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No mundo todo, a indústria automobilística se prepara para uma ruptura tecnológica, que vem exigindo de todo o setor drásticas mudanças de estruturas - o que envolve grandes investimentos. "As montadoras precisam de caixa para atender ao novo mercado, que terá ênfase em carros elétricos, autônomos, conectados e mobilidade compartilhada", afirma Paulo Cardamone, presidente da Bright Consulting.

Essa talvez seja a explicação para a fala da presidente mundial da General Motors (GM), Mary Barra, ao se referir recentemente às operações na América do Sul. "Não vamos continuar investindo para perder dinheiro."

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Também há receios no mercado de que a Ford, que afirma ter prejuízos no Brasil desde 2013, possa fechar fábricas - movimento negado pela empresa várias vezes. Nos Estados Unidos, a companhia passa por forte reestruturação e decidiu parar gradativamente a produção de carros menores e focar apenas em utilitários-esportivos (SUVs) e picapes, produtos mais rentáveis.

A Ford enfrenta pressão do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para trazer um novo projeto para a fábrica de São Bernardo do Campo, onde produz apenas o Fiesta, modelo de baixa venda, e caminhões. Os trabalhadores temem pelo futuro da unidade, a mais antiga do grupo no País, e terão uma reunião com o presidente da companhia na América do Sul, Lyle Watters, na próxima semana.

Em Taubaté, onde tem uma linha de motores, a Ford tentou recentemente cortar 350 vagas por meio de um programa de demissão voluntária (PDV), mas obteve apenas 128 adesões. No mês passado, os trabalhadores pararam a produção por três dias em protesto contra 12 demissões. Agora, as partes negociam uma alternativa para o excedente de pessoal - que, segundo a empresa, foi causado pela queda das exportações para a Argentina.

Cardamone não acredita que alguma montadora vá deixar o Brasil, um dos poucos mercados que ainda têm potencial de crescimento, apesar de suas crises. "O que deve ocorrer são ajustes de capacidade, com fechamento de algumas fábricas mais ociosas, mas as companhias continuarão no País."

Cadeia longa

Tido como um dos mais beneficiados por governos, o setor automotivo representa uma longa cadeia produtiva que começa no plantio do algodão usado nos bancos e na extração de minério de ferro para a produção do aço e vai até às autoescolas, que oferecem aulas de condução, e fabricantes de sachês com cheirinho de "carro novo".

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a cadeia automotiva emprega 1,3 milhão de pessoas e contribui com 22% do PIB industrial. No ano passado, o setor arrecadou R$ 55 bilhões em tributos.

Algumas fábricas podem fazer estragos significativos nas cidades onde estão instaladas ao fechar as portas. A fábrica da GM em São Caetano do Sul, encurralada em uma área no meio da região central da cidade mais rica do ABC paulista, foi responsável em 2018 por 24% do ICMS arrecadado pelo município, cerca de R$ 80 milhões. Em ISS, pagou R$ 6,5 milhões, 3% do total, segundo dados preliminares da Secretaria Municipal de Fazenda. A unidade emprega cerca de 8 mil trabalhadores.

A filial de São José dos Campos (SP), que conseguiu na semana passada um acordo de redução de salários e outros direitos trabalhistas com os cerca de 4,8 mil funcionários, é a terceira maior empresa da cidade, atrás da Revap e da Embraer.

Em Gravataí (RS), a montadora colabora com 45% da arrecadação de ICMS e opera em um moderno complexo com 16 fabricantes de autopeças instalados ao redor da linha de montagem. Juntos, GM e fornecedores empregam 8 mil pessoas.

"A indústria automobilística brasileira é muito avançada, emprega muito e traz novas tecnologias, mas poderia trazer mais", diz Cardamone. Para ele, em termos de qualidade, os carros nacionais ainda estão atrás do que se vê em países mais desenvolvidos.

Capacidade ociosa

O cenário que aponta para uma ruptura do modelo atual de produção de veículos ocorre em um momento em que a maioria das montadoras do Brasil opera com ociosidade de cerca de 40%. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê uma produção de 3 milhões de veículos neste ano, ante uma capacidade instalada de 5 milhões de unidades.

Além da queda no mercado interno nos últimos anos, a forte redução das exportações para a Argentina colabora com o baixo uso da capacidade. David Wong, diretor da consultoria A.T. Kearney, diz que dificilmente uma empresa tem resultados positivos se opera abaixo de 75% da capacidade produtiva. "E esse é um problema principalmente nas grandes empresas, que têm várias fábricas no País."

Wong ressalta ainda que benefícios fiscais dados nos últimos anos pelos governos federal e estaduais estão acabando, o que deve dificultar a situação de várias companhias.

Um movimento que tem ganhado corpo internacionalmente, e que favorece também as subsidiárias brasileiras, são as parcerias entre marcas distintas para compartilhar investimentos em novas tecnologias, principalmente aqueles que envolvem os carros elétricos e os autônomos. Recentemente, a Volkswagen e a Ford firmaram parceria para o desenvolvimento conjunto de veículos comerciais, começando com uma picape. Na região, o veículo deverá ser produzido na Argentina e exportado para o Brasil.

