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Moradoras de 39 localidades do Recife terão a oportunidade de realizar exames de mamografia neste mês de novembro. O calendário do mamógrafo móvel foi divulgada nesta quinta-feira (5).

Em cada local, serão disponibilizadas 80 fichas. Podem fazer o exame mulheres com idade entre 50 e 69 anos, faixa etária considerada de risco pelo Ministério da Saúde. O resultado é entregue em até 15 dias na unidade da área onde o veículo ficou estacionado.

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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) disse nesta quinta-feira (5) que as vacinas anti-HPV contra o câncer do colo do útero que são regularmente contestadas na Europa não foram a causa de duas síndromes raras, SCDR e SPOT.

A comissão especializada da EMA concluiu, após uma revisão, que "as evidências disponíveis não sugerem que a SCDR e a SPOT são causados por vacinas contra o HPV". "Consequentemente, não há razão para mudar a maneira como as vacinas são usadas e alterar as informações do produto", escreveu a EMA em comunicado.

A EMA deu início em julho a um estudo, encomendado pela Dinamarca, se duas síndromes raras, síndrome de dor regional complexa (SCDR) e síndrome de taquicardia postural ortostática (SPOT), poderiam estar ligadas às vacinas contra infecções por papilomavírus (HPV).

A SCDR é caracterizada por dor crônica que afeta os membros, enquanto que a SPOT é caracterizada pelo aumento da frequência cardíaca durante uma mudança de posição do corpo e associada à tontura, desmaio, dor de cabeça ou fraqueza.

O número de jovens mulheres de 10 a 19 anos desenvolvendo estas síndromes (cerca de 150 sobre um milhão anualmente para as duas síndromes) não é mais significativo entre as jovens vacinadas, segundo a EMA.

Outro estudo realizado na França pela Agência de Seguros Saúde e Vigilância Sanitária (ANSM) com mais de 2 milhões de adolescentes concluiu em setembro que as vacinas contra o HPV não causavam esclerose múltipla ou outras doenças auto-imunes.

Essas vacinas foram administradas a 72 milhões de pessoas no mundo para parar a transmissão sexual do vírus do papiloma humano (HPV). Este vírus é a causa de lesões pré-cancerosas que, depois de vários anos, podem evoluir para câncer do colo do útero, bem como cânceres da garganta ou do canal anal.

A maioria dos países recomenda há alguns anos que meninas entre 9 e 12 anos sejam vacinadas antes de seu primeiro encontro sexual. Na França, as queixas foram prestadas em 2014 contra o laboratório Sanofi Pasteur MSD, acusando a vacina anti-HPV Gardasil de causar doenças autoimunes, incluindo a esclerose múltipla (MS), entre as vacinadas.

Mas para a ANSM, "os benefícios esperados da vacinação em termos de saúde pública são muito maiores do que os riscos aos quais as meninas podem estar expostas".

Estudo desenvolvido numa cooperação do Centro Nacional de Pesquisas Estratégicas do Nordeste (Cetene) traz grandes esperanças para quem tem horror ao motor do dentista usado no tratamento de cáries. Em vez do aparelho que rouba o sono de muitas crianças (e de adultos), pesquisadores testam uma fórmula com nanopartículas de prata - partículas 50 mil vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo -, que tem ação bactericida.

Os trabalhos mostram que o produto foi capaz de interromper 85% dos processos de cárie uma semana depois da aplicação. "É um resultado muito animador, sobretudo quando levamos em conta que o método pode ser aplicado fora da clínica", disse o coordenador do Cetene, André Galembeck.

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Feito em colaboração entre Cetene, a Universidade Federal de Pernambuco e a Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Pernambuco, o trabalho avaliou 5,5 mil crianças no Estado. Do total, 2,2 mil tinham lesões nos dentes. Todas receberam a aplicação da fórmula. Para fazer o estudo, no entanto, foram levadas em consideração informações coletadas com 130 crianças. "Não consideramos, por exemplo, aquelas que apresentavam cárie em estado muito avançado, com comprometimento nos dentes", diz Galembeck.

O grupo foi acompanhado durante um ano. Passado esse período, pesquisadores identificaram que dois terços das cáries continuavam inativas. "O resultado é excelente. O processo de infecção foi interrompido e a recuperação foi identificada, com a remineralização dos dentes."

