltem para esse público.

Ao olhar para os 30% restantes, no entanto, observa-se um grupo que também requer atenção: casos de câncer de pulmão por fatores modificáveis. Os exemplos são trabalhadores expostos à sílica, amianto e à metais pesados, além de pessoas de regiões com altos índices de poluição atmosférica.

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“No mínimo 10% dos casos de câncer de pulmão em homens é de origem ocupacional. Nas mulheres, essa fração é muito menor pelo perfil de trabalho, que é menos frequente nessas atividades com a exposição. Mas tem também a exposição ambiental, a poluição atmosférica é responsável por cerca de 5% a 10% dos casos de câncer de pulmão”, aponta o pneumologista Gustavo Faibischew Prado, coordenador da Comissão de Pneumologia do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica.

Ele lembra que há também a exposição ao radônio, um gás que emana do solo em regiões ricas em minérios que dão origem a ele, como urânio e rádio. Isso é comum em países do Hemisfério Norte e ao norte da América do Norte.

“Todos [os fatores] poderiam ter maior controle. Até mesmo o radônio, que a gente não pode impedir que ele emane do solo, a estratégia de redução da exposição é a concretagem de lajes de subsolo em edifícios comerciais ou residenciais”, explica.

O monitoramento do gás se dá da mesma forma que se monitora a concentração de monóxido de carbono, como é feito em São Paulo. “O único não modificável são fatores genéticos”, destaca o pneumologista.

Pandemia

A psicóloga Lenise Amorim, de 41 anos, é um destes casos. “Em outubro de 2020, em plena pandemia, eu recebi o diagnóstico de câncer no pulmão, já localmente avançado e nessa ocasião eu tinha só 39 anos. Eu era completamente assintomática e não tinha nenhum histórico de tabagismo e também nunca convivi com pessoas que fumavam”, relata.

A descoberta ocorreu durante uma ressonância magnética para investigar um nódulo no pescoço que já estava ali há dez anos.

Segundo Prado, esse tipo de câncer normalmente é encontrado de forma não intencional por um exame solicitado por outro motivo.

“A gente viu bastante, durante a pandemia, porque, de certa forma, baixamos muito os limiares para solicitação de exames de imagem, como tomografia de tórax, para pacientes com sintomas respiratórios suspeitos para covid. Com isso, a gente teve muito diagnóstico incidental de nódulos pulmonares e muitas dessas lesões pequenas foram investigadas e diagnosticadas como câncer de pulmão.”

Ele acrescenta que é comum que essas doenças já sejam descobertas em estágios avançados. No caso de Lenise, era um estágio 3, de uma escala que vai até 4. Contudo, o tumor ainda estava localizado apenas no pulmão.

O médico alerta, no entanto, que não há recomendação para rastreamento em pessoas que não tem fatores de risco. “É ainda improvável que a gente venha a propor programas de rastreamento de câncer de pulmão para pessoas sem fatores de risco, sem histórico de tabagismo, sem exposição a carcinógenos no trabalho e, nesses casos, muitas vezes o diagnóstico acontece de forma incidental”, explicou.

Lenise fez o tratamento com medicação durante sete meses e depois uma cirurgia para retirar o tumor. Ela teve a alteração genética do tumor mapeada por meio de uma análise genômica e o resultado permitiu que ela fosse tratada com uma terapia-alvo indicada para o seu perfil e depois passasse por uma cirurgia.

“[Hoje] Eu não tomo nenhuma medicação. Estou curada”, contou à Agência Brasil, destacando que ainda será acompanhada para um monitoramento regular.

O médico pneumologista lembra ainda que atualmente existem diversas opções para tratamento do câncer de pulmão, “aproximando os pacientes da cura, o que era um cenário bastante mais desafiador até pouco tempo atrás”.

Médicos dos Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (24) que realizaram com sucesso o transplante dos dois pulmões de um homem com câncer terminal, dando novas esperanças a outros pacientes que estão em estágios avançados da doença mortal.

Albert Khoury, um não fumante de 54 anos, se submeteu a uma cirurgia de sete horas para receber seus novos pulmões no hospital da Northwestern Medicine em Chicago, em 25 de setembro de 2021.

Seis meses depois, os pulmões estão funcionando bem e não há sinais de câncer em seu corpo.

"Minha vida foi de zero a 100...", disse o paciente, que agora leva uma vida normal e pode trabalhar e ir para a academia sem necessidade de assistência respiratória.

