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A ação que Felipe Massa move na Justiça contra a Fórmula 1 e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) trouxe sua primeira consequência direta para o piloto brasileiro nesta semana. A direção da F-1 pediu a Massa, que tenta reaver o título mundial de 2008, que não comparecesse ao GP da Itália, neste fim de semana.

A corrida no tradicional Circuito de Monza é uma das mais importantes da temporada. E costuma contar com a presença de Massa por causa da sua proximidade com a Ferrari, equipe que defendeu entre os anos de 2006 e 2013. Além disso, por ser "embaixador" da F-1, o brasileiro costuma comparecer a diversas etapas ao longo do ano.

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Para o GP da Itália deste ano, não seria diferente. O vice-campeão mundial de 2008, justamente pela Ferrari, pretendia rever amigos e a torcida italiana no fim de semana, em Monza. No entanto, recebeu um pedido da F-1 para não visitar o circuito. Massa não chegou a embarcar e permaneceu em São Paulo.

O clima entre as partes também azedou em razão da decisão da F-1 de remover uma faixa da torcida italiana em apoio a Massa quanto à disputa na Justiça pelo título do Mundial de Pilotos de 2008. Ela foi instalada num dos alambrados do circuito italiano, justamente diante do box da Ferrari, por membros do Ferrari Club Caprino Bergamasco. A faixa exibe a mensagem "Felipe Massa, campeão do mundo de 2008".

Nesta sexta, antes do início do primeiro treino livre do GP italiano, funcionários da F-1 pediram para os torcedores removeram a faixa. O argumento era de que o item estaria bloqueando a visão de parte da torcida. Mas, na prática, estava fixada na parte inferior às arquibancadas.

O pedido da F-1 para Massa não comparecer ao GP faz referência à ação que o brasileiro move na Justiça, desde o mês passado, contra a própria categoria e contra a FIA em relação ao título de 2008. Ele busca o reconhecimento daquela conquista. Naquela temporada, ele ficou com o vice enquanto o inglês Lewis Hamilton faturou o título por apenas um ponto na tabela do campeonato.

Aquela temporada ficou marcada pelo escândalo chamado "Cingapuragate". No GP de Cingapura, o brasileiro Nelsinho Piquet causou uma batida de propósito, seguindo ordem do chefe da Renault, Flávio Briatore, para beneficiar seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso.

A batida bagunçou aquela corrida, prejudicando diretamente Massa, que era o líder do campeonato e caminhava para o seu primeiro título na F-1. Anos depois, o pai de Nelsinho veio a público para confirmar a ordem recebida pelo seu filho.

O assunto voltou à tona neste ano, quando Bernie Ecclestone, ex-chefão da F-1, admitiu que ficou sabendo sobre a ordem da Renault ainda em 2008, anos antes da revelação de Nelson Piquet. Pelas regras da categoria, os campeonatos não podem ter o resultado alterado após finalizados. Porém, a declaração de Ecclestone escancarou o fato de que aquele Mundial poderia ter tido seu resultado mudado antes do fim da competição.

Massa, então, acionou a F-1 e a FIA na Justiça. O processo pede indenização às duas entidades em razão de um alegado "prejuízo milionário" que o brasileiro sofreu por não ter conquistado aquele título. Os líderes das entidades já foram informados sobre a abertura do processo, um movimento obrigatório quando a justiça inglesa é acionada.

Era início de tarde de 24 de junho de 2010 e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Eduardo Campos e o prefeito José Bartolomeu de Almeida Melo, o Beto da Usina, andavam entre as ruas de Palmares, município pernambucano. Ao redor e sob seus pés, lama. Casas destruídas compunham o cenário. As manchas na fachada dos demais imóveis indicavam a altura elevada que a água havia atingido. Pessoas pediam ajuda e recolhiam os produtos que ficaram impróprios para comercialização e eram jogados no meio da rua pelos mercados. A situação caótica era resultado da enchente de 18 de junho de 2010, em que Palmares foi uma das cidades mais atingidas. Em todo o estado, 20 pessoas morreram e 82 mil tiveram que sair de suas casas.

Beto da Usina, o prefeito, enquanto acompanhava Lula e Eduardo Campos por caminhos cheios de entulho, lixo e crateras, tinha outro motivo com que se preocupar. Semanas antes, o juiz da Vara do Trabalho de Palmares assinara duas sentenças condenando uma empresa sua, a Usina Vitória Ltda., a pagar verbas trabalhistas e indenização por dano moral que ultrapassavam R$ 2,3 milhões, pela exploração de trabalho análogo à escravidão de 300 pessoas em dois engenhos de cana-de-açúcar em 2008. Até hoje, as indenizações não foram pagas.

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As condenações foram assinadas em 30 de maio de 2010, mas, antes que as partes fossem intimadas, veio a inundação. Fóruns, varas e cartórios não escaparam e muitos processos foram engolidos pela lama, incluindo os referentes aos 300 trabalhadores do Engenho Barra do D’ouro e Engenho Poço, ligados à Usina Vitória. A destruição dos autos processuais pela enchente de 2010 é, segundo o MPT, a razão pela qual a Usina Vitória, 12 anos após a ação de resgate, ainda está em dívida com os trabalhadores e os processos seguem ativos em 2021. 

Com a destruição de documentos essenciais pela enchente, os processos dos dois engenhos empacaram, sendo retomados em um ritmo mais lento entre 2012 e 2013, com o início da restauração dos autos. Não há previsão de quando as vítimas vão receber. Em 2020, o MPT ainda corria atrás de um documento essencial do Engenho Barra do D’Ouro: a lista de trabalhadores que seriam beneficiados pela sentença. 

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“Esse caso foi totalmente atípico por conta da enchente”, diz a procuradora Débora Tito, coordenadora estadual de erradicação do trabalho escravo. “Normalmente, o pagamento de verba rescisória de trabalho escravo a gente resolve na própria operação ou na semana seguinte. Enquanto isso, eles [os trabalhadores] têm três meses de seguro-desemprego”, afirma. 