Bactericida

A prata iônica é conhecida há tempos por sua ação bactericida. Ela é usada, por exemplo, nas velas de filtros usadas para higienizar a água. Segundo Galembeck, no Japão, o produto já é usado para interromper a ação das cáries. "O grande problema é que ela deixa os dentes enegrecidos."

A partir desta constatação, os pesquisadores decidiram usar partículas com dimensões de uma escala equivalente a um bilionésimo do metro, as nanopartículas. "Os estudos mostraram que o produto feito a partir dessa tecnologia tem uma ação mais controlada. Ela mantém a ação bactericida, mas não provoca a escuridão nos dentes, pois o teor de prata é 600 vezes menor do que a formulação tradicional." A equipe que trabalha em cooperação com o Cetene, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, concentra agora esforços no desenvolvimento de produtos para prevenção das cáries, feitos a partir das nanopartículas de prata. Em avaliação estão uma pasta de dente e um enxaguante bucal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo do Rio Grande do Sul manifestou interesse formal em realizar os testes e produzir a fosfoetalonamina sintética, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e usada para tratamento alternativo do câncer. Uma reunião realizada na noite desta quarta-feira (4), na Assembleia Legislativa do Estado, definiu os termos de um contrato entre a equipe detentora da patente da substância e o Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul (Lafergs).

O deputado Marlon Santos (PDT), organizador do evento, disse que o governador José Ivo Sartori (PMDB) deu aval para os testes com a substância. Os ensaios clínicos serão realizados em um hospital estadual. Uma equipe médica ligada à Secretaria da Saúde do Estado deve trabalhar em conjunto com os pesquisadores paulistas. "Vamos conseguir o registro da Anvisa e fazer o medicamento em nosso Estado para atender o Brasil todo", disse o parlamentar. Segundo ele, alguns detalhes do contrato ou convênio com os pesquisadores ainda serão definidos.

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Ainda segundo o deputado, o presidente do Lafergs, Paulo Maiorca, informou aos presentes que a instituição tem condições de produzir as cápsulas. Os insumos devem ser fornecidos pela Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), vinculada ao governo estadual. Representantes dos ministérios públicos estadual e federal e do Tribunal de Justiça do Estado participaram do encontro.

Dois pesquisadores envolvidos no projeto estiveram presentes. O ex-professor da USP, Gilberto Orivaldo Chierice, primeiro a sintetizar a substância, e o cancerologista Renato Meneguelo, um dos detentores da patente, participaram da reunião em videoconferência.

Conforme noticiou o jornal O Estado de S. Paulo, o grupo detentor da patente contratou uma empresa para assessorar na obtenção do registro na Anvisa. As cápsulas da substância, que não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como medicamento, estão sendo entregues a pacientes com base em liminares dada pela Justiça. A produção é feita no Instituto de Química da USP em São Carlos.

Riscos

O laboratório já foi autuado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo por não ter farmacêutico responsável e falta de condições adequadas para produzir medicamento. Em documento divulgado na terça-feira, 3, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) alertou para os riscos do consumo da fosfoetalonamina sintética como um método para o tratamento do câncer e recomendou que o produto não seja usado em seres humanos.

A expectativa de vida continua aumentando nos países ricos, e alcançou a média de 80,5 anos em 2013, mas os Estados Unidos aparecem no final da lista, revela um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na média, os países ricos ganharam 10 anos de expectativa de vida desde 1970, segundo a OCDE, que inclui 34 países, incluindo os mais desenvolvidos do mundo, mas também alguns emergentes como México, Chile e Turquia.

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) autuou o laboratório que produz a substância fosfoetanolamina sintética, instalado no Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com nota do conselho publicada na última quinta-feira, 29, no local está sendo sintetizada essa substância, utilizada com a indicação terapêutica para tratamento de câncer, estudada pelo professor Gilberto Chierice há 20 anos. "Porém, a indústria desse insumo farmacêutico não conta com farmacêutico responsável perante o CRF-SP", informa a nota.

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Ainda segundo o CRF-SP, o local foi autuado por não ter farmacêutico em nenhuma das fases de produção e síntese de insumo farmacêutico, bem como na manipulação e na dispensação das cápsulas que contêm fosfoetanolamina.

"Para ser considerada medicamento possível de utilização de forma segura no País, a fosfoetanolamina teria de ser registrada segundo as normas sanitárias do governo federal", informa. O Instituto de Química ainda não se manifestou sobre a autuação.

