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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou, nesta segunda-feira (11), em Nova Délhi, o ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul e o terremoto que matou mais de 2 mil pessoas no Marrocos na semana passada. "Não tem muita explicação para a ocorrência das tragédias, a não ser a mudança do clima, a não ser o que nós estamos fazendo com o planeta", disse Lula, pouco antes de embarcar para Brasília, após ter participado da Cúpula do G20 na capital indiana.

Lula foi criticado por não ter visitado o local da tragédia no Rio Grande do Sul, que soma 46 mortos e 46 desaparecidos.

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No domingo, seis dias após a passagem do ciclone, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) visitou a região e anunciou a liberação de recursos para as vítimas e para a reconstrução da infraestrutura danificada.

A semana começa com previsão de chuva intensa e novo ciclone na costa do Rio Grande do Sul, segundo alerta da Metsul Meteorologia divulgado no domingo (10). Na última semana, o Estado foi duramente afetado por chuvas intensas e uma tempestade extratropical que deixaram 46 mortos e mais de quatro mil desabrigados. Quarenta e seis pessoas seguem desaparecidas.

Segundo a previsão da Metsul, a segunda-feira (11) será de sol em todo o Estado, trazendo calor. As temperaturas máximas podem chegar até 34ºC em algumas regiões. No fim do dia, porém, uma frente fria alcança o oeste e sul gaúchos, levando à formação de tempestades com raios, chuvas fortes e granizo para algumas áreas.

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A terça-feira (12) será de chuva intensa nas partes oeste e sul do Estado. Na quarta-feira (13), a área de baixa pressão se aprofunda e avança pelo Rio Grande do Sul, levando a chuvas fortes e mesmo torrenciais em diversas regiões. "O risco de temporais isolados com granizo e rajadas de vento forte será elevado", informou em comunicado.

A partir de quinta-feira (14), o centro de baixa pressão se desloca para o Oceano Atlântico, onde se transforma em ciclone extratropical, impulsionando uma frente fria com chuva e temporais isolados no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, além de partes do Centro-Oeste e do Sudeste do País.

"Este ciclone mais perto da costa do Sul do Brasil, cujo posicionamento os modelos discrepam ainda em suas projeções, impulsionará ar mais frio de trajetória continental para o Sul e o Centro-Oeste do Brasil com queda acentuada da temperatura a partir de um centro de alta pressão continental no Norte da Argentina", afirma a MetSul.

"Este é o terceiro evento (de chuva extrema) do mês de setembro, que começa sob influência maior do fenômeno climático El Niño, que ainda está se intensificando e traz preocupação", diz Stael Sias, meteorologista da MetSul.

Especialistas dizem que não há dados que indiquem aumento no número de ciclones que atingem o Brasil. Mas há indícios de que o fenômeno pode estar se tornando mais intenso por causa do El Niño e também das mudanças climáticas.

Segundo a Metsul, a precipitação prevista para o Rio Grande do Sul é suficiente para provocar alagamentos em áreas urbanas e rurais, além de inundações, podendo ainda agravar a condição dos rios que já estão muito cheios, como Quaraí, Ibirapuitã, Jaguarão, Piratini e Camaquã, no oeste e no sul do Estado.

Além disso, segue o alerta da Metsul, os excessivos acumulados de chuva somado aos registrados dias atrás podem gerar o extravasamento de alguns açudes.

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou neste domingo, 10, que o governo federal destinará cerca de R$ 741 milhões de recursos para minimizar os danos causados pelo ciclone no Rio Grande do Sul. Os recursos serão alocados em diferentes ministérios, que utilizarão a verba para reconstruir o Estado ou para antecipar benefícios financeiros aos moradores da região atingida. Há 43 mortes até agora, na maior catástrofe climática da história do Estado.

Alckmin visita o Rio Grande do Sul quase seis dias após a tragédia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter sido criticado por aliados e pela oposição por não ter visitado a região. Na quinta-feira, 7, Lula participou em Brasília das comemorações do Dia da Independência, gravou vídeo comendo jabuticaba do pé e viajou rumo à Índia, onde participa de encontro do G-20.

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O pacote de medidas anunciado por Alckmin inclui desde recursos para reconstruir estradas, reparo de unidades básicas de saúde, reconstrução das cidades, até antecipação de benefícios. O governo federal também atualizará o decreto de calamidade pública, passando de 79 municípios para 88 nessa situação.

"Temos três desafios. O primeiro é salvar vidas, o que foi feito e com enorme empenho, no sentido de buscar pessoas e salvar vidas. E continua o trabalho hospitalar de saúde. O segundo é reconstruir as cidades que foram destruídas. É impressionante a violência das águas. E o terceiro é salvar o emprego, recuperar a economia. Vamos encaminhar esses projetos. Precisamos de crédito mais alongado e com juros mais baixos", disse Alckmin em coletiva de imprensa neste domingo.