Dos processos trabalhistas relacionados à Usina Vitória já não cabem mais contestação. “A Vara local vai lançar editais, espalhar a notícia pela cidade, para tentar encontrar essas pessoas, para que elas peguem as verbas rescisórias que não foram pagas e a indenização pelo dano moral”, diz Débora Tito. Segundo ela, caso a empresa não faça o pagamento, a Justiça vai atrás dos bens, podendo realizar o bloqueio de contas dos sócios. 

“Não é comum que eles paguem. Quando chega nesse ponto, a empresa muitas vezes já dilapidou o patrimônio, já colocou tudo em nome de laranja. Normalmente, quando a empresa vai pagar, ela paga logo. Se demorou isso tudo, pela minha experiência, vai ter que ir atrás dos bens. Não vão pagar voluntariamente”, avalia a procuradora. Quando participou das eleições de 2012, Beto da Usina declarou um patrimônio de R$ 2 milhões. Em 2008, ele tinha R$ 3,4 milhões em bens declarados.

Com relação ao Engenho Barra do D’Ouro, o caso transitou em julgado apenas em 26 de março de 2021. Com isso, a sentença ainda deverá ser divulgada no Diário da Justiça do Trabalho ou em jornais de grande circulação para dar ampla publicidade. Será publicado um edital convocatório para que os trabalhadores beneficiados se apresentem e promovam, no prazo de um ano, a liquidação individual dos créditos a que têm direito. Não há data limite para publicação do edital.

No caso do Engenho Poço, a Justiça de Palmares determinou, em 12 de fevereiro de 2020, a publicação de edital com o nome dos beneficiados, para que se apresentem no prazo de um ano. Porém, a publicação ainda não ocorreu. Em requerimento de 10 de março de 2021, o MPT pede a publicação com a máxima urgência possível, alegando que já decorreu mais de um ano da determinação da Vara de Palmares; que o processo tramita há mais de uma década; e que não se pode admitir mais delongas para que os trabalhadores obtenham o valor devido. “Muitos podem já ter, inclusive, falecido”, diz o requerimento.

Os irmãos José Fernando Pereira, de 44 anos, e Cícero Cosme Pereira, 55, não estavam sabendo do direito de receber indenização. Ambos foram resgatados em meio aos canaviais do Engenho Barra do D’Ouro em 2008 e hoje são posseiros em outro engenho de propriedade de Beto da Usina, o Barra do Dia. Eles vivem do que plantam nas terras, como macaxeira e banana. Na época da safra, ainda cortam cana-de-açúcar, atividade que José Fernando começou a fazer aos 14 anos e Cícero Cosme aos 12 - os dois estudaram até a quarta série. “Meus pais não tinham condição pra ajudar a gente. Eu precisava de dinheiro. Às vezes precisava comprar um lanche e não tinha”, recorda-se Cícero. O pai deles também era cortador de cana. 

“No verão, o sol maltrata muito quem trabalha no campo. Quando chega aos 19 anos pra frente, é dor no corpo, é canseira, é tudo”, comenta José Fernando. Cícero também atribui ao esforço de anos nos canaviais as dores que sente na coluna. “Eu digo ao meu filho: estude. A gente sabe que está muito difícil emprego, mas se forme, se interesse para você não fazer como eu fiz, que trabalhei todo esse tempo no corte da cana e não tive êxito”, conta ele, que é pai de um adolescente de 14 anos e uma menina de 11. 

Apesar de ter sido resgatado em situação de trabalho escravo, José Fernando faz defesa do ex-patrão e diz que a Usina Vitória foi acusada injustamente. “A usina oferecia os equipamentos corretos, luva, bota, caneleira, óculos. A gente tinha os banheiros e no serviço tinha água pra gente.” Trabalhando no mesmo local do irmão à época, Cícero não conta a mesma história. O patrão, segundo diz, era bom, pois “pagava certinho”, mas os trabalhadores não tinham banheiro, local para comer ou recebiam água potável. 

“A gente saía de madrugada e na volta não tinha hora pra chegar”, Cícero comenta. O trabalhador se recorda de ter visto vários cortadores passando mal. “Tinha gente que caía, não aguentava a quentura e desmaiava.”

As vítimas resgatadas em situação de trabalho escravo têm direito a um seguro-desemprego especial de três meses. Após receberem o benefício, José Fernando e Cícero afirmam ter passado por dificuldades. Por conta disso, não aprovam a fiscalização de novembro de 2008.

“Não resolveram nada. Foi difícil pra gente. Não passamos fome porque a gente mora aqui no sítio e a gente plantava”, diz José Fernando. Cícero também lamenta ter ficado sem emprego. “Apesar de ser um serviço labutoso, duro, a gente ganhava o pão de cada dia. Fui ajudado, teve alguém que me deu cesta básica, outros amigos me deram dinheiro para a feira”, conta. Posteriormente, eles continuaram trabalhando como cortadores de cana para outras usinas. José Fernando relata ter enfrentado períodos de trabalho mais extenuantes do que o vivenciado no Engenho Barra do D’Ouro.

De acordo com a procuradora Débora Tito, é comum que os resgatados fiquem do lado dos empregadores. Para ela, esse comportamento revela uma faceta escravocrata da sociedade. "Ele [o trabalhador resgatado] não se sente protagonista. Ele viveu a vida toda como segunda categoria, tratado como objeto pelo seu empregador. Isso, na verdade, é a mola do trabalho escravo contemporâneo. O pobre não se sente detentor de direitos e a sociedade acaba naturalizando que para pobre qualquer coisa basta", ressalta. Ela conta que as denúncias de trabalho escravo não costumam vir dos funcionários, mas da sociedade civil, ONGs e igrejas.

Na opinião da procuradora, o acompanhamento de quem foi resgatado é a grande deficiência no combate ao trabalho escravo, resultando na volta dele à situação de escravidão. “Em vez do trabalhador, no espaço do recebimento do seguro-desemprego, estar em algum curso de formação, sendo atendido pelos Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e Creas (Centro de Referência Especializado em Assistência Social), ele acaba não tendo política nenhuma de apoio e voltando para o trabalho em condição análoga à escravidão”, lamenta a procuradora.

