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O candidato do PSDB ao governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vive um dilema neste segundo turno da disputa: ele tem pesado prós e contras de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou adotar a neutralidade. Leite precisa dos votos da esquerda para vencer o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL), mesmo porque o candidato Edegar Pretto, do PT, teve votação similar à do tucano no primeiro turno. A alternativa do ex-governador gaúcho pode ser declarar-se neutro na disputa presidencial.

Para um acordo, o PT cobrou que Leite declare voto em Lula, algo que ele resiste a fazer. O candidato do PSDB tem se aconselhado com deputados e prefeitos aliados, mas prometeu anunciar a decisão até o fim desta semana. Nesta quinta-feira, 6, o tucano sinalizou em entrevista à Rádio Gaúcha que tende a adotar a neutralidade na eleição presidencial. "Não preciso ser medido nesta eleição pela régua estreita da polarização nacional. Tenho serviços prestados, sabem como ajo e como faço política. Meu adversário é uma dúvida, porque, onde atuou, não atuou bem", declarou. Procurado pelo Estadão, Leite se limitou a repetir que tomará a decisão no fim dessa semana. "Anunciarei amanhã pela manhã o posicionamento", declarou.

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O PSB de Geraldo Alckmin, ex-tucano e candidato a vice de Lula, resolveu apoiar Leite, que também procurou o PDT. Uma parte dos pedetistas, porém, resiste a fazer campanha para ele. "A melhor opção poderá ser a neutralidade. Não vejo como apoiar o tucano que fez as privatizações, vejo dificuldades nisso", disse o deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS). Ele, no entanto, admite que o tucano tem a preferência de uma parcela da legenda.

Mesmo com um acordo formal com PDT e PT, Mattos avalia que o tucano pode ter a perder. "Ele está em uma sinuca de bico. Se a esquerda apoiar ele, o que tinha de direita sai. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Assim como o pedetista, o PT tem cobrado que Leite se comprometa a não realizar privatizações. No evento que selou o apoio do PSB, o tucano disse que não se deve "exigir que mude programaticamente a agenda de uma candidatura".

O ex-governador do Rio Grande Sul Tarso Genro (PT), que hoje está afastado da cúpula petista, prega um apoio incondicional a Leite contra Onyx. "Defendo que o PT não fique "neutro" e apoie o candidato que se oponha à extrema direita e deixe isso claro na sua fala pública", disse ao Estadão. Já o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que o ex-governador precisa declarar voto em Lula para ter o apoio formal do partido. De acordo com ele, o PT recomendar o voto em Leite "depende das articulações".

Eduardo Leite foi eleito governador do Rio Grande em Sul em 2018, mas decidiu renunciar ao cargo no final de março para tentar ser candidato a presidente. Após não conseguir disputar o Palácio do Planalto, decidiu tentar voltar ao comando do governo gaúcho.

O diretório estadual do PSB no Rio Grande do Sul decidiu, nesta quarta-feira, 5, apoiar a candidatura de Eduardo Leite (PSDB) ao governo do Estado no segundo turno. "Não iremos compactuar com uma candidatura que representa o retrocesso e que fecha as portas para quem pensa diferente", disse o presidente estadual da sigla, Mário Bruck, em crítica ao candidato apoiado pelo Planalto, Onyx Lorenzoni (PL).

"Por decisão unânime, anunciamos nosso total e irrestrito apoio à candidatura de Eduardo Leite, convictos de ser a melhor opção para mantermos o diálogo e a democracia", informou Bruck nesta tarde, durante entrevista coletiva. Ainda, disse, o PSB "não tem nenhum condicionante" para o apoio.

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No Estado, Leite enfrenta um impasse. Disputando contra um candidato governista, a declaração de voto do tucano na disputa nacional tem sido vista como um passo definidor no seu futuro político.

Leite teme que, se escolher apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode perder votos de eleitores conservadores. No entanto, apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL), como fez em 2018, também pode tirar votos do ex-governador e fortalecer a candidatura de Lorenzoni, que foi ex-ministro da Casa Civil e da Cidadania na gestão Bolsonaro.

O candidato do PSDB ao Rio Grande do Sul, o ex-governador Eduardo Leite, após quase ficar de fora do segundo turno, afirmou que há uma possibilidade de diálogo com o PT para uma aliança no Estado. Apesar do posicionamento a nível estadual, Leite preferiu não se manifestar sobre a corrida presidencial antes de dialogar com seu grupo político.

"Temos muitas diferenças com o PT no ponto de vista de programa de governo, a forma de governar, especialmente no que diz respeito ao entendimento como é que o Estado deve agir em determinados políticas públicas, mas sempre dialogamos, nunca tratamos como inimigos a serem exterminados", declarou o ex-governador, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (3), um dia depois da eleição de primeiro turno. "Diálogo é algo que exige duas partes, senão é monólogo. Da nossa parte, haverá disposição de conversas, espero que haja da parte deles também. O que não significa necessariamente algum tipo de acordo político ou de apoio político."

