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O deputado Marco Feliciano (PL-SP) questionou, no grupo do WhatsApp do Partido Liberal (PL), a orientação da legenda em liberar os votos dos parlamentares quanto ao arcabouço fiscal do Governo Lula. A sigla, que tem a maior bancada no Congresso Nacional, também representa a oposição na Casa Legislativa. Contando com os votos do PL, o arcabouço passou pela maioria da Câmara, ainda que seja um projeto fortemente criticado pela direita congressista. 

“Precisamos de uma vez por toda saber o que, como partido, somos! Fica confuso ter que olhar orientação de partido e oposição! PL é ou não oposição? Não se vence a maioria? A maioria não é oposição? Por que orientação diferente?”, questionou Feliciano, que se afirmou confuso e frustrado com o posicionamento dos colegas. As mensagens foram obtidas pela coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles. A orientação de voto livre foi feita pelo deputado Altineu Côrtes, líder do PL na Câmara. 

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A liberação ocorreu após pleitos de Bia Kicis e Alberto Fraga, também da ala bolsonarista. No entanto, os dois parlamentares citados são do Distrito Federal e o texto do arcabouço fiscal preservou o Fundo Constitucional do DF, o que gerou uma conveniência para o voto. O questionamento de Feliciano não obteve resposta do líder Altineu Côrtes. 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse se sentir "desrespeitada" pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que em uma fala repleta de provocações afirmou que ela não tem nenhuma formação em medicina.

"Trato a todos e todas com todo o respeito, mas sinto desrespeitada pela forma abordada pelo deputado. Desrespeitada na minha trajetória pessoal. Não vou dizer todos meus atributos como pesquisadora, como presidente da Fiocruz", afirmou Nísia, doutora em Ciência Política, mestre em Ciência Política e com uma ampla carreira na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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Nikolas, que já se apresentou como "deputada Nikole" na Câmara, perguntou a ministra se homem pode menstruar. A indagação era uma crítica a uma publicação do Ministério da Saúde que se refere a "pessoas que menstruam". O deputado bolsonarista disse que o texto do ministério era "papelete ridículo escrito por DCE de esquerda de (universidade) federal".

"Vocês estão querendo reduzir mulher a apenas mulheres que menstruam. Pergunto: um homem tem condição de menstruar?", indagou o deputado.

"Nem vou comentar sobre bizarrices", respondeu Nísia. Ela disse que a transexualidade é uma questão "complexa" e que a pasta continuará a cumprir a idade mínima de 18 anos para a transição sexual, como estabelece o Sistema Universal de Saúde (SUS). O episódio gerou um bate-boca generalizado entre deputados do governo e da oposição.

Nísia foi à Câmara prestar esclarecimentos sobre os trabalhos do ministério à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, controlada por deputados apoiadores de Jair Bolsonaro. Ela falou sobre a não incorporação da vacina japonesa contra a dengue ao SUS e também precisou voltar para as vacinas contra a covid-19.

A presidente da comissão, Bia Kicis (PL-DF) levantou a discussão. "Na pandemia vivemos uma loucura que questionar, querer um pouco mais de segurança virou um crime", disse.

Segundo a deputada, havia problemas sérios sobre a vacina "experimental" que reduziu bruscamente as taxas de mortalidade de covid-19. Ela não apresentou provas.

"Há que se separar questionamentos e o processo de uma ciência. A vacina experimental é uma tese equivocada. Digo em minha experiência científica. Ela passou por ensaios clínicos e aprovada pela Anvisa", afirmou Nísia.

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) é católica? Qual a relação dela com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)? Quem é Bia Kicis, afinal? São essas algumas das perguntas mais feitas pelos brasileiros no Google sobre a parlamentar presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara.

Ela respondeu às dúvidas do "Joga no Google", novo quadro do Estadão, neste domingo (3). Os vídeos serão publicados nos fins de semana - um no sábado, outro no domingo - e estarão disponíveis em todas as redes sociais do Estadão.

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O "Joga no Google" - comandado por Levy Teles, Weslley Galzo e João Abel - vai fazer a ponte entre os leitores e as autoridades, além de desmistificar a política. Neste sábado, o quadro começou com o deputado federal e líder do PSOL na Câmara, Guilherme Boulos (PSOL).

Segunda personagem da série, Bia respondeu a dúvida mais comum na plataforma: quem é ela. "Bia Kicis é uma mulher, mãe, cidadã desperta, fui procuradora do Distrito Federal", afirmou.

Uma das mais conhecidas apoiadoras de Jair Bolsonaro na Câmara, Bia falou da proximidade com o ex-presidente. Comum a todos os vídeos, os políticos responderam a uma curiosidade.

"Essa ninguém sabe", comentou Bia. "Eu sou mestre de reiki e professora de meditação. Uso minha calma de pessoa meditadora para conseguir aguentar tudo isso e manter o equilíbrio emocional."