A produção das cápsulas atende exclusivamente a portadores de câncer que obtiveram liminares na Justiça para o fornecimento da fosfoetanolamina.

O Núcleo da Fazendo Pública da Defensoria ajuizou Ação de Obrigação de Fazer contra a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará para garantir à paciente Vânia do Socorro Xavier a realização do tratamento cirúrgico chamado de setorectomia de mama, que é a cirurgia que faz a retirada parcial do órgão, mantendo a estrutura da mama e facilitando a reposição e um futuro reimplante.

Vânia é portadora de fibroadenose da mama, uma anomalia que causa deformações nos seios. Segundo laudo médico, a assistida precisa de internação urgente e tratamento adequado, mas a família relatou à defensora Adriana João, do Núcleo da Fazenda Pública, que ela continua em casa e sem assistência.

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A Secretaria de Saúde Pública (Sespa) alega que não dispõe de leito para internar a paciente e, assim, começar o tratamento. Mas a Defensoria, na ação, quer que o Estado pague o tratamento, mesmo que seja em um hospital particular. A assistida já realizou todos os exames pré-operatórios e aguarda a decisão da Justiça.

Dentre várias situações relatadas pela família, a mais grave é que Vânia não foi atendida pela Santa Casa e até o momento apenas recebeu medicamentos paliativos para amenizar a dor. Depois de várias tentativas da família em conseguir o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem sucesso, os familiares decidiram procurar a Defensoria Pública.

Com informações de Alcione Nascimento, da Defensoria Pública do Pará.

Reportagem exibida pelo Jornal Hoje, da TV Globo, nesta terça-feira (27), denunciou a precariedade do atendimento e infraestrutura do Hospital de Pronto-Socorro Municipal do Guamá (PSM), em Belém. Cerca de mil pacientes são atendidos por dia no local, quatro vezes mais do que a capacidade máxima.  

O problema, segundo a reportagem, se intensificou em junho deste ano, quando parte do Hospital Pronto-Socorro Municipal Mario Pinotti, o maior da capital, foi parcialmente fechado para reformas após incêndio.

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No pronto-socorro do Guamá, a sala de triagem virou uma enfermaria improvisada. Pacientes de pós-operatório ficam no corredor do hospital enquanto se recupera. Enfermos aguardam por atendimento em áreas descobertas. A reportagem destaca também que enfermeiros reclamam da falta de materiais básicos, como cateteres. 

As imagens gravadas pela equipe do Jornal Hoje mostram alguns acompanhantes de pacientes dormindo no chão. No setor de pediatria, os responsáveis pelas crianças dividem o leito com elas. Além disso, pacientes e profissionais compartilham o mesmo elevador usado para transportar o lixo hospitalar. A comida servida no PSM também é transportada de forma inadequada.

Vistorias - O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) fez vistorias no pronto-socorro do Guamá e denunciou a situação ao Ministério Público. Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que começaram a ser construídas pela Prefeitura de Belém em 2013 ainda não foram finalizadas.

Em nota, o Sindmepa informou que a sobrecarga de trabalho tem prejudicado os profissionais que atuam no PSM do Guamá: “A sobrecarga de trabalho a que as equipes estão submetidas desde o incêndio que interditou o HPSM da 14 (Mario Pinotti), no dia 25 de junho deste ano, vem provocando um enorme desgaste físico e mental nos profissionais de saúde que atuam no Guamá. Embora não se tenha estatísticas de adoecimento, sabe-se que o índice é muito alto entre os médicos”.

De acordo com informações da Agência Belém, novas cinco UPAs serão inauguradas na capital até 2016. O prefeito Zenaldo Coutinho visitou nesta manhã as obras das unidades dos bairros da Sacramenta e da Marambaia. O Ministério da Saúde determina que cada município tenha uma UPA para cada 400 mil habitantes.

Com informações de Julyanne Forte

Ainda dentro do Outubro Rosa, a Praça Dezessete - localizada na Rua do Imperador – receberá uma ação de saúde nesta quinta-feira (29). Mulheres em situação de rua e profissionais do sexo serão alvo da campanha realizada das 8h às 12h.

O caminhão equipado com mamógrafo estará no local para executar exames de mamografia. Profissionais do Distrito Sanitário I vão realizar aferição de pressão arterial, teste de glicemia, teste de tuberculose e aplicação de vacinas.