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Leite, contudo, declarou estar "menos preocupado" com os apoios políticos que, segundo ele, em outros tempos, tinham mais relevância. Para ele, diante da intensa polarização, o foco é o diálogo e a construção de capacidade de entendimento. "Podemos vencê-las eleições no segundo turno pelos nossos méritos, pela discussão do Rio Grande do Sul", disse.

Incomodado com as perguntas dos jornalistas sobre um posicionamento nacional, o tucano declarou que as eleições presidenciais são importantes e que não haverá omissão. Ele citou a candidata ao Executivo nacional Simone Tebet (MDB), que no domingo (2) cobrou um posicionamento dos partidos de sua coligação sobre o segundo turno antes de expor uma decisão individual. "Tomaremos posição, mas vamos conversar a partir de agora. Não tomarei posição individual antes de conversar com o grupo político", afirmou.

Para o segundo turno, o tucano afirmou que irá apostar na biografia política de sua equipe, trabalho e projetos. "Não preciso ser medido por essa régua estreita que se tornou a política nacional entre Lula e Bolsonaro."

Leite irá disputar o segundo turno com Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro do atual governo de Jair Bolsonaro (PL). No primeiro turno, Onyx recebeu 37,5% dos votos válidos, enquanto o tucano teve 26,81%.

O ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) foi o primeiro a garantir lugar no segundo turno na disputa ao governo do Rio Grande do Sul. Mas só por volta das 22h deste sábado, com 100% das seções contabilizadas, soube qual adversário enfrentará no último domingo de outubro: o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), que recebeu 26,81% dos votos(1.702.761), contra 26,77% do deputado estadual Edegar Pretto (PT), com 1.700.270, uma diferença de 2.491 votos. Onyx, em primeiro, fez 37,50% (2.381.989 votos).

Para o Senado, a vitória foi do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), que derrotou o ex-governador Olívio Dutra (PT). O general também superou outro forte nome da política regional, a ex-senadora Ana Amélia (PSD). Com 99,94% das seções apuradas, Mourão estava com 44,11%; Olívio, com 37,86%; e Ana Amélia, com 16,43%.

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Ambos representantes do bolsonarismo, Onyx e Mourão se encontraram na manhã de ontem no Colégio João Paulo I, no bairro Ipanema, na zona sul de Porto Alegre, onde o agora senador eleito aguardava o candidato ao Piratini em frente à escola. Rapidamente, Onyx cumprimentou o aliado e entrou na instituição de ensino para votar. Nenhum dos dois era favorito conforme as pesquisas da última semana de campanha.

Não só pela votação expressiva de um integrante da tropa de choque do governo - assim chamada à época em que Onyx era ministro -, o resultado das urnas evidenciou o Rio Grande do Sul como um dos territórios que ajudaram Jair Bolsonaro a conquistar lugar no segundo turno na disputa presidencial. Entre os eleitores gaúchos, o presidente em busca de reeleição superou Lula no primeiro turno. Com 100% das seções totalizadas, alcançou 48,89% dos votos, contra 42,28% do petista.

IRONIA

Ontem à noite, quando finalmente estava se definindo o nome de seu adversário, em sua conta no Twitter, o ex-ministro Onyx publicou uma mensagem com três pontos de interrogação, uma foto sua com um sorriso irônico e uma pesquisa do Ipec do dia 26 que apontava Eduardo Leite à frente com 38%, Onyx com 25% e uma oscilação de Edegar Pretto de 10% para 15%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No Rio Grande do Sul, o ex-ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni (PL), irá disputar o segundo turno contra o ex-governador do estado, Eduardo Leite (PSDB). Edegar Pretto (PT), ficou em terceiro lugar com mais de 1.659 milhão de votos.

Com mais de 98% das urnas apuradas, Lorenzoni conquistou mais de 2.342 milhões de votos, o que representa 37,63% dos votos válidos. Eduardo ficou atrás, com 1.668 milhão de votos, ou 26,79% dos votos válidos.

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Leite era governador do Rio Grande do Sul, mas se descompatibilizou do cargo para disputar a Presidência da República, mas depois voltou atrás e decidiu tentar a reeleição, o que vai ser definido no segundo turno.

 

Com mais de 86% das urnas apuradas, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), se elegeu senador do Rio Grande do Sul com mais de 2,3 milhões de votos. O candidato do PT e ex-governador do Estado, Olívio Dutra, ficou em segundo lugar com 37,64% dos votos válidos, ou 1,9 milhão de votos.

Olívio, inclusive, vinha liderando as pesquisas com 31% das intenções de voto, o que não foi confirmado pelas urnas. Ana Amélia (PSD), ficou em terceiro lugar com 856,4 mil votos, ou 16,35% dos votos válidos.