“A gente deveria considerar toda operação de resgate, no lugar de ser um ponto de conclusão do processo, ser um ponto de partida, da busca de criar uma nova lógica para esses trabalhadores”, diz o frei Xavier Plassat, coordenador da campanha de combate ao trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Frade dominicano francês, Plassat reside no Brasil desde 1989 e se dedica ao combate da escravidão contemporânea. Ele argumenta que a situação se trata de um ciclo vicioso sustentado pelo tripé ganância, miséria e impunidade. “Enquanto você não arrancar as raízes que garantem a reprodução desse ciclo vicioso, você não resolve nada.”

Plassat defende uma maior atenção não só aos trabalhadores resgatados, mas também às comunidades de onde eles vêm. “Estão todos na mesma situação de carência, de políticas públicas, saúde, educação e terra”, comenta.

Os resgates

Reprodução/Grupo Especial de Fiscalização Móvel

O Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), formado por integrantes da Auditoria Fiscal do Trabalho, MPT e Polícia Federal, chegou ao Engenho Barra do D’Ouro em 12 de novembro de 2008. Segundo o relatório da fiscalização, havia cortador de cana passando mal e com fraqueza e outro trabalhando descalço por causa de um pé inchado. Ele havia sofrido uma queda no inclinado relevo das plantações de cana, mas não conseguira atestado de afastamento.

Entre as demais irregularidades encontradas na ocasião estavam o não fornecimento de água potável, ausência de local para armazenar ou fazer a refeição e de instalações sanitárias. “Os trabalhadores declararam que quando estão com diarreia (motivada pela água quente, água impura, comida azedada, alimentação com mão suja) laboram até o final da jornada sujos, e que ficam assados”, aponta o relatório da fiscalização. 

Os cortadores não usavam os equipamentos de proteção adequados. Era fornecida apenas uma luva, tendo eles que laborarem com uma das mãos nuas. Precisavam cortar ao menos três toneladas de cana por dia para que o valor da diária alcançasse o salário mínimo ao fim do mês. Ao todo, foram resgatadas 241 pessoas no local.

As outras 59 estavam no Engenho Poço, fiscalizado em 13 de novembro do mesmo ano. Apesar de ser propriedade de José Bartolomeu, o engenho estava arrendado a Romildo Soares Brandão, que administrava aquelas terras há duas décadas, antes mesmo do ex-prefeito adquiri-las. Toda a produção do local era comercializada à Usina Vitória.

A inspeção quase não ocorreu, pois a atividade nas frentes de trabalho foi abruptamente interrompida após a descoberta da chegada da equipe de fiscalização. Houve uma tentativa de evasão em massa e os trabalhadores foram alcançados no deslocamento entre os canaviais e suas moradias, localizadas no próprio engenho.

As situações encontradas no Engenho Poço eram ainda mais graves. Segundo a Ação Civil Coletiva (ACC) do MPT, havia cortadores que trabalhavam lá há mais de duas décadas, mas de maneira clandestina, sem registro na Carteira de Trabalho, recolhimento de FGTS e contribuições previdenciárias. Alguns sequer possuíam Carteira de Trabalho. Havia entre eles dois menores de 18 anos. Nas frentes de trabalho também não havia água potável, abrigo ou instalações sanitárias. O administrador do engenho, funcionário que fiscalizava os canaviais na ausência do patrão, relatou ao Grupo Especial de Fiscalização Móvel que não tirava férias desde que começara a trabalhar no Engenho Poço, em 1995. O procurador autor da ação civil salienta que o Engenho Poço vivia sob “um estado paralelo no qual a força vinculante da legislação trabalhista e império do Estado brasileiro jamais haviam penetrado.”

Após o resgate, Beto da Usina negou que os cortadores estivessem em condição degradante de trabalho e acusou o ocorrido de armação política. “É tudo mentira. Os próprios trabalhadores ficaram contra os fiscais. Os sindicatos estão do meu lado. O que eles vieram fazer aqui é uma ditadura. Uma manobra orquestrada pelo meu adversário que não se conforma de ter perdido a eleição”, comentou em edição do Jornal do Commercio de 21 de novembro de 2008. Naquela data, ele já havia vencido as eleições de 2008 e  assumiria o cargo de prefeito em janeiro do ano seguinte.

Nos locais de trabalho, foi solicitada a retirada dos cortadores, a interdição da usina e o encerramento dos contratos com pagamento de verbas rescisórias. Francisco Augusto da Silva Melo, sócio-proprietário da Usina Vitória, sobrinho de Beto da Usina, alegou aos fiscais que a empresa não tinha condições financeiras para pagar os valores.

Diante da falta de pagamento das verbas rescisórias, o MPT ajuizou duas ações civis. Nos dois casos, o órgão cobra o pagamento de saldo de salário, aviso prévio indenizado; 13º salário proporcional; férias vencidas e/ou proporcionais, conforme o caso, acrescidas do adicional de 1/3; e indenização dos depósitos do FGTS do período contratual, acrescidos do percentual de 40%; além de indenização por dano moral de R$ 3 mil para cada. 

Segundo o MPT, o valor total a ser pago no caso do Engenho Barra do D’Ouro seria de R$ 1.026.193,29. Sobre o Engenho Poço, o órgão calculou que o pagamento de dano moral e de verbas trabalhistas custaria mais R$ 1.312.849,39 a serem divididos pela Usina Vitória e Romildo Brandão.

Para a procuradora Débora Tito, apesar do longo tempo transcorrido de processo, é fundamental o cumprimento da sentença. “O que está por trás do trabalho escravo é a ganância, é o dinheiro, não é só maldade. A gente quer que essa sentença seja cumprida e as pessoas sejam pagas para doer no bolso do escravocrata, porque o órgão mais sensível do empregador escravista é o bolso”, declara.