Antecipação do Bolsa Família e do BPC

Alckmin afirmou que, para ações compartilhadas entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) a Previdência Social, serão destinados R$ 57,4 milhões.

Segundo Alckmin, o pagamento do Bolsa Família para pessoas da região será antecipado para 18 de setembro. Além disso, o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), repassado a idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade que tenha renda familiar per capita menor que um quarto do salário mínimo, será antecipado para o dia 25.

Normalmente o pagamento desses benefícios é feito de forma escalonada, mas devido ao desastre, todas as pessoas receberão o recurso nessas datas. Além da antecipação do pagamento, famílias beneficiárias do BPC poderão fazer uma espécie de "empréstimo" de mais um salário mínimo e pagar o valor em 36 parcelas, sem juros e sem correção.

O MDS também repassará aos municípios R$ 800 por desabrigado, em duas parcelas de R$ 400, que serão transferidas às prefeituras para atender à população.

Construção de 1500 casas

Outra medida anunciada pelo governo federal é a construção de casas na região atingida. O governo alocará R$ 195 milhões no Ministério das Cidades e no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional para construção de unidades habitacionais. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, os municípios devem estar vinculados ao decreto de calamidade pública para solicitar as casas. El não especificou quando o sistema será aberto.

" O governo determinou para os municípios atingidos por tudo isso (a construção) de 1,5 mil unidades habitacionais, unidades habitacionais de interesse social. Vamos reabrir o programa para municípios atingidos para que vocês possam dar entrada. É importante estarem vinculados a questão da calamidade pública, porque todas (as casas) estão vinculadas a questão da calamidade", disse o ministro.

Operações emergenciais

Cerca de R$ 26 milhões foram destinados ao Ministério da Defesa para financiar operações com helicópteros, maquinário e outros equipamentos utilizados para atender emergencialmente a população e nas operações de resgate. Alckmin explicou que as Forças Armadas poderão inclusive auxiliar na construção de pontes na região e outros aparatos.

Reconstrução dos municípios

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional empregará R$ 185 milhões para reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas e ações de defesa civil. Além disso, o valor será empregado também para ajuda humanitária às vítimas.

Distribuição de alimentos

O governo federal alocou R$ 125 milhões no Ministério do Desenvolvimento Social e no Ministério do Desenvolvimento Agrário para compra de alimentos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Alckmin explicou que serão comprados alimentos de agricultores da região e distribuídos para as famílias locais.

Cerca de 20 mil cestas serão distribuídas, as primeiras 5 mil chegam neste domingo.

Reformas de Unidades Básicas de Saúde e kit de medicamentos

Para o Ministério da Saúde, serão destinados R$ 80 milhões para que a pasta reforme unidades básicas de saúde, reconstrua equipamentos de saúde destruídos e construção do hospital de campanha, que foi instaurado em Roca Sales. O ministério também enviou kits com medicamentos para as cidades atingidas.

Recuperação de pontes e estradas

Outros R$ 16 milhões serão utilizados pelo Ministério dos Transportes para fazer a recuperação de trechos da BR 116 que foram atingidos pela chuva. O recurso também será usado para recuperação de pontes no local.

Liberação de saque do FGTS

A Caixa Econômica Federal vai permitir o saque de parte do FGTS por pessoas que tenham sido atingidas pelas chuvas. Segundo Alckmin, quem tem saldo na conta e não fez retirada nos últimos 12 meses poderá sacar até R$ 6.220.

Além disso, para os empresários locais, a Receita Federal vai prorrogar a data de pagamento de tributos federais. Os impostos de setembro poderão ser pagos em dezembro, e os de outubro, em janeiro.

'Absoluta prioridade'

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse em entrevista coletiva neste domingo, 10, que, da parte do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva, houve "absoluta prioridade" para a tragédia no Rio Grande do Sul.

No mesmo sentido, o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que Lula, que está na Índia em virtude do encontro do G20, ligou duas vezes para o presidente em exercício Geraldo Alckmin e ministros para falar sobre o apoio ao Estado, que sofre com os efeitos do ciclone extratropical que atingiu a região.

Além disso, Pimenta afirmou desconhecer qualquer pleito encaminhado por prefeituras do RS que não tenha tido resposta imediata do governo.

O ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou hoje à tarde que o governo federal deve repassar até segunda-feira, 11, a primeira parcela de recursos para municípios prejudicados pelo ciclone no Rio Grande do Sul, que será usada para auxiliar a população desabrigada. Nesse primeiro momento, serão transferidos R$ 400 por pessoa desalojada - repassados diretamente à prefeitura.

"Foi aberto cadastro ontem. Os municípios que se cadastraram até ontem receberão na segunda-feira. Basta os municípios se cadastrarem e será feito imediatamente o repasse", afirmou Dias após reunião no Palácio do Planalto realizada neste sábado. Segundo o ministro, a pasta comandada por ele separou R$ 56 milhões para ações na região, como o auxílio abrigamento e o programa de aquisição de alimentos.