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Porto Alegre não terá passe livre no transporte público em um dia de eleição pela primeira vez desde 1995. O benefício caiu após uma mudança na lei de gratuidade aprovada em dezembro, mas ganhou repercussão com a proximidade do dia de votação, domingo, 2 de outubro. A medida vem sendo criticada por partidos de esquerda, sob o argumento de que pode aumentar o índice de abstenção, principalmente entre os eleitores mais pobres.

A nova lei prevê a redução no número de datas de passe livre de 12 dias para 2 dias no ano, sendo um dia 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes (padroeira de Porto Alegre), e outro em dias de campanhas de vacinação. O prefeito Sebastião Melo (MDB) disse que não haverá isenção no dia de votação obrigatória.

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De acordo com Melo, "R$ 6,65 seria o valor da passagem em Porto Alegre se a prefeitura não tivesse adotado um conjunto de medidas para reduzir custos sobre a tarifa. Além das mudanças na legislação, o município está aportando R$ 100 milhões neste ano para sustentar o valor de R$ 4,80 ao cidadão", escreveu em seu Twitter.

Uma passagem de ida e volta até o local de votação custa R$ 9,60, enquanto que a multa para quem não for votar é de R$ 1,05 a R$ 3,51. Um abaixo assinado foi criado para que haja alguma interferência e a cobrança do ônibus seja revogada. Até o final da tarde desta quarta-feira, mais 11 mil pessoas já haviam assinado. O objetivo é chegar a 20 mil assinaturas.

De acordo com a prefeitura, só com as medidas adotadas foi possível manter a passagem em R$ 4,80. "Aportamos no sistema de transporte cerca de R$ 100 milhões neste ano e o passe livre custaria R$ 1,2 milhão aos cofres públicos", afirmou em seu Twitter.

O vereador Matheus Gomes (PSOL) criticou a decisão também em sua rede social. "Isso é um ataque à democracia, vai impedir os mais pobres de ir votar. Mais uma realização do Melo, seus vereadores e os empresários do transporte", escreveu.

A prefeitura, na sua conta oficial, contestou que "o projeto tramitou na Câmara e nenhuma proposta de emenda foi apresentada para manter o passe livre no dia das eleições", o que não é verdade. Dois vereadores apresentaram emendas, mas elas não foram aprovadas.

Em campanha pela reeleição, o presidente Jair Bolsonaro exaltou a posse e o porte de armas de fogo no campo e fortaleceu sua ligação com o agronegócio nesta sexta-feira, 2, durante a abertura da 45ª Expointer, em Esteio (RS), na Região Metropolitana de Porto Alegre. A feira agropecuária é a maior a céu aberto da América Latina.

"Hoje vocês têm a posse e porte de arma estendido. Um orgulho nosso: dobramos o número de CACs [grupo de colecionadores, atiradores e caçadores] e hoje somos 700 mil CACs pelo Brasil. Armas de fogo são mais que a certeza familiar são a certeza que essa Pátria jamais será escravizada", afirmou o chefe do Executivo, que foi aplaudido pelo público formado por agricultores, criadores de animais e empresas de insumos agrícolas.

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A defesa do armamento ocorre um dia após a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, com uma arma de fogo. Até o momento, Bolsonaro foi o único dos principais candidatos ao Palácio do Planalto a não se manifestar sobre o ocorrido. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o ódio político é uma ameaça à democracia na região. A senadora Simone Tebet (MDB) afirmou que é preciso dar um fim à violência política. O ex-governador Ciro Gomes (PDT), por sua vez, criticou o "radicalismo cego" e "polarizações odientas".

Bolsonaro exaltou o agronegócio na abertura da 45ª Expointer. "Meu reconhecimento pelo trabalho de vocês que trazem segurança alimentar e divisas ao nosso Brasil. Colaboramos com vocês em Brasília e queremos, cada vez mais, que vocês tenham independência do Executivo, mais liberdade para trabalhar", afirmou.

O presidente busca fortalecer sua ligação com o agronegócio em meio às dificuldades de Lula de se aproximar com o setor produtivo após declarações recentes em que associou parte do agro ao fascismo e ao desmatamento.

Bolsonaro voltou a mencionar suas ações na negociação para garantia de fertilizantes para os produtores rurais brasileiros, em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, e os mais de 400 mil títulos de terra distribuídos em sua gestão. "Hoje esses homens e mulheres se integram à nossa sociedade, se fazem amigos dos fazendeiros e se fazem cidadãos de verdade. Entregamos mais títulos que o 'bandido' lá atrás entregou em oito anos. Não podemos associar que certas pessoas ousem falar em comandar a nossa nação", repetiu, sem citar Lula nominalmente.