Trabalhador resgatado trazia água em garrafas pet. (Reprodução/Grupo Especial de Fiscalização Móvel)

Os irmãos José Fernando e Cícero Cosme consideram justo o recebimento de indenização por dano moral. “Não sabia dessa informação. Mas eu sei que é justo, mais do que justo, receber esse dinheiro por danos morais. Ele era um patrão bom, mas tinha suas falhas”, comenta José Fernando. Sem receberem o dinheiro de rescisão à época do resgate, os irmãos acionaram um advogado. José Fernando conseguiu fechar um acordo e recebeu R$ 5 mil divididos em três parcelas. Seu irmão não recebeu nada. Mesmo aquele resgatado que acionou a Justiça de forma autônoma e conseguiu receber valores referentes às dívidas trabalhistas terá direito aos R$ 3 mil de dano moral.

A esfera penal

José Bartolomeu, seu sobrinho Francisco Augusto da Silva Melo e Romildo Soares Brandão foram condenados na 1ª instância pelo crime contido no artigo 149 do Código Penal: "reduzir alguém à condição análoga à de escravo". Tio e sobrinho receberam uma pena de seis anos, quatro meses e 15 dias de reclusão em regime semiaberto, além de multa. Romildo Brandão teve uma pena de 13 anos e seis meses de reclusão em regime fechado mais multa. Na segunda instância, todos os três foram absolvidos.

O desembargador do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) decidiu absolver Romildo Brandão com a alegação de que uma pessoa só poderia ser classificada como escrava se tivesse a liberdade cerceada. O Ministério Público Federal (MPF) chegou a contestar a decisão, mas Romildo Brandão faleceu e o caso foi encerrado.

A denúncia contra Beto da Usina e Francisco Augusto da Silva Melo só chegou à Justiça Federal em 24 de outubro de 2013. Segundo a professora e advogada trabalhista Flora Oliveira, autora do livro “O amargo doce do açúcar”, que acompanha processos penais sobre trabalho escravo distribuídos em Pernambuco entre 2009 e 2015, o longo tempo para o início desse processo penal está relacionado a questionamentos suscitados pelos investigados à Polícia Federal quanto ao privilégio de foro devido a um deles ser prefeito.

Em juízo, Francisco Augusto se declarou inocente, disse que disponibilizava banheiro químico, água potável e tenda para alimentação. Segundo ele, houve confusão dos fiscais. Beto da Usina, em interrogatório, afirmou que estava afastado da direção da Usina Vitória devido ao período eleitoral. Alegou ter comprado EPIs para os trabalhadores e que tinha as notas fiscais, mas essas se deterioraram na enchente de Palmares. A condenação dos sócios só veio em 2 de março de 2017. O mesmo desembargador do caso Romildo Brandão decidiu absolver os dois ao concordar com a tese da defesa de que as condutas configurariam violação a direitos trabalhistas e não condições degradantes de trabalho.

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Dos dez processos penais identificados pela professora Flora Oliveira em seu livro, entre eles os dos engenhos Barra do D’Ouro e Poço, nenhum havia resultado em condição criminal dos réus. A maior parte costuma ter condenação criminal em primeira instância e absolvição no TRF5.

“A gente do meio jurídico ainda precisa aprender muito sobre condição degradante de trabalho”, diz Oliveira. A professora ressalta que essa questão não é exclusiva de Pernambuco e, em alguns estados, não é comum sequer a condenação na 1ª instância.

O frei Xavier Plassat, coordenador da campanha nacional contra o trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), defende que a interpretação dos magistrados brasileiros sobre escravidão e trabalho degradante vem, em boa parte, da origem classista desses magistrados. “Em geral, eles são representantes de uma certa categoria social. Não deveria haver dúvida sobre a caracterização das condições degradantes, pois obedece um ritual extremamente objetivo e preciso.”

Beto da Usina em campanha em 2020. (Reprodução/Instagram/@beto11melo)

O LeiaJá tentou contato com José Bartolomeu e o sobrinho Francisco Augusto da Silva Melo. O advogado que representa a Usina Vitória informou que os dois não iriam se manifestar sobre o tema. “O assunto está em andamento na Justiça do Trabalho. A Usina encontra-se desativada. O Sr. José Bartolomeu nada tem a declarar sobre o assunto”, disse o advogado em mensagem. A reportagem insistiu enviando uma lista de perguntas a serem respondidas pelos sócios da usina, mas o advogado reforçou que não haveria declaração.

Em entrevista ao programa local Giro Mata Norte, exibido nas redes sociais em agosto de 2020, quando era pré-candidato a prefeito de Palmares, José Bartolomeu contou que a Usina Vitória precisou ser fechada para que ele não perdesse seu patrimônio. "A cana-de-açúcar em Pernambuco faliu. Veja quantas usinas fecharam. Se não fechasse, quebrava tudo, todo meu patrimônio e terminava não pagando o povo. E graças a Deus a gente pagou todo mundo", disse. "A gente não compete com o Sul. São Paulo é quem manda. Tudo lá é mecanizado e aqui é no manual. Muda muito a despesa", completou. Ele não pôde disputar as últimas eleições após a Câmara dos Vereadores aceitar parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) rejeitando as contas do município referentes ao ano de 2012. O filho de Beto da Usina, que se apresenta como Júnior de Beto, entrou na disputa já no final de setembro e venceu com 32% dos votos.

A reportagem também procurou o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no estado de Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, mas ele não quis dar entrevista. Após ser enviada uma lista de perguntas ao representante das usinas no estado, ele se posicionou por meio de nota. "A mão de obra demandada pelo setor sucroenergético em Pernambuco está, sobretudo, integrada ao universo produtivo formal e atual, tendo-se assegurado todas as garantias, fruto de uma evolução de relacionamento entre as partes do processo", escreveu. "Estamos em mais de 58 municípios canavieiros do estado de Pernambuco, gerando trabalho e contribuindo com a economia local e regional." Cunha afirmou que há um engajamento inequívoco das usinas pernambucanas nas demandas sociais da região. 