Dando a volta

Apesar da recuperação das vendas ainda ser lenta, algumas marcas projetam resultados positivos para este ano no País. No vermelho desde 2015, a Volkswagen espera voltar ao lucro na região neste ano, informa o presidente da companhia, Pablo Di Si. No ano passado, o grupo esteve próximo do equilíbrio.

Segundo o executivo, as fábricas de automóveis de São Bernardo do Campo e Taubaté operam em capacidade plena. A unidade de São José dos Pinhais (PR) inicia este mês a produção do T-Cross, primeiro SUV da marca no País, e Di Si espera ocupar toda a fábrica em breve.

A FCA Fiat Chrysler - que obteve lucro no Brasil em 2018, puxado pelas operações da Jeep, em Goiana (PE) - vai investir R$ 14 bilhões até 2022, boa parte em novos produtos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciou hoje (17) a abertura do mercado da Coreia do Sul para a carne suína brasileira. A expectativa do setor é de que o Brasil exporte para o país mais de 30 mil toneladas por ano.

De acordo com o ministro, que se encontra em missão oficial na China, inicialmente apenas quatro frigoríficos credenciados de Santa Catarina exportarão para os coreanos. Mas há a perspectiva de que outros estabelecimentos possam ser habilitados e entrem no mercado coreano.
O ministro Maggi viaja neste sábado (19) para Paris onde recebe da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o certificado de país livre da febre aftosa com vacinação.

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As negociações com o país asiático para a exportação de carne suína começaram no segundo semestre de 2016. Até a efetivação do anúncio, diversas missões técnicas coreanas foram enviadas ao Brasil para habilitação dos frigoríficos. A última delas ocorreu em abril.

A Coreia do Sul foi o terceiro maior importador mundial de carne suína, atrás apenas do Japão e da China. De acordo com o ministério, no Brasil, Santa Catarina é o principal estado exportador. Em 2017, as exportações brasileiras de carne suína in natura alcançaram US$ 1,47 bilhão, o que representa 592,6 mil toneladas. Desse montante, 40,5% foram vendas a partir de Santa Catarina.

Por meio do Twitter, o secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras, divulgou, nesta terça-feira (20), informações voltadas à torcida tricolor. De acordo com o gestor, a Arena de Pernambuco, ao receber jogos do Santa Cruz, terá um setor exclusivo cujos valores dos ingressos arrecadados servirão para melhorias no estádio do Arruda.

Segundo postagem de Carreras, ele se reuniu com o presidente do Santa Cruz, Alírio Moraes, e definiu como se dará a iniciativa. Entretanto, o secretário não adiantou qual setor será utilizado para a arrecadação dos fundos.

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“A Arena irá ajudar o @SantaCruzFC a requalificar o seu estádio. Firmamos uma parceria para lotar a Arena e ajudar o Arruda. Torcedores poderão comprar ingressos para uma determinada área da Arena, que serão 100% revertidos para a reforma do Arruda”, postou Carreras, em sua conta oficial no Twitter.

Entre as melhorias prometidas pelo secretário está a troca do gramado do Arruda. Felipe Carreras ainda citou outras “reformas necessárias”, mas não detalhou esses procedimentos a serem adotados no reduto tricolor.

O mercado total de motos caiu 26,5% em 2016 ante o ano anterior, para 899,8 mil unidades. "Foi a primeira vez, desde 2004, que o mercado ficou abaixo de 1 milhão de unidades", diz Marcos Fermanian, da Abraciclo.

Em relação a 2011, quando o mercado total de motocicletas teve seu auge, com quase 2 milhões de unidades, as vendas no ano passado recuaram 54%. A queda no segmento premium foi de 13% na mesma comparação. Naquele ano, foram vendidas 46,2 mil motos de luxo, número que foi a 48,9 mil em 2012, a 50,9 mil em 2013 e a 56,1 mil em 2014. No ano seguinte, caiu para 53,4 mil e, em 2016, para 40,1 mil.

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Fermanian projeta estabilidade para o mercado total de motos este ano. "O segmento depende de crédito e só contrai financiamento quem acredita que vai continuar empregado."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A produção e o emprego continuam caindo na indústria brasileira. Os índices de evolução da produção e de emprego ficaram em 45,8 pontos em outubro, segundo a Sondagem Industrial da Indústria, divulgada hoje (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de 0 a 100 pontos. Índices abaixo de 50 pontos revelam queda da produção e do emprego. O fraco desempenho do setor está levando empresários a reverem a estimativa.

“A produção industrial, que costuma crescer em outubro, manteve o ritmo de queda do mês anterior e segue muito baixa, provocando elevada ociosidade no setor”, destacou a pesquisa. O índice de utilização da capacidade instalada caiu um ponto percentual em outubro na comparação com setembro e ficou em 65%. A pesquisa mostra ainda que os estoques estão dentro do planejado pelos empresários. O indicador de estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 50,6 pontos, próximo da linha divisória dos 50 pontos.

