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Hoje (17) é comemorado o Dia do Pão de Queijo. Servido tanto em café da manhã quanto no café da tarde acompanhado de uma bebida, o pão de queijo é nacionalmente consumido e é feito de várias maneiras diferentes. Pensando nisso, a equipe do LeiaJá separou duas receitas da professora do curso de Nutrição da Universidade Guarulhos (UNG), Viviani Jaques de Campo. Confira a seguir. 

Pão de queijo fácil com apenas três ingredientes: a xícara você pode usar como medida e deve ser a mesma para os três ingredientes 

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Ingredientes 

1 xícara de queijo ralado grosso (muçarela, meia cura, parmesão) 

1 xícara de polvilho azedo (o doce não funciona) 

1 xícara de creme de leite (de caixinha) 

Uma pitada de sal  

Modo de preparo: 

Com a ajuda de duas colheres, molde bolinhas e coloque em uma forma untada e enfarinhada; 

Deixe um espaço entre eles porque crescem; 

Asse por 20 minutos ou até que estejam dourados. 

Pão de queijo vegano de batata doce (falso pão de queijo) 

Ingredientes 

500g de batata doce cozida e amassada (*cozinhe com a casca e não deixe muito mole) 

250g de polvilho doce 

250g de polvilho azedo 

150ml de óleo ou azeite 

80ml de água 

1 colher de chá de sal 

Chia a gosto 

Modo de preparo 

Amasse bem as batatas e acrescente os líquidos; 

Vai adicionando os polvilhos aos poucos e amassando até a massa desgrudar totalmente das mãos. Obs.: às vezes não é preciso usar todo o polvilho; 

Unte as mãos com óleos e modele; 

Forno pré-aquecido 220ºC; 

Fôrma untada ou com tapete de silicone; 

Assar por 30 minutos; 

Para congelar, leve a fôrma com as bolinhas cruas para o freezer por três horas; 

Depois embale em saquinho e deixe congelado por até 45 dias. 

Hoje (1) é celebrado o Dia Mundial do Veganismo. Estabelecido em 1994, pela presidente da Vegan Society da Inglaterra – a instituição mais antiga do mundo – Louise Wallis. Seu objetivo é de chamar a atenção para uma filosofia de vida que descarta o consumo de qualquer produto de origem animal. E desde então, houve um crescimento neste ramo.  

No Brasil, a comemoração vem ao encontro a um momento em que a demanda por produtos veganos cresce quase que de forma exponencial. Um levantamento realizado pela SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), por meio do Google Trends, revelou que, entre os anos de 2011 e 2015, o volume de buscas pelo termo “vegano” teve um aumento de 700% no país. Além disso, a entidade teve um incremento de mais de 60% no número de filiados nos últimos 12 meses. Confira a seguir, três benefícios ao consumir a dieta vegana:  

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Pode salvar milhões de vidas humanas – Uma pesquisa publicada em março de 2016 no periódico ‘Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que se todas as pessoas adotassem o veganismo, mais de oito milhões de vidas seriam salvas até 2050. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Oxford, Inglaterra, que foram os idealizadores do estudo, o número está relacionado com a menor incidência de doenças como diabetes, obesidade, problemas cardíacos e câncer, comumente ligadas com a dieta que inclui alimentos de origem animal.  

Há uma menor possibilidade de desenvolver o câncer - No mês de outubro de 2015, a OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um comunicado afirmando que o consumo excessivo de carnes processadas como salsicha, presunto, salame, mortadela, carne seca e carne enlatada, aumenta o risco de desenvolvimento do câncer, principalmente o câncer colorretal. Como a dieta vegana exclui o consumo dos alimentos citados, seus adeptos possuem a pouca possibilidade de desenvolver a enfermidade.

 Contribui para o emagrecimento – Os seguidores da dieta vegana não consomem gordura saturada encontrada em produtos de origem animal. Por conter variedade de vegetais e alimentos integrais, a alimentação vegana costuma ser rica em fibras, que permitem às pessoas comerem porções menores e aumentarem a sensação de saciedade, contribuindo para o emagrecimento e também para o bom funcionamento do intestino.  

A popularização da alimentação vegana e a variedade de sabores da sua culinária vão fazer com que a carne deixe de ser consumida no mundo em 2035, afirmou Patrick Brown, CEO de uma das maiores empresas do segmento vegano. Ele indicou que a cultura longe de proteína animal tende a crescer junto com o desenvolvimento de novos produtos.

O dono da Impossible Foods defendeu que a culinária sem sacrifício animal, além de mais nutritiva, também é mais saborosa e mais barata. “Nossa missão é substituir completamente o uso de animais como tecnologia alimentar até 2035”, definiu.

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O empresário espera que a alimentação vegana ganhe novos adeptos junto com o crescimento de empresas no mercado, inclusive suas concorrentes.

Hoje, 1º de novembro, é uma data importante para quem opta por não consumir nenhum produto que tenha origem ou que foi testado em animais. É o Dia Mundial do Vegano.

No Brasil, uma pesquisa do Ibope mostrou que, em 2018, aproximadamente 7% da população era considerada vegana e que 55% dos brasileiros dariam preferência para produtos veganos, se houvessem indicações nas embalagens, ou se o preço fosse igual aos produtos já vendidos no mercado.

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Sita Lamartine, moradora da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás, se tornou vegana em 2015.

"Essa escolha na minha vida, só fez a minha vida ficar melhor, mais feliz, e deu muito sentido e propósito, casou diretamente com o que mais chama o meu coração e eu sou muito feliz por ser vegana”, disse.

A nutricionista Thaisa Navolar, de Florianópolis, destaca que a alimentação vegana pode ser tão saudável quanto a dieta de uma pessoa que consome proteína animal.  