"O transplante de pulmão para o câncer de pulmão é extremamente raro e são poucos os casos conhecidos", disse em um comunicado Ankit Bharat, chefe de cirurgia torácica da Northwestern Medicine.

"Para os pacientes com câncer de estágio 4, o transplante de pulmão é considerado um completo 'não', mas, como o câncer de Albert estava alojado somente no tórax, tínhamos certeza de que poderíamos eliminar todo o câncer durante a cirurgia e salvar sua vida", explicou Bharat.

No início de 2020, Khoury trabalhava como finalizador de concreto para a cidade de Chicago, quando começou a sentir dores nas costas, espirros, calafrios, tosse e secreção. De início, pensou que era covid, mas foi ao médico depois que começou a tossir sangue, e foi a partir daí que veio o diagnóstico de câncer.

De maneira geral, os cirurgiões são reticentes a realizar esses transplantes porque, mesmo que restem poucas células cancerígenas, existe uma grande chance de que elas voltem a crescer em um paciente que toma medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição dos órgãos transplantados.

Os poucos procedimentos deste tipo efetuados no passado não tiveram êxito, mas, desde então, os avanços da ciência permitiram uma melhor compreensão dos médicos sobre a propagação do câncer.

Os fãs de Zé Neto foram pegos de surpresa no último domingo, dia 26! Isso porque a assessoria de imprensa do cantor emitiu um comunicado onde cancela todos os shows da agenda da dupla até o dia 9 de janeiro.

"Os shows da dupla Zé Neto & Cristiano de hoje ao dia 09 de janeiro serão cancelados em virtude de ter sido detectada monilíase oral (fungo), causado pelo uso de corticoide, medicamento utilizado pelo cantor no recente tratamento para sanar os focos de vidro fosco no pulmão. O cantor já iniciou o novo tratamento e deverá ficar em repouso no período acima mencionado. Tanto Zé Neto como Cristiano, já estão em casa. Não há necessidade de internação neste caso, segundo atesta o médico particular de Zé Neto, Dr. Wandervan Antônio de Azevedo", diz o comunicado.

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O sertanejo, que faz dupla com Cristiano, revelou recentemente uma lesão pulmonar, preocupando fãs de todo o país. De acordo com a equipe do artista, Zé Neto está com foco de vidro no pulmão, um problema que poderia ser consequência da Covid-19, assim como do consumo de Vape, cigarro eletrônico.

Uma mulher, identificada como Iolanda Mariano de Melo Simplício, de 55 anos, engoliu uma broca odontológica depois de passar por um procedimento e agora luta por uma cirurgia para retirar o objeto que está preso em seu pulmão. O caso aconteceu no dia 26 de julho, em uma clínica pública de Lajes, no Rio Grande do Norte. 

Rohnhalyson Mariano, filho de Iolanda, disse nas redes sociais que os familiares não podem mais esperar "a boa vontade" da Prefeitura de Lajes, tendo em vista que já se passaram quase um mês desde o incidente, mas sua mãe ainda aguarda pela cirurgia para retirar a broca. 

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"Por quanto tempo minha mãe vai ter que esperar mais? Será que se fosse com a mãe de um deles seria do mesmo jeito? Tento rir para não chorar, mas só Deus sabe o que sinto", escreveu o jovem.

A Prefeitura de Lajes publicou uma nota de esclarecimento, afirmando que a paciente engoliu a broca acidentalmente enquanto passava por um procedimento nos dentes. A Secretaria de Saúde garante que, assim que teve conhecimento do ocorrido, demitiu o profissional que fez o atendimento e encaminhou Iolanda para a realização de exames.

Ela teve sua primeira consulta no dia dois de agosto no Hospital Universitário Onofre Lopes, que agendou a cirurgia para o dia 11 de agosto. Contudo, a cirurgia não foi feita por conta da quebra do equipamento do hospital, que remarcou o procedimento para a semana seguinte. No entanto, a máquina continuou quebrada e a cirurgia voltou a não acontecer.

"A Secretaria de Saúde, que tem acompanhado diretamente o caso junto à família e à rede pública responsável desde o ocorrido em julho, cobrou ao Onofre Lopes um posicionamento. Não tendo recebido previsão de conserto do equipamento e viabilização da cirurgia por parte do Hospital, a Prefeitura buscou orçamentos particulares para a realização do procedimento o quanto antes", revelou a Secretaria de Saúde de Lajes.

A pasta assegura que está realizando "os processos necessários para marcar a cirurgia de retirada da broca da paciente". Além disso, a prefeitura "se solidariza à aflição da família e esclarece à população que tudo o que está ao alcance está sendo feito".