O presidente citou bandeiras da campanha, como a defesa da família e o rejeição à legalização das drogas, à descriminalização do aborto e à ideologia de gênero, numa tentativa de se fortalecer no agro também pela pauta conservadora, não apenas pelo viés de mercado. "Somos um País majoritariamente de cristãos e não admitiremos retrocesso nessa área", disse.

Bolsonaro participou da abertura do evento ao lado do governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), aliado de Tebet. O presidente está acompanhado do vice-presidente e candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão (Republicanos), e do ministro da Agricultura, Marcos Montes. Também estavam no palco o senador Luis Carlos Heinze (PP), candidato ao governo do Estado, e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL), que também disputa o governo gaúcho. Ambos dividem o apoio político de Bolsonaro na disputa pelo Palácio Piratini.

Após a abertura, Bolsonaro almoçará com lideranças do agronegócio gaúcho em encontro organizado pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e visitará os animais expostos e stands da feira. Amanhã, em Novo Hamburgo (RS), na região do Vale dos Sinos, Bolsonaro participará do encontro "Mulheres pela Vida e pela família", acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro. São esperadas 7 mil mulheres no evento de cunho religioso.

Apoio

Antes do discurso de Bolsonaro, o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, manifestou apoio do setor à reeleição do atual presidente da República. "O campo não é direitista e muito menos fascista. O campo é bolsonarista", disse Gedeão, conclamando os presentes aos gritos de "mito", em referência à declaração recente de Lula em que associou parcela do setor à direita e ao fascismo.

Na manhã desta quarta-feira (24), um gari encontrou uma cabeça de um homem dentro de um saco de lixo na Rua Cruzeiro do Sul, no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Segundo a Polícia, o coletor de lixo recolheu o saco por volta das 7h, mas ao se dar conta do que tinha dentro abandonou o material na calçada.

Após ser acionada, a polícia cercou o local para perícia. Ainda não se sabe quem é a vítima e nem quem pode ser o suspeito. Para ajudar no início das investigações, casos de pessoas desaparecidas que possam se encaixar nas características do homem que teve sua cabeça decepada serão apurados.

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Em nota à RBS TV, a Brigada Militar disse que equipes da Patrulha Especial estão reforçando o policiamento ostensivo na região da Vila Cruzeiro.

Foi encontrado nesta sexta-feira (19), o corpo do jovem Gabriel Marques Cavalheiros, de 18 anos. A localização ocorreu em um açude no município de São Gabriel, no interior do Rio Grande do Sul. O caso ganhou destaque depois que imagens mostraram o jovem sendo abordado por policiais militares na noite da sexta-feira (12), última vez que foi visto com vida. Três agentes foram presos.

Gabriel Cavalheiro, que é natural de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, estava em São Gabriel na casa de parentes para cumprir serviço militar obrigatório. Na noite de sexta-feira (12), o jovem foi abordado, algemado e conduzido para dentro de uma viatura por policiais militares. Um vídeo registrado pelo celular de um morador flagrou o momento da ação dos agentes.

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Conforme a polícia, a interpelação dos policiais ocorreu na Rua 7 de Setembro, no bairro Independência. Depois da atuação dos brigadianos, Gabriel Marques Cavalheiro ficou desaparecido por uma semana, levando ao desespero parentes e amigos. Um inquérito policial militar foi instaurado pela Brigada Militar para apurar os motivos da abordagem e a morte do jovem.

Três policiais militares, sendo um sargento e dois soldados, foram presos preventivamente nesta sexta-feira (19), suspeitos de envolvimento da morte do rapaz. A audiência de custódia deve ser realizada ainda neste sábado (20). A viatura utilizada para transportar o rapaz foi apreendida e passará por perícia, assim como os celulares utilizados pelos agentes.

O governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Junior, ao ser informado da morte de Gabriel Marques Cavalheiro, postou no Twitter a determinação por uma "exaustiva apuração de todos os fatos".

O Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) anunciou a realização de um novo processo seletivo simplificado, que oferta 158 vagas temporárias em todo o Brasil. No total, serão 153 vagas para a função de Agente de Pesquisas e Mapeamento (APM), distribuídas em 36 municípios do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo; e 5 vagas na função de Supervisor de Coleta e Qualidade (SCQ), distribuídas em 5 municípios de Alagoas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 

A remuneração mensal para o cargo de Agente de Pesquisas e Mapeamento é de R$ 1.387,50; e de R$ 3.100,00 para Supervisor de Coleta e Qualidade, com jornada de trabalho de 40 horas semanais. Além das gratificações, os contratados ainda receberão auxílio alimentação, auxílio transporte e auxílio pré-escolar; assim como férias e 13° salário. 

