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Picado por uma surucucu-pico-de-jaca, apontada pelo Instituto Butantan como a maior serpente peçonhenta das Américas, o lavrador Cícero José de Oliveira, de 43 anos, viveu quatro dias dramáticos na floresta amazônica. Dois brigadistas do Ibama caminharam 34 quilômetros na mata nativa até o encontrarem e prestarem os primeiros socorros.

Foi no fim da manhã de 26 de outubro, às margens do rio Juma, que a cobra cruzou o caminho de Cícero e de outras duas pessoas que o acompanhavam. O lavrador fazia a medição de um terreno.

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Pai de três filhas, Cícero possui uma pequena propriedade no município de Careiro (AM), cidade localizada a 123 quilômetros de Manaus. Quando foi surpreendido pelo réptil e picado, ele estava encerrando o trabalho e retornando para casa.

"Saiu muito sangue", recorda-se o lavrador, agora fora de perigo. "Achei que a situação poderia piorar, então eu e os dois que estavam comigo corremos em direção à estrada por mais ou menos mil metros. Mas a perna travou, foi quando o indígena que estava com a gente foi pedir ajuda."

Cícero contou detalhes de sua saga na grande floresta. "A gente ainda tinha comida, mas no domingo ficamos por conta de palmito", contou Cícero. Na segunda-feira (30), ele e seus companheiros já estavam sem água.

O Ibama informou que os dois brigadistas que socorreram o lavrador são Jeffite Cordeiro Ambrósio e José Augusto Antunes, ambos técnicos em enfermagem.

Eles entraram na mata nativa e densa às 11h40, mas só encontraram o lavrador seis horas depois, após caminharem 17 quilômetros. Então, prestaram os primeiros socorros a Cícero.

"Antes de sair da base, pesquisei na internet sobre a cobra. Sabia que se tratava de um animal venenoso e cuja picada causa dor extrema. Na ida, dizia para os companheiros manterem a calma e seguir a linha de raciocínio de que tudo daria certo. Ao encontrar Cícero, perguntei: numa escala de zero a dez, qual a intensidade da dor? Ele respondeu: nove", relata Ambrósio.

Ele e o outro brigadista, José Augusto, aplicaram o soro antiofídico no lavrador.

Os três e o restante do grupo deixaram o local do resgate no alvorecer da terça (31). Cícero foi carregado em uma rede. Pouco antes do meio-dia, após cinco horas de caminhada, chegaram a Careiro, onde o lavrador foi hospitalizado. Ele não corre mais risco de morte.

Segundo o Ibama uma equipe do Prevfogo, que está na região trabalhando no combate a incêndios florestais, foi acionada pela Secretaria Municipal de Saúde na manhã de segunda para ajudar no resgate do lavrador.

O local é de difícil acesso, mesmo com o uso de aeronaves. Quando partiram para o salvamento, os dois brigadistas e outros dois moradores locais estavam na base do município de Manaquiri, um dos setores da Operação Amazonas 2023."Um brigadista em combate chega a andar, em média, entre oito e 10 quilômetros por dia, são pessoas de certa rusticidade", atesta o comandante de Incidentes da Operação Amazonas 2023, Kurtis François Teixeira Bastos.

CONHEÇA A TEMÍVEL SURUCUCU-PICO-DE-JACA

De acordo com o Instituto Butantan, a surucucu ou surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta) tem cor alaranjada contrastando com as manchas escuras ao longo de seu dorso.

Ela pode ser considerada a maior serpente peçonhenta das Américas e a segunda maior do mundo, atrás apenas da cobra-rei (Ophiophagus hannah).Pode alcançar mais de 3 metros de comprimento e tem, no fim da cauda, escamas arrepiadas. As escamas de seu corpo são semelhantes à casca de uma jaca - daí o nome popular da espécie. É a única serpente do gênero Lachesis presente no Brasil, e pode ser encontrada em grande parte nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Ceará e Rio de Janeiro.

Cientistas brasileiros conseguiram registrar pela primeira vez na América Latina o "canto" de uma serpente. Eles fizeram um vídeo que mostra a vocalização emitida por uma cobra conhecida como papa-lesma ou dormideira (Dipsas catesbyi), nativa do continente. O trabalho, assinado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), foi publicado na semana passada na Acta Amazônia, revista científica do instituto.

O registro foi feito por acaso, durante uma trilha noturna na Amazônia em busca de sapos e serpentes. Os cientistas tentavam registrar em vídeo o hábito da cobra, que não é venenosa, de esconder a cabeça sob o corpo.

