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Após mais de duas semanas em coma, Guilherme, de oito anos, teve mais um presente nessa semana ao deixar o hospital que estava internado no Rio. Vascaíno, ele viralizou nas redes sociais do clube ao lado de Gabriel Pec e teve seu nome lembrado durante o confronto com o Cuiabá na segunda-feira, pelo Brasileirão. Nesta sexta-feira, o Vasco divulgou imagens da sua visita ao centro de treinamento do clube e encontro com os jogadores do elenco.

Em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, o menino Gui, como ficou conhecido na última semana, esteve presente na sessão de treinos da equipe. Além disso, ele conversou com os jogadores e ganhou um presente de Pedro Raul, camisa 9 e centroavante da equipe: uma chuteira autografada.

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Guilherme saiu de Itaguaí, cidade em que mora com a família, acompanhado dos pais para visitar as dependências do clube. Na última semana, ele já havia recebido visitas de Gabriel Pec e Figueiredo no hospital em que estava internado, além de uma camisa do time de presente. Na segunda-feira, o Vasco divulgou um vídeo no qual o menino lia a escalação do técnico interino William Batista de Almeida para a partida.

Guilherme tem epidermólise bolhosa, uma doença hereditária que provoca a formação de bolhas ao longo da pele. Elas surgem a partir de pequenos traumas, choques ou pancadas. Isso faz com que Gui fique mais suscetível a outras doenças. Quando foi internado, não conseguia respirar e chegou a ter uma pneumonia.

Além disso, ele também ganhou uma nova camisa do clube, das mãos do zagueiro Léo e jogou bola com alguns jogadores. Motivado pela história do garoto, o Vasco volta a campo neste domingo, contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. Enfrenta o líder da competição às 16 horas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta quarta-feira (28), a visita da ministra das Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly, no Palácio do Planalto. Os dois conversaram sobre as agendas ambiental, de defesa e de comércio e investimentos entre os dois países. 

De acordo com a Presidência da República, Lula e Joly concordaram sobre a necessidade de organizar missões de empresários com o objetivo de ampliar o potencial das relações comerciais e de investimentos entre Brasil e Canadá. 

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Em 2022, o comércio entre Brasil e Canadá totalizou US$ 10,56 bilhões, um aumento de 40,9% em relação a 2021, com superávit brasileiro de US$ 232,1 milhões. Entre os principais produtos exportados para o Canadá no ano passado estão ouro; alumínio; açúcar; produtos semiacabados, ferro e aço; produtos industrializados e café. Já as importações do Canadá, incluíram adubos ou fertilizantes químicos, cerca 72% do total; produtos industrializados; aeronaves e químicos. 

Na conversa, o presidente e a chanceler também abordaram a agenda ambiental, a Cúpula da Amazônia e o compromisso definido nas conferências do clima das Nações Unidas (COP) sobre contribuições dos países ricos à preservação ambiental nos países de grandes florestas, além da possibilidade de ampliação dos investimentos canadenses no setor de energias renováveis no Brasil.

  “A ministra ressaltou características comuns entre Brasil e Canadá, ambos grandes produtores de alimentos e de energia, com grandes florestas e interessados na melhoria das condições de vida das populações indígenas”, informou a Presidência.  Lula e Joly conversaram ainda sobre o Haiti e a necessidade de unir esforços de diversos países em prol do fortalecimento da segurança e das instituições no país caribenho. 

Durante a reunião, a ministra transmitiu ao presidente Lula o convite, feito pelo primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, para uma visita ao Canadá. O presidente brasileiro retribuiu o convite a Trudeau. 

Mélanie Joly está no país para a quarta reunião do Diálogo de Parceria Estratégica Brasil-Canadá, principal mecanismo de cooperação entre as nações. Na terça-feira (27), ela esteve no Palácio do Itamaraty, em encontro com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ocasião em que assinaram um amplo acordo de cooperação na área da defesa. 

Ainda há processos de diálogo e cooperação bilateral em educação; ciência, tecnologia e inovação; assuntos militares e energia e mineração.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, chegou no início da tarde desta segunda-feira (26) ao Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder argentino faz nesta segunda uma visita de Estado ao Brasil, o que inclui protocolos diplomáticos e encontros com os chefes dos três Poderes. É a terceira vinda de Fernández ao País e o quarto encontro com o petista desde o começo do ano.

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Após a reunião com Lula, Fernández vai ao Itamaraty para almoço oficial. Depois, se encontra com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

Como mostrou o Broadcast Político mais cedo, Fernández e Lula vão promover nesta segunda o que será chamado de "Relançamento da Aliança Estratégica Brasil-Argentina". Trata-se de um plano amplo para a agenda bilateral, sem tema específico. Ainda assim, a visita integra a nova rodada de pedido de socorro financeiro protagonizada pelo presidente argentino em pleno ano eleitoral.

Fernández quer ajuda de Lula para a rota de escape da crise econômica. A ideia que vinha no bolso do colete caiu por terra: o banco dos Brics, liderado pela ex-presidente Dilma Rousseff, negou-se a oferecer as garantias em empréstimos que seriam feitos pelo Brasil a empresas exportadoras ao país vizinho. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se recusa a oferecer o Tesouro sem garantias externas para a empreitada diante do histórico de calote da Argentina.

Um dia depois de cancelar o jantar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman Al Saud, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai orientar o Itamaraty a convidá-lo para visitar o Brasil. Eles se encontrariam numa residência de luxo próxima a Paris para um banquete oferecido pelo saudita. De última hora, o petista desistiu de ir.

Ao justificar a desistência, Lula repetiu neste sábado (24) o argumento oficial da Presidência da República. A assessoria de Lula informou que o motivo era desgaste físico do presidente por causa da sequência de compromissos na capital francesa.