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As mulheres também serão submetidas a testes rápido de HIV e sífilis, e, caso seja necessário, serão encaminhados para os serviços de referência, para tratamento. Haverá distribuição de preservativos masculino e feminino. 

A equipe de Saúde Bucal levará um escovódromo para o local, para estimular o cuidado com a saúde da boca. Os profissionais vão distribuir kits de higiene bucal.

Com informações da assessoria

Carnes vermelhas, carnes brancas, carnes pretas? Ao colocar o porco e a vitela na definição de carnes vermelhas acusadas de serem cancerígenas, uma agência da organização mundial de saúde (OMS) causou confusão entre os amantes da carne branca.

O público em geral e os livros de culinárias distinguem geralmente as carnes vermelhas (bovina, cordeiro, carne de carneiro e cavalo) e as carnes brancas (porco, vitela, coelho e frango). Na França, o dicionário Petit Robert fala até mesmo em "carne preta" para as aves de caça.

Mas os cientistas, assim como as agências de saúde, incluem na categoria de carne vermelha todas as carnes, com exceção do frango.

Por "carnes vermelhas", o informe diz que se deve entender "todos os tipos de carnes provenientes dos tecidos musculares" de mamíferos, incluindo a carne bovina, suína, ovina, equina e caprina, explica a Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), subordinada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por carne transformada ou processada entende-se "a carne transformada por sal, maturação, fermentação ou outros procedimentos destinados a realçar seu sabor ou melhorar sua conservação", ainda segundo a definição da IARC.

Como exemplo das carnes processadas, o informe citou os hot-dogs ou salsichas de Frankfurt, presunto, chouriços, corned-beef, carne seca, bem como carnes em conserva e os preparados e molhos à base de carnes.

A maioria das carnes processadas é de porco ou de vaca, mas estas podem derivar de outras carnes vermelhas, ou de aves, vísceras ou subprodutos da carne, como o sangue, esclareceu a IARC.

Ao contrário do público em geral, profissionais da área não pensam em termos de "carne vermelha" ou "carne branca", mas classificam os produtos de acordo com o tipo de animal: carne bovina, suína, ovina, equina e frango.

Existem subcategorias, em particular para a carne, dependendo da idade do animal, do tipo de peça e da qualidade da carne.

Embora o número de vagas de residência no País seja menor do que o número de estudantes que se formam em Medicina todos os anos, somente 54% dos novos postos abertos entre 2014 e 2015 no País foram preenchidos, segundo dados do Ministério da Educação obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O cálculo foi feito com base nas taxas de ocupação de programas de residência de dez das principais especialidades médicas. Juntas, cirurgia geral, dermatologia, cardiologia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia, urologia, pediatria, medicina da família e comunidade, cancerologia e radiologia tiveram 24.254 vagas de residência criadas entre o ano passado e este ano, o equivalente a um terço de todos os postos do País. Desse número, apenas 13.194 vagas foram ocupadas.

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O MEC não informou a taxa de ocupação de todos os programas de residência existentes no País, mas, segundo a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), mesmo quando consideradas todas as especialidades, a taxa se mantém em torno de 55%. "Uma série de fatores contribui para essa alta taxa de ociosidade. Um deles é a baixa qualidade de alguns programas de residência, o que afasta os médicos. O governo quis ampliar o número de vagas, mas se preocupou mais com quantidade do que com qualidade", diz Arthur Danila, presidente da ANMR, citando a lei do programa Mais Médicos, que prevê a criação de 12 mil vagas de residência até 2018.

Outra razão para a ociosidade é a baixa procura dos recém-formados por programas de residência de algumas especialidades. De acordo com Vinicius Ximenes Muricy da Rocha, diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde do MEC, a lógica predominante no mercado de trabalho médico é a de pagamento por procedimento, o que torna menos atraentes carreiras com base quase que exclusivamente na prática clínica, como pediatria e medicina da família.

"Isso faz com que tenhamos especialidades com alta procura, como dermatologia, ortopedia e anestesiologia, e outras que, embora tenham alta complexidade clínica, não atraem médicos por não realizarem muitos procedimentos."