Em 2009, foi assinado um Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC) coletivo, proposto pelo MPT às 22 usinas que funcionavam no Estado. Desde então, não houve mais flagrante de trabalho escravo em usinas pernambucanas, apenas em engenhos de pequenos produtores de cana-de-açúcar.

Esta reportagem foi produzida com o apoio de uma bolsa da Thomson Reuters Foundation.

Em 11 de junho de 2008 o Brasil se rendia ao Leão da Praça da Bandeira, e o Sport Club do Recife sagrava-se Campeão da Copa do Brasil, até hoje, único clube do Nordeste a conseguir tal façanha.

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Para rememorar um dos títulos mais importantes da sua história, o Leão realiza exposição da taça do título, na Sede Social do Clube, nesta terça-feira (11), antes do jogo contra o CRB, na Ilha do Retiro, a partir das 19h30.

O símbolo maior da conquista, a taça de 2008, estará disponível apenas nesta terça (11) e os rubro-negros poderão tirar fotos, com a ressalva de não poder tocar no troféu.

Para o presidente Milton Bivar, que também comandava o Clube em 2008, a data deve ser relembrada por toda a torcida. “É uma data muito importante para a história do clube e eu, e muitos que estão nesta gestão, somos muito gratos por termos dado nossa contribuição para este feito. É sempre muito importante celebrar esse feito”, finalizou Milton.

Da assessoria do Sport. Foto: Reprodução/sportrecife.com.br

Investidores do mercado financeiro gananciosos mergulham a economia global no caos, arruinando as classes trabalhadoras impunemente: do cataclismo de 2008 emergiram filmes frequentemente lucrativos e documentários premiados.

As crises financeiras "são sempre parecidas, de novo e de novo (...) Você e eu não podemos controlar, impedir ou retardar (...) Apenas reagimos. E se estiver certo, ganha muito dinheiro", resume Jeremy Irons em "Margin Call" ("Margin Call - O Dia Antes do Fim"), onde interpreta o chefe de um banco de investimentos.

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O filme, lançado em 2011, mostra o mundo implacável dos traders - interpretados por Kevin Spacey, Simon Baker e Demi Moore - levados a liquidar os ativos podres de sua empresa, causando falências em cadeia, a fim de salvar suas peles.

Mesma amoralidade exibida em "The Big Short" ("A Grande Aposta", 2015) - com um elenco estelar (Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling, Brad Pitt) - que conta como a crise do subprime fez a fortuna de alguns financistas que anteciparam a falência do sistema financeiro.

"É um filme muito bom", diz o investidor Steve Eisman, que inspirou o personagem de Steve Carrell, em entrevista à AFP.

"Quanto à minha representação, ela não corresponde 100%. Eliminaram meu senso de humor e mostraram-me permanentemente irritado", acrescenta o homem que ao apostar no colapso do mercado imobiliário americano viu sua conta engordar de US$ 700 milhões para US$ 1,5 bilhão durante a crise.

- Mostrar a inevitabilidade da crise -

Ao contrário do emblemático "Wall Street" dos anos 80 de ritmo acelerado, estas obras "cheias de diálogo" distinguem-se pela calma de suas explicações e sua aparente falta de julgamento, analisa Virginie Apiou, jornalista especializada em cinema.

"Este cinema americano explora as margens, mostra conversas e ações que nunca seriam mostradas de outra maneira. Revela o cinismo porque a transgressão está aí. Tudo é focado nessa provocação, extremamente arrepiante, de dizer 'existe uma crise, vamos nos beneficiar'", diz a especialista, entrevistada pela AFP.

Além disso, a inevitabilidade da crise não se manifesta apenas nos escritórios com vistas deslumbrantes de arranha-céus, mas também entre suas vítimas que podem passar para o lado dos carrascos para sobreviver, como retratado "99 Homes" ("99 Casas") filme independente de Ramin Bahrani, vencedor do Grande Prêmio do festival de Deauville em 2015.

- Ação fictícia -

É entre os documentários que encontramos pistas sobre as causas e os responsáveis ​​pela crise. O premiado com o Oscar "Inside Job" ("Trabalho Interno", 2010), dirigido por Charles H. Ferguson, oprime o espectador, revelando a conivência entre financistas, políticos e acadêmicos, conflitos de interesse, efeitos dominó e impunidade.

Raros trabalhos europeus sobre o assunto, "Cleveland versus Wall Street", prêmio César de melhor documentário em 2011, traz uma ação fictícia entre a cidade de Cleveland e os banqueiros de Wall Street.

"Escolhi uma ação jurídica para tentar encontrar uma forma de verdade, mesmo que seja relativa e comovente, e contar essa história em Cleveland, uma cidade icônica da crise em que sua magnitude foi alucinante", explicou à AFP o diretor suíço Jean-Stéphane Bron.

O documentário "tomou o lugar do que deveria ter acontecido no mundo real e, nesse sentido, o cinema desempenha um papel, fez justiça", diz Bron.

- Filmes rentáveis e premiados -

De dimensão global, a crise de 2008 inspirou principalmente diretores americanos. Na Europa, aparece no cinema social, aponta o crítico Aurélien Ferenczi, da AFP.

"Individualmente alguns cineastas sentiram a responsabilidade de lidar com esse assunto", estima. "O cinema mostra o mundo e a crise é o evento que, para muitos, abriu os olhos para as derivas do ultra-liberalismo".

Um dramaturgo italiano, Stefano Massini, também retomou a história do Lehman Brothers, desde a chegada aos Estados Unidos, em meados do século XIX, dos três irmãos, judeus bávaros, cuja pequena loja têxtil se desenvolveu para se tornar um dos principais endereços em Wall Street.

Criada em Paris em 2013, depois apresentada na Itália, sua peça "Lehman trilogy" está atualmente em cartaz em Londres, aclamado pela crítica.