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Os repasses para ajudar os desabrigados deverão ocorrer em duas etapas. Ao fim, os municípios devem receber até R$ 800 por pessoa afetada. Dias disse ainda que o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, vai anunciar neste domingo, 10, o saldo de medidas coordenadas pelo governo federal para amparar a população gaúcha.

A previsão é de que Alckmin e uma comitiva com sete ministros visite amanhã, 10, as cidades afetadas pelo ciclone. Além do vice-presidente e de Dias, participaram da reunião neste sábado no Planalto os ministros de Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da Secretária de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, além de representantes das Forças Armadas, pastas de Cidades, da Casa Civil, da Agricultura, e da Caixa.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que ocupa a Presidência da República enquanto Luiz Inácio Lula da Silva está fora do País para a reunião do G20 na Índia, disse nesta sexta-feira, 8, que irá ao Rio Grande do Sul no domingo, 10, provavelmente pela manhã.

O Estado está sendo atingido por fortes chuvas e enchentes que já mataram ao menos 41 pessoas, em razão de um ciclone. Serão visitadas as cidades de Lajeado, Roca Sales, e Arroio do Meio, no interior gaúcho, se os planos não forem alterados.

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Alckmin minimizou o fato de Lula ter embarcado para a Índia sem visitar a região. Neste ano, o presidente visitou Araraquara (SP) e o litoral norte paulista quando essas regiões passaram por chuvas com enchentes e deslizamentos.

"O presidente Lula está super interessado [na situação do RS]", disse o vice-presidente. "Ministros estiveram lá. O presidente tinha ontem o 7 de Setembro, não tinha como sair. No dia anterior teve uma indisposição de saúde", declarou Geraldo Alckmin.

Sala de situação permanente

De acordo com o vice-presidente, foi criada uma sala de situação permanente. Ele disse que o governo federal enviará 20 mil cestas de alimentos ao Rio Grande do Sul, com as primeiras 5 mil chegando no domingo.

Haverá uma ajuda federal de R$ 800 para os municípios por pessoa desabrigada. Alckmin também citou o envio de kits de medicamentos para atender 15 mil pessoas, entre outras medidas.

Segundo o vice-presidente, Marinha e Exército forneceram botes para o governo do Estado, além de 8 helicópteros das Forças Armadas. São 450 militares trabalhando para mitigar os efeitos das chuvas no local, disse Alckmin.

O ministro da Secretaria de Comunicação, o gaúcho Paulo Pimenta, disse que ainda não há estimativa de valor para a soma das medidas anunciadas.

Alckmin e Pimenta falaram a jornalistas no Palácio do Planalto ao lado dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).

Antes, eles tiveram reunião com outros ministros para discutir as ações. Uma nova reunião do tipo deve ser realizada ainda nesta sexta.

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, anunciou, nesta sexta-feira (8), pelo Twitter, que o Ministério da Previdência decidiu antecipar benefícios para os atingidos pelos estragos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. "Acabamos de antecipar o pagamento dos benefícios previdenciários e assistenciais da Previdência para mais de 700 mil pessoas atingidas pela catástrofe das chuvas nas 79 cidades gaúchas", escreveu na rede social.

O Estado sofreu nesta semana a maior tragédia climática da sua história. A passagem de um ciclone, junto de temporais e ventania, deixou ao menos 41 mortos.

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Também pelas redes sociais, o Ministério da Saúde comunicou ter enviado na quarta-feira, 10 kits de medicamentos e insumos para assistência farmacêutica ao Rio Grande do Sul.

Os kits enviados atenderão 15 mil pessoas em circunstância do ciclone extratropical e às fortes chuvas que castigam a região.

A pequena Muçum, no vale do Rio Taquari, foi uma das cidades mais afetadas pelo ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul, que sofre a maior tragédia climática de sua história. "A situação está caótica, difícil de organizar. É um cenário de guerra e estamos lidando dessa forma, tentando organizar o caos e reconstruir a cidade", disse o prefeito Mateus Trojan (MDB).

O município registrou 15 mortes e ainda há uma lista com quase 20 desaparecidos.

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O prefeito disse esperar que nem todos os desaparecidos tenham perdido a vida. "Tivemos informações de que algumas pessoas relacionadas na lista podem estar vivas, por isso lidamos com muita cautela com essa divulgação", afirmou o prefeito em entrevista à Rádio Eldorado, do Grupo Estado.

Na quinta-feira (7), o Estadão viu na cidade, de menos de 5 mil habitantes, as ruas tomadas por lama, caminhões e retroescavadeiras.

Muçum teve 80% do território alagado e moradores tiveram de carregar vizinhos no colo e se abrigar nos telhados para escapar da força das águas.