Bia é a atual presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, conhecida por aprovar numerosos convites para a participação de ministros, e também já presidiu a Comissão de Constituição e Justiça. Ela foi a deputada mais votada do DF.

Confira abaixo a entrevista com Bia Kicis:

Bia Kicis é católica?

Sim, eu sou católica. Faço parte da Frente Parlamentar Católica aqui na Câmara dos Deputados.

Bia Kicis é Bolsonaro?

Sim, eu fui uma das primeiras pessoas a apoiar o presidente Bolsonaro e continuo apoiando.

Bia Kicis foi eleita?

Fui eleita a deputada mais bem votada do DF e proporcionalmente a mais bem votada do Brasil.

Quem é Bia Kicis?

Bia Kicis é uma mulher, mãe, cidadã desperta, fui procuradora do Distrito Federal, uma pessoa que luta pela liberdade, pela vida, luta pelo fortalecimento das instituições, do resgate das instituições para que cumpram o seu papel constitucional pelo bem do povo brasileiro.

Deputada, e uma curiosidade sobre a sra.?

Uma curiosidade? Quase ninguém sabe - eu sou mestre de reiki, professora de meditação, sempre fui uma pessoa muito zen e uso essa minha, digamos, inteligência emocional aqui dentro da Câmara dos Deputados todos os dias quando a gente tem que enfrentar às vezes adversários muito raivosos, briguentos, ataques pessoais, e aí eu uso minha calma de pessoa meditadora para conseguir aguentar tudo isso e manter o equilíbrio emocional.

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O ministro do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira, 4, que a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) visitem os manifestantes presos após os atos golpistas do dia 8 de janeiro, detidos no Complexo Penitenciário da Papuda e na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia), em Brasília.

A decisão de Moraes autoriza o acesso às penitenciárias em "caráter estritamente pessoal" com visitação "única e individual", ou seja, os parlamentares não poderão estar acompanhados durante a visita. "Diante do exposto, defiro o requerimento formulado pelos parlamentares, e autorizo, em caráter estritamente pessoal, não extensivo, sob nenhum pretexto ou condição, a terceiros acompanhantes, a visitação única e individual da deputada federal Bia Kicis e do senador Izalci Lucas às unidades prisionais do Complexo Penitenciário da Papuda, nas exatas e idênticas condições anteriormente fixadas pela MM. Juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, em decisão de 15/2/2023?, diz o documento.

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A orientação de visita individual atende a direcionamento da Vara de Execução Penais (VEP) do Distrito Federal, que definiu a proibição da "entrada de acompanhantes nessas visitas, sejam assessores, seguranças, membros da imprensa, familiares de pessoas custodiadas, ou advogados, salvo aqueles cuja entrada na unidade já esteja autorizada mediante o agendamento específico para o exercício regular de direito de seu ofício de prestar atendimento jurídico".

Em nota, o senador Izalci afirmou que a visita tem como objetivo "averiguar a situação" das pessoas presas pelos atos antidemocráticos. "Vamos juntos, na segunda-feira, 10, na parte da manhã, saindo da chapelaria do Senado", informou.

Ainda nesta terça-feira, 4, Moraes, que também é relator dos inquéritos dos atos golpistas de 8 de janeiro, manteve na cadeia seis manifestantes apesar de a Procuradoria-Geral da República defender a liberdade dos acusados. O ministro optou pela prisão por ver supostas ameaças em redes sociais. Os detidos, no entanto, não têm acesso à internet nos presídios e, se postos em liberdade, poderiam ter de obedecer a restrições impostas pelo próprio ministro, como a suspensão de perfis nas plataformas digitais.

O ataque

No dia 8 de janeiro, bolsonaristas radicais marcharam pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília invadiram a sede dos três Poderes da República e deixaram um rastro de destruição nos edifícios. Sem atuação ostensiva da Polícia Militar, vândalos pediram intervenção militar e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.

Como mostrou o Estadão, a invasão vinha sendo preparada por extremistas leais ao ex-presidente desde o dia 3, quando radicais começaram a divulgar com grande intensidade mensagens em aplicativos como o Telegram e o WhatsApp para levar manifestantes de todo o País para Brasília, com todas as despesas pagas. Fotografias, vídeos e trocas de mensagens em grupos restritos também comprovam que a ação foi um ato premeditado e organizado em seus detalhes, e não um evento espontâneo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou hoje (4) a visita da deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) aos presos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Os parlamentares poderão realizar a visita no presídio da Papuda e na Penitenciária Feminina da Colmeia, ambos no Distrito Federal, no dia 10 de abril, para verificar a situação dos detentos.  Na mesma decisão, Moraes não autorizou a entrada de assessores dos parlamentares, seguranças, jornalistas e familiares dos custodiados. 

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Conforme levantamento do gabinete do ministro, dos 1,4 mil presos no dia dos ataques, 294 - 86 mulheres e 208 homens - permanecem presos no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por, segundo o ministro, não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.

Ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) anunciou que vai tomar posse no Partido Liberal do Distrito Federal no próximo dia 30, às 19h, no CTG da Asa Sul (Setor de Clubes trecho 2).