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"Eu sabia que havia uma proposta de reunião com o príncipe da Arábia Saudita que queria discutir investimentos no Brasil. Eu quero conversar com todas as pessoas que querem fazer investimento no Brasil, porque quero saber qual a qualidade do investimento", disse Lula, em entrevista à imprensa antes de decolar de volta ao Brasil.

"Eu simplesmente não tive condições de participar da reunião e vou pedir que o Itamaraty o convoque pra ir ao Brasil discutir negócios com empresários brasileiros. Se a Arábia Saudita tiver interesse em investir, o Brasil terá interesse em conversar com quem quer que seja que eles mandem conversar."

Lula negou que outro tipo de desgaste - a repercussão negativa do encontro nas redes sociais e na política nacional - tivesse levado ao cancelamento. Integrantes da comitiva presidencial, porém, sabiam do custo político e temiam que o jantar associasse Lula a um autocrata cujo regime oprime mulheres e foi acusado de mandar matar um jornalista.

Além disso, foi Bin Salman quem mandou presentear o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro com joias milionárias, que não foram declaradas à Receita Federal, como revelou o Estadão. Eles se tornaram alvo de uma investigação. "Eu sinceramente não pensei nisso", disse Lula. "Não estou preocupado com joias, isso não é comigo."

A ideia do encontro partira dos sauditas, segundo diplomatas, e embora não estivesse prevista na agenda inicial da viagem de Lula foi incluída oficialmente como compromisso do presidente e depois retirada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na tarde desta quarta-feira (21), em Roma, com o prefeito da cidade, Roberto Gualtieri. O encontro ocorreu no gabinete da prefeitura e teve caráter pessoal, uma vez que Gualtieri foi uma das personalidades internacionais que visitaram Lula durante o período em que o ex-presidente esteve preso em Curitiba, entre 2018 e 2019, no âmbito da Operação Lava Jato. Na época da visita, em julho de 2018, Gualtieri exercia mandato de eurodeputado pelo Partido Democrático Italiano. 

"É uma visita de agradecimento, de expressar minha gratidão pela lealdade, solidariedade e pelo comportamento do prefeito Gualtieri quando eu estava detido na Polícia Federal do meu país", afirmou Lula, em tom emocionado. "Além de amigo, sou um torcedor fervoroso de que ele faça uma extraordinária administração na cidade de Roma", acrescentou o presidente. 

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Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as condenações de Lula e ainda julgou o então juiz responsável pelas ações, o agora senador Sérgio Moro (Podemos-PR), como magistrado suspeito, no caso que ficou conhecido como tríplex do Guarujá. Após a revelação de uma série de mensagens, os ministros do STF consideraram que o juiz adotou uma postura parcial e fez conluio com o Ministério Público Federal (MPF) nas investigações contra o petista.

Roberto Gualtieri também se dirigiu a Lula como um amigo e ressaltou o peso internacional da imagem do presidente brasileiro. "Para mim, foi uma verdadeira felicidade esse encontro, encontrar um verdadeiro amigo e ver uma personalidade tão importante para mim, para o governo de Roma e para um desenvolvimento mais justo e social do mundo", afirmou o prefeito de Roma.

Após o encontro, que terminou por voltas das 20 horas, horário local (15h, pelo horário de Brasília), Lula ainda permanece mais uma noite em Roma. Na quinta-feira (22) pela manhã, às 8h30 (horário de Roma), ele concede entrevista coletiva no hotel em que se está hospedado na capital italiana, para fazer um balanço da agenda na cidade. 

Agenda na Itália

Em sua primeira reunião do dia, em Roma, o presidente Lula se encontrou com o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D'Alema. Os dois conversaram sobre a conjuntura política do Brasil e da esquerda europeia e da social-democracia na Europa.

Em seguida, ele teve reunião com a secretária-geral do Partido Democrático Italiano, Elly Schlein, uma das líderes da oposição no parlamento local, de 38 anos. Com ela, Lula falou sobre as conjunturas políticas na Itália e no Brasil e sobre a necessidade de uma maior união entre legendas progressistas pelo mundo.

Na sequência, ele foi recebido pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Palácio Quirinale. Os dois conversaram sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, sobre a aproximação entre as universidades e a ampliação do intercâmbio comercial entre os dois países. Brasil e Itália assinaram acordo de Parceria Estratégica em 2007, durante o segundo mandato do presidente Lula. Em 2010, entrou em vigor um plano de ação que destacava 16 áreas-chave de cooperação entre os dois países.

Após o encontro com Mattarella, Lula esteve com o papa Francisco, no Vaticano, onde conversaram sobre soluções para a paz, preservação ambiental e o combate à fome e às desigualdades sociais e econômicas no mundo.

“Estamos em tempos de guerra e a paz é muito frágil”, disse Francisco a Lula.  No Vaticano, Lula convidou o Papa a fazer uma nova visita ao Brasil, para assistir à tradicional festa do Círio de Nazaré, em Belém (PA), no mês de outubro. A primeira viagem internacional do pontífice após assumir o cargo, em 2013, foi para o Rio de Janeiro.

Depois da visita ao Vaticano, Lula se reuniu com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, no Palácio Chigi. Até a véspera da viagem, o encontro com a chefe de governo do país europeu não estava confirmado e passou a constar na agenda apenas ontem [https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2023-06/itamaraty-confirma-reuniao-de-lula-com-primeira-ministra-da-italia]. Primeira mulher a ocupar o cargo, Meloni é líder do primeiro governo de extrema-direita no país em décadas. 

Lula chegou a Roma na manhã de terça-feira (20) e o primeiro compromisso na capital italiana, ainda ontem, foi com o sociólogo Domenico de Masi, referência internacional em estudos sobre a sociologia do trabalho. Autor do livro Ócio Criativo, de Masi tornou-se famoso pelo conceito segundo o qual o ócio é um fator que estimula a criatividade pessoal. Assim como Roberto Gualtieri, Domenico de Mais também visitou Lula na prisão em Curitiba. No encontro, os dois conversaram sobre o cenário político no Brasil e na Europa. 