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'GRITO'

Os pesquisadores estavam filmando um exemplar do sexo masculino quando foram surpreendidos pela emissão do que chamaram de "grito". O vídeo foi divulgado nas páginas do Projeto Suaçuboia, criado por pesquisadores envolvidos no estudo, e do Inpa.

"O canto teve duração de 0,06 segundo, atingindo 3036 Hz em sua frequência de pico com nota modulada, emitida por meio da exalação de ar pela laringe", escreveram os pesquisadores no artigo científico. "Nossa hipótese é que emissões vocais estruturadas como esta são uma reação a uma tentativa de predação e podem ser uma característica compartilhada por outras espécies de Dipsadidae e outras serpentes."

LAGARTOS. Os especialistas acreditam que a vocalização seja um resquício evolutivo dos lagartos - grupo mais próximo ao da serpente e que possui um repertório vocal bem conhecido e variado.

Embora esta tenha sido a primeira vez que cientistas registram um som emitido por uma cobra na América Latina, já existem registros de vocalizações de outras espécies de serpentes em diferentes partes do mundo, como América do Norte e Ásia.

REVOLUÇÃO NA HERPETOLOGIA

Segundo comunicado do Inpa, "a descoberta tem potencial para revolucionar a herpetologia na região, ao mesmo tempo em que destaca a importância da conservação dessas espécies."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O assassino francês Charles Sobhraj, conhecido como "A Serpente" e que cometeu uma série de homicídios na Ásia nos anos 1970, chegou à França neste sábado (24), depois de passar duas décadas na prisão no Nepal.

Sobhraj, de 78 anos, desembarcou no aeroporto Roissy Charles-de-Gaulle, na região de Paris, após um voo procedente de Doha (Catar).

A Suprema Corte do Nepal determinou na quarta-feira a soltura antecipada por motivos de saúde e a deportação para a França em um prazo de 15 dias. Ele foi libertado na sexta-feira e embarcado em um voo no aeroporto de Katmandu com destino a Paris, com uma escala em Doha.

Durante o voo, Sobhraj insistiu que era "inocente".

Me sinto ótimo. Tenho muito a fazer. Tenho que processar muita gente. Incluindo o Estado do Nepal", declarou Sobhraj à AFP a bordo do avião.

Ao ser questionado sobre se acreditava ter sido descrito, erroneamente, como um assassino em série, ele respondeu: "Sim, sim".

No aeroporto francês, a polícia de fronteiras procedeu a verificação da identidade e ele deixou o local de maneira discreta, segundo uma fonte que trabalha no local, ignorando os muitos jornalistas que o aguardavam.

De acordo com esta fonte, Sobhraj "não é procurado nem perseguido" na França.

"Estou muito feliz", declarou sua advogada francesa, Isabelle Coutant-Peyre, que estava no aeroporto para receber Charles Sobhraj.

"Ele foi condenado injustamente em um processo fabricado com documentos falsificados pela polícia nepalesa. É um escândalo, o apresentam como um 'serial killer', o que é completamente falso", acrescentou.

- "Assassino do biquíni" -

A história de Sobhraj foi relatada na série "O Paraíso e a Serpente", uma produção da Netflix e BBC.

Nascido em Saigon, de pai indiano e mãe vietnamita, que se casou mais tarde com um francês, Sobhraj teve uma vida internacional de criminalidade que o levou à Tailândia em 1975.

Fingindo ser um negociante de joias, fez amizade com as vítimas, muitas delas mochileiros ocidentais, os quais drogava, roubava e matava.

De aparência dócil e sofisticado, ele foi acusado pelo assassinato de uma jovem americana que teve o corpo encontrado em uma praia em 1975.

Apelidado de "assassino do biquíni", Sobhraj foi vinculado a mais de 20 homicídios.

Ele foi preso na Índia em 1976 e passou 21 anos na prisão, com uma breve saída em 1986, quando fugiu e foi recapturado no estado costeiro de Goa.

Libertado em 1997, viveu em Paris, onde cobrava para dar entrevistas, mas voltou ao Nepal em 2003. Ele foi localizado em um cassino no distrito turístico de Katmandu pelo jornalista Joseph Nathan, um dos fundadores do jornal Himalayan Times, e depois detido.

"Parecia inofensivo (...) Foi pura sorte que o tenha reconhecido", disse Nathan à AFP na quinta-feira. "Acho que foi carma".