“O mais importante é que a pessoa perceba que ela precisa aumentar um pouco o consumo de leguminosas no seu dia, o que eu quero dizer com isso? As leguminosas são o grupo que tem feijão, lentilha, o grão de bico, soja, a ervilha, são o grupo de alimentos que mais tem proteína e que mais tem ferro”, explicou.

Outra preocupação do público vegano é com produtos testados em animais. Carolina Galvani, presidente da ONG Sinergia Animal, disse que, hoje em dia, as empresas de cosméticos têm tentado alcançar esse público.

“A gente vê grandes marcas entrando nesse mercado, e o que nós vemos também, principalmente nas redes sociais, quem é vegano recebe uma grande quantidade de anúncios direcionada para esse público; e o surgimento de várias empresas menores de cosméticos, que estão muito voltadas para a sustentabilidade e para o mercado vegano”.  

Em 2013, a Sociedade Vegetariana Brasileira criou um selo de certificação para produtos de diversas categorias, como alimentos, cosméticos, higiene, limpeza e calçados. A certificação é dada não à empresa ou a marca, e sim a cada produto, e indica que o item é livre de ingredientes de origem animal, que a empresa fabricante e seus fornecedores não testam o produto em animais. Mais de 3.500 itens já receberam o selo.  

*Com supervisão de Sheily Noleto

O último filme de Joaquin Phoenix não é um clássico, nem fácil de assistir, mas esse não é seu objetivo. "Gunda", um documentário pró-vegano, tenta convencer o público a abrir mão da carne. Para isso, segue a jornada de encantadores animais de criação, cujo destino é o matadouro.

Essa é a última aposta do protagonista de "Coringa", fervoroso militante dos animais e ativista vegano de longa data, que foi produtor-executivo do filme rodado a preto e branco e totalmente desprovido de comentários, diálogos e roteiro.

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De qualquer forma, o espectador não precisa de um enredo para saber onde Gunda, a porca norueguesa que dá nome ao filme, e seus filhotes vão terminar seus dias.

"A vida dos porcos não tem muitos mistérios. Eles viram linguiça", afirma o diretor do documentário, Victor Kossakovsky.

"Mas Gunda ficou famosa. Tanta gente deixou de comer carne [por causa do filme] que o dono da fazenda resolveu deixá-la viver em paz até o fim dos seus dias", explica.

Phoenix e o diretor russo, que também é vegano, esperam que o longa-metragem, que estreia nesta sexta-feira, salve a vida de vários outros animais.

Os dois se conheceram depois que o ator fez um discurso vibrante a favor dos animais ao receber o Oscar de melhor ator em fevereiro.

Com lágrimas nos olhos, o ator denunciou diante de Hollywood como os humanos permitem "inseminar artificialmente uma vaca (...) e quando ela dá à luz", seu bebê é roubado "apesar de seus gritos de angústia".

Os próximos a Kossakovsky, acostumados a ouvir discursos semelhantes do diretor, imediatamente o chamaram para saber se ele era o autor do texto de Phoenix.

- "Nem voz, nem mensagem" -

"Não, eu nunca tinha falado com ele", afirmou Kossakovsky, cuja equipe organizou rapidamente uma exibição de "Gunda" para o ator. Ele se lembra de como ficou "animado" depois de viver uma "experiência sem precedentes".

Phoenix imediatamente ligou para Kossakovsky para parabenizá-lo: "Finalmente alguém fez isso, alguém mostrou os animais como eles são".

"Ele imediatamente fez parte da equipe. Foi um encontro maravilhoso", conta o diretor sobre o ator.

Embora o diretor russo tenha ganhado inúmeros prêmios e seja uma referência para muitos cinéfilos, ele permanece desconhecido para grande parte do público, então reconhece que o carisma e a fama de Phoenix foram uma grande vantagem para divulgar o documentário.

Para evitar possíveis polêmicas ou acusações de manipulação, Kossakovsky decidiu dispensar todos os comentários e até mesmo músicas para colocar os animais no centro do filme.

"Se eu colocar uma música semelhante à 'Lista de Schindler', porque o tema é realmente semelhante, o mundo inteiro vai chorar", ressalta.

Por isso optou por não colocar "nenhuma narração em 'off', nenhuma mensagem, nenhuma música, nada que pressione" o espectador.

"Olhe e decida por você", explica o diretor, vegetariano desde criança, que se tornou vegano durante as filmagens de "Gunda".

- "Minha Meryl Streep" -

Esta escolha foi especialmente impactante ao final da fita, quando a câmera acompanha a porca na fazenda, cada vez mais assustada com o destino de seus filhotes.

Kossakovsky não conseguiu se esquecer do olhar desesperado do animal que escolheu como protagonista do filme minutos após conhecê-lo. "Era minha Meryl Streep... Uma atriz incrivelmente especial, capaz de transmitir emoções sem falar", recorda.

"Esperávamos procurar por quatro a seis semanas. Mas o primeiro animal que conhecemos foi Gunda. Estava claro que falava comigo".

O filme estreia na sexta-feira em "cinemas virtuais" de Nova York e Los Angeles e espera-se que chegue às salas de exibição no ano que vem.

Neste domingo (7) é comemorado o Dia Mundial do Chocolate. Por mais que a guloseima seja considerada uma das vilãs das dietas, ela pode trazer muitos benefícios para a saúde, como ajudar no controle da ansiedade, melhorar o raciocínio e aliviar o estresse.

Com o tempo, muitas empresas começaram a aperfeiçoar o produto para que mais pessoas, incluindo as que possuem restrições, pudessem consumir e, hoje, é possível encontrar o doce em diversas opções, como as sem açúcar, sem gordura, sem lactose, sem glúten e até a versão vegana, que não contém substância de origem animal em sua composição.