"Muitas famílias perderam tudo o que tinham e tiveram o agravante de perder familiares. No hospital de Muçum recebemos também pessoas que vieram de Roca Sales (cidade vizinha), pois lá o hospital foi destruído", afirmou Trojan.

No total, o Rio Grande do Sul registrou 41 mortes e há previsão de novos temporais, o que deixa todo o Estado em alerta.

Na madrugada desta sexta-feira, 8, voltou a chover na região e a cidade entrou em alerta, mas os serviços de resgate não pararam, segundo o prefeito. "Ainda o risco de nova enchente. A terra está encharcada e o rio está com o leito bem acima do normal. Mas as equipes estão escaladas para continuar as buscas tomando o cuidado de que a tragédia não gere outra tragédia."

Nesta quinta, segundo ele, o governador Eduardo Leite (PSDB) visitou a cidade e prometeu ajuda. "No momento, a ajuda humanitária está vindo de várias partes através de doações. Temos o Brasil dentro de Muçum, o Exército, a Marinha, a Defesa Civil de diferentes esferas, batalhões da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. É uma estrutura de guerra para a resposta a um cenário de guerra", disse.

Além de recursos humanos e financeiros, o prefeito disse que será necessário apoiar as empresas atingidas para que retomem seus trabalhos e não demitam, o que desencadearia, em médio e longo prazo, outro problema social.

Segundo ele, a indústria é a base da economia local. A maior delas, um curtume de couros, foi atingida totalmente e tem quase 500 funcionários, parte deles vindos das cidades de Roca Sales e Encantado, que também foram atingidas. A Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo superior a R$ 85 milhões nas áreas afetadas.

Trojan espera que a onda de solidariedade que está ajudando a recuperar a cidade continue por mais tempo. "São dezenas de casas totalmente levadas, o que gera essa necessidade de ter esse retorno do governo do Estado e do federal para reconstruir a cidade. Mas temos também mais de duas mil pessoas voluntárias, que vieram de fora, para ajudar na recuperação da cidade."

No sábado, 9, as vítimas de Muçum receberão homenagens em velório coletivo.

Novas chuvas fortes atingem o Rio Grande do Sul desde quinta-feira (7) feriado da Independência do Brasil, após a destruição causada pela passagem do ciclone extratropical na região. Foi a maior tragédia climática da história do Estado, com 41 mortos, segundo a Defesa Civil. Uma pessoa também morreu em Santa Catarina.

Segundo a MetSul, enquanto cidades do norte gaúcho, especialmente do Vale do Taquari, ainda contabilizam o número de vítimas e os estragos causados pelas inundações, mais enchentes atingem o oeste e o sul do Estado, com os volumes elevados de chuva, nesta sexta-feira, 8.

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Alegrete é o município que mais preocupa. Conforme a empresa de meteorologia, moradores começaram a ser retirados de suas casas com auxílio da Defesa Civil, de produtores rurais e do Exército.

O Ginásio Oswaldo Aranha foi aberto para receber munícipes. Desde a quinta-feira, também há registros de alagamentos provocados em Rio Grande, Pelotas e Pinheiro Machado.

"A chuva acumulada até o fim da madrugada desta sexta-feira somava 182 mm em Canguçu, 181 mm em Pedro Osório, 176 mm em Capão do Leão, 170 mm em Dom Pedrito, 164 mm em Alegrete, 160 mm em Arroio Grande, 158 mm em Pelotas, 151 mm em Rio Grande, 137 mm em Santa Maria, 114 mm em Jaguarão, 112 mm em São Lourenço do Sul e 111 mm em Rosário do Sul", afirma a MetSul.

Além disso, permanece o monitoramento das autoridades sobre elevação do volume de rios. Há alerta para inundação do Rio Santa Maria, em Dom Pedrito, até as 14 horas desta sexta-feira. O mesmo sinal de perigo é válido para o Rio Ibirapuitã, que está em lenta elevação em Alegrete.

Também continua o alerta para temporais, chuvas intensas, descargas elétricas, eventual queda de granizo e rajadas de vento ainda na manhã desta sexta-feira.

Estado de calamidade pública reconhecido

Na quinta-feira, o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública de municípios do Rio Grande do Sul afetados, ao longo da semana, pelas consequências de chuvas intensas.

Na manhã desta sexta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) e secretários de Estado irão a Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, para uma reunião com prefeitos da região para discutir os impactos das enchentes.

Cidades que registraram mortes:

- Cruzeiro do Sul (4);

- Encantado (1);

- Estrela (2);

- Ibiraiaras (2);

- Imigrante (1);

- Lajeado (3);

- Mato Castelhano (1);

- Muçum (15);

- Passo Fundo (1);

- Roca Sales (10);

- Santa Tereza (1).

 

Cidades com desaparecidos:

- Arroio do Meio (8);

- Lajeado (8);

- Muçum (9).