Segundo os dados do MEC, enquanto os programas de residência em dermatologia têm taxa de ocupação de 66,1%, os de medicina da família, essenciais para o plano do Ministério da Saúde para fortalecer a atenção básica, têm apenas 19,9% das vagas preenchidas. O presidente da ANMR afirma que, para tentar minimizar o problema, o governo federal deveria criar uma carreira pública para os médicos e demais profissionais de saúde.

Valores

Ele reclama ainda do valor da bolsa paga ao residente, de R$ 2.976, e afirma que a quantia deve ser reajustada para o valor da remuneração dada pelo governo federal a médicos integrantes do Mais Médicos e do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), que recebem cerca de R$ 10 mil. "A gente costuma trabalhar 60 horas por semana para ganhar um quarto do que esses outros médicos, que trabalham 40 horas, ganham."

O diretor do MEC admite que, por causa da oferta de empregos e de melhores salários logo após a conclusão da graduação, muitos recém-formados escolhem não fazer residência. "Existem muitas opções de trabalho para médicos hoje em serviços de urgência e emergência, em que não é necessário residência."

Ele afirma que o MEC tem adotado estratégias para aumentar o interesse dos estudantes em áreas com programas de residência com baixa procura, principalmente a medicina da família e comunidade. "A gente criou uma câmara técnica de atenção básica para a implementação de um novo currículo para a graduação, no qual queremos destacar que é uma especialidade importante, que cuida de todos os ciclos de vida do paciente e é muito valorizada em outros países", diz ele.

Distribuição

Os dados do MEC obtidos pela reportagem mostram ainda que, embora a lei do programa Mais Médicos tenha determinado a ampliação das vagas de residência por todo o País como uma das medidas importantes para a fixação de médicos em áreas mais distantes dos grandes centros urbanos, a maior parte das novas vagas autorizadas entre 2014 e 2015 pelo MEC está concentrada nas Regiões Sul e Sudeste.

Das 71.873 vagas criadas desde o ano passado, 81% estão nessas duas regiões. Metade de todos os novos postos foi criada no Estado de São Paulo. Para o diretor do MEC, a divisão das vagas tem relação com o tamanho da população de cada Estado e com o número de serviços de saúde, onde são oferecidos os programas de residência.

Falta de estímulo

Na turma de quase cem formandos de 2013 da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), Lucas Gaspar Ribeiro era considerado exceção. Enquanto alguns colegas recém-formados buscavam programas de residência em especialidades financeiramente mais rentáveis, como a anestesiologia, o médico de 30 anos optou por seguir em medicina da família e comunidade, especialidade cujos programas de residência no País têm a menor taxa de ocupação.

Só ele e outros dois colegas de turma escolheram esse campo. Na faculdade, das 30 vagas existentes na área, só 13 estão ocupadas. "Eu cheguei a ser coagido por professores e colegas para não fazer essa escolha. Diziam que para ser médico de família eu não precisava fazer residência, o que demonstra total falta de conhecimento sobre a atenção primária."

O residente diz que passou a se interessar pela área no 5.º ano, quando teve maior contato com a especialidade no estágio. "Percebi que muito do que me atraía na Medicina estava presente nessa especialidade, como o cuidado mais integral ao paciente, a visão de que temos de tratar a pessoa e não a doença."

Na parte prática da residência, o médico já observou as dificuldades de trabalhar com um número de profissionais menor do que o necessário. Ele atende pacientes de uma unidade de saúde que deveria ter quatro médicos, mas só tem dois.

"A gente acaba tendo de absorver todo esse atendimento. Para dar conta de atender todo mundo, abrimos mão de algumas atividades, como encontros em grupo, ações em escolas. Mesmo assim, não tenho dúvidas sobre a importância dessa especialidade e de que é nela que quero ficar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a assinatura de 42 deputados, dez a mais que o número necessário, foi protocolado nessa quinta-feira (22) na Assembleia Legislativa de São Paulo requerimento de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando a apurar a demora do Estado em realizar testes com a fosfoetanolamina - substância produzida pela Universidade de São Paulo (USP) no câmpus de São Carlos, que supostamente teria eficácia contra o câncer.

Pacientes estão recorrendo a liminares na Justiça para obter as "pílulas do câncer" desde que a USP deixou de distribuir a substância a quem procurava. De acordo com o deputado Rafael Silva (PDT), autor da proposta, os últimos dias têm sido marcados pelo embate entre quem afirma que o composto não surte efeito e dezenas de famílias que asseguram que a ingestão da substância é uma grande arma contra a doença.