Kicis fez o anúncio ao lado de Michelle Bolsonaro durante o evento de posse da ex-primeira-dama do PL Mulher Nacional. 

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) e a deputada federal Bia Kicis (DF) assinaram neste sábado, 19, suas filiações ao PL, partido escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para disputar a reeleição ao Planalto neste ano. O presidente acompanhou o evento de filiação na sede do PL, em Brasília.

Ambos deixaram o União Brasil, sigla que uniu o PSL e o DEM, além do deputado Coronel Armando (SC). O lançamento da pré-candidatura de Bolsonaro ao Palácio do Planalto será no próximo domingo, 27.

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"Esse é um novo movimento que está surgindo no DF. Muitas pessoas ligadas a outros partidos abandonaram para vir para o PL, porque querem apoiar a pauta conservadora e o presidente Jair Bolsonaro. Estaremos todos juntos no lançamento da pré-campanha dele", disse Bia Kicis.

Segundo a deputada, com os últimos mutirões de candidatura ao PL, o partido já teria a maior bancada no Congresso, com mais de 60 parlamentares. "O União, que começou grande, acho que já perdeu mais de 20 e o PL deve chegar a 68."

Bia Kicis disse que não sente nenhum constrangimento ao se filiar ao partido, cujo presidente, Waldemar da Costa Neto, foi condenado por corrupção no esquema do mensalão. "Não temos partido ideal, conservador. Tentamos muito criar o Aliança do Brasil. Todo mundo precisa de partido estruturado e forte", disse. "Estou muito feliz de vir para o PL. Vai dar estrutura para mim e toda turma que quer mudar o Brasil."

A parlamentar comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de bloquear o aplicativo Telegrama, e disse que há censura a conservadores no País. "É muito mais que o Telegram. Todas as plataformas nos calam. Temos inquéritos absolutamente inconstitucionais, ilegais, perseguindo pessoas simplesmente porque apoiam o presidente Bolsonaro."

Na madrugada deste sábado, a Advocacia-Geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal que determine que as penalidades previstas no Marco Civil da Internet - norma que fundamentou a decisão de suspensão do Telegram - não possam ser impostas por "inobservância de ordem judicial", como ocorreu no caso do aplicativo russo.

O YouTube bloqueou o perfil da deputada federal e presidente da Comissão de Constituição de Justiça da Câmara dos Deputados, Bia Kicis (PSL-SP), por propagar desinformação sobre vacinas de covid-19. A punição ocorreu no dia 26 de fevereiro e se estende até a próxima sexta-feira, 4, segundo informou a empresa ao Estadão. A medida impede que a parlamentar publique novos vídeos na plataforma, mas conteúdos já divulgados continuam acessíveis ao público.

A parlamentar chegou a anunciar em suas redes sociais que usaria um perfil reserva para publicar conteúdos. Em mensagem a seguidores no Telegram, no entanto, Bia Kicis disse ter sido comunicada pela companhia que a atitude poderia levar ao banimento permanente dos dois canais. O perfil oficial da presidente da CCJ tem mais de 223 mil inscritos. Até a tarde desta terça-feira, nenhum vídeo recente foi divulgado na conta secundária. Na mensagem, Bia Kicis classificou a atitude da plataforma como "censura odiosa".

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O material que deu origem à punição foi uma transmissão ao vivo realizada em janeiro intitulada "Vax para crianças. Quem serão os responsáveis?". O conteúdo questionava a eficácia e segurança da vacinação entre crianças de 5 e 11 anos, ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e órgãos de saúde de outros países tenham revisado dados científicos para aprovar a imunização desta faixa-etária. O vídeo foi excluído pelo Youtube, mas segue disponível em outras redes sociais.

Em nota, a plataforma diz remover vídeos que violam diretrizes de desinformação médica da empresa. "Não permitimos conteúdo com alegações de que as vacinas causam efeitos colaterais crônicos além das reações adversas raras que são reconhecidas pelas autoridades de saúde, que questione a eficácia dessas vacinas com alegações de que elas não reduzem a transmissão e a contaminação por doenças ou ainda que questione as substâncias contidas nas vacinas.", afirma o comunicado.

Procurada pelo Estadão para comentar o bloqueio, a assessoria de imprensa de Bia Kicis não respondeu até a publicação deste texto.

No início de fevereiro, Bia Kicis sofreu uma punição semelhante no Instagram. A rede social apagou conteúdos do perfil da parlamentar e a impediu de realizar transmissões ao vivo por uma semana. Conteúdos publicados pela parlamentar já foram alvo de verificações do Estadão Verifica, incluindo boatos enganosos contra o uso de máscaras e efeitos adversos de vacinas.

Primeiro aviso

A punição ao perfil de Bia Kicis é o primeiro estágio de um sistema de sanções do YouTube para contas que violam as diretrizes da comunidade da plataforma. Na primeira ocorrência, o perfil é impossibilitado de enviar vídeos, gravações curtas ou realizar transmissões ao vivo por uma semana. Se o YouTube identificar uma segunda violação no período de 90 dias, o perfil fica novamente impossibilitado de publicar conteúdos, dessa vez, por duas semanas.