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Kathy Griffin usou o Instagram para informar os fãs de que está com câncer no pulmão. A comediante afirmou, em uma publicação feita nesta segunda-feira (2), que vai passar por uma cirurgia, mas que os médicos estão otimistas.

"Tenho que dizer uma coisa a vocês. Estou com câncer. Estou prestes a fazer uma cirurgia para remover metade do meu pulmão esquerdo. Sim, tenho câncer de pulmão, embora nunca tenha fumado! Os médicos estão muito otimistas, pois está no estágio 1 e contido no meu pulmão esquerdo. Espero que não tenha quimio [quimioterapia] ou radioterapia depois disso e eu deva ter uma função normal com minha respiração", contou.

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Em seguida, Kathy conta que já está vacinada contra o novo coronavírus e que teria consequências mais graves caso não tivesse recebido o imunizante.

"Devo estar de pé e correndo como de costume em um mês ou menos. Foram quatro anos infernais tentando voltar ao trabalho, fazendo vocês rirem e entretendo vocês, mas vou ficar bem. É claro que estou totalmente vacinada para Covid. As consequências por não ter sido vacinada teriam sido ainda mais sérias. Por favor, mantenha-se atualizado sobre seus exames médicos. Isso salvará sua vida", salientou.

Segundo a revista People, a comediante vai falar sobre o assunto em uma entrevista no programa Nightline, que será transmitido pela ABC News ainda nesta segunda-feira. Em um trecho do programa, ela fala: "Na verdade, apenas alguns dias atrás, tipo, eu acho que duas semanas atrás, fui diagnosticada com câncer. Como um amigo meu disse: Quantos chutes nas nozes você consegue aguentar? Minhas nozes são muito fortes, mas é um desafio. Eu estava definitivamente em choque. Ainda estou um pouco em estado de choque, não nego".

Desde o início da pandemia de Covid-19, no primeiro semestre de 2020, a Prefeitura de São Paulo registrou a abertura de aproximadamente 1600 tabacarias na Região Metropolitana. A principal atração dos locais costumam ser os narguilés, uma espécie de cachimbo que pode ser usado individualmente ou compartilhado, para consumo de tabaco aromatizado. E assim como o cigarro, também traz prejuízos para a saúde.

De acordo com Fátima El Hajj, especialista na área da saúde, o principal componente inserido no narguilé que traz malefícios para a vida, é o tabaco, que possui seu sabor mascarado por aromas e essência de frutas e flores.

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“É a principal substância que leva ao vício”, diz ela. “Uma coifa de narguilé equivale ao fumo de aproximadamente 100 cigarros”, completa a especialista.

Mesmo com as semelhanças em aspectos de vício e a composição de substâncias, como o tabaco, existem diferenças entre os objetos de fumo.

“Os narguilés tem mais sabores. A fumaça inalada é sentida pelo fumante de maneira mais branda, por ela passar antes pela água, diminuindo sua temperatura”, explica El Hajj.

Segundo a especialista, o uso contínuo do narguilé pode estar associado ao desenvolvimento ou piora de doenças como asma e tosses constantes. Já a longo prazo, é possível que o fumante tenha enfisema pulmonar, doença respiratória que leva à perda de elasticidade dos pulmões, causada pela exposição contínua de tabaco ou poluentes.

Fátima El Hajj afirma que as gerações expostas ao consumo verão as repercussões no futuro, assim como a geração que vivia nas décadas de 40 a 80, período onde havia a glamourização do uso de cigarro, e trouxe doenças pulmonares severas, além do câncer.

Para que o cenário seja diferente, a especialista recomenda “interromper o uso por completo, procurar fisioterapia pulmonar. Exercícios físicos e alimentação saudável sempre é indicada”.

Nesta quinta-feira (20), a conta de Rita Lee no Instagram informou que a cantora descobriu um tumor no pulmão esquerdo. A publicação afirmou que a artista de 73 anos encontra-se em casa e que irá passar por tratamentos de imuno e radioterapia. "Nossa Rita submeteu-se a um check-up no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Os exames apontaram um tumor primário no pulmão esquerdo", escreveu a assessoria.

O comunicado também assegura que Rita ela está sendo bem assistida por uma junta médica. Assim que a notícia foi divulgada, fãs encheram a rede social de Rita de mensagens. "Muita positividade! Que fique bem logo, minha querida!", escreveu um dos admiradores do trabalho dela. No início de abril, a cantora recebeu a segunda da vacina contra a Covid-19.