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"O professor aposentado da USP Gilberto Orivaldo Chierice, responsável por trabalhar por quase duas décadas com a produção dessa substância, afirma que órgãos estaduais e federais não tiveram interesse em apoiar a continuidade dos estudos para a regulamentação do composto pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", afirma o parlamentar.

Segundo Silva, além de buscar entender as razões pelas quais os estudos e análises clínicas não aconteceram até hoje, a CPI pretende levar os órgãos do governo a uma ação imediata para avançar com as pesquisas e liberar o uso do produto. O deputado já conversou com lideranças de bancadas e acredita que pode haver consenso para que a instalação da CPI seja antecipada, em virtude da relevância do assunto. "Nesse caso, estamos tratando de vidas que podem ser salvas, ou não", disse.

Alternativa

O deputado Cauê Macriz (PSDB), líder do governo Geraldo Alckmin na Assembleia, disse que, embora o tema seja relevante, a Casa tem um regimento interno que não permite a quebra na ordem das propostas de CPI. Atualmente, existem cerca de 14 propostas na fila. Segundo ele, nada impede que, em vez de uma CPI, o assunto seja discutido na Comissão de Saúde ou por uma frente parlamentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde recebeu uma quantidade recorde de inscrições de brasileiros interessados em participar do programa Mais Médicos. Nesta rodada, 5.414 profissionais disseram estar interessados e vão disputar 327 vagas distribuídas em 264 municípios. "É uma relação de 16 candidatos por vaga", comparou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Heider Pinto.

Há duas possibilidades de adesão ao programa. Em uma delas, o profissional se compromete a trabalhar durante um ano no Mais Médicos. Nesta modalidade, ele recebe, ao fim do período um bônus de 10% nas provas de residência médica.

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Na outra possibilidade, profissionais atuam durante três anos e recebem benefícios como auxílio moradia e alimentação. A maioria (71,8%) dos candidatos optou pelo bônus na residência. O secretário atribui o interesse dos profissionais justamente ao bônus de 10% nas provas de residência.

Uma menina mexicana de oito anos que sofre até 400 ataques epilépticos diários é a primeira pessoa no México a usar um medicamento à base de maconha - depois de o governo autorizar o tratamento, informou seu pai nessa quarta-feira (21).

Graciela, de oito anos, começou a tomar na terça-feira "uma dose de 0,23 ml, duas vezes ao dia", do medicamento comercializado nos Estados Unidos sob o nome de Charlotte's Web, disse Raúl Elizalde, pai da menina. "Ainda é cedo para saber se está funcionando. Os médicos acreditam que os efeitos positivos poderão ser observados em dois meses", acrescentou Elizalde. Graciela, que vive na cidade de Monterrey, um polo industrial do norte do México, sofre de uma severa forma de epilepsia conhecida como síndrome de Lennox-Gastaut.

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Os pais já apelaram para fortes tratamentos - até mesmo uma cirurgia no cérebro - para melhorar as dores da menina, mas nada funcionou até agora para melhorar sua frágil condição. No mês passado, um juiz concedeu autorização para o uso do canabidiol (CBD), o que provocou objeções do governo do México - afogado numa sangrenta guerra contra o tráfico de drogas.

Finalmente, o ministério da Saúde se comprometeu a ajudar a obter a permissão para importar o remédio produzido pela farmacêutica britânica GW Pharmaceuticals, que continua em fase de testes. "Cabe esclarecer que esta autorização sanitária não significa o aval para o uso da maconha em nenhuma de suas formas", alertou o ministério da Saúde na semana passada.

Em abril, a GW Pharmaceuticals disse que relatórios de pesquisas mostraram que o medicamento levou a uma redução de 54% dos ataques entre 137 crianças e jovens adultos que o tomaram por 12 semanas em 11 hospitais norte-americanos.

O presidente Enrique Peña Nieto, cujo governo mantém uma luta contra cartéis do tráfico de drogas que já matou dezenas de milhares de pessoas em uma décadas, se opõe à descriminalização da maconha no país.

A legalização da maconha, contudo, já é uma realidade que abre caminho em outras partes da América Latina, como Uruguai, que legalizou a produção e venda em 2013, e o Chile, que deu um passo à frente neste sentido em julho deste ano.