Cúpula em Paris 

Amanhã (22), Lula embarca para Paris. Na capital francesa, ele participa da Cúpula sobre o Novo Pacto Global de Financiamento e terá encontro bilateral com o presidente da França, Emmanuel Macron. Ele também tem encontros bilaterais previstos com líderes da África do Sul e Cuba.

Lula ainda fará o discurso de encerramento do evento Power Our Planet, a convite da banda Coldplay, na noite de quinta-feira (22). O evento será realizado no Campo de Marte, em frente à Torre Eiffel, e também terá as presenças de líderes do Timor Leste, Barbados, Gana e Quênia, além da prefeita de Paris, Ane Hidalgo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o papa Francisco se encontraram, nesta quarta-feira (21), no Vaticano.

A visita ao pontífice faz parte da agenda que Lula cumpre na Europa, nesta semana, quando passará por Itália e França.

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Na pauta do encontro estão temas como a guerra na Ucrânia, mudanças climáticas e o combate à fome.

Lula também vai convidar o pontífice para participar do Círio de Nazaré, uma das principais festas religiosas do país realizada anualmente em outubro, em Belém (PA). A primeira-dama, Janja da Silva, inclusive, entregou ao papa uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

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Após o encontro com o papa, Lula tem audiência com o arcebispo Edgar Peña Parra, da Secretaria de Estado do Vaticano. 

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, chegou à China neste domingo (noite de sábado, 17, no Brasil), na viagem de mais alto nível de um alto funcionário americano em quase cinco anos, em um momento em que as duas potências rivais visam reduzir as tensões.

Nenhuma das partes espera grandes avanços na visita de dois dias de Blinken, enquanto as duas maiores economias do mundo mantêm desavenças em uma série de temas, como comércio, tecnologia e segurança regional.

Mas os dois países têm manifestado de forma crescente o interesse em buscar maior estabilidade e veem uma estreita janela para isto antes das eleições presidenciais no próximo ano nos Estados Unidos e em Taiwan, a democracia autônoma que Pequim não descarta tomar à força.

Em um sinal da fragilidade deste esforço, Blinken tinha previsto fazer esta viagem há quatro meses, como resultado de uma cúpula cordial entre os presidentes americano, Joe Biden, e chinês, Xi Jinping, em novembro, em Bali.

Mas Blinken adiou abruptamente a viagem depois que os Estados Unidos informaram ter detectado um balão espião chinês sobrevoando o território americano, levando a apelos furiosos por uma resposta de parte de uma linha-dura em Washington.

Em discurso na capital americana antes de viajar, Blinken disse que buscaria "gerir responsavelmente nossa relação", encontrando vias para evitar "erros de cálculo" entre os dois países.

"A competição intensa requer uma diplomacia sustentada para assegurar que a concorrência não resulte em confronto ou conflito", disse ele.

- Mantendo os aliados perto -

Blinken falava ao lado da ministra cingapuriana das Relações Exteriores, Vivian Balakrishnan. Segundo ela, para a região é importante que os Estados Unidos se mantenham como uma potência e que também encontrem formas de coexistir com uma China em ascensão.

A viagem de Blinken "é essencial, mas não suficiente", disse Balakrishnan.

"Há diferenças fundamentais de perspectiva, de valores. E é preciso tempo para um respeito mútuo e para construir uma confiança estratégica", acrescentou.

Como parte da abordagem do governo Biden de manter os aliados perto, Blinken falou por telefone com seus contrapartes do Japão e da coreia do Sul durante as 20 horas de sua viagem transpacífica.

O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, viajou separadamente a Tóquio para três dias de reuniões envolvendo Japão, Coreia do Sul e Filipinas.

Nos últimos meses, os Estados Unidos alcançaram acordos sobre a mobilização de tropas para o sul do Japão e o norte das Filipinas, ambos estrategicamente próximos de Taiwan.

Em agosto passado, Pequim realizou os maiores exercícios militares no entorno de Taiwan, considerados um treino para uma invasão, depois que a então presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, visitou a ilha.

Em abril, a China iniciou três dias de jogos de guerra depois que a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, visitou os Estados Unidos e se reuniu com o atual presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy.

- 'Preocupações centrais' da China -

Antes da visita de Blinken, o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse que os Estados Unidos precisam "respeitar as preocupações centrais da China" e trabalhar juntamente com Pequim.

"Os Estados Unidos precisam desistir da ilusão de lidar com a China 'a partir de uma posição de força'. A China e os Estados Unidos precisam desenvolver relações com base no respeito mútuo e na igualdade, respeitando suas diferenças históricas, culturais, de sistema social e trajetória de desenvolvimento", afirmou, em menção às críticas frequentes dos Estados Unidos ao histórico de direitos humanos na China.

Blinken é o primeiro alto diplomata americano a visitar o gigante asiático desde uma breve escala, em 2018, de seu antecessor, Mike Pompeo, que depois defendeu um confronto total com a China nos últimos anos da Presidência de Donald Trump.

Na prática, o governo Biden manteve a linha-dura adotada por Trump e foi além em algumas áreas, inclusive trabalhando para banir as exportações para a China de semicondutores de ponta com usos militares.

Mas ao contrário de seu antecessor, que é novamente candidato à Presidência, o governo Biden tem dito que deseja trabalhar com a China em áreas delimitadas de cooperação, como o clima, enquanto Pequim sofre com temperaturas recorde para meados de junho.