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Para se candidatar, é necessário ter ensino médio completo. A seleção acontecerá por meio de uma Análise de Títulos, compreendendo a titulação acadêmica dos candidatos. As inscrições podem ser feitas de forma presencial e gratuita, até o dia 16 de agosto. O participante deve comparecer a um dos postos de inscrição do IBGE indicados no edital, e entregar o formulário de inscrição preenchido e assinado. A previsão de duração do contrato é de até 1 ano, podendo ser prorrogado.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira ser "difícil" escolher em qual palanque subir no Rio Grande do Sul, onde o campo bolsonarista tem dois candidatos a governador, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL), seu correligionário, e o senador Luis Carlos Heinze (PP).

"Eu não posso perder de um lado e ganhar de outro. Eleição para presidente é uma coisa, para governador é outra", afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre. Ele disse ser "muito amigo" de Lorenzoni e de Heinze. "São nomes bastante simpáticos, fica difícil".

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Um dos mais antigos aliados de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni chefiou no atual governo as pastas da Casa Civil, Cidadania, Secretaria-Geral e Trabalho e Previdência. Já Heinze foi um ativo defensor do presidente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, ao endossar o discurso a favor de medicamentos com ineficácia comprovada contra o novo coronavírus.

De acordo com Bolsonaro, o mesmo impasse visto na disputa pelo governo gaúcho é verificado na corrida ao Senado. "Estamos tentando ver a melhor maneira de conduzir as eleições no Rio Grande do Sul. No Senado, é a mesma coisa, vários candidatos nos apoiam e tenho uma afinidade muito grande com Mourão", declarou o chefe do Executivo sobre o vice-presidente, candidato a senador no Estado, com quem coleciona tensões.

Além de Mourão, são candidatos ao Senado na vaga gaúcha o senador Lasier Martins (Podemos), que tenta um novo mandato; a ex-senadora Ana Amélia (PSD); e a Comandante Nádia (PP). "Eu tenho conversado que eu não posso ir ao Rio Grande do Sul e apoiar um candidato", disse o chefe do Executivo na entrevista.

As primeiras carteiras de Identidade Nacional (CIN) serão emitidas no Rio Grande do Sul, a partir da próxima terça-feira (26). Nos dias seguintes, será a vez dos órgãos de identificação civil no Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Paraná iniciarem a emissão do novo documento. Segundo a Receita Federal, nos demais estados ainda não há previsão para início da emissão. 

De acordo com o Decreto nº 10.977/2022, a nova carteira de identidade adotará o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como registro geral, único e válido para todo o país. Haverá validações biográficas e biométricas antes da emissão do documento. 

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Nesse primeiro momento, somente serão emitidas as novas identidades para cidadãos que estiverem com as informações no CPF de acordo com suas certidões atualizadas. Cidadãos que não possuírem ou estiverem com as informações incorretas no CPF poderão recorrer aos canais de atendimento à distância da Receita Federal para resolver a situação. 

De acordo com a Receita, no futuro, os próprios órgãos de identificação civil farão novas inscrições e atualizações no CPF.  Como corrigir informações no CPF A atualização de informações no CPF pode ser realizada de forma gratuita pela internet, no site da Receita Federal. 

Em algumas situações, o procedimento gera um protocolo de atendimento. Nestes casos, o cidadão pode enviar seus documentos para a Receita Federal por e-mail.  Neste período, é necessário enviar os seguintes documentos para atualizar o CPF por e-mail: documento de identidade oficial com foto; certidão de nascimento ou certidão de casamento, se no documento de identidade não constar naturalidade, filiação ou data de nascimento; comprovante de endereço; foto de rosto (selfie) do cidadão (ou responsável legal, se for o caso) segurando o próprio documento de identidade;  Se o cidadão tiver 16 ou 17 anos, poderá ser solicitado o documento de identidade oficial com foto do solicitante (um dos pais). Para menores de 16 anos, tutelados ou sujeitos à guarda, será preciso: documento de identidade oficial com foto do solicitante (um dos pais, tutor, ou responsável pela guarda); além de documento que comprove a tutela ou responsabilidade pela guarda, conforme o caso, do incapaz. 

Para cidadão com deficiência e mais de 18 anos (solicitado por parente até 3º grau) será necessário apresentar: laudo médico atestando a deficiência; documento de identificação oficial com foto do solicitante (cônjuge, convivente, ascendente, descendente ou parente colateral até o 3º grau); e documento que comprove o parentesco.

Um dia após a celebração do Dia do Orgulho LGBTQIA+, um templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias teve o muro pichado com frases homofóbicas, na última quarta-feira (29), em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. As informações são do G1.

Uma mulher que mora próximo ao templo contou que a pichação foi feita por volta das 4h da madrugada na quarta-feira. As paredes continham pichações que se referiam à população gay de forma violenta.