Comercialmente, a maioria das produções de Hollywood sobre a crise foi lucrativa. "Margin Call" rendeu mais de cinco vezes seu orçamento inicial (US$ 19,5 milhões para um orçamento de US$ 3,5 milhões, dados IMdb). "The Big Short" rendeu quase cinco vezes mais do que o investido, US$ 133 milhões em receita para US$ 28 milhões de orçamento.

Também obtiveram sucesso de crítica, como "99 Homes", que ganhou nada menos que 12 prêmios.

Rápido, driblador, um meia que batia bem na bola. Luciano Henrique brilhou com a camisa do Sport e se sagrou campeão da Copa do Brasil de 2008 pela equipe recifense. Na ocasião, diante do Corinthians, ele deu o passe para Carlinhos Bala abrir o placar e foi o autor do segundo gol leonino, responsável por sacramentar a conquista rubro-negra na Ilha do Retiro. 

Luciano Henrique relembrou momentos marcantes da trajetória do Sport em 2008, durante um jantar de comemoração aos dez anos da conquista, realizado em um restaurante na Ilha do Retiro na noite desta segunda-feira (11). Nostálgico ao comentar partidas importantes, ele descreveu com detalhes do gol marcado contra o Timão.

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“Ficou uma dúvida sobre quem tinha feito o gol, na hora do jogo muitos tiveram dúvidas. Realmente o gol foi meu, Enilton não conseguiu ‘relar na bola’. Se relasse e fizesse o gol também seria maravilhoso. Um jogador ganha jogo e quem ganha campeonato é o grupo. Nós tínhamos um grupo muito unido e forte, a gente realmente fez uma união, não tinha como não dar certo”, disse Luciano Henrique.

Ele continua: “O título foi uma emoção muito grande, porque no primeiro jogo a equipe do Corinthians atropelou a gente no primeiro tempo. E no segundo tempo a gente conseguiu fazer aquele gol e facilitou. Na hora que dei a assistência para Carlinhos (no jogo decisivo) e a Ilha veio abaixo com o gol, tinha certeza que iríamos fazer pelo menos mais outro gol. E na hora do segundo gol, peguei a bola de primeira, de esquerda, que não é minha perna boa, a bola pegou uma trajetória legal... Não balançou a rede, mas ultrapassou a linha. Maior emoção que eu tive como atleta profissional da minha vida” completou.

De acordo com ex-meia rubro-negro, pela coesão do elenco leonino em 2008, o título da Copa do Brasil teve, de fato, que ficar na Ilha do Retiro. “Se a gente tivesse que fazer três gols na Ilha acho que a gente faria, porque nossa equipe estava muito focada. Nunca vi uma sintonia tão grande entre os jogadores, comissão técnica e diretoria, a gente pulsando no mesmo sentido”, finalizou.

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--> Bala sobre Milton Bivar: "Tudo que eu fazia era para ele" 

Há exatos dez anos o Sport se consagrava como campeão da Copa do Brasil de 2008. Mas antes de jogar a final, a equipe rubro-negra teve um grande desafio nas semis. O jogo contra o Vasco acabou sendo decidido nos pênaltis.

Um dos cobradores das penalidades foi Magrão. E o goleiro rubro-negro falou sobre o momento da cobrança. "Eu já sabia que iria ser um dos batedores, então eu já estava consciente. Foi a primeira vez que eu cobrei um pênalti e as pessoas sempre falavam que passava um filme no momento em que você sai para o meio de campo até a marca do pênalti. Na minha vez não deu tempo de passar nada porque eu estava ao lado, então foi um curta-metragem. O espaço era muito pequeno da onde eu estava para o pênalti", disse.

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"Deu uma ansiedade e um frio na barriga, mas eu estava confiante que eu acertaria e, graças a Deus, eu pude concluir a penalidade e todos jogadores também fizeram. E esse foi um momento muito importante pra mim", completou.

Nesta segunda-feira (11), exatos 10 anos da conquista da Copa do Brasil 2008, o torcedor rubro-negro poderá reviver aquele momento com uma programação repleta de atividades alusivas ao título conquistado por Magrão, Durval e companhia.

A programação inicia cedo. Às 9h, assim que o RioMar Shopping abrir as suas portas para o público, a exposição “Sport Viva Esta Experiência” vai “mergulhar de cabeça” na Copa do Brasil de 2008. Não só a taça estará exposta, como atletas que participaram daquela campanha histórica se farão presentes ao evento. O goleiro Magrão é um dos confirmados.

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Além de tirar fotos com os ídolos e colher autógrafos, os rubro-negros poderão conferir um acervo de fotos da campanha campeã, assim como assistir aos melhores momentos da partida que deu ao Leão o título da Copa do Brasil de 2008. Outras surpresas, que estão sendo guardadas a sete chaves pela organização, foram preparadas para garantir uma experiência marcante e inesquecível aos torcedores que forem ao RioMar.

CAMISAS COMEMORATIVAS

Os torcedores que aproveitarem para se associar ao clube dentro da exposição e quitarem a sua anuidade vão ganhar camisas alusivas ao título da Copa do Brasil de 2008. Outros brindes serão disponibilizados pelo Departamento de Marketing.

MAIS AÇÕES

Ainda pela manhã, a partir das 10h, o site oficial do Clube vai publicar uma série com três vídeos sobre a campanha na Copa do Brasil de 2008. Entre os atletas que foram entrevistados, está o meia Romerito, um dos destaques da conquista do título. Ele relembra, inclusive, uma de suas partidas mais marcantes com a camisa do Sport, quando marcou três dos quatro gols na vitória por 4×1 sobre o Palmeiras, que garantiu ao Leão vaga nas quartas de final do torneio.

NOITE NA ILHA

À noite, a partir das 19h, a Sede Social da Ilha do Retiro será palco de uma missa em comemoração aos dez anos da conquista da Copa do Brasil. Em seguida, o restaurante Varanda, que fica no complexo do estádio, vai receber um jantar com a presença de atletas que brilharam naquela conquista. O ritmo do encontro será dado por músicos rubro-negros.