Danny Russel, que foi o mais alto diplomata para o Extremo Oriente durante o segundo mandato de Barack Obama, disse que cada lado tem suas prioridades. A China, de um lado, busca evitar restrições adicionais dos Estados Unidos à tecnologia e seu apoio a Taiwan, enquanto os Estados Unidos desejam evitar um incidente que possa levar a um confronto militar.

"A breve visita de Blinken não traz solução para nenhuma das grandes questões nas relações entre EUA e China ou até mesmo as pequenas. Nenhum dos dois países irá deter o outro de continuar com suas agendas competitivas", disse Russel, agora vice-presidente do Asia Society Policy Institute, uma organização global sem fins lucrativos.

"Mas sua visita pode reiniciar o necessário diálogo cara a cara e enviar um sinal de que os dois países estão se movendo de uma retórica furiosa à imprensa para discussões sóbrias a portas fechadas", acrescentou.

A Ambev está com uma novidade. A partir desde sábado (10), em Itapissuma, no Grande Recife, a Cervejaria Pernambuco vai receber visitantes para um passeio com harmonização de comidas juninas. De acordo com a organização da atividade, as pessoas irão conhecer de perto todo o processo de fabricação das cervejas.

Durante o tour guiado, os participantes poderão se deliciar com uma degustação direto do tanque. Entre as opções de cerveja disponíveis está a Brahma, a bebida oficial de quase 50 grandes eventos juninos do Nordeste. Só podem participar da ação pessoas maiores de 18 anos.

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Os interessados precisam se inscrever no site oficial da Ambev. O tour temático na Cervejaria Pernambuco acontece até o dia 17 de junho.

O presidente da França Emmanuel Macron usou sua conta no Twitter, neste sábado, 3, para confirmar a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Paris. "Parceiros de todo o mundo, salvem a data de 22 e 23 de junho em Paris. O mundo precisa de uma economia verde que não deixe ninguém para trás. Juntos podemos criar um novo pacto financeiro.", afirmou o francês. "Que bom tê-lo conosco, querido presidente Lula. Até daqui 19 dias!", disse em complemento a primeira postagem.

Em resposta a Macron, Lula agradeceu o convite em postagem na mesma rede. "O Brasil tem se reintegrado ao mundo, dialogando e construindo parcerias, em busca das melhores oportunidades para o nosso País, e um mundo com mais cooperação e desenvolvimento sustentável. Obrigado pelo convite, amigo", disse. Será a 11ª viagem internacional do petista desde que tomou posse em janeiro. Na mesma data, Lula avalia visitar o Papa Francisco, no Vaticano.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou ao telefone nesta quarta-feira com o Papa Francisco e convidou o pontífice, admirador do petista, para visitar o Brasil.

"Cumprimentei o Papa pelos esforços na defesa na paz na Ucrânia e no combate à pobreza. Agradeci os gestos na defesa da democracia em nosso país nos últimos anos. Devemos ter uma audiência no Vaticano nos próximos meses e convidei o Santo Padre para visitar o Brasil", escreveu o presidente nas redes sociais.

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Em nota, o governo federal acrescenta que Lula agradeceu ao Papa pela atuação da Igreja Católica pelos esforços na preservação da Amazônia.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, receberá, na próxima quinta-feira, 1º de junho, o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, no Palácio do Planalto. Em seguida, será oferecido um almoço em sua homenagem, no Palácio Itamaraty.

De acordo com o Palácio do Planalto, Niinistö viajará ao Brasil entre os dias 31 de maio e 2 de junho.

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Além da visita a Brasília e encontro com Lula, o presidente finlandês terá agenda em São Paulo, na sexta-feira, 2, com foco no estímulo ao comércio e investimentos.

Na quarta viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, seu filho mais velho, o acompanhou durante dois eventos em Portugal. Mesmo sem cargo público, Lulinha, como é conhecido, participou da cerimônia de entrega do prêmio Camões, na última segunda-feira, 25, ao cantor e compositor Chico Buarque, no Palácio de Queluz, em Sintra.

Nos dois mandatos do pai, Lulinha conseguiu sair de monitor de zoológico e instrutor de informática para dono de sete empresas, incluindo a Gamecorp/Gol, que teve aporte milionário da estatal Telemar na gestão petista.

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A presença dos filhos de Lula em viagens oficiais era comum em suas duas primeiras gestões do petista. Das quatro viagens internacionais feitas por Lula até agora, porém, esta é a primeira em que se tem notícia da presença de ao menos um de seus filhos.

Em 2009, o presidente foi alvo de críticas por permitir que Lulinha e mais 15 acompanhantes pegassem carona em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). À época, a viagem era para levar o então presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles a São Paulo.

Fora da comitiva

A Secretaria de Imprensa da Presidência disse ao Estadão que Lulinha não integrou a comitiva oficial em Portugal e tampouco usou dinheiro público, mas, sim, "recursos próprios" para custear as despesas da viagem.

"Nenhum empresário ou filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou no avião da comitiva e nenhum filho do presidente esteve no hotel em que a equipe do presidente e o mesmo estiveram hospedados", informou a Secretaria, em nota.

O nome de Lulinha não aparece na lista, obtida pelo Estadão, de empresários convidados pela Agência Brasileira de Promoção à Exportação (Apex) para participar do Fórum Empresarial Portugal-Brasil. O filho mais velho do presidente tem um histórico de atuação nos ramos de editoração e desenvolvimento de aplicativos para celular.

A Lava Jato investigou como a partir de 2006, ainda no primeiro mandato de Lula, o primogênito do presidente e seus sócios receberam aportes milionários de empresas em troca de serem beneficiadas por medidas do governo petista.

De acordo com a Presidência, o convite para Lulinha participar da cerimônia de premiação de Chico Buarque foi feito "por todas as partes envolvidas", portanto, pelo próprio cantor e pelos governos brasileiro e português, que organizaram o evento.