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Um pulmão infectado com o coronavírus foi transplantado para uma mulher, que veio a óbito da doença dois meses depois da cirurgia, em Michigan, nos Estados Unidos. Este foi o primeiro caso de infecção da Covid-19 por um órgão transplantado. Os testes feitos com a doadora haviam apresentado resultados negativos.

Segundo reportagem da Kaiser Health News, publicada também na NBC, a paciente que recebeu o órgão infectado tinha doença pulmonar obstrutiva crônica e realizou o transplante no Hospital Universitário de Ann Arbor. Três dias após a cirurgia, a mulher começou a apresentar sintomas causados pela infecção do vírus Sars-CoV-2.

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Os médicos realizaram um tratamento envolvendo remdesivir e plasma sanguíneo, mas o quadro não apresentou melhoras. O cirurgião que realizou o transplante também testou positivo para a doença.

A doadora do pulmão havia sofrido morte cerebral após um acidente de carro e os testes realizados nela apresentaram resultados negativos para Covid-19. Após a morte da mulher que recebeu o pulmão, foi feita uma autópsia para analisar o órgão, e o exame revelou que o vírus já estava presente no pulmão antes da operação.

A infecção da doença por um órgão transplantado é o único caso confirmado até agora. Mas elevou o pedido de testes mais completos de doadores de transplante de pulmão.

Daniel Kaul, diretor do serviço e doenças infecciosas de transplantes da Michigan Medicine, lamentou o caso. “Não teríamos usado os pulmões se tivéssemos um teste de covid-19 positivo... Todas as triagens que normalmente fazemos e somos capazes de fazer, nós fizemos”, disse ele à reportagem da Kaiser Health News.

César Filho está internado desde a última quinta-feira (11) no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após apresentar piora no quadro de saúde, já que ele foi diagnosticado com a Covid-19. Na noite do último sábado (13), Elaine Mickely, esposa do apresentador, fez uma publicação em seu Instagram para tranquilizar os seguidores, amigos e familiares.

"Aqui estamos mais seguros e tranquilos para o pronto restabelecimento do César que já está fazendo fisioterapia para os pulmões, assim, gerando mais conforto respiratório e melhor estabilização na saturação! Hoje, sábado, o César está se sentindo muito confiante e mais tranquilo em relação ao quadro atual! Está tudo sob controle! Temos certeza que os dias críticos já passaram!".

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Elaine também aproveitou a publicação para agradecer os médicos envolvidos no tratamento.

"Agradecemos imensamente ao Dr. Roberto Beck que nos acompanhou brilhantemente durante todo o tratamento, mesmo a distância! Os nossos profundos agradecimentos ao super Dr. Roberto Zeballos, que prontamente deu continuidade nessa fase tão delicada, inclusive da internação. Seguimos com muita fé em Deus que a cada dia o César terá uma melhora significativa!".

Nos comentários, Ana Hickmann e Rodrigo Faro, colegas do apresentador na Record TV, desejaram melhoras para César Filho.

O câncer de mama tomou o lugar do câncer de pulmão e se tornou a forma mais comum da doença, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (2).

"Pela primeira vez, o câncer de mama constitui agora o câncer de ocorrência mais comum em todo o globo", disse Andre Ilbawi, especialista em câncer da OMS, em entrevista coletiva na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) antes do Dia Mundial do Câncer, na quinta-feira (4).

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O câncer de pulmão foi o tipo mais comum nas últimas duas décadas, mas agora está em segundo lugar, à frente do câncer colorretal, o terceiro mais disseminado, explicou Ilbawi.

Ele observou que a obesidade feminina é um fator de risco comum no câncer de mama e que também está elevando os números gerais do câncer.

À medida que a população global cresce e a expectativa de vida aumenta, o câncer deve se tornar mais comum, avançando dos 19,3 milhões de casos novos por ano em 2020 para cerca de 30 milhões em 2040, segundo Ilbawi.

A pandemia de coronavírus está prejudicando o tratamento de câncer em cerca de metade dos países analisados, disse Ilbawi, ressaltando os atrasos de diagnósticos, o estresse extremo dos profissionais de saúde e o impacto nas pesquisas.

Diagnosticado com Covid-19, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), se submeteu nesta quarta-feira (9) a exames que detectaram uma infecção no pulmão, sobre cerca de 5% da capacidade do órgão. Segundo a sua assessoria, o mandatário sente "um leve mal-estar provocado por tosse, sem apresentar qualquer outro sintoma da doença".