Um tribunal do Nepal o condenou à prisão perpétua pelo assassinato em 1975 da turista americana Connie Jo Bronzich. Uma década depois, ele foi declarado culpado pelo assassinato do parceiro de Bronzich, um canadense.

No avião que o levou a Doha, Sobhraj insistiu em sua inocência nos dois assassinatos no Nepal.

"Os tribunais do Nepal, da corte distrital à Suprema Corte, todos os juízes tinham preconceitos contra Charles Sobhraj", afirmou.

"Sou inocente dessas acusações, ok? De modo que não tenho de me sentir mal, nem bem, por isso. Sou inocente. Tudo foi baseado em documentos falsos", acrescentou.

O policial tailandês Sompol Suthimai, cujo trabalho com a Interpol foi crucial para a detenção do francês em 1976, pressionou para obter a extradição de Sobhraj para a Tailândia, para que ele fosse julgado pelos assassinatos cometidos no país.

Sompol, no entanto, declarou à AFP na quinta-feira que não era contrário à libertação porque tanto ele como o criminoso que perseguiu estão muito velhos.

"Não tenho sentimentos por ele depois de tanto tempo", afirmou Sompol, de 90 anos. "Acho que ele já pagou por seus atos".

burs-raz/dhc/mas/es/mis/fp

O assassino francês Charles Sobhraj, conhecido como "A Serpente" e que cometeu uma série de homicídios na Ásia na década de 1970, foi libertado nesta sexta-feira (23) de uma prisão do Nepal.

Sobhraj, de 78 anos e que inspirou a série da Netflix "O Paraíso e a Serpente", foi levado para o serviço de imigração, de onde será expulso para a França, informou a polícia.

O francês estava preso desde 2003 nesta república da região do Himalaia pelo assassinato de duas turistas americanas.

A Suprema Corte do Nepal ordenou na quarta-feira a libertação antecipada de Sobhraj por motivos de saúde e sua expulsão para a França no prazo máximo de 15 dias.

Ele deveria ter deixado a prisão na quinta-feira, mas problemas logísticos e jurídicos adiaram a libertação.

As autoridades penitenciárias disseram à AFP que, após receberem os documentos judiciais relevantes, entregariam Sobhraj ao serviço de imigração.

"Assim que ele for entregue à Imigração, os próximos passos serão decididos. Ele tem um problema cardíaco e deseja receber tratamento no hospital Gangalal de Katmandu", afirmou o advogado Gopal Shiwakoti Chintan.

O 'serial killer' passou por uma cirurgia de coração aberto em 2017. A saída da prisão está de acordo com a lei nepalesa que permite a libertação de prisioneiros gravemente doentes que cumpriram 75% de sua sentença, segundo o tribunal.

Sofisticado

O ministério das Relações Exteriores da França informou que ainda não recebeu um pedido de expulsão de Sobhraj do governo do Nepal.

Em caso de notificação do pedido, a França será obrigada a atendê-lo porque Sobhraj é cidadão francês", explicou um porta-voz do ministério.

Charles Sobrahj, um francês de origem vietnamita e indiana, começou a percorrer o mundo no início dos anos 1970 até chegar à capital tailandesa Bangcoc.

Fingindo ser um negociante de joias, fez amizade com as vítimas, muitas delas mochileiros ocidentais, os quais drogava, roubava e matava.

"Ele odiava mochileiros, via-os como jovens, pobres e viciados em drogas", disse à AFP a jornalista australiana Julie Clarke, que entrevistou Sobhraj. "Ele se considerava um herói do crime", acrescentou.

Suave e sofisticado, ele teria cometido o primeiro assassinato em 1975, quando matou uma jovem americana, cujo corpo foi encontrado em uma praia em 1975. Apelidado de "assassino do biquíni", ele foi vinculado a mais de 20 homicídios.

O outro apelido, "A Serpente", veio de sua capacidade de assumir outras identidades para fugir da Justiça e se tornou o título da série de sucesso da Netflix e BBC baseada em sua vida.

Ele foi preso na Índia em 1976 e passou 21 anos na prisão, com uma breve saída em 1986, quando fugiu e foi recapturado no estado costeiro de Goa.

Libertado em 1997, viveu em Paris, onde foi pago para dar entrevistas, mas voltou ao Nepal em 2003. Foi visto no distrito turístico de Katmandu e detido em um cassino.

No ano seguinte, um tribunal condenou-o à prisão perpétua pelo assassinato em 1975 da turista americana Connie Jo Bronzich.