O papa Francisco desembarcou nesta sexta-feira (28) na Hungria para uma visita delicada de três dias, durante a qual se reunirá com o primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orbán sobre a guerra na Ucrânia e o drama da migração na Europa.

O pontífice argentino, de 86 anos, saiu de Roma às 8H00 (3H00 de Brasília) e o avião pousou um pouco antes das 10H00 (5H00 de Brasília) em Budapeste, cidade em que permanecerá durante toda a estadia devido a seu frágil estado de saúde.

Com a viagem a um país que tem fronteira com a Ucrânia, país que está envolvido em uma guerra com a Rússia, o papa deseja criar pontes de diálogo e defender a proteção dos migrantes e refugiados.

O líder da Igreja Católica, que foi hospitalizado no mês passado para tratar uma bronquite, será recebido pela presidente Katalin Novak e depois se reunirá com Orbán, que está no poder desde 2010.

Os dois têm opiniões opostas em vários pontos.

Orbán, de origem calvinista, defende uma "Europa cristã", razão pela qual justifica a política severa de seu governo contra a migração muçulmana.

O papa Francisco pede uma distribuição justa entre os países da União Europeia (UE) de todas as pessoas que fogem das guerras e da fome.

Ao mesmo tempo, Orbán atua para manter os vínculos com Moscou. Ele evita criticar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e se nega a enviar armas à Ucrânia.

O pontífice condenou sem hesitar o que já chamou de "guerra cruel", ao contrário do discurso ambíguo de Orbán.

- Grande dispositivo de segurança -

Francisco pronunciará o primeiro discurso para as autoridades do governo, representantes da sociedade civil e do corpo diplomático. Ele provavelmente abordará o conflito na Ucrânia e a situação dos migrantes.

Também se encontrará nesta sexta-feira com o clero húngaro na basílica de Santo Estêvão.

Um grande dispositivo de segurança foi mobilizado na capital húngara, com ruas fechadas e intensa vigilância policial.

A agenda do pontífice também inclui um encontro no sábado com refugiados ucranianos, aos quais deve reiterar sua posição a favor da paz, apesar do fracasso até o momento das iniciativas de mediação da Santa Sé.

Mais de um milhão de ucranianos atravessaram a fronteira com a Hungria desde a invasão russa em fevereiro de 2022 e 35.000 solicitaram o status de proteção temporário, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Durante a viagem internacional de número 41 de seu pontificado, Jorge Mario Bergoglio pronunciará seis discursos e do domingo vai presidir uma missa ao ar livre.

Zoltan Kiszelly, diretor do centro de estudos Szazadveg, afirmou que a visita do papa "oferece a Orbán a oportunidade de ressaltar os valores tradicionais, em torno de Deus e da família".

As divergências de posições entre os dois serão deixadas de lado pelo primeiro-ministro húngaro, que pretende "insistir nas visões comuns", acrescenta.

O papa já foi duramente criticado pela imprensa estatal húngara por suas posições consideradas muito favoráveis à migração e aos direitos homossexuais.

Na última quarta-feira, dia 26, Angelina Jolie participou de um evento para lá de especial! A atriz e seu filho Maddox, de 21 anos de idade, fizeram uma visita à Casa Branca, residência oficial de Joe Biden para um jantar.

Na refeição, Angelina e o filho estiveram acompanhados do chefe de Estado dos Estados Unidos, além do presidente e a primeira dama da Coreia do Sul. O rapaz não aparece na frente das câmeras com frequência e encantou o público.

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A atriz escolheu um vestido creme junto com um blazer da mesma cor e um colar de pérolas. Vale lembrar, que Angelina Jolie é uma ativista política e procura estar sempre por dentro das discussões com o governo.

Em 2022, Jolie foi a uma reunião para falar sobre a lei de violência contra as mulheres. Neste evento, ela também apareceu acompanhada, mas foi com a filha Zahara, de 18 anos de idade. Além dos dois, a atriz tem mais quatro adolescentes, Pax, de 19 anos de idade, Shiloh, de 16 anos, e os gêmeos Knox e Vivienne, de 14, todos de seu antigo relacionamento com Brad Pitt. Os dois ficaram casados de 2014 a 2019, quando finalmente saíram os papéis do divórcio.

O governo da Ucrânia convidou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de ser favorável à Rússia, a visitar Kiev para que "compreenda" a realidade da agressão russa

Lula recebeu na segunda-feira (17) o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para promover uma mediação internacional na guerra da Ucrânia. No domingo ele afirmou que o Ocidente estava contribuindo para a continuidade do conflito.

O governo dos Estados Unidos acusou o Brasil de estar "papagueando a propaganda russa e chinesa sem observar os fatos em absoluto", enquanto Lula afirma que deseja promover uma iniciativa de paz.

O porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, criticou no Facebook o presidente brasileiro por colocar "a vítima e o agressor no mesmo nível" e por atacar os aliados da Ucrânia que a ajudam a "proteger-se de uma agressão assassina".

Nikolenko pediu a Lula que "compreenda as reais causas e a essência" da guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022.

A Rússia, sob sanções dos países ocidentais, iniciou uma ofensiva diplomática para convencer as potências emergentes de que está apenas se defendendo contra a hegemonia dos Estados Unidos, uma mensagem que será repetida durante a semana pelo chanceler russo em vários países da América Latina.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram, nesta sexta-feira (14), em Pequim, 15 acordos comerciais e de parceria. Lula está em viagem ao país asiático e foi recepcionado no Grande Palácio do Povo, sede do governo chinês.

Os mandatários participaram de reunião ampliada com os ministros e assessores de ambos os países e tiveram encontro privado. Nessa conversa, além de temas bilaterais, eles trataram do diálogo e negociação para encerrar a invasão da Ucrânia pela Rússia. Um jantar em homenagem a Lula também foi oferecido por Xi Jinping.