Caso o perfil não seja mais punido no período de 90 dias do último aviso, o registro de ocorrências volta ao início. Na hipótese de um terceiro aviso neste período, entretanto, a conta é excluída permanentemente.

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) protocolou, na segunda-feira (14), um projeto de lei (PL) para criminalizar a falsa acusação de nazismo. A proposta prevê reclusão de dois a cinco anos e multa a quem "acusar alguém, falsamente, por qualquer meio, de ser nazista". O PL foi apresentado na esteira dos acontecimentos das últimas semanas, que impulsionaram o tema nazismo no debate público após a polêmica envolvendo o "Flow Podcast", o apresentador Monark e o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).

Ao apresentar o projeto na Câmara, Kicis criticou o que chamou de "banalização" do termo e acusou opositores de tentarem "assassinar reputações" por meio de acusações dessa natureza. Ela fez referência ao caso do jornalista Adrilles Jorge, demitido da rádio "Jovem Pan" após fazer um gesto que foi associado à saudação nazista "sieg heil" - segundo a deputada, o comentarista deu um "tchau mal interpretado". Adrilles havia acabado de opinar sobre o caso Monark.

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"Temos visto a banalização de acusações de nazismo de tal forma a assassinar a reputação de pessoas", afirmou a parlamentar. Ela também citou o caso do assessor especial Felipe Martins, denunciado pelo Ministério Público Federal por fazer um gesto típico dos supremacistas brancos durante uma sessão do Senado.

"Nenhum cidadão pode ser banalmente chamado, nem por humor ou charge, de nazista. É uma imputação gravíssima, incomparável, sem precedentes. Nazismo deve mesmo ser crime, assim como a falsa acusação de nazismo, que levianamente tem sido feita contra opositores políticos", diz a deputada bolsonarista.

O projeto também é assinado pelos deputados Bibo Nunes (PSL-RS), Carla Zambelli (PSL-SP), Alê Silva (PSL-MG), Junio Amaral (PSL-MG), Guiga Peixoto (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ), que já foi preso após publicar vídeo nas redes sociais com ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O tema ganhou os holofotes após Monark, então apresentador do "Flow Podcast", defender a possibilidade de formalizar um partido com essa ideologia no processo eleitoral brasileiro. Na mesma ocasião, Kim Kataguiri argumentou que a Alemanha não deveria ter criminalizado o nazismo. O parlamentar entrou com ação na esfera cível contra pessoas e veículos de comunicação que o acusaram de apologia ao nazismo.

Já existe tipificação para os crimes contra honra no País, entre eles a calúnia, descrita como "atribuir falsamente crime". Questionada sobre o que diferencia seu projeto dos ilícitos já previstos pelo direito penal, Bia Kicis ainda não havia se manifestado até a publicação desta matéria.

Depois de confessar ter divulgado os dados pessoais de três médicos que defendem a vacinação de crianças contra a Covid-19, a deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL), revelou que não há "nenhum interesse em saber quem vai se responsabilizar por eventuais danos por efeitos colaterais das vacinas em nossas crianças".

Mesmo tendo confessado o vazamento, Kicis publicou em suas redes sociais que, na verdade, se trata de "um suposto vazamento de um documento de médicos".

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A deputada aproveitou para acusar, sem prova, que não existe interesse "em eventual conflito de interesses em quem defende a vacina a todo o custo e possui 20 clínicas de vacinação ou em quem declara que nos últimos cinco anos recebeu patrocínio das fabricantes das vacinas".

Vacinação de crianças é segura

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indicam que é raro que crianças tenham reações à vacina. Além disso, as chances de uma criança ter um quadro grave de covid-19 sem a imunização superam qualquer risco de evento adverso.

Para se ter noção, a vacina já está em uso em crianças de 5 a 11 anos em 30 países, e cerca de 10 milhões de doses foram aplicadas somente nos Estados Unidos e no Canadá. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se esquivou, na manhã desta sexta-feira, de perguntas relacionadas à divulgação de dados de médicos que participaram de audiência pública sobre a vacinação infantil. Pelo menos três médicos tiveram telefone celular, e-mail e CPF vazados na internet.

Revelado pelo jornal O Globo, o vazamento teve participação da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF). Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Kicis disse ao jornal que compartilhou os dados em um grupo de WhatsApp de médicos.

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Foram divulgados dados de Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Queiroga afirmou que perguntas relacionadas ao vazamento deveriam ser direcionadas à deputada. "Eu não estava na audiência pública", se defendeu. "Sou ministro da Saúde, não fiscal de dados do Ministério".

Queiroga também afirmou desconhecer que a secretária executiva da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec), Vania Canuto, tenha sido exonerada. Conforme informou CBN, o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Helio Angotti, pediu a Queiroga a demissão da técnica que deu o voto decisivo que rejeitou o uso do kit Covid.