Uma década depois, foi condenado pelo assassinato do parceiro de Bronzich, um canadense.

Atrás das grades, Sobhraj reiterou sua inocência nas duas mortes, dizendo que nunca esteve no Nepal antes da viagem que o levou à prisão.

Nadine Gires, uma francesa que morou no mesmo edifício que Sobhraj em Bangcoc, afirmou no ano passado à AFP que ele era "culto e cortês".

"Ele não era apenas um vigarista, sedutor e ladrão de turistas, mas também um assassino perverso", comentou.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a fazer duras críticas ao governo federal neste sábado (23), durante palestra no Brazil Summit Europe. A petista disse que o presidente Jair Bolsonaro é resultado de um “ovo da serpente chocado durante o impeachment”, ocorrido em 2016.

Para Dilma, o atual presidente vem trabalhando para diminuir os direitos do povo, referindo-se à Reforma Trabalhista e ao teto de gastos. "É este o preço cobrado pelos neoliberais para manter algum suporte ao neofascismo”, afirmou.

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O Brazil Summit Europe é organizado por alunos da Hertie School, escola de governança e administração pública alemã. A conferência ocorre até o dia 24 de abril, com a participação de políticos, gestores públicos, empresários e professores da Alemanha, com o objetivo de debater as perspectivas do Brasil diante das eleições e no futuro, bem como de analisar e fortalecer a relação entre o Brasil e a União Europeia.

Uma cobra da espécie Eunectes murinus, conhecida como sucuri-verde ou apenas sucuri, foi resgatada pelo Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Tocantins, nessa quinta-feira (14), após sofrer uma fratura na região da cabeça. A lesão foi constatada em radiografia coordenada pelas equipes. Segundo disseram ao G1 os moradores da região de Taquaruçu Grande, na zona rural de Palmas, que realizaram a chamada às autoridades ambientais, o animal havia caído de uma cachoeira e aparentava estar machucado.

A serpente do tipo não-peçonhenta é uma fêmea com 3,7 metros e está com os movimentos limitados após a queda. Ela será acompanhada pelos profissionais pelo Centro de Fauna do Tocantins (Cefau). A bióloga Raiany Cruz conta que o batalhão foi chamado após moradores verificarem que a cobra estava com a cabeça submersa e não conseguia se movimentar.

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Ainda segundo a profissional, o réptil seguirá em observação e passará por uma nova bateria de exames, já que a hipótese de uma cirurgia ainda não foi descartada. Cruz explica que o problema maior é o pós-operatório, pois a cobra pode seguir com os movimentos limitados e ter dificuldade para subjugar as presas, o que a impediria de voltar ao habitat natural na mata.

A presença de serpentes é comum não apenas na zona rural, mas também na área urbana de Palmas. A bióloga explica que devido à proximidade da vegetação nativa os encontros são comuns nas residências, assim como o flagrante de animais feridos.

"A gente fica feliz quando acontece esses chamados porque quando se resgata um animal nós pensamos em todas as outras vidas que aquele animal vai colocar na natureza para manter o equilíbrio. Por se tratar de uma serpente que a sociedade não vê com bons olhos, a gente fica muito feliz por saber que as pessoas estão tendo respeito e preocupação em querer cuidar", comemorou.

A sucuri verde pode chegar até 11 metros, embora sejam mais comuns registros de animais inferiores a sete metros. A espécie é encontrada em várias regiões do estado. Além de não ser peçonhenta, sua alimentação é baseada em pequenos animais e ela pode gerar mais de 50 filhotes.

Responsáveis por retirar cobras de áreas residenciais, profissionais do Snake Catches de Brisbane, na Austrália, ficaram abismados com a camuflagem de uma píton-carpete em uma garagem cheia de ferramentas. Nas redes sociais, eles desafiaram os internautas a encontrar seu esconderijo entre canos e alicates.

Mesmo não peçonhenta, a espécie se enrola em suas presas até a morte e pode alcançar até três metros de comprimento. "Encontre a serpente", provoca a publicação no Facebook.

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"É ótimo brincar com isso, mas sempre que não consigo encontrar, fico um pouco preocupada, caso eu tivesse que fazer na vida real", brincou uma usuária que topou participar do desafio.

Acomodada em um espaço compacto, alguns desconfiaram que a postagem se tratava de uma brincadeira e, na verdade, não havia serpente alguma na foto. "Esse é um daqueles [desafios] 'não há cobra' e vocês estão brincando com a gente", sugeriu outro usuário.