Nos Estados Unidos, vizinho do México, mais de 20 estados legalizaram a maconha.

Quem passar pelo Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife, nesta quinta-feira (22) terá a oportunidade de realizar alguns exames de saúde. No local, podem ser feitos testes de glicemia, colesterol, medição de pressão arterial e Índice de Massa Corporal (IMC).

A ação faz parte da Caravana dos Genéricos, que começou nesta quarta-feira (21) e segue até amanhã. O objetivo é alertar e orientar as pessoas sobre a necessidade de prevenção de doenças. O atendimento será das 7h às 13h.

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Além dos exames, os participantes assistirão a um filme em 3D sobre medicamentos genéricos, que abordará desde o conceito e até como são produzidos esses medicamentos, passando pelos atributos mais importantes.

Recife será a primeira parada da Caravana dos Genéricos, iniciativa da Medley, que está em seu terceiro ano e, entre outubro e dezembro, passará ainda por Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Campinas e São Paulo.

Com informações da assessoria

Em operação realizada na manhã desta quarta-feira (21), o Ministério Publico Estadual (MPE), com apoio das polícias Militar e Civil, recolheu arquivos e documentos da Secretaria Municipal de Saúde de Alenquer, município localizado no oeste do Pará, a cerca de 1.500 quilômetros de Belém. Foi apreendido material que possa ajudar nas investigações de prestações de contas da Secretaria de janeiro a outubro deste ano. A operação é resultado de um mandado de busca determinado pela Justiça após o MPE dar entrada em uma ação cautelar contra o município e o secretário de saúde, Jailson dos Santos Miranda.

Após vistorias e denúncias na Unidade Básica de Saúde em Alenquer, no Centro Municipal de Saúde e no almoxarifado da Secretaria, o MPE constatou diversas irregularidades e precariedades no estoque de material e infraestrutura. Faltam medicamentos, vacinas, agulhas, soro e diversos materiais específicos, o que tem impedido a realização de procedimentos básicos. Atendimentos odontológicos foram suspensos e exames preventivos de câncer do colo de útero não são feitos há três meses por falta de material.

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As investigações pretendem analisar as contas da Secretaria Municipal de Saúde para constatar  se os recursos financeiros destinados ao município estão sendo devidamente aplicados pela Secretaria e identificar elementos que justifiquem a precariedade da saúde pública em Alenquer.  

Está sendo realizado em Belém, até sexta-feira (23), o XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). O evento ocorre no Hangar Centro de Convenções, e conta com palestras, oficinas e grupos de debates entre o público e profissionais da área.

Essa é a primeira vez que o congresso é realizado em Belém. Segundo o presidente da SBCBM, Josemberg Campos, a chegada desse evento à capital parense tem o objetivo de aumentar o número de cirurgias na região. “Belém ainda é um local que realiza poucas cirurgias bariátricas”, informa. “Os médicos endocrinologistas estão dando apoio aos cirurgiões para o tratamento do diabetes.”

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Nos espaços de conversa, médicos endocrinologistas e de outras áreas relacionadas ao auxílio do metabolismo respondem perguntas do público. São cerca de 300 palestrantes, sendo 43 estrangeiros, vindos da América Latina, Estados Unidos e Europa. Além dos debates, o público tem acesso a simulações de procedimentos cirúrgicos. A partir disso, o congresso consegue fazer a troca de informação e criar interação entre cirurgiões e pacientes.

A cirurgia bariátrica é recomendada para quem está com o IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 35kg, ou seja, dentro da faixa de obesidade. Essas pessoas geralmente apresentam complicações na saúde, como diabetes, pressão alta e problemas na articulação. A cirurgia deve ser realizada por cirurgiões capacitados e o paciente precisa fazer um acompanhamento pós-operatório. O objetivo é a melhora da sua condição física e psicológica.

São temas de cursos do congresso as especialidades associadas à cirurgia bariátrica e metabólica, novas tecnologias em cirurgia bariátrica, endoscopia bariátrica, fisioterapia, gerenciamento de clínica bariátrica, urgências e complicações em cirurgia bariátrica, entre outros.

 

Mais de 1.800 casos de cólera foram registrados no Iraque e a epidemia já atingiu a região autônoma do Curdistão, no norte do país - informaram nesta terça-feira as autoridades sanitárias iraquianas. Um balanço anterior divulgado em 7 de outubro dava conta de 1.201 casos.