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Após o ocorrido, a igreja relatou que o muro será pintado e que "todas as pessoas, independente da orientação sexual, são filhas de Deus e merecem respeito". Não houve registro de boletim de ocorrência. A Polícia Civil recebe informações sobre o caso pelo telefone 197.

Um incêndio na noite da quinta-feira (23), no Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos (Cetrat) em Carazinho, no interior do Rio Grande do Sul, deixou ao menos 11 mortos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, que ainda está no local, dois feridos foram levados a hospital e estão em estado grave.

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Todos os mortos são homens e entre eles está um monitor do Cetrat.

O Ministério da Saúde informou que o sétimo caso de varíola dos macacos (monkeypox) foi notificado no país. De acordo com a pasta, o mais recente foi confirmado nesta sexta-feira (17) no Rio Grande do Sul. 

O paciente é um homem de 34 anos, com histórico de viagem para a Europa. Segundo a pasta, o paciente está em isolamento domiciliar e apresenta estado clínico estável, sem complicações. Ele é monitorado pelas secretarias de Saúde municipal e estadual.  Dos sete casos confirmados, quatro estão em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Nove casos suspeitos são investigados. 

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A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias.

A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.  Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou 25 casos da cepa recombinante XQ, no Rio Grande do Sul, confirmando nesta quinta-feira (2) que o estado é o primeiro onde há transmissão local desse vírus da Covid-19. O coronavírus XQ é uma mistura do genoma de duas linhagens da variante Ômicron, BA.1 e BA.2. 

A cepa XQ já havia sido detectada em casos isolados em Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Os casos no Rio Grande do Sul foram identificados em diferentes cidades, entre os meses de março e maio. Casos da recombinante XQ já foram detectados também mundialmente, em especial no Reino Unido. 

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A pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Paola Resende explica que, até o momento, não há indicação de que o vírus esteja associado a maior gravidade de casos da covid-19, isso porque a população apresenta boas taxas de vacinação e muitos já foram expostos a infecções prévias. No entanto, ela disse que é necessário monitorar a evolução dos casos. 

A cepa XQ é uma recombinante de linhagens da Ômicron, variante detectada no Brasil a partir de novembro de 2021. A Ômicron responde, atualmente, por quase 100% dos casos no país, com predomínio das linhagens BA.1 e BA.2 e suas sublinhagens.  No Rio Grande do Sul, em março, foram detectados dois casos do coronavírus XQ, que representaram 0,3% dos 324 genomas sequenciados; em abril, foram oito casos, correspondendo a 8% dos 98 sequenciamentos; e em maio, 15, o que representou 7% dos 109 casos analisados. 

Identificação de cepas

A ação intensificada de vigilância genômica no Rio Grande do Sul começou em fevereiro, quando o Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS) detectou um caso de outra cepa recombinante, a XS, que apresenta uma combinação dos genomas das variantes de preocupação Delta e Ômicron. O objetivo era investigar a possível disseminação da recombinante XS, mas o monitoramento acabou identificando a transmissão da XQ. 

De fevereiro a maio, 824 genomas do coronavírus referentes a casos registrados no Rio Grande do Sul foram sequenciados. As análises detectaram 25 casos associados à cepa recombinante XQ e apenas um ligado à cepa recombinante XS. 

Segundo a Fiocruz, além das cepas XQ e XS, casos pontuais das cepas recombinantes XF, XE e XG já foram registrados no Brasil. Considerando os achados da cepa XQ no Rio Grande do Sul, os pesquisadores devem, de acordo com a instituição, manter a vigilância reforçada no estado e investigar, de forma aprofundada, as características do vírus. Ainda não é possível dizer se a XQ foi introduzida de outro país ou foi originada a partir de uma recombinação local. 

Outros países

Os casos de recombinação genética do coronavírus têm sido identificados em diversos países. Isso tem ocorrido, segundo a Fiocruz, com mais frequência, desde janeiro deste ano, com a circulação simultânea de duas variantes do Sars-CoV-2, Delta e Ômicron. Na ocasião, foi considerada a possibilidade de surgimento de uma linhagem recombinante, que foi popularmente chamada de Deltacron. Porém, o monitoramento genético global mostrou a existência de múltiplas combinações genéticas entre variantes e linhagens do patógeno, que passaram a ser nomeadas com a letra X. 

De acordo com a pesquisadora Paola Resende, o coronavírus tem trazido surpresas a cada momento. Ela explica que a recombinação pode ocorrer quando uma pessoa é infectada simultaneamente por duas linhagens. Nessa situação, durante o processo replicativo do vírus pode acontecer a montagem de um genoma com pedaços do código genético de diferentes linhagens. Essa recombinação pode resultar em cepas com potencial de disseminação maior, menor ou igual às linhagens originais. 

No Brasil, a circulação de diferentes linhagens da variante Ômicron é motivo de alerta. Também em maio, os pesquisadores do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC identificaram, no Rio de Janeiro, três cepas classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como linhagens sob monitoramento da variante de preocupação BA.4, BA.5 e BA.1.12.1. 