Os ingressos para o jantar custam R$ 80 e estão à venda pelo site Ingresso Prime. Clique aqui.

Da assessoria de imprensa do clube

 

Há uma década, o universo da música pop foi marcado por uma série de lançamentos icônicos. Entre os artistas de sucesso que deixaram sua marca em 2008, estão nomes que já estavam firmados no mercado há um tempo – como Britney Spears e Coldplay – e outros que davam apenas os seus primeiros passos na carreira mundial – como Taylor Swift e Katy Perry. Dos inúmeros hits daquele ano, alguns marcaram época com ajuda dos seus clipes memoráveis, a exemplo de ‘Single Ladies’, enquanto outros simplesmente grudaram na cabeça dos ouvintes como suas letras e ritmos chicletes, como ‘Pocketful of Sunshine’.

O LeiaJá fez uma lista especial com 10 dos hits que mais bombavam há 10 anos. Confira:

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Womanizer - Britney Spears

Britney Spears é certamente um dos maiores ícones da música pop dos anos 2000. O ano de 2008, em especial, foi importante para a cantora se relançar no mercado após os escândalos protagonizados por ela em 2007. ‘Womanizer’, lançado no álbum ‘Circus’, foi uma aposta que deu certo e a trouxe de volta com tudo.

So What - Pink

Pink, conhecida por seu estilo irreverente e divertido, deu um novo significado as canções da ‘fossa’, ouvidas normalmente após o término de um relacionamento. ‘So What’, lançada em 2008, fez sucesso com sua batida forte e letra empoderadora.

Single Ladies - Beyoncé

Além do ritmo viciante e da batida dancante, ‘Single Ladies (Put a Ring On It)’, parte do álbum ‘I Am... Sasha Fierce’, contou com a ajuda de um videoclipe que ficou marcado no mundo pop. 

Viva la Vida - Coldplay

A banda foi fundada em 1996 e já fazia sucesso com canções como ‘Yellow’, lançada em 2000. Em 2008, no entanto, com o estouro de ‘Viva La Vida’, a banda britânica conseguiu se firmar ainda mais no cenário musical mainstream.

Just Dance - Lady Gaga

Se hoje em dia Lady Gaga é sucesso absoluto, em 2008 ela estava apenas iniciando sua carreira. ‘Just Dance’ foi o primeiro hit da cantora, que no mesmo ano ainda veio com sucessos como ‘Poker Face’.

I Kissed a Girl - Katy Perry

Katy já havia se lançado como cantora em 2001, com o álbum gospel ‘Katy Hudson’. Apesar disso, foram necessários mais alguns anos de espera até que, em 2008, com uma mudança radical de estilo e o lançamento de ‘One of The Boys’, ela estourasse de vez no mundo. Muito do seu sucesso veio do single ‘I Kissed a Girl’, sucesso na época.

Love Story - Taylor Swift

Taylor Swift já acumula o lançamento de seis álbuns. O primeiro não foi há 10 anos, e sim em 2006, mas o ano de 2008 foi responsável pelo maior hit da cantora até então. Na época, ela ainda transitava pela música country, antes de fazer sua mudança para o pop.

When I Grow Up - Pussycat Dolls

Atualmente, as Pussycat Dolls não estão mais juntas. Em 2008, no entanto, a girlband era ouvida por todo o mundo e costumava lançar muitos hits. Há 10 anos atrás elas lançavam seu último álbum, o ‘Doll Domination’, do qual fazia parte a canção ‘When I Grow Up’, um dos seus últimos singles.

I’m Yours - Jason Mraz

A canção foi o primeiro single do cantor, e faz parte do seu álbum de estúdio também chamado ‘I’m Yours’. O sucesso na época do lançamento foi absoluto, e a canção levou diversos Grammys para casa.

Pocketful of Sunshine - Natasha Bedingfield

Pocketful of Sunshine é uma das músicas mais chicletes desta lista, e também uma das mais alto astral. Além de single, a música da título também ao segundo álbum de estúdio de Natasha Bedingfield, de 2008, que contou com outros sucesso como ‘Love Like This’.

 

A Justiça Federal condenou a ex-prefeita de Bujaru (PA) Maria Antônia da Silva Costa, eleita pelo PMDB, a indenizar os cofres públicos pela realização de novas eleições, após a cassação de seu mandato por compra de votos durante a campanha. Ela terá que pagar R$ 97 mil mais juros e correção monetária, contados a partir da data das eleições suplementares, ocorridas em 5 de junho de 2011.

A decisão do juiz federal Jorge Ferraz de Oliveira Júnior foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF) na última quarta-feira (13). De acordo com o magistrado na sentença, a conduta de Maria Antônia da Silva Costa foi determinante para o prejuízo sofrido pela União. “Embora a eleição originária anulada tenha se realizado no ano de 2008, somente em 2011 foi feita eleição suplementar, caracterizando-se o dano ao Erário pelos custos de realização do novo pleito.”

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O procurador regional da República José Augusto Torres Potiguar, autor da ação, também havia pedido à Justiça que a ex-prefeita pagasse R$ 100 mil em indenização à sociedade. Na ação, ele argumentou que toda a população de Bajuru foi forçada a comparecer a um novo pleito.

“Se o Judiciário concede indenização por danos morais em razão de atraso de voos e de longa espera em filas de banco, não há como não a conceder quando o povo de um município inteiro, além de suportar o assédio, o tumulto e a poluição típicos de uma campanha eleitoral, ainda é forçado a comparecimento – e algumas pessoas até a trabalhar gratuitamente – no domingo em que acontece a votação”, disse.

A Justiça Federal, no entanto, entendeu que não cabe ao MPF fazer esse tipo de pedido (danos morais coletivos), mas à comunidade de Bujaru, por meio do Ministério Público do Pará.

Dois alemães acusados de homicídio cometido no ano de 2008 foram presos na manhã da última quarta-feira (17), no bairro de Maria Farinha, em Paulista, na Região metropolitana do Recife (RMR). Segundo a polícia, Alfred Hartner e Hans Hermann estavam respondendo ao processo do homicídio em liberdade, mas estariam se desfazendo de seus bens – suspensos pela Justiça. 