"Foram registrados 1.809 casos de cólera no Iraque" desde o início da epidemia, no mês passado, nos arredores do rio Eufrates, informou o ministério da Saúde em comunicado. As províncias de Bagdá e Babilônia, no sul da capital, são as mais afetadas - com mais de 500 casos registrados cada uma, declarou à AFP o porta-voz do ministério, Rifaq al-Araji.

Até agora a epidemia deixou seis mortos, dentre eles quatro na região de Abu Ghraib, a oeste da capital iraquiana, antes que as autoridades sanitárias entrassem com um plano para lutar contra a doença.

O ministério da Saúde do governo do Curdistão registrou os primeiros casos na província de Erbil e dois na de Dohouk. Duas destas pessoas vinham das regiões mais afetadas pela epidemia no centro do país, explicou o porta-voz do ministério, Khalis Khadhr.

A última epidemia de cólera confirmada no Iraque remonta a 2012 e causou a morte de quatro pessoas na região autônoma do Curdistão. Após um curto período de incubação de dois a cinco dias, a cólera provoca uma severa diarreia e a desidratação do corpo.

As longas jornadas de trabalho em atividades muito intensas, ou de plena inércia, podem estar na raiz dos mais diversos problemas de coluna, dentre eles, os desvios que, segundo estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), acometem cerca de 20% da população mundial.

No vídeo, o doutor Carlos Lopes fala sobre os desvios de coluna mais comuns. Entram na lista as escolioses, lordoses, cifoses, dentre outras que podem ser corretamente tratadas, mas, principalmente, podem e devem ser evitadas. Para isso, o especialista também dá dicas de como obter uma postura corporal acertada.

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Então, saiba como identificar e se livrar dos desvios de coluna:

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Em uma nova polêmica médica, a American Cancer Society declarou nesta terça-feira (20) que as mulheres devem esperar até os 45 anos para começar a realizar a mamografia anual como forma de prevenção ao câncer de mama.

A recomendação anterior era que as mulheres iniciassem essa rotina de exame aos 40. Como justificativa para essa alteração, a American Cancer Society alega que não há evidências de que o exame é suficiente para salvar vidas.

Ao mesmo tempo em que mulheres mais jovens estão sendo aconselhadas a começar mais tarde a realização da mamografia, sugere-se que mulheres acima dos 55 realizem o exame a cada dois anos - e não anualmente, como acontece hoje.

"Desde que a última atualização de monitoramento de câncer de mama da American Cancer Society foi publicada em 2003, acumularam-se novas evidências, com base em acompanhamentos de longo prazo de testes de controle aleatórios e estudos de campo", afirma a organização, em texto publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).

As mulheres ainda devem ter a possibilidade de começar seus exames anuais aos 40, se quiserem, esclarece a ACS (na sigla em inglês).

O câncer de mama é a forma mais comum dessa doença entre mulheres no mundo todo. Também é uma das formas mais letais no mesmo grupo, depois do câncer de pulmão. Nos Estados Unidos, mais de 40 mil mulheres devem morrer de câncer de mama somente este ano, de acordo com o mesmo artigo.

A detecção prematura pode ajudar a aumentar as chances de sobrevida, mas começar a realizar mamografias em todas as mulheres a partir dos 40 pode trazer outros problemas. Entre eles, falsos positivos, biópsias, cirurgias para a remoção de massas que podem não chegar a oferecer perigo, além de potenciais complicações cirúrgicas.

Evidências de testes clínicos mostraram um benefício pequeno proporcionado pelas mamografias, quando se trata de salvar vidas entre as mulheres mais novas, afirmam Nancy Keating, da Harvard Medical School, e Lydia Pace, do Brigham and Women's Hospital, em editorial que acompanha o artigo.

Segundo as duas pesquisadoras, a mamografia regular pode prevenir mortes por câncer de mama em pelo menos cinco a cada 10 mil mulheres na faixa dos 40, ou dez a cada dez mil na faixa dos 50.

"Por isso, cerca de 85% das mulheres em seus 40 e 50 que morrem de câncer de mama teriam morrido, apesar da mamografia", relatam.

Oferecer testes mais sofisticados de monitoramento, incluindo fatores de risco genéticos, seria melhor no caso das pacientes mais jovens do que mais mamografias de controle, sugerem as especialistas.

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