Após a ex-militante bolsonarista Sara Winter relatar que foi orientada pelo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, a concentrar os ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o general se defendeu nas redes sociais. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) também repercutiu as declarações feitas pela ex-aliada à IstoÉ.

Líder do 'acampamento dos 300', movimento antidemocrático que se instalou na Praça dos Três Poderes com arquétipos militares para pressionar as decisões do STF e motivar um levante contra a Corte, Sara Giromini foi presa e se mostra arrependida por ser usada na linha de frente para os interesses do Governo.

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“Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no Maia e redirecionar todos os esforços contra o STF”, alegou a ativista, que comentou sobre uma lista entregue pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao blogueiro Oswaldo Eutáquio com desafetos que ele deveria "investigar e subir o tom".

Um dos pilares da gestão Bolsonaro, general Heleno reduziu as denúncias de Sara à "calúnias e acusações falsas" e voltou a criticar à Imprensa.

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Representante da bancada bolsonarista na Câmara, a deputada Bia Kicis classificou as revelações como "mentira" e reforçou que nunca deu apoio às ações pró-governistas comandadas pela militante, mas lembra que visitou o acampamento para fazer uma oração.

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Ainda na entrevista, a militante disse que Carlos e Eduardo Bolsonaro são como "cães de guarda" do pai e confirmou que a família é apoiada pelas milícias do Rio de Janeiro a partir da relação dentro da Assembleia Legislativa Fluminense, e que os assuntos "rachadinhas e milícias são proibidos".

“Não tem mais como defender Bolsonaro. Mas se ele pedir para os bolsonaristas comerem merda, as pessoas vão comer”, disparou.

Com planos de sair do Brasil para morar no México, Sara Winter diz que a ameaça de divulgar os bastidores do bolsonarismo fez com que o Governo Federal convocasse uma reunião ministerial às pressas.

“Tenho medo da esquerda, medo de um fanático e medo do governo. Em janeiro eu anunciei que eu ia contar tudo que eu sabia sobre o bolsonarismo. O Planalto surtou e fez uma reunião ministerial. A Damares foi chamada. Eu não sabia o que eles tinham tanto medo do que eu possa tornar público”, destacou.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (17) a abertura de inquérito contra a deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) para apurar denúncias de crime de racismo nas redes sociais.

O magistrado atendeu ao pedido do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, que apoia a investigação contra a parlamentar sob o argumento de que ela fez publicação racista nas redes sociais ao utilizar imagens dos ex-ministros Sérgio Moro e Luiz Mandetta caracterizados com a chamada blackface - representação em que pessoas brancas pintam-se de preto e reproduzem comportamentos estereotipados e pejorativos atribuídos aos negros.

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Lewandowski determinou que as duas diligências iniciais propostas por Medeiros em seu pedido encaminhado ao STF sejam prontamente realizadas no prazo de 60 dias. O vice-PGR solicita que a Polícia Federal (PF) guarde os registros da prática racista imputada à deputada e inquiram-na para prestar depoimento.

"Com efeito, à primeira vista, os fatos narrados na manifestação do Parquet podem constituir ilícitos penais, devendo-se salientar que, embora de forma ainda embrionária, os autos possuem elementos indiciários aptos a embasar o início das investigações", escreveu Lewandowski no despacho.

O pedido de investigação criminal apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) deriva de uma notícia-crime apresentada pelo professor Roberto Lourenço Cardoso ao Supremo em 3 de outubro de 2020, dias após as publicações realizadas por Bia Kicis, em 27 setembro do mesmo ano. Pelo Twitter, Bia Kicis usou as imagens dos ex-ministros do governo Bolsonaro para ironizar e criticar o programa de trainee exclusivo para candidatos negros realizado pela vajerista Magazine Luiza.

"Com a postagem supramencionada, a ora noticiada (Bia Kicis) praticou, induziu e incitou a discriminação e o preconceito de raça e cor, pois utilizou o recurso denominado "blackface", que remete ao costume do século 19 de pintar atores brancos de preto, pois não era permitido aos negros atuar no teatro e no cinema, o que se constitui em racismo", escreveu Cardoso na notícia-crime. Ele, que é um homem negro, se disse ofendido pelas declarações da parlamentar.

A decisão do ministro ocorre um ano depois da representação chegar ao Supremo. Logo após ter recebido a petição, Lewandowski encaminhou os autos à PGR para avaliação. Na manifestação desta quarta, o vice-PGR cita uma notícia de fato (investigação preliminar) já em curso no Ministério Público.

"A natureza dessas declarações implica, em tese, prática da infração penal prevista no § 21 do art. 20 da Lei n° 7,716/19897 , que define os crimes resultantes de preconceito ou discriminação", escreveu Medeiros no documento ao Supremo datado da última sexta-feira, 12.