Um jovem de 18 anos, identificado como Siraphop Masukarat, foi picado no pênis por uma cobra píton, que estava no vaso sanitário de sua casa. Ele precisou ser socorrido e, no hospital, o médico deu três pontos na glande do rapaz. O caso aconteceu na noite da última terça-feira (8), em Nonthaburi, na Tailândia.

Segundo o The Sun, Masukarat foi tratado com antibiótico para matar qualquer bactéria oriunda das presas da píton, que tinha aproximadamente 1,3 metro. A serpente foi resgatada e solta em uma mata.

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"Eu estava usando o banheiro, mas alguns momentos depois de me sentar, de repente senti uma dor no pênis. Eu olhei para baixo e vi que havia uma cobra”, relembra o jovem. Ele revelou ao site que agora espera que o seu pênis se recupere.

 A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta quarta-feira (22), um amigo de Pedro Krambeck, jovem que foi picado por uma cobra naja. Gabriel Ribeiro, que também é estudante de medicina veterinária, é suspeito de tentar atrapalhar as investigações sobre esquema de tráfico de animais. 

De acordo com a polícia, Gabriel tentou obstruir provas dos crimes desde o início das investigações. Ele é apontado como possível responsável por levar para um haras as 16 serpentes que estavam em posse de Pedro Krambeck.

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A prisão de Gabriel faz parte da terceira fase da Operação Snake. O estudante está preso temporariamente, por até cinco dias prorrogáveis por igual período.

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) já havia informado na última semana que ele seria multado em R$ 81,3 mil também por dificultar a ação do órgão, manter animais nativos e exóticos em locais inapropriados e sem a devida autorização, e maus-tratos.

Pedro Krambeck foi picado pela naja em 7 de julho. A serpente foi encontrada no dia seguinte dentro de uma caixa próxima a um shopping. Naquela semana, 16 cobras foram encontradas em um haras após denúncia anônima.

Em 11 de julho, a Polícia Civil encontrou outra cobra que pertenceria a Pedro no apartamento de Gabriel. O jovem picado ainda não foi ouvido pela polícia. Ele chegou a ficar em coma, mas já recebeu alta. 

A segunda fase da Operação Snake teve como alvo o padrasto de Pedro, o tenente-coronel da PM Eduardo Condi. Ele foi levado para prestar depoimento e teve o celular apreendido.

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) informou que abriu um inquérito para investigar o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, que foi picado por uma cobra naja na última semana. Ele recebeu alta na segunda-feira (13) após seis dias internado.

A Promotoria de Justiça e Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) recebeu a denúncia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). O estudante é investigado por tráfico de animais.

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O Ministério Público trabalha em conjunto com a Delegacia Especial de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes Contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema), além do Ibama. 

A Polícia Civil do DF esteve no condomínio de Krambeck. Policiais conversaram com funcionários e analisaram imagens do circuito de segurança do prédio. Peritos encontraram indícios de maus-tratos em 16 cobras apreendidas que pertenciam ao estudante. O jovem foi multado em R$ 2 mil pelo Ibama por criar a naja sem autorização.

A cobra naja que picou um estudante de veterinária em Brasília foi encontrada perto de um shopping no Lago Sul, a 14 quilômetros de onde mora o jovem. O estudante de 22 anos permanece em estado grave em um hospital particular do Gama.

De acordo com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), a cobra foi encontrada no Setor de Clubes Esportivos Sul. O animal estava aparentemente bem e não demonstrou agressividade.

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A Polícia Civil e o Ibama estão investigando a possibilidade de tráfico de animais já que a naja é nativa da África e da Ásia. Os órgãos suspeitam que o animal estava sendo criado em casa pelo estudante. Um auditor fiscal do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) procurou a delegacia na quarta-feira (8) informando que não há registro de importação da serpente.

O auditor relatou que o jovem mantinha uma página em rede social com fotos e vídeos de espécies de cobras. Depois do ocorrido, a página foi apagada. O Ibama informou que emitirá uma multa ao criador ou proprietário da casa onde a cobra era mantida. O valor da multa pode chegar a R$ 5 mil.

O estudante foi medicado com soro antiofídico do Instituto Butantan, de São Paulo. O instituto ressaltou que não produz ou disponibiliza o antiveneno para acidentes com naja, já que é uma espécie exótica, não pertencente à fauna do Brasil. 