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A instrutora de yoga Kelly Cristina Ferreira da Silva é vegetariana e já provou chocolates veganos de algumas marcas, apesar de preferir o chocolate tradicional. "O que eu comi não tinha o sabor do açúcar, que é a parte gostosa do chocolate. Também já comi bolos veganos, todos são muito gostosos e mais leves. Não tem glúten e nada de origem animal", conta.

A chef funcional Lidiane Barbosa não é adepta do veganismo, mas defende a ideia do uso de ingredientes integrais, frescos e orgânicos. "Quando eu era adolescente tive anorexia e queria muito fazer o curso de gastronomia, exatamente para que o alimento fosse um aliado e não um inimigo. Desde quando entrei na área eu tive esse foco", revela.

Lidiane confessa que quando experimentou o chocolate vegano não gostou do sabor. "Os primeiros [chocolates] feitos pela indústria não eram gostosos. Então, resolvi fazer minha primeira mistura, que tinha óleo de coco, cacau em pó e melado de cana. E aí sim eu gostei do doce vegano", afirma.

As receitas e comidas veganas costumam ter um valor mais alto, mas a chef Lidiane separou uma receita de brigadeiro vegano que é uma opção mais em conta para quem quer experimentar novos sabores.

 

Receita de Brigadeiro Vegano

Ingredientes

1 colher de sopa de manteiga ghee

300g de biomassa de banana verde

¼ de xícara de açúcar mascavo ou melado de cana

1 colher de café de extrato de baunilha orgânica

1 pitada de sal marinho moído

1 colher de sopa de cacau em pó

 

Modo de fazer

Derreta a manteiga de ghee, acrescente os demais ingredientes, menos o cacau. Mexa bem e adicione o cacau. Leve a geladeira para esfriar por duas horas.

A hamburgueria My Burguer adicionou uma novidade voltada ao público vegano, em seu cardápio. O novo sanduíche da casa, o 4Vegan é feito com quatro ingredientes 100% veganos e já está disponível para os clientes.

Elaborada pelo mestre hamburgueiro, George Rodrigues, e pela nutricionista e chef Luciana Leocadio, a receita traz em sua composição quatro ingredientes sem qualquer tipo de fonte animal. O sanduíche é composto por hambúrguer feito de cogumelos, cenoura, abobrinha, semente de girassol e vegetais; ketchup fe cenoura, beterraba, páprica e melado de cana; queijo cheddar de semente de girassol fermentada naturalmente; e o pão australiano.

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O público pode encontrar o 4Vegan pelo valor de R$ 22,90, nas unidades da lanchonete localizadas em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e em Casa Forte, Zona Norte, além do delivery.

O ‘Free Cone Day’, da sorveteria Ben & Jerry’s, acontece nesta terça-feira (9), em vários países do mundo. No Brasil, a campanha que distribui sorvete de casquinha de graça por um dia será realizada em 12 cidades do país. Para fazer a retirar do produto, basta ir em algum dos quiosques da marca.

A ação, que completa 40 anos em 2019, aconteceu pela primeira vez no Brasil em 2015 e esse fala sobre conscientização ambiental, com ênfase na poluição plástica. Em parceria com com o WWF-Brasil (Fundo Mundial para a Natureza), os consumidores que estiveram nas filas poderão assinar uma petição internacional elaborada pelo WWF-Brasil para que líderes globais, governos e indústrias se comprometam a produzir e utilizar menos plástico, reduzindo seu descarte na natureza.

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Este ano, a marca também promove a distribuição de sorvetes veganos. A retirada do produto pode ser feita das 12h às 20h. A marca está presente em São Paulo (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vila Velha (ES), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Curitiba (PR), Tijucas (SC) e Porto Alegre (RS).

*Com informações da assessoria

O grupo suíço de alimentação Nestlé anunciou nesta terça-feira o lançamento de um hambúrguer vegano na Europa e nos Estados Unidos, seguindo uma nova tendência por parte dos consumidores que buscam reduzir o consumo de carne.

Este novo hambúrguer é produzido 100% com vegetais, a base de proteínas de soja e de trigo e extrato de beterraba, cenoura e pimentões.

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O produto começa a ser comercializado em abril na Europa, segundo comunicado.

Mais tarde também será lançado nos Estados Unidos, sob a marca Sweet Earth, que comercializa produtos veganos na Califórnia.

O volante colombiano campeão da Libertadores com o Atlético Nacional de Medellín em 2016, Sebastián Pérez chegou ao Boca Juniors sob muitas expectativas. Entretanto, algumas lesões sofridas pelo atleta, o impediram de repetir as boas atuações que teve no seu clube anterior.

Pérez está atualmente no Barcelona de Guayaquil, e em entrevista à ESPN, revelou um fato curioso. Segundo ele, ter se tornado vegano dificultou sua permanência no clube argentino.

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“Diziam: ‘Você é o 5 do Boca, como vai ser vegano? Tem que comer churrasco’. Quando decidi seguir este caminho, sabia que iam ter esses tipos de comentários”, disse.

“Virei vegano quando estava lesionado. Ajudou a me recuperar mais rápido, treinei mais e pude chegar às sessões de terapias com mais energia”, completou.

Manuela, esposa de Pérez, comentou na mesma entrevista que acredita que o fato de o marido ser vegano, era crucial para a torcida pegar no pé dele. “Qualquer coisa que acontecia, diziam que era por ele ser vegano”, ressaltou.

 

O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, mas, ainda assim, é crescente o número de pessoas que estão tirando a proteína animal do seu prato. Segundo pesquisa feita pelo Ibope, em abril de 2018, 14% da população do país se declara vegetariana, porcentagem que representa 30 milhões de brasileiros. A mesma pesquisa descobriu que 60% dos entrevistados comprariam mais produtos veganos se os preços fossem acessíveis. O que nos leva a questionar: veganismo é coisa de gente rica?