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O baixo volume de produção piorou as expectativas dos empresários industriais para os próximos seis meses. Os indicadores de expectativas de demanda, compra de matérias-primas, exportações e número de empregados ficaram abaixo dos 50 pontos em novembro. O número demonstra que os empresários esperam redução da demanda, das exportações, das compras de matérias-primas e dos empregos nos próximos seis meses.

A falta de perspectiva de recuperação no curto prazo reduziu a disposição de os industriais fazerem investimentos. O índice de intenção de investimentos ficou em 43,9 pontos em novembro. Mesmo com alta de 3,1 pontos em relação a outubro de 2015, o valor está 3,7 pontos inferior à média histórica, de 47,6 pontos para o mês.

A pesquisa foi feita entre 1º e 11 de novembro com 2.371 empresas industriais em todo o país. Desse total, 979 são pequenas, 862 são médias e 530 são de grande porte.

Em meio à discussão sobre a limitação da banda larga fixa, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse nesta segunda-feira (18) que a regulamentação da entidade permite que as operadoras de internet fixa adotem um limite para o consumo.

“A Anatel não proíbe esse modelo de negócios, que haja cobrança adicional tanto pela velocidade como pelos dados. Acreditamos que esse é um pilar importante do sistema, é importante que haja certas garantias para que não haja desestímulo aos investimentos, já que não podemos imaginar um serviço sempre ilimitado”, ressaltou.

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Determinação publicada pela Anatel proíbe as empresas de restringir a velocidade, suspender serviços ou cobrar excedente caso seja ultrapassado limites da franquia dos clientes por 90 dias. Nesse prazo, as operadoras terão que comprovar que têm ferramentas que permitam ao consumidor identificar seu perfil de consumo, ser alertado sobre a possibilidade de esgotamento da franquia, além de acompanhar de maneira clara o tráfego de dados. Só depois de ter o plano aprovado pela Anatel, a empresa poderá praticar os limites de consumo.

“Não estamos proibindo a cobrança de serviços adicionais, mas estamos dizendo que é importante que as empresas disponibilizem aos usuários as ferramentas apropriadas para que haja o acompanhamento do seu perfil de consumo, os dados que está consumindo e quais são os aplicativos, os jogos e os serviços que mais consomem a sua franquia”, disse Rezende.

A franquia de consumo de internet já é adotada por empresas que oferecem banda larga móvel. Algumas reduzem a velocidade depois que o limite é ultrapassado, outras cortam o acesso à internet, dando ao consumidor a opção de contratar um pacote de dados maior.

Para o presidente da Anatel, as empresas estão falhando na comunicação com os clientes por não implementarem as ferramentas necessárias para que os usuários possam saber quanto estão consumindo diariamente. Rezende disse que as empresas cometeram um erro estratégico há alguns anos ao não perceber o crescimento do uso de internet no Brasil.

“Percebemos um avanço progressivo no acesso à internet e é evidente que, em algum momento, esse modelo de negócios aconteceria, assim como ocorreu no serviço ilimitado em voz”, pontuou. Rezende também considera que as empresas ao longo do tempo deseducaram os consumidores, por oferecer internet sem limite de utilização.

“Essa questão da propaganda, do ilimitado acabou de alguma maneira desacostumando os usuários. Foi uma má educação ao consumo que as empresas fizeram ao longo do tempo”, disse. Para o presidente da Anatel, a oferta das empresas tem que ser coerente com a realidade, ou seja, a operadora não pode dizer que um serviço é ilimitado e não praticar.

Posição das operadoras

A NET informou que os planos comercializados pela empresa sempre oferecem, nas suas especificações, velocidade de acesso e franquia mensal de consumo de dados. O contrato estabelece que quando a franquia for ultrapassada, a velocidade de acesso será reduzida e retomada no primeiro dia do mês seguinte.

“Apenas clientes com utilização muito diferente da média ultrapassam as franquias estabelecidas”, diz a empresa. A regra vale para todas as conexões ativas de banda larga fixa da NET e está prevista em contrato desde o lançamento do serviço.

A Telefônica Vivo, que também controla a GVT, informou que está avaliando a medida cautelar divulgada pela Anatel e esclarece que não vem aplicando a franquia de dados para nenhum cliente de banda larga fixa.

“Essa situação permanecerá por tempo indeterminado”, diz a operadora. A empresa diz que quando e se vier a implantar o modelo de franquia para banda larga fixa, fará uma ampla campanha de esclarecimento, em diversos meios de comunicação.

A TIM disse que não comercializa planos com franquia mensal de dados limitada do serviço TIM Live e não prevê mudanças nas ofertas atuais. Os planos são disponibilizados de acordo com a velocidade de conexão e com navegação livre. O TIM Live está disponível nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis e São João de Meriti.

A Oi disse que não vai comentar a decisão da Anatel, mas garante que atualmente não pratica redução de velocidade ou interrupção da navegação após o fim da franquia de dados de seus clientes de banda larga fixa embora o regulamento de ofertas preveja a possibilidade.

A Sky informou que não pratica franquia mensal de dados ou bloqueio do serviço após o consumo nos planos SKY Banda Larga, ainda que o regulamento do setor preveja essa possibilidade.