Outras informações, segundo balanço da Defesa Civil:

- Pessoas resgatadas: 3.037;

- Municípios afetados: 83;

- Desabrigados: 2.944;

- Desalojados: 7.607;

- Afetados: 122.992;

- Feridos: 43.

Rodovias ainda estão bloqueadas

As fortes chuvas que afetaram o Estado provocaram danos e alterações no tráfego em rodovias do Rio Grande do Sul. Até último balanço divulgado na noite de quinta-feira havia ao menos 12 trechos com bloqueios totais ou parciais em cinco rodovias.

Pontes foram destruídas pelas chuvas na ERS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, e na ERS-431, em Bento Gonçalves, no limite com São Valentim do Sul.

A Secretaria de Logística e Transportes do Estado diz que segue trabalhando para liberar as rodovias o mais rápido possível.

Depois da passagem de um ciclone extratropical sobre o litoral do Rio Grande do Sul e do Uruguai que deixou ao menos 37 mortos, além de cidades destruídas, temporais devem atingir novamente o Estado. Segundo a Climatempo, novas áreas de nuvens carregadas se formaram sobre parte do Estado e no Uruguai. No decorrer desta quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil, estas nuvens se espalham sobre o Rio Grande do Sul.

"A chuva mais volumosa deve ocorrer no centro-sul do Estado. No norte gaúcho e na Grande Porto Alegre, o sol até pode aparecer um pouco, mas a chuva ocorre a qualquer hora e também pode ser forte", acrescenta a Climatempo.

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Segundo a empresa brasileira de meteorologia, a presença novamente de nuvens cumulonimbus impactam na possibilidade de rajadas intensas de vento. "Será em torno dos 80 km/h, como ocorreu na região de Canguçu. No entanto, as rajadas podem chegar aos 90 km/h no litoral sul."

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão indica grandes acumulados de chuva, principalmente, no extremo sul do Estado gaúcho, com volumes que podem superar 70 milímetros em algumas áreas.

Nova frente fria

Para sexta-feira, 8, espera-se a formação de uma nova frente fria que vai espalhar ainda mais a chuva sobre o Sul do País. A chuva deve ser mais frequente e volumosa sobre as áreas de serra e planalto. As outras regiões podem até registrar alguns períodos com a presença do sol, ao longo do dia.

O avanço desta nova frente fria vai potencializar a instabilidade e provocar acumulados de chuva de até 100 mm em parte do Rio Grande do Sul, podendo atingir as mesmas áreas impactadas pela chuva dos últimos dias, de acordo com o Inmet.

"Diante disso, o Inmet alerta a população para a importância de acompanhar as atualizações da previsão do tempo e dos avisos meteorológicos especiais nos próximos dias, além de seguir as recomendações da Defesa Civil Nacional", acrescenta o instituto.

No sábado, 9, a previsão é de diminuição da nebulosidade da chuva no centro-oeste sul do Rio Grande do Sul.

"Na fronteira com o Uruguai e no litoral sul nem deve chover. No entanto, a Grande Porto Alegre, a serra e o planalto e também o litoral norte do Rio Grande do Sul vão passar o sábado com predomínio de céu nublado e chuva, que pode ser forte em alguns momentos", afirma a Climatempo.

Com o afastamento da frente fria, no domingo, 10, a previsão é de que o sol já reapareça até com força sobre todo o Rio Grande do Sul. Mesmo assim, algumas pancadas de chuva com raios podem voltar a ocorrer no período da tarde e da noite na região central e oeste do Estado.

A cidade de Roca Sales, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, enfrenta um momento de extrema urgência por causa da cheia avassaladora do rio Taquari, que ocorreu na madrugada de segunda-feira (4). Em comunicado emergencial, a prefeitura orientou que a população atingida pelas enchentes busque refúgio nos telhados de suas casas e aguarde pelo resgate, que deverá ocorrer ainda na manhã desta terça-feira (5).

Cidades da região dos Vales enfrentam enchentes avassaladoras por causa da passagem de um ciclone extratropical, que já está em alto mar.

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Os municípios que mais sofrem com as enchentes do Rio Taquari são Muçum e Roca Sales. Mais de 80% dessas duas comunidades estão submersas. Todo o comércio do centro, prefeitura e escolas estão alagadas. Há falta de luz e de serviço de telefonia. O Rio Taquari, que corta a região, subiu 13 metros acima de seu nível normal, deixando comunidades inteiras em estado de emergência.

A prefeitura de Muçum descreveu a atual enchente como a pior da história da cidade. Abrigos temporários foram estabelecidos nas partes mais altas para acolher aqueles que perderam suas casas.

Um ciclone extratropical deve passar pelo oeste do Rio Grande do Sul a partir da madrugada desta segunda-feira (4). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma frente fria que se aproxima do Estado gaúcho ainda deve levar ventos fortes, chegando a mais de 100 km/h, para as regiões oeste, norte e sul de São Paulo.