Segundo a OMS, essas linhagens exigem atenção e monitoramento prioritários, com foco em investigar se podem representar uma ameaça adicional à saúde pública global em comparação com outros vírus circulantes.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo para que partidos de esquerda cheguem a acordo para lançamento de candidatura única ao governo do Rio Grande do Sul. Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, o grupo que apoia a pré-candidatura do petista à Presidência está sem nome para lançar ao Senado, após a ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB) avisar que não disputará vaga no Legislativo neste ano. Todas as tentativas de unir PT e PSB no Estado para formar um palanque único fracassaram até o momento.

"Não custa nada sentar mais uma vez na mesa. não custa nada tentar e conversar um pouco mais e dar de presente ao povo a unidade dos setores que querem derrotar o Bolsonaro e o governo do Rio Grande do Sul", disse o ex-presidente durante evento em Porto Alegre, nesta quarta-feira (1º), Lula foi ao Estado para agendas de pré-campanha.

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"Juntos, temos muito mais chance, somos mais fortes. Acho normal que cada partido queira ter um candidato a governador, a presidente, a senador. Eu penso que os partidos de esquerda, possivelmente todos separados, não tenham fôlego para encontrar um candidato a senador, a governador e a vice", avaliou Lula.

A divisão na esquerda gaúcha pode ser vista no fato de que o PSB, partido do pré-candidato a vice Geraldo Alckmin, decidiu não comparecer ao ato político sobre soberania brasileira organizado pela militância lulista.

Sem acordo por candidatura única, o PT lançou a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto ao governo do RS. Ele deve enfrentar nas urnas o ex-deputado federal Beto Albuquerque (PSB) e o vereador Pedro Ruas (PSOL). Na esquerda, além de PCdoB e PV, que formam federação partidária com o PT, nenhuma outra legenda fechou apoio aos petistas no primeiro turno da eleição para o Palácio Piratini. O PSB, por outro lado, tem se aproximado do PDT do presidenciável Ciro Gomes e pode dar palanque a ele no Estado.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumiu a articulação no Rio Grande do Sul para tentar superar o impasse com o PSDB e, assim, selar o apoio à sua pré-candidatura à Presidência. A parlamentar foi confirmada o nome da chamada terceira via pelo MDB e Cidadania, mas ainda aguarda uma definição dos tucanos.

Na semana passada, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse ao Estadão que um acordo com o MDB só seria possível caso a legenda apoiasse tucanos em três Estados - Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Segundo aliados de Araújo, ele teria cedido e aceitado como contrapartida somente o apoio a Eduardo Leite (RS).

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O ex-governador gaúcho agora é pressionado por aliados a se lançar candidato novamente ao Palácio Piratini - ele deixou o posto para articular uma candidatura à Presidência, que não prosperou. Para o PSDB, a permanência no governo local se tornou fundamental na tentativa de manter relevância nacional.

IMPORTÂNCIA

A senadora desembarca amanhã em Porto Alegre para fazer o que aliados chamam de imersão, de dois dias, com a equipe do programa de governo, coordenado pelo ex-governador Germano Rigotto (MDB). A escolha pela capital gaúcha, disseram correligionários de Simone, é um sinal da senadora sobre da importância que o Rio Grande do Sul tem na estratégia para consolidar a pré-candidatura.

O Estado elegeu governadores do MDB em quatro das dez eleições estaduais que ocorreram desde a redemocratização. O diretório local tem 40 votos e representa o maior "colégio eleitoral" na convenção nacional do partido.

"O MDB é o maior partido no Rio Grande do Sul. Talvez seja o nosso diretório mais organizado e bem-sucedido no País. Portanto, sabe do seu peso nas decisões nacionais há muito tempo. Estou confiante de que vamos chegar a um consenso, ouvindo a todos sempre", disse o deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente nacional da legenda.

DIVISÃO

Apesar de apoiar em peso a pré-candidatura da senadora, o MDB gaúcho está rachado após o deputado estadual Gabriel Souza vencer o deputado federal Alceu Moreira nas prévias do partido para concorrer ao governo do Estado. O grupo de Souza defende que a sigla não pode abrir mão de ter candidato próprio.

Do lado dos tucanos, o impasse ampliou a pressão para que Leite se coloque como candidato. Segundo emedebistas gaúchos ouvidos pela reportagem, a entrada do ex-governador facilitaria o acordo com o MDB porque Souza é próximo do tucano e foi líder do governo na Assembleia Legislativa.