O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, enviou ao Supremo Tribunal Federal pedido de abertura de inquérito para investigar suposto crime de racismo cometido pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF). O motivo foi uma publicação nas redes sociais da parlamentar ilustrada pelas imagens dos ex-ministros Sérgio Moro e Luiz Mandetta, ex-aliados do presidente, caracterizados com a chamada blackface - em que pessoas brancas pintam-se de negras e as imitam de forma caricata, estereotipando-as.

"A natureza dessas declarações implica, em tese, prática da infração penal prevista no § 21 do art. 20 da Lei n° 7,716/19897 , que define os crimes resultantes de preconceito ou discriminação", destaca Medeiros no documento datado da última sexta-feira (12).

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O vice-PGR já sugere duas diligências iniciais a serem cumpridas pela Polícia Federal no âmbito das investigações, após eventual autorização do STF: a conservação da publicação e a inquirição de Bia Kicis. O caso está sob relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.

O pedido de abertura de inquérito é derivado de uma notícia-crime apresentada ao Supremo em 3 de outubro de 2020, dias após as publicações realizadas por Bia Kicis, em 27 setembro do mesmo ano. Nos posts, Bia Kicis criticava o programa de trainee exclusivo para pessoas negras realizado pelo Maganize Luiza.

O autor da notícia-crime, um professor negro, se disse extremamente ofendido e humilhado pela publicação da parlamentar. "Com a postagem supramencionada, a ora noticiada (Bia Kicis) praticou, induziu e incitou a discriminação e o preconceito de raça e cor, pois utilizou o recurso denominado "blackface", que remete ao costume do século 19 de pintar atores brancos de preto, pois não era permitido aos negros atuar no teatro e no cinema, o que se constitui em racismo", frisou.

Menos de 15 dias após o recebimento da petição, Lewandowski remeteu os autos à PGR. Somente um ano depois, houve o pedido de abertura do inquérito. No documento enviado ao STF, Madeiros menciona, além da notícia-crime protocolada na corte máxima, uma notícia de fato (apuração preliminar) que tramita perante a Procuradoria-Geral da República.

Após o voto impresso ser rejeitada pelo plenário da Câmara, a autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, a deputada Bia Kicis (PSL-DF), afirmou que não vai desistir da modificação no sistema eleitoral. Na manhã desta quarta-feira (11), ela publicou um vídeo nas redes sociais sugerindo outras vias pela aprovação.

Mesmo com o placar favorável de 299 contra 218 parlamentares, a proposta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não foi aprovada, pois precisava de apoio mínimo de 308 votos. Mesmo com a derrota, a deputada governista garantiu que “a guerra não acabou”.

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"Nós não vamos desistir e ainda existe a possibilidade do Senado, tá gente? Tem uma PEC que já foi aprovada na Câmara dos Deputados, houve um destaque dessa parte do voto impresso que ficou arquivado lá esse tempo todo. Até o Eduardo Cunha levantou essa bola e a gente descobriu que esse destaque tá parado lá”, disse no vídeo publicado em seus perfis.

Relator aliado

Para pressionar por um novo debate sobre a pauta, Kicis garantiu que já acionou o senador bolsonarista e líder do Democratas no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), que seria o relator da proposta na Casa. "Eu já conversei com ele, então ainda existe a possibilidade de, pelo Senado, a gente conseguir o voto impresso", ressaltou.

Ela ainda indicou que poder haver uma ruptura dos trâmites legislativos, caso necessário. "[...] e tem mais, a gente pode conseguir por meio de Lei também. Eu quis fazer PEC porque o Supremo derrubou várias leis", indicou.

Acompanhe

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou, nesta segunda-feira (12), que a prova da lisura do processo eleitoral no Brasil é a eleição dos deputados Hélio Lopes (PSL-SP), mais conhecido como Hélio Negão, e Bia Kicis (PSL-DF). Em entrevista à rádio CBN, Gilmar reforçou que o processo eletrônico foi criado porque havia fraude no sistema manual eleitoral.

"Vocês já ouviram falar do Hélio Negão? Da Bia Kicis? Nenhum de nós tinha ouvido falar deles. Não obstante, eles vieram nesse arrastão provocado pelo presidente Bolsonaro, o que prova de que a urna eletrônica é fiel aos votos que lá foram depositados", declarou. 

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“O processo eletrônico foi desenvolvido porque havia fraude no sistema manual de votação”, disse logo em seguida.

Gilmar Mendes ainda observou que é preciso evitar tensões desnecessárias diante da democracia. "É importante que nós tenhamos noção das nossas competências, das nossas atribuições e evitemos tensões dispensáveis ou desnecessárias. São mais de 35 anos de democracia e ela precisa ser preservada. Eventuais exageros, de um lado ou de outro, encontram sempre um modo de ser contraposto e as formas legais de fazer os devidos reparos. É preciso reduzir esse nervosismo", frisou.

Voto impresso

O Congresso Nacional avalia a possibilidade de incluir o voto impresso no processo eleitoral. A pauta é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que na última sexta-feira (9), chegou a declarar que não aceitaria o resultado de um pleito sem o voto impresso. 