A associação do estilo de vida vegano à classes sociais mais abastadas é quase imediata. A maneira pela qual a informação chega à população também pode contribuir, dando ao movimento uma cara mais elitista e os valores praticados em restaurantes do segmento e nas prateleiras de supermercados que dispõem de produtos específicos costuma afastar quem precisa fazer o 'milagre da multiplicação' na sua renda mensal. Porém, algumas dessas pessoas toparam o desafio e estão começando a compartilhar sua experiência ajudando no crescimento do número de vegetarianos e veganos nas periferias do Brasil afora.

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É o caso dos irmãos Eduardo e Leonardo Luzivetto dos Santos, de Campinas, interior de São Paulo. Veganos há quatro e dois anos, respectivamente, os dois criaram uma página no Instagram, a @veganoperiferico, para mostrar que é possível adotar esse estilo de vida morando na periferia. O perfil dos irmãos traz dicas, informações, dados e, sobretudo, incentivo; com linguagem simples, desmistificando muito do que se supõe sobre o veganismo.

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Em entrevista ao LeiaJá, Leonardo contou que a motivação para a criação do perfil veio da vontade de ajudar na causa: "A página surgiu de uma vontade nossa de mostrar que uma pessoa de periferia, que ganha um salário mínimo e tem uma vida super corrida, pode se alimentar de forma mais adequada, sem prejudicar a saúde; pode se prevenir de doenças se alimentando, ajudando os animais, pode sim, é possível".

Leonardo concorda que existe uma "visão capitalista" do veganismo que afasta as pessoas. O seu objetivo, junto ao irmão, é provar que esse estilo de vida pode ser acessível a partir de escolhas mais conscientes: "Se a pessoa manter o pé no chão, consumir legumes, verduras, vegetais, um arroz com feijão, aí é tranquilo. Olhar no mercado um sabonete mais em conta, que não testa em animais, dar uma lida no rótulo, tudo isso facilita. Não tem segredo, as pessoas tem que ter consciência e entender que todo consumo tem uma consequência e vai da pessoa ver se essa consequência é boa ou ruim".

O jovem também dá uma dica imprescindível para que essa visão mais capitalista seja derrubada em definitivo: "Eu diria para as pessoas ficarem espertas, pra não cair tanto na lábia de quem está sendo patrocinado por marcas para vender produtos. Essas pessoas ganham muito dinheiro com isso, fazem um marketing muito bonito e começam a influenciar as pessoas de forma consumista, totalmente fugindo da ideia que o veganismo propõe que é a libertação dos animais".

O resultado é cerca de 90 mil seguidores que fazem questão de dar um retorno ao conteúdo produzido pelo Vegano Periférico: "Tem muita gente de periferia mandando mensagem pra gente dizendo que se sentiu representada. A gente recebe muitas mensagens todos os dias e foi de uma maneira bem 'naturalzona'".

Redes Sociais

Além das fotografias, que mostram os pratos e produtos que os irmãos consomem, as postagens da página trazem informações e dados, sempre com linguagem simples e bastante clara. Esse também é um dos meios pelo qual a dupla pretende conquistar os seguidores. "É a língua que a gente fala, que a gente se comunica aqui na quebrada. A gente quer falar pra todo mundo dessa forma. Não vou deixar a coisa toda rebuscada, 'formalzona', para falar só para um determinado tipo de pessoa, estudantes ou gente de alta classe. É do jeito que o povão fala, o jeito que a gente fala", explica Leonardo.

*Fotos: Reprodução/Instagram

 

Adepta do veganismo, Xuxa Meneghel dividiu com os internautas o momento de celebração sobre ficar um ano sem comer ou possuir produtos com exploração animal. No Instagram, a apresentadora do "Dancing Brasil" mostrou o resultado de um jantar especial.

"Um ano de veganismo... um ano sem sofrimento, sem morte no nosso prato", declarou a loira.

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Junno Andrade, que também virou vegano com a namorada, comemorou o novo estilo de vida. "Esse presente foi mandado pelo universo em agradecimento as vidas poupadas por nós durante essa pequena caminhada. E viva a vida!", disse.

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Neste sábado (15), na Vegaria - Empório Vegano, das 11h às 15h, será realizado o Festival Ogros Veganos. O evento contará com a venda da Coxinha Burguer por R$ 15; o público irá saborear o produto com os molhos de cheddar e maionese verde.

A montagem do hambúrguer será a base de soja, grão de bico e lentilha. Para a coxinha, o recheio poderá ser escolhido entre jaca ou mix de legumes. Os acompanhamentos disponibilizam de cebola crispy e cebola caramelizada com melaço de cana; uma salada de alface e tomate completa a comida.

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A Vegaria fica localizada na Rua Barão de Souza Leão, 221, Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A entrada é gratuita. Informações sobre o Festival Ogro Veganos pelo telefone (81) 3128-3344.

O veganismo vai muito além de uma dieta alimentar e, para alguns, é mesmo um estilo de vida. Os adeptos a esse modo de viver costumam consumir diversos produtos totalmente isentos de materiais derivados de animais. As marcas paranaenses Whatafuck Hamburgueria e Ösus Brasil lançaram um tênis vegano para quem quer calçados preocupados com sustentabilidade.

Batizado de Tenente Whatafuck O.E., o tênis é 100% vegano, ou seja, não contém qualquer material ou composto de origem animal em sua confecção. O calçado é uma homenagem ao hambúrguer vegetariano da rede Whatafuck hamburgueria, um dos principais nomes nos segmento de hambúrgueres artesanais de Curitiba.

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O Tenente Whatafuck O.E é produzido na cor azul, com estampas relacionadas à marca Whatafuck. Todos os itens usados em sua confecção foram pensados de maneira a torná-lo um produto totalmente sustentável, até o cabedal é feito a partir de um tecido de PET reciclado. O calçado pode ser comprado pela internet, pelo valor de R$ 269,90.