Ibaneis se recupera em casa, de onde continua despachando normalmente, informa a assessoria. Amanhã (10), o governador do DF tem prevista reunião com seus secretários por teleconferência.

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Um estudo italiano descobriu que quando o novo coronavírus (Sars-CoV-2) causa um duplo dano aos pulmões - atacando e destruindo os alvéolos e capilares pulmonares - o índice de mortalidade dos pacientes em unidades de terapia intensiva (UTIs) aumenta sensivelmente.

A pesquisa foi liderada pelo Policlínico Sant'Orsola, de Bolonha, e foi publicada na revista "Lancet Respiratory Medicine" na última semana. Foram analisados 301 prontuários de pacientes que foram internados no hospital como também em outros seis estabelecimentos italianos.

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Segundo os estudiosos, os resultados encontrados permitirão individualizar mais rapidamente quem está em risco, bem como oferecer os melhores tratamentos. Dois exames usados pelos médicos permitem, no caso de realização precoce, uma queda de até 50% no índice de mortalidade daqueles que são internados na UTI.

A pesquisa foi coordenada pelo professor e diretor do departamento de Anestesia e Terapia Intensiva do Policlínico, Marco Ranieri, com o auxílio do presidente do Conselho Superior de Saúde, membro do Comitê-Técnico Científico do governo da Itália e médico do hospital Bambino Gesù, de Roma, Franco Locatelli.

De acordo com Ranieri, o Sars-CoV-2 pode danificar as duas estruturas pulmonares: os alvéolos, que são aqueles que realizam as trocas gasosas entre o meio-ambiente e o organismo, ingerindo o oxigênio e liberando o gás carbônico, e os capilares, que formam redes de vasos sanguíneos.

O estudo mostrou que quando o vírus que causa a Covid-19 danifica os dois, quase 60% dos pacientes morrem. O índice de óbitos cai para pouco mais de 20% no caso daqueles que sofrem com danos em apenas uma das duas estruturas.

O fenótipo, ou seja, a forma como as condições clínicas se manifestam, é facilmente identificável no caso das pessoas com "duplo dano" através de dois exames: um que analisa o parâmetro de funcionalidade pulmonar (distensibilidade do pulmão menor de 40, perante o índice normal de 100) e de um parâmetro hematoquímico (o D-dímero maior que 1.800 com valor normal de 10).

Estes resultados têm importantes implicações sejam para os tratamentos atualmente disponíveis como para futuros estudos sobre novas intervenções terapêuticas. O reconhecimento rápido do fenótipo com "duplo dano" permitirá uma precisão diagnóstica muito elevada e a utilização de tratamentos mais eficazes, fazendo com que esses doentes sejam colocados em medidas mais agressivas, como a ventilação mecânica extracorporal.

Já aqueles com apenas um dos exames negativos, podem receber a ventilação mecânica não invasiva.

Participaram da pesquisa, além do Sant'Orsola, o Policlínico de Modena, o Ospedale Maggiore, o Niguarda e o Instituto Clínico Humanitas - todos de Milão -, o hospital San Gerardo de Monza e o Policlínico Gemelli de Roma. 

Da Ansa

Para entender a complexidade do coronavírus, cientistas britânicos desenvolveram um modelo impresso em 3D de um pulmão atingido pelo auge da infecção. Segundo informações publicadas pela Reuters Brasil, o modelo é feito em tamanho real e foi baseado na tomografia computadorizada de um paciente de Belfast, na Irlanda do Norte, infectado pela Covid-19 depois de 14 dias de desenvolvimento da doença no corpo. O paciente sobreviveu, mas ainda não há a certeza sobre os impactos permanentes no organismo infectado.

Os cientistas pretedem utilizar a tecnologia não apenas para ilustrar o impacto da doença sobre o órgão em seu auge, como também para planejar possíveis cirurgias em casos mais graves. A impressão revela em amarelo o pus inflamatório presente no pulmão, assim como o tecido cicatrizado dentro das vias respiratórias que impedem o transporte do oxigênio para o sangue do paciente infectado, levando a habitual falta de ar nos pacientes com a doença.

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O modelo foi desenvolvido pela Axial3D, uma empresa sediada em Belfast especializada em impressões 3D de produtos médicos, e também será utilizado para educar a população sobre os efeitos letais do coronavírus. Pretende-se com isso evitar uma segunda onda da pandemia em todo o mundo.

 

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