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC), que afirma estar “completamente alinhada” às bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é apontada como uma possível aposta do campo conservador ao governo do Estado de Pernambuco em 2022. A parlamentar está em seu primeiro mandato e é casada com o vereador do Recife Júnior Tércio (PODE), pastor da Igreja Assembleia de Deus.

Classificando as eleições como um processo “diário e natural”, Clarissa afirma que “muita coisa pode acontecer” até o período eleitoral. “A minha prioridade nesse momento é continuar executando com excelência o mandato que me foi confiado. Costumo dizer que sou Serva de Deus e do povo. Eles que direcionam meus próximos passos”, diz.

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Segundo a parlamentar, que é líder do Partido Social Cristão (PSC) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ainda não existe uma movimentação partidária oficial para que seu nome esteja à frente na disputa. Contudo, ao ser perguntada sobre o tabuleiro político que começa a se articular para uma possível polarização entre esquerda x direita no Estado, Clarissa cita a bíblia, e defende o livre arbítrio da população.

“A Bíblia diz que, ao que crê, tudo é possível. O povo tem nas mãos a chave das duas portas. Uma aponta para um futuro justo, sólido e próspero. A outra aponta para o retrocesso e o caos”, ressalta. Ainda de acordo com ela, “há uma grande parcela da população que anseia por legítimos líderes conservadores”.

Sobre o encontro com o coronel Meira, presidente do PTB em Pernambuco, realizado no último dia 7 de junho, durante a passagem da deputada federal Bia Kicis (PSL - DF) pelo Recife, Tércio diz que sua “principal aliança é com Pernambuco” e que “para que haja a escolha de um vice, a majoritária [PSC] teria que ser palpável no cenário”.

Embora as pesquisas já sinalizem o desgaste da imagem de Jair Bolsonaro (sem partido), que também não alcançou a maioria dos votos em Pernambuco, a deputada não considera isso um possível “obstáculo” caso a candidatura ao governo se concretize.

“Não acredito na narrativa dessas pesquisas distorcidas que apontam desgastes do presidente nos desdobramentos da pandemia em qualquer lugar que seja. O povo tem se mantido alerta. Tem saído às ruas em apoio aos direcionamentos do governo federal e isso tem sido nosso principal termômetro”, enfatiza, citando as manifestações bolsonaristas durante a pandemia.

Avaliando a gestão atual

Ao ser questionada sobre os desdobramentos da pandemia em Pernambuco, Tércio faz questão de destacar que tem opiniões contrárias ao atual governador Paulo Câmara (PSB): “Acredito que qualquer escolhido para governar Pernambuco, de forma justa e responsável, deverá agir de maneira completamente diferente dos que hoje comandam nosso Estado”.

A parlamentar, que sinaliza em suas redes sociais a proximidade com a Polícia Militar de Pernambuco, considera a valorização da força policial como prioridade. “Há muita coisa a se fazer e a primeira delas, no caso da segurança pública, é valorizar a força policial do nosso Estado que tem sido tão desonrada e massacrada salarialmente há décadas”, diz.

Tércio também categoriza a gestão da Saúde no Estado como “egocêntrica e desestruturada”, e cita as investigações de desvios de recursos do combate ao novo coronavírus. “Os desvios, escândalos, respiradores de porcos e confrontos da polícia federal em relação ao Covid-19 no nosso Estado apontam para os principais responsáveis que ‘viabilizaram’ mortes evitáveis”, finaliza. Ela ainda sinaliza que “inúmeras” mudanças precisam ser feitas, apesar de não pontuar nenhuma.

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou por apenas um voto um projeto que cria a figura do crime de responsabilidade para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que usurparem competência do Legislativo e do Executivo.

A relatora do texto, deputada Chris Tonietto (PSL-RJ), apresentou parecer pela admissibilidade da proposta - primeira etapa de tramitação do projeto na Câmara. O relatório foi derrotado por 33 votos a 32, o que obrigou o colegiado a designar um novo relator entre aqueles que votaram contra o relatório - neste caso, o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).

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O deputado gaúcho disse que vai apresentar um relatório na sessão desta quinta-feira, 6, da CCJ, contrário à admissibilidade do projeto.

Se o projeto for aprovado, poderá facilitar o impeachment de ministros da Suprema Corte e aumentar o poder do presidente Jair Bolsonaro para indicar novos integrantes. Por diversas vezes, Bolsonaro já manifestou a intenção de ampliar o número de ministros conservadores no STF e de nomear alguém "terrivelmente evangélico" para o cargo.

"O projeto é o sonho dos autoritários, pois facilita o impeachment de ministros do STF de forma absurda. Como sabemos, Bolsonaro quer ter mais indicações. É um projeto claro de vingança ao STF e me parece claramente inconstitucional",disse a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), também integrante da CCJ.