O ciclone deve passar principalmente na cidade de São Borja, a quase 600 quilômetros da capital Porto Alegre, e depois vai "se deslocar rapidamente" em direção ao sudeste. A previsão é de que ele atinja o oceano Atlântico por volta das 9h e depois se desloque para alto-mar.

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A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta para "temporais, descargas elétricas, eventual queda de granizo, rajadas de vento e chuvas volumosas" que podem durar até as 10h de segunda-feira.

Desde o último sábado (2) uma frente fria vinda do Uruguai tem levado fortes chuvas ao Sul do Brasil, principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

A frente fria associada ao ciclone extratropical deve repetir as pancadas de chuva no Estado gaúcho ao longo da segunda-feira. Além de São Paulo, os ventos fortes de até 100 km/h serão sentidos no Mato Grosso do Sul.

A capital paulista também vai sentir os efeitos desses fenômenos e a previsão é de que a semana comece com calor de até 32ºC na região metropolitana, com as taxas de umidade do ar variando entre 31% e 90%.

A partir da terça-feira (5) a chuva começa a cair em São Paulo, onde a temperatura deve variar dos 15ºC aos 20ºC. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas, há "risco elevado" até o fim da quarta-feira, quando volta a fazer calor na capital.

Os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre (RS) decidiram na tarde desta segunda-feira, 28, revogar a lei que instituiu o "Dia do Patriota" no calendário oficial cidade. O acordo entre os parlamentares foi confirmado pela Casa e pelo seu presidente, Hamilton Sossmeier (PTB-RS).

"Queremos isso de hoje para amanhã, ou no máximo quarta-feira (30)", disse o vereador. O dia em que radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, 8 de Janeiro, havia sido escolhido para ser o "Dia do Patriota" na capital gaúcha.

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Sossmeier convocou uma reunião extraordinária com os membros da Câmara e ficou decidido que todos vão endossar o projeto de revogação apresentado pela vereadora Karen Santos (PSOL-RS), o que deve acelerar o trâmite nas comissões.

O polêmico projeto de lei foi apresentado em março pelo ex-vereador Alexandre Bobadra (PL-RS). Citando Miguel Reale, Olavo de Caralho e Luiz Felipe Pondé, ele defendeu que a data comemorativa fosse criada como forma de valorização dos que se identificam como patriotas. No dia 7 de junho, a proposta virou a lei nº 13.530 de Porto Alegre.

Bobadra foi cassado no dia 15 de agosto pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, que declarou que houve abuso de poder econômico na sua campanha. Ele ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, mas sua vaga já foi ocupada pelo vereador Cláudio Conceição (União Brasil).

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para 5 de setembro a retomada do julgamento sobre o incêndio na Boate Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria (RS), e que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos.

O caso começou a ser julgado em junho, mas foi interrompido após o ministro Rogério Schietti votar pela prisão imediata de quatro condenados. O julgamento foi suspenso por um pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) feito pelo ministro Antonio Saldanha.

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A Sexta Turma do STJ analisa recurso do Ministério Público do Rio do Grande do Sul (MPRS) contra a decisão que anulou o resultado do júri e determinou a soltura dos acusados.

Em agosto do ano passado, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) aceitou recurso protocolado pela defesa dos acusados e reconheceu nulidades processuais ocorridas durante sessão do Tribunal do Júri de Porto Alegre, realizada em dezembro de 2021.

O júri condenou os ex-sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr (22 anos e seis meses de prisão) e Mauro Londero Hoffmann (19 anos e seis meses), além do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha. Ambos foram apenados com 18 anos de prisão.  No STJ, as defesas dos quatro acusados reafirmam que o júri foi repleto de nulidades e defenderam a manutenção da decisão que anulou as condenações.

Entre as ilegalidades apontadas pelos advogados estão a realização de uma reunião reservada entre o juiz e o conselho de sentença, sem a presença do Ministério Público e das defesas, e o sorteio de jurados fora do prazo legal.

Um facho de luz que cruzou os céus do Rio Grande do Sul entre a noite de quinta-feira (23) e a madrugada desta sexta, 25, chamou a atenção de moradores. Fotos e vídeos foram postados em redes sociais, alguns expressando preocupação. Num primeiro momento, o fenômeno foi tido como um meteoro, mas especialistas explicam que, na verdade, se tratava do estágio de um foguete.

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"A resposta para o facho de luz no céu não é nenhuma rocha espacial. O que se viu no céu do Rio Grande do Sul foi a reentrada do estágio superior de um foguete russo Soyuz SL-4 RB lançado na última terça-feira do Cazaquistão", explicou a Metsul, citando o professor Carlos Fernando Jung, diretor da Brazilian Meteor Observation Network na Região Sul.