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Os termos assinados entre os dois países incluem acordos de cooperação espacial, em pesquisa e inovação, economia digital e combate à fome, intercâmbio de conteúdos de comunicação entre os dois países e facilitação de comércio.

Um dos acordos prevê o desenvolvimento do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos na parceria bilateral. De acordo com o governo brasileiro, o diferencial do novo modelo é uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica, mesmo com nuvens.

Certificação

Outros documentos assinados tratam de certificação eletrônica para produtos de origem animal e dos requisitos sanitários e de quarentena que devem ser seguidos por frigoríficos para exportação de carne do Brasil para a China. O Brasil é o maior fornecedor de carne bovina para o país asiático e 60% da produção brasileira são vendidos para a China.

No contexto da visita do presidente brasileiro, o setor empresarial também anunciou 20 novos acordos entre os dois países em áreas como energias renováveis, indústria automotiva, agronegócio, linhas de crédito verde, tecnologia da informação, saúde e infraestrutura.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, esses acordos somam-se àqueles anunciados durante o Seminário Econômico Brasil-China, realizado em 29 de março, totalizando mais de 40 novas parcerias. Lula deveria ter feito essa viagem no fim do mês passado, ocasião do seminário, mas um quadro de pneumonia o obrigou a adiar o compromisso.

“No setor turístico, destaca-se a inclusão do Brasil na lista de destinos autorizados para viagens de grupos de turistas chineses, o que representa grande oportunidade para o crescimento do fluxo de visitantes entre os dois países”, destacou o Itamaraty.

Antes da assinatura dos atos, Lula e a comitiva brasileira participaram de cerimônia de deposição de flores no monumento aos Heróis do Povo, na Praça da Paz Celestial.

Outros encontros

Mais cedo, também no Grande Palácio do Povo, Lula teve encontro com presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji. Segundo a Presidência da República, eles trataram da parceria estratégica entre Brasil e China, da ampliação de fluxos de comércio entre os países e do equilíbrio da geopolítica mundial.

“Lula ressaltou que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a China como economia de mercado. Reforçou que o país asiático foi parceiro essencial para a criação dos Brics [bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e que a relação bilateral entre as nações tem o potencial de consolidar uma nova relação sul-sul no âmbito global”, informou o Palácio do Planalto.

Os dois líderes também ressaltaram a intenção de ampliar investimentos e reforçar a cooperação em setores como educacional e espacial.

Já o primeiro compromisso do dia de Lula e integrantes da comitiva foi a reunião com o presidente da State Grid, Zhang Zhigang. A empresa é líder do setor elétrico na China e tem investimentos no Brasil, com 19 concessionárias e linhas de transmissão em 14 estados.

De acordo com o Planalto, Lula reforçou a importância dos investimentos chineses no Brasil, a confiança na economia nacional e o foco do governo federal em investimentos em energias renováveis e na ampliação da rede de transmissão integrando projetos de geração eólica e solar com a rede convencional.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. O volume comercializado entre os dois países em 2022 foi de US$ 150,4 bilhões. O ano de 2023 marca o cinquentenário do início das relações comerciais entre Brasil e China. A primeira venda entre os dois países aconteceu em 1973, um ano antes do estabelecimento das relações diplomáticas sino-brasileiras.

Essa viagem é a quarta visita internacional de Lula após a posse neste terceiro mandato. O presidente já foi à Argentina, ao Uruguai e aos Estados Unidos. Ele também recebeu, em Brasília, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, no fim de janeiro.

Ontem (13), Lula cumpriu agenda em Xangai, onde participou da posse da ex-presidenta Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco de fomento dos Brics, teve encontro com empresários e visitou o centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa de tecnologia Huawei.

A comitiva do presidente Lula deixa a China amanhã (15). No retorno ao Brasil, o avião presidencial pousará em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, para uma visita oficial.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira (13) que o país está "de volta" ao cenário internacional, no início de uma viagem à China para falar sobre o conflito na Ucrânia e investimentos.

Lula, que desembarcou na quarta-feira à noite em Xangai, terá uma reunião na sexta-feira (14) com o presidente da China, Xi Jinping, em Pequim para tentar formar um grupo grupo de países mediadores na guerra que devasta a Ucrânia.

"A época em que o Brasil estava ausente nas grandes decisões mundiais já é coisa do passado. Estamos de volta no cenário internacional depois de uma ausência inexplicável", declarou em seu primeiro evento oficial no país.

Lula compareceu nesta quinta-feira em Xangai à cerimônia de posse da ex-presidente brasileira Dilma Rousseff (2011-2016) como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDV, na sigla em inglês) dos BRICS, o grupo de grandes países emergentes que reúne Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul.

Desde seu retorno ao poder em 1º de janeiro, o presidente esquerdista deseja recolocar o Brasil "na nova geopolítica mundial" e deixar para trás o isolacionismo de seu antecessor, o político de extrema-direita Jair Bolsonaro.

Lula, que viajou em janeiro para Argentina e Uruguai e no mês seguinte para os Estados Unidos, a princípio deveria ter visitado a China, principal parceiro comercial do Brasil desde 2009, entre 25 e 31 de março, mas a viagem foi adiada devido a uma pneumonia.

O presidente brasileiro, de 77 anos, chegou a Xangai na quarta-feira, acompanhado da primeira-dama, Rosângela "Janja" da Silva, e foi recebido no aeroporto pelo vice-ministro das Relações Exteriores da China, Xie Feng.

"O Brasil está de volta com a disposição de contribuir novamente para um mundo mais desenvolvido, mais justo e ambientalmente sustentável", afirmou durante a cerimônia no banco dos BRICS.