As fontes de energia renováveis ganharam destaque especial entre as propostas de candidatos à Presidência da República no que se refere ao setor elétrico. Todos os presidenciáveis que incluíram propostas nessa área nos programas entregues à Justiça Eleitoral reconhecem a necessidade de aumentar a oferta em função do consumo crescente de energia, mas defendem que o país explore seus potenciais naturais para reduzir prejuízos ambientais e riscos de racionamento.

Conheça as propostas dos candidatos à Presidência para o setor de energia:

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Aécio Neves (PSDB) promete incentivar distribuidoras e geradoras elétricas para instalação de unidades de geração de energia a gás natural e cogeração e viabilizar novas fontes de financiamento para o investimento e expansão do sistema elétrico brasileiro. Ele promete estimular a economia de baixo carbono e reorientar a matriz energética, buscando diversificar as fontes de energia. Aécio defende a ampliação da participação da energia solar e da energia eólica na matriz e o estímulo para que todos os setores econômicos adotem programas de eficiência energética e conservação de energia. Na valorização da diversidade de fontes, o presidenciável ainda propõe que sejam consideradas as características regionais na redefinição da matriz energética e, para atrair novas empresas e investimentos, o candidato promete criar um ambiente regulatório seguro e equalizar regras de incentivos, subsídios e financiamentos públicos para as diversas fontes de energia.

Dilma Rousseff (PT) garante que vai dar continuidade ao processo de expansão do parque gerador e transmissor para garantir a segurança do suprimento e a modicidade tarifária. Segundo ela, é preciso manter a qualidade da matriz energética brasileira, baseada em hidroele tricas e termoelétricas, fontes renováveis limpas e de baixa emissão de carbono, complementada por fontes alternativas, como a eólica, a solar e a originária da biomassa. Dilma promete dar prioridade à ampliação e modernização do parque de transmissão de energia instalado e apresenta um balanço dos últimos dez anos apontando a retomada da construção de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão.

Eduardo Jorge (PV) alerta, em seu programa de governo, que a expansa o do sistema de produção de energia elétrica esta causando problemas ambientais e sociais crescentes com o deslocamento de empreendimentos para a Amazônia e o uso das termele tricas que deveria ter caráter emergencial. Eduardo Jorge reconhece que o consumo de energia tende a crescer, mas defende que o aumento da oferta siga padrões de eficiência para não comprometer recursos naturais ou aumentar emisso es de gases de efeito estufa. Ele é favorável à substituição das fontes que emitem mais carbono por fontes renova veis, como a hidráulica, eólica, solar e biomassa moderna, que “além de poluírem menos, têm seu fornecimento perene, aumentando a segurança energética e reduzindo a dependência de custos com as importações”.

Eymael (PSDC) quer priorizar a ação do governo federal em infraestrutura nacional, incluindo a geração de energia como uma das prioridades, ao lado da construção de estradas, ferrovias e do sistema portuário.

Levy Fidelix (PRTB) acredita que a capacidade de fornecimento de energia pode ser ampliada a partir do aproveitamento do potencial hídrico amazônico e a implantação de pelo menos dez novas usinas atômicas espalhadas pelo país. Fidelix também é favorável a avançar no aproveitamento de energias renováveis e defende o barateamento dessas fontes.

Luciana Genro (PSOL) destaca o setor energético como fator crítico da soberania e do desenvolvimento de qualquer país. A candidata ataca a política adotada pelos governos tucano e petista nesse setor afirmando que ambos transformaram um “sistema público, planejado e cooperativo, em um sistema privado, mercantil, concorrencial, caro, ineficiente e devastador do meio ambiente”.

Marina Silva (PSB) afirma que vai retomar o planejamento de médio e longo prazos e investir em fontes modernas, limpas e renováveis. A ambientalista afirma que é preciso aumentar a oferta para permitir o crescimento econômico e afastar constantes riscos de racionamento. Segundo ela, o Brasil é um dos únicos países do mundo que podem ter uma matriz elétrica otimizada segura e competitiva do ponto de vista socioambiental. Entre suas promessas de governo, Marina afirma que vai apliar a participação da eletricidade na matriz energética, aumentar a proporção de energias renováveis e reduzir o consumo absoluto de combustíveis fósseis. A candidata ainda garante que vai alinhar interesses de geradores, distribuidores e consumidores e criar mecanismos de expansão do mercado livre de energia. Marina Silva também pretende recuperar a produção de biocombustíveis e garantir que 1 milhão de hectares de concessões florestais tenham fins energéticos.

Mauro Iasi (PCB) se compromete a estatizar setores estrate gicos e a reverter as privatizações da área de energia, assim como propõe nos casos de comunicac a o, minerac a o, recursos naturais, transporte e logi stica de distribuic a o e produção.

Pastor Everaldo (PSC) quer revisar o modelo de partilha adotado para a exploração de petróleo no país, mas promete cumprir os contratos que estão vigorando. O candidato prefere desestatizar o setor e abrir mercado para produção e distribuição de energia, buscando variedade de matrizes para baratear o serviço. Everaldo destaca o potencial brasileiro em relação a fontes solar, hidrelétrica, eólica, nuclear e biomassa.

Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) não apresentam propostas específicas sobre o tema.

Em menos de 24h, mais um setor de açougue dentro de um supermercado do Recife foi interditado. Na manhã desta quinta-feira (5), o local que armazena carnes e outros frios do Extrabom, no bairro do Parnamirim, Zona Norte da capital pernambucana, precisou ser fechado, por não funcionar com a permissão da Adagro. No entanto, a inspeção da Vigilância Sanitária não encontrou produtos impróprios para consumo no local, diferente da situação encontrada ontem (4), no Hiper Bompreço.  

O estabelecimento comercial foi notificado e continuará sendo acompanhado por técnicos do órgão. O supermercado está passando por uma reforma na parte interna. Segundo a assistente de Vigilância Sanitária, do Distrito Sanitário 3, Leila Vânia, o supermercado vem cumprindo as exigências para o funcionamento adequado da loja, e, por isso, não foi interditado. “Como eles assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta, no Ministério Público, as irregularidades foram notificadas e o estabelecimento continuará sendo monitorado”, explicou Leila. “Quando há interdição com lacre, é gerado um auto de infração, seguido de multa”, completou.

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A assistente ainda disse como o setor deve funcionar, após a reforma. "

Eles têm que retirar os alimentos do local e deslocar para outra área, enquanto estão em obras. Quando finalizar, o ambiente deve ser limpo para que os produtos voltem a ser colocados lá. Deve ser feita a mesma coisa com qualquer outro setor”, finalizou Leila.

Com informações da assessoria 

O setor de açougue do Hiper Bompreço, do bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, foi interditado pela Vigilância Sanitária nesta quarta-feira (4). O espaço não possuía a permissão da Adagro para funcionar e ainda armazenava produtos impróprios para consumo. Vinte e dois quilos alimentos foram apreendidos pela fiscalização, por estarem impróprios para consumo. 

O órgão também visualizou aproximadamente sete quilos de carne com cor, odor e texturas alteradas, além de 15 kg de pizzas descongeladas. Por conta das irregularidades, a Vigilância emitiu uma notificação e setor ficará com as atividades paralisadas por tempo indeterminado. Um esgoto estourado em frente ao supermercado também foi encontrado pela equipe na manhã de hoje. 

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“Decidimos pela não interdição porque as irregularidades foram pontuais. O depósito está organizado e limpo, os freezers e balcões frios mantêm as temperaturas adequadas”, justificou a gerente de Vigilância Sanitária do Distrito Sanitário 4, Márcia Campos. “Já monitoramos a loja há alguns meses. Uma vez por semana, uma equipe vai ao local para fazer vistoria, o que facilita que o estabelecimento esteja atento às condições sanitárias”, completou.

 

 

Representantes do setor elétrico pressionam o governo a adotar uma "agenda positiva" focada na segurança de suprimento e de energia a preços competitivos. As propostas foram apresentadas pelo Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase) ao secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann. A carta foi entregue a cada um dos três principais candidatos à Presidência da República na última segunda-feira (5).

Elaborado por 15 associações que representam diferentes segmentos de energia (geração, distribuição, transmissão, comercialização e consumo), o documento afirma que o setor enfrenta desafios nas áreas de segurança de suprimento, competitividade de preços e sustentabilidade ambiental. Algumas dessas questões, aponta, demandam "solução urgente".

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Durante o 11º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, realizado esta semana no Rio, as associações reclamaram de decisões unilaterais do governo e da falta de debate antes de alterações de regras, mencionando o risco regulatório, pedindo mais transparência nas medidas adotadas e respeito aos contratos. O texto destaca essas preocupações.

As associações questionam a interferência política sobre o mercado, que prejudica a previsibilidade dos preços e investimentos no setor. A reivindicação é para a definição de critérios previsíveis de formação de preços para a energia. "Os elevados custos de energia e os riscos associados à sua contratação têm sido um grave fator de perda da competitividade, além de inibir a atuação de potenciais investidores na expansão de nosso parque gerador", diz a carta.

A agenda do setor elétrico é dividida em dez pontos. As associações criticam o "preconceito em relação aos reservatórios" e defendem a necessidade de aumentar a capacidade de armazenamento das usinas hidrelétricas brasileiras e diversificar as opções de geração. Também pedem o aperfeiçoamento das regras dos leilões e de alocação de custos.

A carta faz uma crítica direta ao planejamento da oferta de energia elétrica e o papel da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Para as elétricas, os estudos têm resultado em "planos bastante afastados da realidade de expansão".

As associações lembram que os contratos de concessão de 37 das 64 concessionárias de distribuição vencem em 2015, sem que haja discussão com os agentes afetados sobre as regras para uma eventual prorrogação.

Outro temor levantado diz respeito ao aumento das despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), sobrecarregada após a edição da MP 579. As despesas do fundo setorial subiram de R$ 4,8 bilhões em 2012 para R$ 19,3 bilhões no ano passado. A preocupação é que as despesas se mantenham altas demandando "transferências constantes do Tesouro" ou aumento nas tarifas.