 

Houve tempo em que comer fora de casa era tarefa quase impossível para os adeptos do vegetarianismo e do veganismo. As pessoas que optavam por abolir de sua dieta alimentos de origem animal, precisavam procurar bastante por opções de restaurantes ou, ainda, adaptar-se aos cardápios convencionais.

Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), 14% da população brasileira - cerca de 30 milhões de brasileiros -, se declara vegetariana (dados de 2018 do IBOPE), ou seja, não consomem carne, mas se alimentam de leite e seus derivados. Este número representaria um crescimento de 75% em relação a 2012. Não há uma pesquisa em relação aos veganos - aqueles que não consomem nada de origem animal -, mas estima-se que dentre os 30 milhões que se declaram adeptos ao vegetarianismo, sete milhões seriam veganos. O mercado está atento e é cada vez maior a oferta de produtos e empreendimentos voltados para esse público crescente.

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Necessidade gera soluções

Foi pela dificuldade de comer na rua que a pernambucana Nath Saints, e seu marido, Jarde Pirro, decidiram resolver o seu problema e de tantos outros veganos como eles. Em 2016, cansada de procurar opções, ela decidiu abrir o seu negócio de comida vegan: "As opções de almoço que tinham perto do trabalho não me atendiam e as taxas de delivery encareciam o preço final dos almoços disponíveis", disse em entrevista ao LeiaJá.

Foi aí que surgiu o VEGostices, um restaurante especializado em alimentação sem qualquer insumo de origem animal. A princípio, o serviço prestado era apenas de entrega em domicílio, mas, no final de 2017, Nath achou um espaço em um dos lugares mais simpáticos do centro do Recife, em cima do Cinema São Luiz, na rua da Aurora. O cardápio muda a cada dia e os clientes podem comer lá ou pedir onde estiverem (as entregas são feitas de bicicleta). Segundo Nath, o prato mais querido é a moqueca de banana da terra com Steak de feijão preto. Já o hambúrguer de grão de bico com geléia de maçã picante é o de maior sucesso.

A cozinha é responsabilidade da própria Nathalia e de sua avó, Sílvia Abel, que não é vegana mas após um sonho com um boi choroso eliminou as carnes de sua dieta, tornando-se, assim, vegetariana. Jarde também cozinha. E além do cardápio generosos, com opções de almoço e lanches e a bela vista para a Ponte Duarte Coelho, o Vegostices também oferece uma "loja colaborativa vegan", com produtos como cosméticos, bijuterias e acessórios.

'Bandejão'

Para quem prefere montar o próprio prato também existem opções de restaurantesveganos e vegetarianos no estilo self-service, na capital pernambucana. O Cantina Vegetariana tem um buffet diversificado e aposta nas sobremesas como o iogurte da casa com creme de ameixa, frutas frescas e bolos.

Já no Da Chita, o esquema é 'sem balança'. O prato tem o valor único de R$ 10 e ainda acompanha um copo de suco. O cardápio costuma ser vegano mas, em alguns dias, aparecem opções vegetarianas, com ovos e derivados de leite. Também entrega onde o cliente estiver com a cobrança de uma pequena taxa.

'Diferentona'

E para aqueles que gostam de comer alguma coisa diferente, vez em quando, também há casas especializadas em comidas que não a brasileira. No Udon Cozinha Oriental existe um rodízio exclusivo para os veganos, com temakis, hossomakis e 'cariocas'. Nele, os peixes e frutos do mar são substituídos por frutas e verduras.

No Escalante's Tex Mex a culinária é mexicana e texana, com versões de tacos e outros pratos típicos sem proteína animal. E, no Habib Cozinha Árabe, o falafel, o hommus, o kebab e os bolinhos também são feitos especialmente para os veganos.  

Gourmet

Para paladares mais apurados e exigente, as casas que apostam nos pratos gourmet também contam com menus veganos e vegetarianos. Na Mooo Hamburgueria Gourmet, além dos hambúrgueres e hot dogs, os clientes também encontram entradas e sobremesas.

 

 

Serviço

VEGostices

Rua da Aurora, 175 - Sala 302 - Boa Vista

Segunda a sexta | 11h40 às 17h

Cantina Vegetariana

Rua  Arsênio Calaça, 103 - San Martin

Segunda a sexta | 11h30 às 14h30

Da Chita

Av. Acadêmico Hélio Ramos, 84, Várzea, Recife – PE

Segunda a sexta | 11h às 15h30

Udon Cozinha Oriental

Rua Raimundo Freixeiras, 175, Casa Amarela

Segunda a sexta | 18h30 às 23h

Sexta a domingo  | 12h às 15h e 18h30 às 23h

Escalante’s Tex Mex

Rua Professor Eduardo Wanderley Filho, 336 – Boa Viagem

Terça a quinta | 18h às 23h

Sexta e sábado | 18h à 1h

Domingo  | 18h às 23h

Habib Cozinha Árabe

Rua Visconde de Barbacena, 300, Várzea – Recife – PE

Quarta e quinta  | 17h às 23h

Sexta e sábado  | 17h à 0h

Domingo  | 17h às 22h

Mooo Hamburgueria Gourmet

Avenida Domingos Ferreira, 4236, loja B - Boa Viagem

Segunda a sexta  | 11h30 às 15h30 e 18h à 0h

Sábado e domingo | 18h à 0h

Fotos: Reprodução/Facebook

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A Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo (SMTE) de São Paulo organiza no próximo dia 20 de junho, das 14h às 17h, no Cresan (Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional) Butantã, um curso sobre o preparo de bolos veganos.

Nnehum ingrediente de origem é animal é usado na preparação dos bolos. Durante a oficina serão ensinados dois sabores: o salgado, feito à base de legumes e o doce, usando cacau como ingrediente principal.

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O curso será orientado pela chef Ágatha Miti, dona de uma doceria especializada em produtos veganos.