Ele também elogiou o papel do banco dos BRICS como "ferramenta de redução da desigualdade entre países ricos e emergentes", com um "grande potencial transformador" porque libera os países emergentes do que denunciou como submissão às instituições financeiras tradicionais.

Economia

Lula viajou com uma comitiva que inclui quase 40 representantes políticos, incluindo nove ministros, governadores de estados, deputados e senadores, além de empresários.

Esta é a quarta visita oficial de Lula à China. O presidente iniciou em janeiro seu terceiro mandato como presidente, depois do período entre 2003 e 2010.

Desde seu primeiro mandato, as relações entre a China e o Brasil registraram um forte impulso. Após a primeira visita do petista, em 2004, o volume de comércio entre as duas economias cresceu 21 vezes, segundo o Palácio do Planalto.

Em 2022, o gigante asiático importou do Brasil 89,7 bilhões de dólares (443 bilhões de reais), com destaque para soja e minerais, e exportou um valor de US$ 60,74 bilhões (R$ 300 bilhões), segundo o governo brasileiro.

"Vamos consolidar nossa relação com a China. Vou convidar Xi Jinping para uma reunião bilateral no Brasil, para mostrar os projetos nos quais temos interesse em investimentos chinês", disse Lula antes da viagem.

O primeiro dia em Xangai tem uma agenda econômica, com uma visita a um centro de pesquisas da Huawei e uma reunião com o presidente da maior fabricante de carros elétricos da China, o conglomerado BYD.

Em outubro, o grupo BYD, que já produz ônibus e carros elétricos no Brasil, anunciou que planejava abrir uma fábrica de automóveis na Bahia, depois que a Ford Motors fechou sua fábrica no estado.

A Huawei venceu uma licitação para fornecer os equipamentos para a implementação da tecnologia 5G no Brasil em 2021, mesmo ano em que os Estados Unidos colocaram a empresa na lista de grupos chineses que apresentavam um "risco inaceitável" a sua segurança nacional.

Mediação na Ucrânia

Durante a noite, Lula seguirá para Pequim, onde a agenda terá um rumo mais político com o encontro na sexta-feira com Xi Jinping, com quem deverá abordar o conflito na Ucrânia.

Brasil e China têm em comum o fato de não terem imposto sanções à Rússia e esperam desempenhar um papel de mediação no conflito.

Na semana passada, o presidente brasileiro disse que a Ucrânia "não pode querer tudo" e sugeriu a possibilidade de Kiev ceder o território da península da Crimeia, cuja anexação de 2014 por Moscou não é reconhecida pelo governo ucraniano.

O porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, respondeu que não há razão para "abandonar um único centímetro do território ucraniano", mas agradeceu "os esforços do presidente brasileiro para encontrar uma maneira de impedir a agressão russa".

Lula propõe formar um grupo de países para trabalhar em uma solução negociada para o conflito causado pela invasão russa. Após seu retorno da China, esse grupo estará "criado", prometeu.

O ministro do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira, 4, que a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) visitem os manifestantes presos após os atos golpistas do dia 8 de janeiro, detidos no Complexo Penitenciário da Papuda e na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia), em Brasília.

A decisão de Moraes autoriza o acesso às penitenciárias em "caráter estritamente pessoal" com visitação "única e individual", ou seja, os parlamentares não poderão estar acompanhados durante a visita. "Diante do exposto, defiro o requerimento formulado pelos parlamentares, e autorizo, em caráter estritamente pessoal, não extensivo, sob nenhum pretexto ou condição, a terceiros acompanhantes, a visitação única e individual da deputada federal Bia Kicis e do senador Izalci Lucas às unidades prisionais do Complexo Penitenciário da Papuda, nas exatas e idênticas condições anteriormente fixadas pela MM. Juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, em decisão de 15/2/2023?, diz o documento.

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A orientação de visita individual atende a direcionamento da Vara de Execução Penais (VEP) do Distrito Federal, que definiu a proibição da "entrada de acompanhantes nessas visitas, sejam assessores, seguranças, membros da imprensa, familiares de pessoas custodiadas, ou advogados, salvo aqueles cuja entrada na unidade já esteja autorizada mediante o agendamento específico para o exercício regular de direito de seu ofício de prestar atendimento jurídico".

Em nota, o senador Izalci afirmou que a visita tem como objetivo "averiguar a situação" das pessoas presas pelos atos antidemocráticos. "Vamos juntos, na segunda-feira, 10, na parte da manhã, saindo da chapelaria do Senado", informou.

Ainda nesta terça-feira, 4, Moraes, que também é relator dos inquéritos dos atos golpistas de 8 de janeiro, manteve na cadeia seis manifestantes apesar de a Procuradoria-Geral da República defender a liberdade dos acusados. O ministro optou pela prisão por ver supostas ameaças em redes sociais. Os detidos, no entanto, não têm acesso à internet nos presídios e, se postos em liberdade, poderiam ter de obedecer a restrições impostas pelo próprio ministro, como a suspensão de perfis nas plataformas digitais.

O ataque

No dia 8 de janeiro, bolsonaristas radicais marcharam pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília invadiram a sede dos três Poderes da República e deixaram um rastro de destruição nos edifícios. Sem atuação ostensiva da Polícia Militar, vândalos pediram intervenção militar e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.

Como mostrou o Estadão, a invasão vinha sendo preparada por extremistas leais ao ex-presidente desde o dia 3, quando radicais começaram a divulgar com grande intensidade mensagens em aplicativos como o Telegram e o WhatsApp para levar manifestantes de todo o País para Brasília, com todas as despesas pagas. Fotografias, vídeos e trocas de mensagens em grupos restritos também comprovam que a ação foi um ato premeditado e organizado em seus detalhes, e não um evento espontâneo.