As entidades acreditam que as sugestões poderão dar suporte à elaboração de um plano de governo destinado à área de energia elétrica.

As varejistas de vestuário tiveram um ano de crescimento abaixo das expectativas e ainda esperam dificuldades em 2014. Com perspectivas macroeconômicas ainda pouco favoráveis para o consumo, o desempenho das empresas vai depender mais da boa execução dos planos de expansão de lojas e de coleções sem erros. A Copa do Mundo, segundo executivos, tende a não contribuir para o crescimento das vendas.

A estimativa é que em 2014 a receita do varejo têxtil cresça 8,1% em valores nominais, de acordo com o Iemi - Inteligência de Mercado, instituto que coleta informações sobre o setor. O número é inferior ao esperado para 2013, de 9,6%, e marca uma desaceleração em relação aos níveis de 2010 - época em que o consumo brasileiro se aqueceu e o varejo de vestuário cresceu 15,1%.

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As grandes varejistas concordam que o cenário geral não é de grande fôlego. "Acredito que teremos um ambiente parecido ou até pior que o de 2013", avaliou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Cia. Hering, Frederico Oldani. Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Varejo Têxtil (Abvtex), José Luiz da Cunha, o ambiente econômico em 2014 pode não melhorar significativamente na comparação com o ano anterior. "O cenário de juros e inflação não deve mudar e não vemos mais tanto espaço para acréscimo de renda."

A Copa do Mundo, na avaliação de Oldani, "só deve atrapalhar". A possibilidade de fechamento de lojas durante os jogos e de manifestações como as que ocorreram em 2013 com a Copa das Confederações deve ser um problema para as varejistas. O diretor Financeiro da Marisa Lojas, Paulo Borsatto, ressalta ainda que a atenção dos consumidores deverá se voltar para eletrônicos, especialmente aparelhos de TV, o que tende a retirar renda disponível das famílias e forçar uma desaceleração nas compras de bens como vestuário.

A competição de futebol ainda pode se transformar num desafio também para a indústria. Marcelo Prado, diretor do Iemi, destaca que as vendas para o varejo de peças para a coleção de verão, que chega às lojas no segundo semestre, devem ser antecipadas para abril ou maio em vez de julho por conta da Copa. "As varejistas podem ainda não estar com uma posição de caixa boa e podem acabar comprando menos por conta disso", pondera.

Apesar das razões para pessimismo, executivos acreditam que o crescimento das varejistas estará associado à expansão das redes de lojas e a melhorias internas. Cunha destaca que o lançamento de shopping centers deve continuar em ritmo forte no próximo ano.

A Cia. Hering anunciou que deve abrir 100 novas lojas em 2014. A Renner espera de 25 a 30 lojas apenas na bandeira principal. Na contramão, Marisa Lojas prevê 15 novas lojas e 13 reformas, uma redução na comparação com as 39 inaugurações e 19 reformas de 2013.

As companhias concordam que o foco no ano que chega deve estar na execução. A Marisa implantará em 2014 um novo modelo de abastecimento. Na Renner, o caminho passa pela expansão da rede de moda jovem Youcom, e por melhorias nos sistemas logísticos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A área de tecnologia da informação (TI) no Brasil deverá se manter crescendo este ano e saltar entre 10% e 12% em 2013, de acordo com previsão da consultoria IDC, que foi divulgada pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

Se esta expectativa for alcançada, o Brasil poderá fechar o ano com um faturamento de R$ 300 bilhões no setor, cerca de 5% do PIB. Daqui a dez anos, a meta é que o país avance 54% e movimente R$ 550 bilhões.

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No ano passado, o desempenho brasileiro foi duas vezes melhor que a média global (5,9%) e ficou atrás apenas da China (15%) na velocidade de crescimento. De acordo com a Brasscom, as áreas de TI In-House (54%) e Hardware (35,3%) são as que mais concentram investimentos.

Micro e pequenos empresários brasileiros têm o que comemorar. De acordo com o Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN), divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 54% dos empresários registraram aquecimento ou mantiveram o faturamento em janeiro deste ano. Além disso, 88% dos empreendedores ampliaram ou mantiveram seus postos de trabalho.

O segmento da construção civil obteve melhor resultado, em que 68% dos entrevistados registraram estabilidade ou aumento no faturamento. Já 59% dos empresários do setor de serviços apontaram vendas estáveis ou crescentes. No que diz respeito às ocupações, segundo informações da Agência Sebrae de Notícias, a estabilidade ou aquecimento apareceu em proporções parecidas em todos os setores e portes pesquisados, com destaque para as empresas de Serviços e os Microempreendedores Individuais (MEI) – categoria que reúne aqueles que faturam até R$ 60 mil por ano e com no máximo um empregado. De acordo com o ICPN, cerca de 90% dos empreendedores de serviços mantiveram ou contrataram novos empregados.    

“O desempenho positivo nos pequenos negócios em janeiro reflete o aquecimento do mercado interno, puxado pela alta de consumo da classe C. A tendência é de bons resultados para as micro e pequenas empresas por todo o ano”, avalia o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, conforme informações da Agência.