"A instituição somente mantém um pequeno estoque em sua unidade hospitalar de atendimento para eventual acidente com pesquisadores que realizam estudos com o animal na instituição. Doses desta reserva foram enviadas para Brasília atendendo a uma solicitação em caráter emergencial", disse em nota.

Uma serpente foi flagrada no momento em que se prepara para dar um grande salto e sair voando de uma árvore para parar em um gramado a alguns metros de distância.

A cena foi registrada por cientistas que tentavam entender como os répteis podiam sair voando de uma árvore para outra. Através da captura de movimento em alta velocidade, os cientistas conseguiram analisar e entender os movimentos e a estratégia utilizada pelas serpentes para planar.

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Com uma análise do modelo da aerodinâmica das serpentes, os cientistas descobriram que os movimentos ondulantes contribuem no planeio dos répteis. Além disso, as serpentes achatam seus corpos durante o salto de uma árvore para outra, gerando elevação e fazendo com que consigam realizar a proeza de voar.

Da Sputnik Brasil

Pesquisadores do Centro Nacional de Ciências Biológicas da Índia descobriram, em julho de 2019, uma nova espécie de cobra no estado de Arunachal Pradesh. O réptil teve o seu nome registrado no "Zoosystematics and Evolution", no último dia 15, e foi batizado de Trimeresurus Salazar (ou Víbora do Fosso de Salazar). O nome faz referência a um dos personagens dos livros da saga "Harry Potter", de J. K. Rowling, da qual a equipe de cientistas é fã.

A cobra tem uma pele verde brilhante e, diferente de outras espécies, os machos possuem uma linha laranja-avermelhada ao lado da cabeça. É uma víbora venenosa e, de acordo com seu registro, estima-se que existam 48 outras do mesmo gênero.

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Nas histórias do bruxo Harry Potter, Salazar Slytherin é um personagem com a habilidade de se comunicar com as cobras e foi o fundador da casa Sonserina, na escola de magia Hogwarts. O personagem também criava uma serpente gigantesca na câmara secreta do castelo.

O Brasil é o habitat natural de diversas espécies de animais, insetos e plantas. Neste universo, as cobras são um dos seres mais belos e enigmaticos, porém muitas delas carregam venenos que podem ser fatais tanto para os seres humanos quanto para os animais de estimação.

Entre as cobras mais conhecidas e encontradas no Brasil estão a coral, a jararaca, a cascavel e a surucucu, e é muito difícil identificar se a espécie é ou não peçonhenta. Elas costumam ter a cabeça mais achatada, possuem fosseta loreal, olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e atacam quando se sentem ameaçadas.

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Porém, segundo Luca Mantovanelli, professor do curso de Ciências Biológicas da UNG, algumas dessas características já não são tão importantes para identificar o tipo de cobra. "Atualmente é considerado apenas a presença da fosseta loreal como característica determinante de uma serpente peçonhenta da América do Sul", conta.

A picada das cobras peçonhentas pode ser fatal quando atacam os animais de estimação, dependendo do tipo de serpente, a quantidade de veneno injetado e o local onde o animal foi picado. "O correto é identificar a serpente que causou o acidente, em seguida conter o animal de estimação e acompanhá-lo até o Instituto Butantan ou a um veterinário", orienta Mantovanelli.

As serpentes venenosas são diferentes das peçonhentas, pois não possuem peçonhas, que são os dentes que injetam o veneno quando atacam. Sendo assim, o veneno se torna menos agressivo quando atacam outros seres vivos.

O biólogo ressalta que é normal que os animais domésticos se assustem ou queiram ir atrás das cobras quando as encontram. "Os cães, por exemplo, são curiosos e tendem a chegar bem perto de serpentes, eles não apresentam medo desses animais", afirma Mantovanelli.

As serpentes peçonhentas não atacam animais maiores do que elas, já que não se alimentam desses animais. O ataque, na maioria das vezes sinalizado por barulhos, entre as cascavéis, por exemplo, são realizados apenas para defesa.

Um detento que cumpria prisão perpétua foi morto após ser atacado por uma cobra que invadiu a penitenciária do estado de Uttar Pradesh, na Índia. Além de Babbu, outros dois reclusos foram atacados, na última segunda-feira (12). Encantadores de serpentes foram chamados e capturaram quatro animais nas instalações.

A prisão é envolvida por campos e acredita-se que os répteis invadiram o local para abrigar-se das fortes chuvas que atingem a região. Um dos agentes penitenciários informou que 12 encantadores de serpentes foram acionados e conseguiram capturar as cobras, de acordo com o India Today.