No início da tarde desta terça-feira (4), a governadora Raquel Lyra recebeu a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, no Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife. Na ocasião, a governadora e a ministra assinaram a adesão do estado à Política Nacional de Trabalho no âmbito do Sistema Prisional (PNAT), instituída pelo decreto nº 9.450, de 24 de julho de 2018, que visa promover a ampliação e qualificação da oferta de vagas de trabalho, ao empreendedorismo e à formação profissional das pessoas presas e egressas do sistema prisional.

“É uma forma de restabelecer os parâmetros de convivência em nossa sociedade. Todos sabemos que o sistema  prisional brasileiro está longe de proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado, como prevê o texto legal. A quilômetros se encontra a realidade daquilo que prevê nossas normativas”, declarou Weber, durante seu pronunciamento.

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De acordo com a ministra, a PNAT prevê ações afirmativas para pessoas presas e egressas do sistema prisional, articulando vagas de contratação e qualificação profissional. No âmbito jurídico, a política é reproduzida pela resolução 313 de 17 de novembro de 2019, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que prevê os procedimentos, as diretrizes, o modelo institucional e a metodologia de trabalho para sua implantação.

“Além da importante da adesão do Governo do Estado de Pernambuco, a ação nacional coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça também conta com a profícua participação e articulação de dez instituições públicas locais que se comprometeram e vão passar a enfrentar os desafios estruturais que caracterizam o estado de coisas inconstitucional que domina os cárcere brasileiros, a nossa tragédia nacional”, acrescentou Weber.

Grupo de trabalho interinstitucional

Na ocasião, também foi instituído um grupo de trabalho interinstitucional para implementação do Plano Estadual da Política Estadual da Pessoa Privada de Liberdade e Egressa do Sistema Prisional, formalizado por meio de termo de cooperação técnica.

A governadora Raquel Lyra reconheceu que Pernambuco vive uma situação “caótica” em seus presídios e possui o pior sistema penitenciário do país. “Não podemos falar de quebra do ciclo de violência se a gente não consegue garantir condições mínimas de dignidade de trabalho para aqueles que estão privados de liberdade no sistema penitenciário e no sistema socioeducativo, homens e mulheres. E, por isso, a importância de no dia de hoje assinar documentos importantes, que vão trabalhar uma estratégia de colocar o sistema penitenciário de Pernambuco em outro patamar, garantindo ressocialização, condições dignas de trabalho, remissão de pena e inclusão no mercado de trabalho para aqueles que forem devolvidos à convivência comunitária”, afirmou.

Autoridades

Estiveram presentes para firmar o compromisso o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Luiz Carlos Figueiredo, o chefe administrativo da Procuradoria da República no Estado de Pernambuco, Alfredo Carlos Gonzaga, o procurador geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, Marcos Antonio, a procuradora chefe do Ministério Público do Trabalho, Ana Carolina Ribeiro, o presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, Fernando Braga Damasceno, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, André Guimarães, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª região, Nise Sousa, a chefe da Defensoria Pública da União no Recife, Ana Carolina Erhardt, o  defensor público geral do Estado de Pernambuco, Henrique Seixas e a  superintendente regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco, Suzy Rodrigues.

O presidente russo, Vladimir Putin, fez uma visita surpresa à cidade ucraniana de Mariupol, ocupada desde maio de 2022, sua primeira viagem desde que o Tribunal Penal Internacional, em Haia, emitiu um mandado de prisão contra ele por crimes de guerra.

Foi também a primeira visita de Putin à região industrial de Donbas, tomada da Ucrânia no ano passado, e o mais próximo que o presidente russo esteve da linha de frente da guerra. De acordo com a agência de notícias Tass, Putin voou de helicóptero para Mariupol no sábado e fez um tour pela cidade. Ele conversou com moradores e recebeu um relatório sobre as obras de reconstrução.

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Mariupol foi palco de uma das batalhas mais sangrentas da guerra e marcou a primeira grande vitória da Rússia, depois do fracasso da ofensiva contra Kiev.

A cidade foi capturada após um longo cerco no qual as forças russas destruíram a siderúrgica Azovstal, último reduto da resistência ucraniana.

CRIMEIA

No sábado, antes de viajar para Mariupol, Putin passou algumas horas na Crimeia, uma viagem que marcou o aniversário de nove anos da ocupação da península ucraniana. A TV estatal mostrou o presidente visitando a cidade de Sebastopol, no Mar Negro, acompanhado pelo governador local, Mikhail Razvozhayev, que foi indicado por Moscou.

As viagens de Putin ocorreram logo após a emissão de um mandado internacional de prisão contra ele. Na sexta-feira, um painel de juízes do TPI pediu a prisão do presidente russo citando evidências de crimes de guerra, em razão da deportação em massa de crianças ucranianas para a Rússia.

Kiev diz que mais de 16 mil menores foram sequestrados desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. Muitos deles foram colocados em instituições e lares adotivos. O promotor do tribunal, Karim Khan, disse que Putin pode ser preso se pisar em qualquer um dos 123 países que ratificaram o Tratado de Roma e reconhecem a jurisdição da corte.

O Kremlin afirmou que não reconhece a jurisdição do TPI - o Tratado de Roma, que criou o tribunal, foi assinado pela Rússia, mas nunca foi ratificado. O mandado de prisão, portanto, segundo o governo russo, não afetaria Putin. No fim de semana, o presidente russo parece ter reforçado essa imagem, ao caminhar tranquilamente pelos territórios ocupados.

ISOLAMENTO

A situação de Putin, no entanto, não é a mesma desde que o TPI pediu sua prisão. Seu isolamento internacional aumentou. Ontem, a Alemanha disse que o presidente russo será preso se pisar no país. "Se ele entrar em território alemão, será preso e entregue ao TPI", disse Marco Buschmann, ministro da Justiça. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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