Expectativa

A pesquisa ainda mostra que os resultados tendem a melhorar. O Índice destaca que, até o mês de abril, 89% dos pequenos negócios aguardam faturar mais ou manter as vendas, sendo que 59% dos entrevistados esperam rendimento maior nos meses que seguem e apenas 11% prevê redução de receita. Além disso, 65% dos microempreendedores individuais estão prevendo bom desempenho até o próximo mês.

Recuperando o otimismo registrado no mês de novembro do ano passado, a expectativa de geração de emprego para os próximos meses é que 97% dos empresários garantam manutenção dos postos de trabalho. Entre os segmentos econômicos, a construção é o setor que tende a contratar mais, com 33% dos empresários otimistas em relação à ocupação de novas vagas.

Através de uma escala de zero a 200 o Índice de Confiança dos Pequenos Negócios é medido. De acordo com o Sebrae, superior a 100, o resultado aponta tendência de de expansão das atividades, enquanto abaixo desse valor aponta para uma possível retração. No mês de janeiro deste ano, o índice ficou em 117, o que segundo o Sebrae, é uma tendência de crescimento.

Para que o estudo fosse realizado, o Sebrae entrevistou 5,6 mil empresários de todos os setores – indústria, comércio, serviços e construção civil, entre microempreendedores individuais (com receita bruta de até R$ 60 mil por ano), microempresas (que faturam até R$ 360 mil por ano) e negócios de pequeno porte (com faturamento bruto anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões).



Com informações da Agência Sebrae de Notícias

Com o movimento claro de consolidação do setor de saúde, empresas com atuação apenas nas esferas municipais tendem a ser absorvidas por grupos maiores, na avaliação do presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Carvalho. Essa concentração, de acordo com ele, gera preocupações para o órgão antitruste, que renovou nesta segunda-feira (18) um acordo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

"O aumento das exigências pela ANS gera, do ponto de vista da concorrência, aumento de barreiras de entradas, e a tendência é cada vez mais de consolidação do setor", considerou Carvalho. De acordo com ele, não haverá saídas para o órgão a não ser o de impor e criar "remédios" para evitar que a área se torne excessivamente concentrada. "A ANS se colocou à disposição para solucionar a questão no caso de operações 'sensíveis'", disse.

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A intenção, conforme representantes dos dois órgãos, é trocar informações sobre o setor, com o envio de notas, pareceres e dados setoriais. "A Agência monitora a evolução desse mercado e, por conta de acordo, vamos contribuir no processo decisório do Cade em relação a questões concorrenciais", considerou o diretor-adjunto de normas e habilitação das operadoras da ANS, Leandro Fonseca da Silva. Para Silva, o acordo tende a possibilitar decisões "mais robustas" tanto do órgão regulador quanto do Cade, levando em consideração os impactos setoriais e concorrenciais. Segundo o Conselho, há cerca de uma dezena de processos em tramitação no órgão atualmente.

Na tarde desta terça-feira (17), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou que não vai aumentar a proposta salarial oferecida na última sexta-feira pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) aos professores das universidades federais. Uma parte dos docentes não se mostrou satisfeito com a determinação do reajuste de até 45% no salário dos docentes, que vai causar um impacto econômico de R$ 3,9 bilhões no Orçamento Federal.

Segundo a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, o valor será dividido nos próximos três anos: 40% este ano, ou seja, R$ 1,56 bilhão. Os 60% restantes serão divididos em 2013 e 2014, o que significa R$ 1,17 bilhão por ano.

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Mercadante deixou claro que os professores não vão receber outra proposta e que um dos motivos é a crise financeira que o mundo está passando, além de que existem outras categorias precisando de reajustes na carreira.

Durante toda essa semana, os professores das instituições em greve, há dois meses, se reunirão em assembleias para avaliar a proposta apresentada pelo governo. Na próxima segunda-feira (23) está marcada uma nova reunião de representantes sindicais com o Ministério do Planejamento para apresentar os resultados dessas assembleias e reivindicações de mudanças no plano.

Empreender é uma ação importante para as pessoas que querem ingressar no mercado de trabalho e, para isso, existem inúmeros setores que oferecem possibilidades de empreendimentos. Uma dessas possibilidades é um segmento que vem numa forte expansão, que é o mercado erótico. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), no ano de 2012 o setor apresentou crescimento médio de 16% em relação ao mesmo período de 2009, além disso o fechamento anual de aumento na comercialização de produtos eróticos foi de 17%.

Segundo a Abeme, um dos fatores que influenciou o crescimento do segmento foi a diversidade de pontos de vendas e o avanço do consumo nas periferias das grandes metrópoles. A associação contabiliza que já existem mais de dez mil pontos de venda de artigos eróticos, abrangendo da Região Norte ao Nordeste do Brasil, permeando sexshops, boutiques sensuais, lojas de lingerie, entre outros estabelecimentos.