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Uma mulher faleceu após ser picada por cobra cascavel em Paudalho, na Mata Norte de Pernambuco. Lucicleide Cosmo da Silva chegou a ser internada no Hospital da Restauração (HR), no centro do Recife, mas não resistiu.

A vítima não teria conseguido visualizar o tipo de cobra que a picou por ser noite e estar chovendo no dia do ocorrido, 23 de julho. Ela foi encaminhada para duas unidades de saúde de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e só então transferida para o HR, única unidade com soro antiofídico no Grande Recife.

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De acordo com o hospital, Lucicleide deu entrada na unidade por volta das 22h do dia 23 com o relato de picada de cobra. Durante o período em que esteve internada, ela esteve desorientada. A paciente faleceu no começo da tarde da segunda-feira (29).

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou a morte por cobra cascavel. Até abril de 2019, ocorreram 425 acidentes com serpente em Pernambuco. Em 2018, foram 967 ocorrências.

O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE) indica que, ainda em casa, a vítima de picada de cobra pode lavar o local apenas com água e sabão e seguir para uma emergência. Não é indicado fazer torniquete, tomar remédio ou colocar álcool e querosene no local. Também não é recomendado “chupar o veneno”, pois aumenta as chances de infecção. Em caso de dúvidas, a população pode ligar para o 0800.722.6001, teleatendimento do Centro, que funciona 24 horas por dia.

Referências para Tratamento de Acidentes com Animais Peçonhentos em Pernambuco

Hospital da Restauração – Recife (cobra e escorpião)

Hospital Jaboatão Prazeres - Jaboatão dos Guararapes (escorpião)

Hospital João Murilo - Vitória de Santo Antão (escorpião)

Hospital Belarmino Correia - Goiana (escorpião)

Hospital Mestre Vitalino – Caruaru (cobra e escorpião)

Hospital Regional Ruy de Barros Correia – Arcoverde (cobra e escorpião)

Hospital Professor Agamenon Magalhães - Serra Talhada (cobra e escorpião)

Hospital Regional Inácio de Sá – Salgueiro (cobra e escorpião)

Hospital Regional Fernando Bezerra – Ouricuri (cobra e escorpião)

Hospital Universitário – Petrolina (cobra e escorpião)

Na manhã desta quarta-feira (8), o Grupamento Especial de Proteção Ambiental da Guarda Civil Municipal capturou uma jiboia de cerca de dois metros que estava escondida em uma residência localizada no bairro Cosme de Farias, em Salvador, Bahia.

O diretor de Segurança Urbana da Prefeitura de Salvador, Maurício Lima, explica que o grupamento havia recebido um chamado informando que a serpente havia sido vista em uma casa. "Enviamos nossa equipe, que capturou o animal mantendo a sua integridade e o encaminhou para o Ibama", explica.

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Uma cobra sucuri, de aproximadamente 5 metros, foi capturada após moradores escutarem um cachorro latindo e acionarem o Corpo de Bombeiros, na manhã desta sexta-feira (22), no município de Alto Garça, no Mato Grosso.

O cão, que foi atacado pela cobra, não resistiu e morreu - mas a serpente não chegou a comê-lo. Segundo publicação do G1, após a captura, os bombeiros soltaram a sucuri numa região de mata. Além do cachorro, não há relatos de humanos atacados.

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Uma cobra-marrom, conhecida por ser uma das mais peçonhentas do mundo, foi encontrada por uma australiana nesta terça-feira (5). A serpente estava atrás da sua geladeira, e ao se surpreender com o animal, acionou uma organização voltada à captura de cobras.

Ela revelou que entrou em pânico e ficou desesperada quando avistou a cobra. Segundo o responsável pela captura Ange Broadstock, os moradores devem ficar atentos para evitar esses encontros inesperados. "

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As casas precisam ter proteções para que as cobras não possam passar pela porta. Se uma cobra sente uma brisa fresca de um ar condicionado, especialmente em um dia quente, então, se for possível, ela se espreme sob a porta e geralmente se dirige para um local bom para ela", afirmou Ange ao "Yahoo7 News".

Segundo ele, as serpentes buscam locais frescos, como debaixo de lava-louças, geladeiras ou máquinas de lavar roupa.

 

Durante o ano de 2018, 2.028 ocorrências relacionadas a acidentes com animais peçonhentos foram registradas pelo Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE). O dado representa 43% dos atendimentos da entidade, que em sua maioria foram por ataques de escorpiões e serpentes, 1.349 e 493 respectivamente. 