O foguete foi lançado às 22h08 (horário de Brasília) no Cosmódromo de Baikonur, que é administrado pela Rússia. Ele transportava uma espaçonave robótica de carga e três toneladas de suprimentos para a Estação Espacial. "O estágio (nome que se dá a uma das partes do lançador) reingressou no Rio Grande do Sul", relatou a Metsul. Foi isso que gerou o facho de luz.

A reentrada de lixo espacial não é incomum, e há milhares deles orbitando o planeta. O próprio lançamento de foguetes deixa detritos no espaço. "Alguns objetos em órbitas inferiores de algumas centenas de quilômetros podem retornar rapidamente. Frequentemente, voltam à atmosfera depois de alguns anos e, em sua maior parte, queimam - por isso não chegam ao solo", destacou a Metsul.

Na noite de quarta-feira, 23, um clarão também foi visto por moradores de Caldas Novas, em Goiás. Nesse caso, tratou-se mesmo de um meteoro. Desde o mês passado, aconteceu a chuva de meteoros Perseidas, cujo pico pôde ser visto no Brasil entre os dias 14 e 15 deste mês. O fenômeno se encerrou na quinta-feira (24).

Um homem abandonou o pai idoso, de 76 anos, na calçada da casa de seu irmão, na cidade de Montenegro, no Vale do Caí, Rio Grande do Sul. Imagens de câmeras de segurança da residência flagraram o momento em que o filho coloca o pai em uma cadeira de praia, bate palmas na porta e deixa o local em um carro.

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O caso foi registrado na última sexta-feira (18) e é investigado pela Polícia Civil, que avalia se o filho cometeu os crimes de maus-tratos e abandono de incapaz. De acordo com a corporação, o homem deixou o pai no local sem avisar ao irmão. Ainda não se sabe por quanto tempo o idoso ficou sozinho na rua.

No momento, a polícia evita dar maiores detalhes sobre a ocorrência, para não expor os familiares, que estão sendo ouvidos.  Precisamos entender o que aconteceu e porque aconteceu, saber todo o contexto, para depois concluir se houve crime", disse o delegado André Roese, responsável pelo caso, ao jornal digital Gaúcha ZH.

Acusada de improbidade administrativa, uma gestora de uma escola estadual localizada no município de Caibaté, no Rio Grande do Sul, foi afastada liminarmente do cargo por 90 dias pela Justiça do estado, após pedido do Ministério Público (MP-RS).

De acordo com o MP, a servidora, de nome não revelado, trabalhava na Escola Estadual de Ensino Fundamental Raimundo de Paula e foi denunciada por supostamente realizar "manobras ilícitas por meio de registros falsos nos sistemas informatizados e falsificação de prestações de contas".

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Foi determinada a indisponibilidade dos bens da servidora e de seu companheiro, no valor de aproximadamente R$ 87 mil, que foi supostamente desviado.

Segundo o promotor de Justiça Sandro Loureiro Marones, a diretora teria feito diversas compras para si em nome da instituição de ensino. Além disso, ela é acusada de vender bens do estado, também em benefício próprio.

“Temos cópias de notas fiscais de compras de materiais de construção e serviços, no valor de mais de R$ 13 mil, emitidas em nome da escola, mas para serem entregues no endereço da ré. Em outro fato, a denunciada colocou à venda em uma rede social o jogo de buffet que pertencia à escola”, afirma o promotor.

Ela também é acusada de participar de um suposto desvio de verba, no qual teria sacado valores das contas bancárias da escola estadual, emitindo cheques nominais destinados a ela e ao companheiro dela.

A juíza Cristina Lohmann, em sua decisão, decidiu pelo afastamento da diretora. A magistrada informa que os supostos atos ilícitos ocorreram em razão do cargo que a acusada ocupava.

"É prudente o seu afastamento do cargo, no intuito de evitar prática de novos ilícitos e também porque a sua permanência pode implicar em prejuízo para a instrução processual, até porque há informação de que a ré teria realizado ameaças contra membros da comissão sindicante e contra as testemunhas dos fatos em apuração”, diz o texto, divulgado pelo MPRS.

A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul comunicou que não irá se manifestar sobre o caso.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 14.629, que abre crédito especial de R$ 807,9 mil no Orçamento deste ano em favor das Justiças Eleitoral e do Trabalho.

Publicada nesta quarta-feira (26) no Diário Oficial da União, a lei tem origem no PLN 6/2023, relatado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO) e aprovado pelo Congresso Nacional no último dia 12 de julho.

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Segundo a exposição de motivos do governo, R$ 707, 9 mil irão atender despesas com a recuperação estrutural dos imóveis dos Cartórios Eleitorais de Sousa e de Jacaraú, na Paraíba. Os R$ 100 mil restantes serão empregados na elaboração dos projetos executivos e complementares de construção do edifício-sede do Fórum Trabalhista de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul.

*Da Agência Senado

Uma socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) morreu após cair de um paredão de pedra no interior do Rio Grande do Sul. Lorezete Duarte, de 45 anos, tentava socorrer um homem quando caiu de uma altura de pelo menos nove metros.