Para participar, os interessados devem ter 16 anos ou mais. A oficina é gratuita.

Serviço
Curso de Bolos Veganos
Data: 20 de junho
Local: Cresan Butantã – Rua Nella Murari Rosa, 40, Butantã
Horário: 14h às 17h
Inscrições: (11) 3326-4115

Hippie pós-moderno? Comedor de alface? O perfil do vegetariano ultrapassou os estereótipos das últimas décadas e hoje atrai de adeptos da alimentação natural a até quem não dispensa junk food. Inédita, nova pesquisa Ibope Inteligência aponta que 14% dos brasileiros com mais de 16 anos – cerca de 22 milhões de pessoas – concordam parcial (6%) ou totalmente (8%) com a afirmação "sou vegetariano".

Na mesma tendência, estudo da Kantar Ibope Media aponta que, de 2012 até o ano passado, cresceu de 8% para 12% os adultos (de 18 a 75 anos) que se declaram vegetarianos nas Regiões Sul e Sudeste do País e nas áreas metropolitanas de Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília. "Deixou de ser uma escolha restrita a um grupo. Hoje toda família tem um vegetariano, um vegano", diz Cynthia Schuck, coordenadora da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).

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Para ela, mesmo que nem todos sigam o vegetarianismo de forma estrita (mais informações nesta página), se reconhecer como tal é positivo. "São pessoas que se identificam e estão no caminho. E, para o mercado, já é um público que conta."

A designer Domitila Carolino, de 38 anos, é um exemplo de adepta recente desse estilo de alimentação.

A mudança começou há seis anos, por recomendação médica, quando seus exames apontaram excesso de ferro. Alguns meses depois, porém, ela voltou a comer carne, que era muito consumida pelo marido. "Respeito quem come. Cada um no seu tempo", diz. Em 2015, ela retomou o vegetarianismo. "Não queria mais colocar dentro de mim agressão, de morte, de sofrimento."

Para a professora de História Thaís Carneiro, de 27 anos, a mudança chegou anos depois de o pai aderir ao vegetarianismo. "Eu era muito firme que não queria deixar (de comer carne)", lembra.

A virada veio aos 14 anos, durante uma viagem, quando visitou pessoas que criavam animais. Na ocasião, chegou a sair de um recinto para não presenciar o abate de uma galinha, que depois encontrou morta na cozinha. "Passei a associar mais os animais ao que comia, por mais que já soubesse."

Na mesma época, ela leu um livro espírita que considerava o consumo de carne um vício. "Essas questões foram mexendo comigo", conta. A mudança foi difícil, especialmente na escola. "Elogiavam, mas depois diziam que não conseguiam e começavam a falar de carne, a descrever, isso me deixava triste. Chorava, achava as pessoas insensíveis."

Quando foi vegana, enfrentou dificuldade para manter a dieta, especialmente fora do País, o que relata no projeto Mulheres Viajantes. "Aqui, a gente teve um crescimento considerável no mercado", compara.

Motivação. Professora do Departamento de Sociologia e Política da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Juliana Abonizio aponta que a religião foi o motivo predominante décadas atrás, enquanto hoje cresce a motivação ambiental, por saúde ou por não concordar com a exploração animal. "Tem gente que começa pela saúde e depois vira militante."

O movimento ganhou força na internet, especialmente nas redes sociais. A estudante de Letras Leonora Vitória, de 18 anos, aderiu ao ovolactovegetarianismo após assistir filmes que envolvem o tema, como a ficção Okja, da Netflix. "No princípio eu não sabia o que consumir e como fazer. Procurei grupos no Facebook, receitas na internet e fui me virando", conta.

O vegetarianismo "saiu do obscurantismo", resume a professora de Psicologia da Universidade Brasil, Pâmela Pitágoras, que estudou o tema no doutorado. "Quando uma coisa começa a crescer, a ser divulgada, atrai mais pessoas", explica.

Estudante de Pedagogia, Mariana Pasquini, de 18 anos, deixou de comer carne vermelha em janeiro, depois de porco e, neste mês, foi a vez do frango. "Quero parar com o peixe. Os derivados ainda não sei, vou ter um pouco de dificuldade."

Vice-presidente da Associação Alagoana de Nutrição, Viviane Ferreira aponta que a procura de um nutricionista especializado e a realização de um check-up são importantes na transição. "É preciso aprender a comer mais vegetais, o que as pessoas no geral não comem, mas é um mito achar que vegetariano é anêmico", aponta. A pesquisa Ibope ouviu 2 mil pessoas em 142 municípios de todas as regiões do País e classes sociais. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais.

A expansão do veganismo

O primeiro hambúrguer feito por Carlos Dias, de 29 anos, era de lentilha. E não era muito bom. Mas a experiência deu gosto e cada vez mais certo, o que resultou no lançamento da lanchonete Animal Chef em janeiro deste ano. Ao contrário do nome, nenhum ingrediente do cardápio é de origem animal."O veganismo é muito ligado a algo sem graça, sem sabor, saudável, com soja. A gente quer fugir de todos os estereótipos possíveis", afirma Dias.

Segundo pesquisa inédita do Ibope Inteligência, 49% dos brasileiros com mais de 16 anos acham que produtos veganos podem ter a mesma qualidade dos que contêm ingredientes de origem animal e 60% comprariam produtos do tipo se custassem o mesmo que os demais. Atualmente, 551 produtos de 60 empresas têm o Selo Vegano, da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), que encomendou a pesquisa do Ibope.

Há dois anos, quando abriu a venda de marmitas veganas e vegetarianas Olivato Cozinha, Maria Eugênia Olivato, de 31 anos, estranhava que a maioria dos clientes era onívora. "O preconceito está acabando, e isso já é um grande passo. Acho legal que pelo menos no almoço da semana ficam sem carne", conta.