Simone vai chegar com uma proposta para fechar a aliança. Ela vai oferecer a vaga de vice para Souza na chapa de Leite, que teria ainda Ana Amélia (PSD) para o Senado. "Somos parceiros lá no Rio Grande do Sul, nada impede que sejamos de novo. Confio na capacidade de homens públicos emedebistas no Rio Grande do Sul de buscar alternativa melhor para esse projeto", disse Simone ontem, durante sabatina do jornal Correio Braziliense.

Apesar da ofensiva de Simone, líderes locais do MDB estão céticos em fechar a articulação ainda nesta semana. A construção do consenso local pode levar mais tempo, mas a senadora tem um trunfo a seu favor. Simone é próxima de Souza, que chegou a defender o nome dela para presidir o MDB nacional. Por outro lado, ela enfrenta ainda impasses no PSDB. Procurado pelo Estadão, Araújo disse que os casos de Mato Grosso do Sul e Pernambuco ainda estão sendo "examinados".

TERCEIRA VIA

Em todo o País, Simone e Rossi ampliaram o apoio dos diretórios estaduais ao nome da senadora para concorrer ao Palácio do Planalto e contabilizam 22 adesões. Apenas Alagoas, Ceará, Amazonas, Piauí e Rio Grande do Norte ainda resistem a chancelar uma candidatura própria ao Palácio do Planalto.

Do lado do PSDB, o grupo de Araújo avalia que a ala contrária ao apoio ao nome de Simone e que prega uma candidatura própria hoje reuniria menos de cinco dos 32 votos da executiva nacional - o partido tinha como pré-candidato o ex-governador de São Paulo João Doria, que desistiu na semana passada. Os tucanos ainda vão enfrentar um novo debate interno para escolher o vice na chapa presidencial. Os senadores Tasso Jereissati (CE) e Mara Gabrilli (SP) são os mais cotados.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de idas e vindas, o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou de vez a palestra que daria em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, no próximo dia 3. Ele falaria sobre 'Risco Brasil e Segurança Jurídica'.

Em nota enviada ao blog, o gabinete do ministro informou que o cancelamento foi uma "recomendação da equipe de segurança do STF em razão da localização do evento". O tribunal afirma que o procedimento é padrão e envolve "análise de riscos, levando em conta, principalmente, as áreas, instalações e acessos aos locais dos eventos".

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"No caso de Bento Gonçalves, a palestra coincidiria com a montagem de um grande evento naquele município. Considerando que a segurança não teria como controlar o acesso e o trânsito dos convidados, a Secretaria de Segurança do STF contra-indicou a ida do ministro Fux", diz o texto.

O material de divulgação já estava circulando nas redes sociais quando empresários bolsonaristas iniciaram um boicote ao evento, organizado pelo Centro da Indústria e Comércio (CIC) de Bento Gonçalves. Duas patrocinadoras, a financeira Sicredi e marca de produtos de limpeza Saif, fizeram pressão contra a presença do presidente do STF.

No Facebook, o empresário Roni Kussler, dono da Saif, chegou a dizer que pediu cancelamento da vinda do ministro e "esclarecimentos" do CIC sobre o convite. A publicação não está mais disponível. O site GaúchaZH divulgou que a Sicredi enviou uma carta aos seus associados de Bento Gonçalves informando que, "considerando os impactos da nossa marca", havia pedido para ter o nome dissociado do evento.

Procurado pela reportagem, o CIC não quis comentar a pressão dos empresários. A entidade informou que cancelou a palestra por "motivos de segurança". A nota diz ainda que a sede fica no Parque de Exposições da Fenavinho, que começa em 9 de junho e já está em fase de montagem, o que dificultaria a logística e a operação de segurança.

A organização da palestra chegou a ser transferida para a subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Bento Gonçalves, mas o gabinete de Fux informou ontem que o ministro não participaria mais do evento. A OAB é associada do Centro da Indústria e Comércio da cidade e as duas entidades costumam organizar eventos em parceria.

O advogado Rodrigo Terra de Souza, presidente da subseção da OAB em Bento Gonçalves, disse ao Estadão que a entidade é "apartidária" e lamentou o cancelamento do evento.

"Não é uma questão de esquerda ou de direita. As pessoas não conseguem diferenciar o que é interesse político-partidário e o que é interesse democrático. Essa é a maior frustração", afirmou ao blog.

Para o advogado, o caso é ainda mais simbólico porque Fux exerce hoje a função, não apenas de ministro do STF, mas de presidente da instituição, cargo máximo do Judiciário.

"É uma situação de até vergonha, pela comunidade se portar dessa forma. A gente sabe que é uma minoria que faz isso, mas hoje com o advento das redes sociais está muito fácil gritar", acrescentou.

O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) comemorou o cancelamento do evento nas redes sociais. Ele disse que o STF "nunca foi tão desprezado como nos dias atuais". "É a reação pelas ações", escreveu. O parlamentar também afirmou que estavam programados "protestos pacíficos e ordeiros, que fazem parte da democracia", contra Fux.

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