O caso aconteceu na manhã de quarta-feira (19), em Frederico Westphalen, cidade do noroeste do Rio Grande do Sul. Por volta das 9h20, Lorezete atendia à ocorrência no alto de um penhasco, às margens do Km 30 da BR-386. Os dois acabaram caindo.

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Tanto a socorrista quanto o homem foram encaminhados pelos bombeiros ao Hospital Divina Providência (HDP), na mesma cidade. Ele, que não teve a identidade revelada, sofreu diversas fraturas pelo corpo. Lorezete, por sua vez, teve traumatismo craniano e precisou ser transferida para outro hospital, na cidade de Passo Fundo, mas não resistiu aos ferimentos.

Em nota, a prefeitura de Frederico Westphalen lamentou a morte da socorrista, que era técnica de enfermagem no município. "Nesse momento de dor, consternação e tristeza, a administração municipal, em nome de todos os colegas servidores públicos, presta os seus mais sinceros sentimentos e se solidariza com os familiares pela passagem desta nobre profissional, que perdeu sua vida corajosamente no exercício da sua função", diz trecho do comunicado. O município decretou luto oficial de três dias.

A Polícia Civil gaúcha abriu inquérito para apurar as causas do acidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou nesta sexta-feira, 14, a Medida Provisória (MP) 1.180/23, que abre crédito extraordinário no valor de R$ 280 milhões para permitir o atendimento emergencial de despesas com ações de proteção e defesa civil de Estados que sofreram com as chuvas intensas. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Nesta semana, Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco e Alagoas foram alvos de intensas tempestades que deixaram milhares de pessoas desalojadas e áreas em situação de emergência. A região do Sul foi vítima de um ciclone durante a semana; já a região Nordeste vivenciou um temporal nos últimos dias.

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Os recursos estão sob a responsabilidade do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. O auxílio será para a atuação de resposta e de recuperação de infraestrutura destruída nos municípios afetados pelos desastres naturais.

A passagem do ciclone extratropical deixou dois mortos desde quarta-feira (12), no Sul do Brasil. Uma das vítimas era um idoso de Rio Grande, no interior gaúcho, que morreu após uma árvore cair sobre sua casa. Já em Brusque, em Santa Catarina, um homem, de cerca de 40 anos de idade, morreu após ser atingido por uma árvore, segundo dos bombeiros. Nesta sexta-feira, 14, a massa de ar polar deve derrubar as temperaturas em vários pontos do Brasil.

As informações preliminares das autoridades catarinenses apontam que o homem fazia a manutenção de uma rede telefônica na região quando foi atingido pelo tronco, que desabou por causa dos fortes ventos. No acidente, a vítima despencou de uma altura de três metros.

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São Paulo registra ventos fortes

O Estado de São Paulo sofreu nesta semana com fortes ventos, reflexo do ciclone extratropical. Uma idosa de 80 anos morreu em Itanhaém, no litoral paulista, após ser vítima de descarga elétrica causada pela queda de um galho sobre o fio de alta tensão.

Em São José dos Campos, no interior, uma jovem de 24 anos ficou gravemente ferida quando um tronco desabou sobre o carro onde fazia aula de autoescola; ela chegou a ser internada, mas morreu no fim da tarde.

Segundo a Defesa Civil, com o deslocamento do ciclone extratropical em sentido ao oceano, a tendência é de que os índices de velocidade média de vento diminuam, as rajadas de vento também devem acompanhar este comportamento. Na quinta, o Estadão mostrou que, assim como o ciclone de meados de junho, este também teve uma formação atípica, por isso tamanha intensidade.

Frio avança

A partir desta sexta-feira, uma massa de ar polar deve derrubar de vez a temperatura. Segundo a empresa Climatempo, esta sexta pode ser o dia mais frio do ano em São Paulo. A capital deve ter sol, mas a temperatura máxima é de 17ºC e a mínima, de 9ºC. No sábado, 15, fica entre 8ºC e 20ºC. No domingo, 16, esquenta um pouco, com mínima de 10ºC e máxima de 24ºC, mas chove à tarde.

No interior de São Paulo, deve chover em Araraquara nesta sexta, com mínima de 13ºC e máxima de 24ºC - condições atípicas na terra que leva o nome de "morada do Sol". Em Bauru, a mínima será de 8ºC no sábado, com máxima de 25ºC, e chove no domingo. São José do Rio Preto terá mínima de 10ºC e máxima de 27ºC no fim de semana, assim como Ribeirão Preto.

No litoral, além do alerta para ventania, ressaca e ondas de mais de 4 metros, a temperatura também cai. Santos terá mínima de 12ºC e máxima de 25ºC no fim de semana e chuva nesta sexta. Em Ubatuba, no litoral norte, chove sexta e sábado e a temperatura fica entre 12ºC e 26ºC.

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