Os animais peçonhentos são aqueles que produzem veneno e têm o aparelho inoculador da substância. Diferente dos venenosos que apenas produzem a substância, mas não injetam na vítima. A maioria das espécies sobreviveu a todos os acontecimentos históricos e adaptou-se às ações do homem, por isso os peçonhentos ainda preocupam a sociedade contemporânea.

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Na civilização egípcia, os sacerdotes já sabiam do perigo e da relevância desses animais para a sociedade e o ecossistema. Por isso, cultuavam a deusa escorpião Serket, que para eles facilitava a respiração de recém-nascidos e curava os sintomas causados pela picada do artrópode. “Ele se adaptou bem, por isso não existe veneno para escorpião. Se colocarmos nessa sala, os sensores dele vão detectar a presença do veneno. Então ele vai se desalojar e esperar o efeito passar para poder voltar. Você não consegue acabar com o escorpião facilmente", apontou a coordenadora do Ceatox Lucineide Porto, antes de enfatizar a dedetização na tentativa de livrar-se de acidentes, "é importante por que mata os pequenos insetos e acaba com o alimento dele”, aconselhou.

Segundo Lucineide, o clima quente deixa-os mais ativos, entretanto, quando chove, eles são desalojados e vão procurar abrigo próximo às residências. Ela explica que “o veneno atua nas terminações nervosas e dá uma paralisia. A vítima, sobretudo crianças, podem ter dificuldade de respirar, do coração bater e podem ter convulsões. O efeito causa manifestações bem diversas já que atua em todo organismo", elucidou a coordenadora. Caso o ataque não seja evitado, ela sugere que o animal deva ser colocado em um recipiente de vidro com álcool, ou se possível, fazer uma foto que possa identificá-lo para ajudar nos procedimentos do tratamento.

Um caso recente envolvendo uma criança ocorreu no dia 14 de janeiro, em Timbaúba, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Enquanto a pequena Bianca, de cinco anos, procurava um brinquedo no quarto, foi picada por um escorpião. “Ele chegou e se amoitou. Quando ela baixou, que pegou [a caixinha de brinquedo], já foi logo atacada", relatou a mãe Joselânia Freitas. Ela também contou que a filha não apresentou febre, vômito ou desmaio, mas ainda assim foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, antes de ser encaminhada ao Hospital da Restauração (HR), no Recife. Lá, a menina ficou seis horas em observação, tempo que Joselânia constatou que a incidência desses casos é alta. “Inclusive tinha outras crianças picadas lá também. Aí a médica de plantão explicou que é pra fazer isso mesmo. Levar logo pra uma UPA ou hospital mais perto”. Um caso parecido aconteceu na última terça-feira (29), no interior de São Paulo. Porém, a vítima de apenas quatro anos veio a óbito.

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Além dos escorpiões, o cuidado com as serpentes também é importante 

A história dos animais peçonhentos realmente se fundi com a egípcia. Segundo uma linha de pesquisa, Cleópatra, a “última rainha do Egito”, teria morrido após ser mordida propositalmente por uma serpente, para evitar a rendição ao Exército Romano. O professor doutor do centro de zoologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Pedro Nunes, garantiu que “esses animais não são agressivos gratuitamente. Geralmente eles respondem ao que consideram uma ameaça, como um pisão”, declarou.

De acordo com os dados do Ceatox-PE, 90% dos ataques em todo Brasil envolvendo serpentes são pela espécie Jararaca. Lucineide Porto explica como identificar as cobras venenosas. “Elas têm um órgão sensorial, um orifício entre o olho e a boca, nomeado fosseta loreal. Com esse dispositivo, ela sente a presença de calor no ambiente. A única peçonhenta que não tem esse órgão é a cobra coral”, finalizou.

O professor não acredita que o aumento no número de ataques esteja relacionado ao aumento da população animal. Para ele, “os ataques estão mais relacionados com a expansão das cidades e do desmatamento. O que aumenta o contato com os seres humanos, e acaba sendo consequência natural", afirmou.

Já que os seres humanos ocuparam os espaços naturais desses animais, é válido tomar medidas de prevenção para evitar o contato. “Não acumular lixo doméstico, entulhos ou materiais de construção, manter a casa limpa, tapar os ralos e frestas de portas e janelas. Além de bater os sapatos antes de calçar e tomar cuidados na hora de se vestir”, são ações que podem lhe salvar de uma picada, segundo a coordenadora do Ceatox-PE.

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