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Ainda de acordo com a Abeme, dentre os dados de destaque do setor a categoria de cosméticos já alcançou quatro milhões de unidades comercializadas mensalmente, como por exemplo vibradores, lingeries, entre outros fetiches. A associação também aponta que os públicos divergem a depender do canal de vendas. As tradicionais lojas físicas já chegaram a atender 75% do público feminino. Sobre a internet, o canal segue as estatísticas do comércio virtual em geral, que atualmente corresponde 50% a 50%. Porém, a Abeme exalta como surpresa as consultorias domiciliares, que tem as mulheres como público principal, representando 90% do atendimento.

Da pedagogia para a “Toque de Pecado”

O objetivo de Lanária Menezes, 34 anos, foi se formar em pedagogia, e ele foi concretizado. Ela apenas estudou na faculdade e não atuou na área, nem em estágio, e muito menos profissionalmente. Há três anos e meio, Lanária teve uma ideia. “Eu notei que na Zona Norte do Recife não existiam muitos sexshops e a grande maioria das pessoas tinha que ir a Boa Viagem, na Zona Sul, para adquirir produtos eróticos”, conta ela.

Lanária resolveu deixar de vez a pedagogia e optou por entrar no ramo comercial, e escolheu o mercado erótico. Ela fez uma pesquisa sobre os estabelecimentos do ramo na Região Metropolitana do Recife e foi aprofundando seu conhecimento. Ela constatou que a maioria dos sexshops ou estabelecimentos que comercializavam produtos sensuais inibiam os clientes. “O público nordestino ainda tem vergonha de entrar numa sexshop. Por isso, resolvi montar um estabelecimento que tivesse lingerie e num local mais discreto existisse uma sexshop”, relata a empresária.

Lanária montou sua loja no bairro do Parnamirim, na Região Norte da capital pernambucana, com o nome de “Toque de Pecado”. Atualmente, a sua clientela é composta por mulheres com idades bem variadas, de 18 a até 60 anos, correspondendo a 80% dos clientes. Entretanto, por lei, a empresária não comercializa os produtos para menores de 18 anos.

A empresária fala como faz a abordagem do público, “porque tem cliente que só entra na loja quando está vazia”. Porém, para que todos fiquem desinibidos, o atendimento pode ser personalizado, em que o cliente pode escolher os produtos sozinho ou com a ajuda de um vendedor. De acordo com Lanária, por mês a empresa atende em média 250 pessoas e, entre elas, também aparece o público masculino, entre homossexuais e heterossexuais.

“A gente acaba se tornando amigo de quem aqui comprar. Gosto de ver o cliente satisfeito e feliz. Não quero sair deste ramo e pretendo fazer uma pós-graduação em sexologia”, afirma Lanária.

Fetiches de porta a porta

“A força que rege o mundo é o sexo”. A afirmação é de Washington Vilela, que há dez anos trabalha com vendas e há três anos atua com o setor erótico. Ele comercializava produtos como perfumes e maquiagem e resolveu oferecer aos clientes produtos eróticos. As vendas continuaram sendo feitas de porta a porta, com visitação à clientela. Porém, como é corriqueiro, algumas pessoas tinha vergonha quando recebiam a oferta dos produtos. “Eu foco na demonstração, mostro aos clientes como o produto funciona, e eles começam a ficar curiosos e acabam levando os objetos”, diz Vilela, sobre o método de fazer com que as pessoas comprem os produtos.

O empresário começou com aproximadamente 50 clientes e hoje já possui 150. “As pessoas não deixam de fazer sexo e eu vendo o que dá dinheiro”, comenta. Em sua abordagem, Vilela procura deixar o cliente bem à vontade. “Começo brincado com ele, porque toda brincadeira tem um fundo de verdade”, descontrai o comerciante.

A tendência deste mercado, de acordo com a Abeme, é crescer mais. De acordo com o site da associação, “investidores de todo o mundo olham o Brasil como uma futura potência, mas quem está no mercado há algum tempo, principalmente as sexshops tradicionais, percebem as oportunidades de expansão, mas também a necessidade de mudanças para atender uma onda de consumidores mais críticos, responsáveis e com poder de decisão sobre marcas, produtos e preocupados com a procedência destes itens e com sua saúde em geral”, orienta o endereço virtual da Abeme.

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As compras online estão cada vez mais ganhando espaço no setor comercial e se adequando a vida da população. Uma pesquisa feita pela empresa de pagamento eletrônico Braspag, que possui 16 lojas atuantes no e-commerce, apontou que as lojas exclusivamente online tiveram melhor desempenho superior no primeiro quadrimestre deste ano, do que os varejistas que apostam em multicanais de comercialização.

O levantamento indica que as lojas que funcionam apenas virtualmente avançaram 127% entre janeiro e abril deste ano, enquanto as que atendem tanto presenciais como online aumentaram 76%.  

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No ano de 2008, as lojas virtuais começaram a se desenvolver no mercado nacional e, desde então, competem com as lojas presenciais. Mas o consumidor deve prestar atenção nos sites onde pretenda realizar as compras.

As descrições, informações e imagens sobre o produto devem estar completas, além do conhecimento sobre a idoneidade do endereço eletrônico.

 

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