Para a deputada, o projeto tenta facilitar o impeachment de ministros do STF por um pretexto "patético" de usurpação das funções do Legislativo. "Essa é uma clara tentativa sistemática da extrema-direita de atacar as liberdades democráticas da Constituição de 1988, tentativas que são amplamente rejeitadas pela maioria do povo brasileira", afirmou a deputada.

"Não à toa Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) enalteceu a ação do governo de extrema-direita de El Salvador de destituir a Suprema Corte. Por hora, eles não têm força social para isso, mas buscam criar atalhos como esse projeto. É importante mostrar para a sociedade qual o intuito de Bolsonaro e da extrema-direita para enterrar qualquer possibilidade desse absurdo ter sequência na Câmara dos Deputados", acrescentou a parlamentar do PSOL.

No Twitter, a deputada Chris Tonietto lamentou a derrota e publicou o placar de votação, que ela chamou de "placar da vergonha". "Eis o placar da vergonha! Por apenas 1 voto, meu parecer ao PL 4754/16 foi rejeitado na CCJ. Eis os nomes dos deputados que votaram pela subserviência aos mandos e desmandos do STF. Perde o Brasil, perde o povo brasileiro e perde o Congresso Nacional."

Na emenda da proposta, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), uma das lideranças da bancada evangélica, afirma que sua intenção é evitar o "ativismo judiciário". Ele afirma que a legislação não trata o Judiciário com o mesmo rigor que atribui ao presidente da República e aos ministros do Estado ao definir crimes de responsabilidade.

"Este ativismo, se aceito como doutrina pela comunidade jurídica, fará com que o Poder Judiciário possa usurpar a competência legislativa do Congresso. Não existem atualmente, por outro lado, normas jurídicas que estabeleçam como, diante desta eventualidade, esta casa poderia zelar pela preservação de suas competências", diz o deputado.

O projeto foi apresentado em 2016, ficou anos parado na Casa e chegou a ser arquivado, mas ressuscitou pelas mãos da presidente da comissão, Bia Kicis(PSL-DF), alvo de inquérito do STF por suspeita de estar por trás da organização de atos antidemocráticos em 2020. Antes mesmo de assumir o comando da CCJ ela já havia manifestado essa intenção ao Estadão/Broadcast.

Citado pela ala governista como um defensor dos trabalhadores, um vídeo do 'surto' do soldado Wesley Góes contradiz seu status de herói. Nesse domingo (28), a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) o homenageou e incitou o descumprimento das ordens de controle à pandemia no Brasil. O policial foi morto em Salvador, após efetuar disparos de fuzil contra colegas de farda.

A presidente Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) apagou a mensagem do seu perfil oficial do Twitter em que afirmava que o soldado "morreu porque se recusou a prender trabalhadores" e ir de encontro à quarentena instituída pelo Governo do Estado. “Chega de cumprir ordem ilegal!”, estimula a parlamentar.

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Reprodução/Twitter

Contudo, um registro que antecede o confronto direto com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) mostra Wesley intimidando um ambulante. Ele pega os materiais do autônomo e joga no mar do Farol da Barra. Em seguida, joga uma bicicleta na água.

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Após cerca de 3h30 de negociação, o policial não se rendeu e começou a atirar contra os colegas de farda, quando foi atingido por disparos de revide. Wesley chegou a ser socorrido e intubado no Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

O YouTube removeu neste sábado (6) vídeo postado pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) em seu canal na plataforma por promover desinformação sobre a Covid-19. No vídeo, a deputada, indicada pelo PSL para assumir a importante Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, fazia uma entrevista sobre vacinação com um médico negacionista da pandemia, chamado Alessandro Loiola.

O médico é autor do livro intitulado "Covid-19: a fraudemia", um compêndio de teses anticientíficas e teorias conspiratórias. Recentemente, o YouTube havia removido outra entrevista com Loiola, ao jornalista Luís Ernesto Lacombe. Credita-se também a ele um tuíte que teria inspirado citação feita pelo presidente Jair Bolsonaro em sua "live" de 25 de fevereiro a um estudo alemão sobre efeitos colaterais do uso de máscaras, um artigo que não havia sido revisado por pares acadêmicos nem publicado por revistas científicas, incapaz de comprovar relação com os problemas mencionados em crianças.

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"A minha resposta será no Parlamento, como uma deputada que seguirá lutando pela liberdade de expressão e contra os abusos daqueles que se julgam donos da verdade e querem transformar a ciência em uma ciência fascista, sem espaço para o debate e a pluralidade", disse a deputada Bia Kicis ao Estadão/Broadcast, reagindo à medida tomada pela plataforma de vídeos.

"O YouTube tem políticas claras sobre o tipo de conteúdo que pode estar na plataforma e não permite vídeos que promovam desinformação sobre a covid-19", declarou a plataforma do Google, por meio de nota. "Desde o início de fevereiro, analisamos e removemos manualmente mais de 800 mil vídeos relacionados a afirmações perigosas ou enganosas sobre o vírus. É nossa prioridade fornecer informações aos usuários de maneira responsável, por isso continuaremos com a remoção de vídeos que violem nossas regras."

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