Dentre seus compradores, uma das mais antigas recentemente procurou Maria Eugênia para contar a novidade: tinha virado vegetariana. "Ela disse que a Olivato teve papel fundamental no processo, porque descobriu que poder se alimentar bem, de forma gostosa e saudável, sem ter carne no prato."

Já Danuza Pazzini, de 36 anos, criou o Vegana Bacana em 2017 por perceber um nicho de mercado: de festas infantis com comida vegana e vegetariana. "Descobri que não tinha nada do tipo por aqui", lembra ela, que consome alimentos de origem animal. "Recebia e-mail de clientes agradecendo."

Comunidades. Ao se tornar vegetariano há oito anos, o programador Rodrigo Alornoz, de 27 anos, se afastou de parte dos amigos que não compreenderam sua opção. Quatro anos depois veio a ideia: criar um site de relacionamentos para aumentar o ciclo de amizades. Nasceu aí o Loveg. "Vi muitos casais se formando, até gente que se casou", diz o jovem, que pretende futuramente monetizar a ideia.

Em João Pessoa, a Nativa Escola foi lançada este ano como a "primeira escola vegana de ensino regular do País". "Temos uma metodologia democrática, com influência montessoriana", diz a coordenadora Raíssa Batista, de 26 anos. Além da alimentação, as crianças, de 1 a 4 anos, são estimuladas a ter um bom convívio com animais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na noite da última quarta-feira, dia 23, cinco dias após ser solto da prisão por não pagar pensão alimentícia ao filho, Dado Dolabella usou as redes sociais para se pronunciar pela primeira vez desde o ocorrido na última semana. O ator publicou um textão no Instagram justificando que os erros que cometeu no passado são atribuídos aos hábitos alimentares que possuía - há mais de um ano ele se diz vegano, ou seja, não come nada de procedência animal e publica com avidez nas redes sociais a importância de deixar de comer carne.

Para quem não se lembra, o ator, além de ter sido preso por não pagar pensão ao filho, já foi acusado pela ex-namorada de bater na mesma criança, após uma briga em família. Dentre as inúmeras polêmicas do estilo violento de vida do ator, estão ainda acusações de agressão contra Luana Piovani, quando ainda namoravam em 2008, além de ter supostamente avançado no produtor Carlos Henrique Andrade de Araújo durante as gravações da novela Vitória, da Record, da qual acabou deixando o elenco antes mesmo da estreia.

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No texto, que você confere na íntegra abaixo, o ator credita a violência ao fato de comer carne durante anos, além de assumir a culpa pelos atos impulsivos que teve, prometendo viver o resto da vida sem tomar as mesmas atitudes de quando tinha outros hábitos alimentares:

Ainda não aprendemos a comer, a distinguir o certo do errado na hora de se alimentar, vamos saber julgar? Saber viver? Eu, confesso q não sabia. Hoje, tô colhendo frutos de um passado recheado de violência que começa no prato de comida. 90% (+/-) do que comia era da proteína do animal. E não venha dizer que não existe relação! Imagina você sendo assassinado sentindo o cheiro do sangue dos seus semelhantes, encurralado, tomando uma facada no pescoço, pendurado de cabeça pra baixo, totalmente consciente e sangrando até o coração não ter mais forças. O que sentiria? Esse é o real gosto da carne. De ódio. Do terror. Da morte. Amargo, que sempre amarra a língua um certo momento. Já provei quase todas, com diferentes cores mas descobri a real... todo sangue é vermelho e carrega a mesma energia acumulada durante suas vidas (escravas exploradas) e principalmente durante seus assassinatos e desmembramentos. Esse sabor é disfarçado de todos os jeitos, com fogo, sal, limão e molhos de todo tipo... só de imaginar o cheiro do frango quando sai da embalagem é nojento, esse é o real gosto da carne, ter que maquiar esse ranço podre com água quente, passar limão, alho, sal, molho barbecue é bizarro. Tudo isso pra conseguir comer um pedaço cadavérico de um animal inocente. Isso, me desculpem, não é ser carnívoro. Quero ver você que se julga carnívoro comendo as carnes cruas diretamente com seus caninos perfurando o couro, comendo tudo, da pele até o osso, todas as partes, todos os dias. Ingerir sofrimento e exalar amor? A mente não domina o corpo. Muitas vezes os hormônios sentidos e sintéticos que ingerimos dos animais falam mais alto. A carne fica fraca. O juízo turvo. Aí que todo um sistema doente se alimenta. Não é à toa que hospitais e presídios estão superlotados. É preciso olhar menos pro ego, e mais para o eco. A corrupção e a violência começam na alimentação. Fico pensando quantas coisas não seriam diferentes se eu fosse vegano (sangue limpo e alcalino) desde sempre? Assumo toda e qualquer culpa por todos meus atos impulsivos e reativos que tive, e prometo viver o resto da vida livre de crueldade nas veias. Perdão. Hoje acredito na vibração positiva. Acredito na vida.

Em meio à repercussão das carnes contaminadas nos frigoríficos de todo o país, deflagrada pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, grupos se reúnem em uma feira nesta quinta-feira (23), e promovem o evento 'Burgão sem Papelão', às 17h, na Vegaria- Empório Vegano, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O evento propõe mostrar ao público que é possível substituir a carne tradicional do hambúrguer pela vegana, que consiste na preparação dos alimentos sem derivados animais. 

O cardápio inclui hambúrgueres com variados sabores como soja defumada, beterraba com fava, grão de bico, entre outras iguarias, com preço único de R$ 15 a unidade. Na ocasião, também serão fornecidas cervejas artesanais e sucos, com valor de R$ 8 e R$5, respectivamente. O evento é aberto ao público e segue até às 21h.