De acordo com o delegado Darlson Freire, responsável pelo caso, a prisão aconteceu depois de denúncia informando que os alemães estariam vendendo seus bens em Maria Farinha. Os dois foram encaminhados à Central de Plantões e, em seguida, recolhidos para o Presídio Aníbal Bruno. 

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CASO – O homicídio aconteceu em fevereiro de 2008, no bar Bamboo – de propriedade de um dos acusados –, localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Segundo a polícia, os dois foram acusados de matar a vítima por asfixia, durante uma discussão no estabelecimento. Apesar de o caso ter sido marcado para ir à júri popular na última quarta (17), o julgamento foi adiado para o dia 29 de setembro.

Com informações da assessoria

Nova inimiga número 1 do governo federal, a agência de classificação de risco Standard & Poor's caiu nas graças do Palácio do Planalto em abril de 2008, quando conferiu ao Brasil o título de grau de investimento. O anúncio, na ocasião, foi celebrado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viu na medida um reconhecimento da política econômica desenhada pelo Planalto - uma postura diametralmente oposta à dos tempos atuais, quando ministros criticaram o rebaixamento da nota do Brasil e colocaram em xeque a credibilidade da agência.

"Primeiro, nós temos que ter uma euforia comedida, porque o jogo tem muito tempo pela frente e nós sabemos que estamos construindo um processo de macroeconomia neste País que vai levar algum tempo ainda para a gente poder estar consolidado definitivamente como uma grande nação e como uma grande economia", afirmou Lula, em entrevista concedida à TV Cultura logo após o anúncio da S&P, há seis anos. "Eu acho que houve uma combinação de esforços feita por todos os brasileiros que permitiu que nós pudéssemos, hoje, estarmos felizes porque é uma coisa importante para o Brasil (o grau de investimento), é uma vantagem extraordinária nesse mundo globalizado."

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Metáforas - Três dias depois, em uma cerimônia de assinatura de ordens de serviço de obras do PAC, em Teresina, Lula voltou a comentar o anúncio da S&P, menos contido. "Vocês viram na televisão, na semana passada, eu não sei nem dizer direito, mas eu estava em casa vendo televisão, e dizia assim: 'O Brasil agora virou investment grade'. Eu nem sabia o que era isso. Aí, já fui ligar para o Celso Amorim: 'Que diabo de palavra é essa?'. Aí, ele falou para mim: 'é grau de investimento'. Eu fiquei mais confuso ainda", disse Lula.

O presidente recorreu a uma de suas tradicionais metáforas, comparando a figura de dois trabalhadores. Um deles é um homem comportado, que cuida da família, paga o aluguel e não tem vícios. "Esse é o investimento grade", explicou Lula. O outro recebe o dinheiro, torra tudo em mesa de jogo ou bebe demais e está quebrado. "Então, era assim que era o Brasil. O Brasil estava quebrado, não tinha credibilidade. Não podia sequer pagar as suas importações. Todo mundo lembra quanta faixa tinha aqui, da dívida externa. Cada vez que ia em um lugar era: 'Fora FMI', Acabou isso. Acabou!", disse o presidente, exaltado. A euforia com a S&P também acabaria, quase seis anos depois.

A batalha judicial de um homem que foi atropelado por um caminhão, em outubro de 2008, pode estar perto de chegar ao fim. O juiz da 2ª Vara da Comarca de Belo Jardim, Hugo Vinícius Castro Jiménez, condenou a Transportadora Almeida a indenizar a vítima com R$ 84.726,09. A decisão foi publicada na edição dessa quarta-feira (19) do Diário de Justiça Eletrônico.

No dia do ocorrido, o motorista fugiu do local do atropelamento sem prestar socorro ao acidentado, que teve encurtamento da perna direita e diversas cicatrizes. Do valor total estabelecido pela Justiça, R$ 30 mil será a título de danos estéticos e R$ 20 mil por danos morais.

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Ainda estão incluídas nessa quantia as despesas para recuperação da vítima, que somaram R$ 4.726,09, e R$ 30 mil por lucros cessantes sofridos. A transportadora pode recorrer da decisão judicial. 

Com informações da assessoria 

 

Em 2011, o acesso à internet no Brasil era maior entre jovens de 15 a 17 anos, faixa etária em que 74,1% da população eram internautas. Em seguida, vêm os jovens de 18 e 19 anos (71,8%). Entretanto, entre 2005 e 2011, o aumento mais expressivo no acesso à internet foi verificado entre a população com 50 anos ou mais, segundo dados divulgados hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2005, apenas 7,7% desse grupo etário usava a internet. Em 2008, o percentual subiu para 11,2%, e em 2011, para 18,4%.

“Essa população hoje precisa acessar a internet para declarar Imposto de Renda, acessar o banco de casa”, exemplificou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo. “O crescimento entre os jovens foi menor, pois já estavam inseridos”, acrescentou. Na pesquisa de 2008, em média, o uso de internet nas faixas entre 10 e 24 anos variava de 50,9 % a 62,7%.

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Moradora de Belo Horizonte, a professora aposentada Marilze Alves Rêgo, 69 anos, começou a navegar na internet há dez anos, por curiosidade. Ela contou que, no início, enfrentou dificuldade para navegar na rede, por insegurança, mas hoje já tem tablet, laptop e celular com acesso à internet. “Já estou modernizada”, comemorou. “Tudo é na internet, a gente não pode ficar parado no mundo de hoje, senão não evolui. Hoje em dia quem não usa internet é quase como um analfabeto.”

A pesquisa mostra também que se a população de jovens for analisada por escolaridade e/ou faixas de renda, há grupos em que o acesso já está praticamente universalizado. “Para pessoas com 15 anos ou mais de estudo, ou seja, que pelo menos terminou o ensino médio, o acesso à internet já chega a 90,2%”, informou o coordenador da pesquisa.

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