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Serviço

Burgão sem Papelão

Quinta-feira (23) | 17h

Vegaria- Empório Vegano (R. Barão de Souza Leão, 221 - Loja 01 - Boa Viagem)

Aberto ao público

As dietas restritivas têm cada vez mais atraído atenção e seguidores. O vegetarianismo tem conquistado adeptos, seja em suas versões mais 'suaves', como as que, ainda que proíbam comer carne, permitem o consumo de produtos de origem animal como leite, queijos ou ovos, seja na modalidade mais radical, o veganismo.

Para muita gente, a ideia que se tem quando se fala de comida vegetariana se resume a saladas. Tal visão afasta os que consideram a comida vegetariana sem graça ou sem sabor. Nesta quinta (22), o restaurante Dali Cocina, localizado no Derby, área central do Recife, inicia o Veggie's Life, festival de comida vegetariana e vegana que pretende ajudar a desmitificar o conceito generalizado sobre a alimentação sem carne: "Queremos fugir da ideia de que comida vegetariana é só salada", avisa Christina Nunes, sócia de Gideão Brito no restaurante. O evento é realizado em parceria com a fornecedora de alimentos Cantu.

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O Dali não é um restaurante vegano ou vegetariano, mas já tinha em seu cardápio opções do tipo, que tiveram boa recepção do público. A introdução de pratos veganos se deu por iniciativa do chef da casa, Robson Lustosa. "Nao sou especialista, mas há muitos anos tenho experiência com pratos que usem apenas ingredientes de origem vegetal", explica o chef.

O festival

A primeira edição do Veggie's Life começa nesta quinta (22). Para respeitar os diferentes níveis de restrição alimentar, o cardápio do festival está dividido em dois: em um lado, receitas para os ovolactovegetarianos, do outro, pratos veganos.

As refeições serão servidas em menus fechados, com entrada, prato principal e sobremesa, ao preço fixo de R$ 42,90. Cada um dos menus (vegano ou ovolactovegetariano) tem duas opções de pratos principais. É possível também experimentar o menu harmonizado, por R$ 69. Importante notar que, como muitos vinhos tem em sua produção um processo chamado clarificação, que usa claras de ovos, o menu harmonizado não é indicado aos veganos.

"O interesse nosso com o festival não é apenas atrair quem já é vegano ou vegetariano", explica Christina Nunes, avisando que a ideia é chamar todos a experimentarem os sabores sem carne. "É difícil encontrar receitas vegetarianas mais elaboradas em restaurantes, e queremos desmitificar também a alimentação sem carne para quem não tem restriçoes", resume.

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A comida 

Cada um dos dois menus (vegano e ovolactovegetariano) tem sua própria entrada, respeitando as restrições. Para os veganos, a refeição oferecida pelo Veggie's Life é um 'Carpaccio de melancia e figo da Índia com mesclun de endívia, agrião e pastrique de goiaba'. A leve iguaria mescla sabores doces e amargos das frutas e folhas. Para os de dieta menos restrita, a entrada oferecida são os 'Quenelles de queijo de cabra ao creme de cenoura e aspargos'. De sabor e texturas suaves, a receita tem como destaque o saboroso creme de cenoura, além de um toque de mostarda. 

Para os pratos principais, quatro opções ao total, duas de cada menu. Os vegetarianos estritos podem escolher o 'Millas de milho verde com ragoût de feijão branco, cogumelos frescos e radicchio grelhado', que tem um sabor bem brasileiro. O ragú de feijão branco é muito saboroso e um molho adocicado de tomate com goiabada equilibra e dá personalidade ao prato. A outra opção é a 'Barbacoa de grão de bico ao molho de tofu e ervas com couscous de quinoa e legumes'. Vale experimentar o um tanto inusitado cuscuz de quinoa.

Os ovolactovegetarianos podem escolher o 'Roulade de berinjela e lentilhas ao vélouté de abóbora kabocha com panaché de legumes', que pode facilmente agradar a muitos paladares, incluindo o dos acostumados a consumir carne com ingredientes familiares como berinjela, legumes e o molho de tomate. A outra escolha possível são os 'Macarrons de shitake fresco e batata trufada ao molho de gryére e mostarda com mousseline de ervilha'. De todos os pratos, este certamente é o que mais facilmente pode vencer as resistências dos 'carnívoros' a provar o menu do Veggie's Life: a textura do shitake lembra a da carne e o prato é muito saboroso, com destaque para a batata trufada, que interage muito bem com o cogumelo. Quem acha que não aprovaria uma receita vegetariana pode colocar a convicção à prova com esta sugestão de prato principal.

Não há melhor maneira de terminar uma refeição do que com uma sobremesa. Com o cardápio fechado, quem for ao Dali Cocina terá entrada, principal e sobremesa poor um preço fixo. No menu vegano, o 'Flambée de banana pacovan com sorbet de abacate e caramelo salgado', com sabor acentuado de cravo e canela, é uma versão de uma iguaria bastante conhecida e degustada. Para os ovolactovegetarianos, a refeição termina com a deliciosa 'Bavaroise de manga haden com coulis de mirtilo e cassis'. De textura muito agradável e mistura de sabores, a sobremesa tem a vantagem de não ser excessivamente doce. O chef ressalta o uso de uma variedade pouco usada de manga, a haden, que tem menos fibras.

O chef Robson Lustosa explica que houve, além da preocupação óbvia com sabor e apresentação, uma preocupaçao com o equilibrio nutricional dos pratos entre fibras, proteínas e gorduras. Mas que não existiu a intenção de trazer o paladar dos alimentos vegetarianos para mais próximo das pessoas que comem carne, e sim em "tirar o maximo de sabor dos ingredientes vegetais, que a maioria ja consome". "O melhor é ter prazer em comer independente de se é carne, vegetariano ou não", resume Lustosa.

Serviço

Veggie's Life

22 de setembro a 16 de outubro

Dali Cocina (R. Felíciano Gomes, 172 - Derby)

R$ 42,90 e R$ 69 (com harmonização)

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